Saúde Animal
Influenza aviária
Trata-se de uma doença sistêmica relacionada, basicamente, ao trato respiratório. O vírus apresenta RNA (ácido ribonucleico) envelopado e possui duas glicoproteínas: as hemaglutininas (HA) e as neuraminidase (N). Franciely Benthien da Costa, Consultora técnica comercial de aves de corte - Agroceres Multimix
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ambém conhecida como gripe aviária, o vírus influenza tipo A (doença infecto-contagiosa das aves) afeta muitas espécies de aves domésticas, silvestres e, eventualmente, mamíferos. Em aves domésticas, as infecções pelo vírus da influenza aviária são classificadas, como: de baixa patogenicidade; que causam poucos ou nenhum sinal clínico e; de alta patogenicida-
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de, que pode causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade. Trata-se de uma doença sistêmica relacionada, basicamente, ao trato respiratório. O vírus apresenta RNA (ácido ribonucleico) envelopado e possui duas glicoproteínas: as hemaglutininas (HA) e as neuraminidase (N). Os vírus de influenza possuem duas grandes classes de antígenos: os internos e os superficiais. Os antíge-
nos internos são, sobretudo: a nucleoproteína e a proteína M1, constituindo os antígenos solúveis, e são específicos de cada tipo de influenza (A ou B). Os antígenos superficiais são as já mencionadas: hemaglutinina e a neuraminidase. A hemaglutinina é uma proteína trimérica e, de acordo com estudos de imunodifusão, reconhece-se atualmente a existência de 16 subtipos, os quais diferem entre si na constituição aminoacídica, que se denominam de H1 a H16. O outro antígeno superficial, a neurominidase, contém, do mesmo modo, subtipos dessa proteína. Nesse caso, só se identificaram nove, os quais se denominam de N1 a N9. Apesar do vírus possuir vários subtipos, somente os subtipos H5 e H7 é que podem se tornar patogênicos, ou seja, estes vírus são introduzidos nos bandos de aves de criatórios em sua forma pouco patogênica. Quando é permitido que circulem nas populações de aves de criatórios, os vírus podem sofrer mutações, geralmente dentro de poucos meses, para a sua forma altamente patogênica. Espécies de aves selvagens, principalmente aquáticas, como patos e marrecos, podem albergar cepas de vírus, tanto de alta como de baixa patogenicidade, sem apresentação obrigatória dos sinais clínicos. O contato entre aves domésticas e migratórias