TOP Destinos Edição 176

roteiro | TODO O LEGADO DA ANTIGA ROTA DA SEDA SOMADO AOS MUSEUS, CULTURA E RELIGIÃO NO UZBEQUISTÃO | Bal Harbour é puro luxo e está sempre se reinventando: confira as boas novas! | uma viagem repleta de descobertas na milenar e histórica Jordânia | aventura | um tour emocionante e contemplativo de moto pelas highways até o Alasca | a expedição RedRider acelera tudo na travessia Amazônica | Brasil | uma porção muito especial de Alagoas: Porto de Pedras e a praia do Patacho | sofisticado | dicas preciosas para curtir o Six Senses Ibiza | mapa da bebida | Shochu, a bebida alcoólica mais consumida no Japão | diário de bordo | St. Tropez por Juju Norremose

Nosso mundo

ALASCA

Uma comemoração muito especial sobre duas rodas na costa oeste da América do Norte

BAL HARBOUR

Todas as novidades de Bal Harbour Village, na ponta norte de Miami Beach

SOFISTICADO

O Six Senses Ibiza é o refúgio ideal para curtir o destino de forma relax

CAPA

O Uzbequistão é um país encantador que guarda verdadeiros tesouros

JORDÂNIA

A cultura e beleza milenares dessa joia do Oriente Médio

BRASIL

Patacho é a praia paradisíaca ideal para relaxar em Maceió

Viajantes

1. Renata Zanoni é jornalista de turismo há 15 anos, Diretora de Redação da TOP Destinos e mãe de três filhos. Ama desbravar o mundo, bater papo com pessoas de diferentes culturas e contar histórias. Aqui, ela nos mostra a praia do Patacho, em Alagoas. @renatazanoni

2. Claudia Liechavicius é jornalista, fonoaudióloga e apaixonada pelo mundo. Fundadora do site Viajar pelo Mundo e autora do livro “Quer Viajar?”. Ela nos leva em uma viagem única pelo Uzbequistão. @claudia_liechavicius

3. Marcos Rozen atua no jornalismo automotivo desde 1994. Escreveu para as principais publicações do segmento, como Autoesporte, Quatro Rodas, Car&Driver e Jornal do Carro, além de Veja e GQ. Em 2017, fundou o MIAUMuseu da Imprensa Automotiva e, em 2022, o site Use Elétrico. @marcosrozen

4. Cassiano Marques é advogado, empresário, motociclista há mais de 36 anos, instrutor de pilotagem off road e ex-piloto de rally, enduro e motocross. É pioneiro nas viagens de mototurismo pela América do Sul, a partir das fronteiras do Acre com Bolívia e Peru. @cassianomarquesacre

Nossos colaboradores rodam o mundo em busca de novidades, dicas inusitadas e experiências marcantes para ajudar o viajante a ter memórias únicas.

Publisher

Claudio Mello

Projeto Gráfico Almap/BBDO

Diretora de Redação Renata Zanoni

Editora Vivian Monicci

Diretora de Arte Rosana Pereira

Assistente de Arte Luana Jimenez

Colaboradores Bel Pimenta

Cassiano Marques Claudia Liechavicius Dani Hispagnol Marcelo Vigneron Marcos Rozen Mariana Fernandes Socorro Camelo

Conselho Editorial Andreas Heiniger Tuca Reinés

Diretor Executivo Francisco Guarisa

Diretor de Criação Bruno Souto

Gerente Corporativa Carolina Alves

RP & Interface de Atendimento Dianine Nunes

Assistente de Produção Diego Almeida

Financeiro Marcela Valente

Circulação Regiane Sampaio

Assessoria Jurídica Bitelli Advogados

Redação redacao@topdestinos.com.br

Assinatura assinatura@topmagazine.com.br ou (11) 3074-7979

Atendimento ao Leitor sac@topmagazine.com.br

Impressão Hawaii Gráfica e Editora

TOP Destinos é uma publicação da Editora Todas as Culturas Ltda.

Rua Pedroso Alvarenga, 691, 14º andar, Itaim Bibi, 04531-011, São Paulo / SP / (11) 3074-7979

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Acompanhe as novidades em www.topdestinos.com.br, no Facebook e Instagram @topdestinos

Índice

02-03

1. Nosso Mundo

Um mapa que ilustra os lugares por onde a TOP Destinos viajou nesta edição.

06

2.

Viajantes

Um pouco sobre nossos colaboradores, que rodam o mundo em busca de novidades.

40-53

5. Aventura | Alasca

Uma viagem em família percorrendo 4.500 km de moto por cenários deslumbrantes da América do Norte.

74-85

7. Brasil I Patacho

12-35

3. Pelo Mundo

Uma volta ao mundo com a Latitudes; uma road trip com a Beyond by Four Seasons; novos hotéis no México e em Oslo; e muito mais.

36-37

56-71

6. Roteiro I

No litoral norte de Alagoas, a região de Porto de Pedras revela uma praia que é um verdadeiro paraíso. 86-97

8. Roteiro | Bal Harbour

excelente opção em Miami Beach. 100-115

9. Aventura I Amazônia Descubra a selva amazônica em mais uma Expedição Honda RedRider.

4.

Pelo Mundo I Coluna Gouté

As Viagens Respiro com o chef Thiago Medeiros.

Uzbequistão

Localizado no coração da antiga Rota da Seda, o país lendário guarda tesouros que valem a descoberta.

Com muito charme e lifestyle, o village completa 75 anos, apresenta novidades para os turistas e permanece uma

116-127

10. Roteiro| Jordânia

Uma viagem inesquecível por diferentes cidades e monumentos históricos deste país de belezas impressionantes.

140-141

12. Mapa da Bebida | Shochu

A bebida alcoólica mais consumida no Japão ainda é pouco conhecida no Ocidente, mas merece ser experimentada.

142-143

13. Diário de Bordo | Juju Norremose

Dicas de ouro de Saint Tropez com a influenciadora e empresária.

128-139

146-151

13. Glossário

Um dicionário dos termos do universo dos viajantes, documentos e vacinas necessárias para a viagem.

152-162

11.

Sofisticado | Six Senses Ibiza

O primeiro resort da rede na Espanha é o refúgio ideal para curtir Ibiza longe do agito.

14. Anotações

Um espaço para anotar as curiosidades que aprendeu sobre os futuros destinos a visitar.

Pelo mundo

Refúgio

ecológico mexicano

Conheça o hotel boutique Casona Sforza, em Puerto Escondido

Quem não sonha em conhecer os tesouros que o México abriga? De uns tempos para cá, o estado de Oaxaca entrou no radar dos turistas. Situado em La Barra de Colotepec, o Casona Sforza chama atenção pela arquitetura de luxo e proposta sustentável. São onze suítes abobadadas, com vista panorâmica para o mar e espaços em cores neutras com madeiras tropicais, texturas naturais e mobiliário artesanal de regiões como Yucatán e Veracruz. Estes elementos são combinados com itens decorativos e amenidades das terras altas de Oaxaca, feitas por ceramistas, marceneiros, agricultores e apicultores nas oficinas de Pueblo del Sol. A culinária mantém a mesma proposta, sendo baseada no farm-to-table, com tudo fresco e proveniente de produtores locais. Entre os serviços oferecidos: sessões privadas de ioga, massagens holísticas, aulas de surf, observação de golfinhos e baleias, caminhadas e expedições. Um paraíso que celebra a natureza presente no México.

+infos: casonasforza.com

Waldorf Astoria só

para você

A rede de hotéis cinco estrelas terá edifício residencial em Miami

Não há dúvidas de que Miami é um dos destinos preferidos dos brasileiros para passar as férias. Com praias lindíssimas, clima delicioso, excelente infraestrutura e grande quantidade de imigrantes de países latino-americanos, a cidade desponta também como a escolha de quem decide morar fora do Brasil, mas ainda quer ter um gostinho de casa. De olho nas oportunidades e no grande desenvolvimento de Miami, a rede de hotéis Waldorf Astoria, que tem 90 anos de história no setor hoteleiro, entra no ramo imobiliário e anuncia a

construção de um edifício residencial no endereço 300 Biscayne Boulevard.

O prédio de 100 andares e mais de 300 metros de altura, com vistas panorâmicas para Biscayne Bay, será considerado o edifício residencial mais alto ao sul da cidade de Nova York.

O Waldorf Astoria Residences Miami terá um total de 360 residências, com 205 quartos e suites adicionais, um espaço para o restaurante Peacock Alley, deck na piscina, spa, espaços internos e externos para eventos e academia. Também oferecerá a mais recente tecnologia de “edifício inteligente”, com um aplicativo personalizado que conectará os residentes ao serviço de concierge 24h e outras

comodidades. Contará, ainda, com a mesma tecnologia de casas inteligentes, que permitirá a personalização do apartamento. O empreendimento está em lançamento, com vendas na planta, e a entrega está prevista para 2025.

+infos: waldorfastoriamiami.condos

Wellness Galerie

Inaugurada em 1894, no Boulevard Haussmann, em Paris, a Galeries Lafayette é sinônimo de tradição, elegância e sofisticação francesas. Agora, a primeira loja de departamentos da Europa ganha em seu subsolo o maior espaço de bem-estar, beleza, fitness e sportwear do continente europeu, denominado Wellness Galerie.

O andar de três mil metros quadrados, com conceito holístico e inspirado no design dos anos 1970, engloba 169 marcas, entre produtos e serviços, atendimento profissional com especialistas em massagens, piercing e medicina alternativa, espaços gastronômicos, sauna, ambientes para meditação, academias, além de corners e pop-ups com itens de culinária, aromaterapia, sportwear, make-up e tratamentos faciais e corporais.

Dentre as marcas, muitas nunca comercializadas na França,

39 são encontradas com exclusividade ali, entre elas Alo Yoga e Born Living Yoga, Solaris Laboratories, Ulé, Jwomanizier, Wesak, Stones Club, Lazartigue, Combeau, Les Bois, 111 Skin, Sunday Riley e Aromatherapy

+infos: wellness.galerieslafayette.com

Associates, Anatomik, Atelier du Piercing Djula, Belleyme, Chillhouse, Le Boudoir du Regard, L’Officine Immortelle, Seasonly e Skinneo.

NOVA COR PARA TORNAR SUA AVENTURA AINDA MAIS PULSANTE

BMW G 310 R LIMESTONE

Ágil, compacta e ainda mais estilosa, a G 310 R Limestone chegou para explorar a cidade com a condução de uma verdadeira roadster. O modelo inclui farol full led com luz de rodagem diurna, acelerador eletrônico ride by wire, além de manetes de freio e embreagem que permitem ajustes em quatro posições. Prepare-se para uma rotina com mais aventura em cada detalhe.

JUNTOS SALVAMOS VIDAS.

Diversão para todas as idades

Hotel Villa Rossa completa 30 anos de história com infraestrutura de lazer completa, muita natureza e traz novidades

Em meio a uma área de 350 mil m² na Mata Atlântica, o hotel fica a apenas 40 minutos de São Paulo, na região de São Roque. Sua infraestrutura de lazer impressiona com equipe de recreação muito cativante para diferentes idades com atividades diversas ao longo dia, como tirolesa, pedalinho no lago, gincanas, jogos no campo de futebol ou na quadra de vôlei de areia, além de um show no anfiteatro

em algumas noites.

Para os adultos também não faltam opções para se exercitarem na academia, quadras esportivas, campo de golfe ou

nas trilhas para caminhadas, relaxarem na piscina externa e interna aquecida ou reporem as energias no spa com tratamentos variados.

Mas tudo isso acaba de ganhar um upgrade com a inauguração do Complexo Aquático, um espaço de convivência e conexão com o elemento água, num projeto assinado pelo Atelier O’Reilly, referência em arquitetura sustentável. Neste projeto foi usada a tecnologia da biomassa para aquecimento dos um milhão e meio litros de água.

Essa área total de 4.200 m² conta com piscinas, com toboágua, cachoeira e duchas. Um espaço para todas as idades, incluindo uma praça molhada com gêiseres saindo do chão e cachoeiras, uma grande piscina com cascata e um deck para descanso e jacuzzi. Outro ponto que não passa despercebido é o paisagismo, que foi todo inspirado na Mata Atlântica, com

isso, foram plantadas espécies nativas da região, e as cascatas foram pensadas para remeter a esse ambiente tropical.

Ao todo, o hotel conta com 103 acomodações de diferentes categorias e comodidades. As villas loft são perfeitas para famílias grandes, pois são privativas com piscina particular e um ambiente aconchegante. Além da gastronomia, que conta com sistema buffet e uma variedade de opções a cada refeição, sempre valorizando os ingredientes locais e sazonais.

+infos: villarossa.com.br

Experiência sensorial

Dias inesquecíveis no novo Flavia Luxury Hotel, em Oaxaca, no México

À beira da reserva natural Cordillera de la Sierra Norte, em San Felipe, Oaxaca, um novo hotel butique vai mexer com os seus sentidos. Projetado pelo estúdio de arquitetura mexicano Rootstudio, em harmonia com o ambiente externo, o Flavia Luxury Hotel tem como objetivo evocar sensações e histórias inspiradas em toda a riqueza da região mexicana, através de sua arquitetura clean, amplos espaços verdes e vistas panorâmicas.

O edifício escultural de caráter rústico é feito em concreto, madeira e vidro, tem quatro andares, pé-direito duplo e paleta de cores baseada em cinco tons terrosos que harmonizam perfeitamente com os materiais escolhidos para a construção. O paisagismo foi feito por Luis Zárate – conhecido por seu trabalho no Jardim Etnobotânico de Oaxaca – e inclui cactos e plantas aquáticas. Conta com apenas 11 quartos, cada um com layout e atmosfera próprios para reforçar a ideia sensorial. O quarto Bunker, ao contrário do que o nome sugere, é muito bem iluminado. Já o quarto Teatro é dramático e convida à introspecção. Outros elementos presentes nas demais

acomodações são, por exemplo, o calor das madeiras e o contraste entre texturas.

O toque final fica por conta dos móveis sofisticados criados com exclusividade e das obras de artistas locais que decoram os espaços. Entre eles, Sabino Guisu, Adán Paredes, Dali Nieto, Jesús Cuevas, Rolando Rojas, Francisco López Monterrosa e Lucio Santiago. Para tornar a experiência ainda mais completa, o Flavia dispõe também de restaurante, piscina panorâmica, zona de bem-estar e horta orgânica.

+infos: hotelflavia.com

Road Trip de luxo

Com Beyond by Four Seasons, sua viagem de carro nunca mais será a mesma

Fundado em 1961, Four Seasons Hotels and Resorts se dedica a aperfeiçoar a experiência de viagens por meio de inovação contínua e os mais altos padrões da hotelaria, incluindo rede global de hotéis, coleção de imóveis de férias e um portfólio global de residências particulares.

E não para por ai! A boa nova é que toda essa excelência chega agora à estrada. E nada mais nada menos do que nas estradas da Toscana. O Beyond by Four Seasons promete uma road trip de luxo pela região italiana, revelando segredos e tornando a experiência surpreendente, até para quem já conhece o local. Uma jornada que é tão importante quanto o destino. Em parceria com a Canossa Events, especialista em eventos de road touring, e a cidade de Florença, capital toscana, o roteiro pode ser realizado em um veículo vintage ou em um modelo esportivo. A escolha é do viajante! Tudo começa com um jantar de boas-vindas no maior jardim particular da cidade, localizado no Four Seasons Hotel Firenze, base do roteiro. Nos dias

seguintes, os hóspedes exploram os vinhedos de “Chiantishire” em um tour privado, degustam os premiados vinhos da vinícola Antinori e viajam pelas paisagens coloridas de Siena. Antes de chegar às idílicas cidades litorâneas, percorrem a região do famoso terroir de Montalcino, passam pelos exuberantes ciprestes de Bolgheri e pelos renomados vinhedos de Ornellaia. Incomparável paisagem, pontuada pelos melhores vinhos e gastronomia, somada ao irretocável serviço Four Seasons. Cada detalhe é cuidadosamente gerenciado por uma equipe

da marca hoteleira, permitindo uma viagem tranquila e sem preocupações. E claro, seguindo os padrões de saúde e segurança do programa Lead With Care. Durante a estada, os hóspedes são encorajados a utilizar o Four Seasons App para se comunicar com o Four Seasons a qualquer momento, 24 horas por dia. Mais uma novidade para quem gosta de viajar e não abre mão de luxo e exclusividade.

+infos: fourseasons.com

Tríade de sucesso

Sustentabilidade, arte e gastronomia no novíssimo Hotel Sommerro, em Oslo

Os belíssimos fiordes, a natureza abundante, a cultura nórdica e a infraestrutura de primeiro mundo. Tudo isso você encontra na Noruega. Vale começar pela capital Oslo, que acaba de ganhar um hotspot: o hotel Sommerro, membro da Legend Collection da Preferred Hotels & Resorts. O retiro urbano fica na antiga sede da Oslo Lysverker, empresa elétrica, no bairro Frogner, que é cercado por butiques, lojas de antiguidades e galerias. A sustentabilidade é seu principal

pilar, com uso de materiais sustentáveis, energia 100% renovável, estacionamento de veículos elétricos com carregadores, empreendedorismo social e parceria com artesãos locais.

No estilo Art Déco, ele tem quartos e residências, e sete restaurantes e bares, incluindo um de cozinha requintada do “Melhor Chef Tailandês” da Noruega; e o Tak Oslo, nórdico-

japonês da premiada chef sueca Frida Ronge, sendo o único restaurante em um rooftop na cidade. Além disso, conta com espaço de bem-estar, o primeiro rooftop com piscina, sauna e terraço disponível o ano todo na cidade, e uma extensa coleção de novos artistas locais e uma série de obras originais do norueguês Per Krohg – tudo com curadoria do aclamado diretor de museu e crítico de arte Sune Nordgren.

+infos: preferredhotels.com sommerrohouse.com

Volta

ao mundo

Latitudes oferece viagem de 26 dias em jato exclusivo

Desde 2003, ano de sua fundação, a Latitudes contribui com inovações para o mercado de turismo brasileiro, disseminando o conceito de viagens de

conhecimento, experiências que contribuem para o aprendizado e enriquecimento interior.

Seguindo seu conceito, a Latitudes apresenta a sexta edição da Private Jet Expedition Around the World, com um novo roteiro de volta ao mundo em 26 dias.

De 25 de outubro a 19 de novembro de 2023, 50 passageiros irão visitar sete Patrimônios da

Humanidade da UNESCO, como Rapa Nui National Park, na Ilha de Páscoa, o Parque Nacional de Komodo, na Indonésia e o Serengeti National Park, na Tanzânia. Tudo isso a bordo de um sofisticado jato com assentos reclináveis a 180°, iPad individual e muitas outras comodidades. Os hotéis selecionados combinam renomadas redes hoteleiras a

verdadeiros refúgios locais. Na lista estão o Explora Rapa Nui, o Six Senses Fiji Malolo Resort, os hotéis Four Seasons em Sydney e no Serengeti, além do AYANA Komodo Resort (Indonésia), Evolve Back Hampi (Índia), o Banyan Tree Al Ula (Arábia Saudita) e o La Bobadilla (Espanha). Mas tudo começa em São Paulo, com uma noite no Palácio

Tangará, onde o grupo irá conhecer os especialistas que os acompanharão em todos os destinos: o historiador Luis Estevam Fernandes de Oliveira e o fotógrafo Adriano Gambarini. Além do médico Dr. Fábio Tozzi e de um chef a bordo da aeronave. O viajante conta ainda com o apoio para o transporte de bagagens, facilidade no

processo de imigração e uma tripulação internacionalmente certificada com integrantes que falam português e compreendem as necessidades do viajante brasileiro. A experiência inesquecível sai em torno de US$ 148 mil dólares por pessoa em quarto duplo.

+infos: latitudes.com.br

A um passo do Rio Douro

Localizado perto das adegas de vinho do Porto e da ponte D. Luís 1º, o Hilton Porto Gaia oferece uma experiência intensa

Por Mariana Fernandes

No burburinho de Vila Nova Gaia, cidade vizinha ao Porto, está um dos hotéis mais luxuosos e convidativos, especialmente para quem aprecia enoturismo. O Hilton Porto Gaia aguça os hóspedes logo que repousam os pés na recepção. O ar sóbrio faz qualquer um se sentir

dentro de uma cave de vinho. Aliás, a bebida do Deus Baco está presente em cada detalhe da sofisticada decoração: do traçado do carpete aos pilares e paredes com aros inspirados em barricas. Construído em uma área de 32 mil m², onde antes ficavam armazéns de vinho do Porto da Delaforce / Gran Cruz, o hotel possui 194 quartos e suítes. As acomodações, distribuídas em oito andares, são espaçosas e algumas com vista privilegiada para o rio Douro. As suítes mais concorridas são a One bedroom Suíte with view, onde é possível acordar e dar de cara com a cidade do Porto e a

Duplex Deluxe Suíte, com 90 m² divididos entre dois pisos, sala de estar, espaço para jantar e closet. Quem escolhe essas acomodações, ainda tem acesso exclusivo ao "Executive Lounge", um espaço reservado com sala privativa para refeições e serviço permanente de café e snacks.

Como esse cantinho do país "respira" vinho, o Spa Flúmen Welness Center trouxe essa inspiração também para a piscina, toda revestida em tom vermelho intenso, o que dá a inusitada sensação de estar mergulhando em uma banheira de vinho tinto. Além dos produtos da linha Alquimia, os tratamentos

do corpo contemplam ingredientes naturais, como borra de café e açúcar para esfoliação. Apesar da ampla seleção de massagens, o Spa permite personalizar os tratamentos.

Adeptos da gastronomia criativa e refinada encontram no restaurante Composto uma oferta generosa de pratos mediterrâneos,

mas também típicos. Grande parte dos alimentos são provenientes de fornecedores locais, por isso, o hotel trabalha com produtos sazonais, garantindo o frescor. No fim do dia, os hóspedes podem apreciar a paisagem no The Terrace, com uma vista encantadora do rio Douro repleto de embarcações, ou degustar um drinque no pano-

râmico Magma Cocktail Bar. E não pode faltar uma carta caprichada com bebidas nacionais, principalmente da região do Douro. O Hilton coleciona 100 referências de vinhos e espumantes.

+infos: hilton.com

Novidades no ar

Confira as últimas news da Air France e da Emirates

As viagens internacionais voltaram com tudo e, para acompanhar a nova demanda, as companhias aéreas trazem boas novas para tornar a experiência do passageiro ainda melhor. Em seus voos de longa distância, a Air France apresenta sua nova coleção de comfort kits, disponíveis nas cabines Business e Premium Economy ao longo de 18 meses. Os itens reutilizáveis são desenvolvidos com materiais reciclados e ecologicamente corretos. A companhia também está trabalhando para limitar o uso de plástico de uso único em seus voos. Na Business, o novo kit inclui uma escova de dentes e uma caneta feita de palha de milho, tampões de

Por Vivian Monicci

ouvido embrulhados em papel kraft, uma máscara grande e macia para dormir, um par de meias, um tubo de pasta de dente e dois produtos cosméticos da Clarins em tamanho viagem. Já na Premium Economy, o kit apresenta uma escova de dentes feita de palha de milho, um tubo de pasta de dente, tampões de orelha embrulhados em papel kraft, um par de meias e uma máscara noturna. E para que os clientes tenham uma experiência ainda mais exclusiva em seus lounges, a Air France disponibiliza novas opções gourmet no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Os menus são compostos por pratos da Ducasse Paris – que podem ser apreciados nos salões de longa distância no Terminal 2E – e dos chefs François Adamski (vencedor do Bocuse d'or e Meilleur Ouvrier de France) e Chloé Charles nos lounges de média e curta

distância do Terminal 2F. Entre as novidades no Terminal 2E, uma alternativa totalmente vegetariana e saudável ao tradicional hambúrguer feita a partir de cereais e vegetais franceses produzidos localmente e um praliné de chocolate da Manufacture Ducasse. Já no Terminal 2F, novos pratos quentes, incluindo uma opção vegetariana. Outra companhia aérea que sempre surpreende é a Emirates. A partir de dezembro deste ano, a empresa deve estrear suas aeronaves A380 recém-reformadas com a cabine Premium Economy para cinco novas cidades: Nova York, São Francisco, Melbourne, Auckland e Cingapura. Além disso, aumentará os assentos da cabine Premium Economy nos voos para Londres e Sydney em aeronaves modernizadas em voos

programados.

Até o fim do ano, a Emirates vai oferecer aos clientes mais opções e uma experiência melhor nos serviços da aeronave A380 para 42 destinos, aumentará seus voos atuais para mais de 400 voos por semana com a aeronave A380, e incluirá mais destinos à sua rede, como Houston, Bangalore, Perth, Auckland e Kuala Lumpur.

A partir de novembro, a companhia aérea começará a modernizar as cabines de 67 aeronaves Airbus A380 e 53 aeronaves Boeing 777.

Até 2025, cerca de quatro mil novos assentos Premium Economy serão instalados, 728 suítes da Primeira Classe serão reformadas e mais de cinco mil assentos da Classe Executiva ganharão um novo estilo e design.

+infos: airfrance.com.br | emirates.com

Pausa para respirar

As Viagens Respiro com o chef Thiago Medeiros propõe mais que uma pausa, alimentam os sentidos, o corpo, a mente e a alma

Respirar é preciso. Em tempos modernos, quase nos esquecemos de reservar algum momento do dia para silenciar, nos observar e nutrir a vida de uma forma saudável e pausada. O dia a dia corrido nos leva a respiros cada vez mais curtos, a refeições cada vez mais rápidas, a relações cada vez mais distantes de nós mesmos e com o todo.

As viagens Respiro™ foram idealizadas para ampliar o espaço de conexão entre pessoas e alimentos, entre alimentos e natureza , entre

a natureza e suas relações. Alimentar corpo, mente e alma é a proposta do chef Thiago Medeiros, que desde 2014 vem criando projetos em torno da gastronomia e vida saudável. Sua primeira marca foi a S Simplesmente, que funcionou na Vila Madalena já com o conceito da gastronomia vegetal bem feita e cheia de sabor. A partir daí, o chef passou a oferecer consultorias de cardápio, como para a pousada Ronco do Bugio, em Piedade, por exemplo. Atualmente ele aprimora o cardápio do emblemático Hotel & Spa Serra da Estrela, em Campos do Jordão. Algumas de suas receitas podem ser encontradas em seus cursos ou em sua coluna na revista Casa Vogue. A ideia do Respiro™ aconteceu

durante a pandemia, quando Thiago decidiu ir em busca de um respiro e se mudou para Itacaré, onde aconteceu a primeira edição. Mas não demorou muito e vieram as outras edições em destinos

diferentes, como na Ilha de Boipeba, na Bahia, a Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, e a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. A edição de novembro de 2022 acontece no Saco do Mamanguá em Paraty, Rio de Janeiro.

A gastronomia é o ponto alto da experiência. A ela estão associados os produtos locais, sendo do próprio estabelecimento ou de vizinhos, em sua maioria orgânicos. A cozinha de Thiago é vibrante,

criativa, com toques de brasilidade e tropicalismo. As mesas são fartas e abrem um repertório novo de sabores aos participantes. Além disso, oficinas culinárias, palestras com a nutricionista Debhora Medeiros, aulas de ioga com Daniel Borges e mentoria de saúde e bem-estar com Juliana Martins fazem parte da programação. Os destinos e hospedagens oferecem uma proposta de integração com a natureza, arquitetura simples,

natureza exuberante. O luxo está no tempo, no espaço de reconexão, na alegria dos sentidos, no paladar, na possibilidade de respirar com calma e de trazer na bagagem novos conhecimentos e encontros. Respire! respirotm.com.br

Por Dani Hispagnol, que conecta pessoas por meio dos alimentos e dirige a agência GoutéExperiências Gastronômicas. + infos: goute.com.br

Saúde

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O Alasca sempre gerou um forte fascínio em Sylvio Gomide, diretor de um grupo educacional em São Paulo. “Desde garoto sonhava conhecer aquele lugar”, conta ele, que neste 2022, ao completar 70 anos, decidiu que já estava mais do que na hora de tirar este antigo sonho do papel.

O presente de aniversário, entretanto, viria em uma embalagem mais do que especial: ele é um experiente viajante de moto e então, é claro, a chegada ao destino tão desejado teria de ser sobre duas rodas.

Os companheiros de jornada representaram uma espécie de cereja do bolo: além de dois bons amigos que já viajaram de moto com ele em outras oportunidades, pela primeira vez Sylvio teria na estrada a companhia do filho caçula, de 39 anos, e do neto, com 15 anos.

Os cinco contrataram uma empresa especializada neste tipo de aventura, a MotoAtacama, que desenhou um roteiro completo e forneceu um guia, Eduardo Generali, que os acompanharia por toda a viagem.

Eles saíram de São Paulo em 11 de maio e embarcaram de avião para Portland, nos Estados Unidos. No dia 13 retiraram cinco motos BMW 1200 Big Trail da empresa MotoQuest e já seguiram direto rumo a Vancouver, no Canadá, em um trajeto de 500 quilômetros, passando por Seattle pela Highway 5 e cruzando a fronteira pelo Arco da Paz.

O comboio foi formado também por um carro de apoio, que levava as malas: o grande – e necessário – volume de casacos e roupas quentes dos cinco viajantes ia no automóvel, deixando as motos mais leves. Sylvio, como um bom pai protetor, seguiu com sua moto (e seu capacete réplica do utilizado por Nelson Piquet nos tempos de Fórmula 1 pela equipe Benetton) sempre atrás do filho, que por sua vez levava o neto na garupa.

“Eu já tenho uma boa experiência em viagens de moto, mas no caso do meu filho foi a

primeira vez”, explica Sylvio, que com amigos já rodou de São Paulo a dezenas de destinos tão diversos e interessantes como Punta del Este, no Uruguai, Bonito, no Mato Grosso do Sul, Maceió, em Alagoas, e as cidades históricas de Minas Gerais, por exemplo.

Para preparar melhor o caçula à aventura que estava por vir, antes de partir para o Alasca os dois fizeram viagens curtas de moto para cidades próximas à capital paulista, como Itu e Serra

Conhecer o Alasca era um sonho de infância de Sylvio. Ao completar 70 anos ele conseguiu realizá-lo ao lado de dois amigos, seu filho e neto

Negra. “Saindo de Portland, ele e o meu neto na garupa foram muito bem por todo o trajeto, com muita tranquilidade e segurança.”

Cenário montanhoso e selvagem

O segundo dia de viagem foi até Quesnel, trecho de 650 quilômetros. “Mantivemos um ritmo bom e constante. Parávamos para abastecer e comer algo mais ou menos a cada duas horas”, conta Sylvio. Era fim da primavera e começo do verão na região, mas mesmo assim os termômetros marcavam temperaturas na casa de um dígito ou, quando muito, algo próximo de 13 graus.

Uma boa noite de sono – e aqui Sylvio conta um segredo: “Quartos separados, sempre, porque o pessoal ronca muito e aí ninguém dorme” – e mais 520 quilômetros de estrada à frente até

Dawson Creek pela John Hart Highway, com o cenário começando a ficar mais montanhoso.

O dia a seguir foi o mais difícil da viagem: até Fort Nelson, 455 quilômetros de distância, o tempo não ajudou. Os cinco enfrentaram chuva torrencial, neve e temperatura de três graus negativos. Mas ninguém parou: seguiram todos em velocidade baixa, cerca de 50 km/h, o que fez

Eles pilotaram motos BMW 1200 Big Trail. E o recurso Modo Chuva ajudou em momentos críticos a terem uma viagem segura

com que um trecho que seria percorrido em 1h30 levasse quatro horas para ser superado. “Foi um pouco duro, mas nessas horas a moto ajuda, pois você pode selecionar o Modo Chuva e a suspensão ativa ajusta um setup mais seguro para essa condição”, explica ele.

Em compensação todos os dias à frente foram de sol e condições ótimas para a viagem, o que os ajudou a descobrir em sua total plenitude as belezas da Alaska Highway, estrada aberta pelo exército americano na época da Segunda Guerra Mundial (e liberada ao público somente em 1948).

A cada quilômetro rodado o cenário se torna mais inóspito e bucólico, com direito a vasta vida selvagem, o que inclui ursos, bisões e outros animais de grande porte passeando tranquilamente

pelos arredores da estrada. O caminho seguiu rumo a Watson Lake, distante 500 quilômetros, cruzando com lagos e rios de água cristalina. “Por diversas vezes paramos as motos e ficamos simplesmente admirando a beleza do cenário”, recorda o viajante.

Sylvio viajou com o capacete réplica do utilizado por Nelson Piquet nos tempos de Fórmula 1 pela equipe Benetton

A perna seguinte da viagem foi de 630 quilômetros, no quinto dia seguido de pilotagem das motos. Sylvio atesta que, apesar do equipamento permitir, “a paisagem era tão deslumbrante que nem dava vontade de correr”. Neste trecho os cinco cruzaram parte do território de Yukon, famoso pela corrida do ouro ocorrida há mais de um século, mas que manteve ares de uma espécie de velho oeste canadense.

O dia seguinte foi um dos mais aguardados, pois finalmente os aventureiros e suas motos cruzariam a fronteira do Canadá com o Alasca, passando pelo Parque Nacional de Kluane e suas cachoeiras em meio às montanhas nevadas. O trecho total foi de 600 quilômetros e a pernoite em Tok ocorreu em cabanas típicas da região, uma vez que não há hotéis tradicionais por ali. Mas havia um detalhe: o sol se punha perto das dez horas da noite.

Rumo a Anchorage

O trecho do dia seguinte foi um pouco mais curto, 400 quilômetros atravessando o maior parque natural dos Estados Unidos, o Wrangell St. Elias National Park, chegando até Valdez, já com vista para o mar, em pleno Golfo do Alasca.

O último dia de estrada os aguardava rumo a Anchorage, destino final 480 quilômetros à frente. Sylvio relembra que “o cenário em todas as direções era tão deslumbrante que tínhamos que tomar cuidado para não nos distrairmos demais e acabarmos caindo com as motos”. Depois de 4.500 quilômetros percorridos, os aventureiros finalmente completaram o roteiro e devolveram as motos na filial da MotoQuest na cidade.

A viagem, porém, não terminaria aí. Os cinco

permaneceram mais algum tempo em Anchorage e fizeram um passeio de barco de um dia inteiro para as monumentais geleiras da região, com direito a ver bem de perto a vida selvagem marinha, com focas e baleias praticamente se exibindo aos turistas. “Eu ficava bobo a cada minuto, não sabia nem para onde olhar”, tenta descrever Sylvio.

Depois de quinze dias no frio, enfrentando temperaturas gélidas, os cinco resolveram partir em busca de calor: voltaram direto de avião do Alasca para Los Angeles, onde “era só praia e bermuda”. E lá permaneceram por mais quatro dias até o retorno a São Paulo.

A vontade de viajar pelo Alasca, entretanto, não foi totalmente saciada. Aparentemente, aliás, o efeito foi o oposto: Sylvio já está planejando a

próxima aventura de moto por lá, mas desta vez saindo direto de Anchorage para continuar subindo o inóspito estado americano até, quem sabe, encontrar o Oceano Ártico.

Antes, porém, ele já tem outra viagem de moto agendada ainda neste 2022 para Antofagasta, no Chile, saindo de São Paulo, em grupo de 11 amigos – são mais de seis mil quilômetros somando o trajeto de ida e volta. E ele ainda quer, possivelmente em 2024, percorrer Marrocos e a região Norte da África de moto saindo de Barcelona, na Espanha.

Quem segura esse setentão?

“Por diversas vezes paramos as motos e ficamos simplesmente admirando o cenário”

Dicas quentes

COMO CHEGAR

Partindo de Portland, nos Estados Unidos, são quase 4.500 quilômetros de boas e belas estradas até Anchorage, no Alasca, em um roteiro percorrido em 14 dias, incluindo três dias de descanso.

O QUE LEVAR

Muitos casacos e roupas quentes.

APOIO

Para quem nunca foi vale a pena contratar uma empresa especializada neste tipo de viagem de moto, como a MotoAtacama, que inclui até guia. Em Portland, a empresa que aluga as motos é a MotoQuest. tours.motoatacama.com.br motoquest.com

QUANDO IR

Pelas condições climáticas, naturalmente o período mais indicado é o verão, de junho a agosto. Mas ir um pouco antes, como fim de maio, pode representar uma boa economia em uma temperatura já aceitável. A redução no valor do aluguel das motos neste caso, por exemplo, pode chegar a 50%.

O QUE FAZER

Além da viagem e das belezas naturais da estrada, há várias atrações pelo caminho, como parques nacionais, estância de águas termais, museus, passeios de barco e caiaques e até voo panorâmico de helicóptero.

DOCUMENTAÇÃO

Passaporte e vistos válidos, CNH, Certificado de Vacinação e Seguro Viagem.

DICAS DE PILOTAGEM

Sempre respeitar as leis de trânsito e os costumes locais, pilotar com atenção e responsabilidade, ultrapassar apenas com segurança, indicar para o guia uma eventual necessidade de parada e curtir a paisagem. As estradas no geral têm pavimento muito bom e são bem conservadas.

“WE’RE NOT HERE TO TRY. WE’RE HERE TO DO.”

TOM BRADY, 7 TIME SUPER BOWL CHAMPION

IWC TOP GUN.

BIG PILOT’S WATCH TOP GUN EDITION “MOJAVE DESERT”

Quando você estiver no topo e não tiver mais nada a provar para ninguém, você pode relaxar e desfrutar do sucesso. Ou, então, pode aproveitar o espírito que inspirou tudo aquilo e embarcar em um desafio ainda maior. E, quando você faz isso, não há melhor companheiro do que o Big Pilot‘s Watch, da IWC, a escolha de quem nasceu para deixar a sua marca no mundo.

O lendário Uzbequistão

Da opulência de Samarkand à força de Tashkent, da sagrada Bukhara às muralhas de Khiva, os vestígios da antiga Rota da Seda ecoam entre mausoléus, mesquitas e cúpulas azuis, revelando os tesouros do país

Dessa vez a seta disparou certeira para a Ásia Central, afinal, minha bússola insiste em apontar para destinos repletos de história e muito autênticos. O alvo foi o longínquo Uzbequistão. Um país dividido entre estepes e solo desértico, sem passagem para o mar e cercado por outros cinco países da família dos “istão”: Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Afeganistão e Turcomenistão. Mesmo sendo pouco conhecido dos brasileiros, tem uma tremenda força ancestral por estar aninhado no território do antigo e poderoso Império Persa, bem no coração da Rota da Seda, a maior artéria comercial da Antiguidade com extensão de mais de sete mil quilômetros entre a China e o Mediterrâneo, o que acabou por gerar riquezas inimagináveis para a construção do legado que hoje encanta o mundo. Mas nem sempre as portas do Uzbequistão estiveram abertas. Sua beleza se manteve velada pelas cortinas soviéticas de 1925 até o colapso da União Soviética

no início da década de 1990, um verdadeiro golpe de sorte para sua preservação.

A trajetória do Uzbequistão é formada por um mosaico histórico iniciado alguns séculos antes de Cristo, ainda antes das proezas de Alexandre, o Grande. O tal aluno de Aristóteles, em apenas 33 anos de vida, colecionou inúmeras vitórias sobre o Império Persa, desde o sul da Europa até a Índia, incluindo a Ásia Central. Samarkand, por exemplo, foi uma importante base para suas expedições

1. Entrada do Complexo de Shakhi-Zinda

Na Ásia Central, o Uzbequistão abriu suas portas após a queda da União Soviética em 1991

O complexo de Shakhi-Zinda, em Samarkand, é formado por 11 mausoléus

militares. Andar pelas ruas da cidade é a certeza de mergulhar no passado distante de uma das regiões mais fascinantes da Terra; é seguir as pegadas de Alexandre, o Grande; é ziguezaguear por onde as caravanas cruzavam do século I a.C. até o século XV levando mercadorias do Oriente para o Ocidente; é pisar nos rastros do déspota mongol Gengis Khan; é sentir o coração do Império de Timur pulsar; é vislumbrar as mesmas paisagens áridas e monumentos que despertaram a paixão do viajante veneziano Marco Polo.

Que bela é Samarkand! Resplandece ao redor do admirável Registan, um complexo arquitetônico que abriga as madraças Ulugh-Bek (madraça significa escola de islamismo e a Ulugh-Bek era uma das mais importantes da época), Sher-Dor e a madraça-mesquita Tillya-Kari, e entre tantas outras obras de arte erguidas nos arredores dos mercados da Rota da Seda, agora representados pelo Bazar Central e pelo Bazar Siob.

Grande parte do legado do país deve-se à sua posição no coração da antiga Rota da Seda

Perto dali fica o sagrado complexo de ShakhiZinda, formado por 11 mausoléus, sendo o de Kusam-ibn-Abbas, primo do profeta Maomé que difundiu o islã no país, o de maior destaque. Outro achado arqueológico importante de Samarkand é o Observatório Astronômico de Ulugh-Bek, um dos grandes astrônomos dessa era, que construiu um astrolábio de 30 metros e identificou 200 estrelas até então desconhecidas. Caminhar entre essas relíquias que conectam passado e presente, circular pela algazarra dos bazares e receber a simpatia do povo uzbeque é muito mais do que uma simples viagem. É uma experiência marcante que remete a uma volta no tempo.

Estima-se que Samarkand seja uma das cidades mais antigas do mundo e que tenha sido fundada ao redor de 700 a.C. Entre os séculos VI e XIII, teve população maior do que tem hoje, 600 mil habitantes. No entanto, trocou de mãos muitas vezes. Pertenceu aos persas, turcos, samanidas, árabes e vários outros povos até ser posta abaixo, em 1220, por Gengis Khan. Foi reconstruída nos moldes atuais por Amir Timur, o último dos gran-

Madraça Mir-i-Arab, uma das cem escolas de islamismo que havia m Bukhara des conquistadores nômades da Ásia Central. Tamerlão, como era chamado o imperador mongol, era um homem culto que valorizava a arte, o belo, a arquitetura, a filosofia e o islã.

No entanto, com a morte de Timur em 1405, seu império foi dividido entre os quatro filhos, e acabou ruindo. Somado a isso, houve uma série de terremotos e as vias comerciais terrestres perde-

ram força. Samarkand foi praticamente abandonada e a capital do império foi transferida para Bukhara. Nesse ponto, a chegada dos russos teve um papel crucial com a construção da ferrovia Transcaspiana, que revigorou a região, ao mesmo tempo em que manteve o legado de Timur protegido por mãos de ferro até a cidade ser declarada Patrimônio Mundial da UNESCO.

Duzentos e setenta quilômetros conectam Samarkand a Bukhara. O trem é ótima opção para fazer o trajeto em menos de três horas. Ao chegar em Bukhara, o calor desértico acena com força. Esse oásis em pleno Deserto de Kyzylkum foi um grande centro econômico e religioso da Ásia Central. De cara, os olhos batem nas vielas empoeiradas de linhagem persa, repletas de construções antigas, acompanhadas por canais de irrigação e dezenas de reservatórios de água, que parecem grandes piscinas, usados até o século passado para abastecer a cidade. Visite o Museu da História do Suprimento de Água, que aborda o sistema de cisternas usado na região, a captação de água da chuva e inclusive toca num assunto delicado, a tragédia ambiental do Mar de Aral provocada pelos russos, que transformou esse grande lago em deserto.

Em Bukhara, a vontade de se perder pelos labirintos sinuosos é imediata. Um filme vai passando

Vendedor de formas para enfeitar pães e bolos no centro histórico de Bukhara

pelos olhos assim que a praça Lyabi-Hauz e suas fontes entram no raio de visão, enquanto homens circulam em longas túnicas vendendo todo tipo de mercadoria, portões se abrem para pátios internos floridos e crianças brincam pelas ruas entre fortificações e madraças azulejadas.

Até que de repente salta no horizonte o minarete Kalon. Essa joia de 47 metros de altura se estende em direção ao céu desde 1127, quando o rei Arslan Khan ordenou que fosse construído o maior de todos os minaretes (torre de uma mesquita) existentes. Se para os dias de hoje ele é fabuloso, que dirá há 900 anos. Reza a lenda que quando Gengis Khan invadiu a cidade, pondo abaixo tudo que havia ali, seu chapéu foi ao chão em frente ao minarete Kalon. O gesto de ter se curvado diante do monumento para apanhar o chapéu foi o sinal de que ele deveria ser poupado da destruição. Pois lá está o minarete em pé. Mais tarde, ganhou o si-

Bukhara guarda prédios históricos e mercados para investir em um tapete persa

nistro apelido de “Torre da Morte” quando passou a ser o local de onde os inimigos eram lançados, além de ser uma espécie de torre que orientava as caravanas da Rota da Seda que por ali transitavam. Seus 105 degraus estiveram abertos à visitação até algum tempo atrás. Agora, do alto da torre ecoam apenas os chamados de oração convocando os fiéis. Mas, o minarete não está sozinho. A madraça Mir-i-Arab (uma das 100 escolas de islamismo que havia em Bukhara), a imensa mesquita Kalon (com 288 domos) e o Mercado de Ouro completam o belíssimo quadro que merece ser contemplado sem pressa do rooftop do restaurante Chasmai-Mirob, mesmo que a comida não seja o ponto alto. Massa, arroz e sopa fazem parte da mesa dos uzbeques. O tradicional “plov” (feito de arroz, legumes e algum tipo carne, inclusive de cavalo) é uma constante nos restaurantes, assim como os dumplings chamados de “manti” e o “langman”, massa caseira preparada com legumes e carnes. De sobremesa, melancia ou melão. E aqui vai uma curiosidade: em vários lugares fui advertida para não tomar água por duas horas depois de comer melão para não passar mal.

1. Fortaleza da Arca 2. Cidade Velha de Bukhara 3. Famosos tapetes Bukhara

4. Minarete Kalon 5. Bazar coberto de Bukhara

Pelo sim, pelo não, cumpri o conselho à risca.

Bukhara é uma cidade pequena, mas absolutamente arrebatadora. Além de tantos prédios históricos, tem mercados que vendem os famosos tapetes Bukhara e os tradicionais bordados “suzani” feitos à mão.

Cada uma das cidades do interior do Uzbequistão tem sua personalidade. Samarkand tem um imponente legado arquitetônico e um mosaico cultural singular; Bukhara se destaca pelos canais de irrigação, as tantas escolas de islamismo e os tapetes persas; Tashkent é uma capital cosmopolita de traços modernos-soviéticos, pois perdeu boa parte do seu patrimônio para os tremores de terra; e Khiva é a charmosíssima cidade murada que servia como último ponto de apoio para as caravanas antes de seguirem pelo deserto. Urgench é a cidade que recebe os visitantes que chegam, tanto de avião como de trem, com destino a Khiva, antes de cruzarem os 35 quilômetros de estrada repletos de plantações de algodão.

Khiva é monocromática. Suas construções de barro são ornamentadas com azulejos divinos em tons de azul. É cenográfica, histórica, bem preservada, musical e feliz. Por todos os lados, senhoras se juntam em rodas de dança contagiando o vilarejo com sua alegria e convidando quem passa a participar.

Recomendo que fique hospedado dentro das muralhas para viver alguns dias em uma verdadeira cápsula do tempo, num museu a céu aberto. O vilarejo é pequenino, mas grandioso em seus atrativos. A Fortaleza de Kunya-Ark, residência milenar dos Khans, é um bom ponto de partida para esse mergulho no passado. Seus muros guardavam uma espécie de mundo paralelo com suas próprias regras, suas mesquitas, seu harém e até seu próprio arsenal de guerra. Ali dentro, do alto do Palácio Kunya Ark, é possível avistar em detalhes o vilarejo e a cidade extramuros.

Em Khiva, vale ficar hospedado dentro das muralhas para fazer uma imersão na cultura local

1 a 3. Khiva tem arquitetura marcante e imponente, além de ser cenográfica, histórica e feliz

A alguns passos, o minarete Kalta Minor salta aos olhos com sua arquitetura peculiar. Ele foi projetado para ter 80 metros de altura, no entanto quando chegou aos 29 metros a edificação foi interrompida com a morte do rei. Outro minarete que se destaca é o Islam Khodla junto da madraça de mesmo nome e ao lado do Mausoléu de Makhmud, dois personagens importantes do país. Khodla construiu um dos portões da cidade, hospital, telégrafo e várias outras contribuições. Makhmud foi um poeta renomado de Khiva. Aliás, a cidade se orgulha de seus tantos filhos célebres, Al-Khwarizm ficou conhecido como o pai da álgebra e Al-Biruni dominava astronomia, geografia e história como poucos. Para fechar com chave de ouro, visite a Mesquita Djuma, do século X. Ela é formada por 213 colunatas de madeira, todas diferentes umas das outras. Então, suba ao minarete para se despedir desse vilarejo-tesouro, uma partida difícil.

Hora de tomar o rumo da capital Tashkent. Amplas avenidas e prédios imponentes em estilo soviético mostram à primeira vista uma cidade de aspecto jovem. No entanto, a capital Tashkent é uma senhora resiliente que sofreu grandes traumas, como a destruição causada pelo conquistador Gengis Khan, opressão soviética que pôs por terra tudo que estava fora de seus dogmas e um terremoto devastador que tirou a vida de três mil pessoas, e ela se recompôs das devastações. O Monumento da Coragem é um marco da força do povo que superou as intempéries com bravura. Portanto, não espere encontrar locais históricos contando sobre os primórdios, quando os comerciantes nômades turcos por ali circulavam. A cidade renasceu das cinzas. Ficou a essência.

Com trajetória turbulenta, o Uzbequistão conseguiu manter preservadas suas raízes e é reconhecido pela hospitalidade do povo. Guarda as heranças do antigo Império Persa e as curvas da Rota da Seda com singularidade. Caminhar por Khiva, Bukhara, Samarkand e Tashkent entre tantas relíquias traduzidas por fortificações, mausoléus, muralhas, minaretes, madraças cobertas de azul celeste e prédios pintados com tintas soviéticas é a certeza de mergulhar num livro que conta de maneira belíssima boa parte da história da humanidade.

1. Café no centro histórico de Khiva

2. Monumento da Coragem, em Tashkent

3. Pai da álgebra Al Khwarizm, em uma praça de Khiva

A capital Tashkent é cosmopolista e tem traços modernos e soviéticos

Dicas quentes

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Para entrar no Uzbequistão, os brasileiros não precisam de visto. É necessário apresentar passaporte com validade mínima de seis meses, certificado de vacinação completo para covid-19 e certificado internacional de vacina contra febre amarela. Vale confirmar as regras de entrada próximo da data da viagem.

UZBEQUISTÃO

COMO CHEGAR

Partindo do Aeroporto Internacional de São Paulo, a Turkish Airlines faz voos para Tashkent com apenas uma escala em Istambul. turkishairlines.com

ONDE FICAR

O Uzbequistão é um país de história densa, mas de hotelaria simples, com exceção da capital Tashkent que tem hotéis de cadeias internacionais, como o Hyatt Regent. Em Khiva, para ter uma experiência genuína, mesmo que permeada por simplicidade, vale ficar hospedado no centro medieval, dentro das muralhas, em uma antiga madraça transformada em hotel, Orient Star Khiva Hotel – Madrasah Muhammad Aminkhan. Fora

Tashkent

Nukus

Fergana

Qarshi

Khiva Samarkand Bukhara

das muralhas, com um pouco mais de comodidade, opte pelo Farovon Khiva Hotel. Em Bukhara, bem localizados são os hotéis Malika Bukhara e Minfiza, com decoração uzbeque tradicional. Um pouquinho mais afastado, e também mais charmoso, é o Emir’s Garden Hotel. Em Samarkand, o DiliMah Premium Luxury tem boa localização.

QUANDO IR

Os melhores meses para visitar o Uzbequistão são maio, setembro e outubro. Março e abril costumam ser chuvosos, já os meses de junho e agosto são alto verão e os termômetros podem passar de 400C. No inverno, de novembro a março, faz frio e pode até nevar.

COMO SE VESTIR

Mesmo sendo um país muçulmano, o Uzbequistão é liberal. Roupas ocidentais são usadas pelas mulheres mais jovens. Apenas nas cidades do interior, as mulheres têm hábitos tradicionais e usam roupas fechadas, longas e cabelos cobertos. Com o calor intenso, usei vestidos leves na altura do joelho e bermudas com blusas soltas. Fui muito bem recebida por todos, sempre com largos sorrisos e gentileza.

SEGURANÇA

O Uzbequistão vive um momento tranquilo. Me senti segura andando pelas ruas a qualquer hora do dia. Como faz fronteira com países que eventualmente passam por algum tipo de instabilidade, existe o risco de atentados terroristas, especialmente na capital, tanto que no metrô não é permitido fotografar.

QUEM LEVA

SOBRE A COMUNICAÇÃO

São duas as línguas oficiais: uzbeque e russo. Inglês é pouco falado no país, portanto a comunicação ainda é um problema, especialmente para quem viaja sozinho. É recomendado o acompanhamento de guia e motorista, não por questões de segurança, mas por comodidade em termos de comunicação.

Explore Travel. +infos (11) 978213665 ou exploretravel.com.br Latitudes – Viagens de Comnhecimento. +infos: (11) 3045-7740 ou latitudes.com.br

*Claudia Liechavicius é jornalista, fonoaudióloga e apaixonada pelo mundo. Fundadora do site Viajar pelo Mundo e autora do livro “Quer Viajar?”. @claudia_liechavicius

Refúgio preservado em Alagoas

O município de Porto de Pedras preserva muitas de suas características e oferece atrativos aos viajantes, com suas piscinas naturais em praias rodeadas por coqueiros como a do Patacho, um centrinho cheio de charme e a hospitalidade de uma população sorridente e acolhedora

Por RENATA ZANONI, do PATACHO

Um pouco antes de ouvirmos falar de pandemia, meus pensamentos e meu radar por destinos já tinham se voltado para conhecer a região de Porto de Pedras e a Praia do Patacho. Veio a pandemia, o mundo mudou, e eu também. Naquela época eu era uma editora de revista de turismo com um filho, e hoje eu sou a editora da mesma revista, só que com três filhos, ou seja, meu tempo vale ouro. E foi neste destino que achei que valia a pena investir o meu tempo e retomar minhas viagens para conhecer lugares novos e contar tudo aqui.

Grande incentivador e apaixonado pela região

de Porto de Pedras, o empresário e advogado Luciano Caribé foi quem me contou um pouco mais do destino e instigou a minha curiosidade para conferir tudo aquilo com meus próprios olhos.

E em março deste ano embarquei para Alagoas. Para situar todos os leitores, o distrito de Porto de Pedras fica a 125 km de Maceió, capital de Alagoas, e onde fica localizado o aeroporto mais próximo. Outra opção é voar para Recife e de lá também são cerca de duas horas até o destino.

Ao chegar, você se depara com um vilarejo bem rústico e preservado, com muita mata nati-

va com coqueirais em abundância e o mar circundando tudo isso. Uma paisagem típica nordestina, mas ainda preservada. O centro de Porto de Pedras, ou melhor, a colorida vila de Tatuamunha, é pequena, mas está tudo muito bem organizado. Uma pequena rua guarda dos dois lados restaurantes, bares, cafés e lojas de artesanato e outros itens feitos pelos locais. Uma loja mais charmosa que a outra. Ali também fica a Associação PeixeBoi, que cuida de preservar a espécie na região. Fazer esse passeio guiado de barco até as proximidades do criadouro de peixes-boi e também

onde eles se readaptam para voltarem à natureza é quase obrigatório e, principalmente, entender como se dá a preservação desta espécie ameaçada de extinção no Brasil para a continuidade na re-

em Alagoas

Porto de Pedras é um município muito preservado

gião e como podemos contribuir, também é. Próximo a esse centrinho, existe uma parada na praia de Tatuamunha para atravessar o mangue por uma ponte em cima do rio e vislumbrar um pôr do sol, muito lindo. O lugar também é conhecido como Boca do Rio e é uma das divisas do município. Por falar em passeios, existem algumas opções para conhecer e explorar a região, como o de jangada para ver o encontro do rio Manguaba com o mar – se feito na hora do pôr do sol, ainda melhor. O tour de jangada até as piscinas naturais também é imperdível, vale seguir as coordenadas do hotel sobre a maré para mergulhar nas piscinas naturais e ver de snorkel – ou mesmo a olho nu – uma infinidade de espécies de peixes e corais. Reserve um passeio de buggy para subir até o Farol de Porto de Pedras.

Faça uma caminhada sem pressa pela Praia do Patacho ou reserve uma experiência a cavalo.

Durante o dia, o melhor é curtir a natureza abundante, o sol e a praia – que, se estiver hospedado no Pedras do Patacho, ainda vai ser regado de outras regalias. De noite, o melhor é escolher um dos restaurantes com gastronomia típica para conhecer e curtir o vai e vem dos turistas e locais. O Peixe na Telha é uma das opções com menu praiano, que usa ingredientes sempre frescos e pratos para compartilhar. Ele desembarcou na cidade em 2020 e já tinha sua unidade principal em Porto de Galinhas desde 1991.

Já o NaCasa de.boa é um gastrobar para drinques diversos e aperitivos. Prove, por exemplo, uma caipirinha de caju com limão, ou o Gin Na-

Casa feito com pitaya rosa e limão siciliano. Para um café no final do dia vá ao Jardim Secreto Milagres para provar um pão artesanal feito com fermentação natural ou uma das sobremesas disponíveis no dia, já que o cardápio não é fixo. O bolo de macaxeira e coco é uma das especialidades que você pode dar sorte de ter. Na praia do Patacho, acabou de ser inaugurado o primeiro beach club, com capacidade para receber 400 pessoas por dia. E fica o nosso desejo de que isso ou outras iniciativas não criem a massificação do destino.

O Pedras do Patacho - Hotel com estilo

Um capítulo à parte no destino e que levou ainda mais alma ao lugar é o Pedras do Patacho Hotel Boutique. O hotel surgiu da vontade do ad-

vogado e empresário Luciano Caribé de investir em um lugar que já frequentava. Unido ao seu sócio, o arquiteto Thiago Monteiro, construíram o que se tornou um dos hotéis mais desejados do Brasil. Para se ter uma ideia, nenhum deles era do mercado de hotelaria e, conversando com Luciano, você percebe que eles nunca imaginavam o sucesso que se tornaria essa empreitada. Inau-

As piscinas naturais da praia do Patacho são imperdíveis

gurado em três fases, sendo a primeira em 2017, o Pedras do Patacho (integrante da BLTA - Brazilian Luxury Travel Association) tem um estilo rústico-chique que traz uma leveza e conforto extremos aos hóspedes. Cada detalhe parece milimetricamente pensado. Ao todo, são 23 acomodações divididas em: dois bangalôs de frente para o mar com piscina privativa; cinco bangalôs com vista mar e piscina privativa; seis suítes com banheira de pedra vulcânica; e outras dez suítes com piscina privativa. Tudo muito lindo e com mimos sem fim. A estadia é leve, o staff é muito bem treinado, de qualquer um dos quartos você está a poucos passos da areia com espreguiçadeiras e serviço. Você pode ainda escolher ficar mais perto da piscina para curtir o dia, a música ambiente é gostosa e te faz querer pegar a lista e incluir em

seu Spotify, os drinques são variados e a carta de bebidas inclui uma seleção premium para você ter à disposição o que desejar a qualquer hora do dia, além de uma gastronomia marcante e um spa Sisley para chamar de seu.

Ele é perfeito para casais ou grupos de amigos que querem curtir a bela praia do Patacho e os atrativos do destino. O hotel não aceita crianças,

O Pedras do Patacho é uma das boas descobertas do destino, com arquitetura marcante e muito aconchego do staff

o que é super compreensível quando você chega e conhece a estrutura. Ele é estiloso na medida certa! Tudo ali é clean e os materiais usados, tanto na construção como nos detalhes do quarto, também. O chuveiro externo, as poltronas para descanso e leitura, a decoração minimalista e os amenities da L’Occitane au Brésil com cheiros e aromas bem tropicais chamam a atenção. Contemplar o céu estrelado após um dia de praia da piscina de seu quarto pode ser um dos momentos mais marcantes e revigorantes desta viagem.

Outro quesito que merece destaque é a gastronomia do hotel, que já era de alta qualidade e agora vem com assinatura do consagrado chef Pedro Godoy, brasileiro natural de Pernambuco e que ganhou destaque no país com seu restaurante Arvo, em Recife. Ele é uma das revelações da culinária contemporânea e usa diversos ingredientes locais para dar um toque e identidade única aos seus pratos.

Godoy passou por casas como Oficina do Sabor e Beijupirá no Nordeste, mas foi em Melbourne, na Austrália, que ele viu sua vida mudar com a vivência nos restaurantes premiados como o Maha. No cardápio do Corten, dentro do Pedras, ele traz toda essa bagagem internacional com muita autenticidade e uso de PANCs da horta do hotel que já está sendo ampliada para atender ainda melhor à necessidade da nova gestão da cozinha. Como entrada, prove o Vatapá de Peixe, que é servido com camarão e pastel de farofa de gengibre com açafrão da terra; depois siga para um roastbeef de filé mignon com picles de cebola, alcaparras, mostarda fermentada, rúcula e servida com torradinhas de brioche, ou aposte no camarão empanado servido com molho teriaky de rapadura. Nos principais, você terá uma dificuldade imensa em escolher diante de opções tão autênticas. Polvo grelhado com arroz negro servido com aioli de li-

A gastronomia marcante do Pedras tem assinatura do chef Pedro Godoy

mão siciliano e molho bisque de camarão; e o peixe grelhado ao molho de coco servido com feijão verde e banna da terra, farofa de jerimum e arroz basmati de coentro com amendoim estão entre as especialidades. E feche a sua experiência gourmet provando a cartola pernambucana com queijo manteiga, banana flambada com rum de coco e sorvete de tapioca. Tudo com uma bela apresentação e sabor ainda mais inesquecível.

Como o Pedras do Patacho não para de inovar, eles inauguraram este ano mais algumas acomodações e um spa da marca Sisley Paris. O segundo da marca no Brasil (o outro fica no Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, em Florianópolis) traz protocolos da marca em um espaço com uma arquitetura com muitos elementos do Nordeste e duas salas de tratamento para um menu de terapias enxuto com duas opções faciais e duas corporais.

Outra boa nova e empreitada de Luciano e Thiago é a Casa Brasileira. Uma casa estilo colonial da década de 1920 de frente para a praia com construção e elementos locais, que pode ser fechada por inteiro para curtir com a família ou somente uma das acomodações. Muita arte local, livros e um cenário mais low profile é encontrado ali. Ela vai funcionar como uma galeria de arte com hospedagem. A mesma hospitalidade do Pedras, mas algumas características próprias. Que promete ainda mais sucesso ao destino, que tem como seu principal atrativo ter o desenvolvimento e a hospitalidade de luxo e conseguir manter com muito charme e bossa sua identidade.

A Casa Brasileira é a nova empreitada de Luciano e Thiago na região e promete ainda mais sucesso

Dicas quentes

COMO CHEGAR

A maneira mais fácil de chegar ao destino final é pegar um voo até Maceió, capital de Alagoas. De lá, são cerca de duas horas de carro até o município de Porto de Pedras. Se estiver hospedado no Pedras do Patacho, entre em contato, pois eles têm transfer cadastrados para o translado de ida e volta.

BRASIL

ONDE FICAR

Pedras do Patacho Hotel Boutique

Localizado em Porto de Pedras, no litoral Norte de Alagoas, na Rota Ecológica dos Milagres, o Hotel Pedras do Patacho se baseia em cinco pilares: design, carinho humano, gastronomia, sustentabilidade e responsabilidade social. pedrasdopatacho.com.br

Casa Brasileira Hotel Galeria

Como está definido na página oficial do hotel, a Casa Brasileira é um manifesto sobre a brasilidade. Ele também integra a seleta a BLTA. Elementos decorativos carregados

de história, apresentação de novos artistas brasileiros através de suas obras, cores e tons diversos, singularidade nos detalhes, preservação do antigo e história e incorporação do novo em pequenos detalhes. Muita cor e tradição aguardam os hóspedes que desejam descansar neste espaço com apenas sete acomodações. @casabrasileirahotel

-Passear de jangada para ver o encontro do rio com o mar; -Mergulhar nas piscinas naturais; -Caminhar ou cavalgar pela Praia do Patacho.

O QUE FAZER

-Visitar o centro de Porto de Pedras, repleto de restaurantes, bares, cafés e lojas de artesanato;

-Conhecer o espaço da Associação Peixe-Boi e contribuir com o projeto; -Fazer um passeio de buggy até o Farol e pela região;

ONDE COMER

Peixe na Telha @peixenatelhamilagres NaCasa de.boa @nacasadeboa Jardim Secreto Milagres @jardimsecretomilagres

Praia Patacho

Maceió ALAGOAS

OCEANO ATLÂNTICO

75 anos de puro lifestyle

Em meio às celebrações dos 75 anos do village e de novidades, Bal Harbour continua sendo uma parte vibrante para curtir Miami. Repleta de luxo e muitas possibilidades para comprar, comer bem e se hospedar em bons hotéis

Por RENATA ZANONI, de BAL HARBOUR

O distrito de Bal Harbour vale sua aposta. Essa frase parece ecoar entre os brasileiros há algum tempo, mas vem tomando força nos últimos anos. Para se ter uma ideia da importância de nós brasileiros, estamos em terceiro lugar na lista dos principais mercados visitantes. O village fica a norte de Miami Beach e a uma distância de uns 15 minutos de carro de South Beach. Tudo ali é muito bem cuidado.

Ele tem essa denominação de village há 75 anos e um tipo de subprefeitura comandada por uma equipe muito competente e liderada pelo village manager George Gonzalez (que trouxe a Art Basel para a cidade) fazem ações assertivas, tornando Bal Harbour um lugar bem interessante. Influenciadoras como Suzana Gullo Mion e Lelê

Saddi sempre são habitués.

Novidades não faltam. Entre as boas novas já prontas está a ampliação da faixa de areia, que ganhou mais de 240 mil metros cúbicos, e é convidativa para sentar e curtir o mar ou praticar ioga no pôr do sol. Essa e outras atividades são oferecidas de forma gratuita aos moradores e hóspedes de

Bal

Harbour

celebra 75 anos repleto de novidades e muito investimento

qualquer um dos hotéis através de um cartão exclusivo de Bal Harbour. Quem tem esse cartão tem outros benefícios, como apresentações, exposições de arte e o Unscripted Bal Harbour Art Access, um programa que dá acesso gratuito aos principais museus da cidade.

Dentro dos novos projetos, o Waterfront Park, que foi inaugurado em setembro de 2021. O espaço é quase exclusivo de residentes, exceto a parte da

doca de barcos e de caiaque na 96th street. Ele fica em frente à atual Prefeitura de Bal Harbour Village, que também ganhará um novo espaço no futuro. E quando finalizada contará com um novo parque, áreas para jogos, espaços de meditação e exercícios, e um playground com o tema “Mãe Terra-ciclo-de-vida”, projetado pela empresa dinamarquesa Monstrum. O paisagismo ficou a cargo de Raymond Jungles e inclui uma cobertura em estilo de floresta

que levará ao novo Centro Comunitário, criado por Bernard Zyscovich, o mesmo arquiteto que comanda a expansão do Bal Harbour Shops.

Outra parte é o Bal Harbour Jetty, que também vai ser repaginado com aporte de US$ 15 milhões, que incluirá um novo parque infantil, 400 metros de pista para caminhadas ou bike, passarelas para meditar, entre outros pontos. A previsão é de que tudo esteja concluído no outono de 2023.

Um Jetty que deve ser inaugurado até o final de 2023 será palco para atrações e para curtir o mar

Luxo só!

O Bal Harbour Shops é e continua sendo a cereja do bolo do village. Ali que tudo acontece! Alguns dos melhores restaurantes estão ali, as lojas de grifes renomadas e as exposições de arte ou outras atividades, acontecem por seus corredores, que vivem repletos de mulheres desfilando os últimos lançamentos da moda e homens elegantes.

São mais de 100 lojas das marcas de luxo mais cobiçadas no mundo. Entre as novidades, está uma mega expansão esperada para os próximos anos, que terá a fase final concluída em 2025 no valor de US$ 500 milhões. Nela, está prevista a chegada de mais quatro restaurantes e novas marcas, obviamente.

Não deixe de passar na loja da Assouline para ver os últimos lançamentos; na joalheria e ateliê de Maria Trash; a de roupas descoladas com o melhor estilo californiano James Perse; a loja fofíssima Cou-

As grifes de luxo e a gastronomia de primeira dividem espaço no Bal Harbour Shops

ture kids com itens de grifes como Dior, Givenchy, Balmain e Fendi e brinquedos destas marcas; a da Rimowa que é linda e futurista, entre outras.

Para relaxar de dia e dormir como um príncipe/ princesa!

O Ritz-Carlton Bal Harbour fica bem na ponta de Bal Harbour e conta com apenas 96 quartos e suítes (com cozinha completa e sala de estar e jantar). De frente para a praia, ele conta com uma piscina super convidativa para momentos relaxantes, com espreguiçadeiras e acesso exclusivo para a praia com toda estrutura montada aos hóspedes. Para começar o dia, não deixe de alugar uma das bicicletas disponíveis e sair com a sua playlist mais relax para pedalar pela orla. Depois, sente para tomar um café da manhã de frente para o mar no Artisan Beach House. Seus sucos detox, omeletes ou toasts são perfeitos para começar o dia. Pelos seus

corredores e no lobby é possível admirar uma coleção permanente com mais de 400 obras de arte contemporânea que juntas somam cerca de US$ 3,5 milhões. Esculturas, quadros e trabalhos manuais estão por toda parte.

O St. Regis Bal Harbour é outra entidade por ali quando o assunto é hotelaria de luxo. Esse cinco estrelas tem localização privilegiada de frente para o Bal Harbour Shops. Conta com opções gastronômicas variadas, um spa premiado e quartos e suítes com decoração moderna, sendo todas de frente para o mar. O recém-inaugurado St. Regis Spa tem espaço elegante e menu completo de massagens, incluindo tratamentos holísticos focados no bem-estar.

Para se deliciar!

A gastronomia que sempre foi peça-chave traz novidades também. O ABA de culinária mediterrânea acaba de desembarcar. Ele traz um mix de

influências de Israel, Líbano, Turquia e Grécia. No cardápio você encontra pratos leves e com sabores marcantes e uma carta de vinhos com opções do Mediterrâneo e do sul Califórnia, com foco em propriedades com cultivo sustentável, orgânico e/ ou biodinâmico.

A Bianco Gelatos faz uma produção no estilo tradicional italiano e usa apenas ingredientes orgânicos certificados. O grande diferencial são os gelatos veganos.

E, obviamente, existem os clássicos para comer bem e curtir o savoir-faire do mall. O Makoto poderia estar no topo desta lista. Ele fica agora no terceiro andar e com uma estrutura toda nova, cuja decoração e paisagismo impactam pela beleza e riqueza nos detalhes. Ali tudo parece muito bem pensado e executado, quando chega um dos drinques ou dos pratos, é inevitável clicar e compartilhar tamanha beleza e delicadeza. As mesas vivem disputadas, por isso, é essencial fazer reserva antecipada e as mesas

ao ar livre e o bar na parte externa são boas opções para o almoço.

Depois e não menos importantes, o Carpaccio com seus pratos fartos e sempre gostosos de gastronomia italiana; o Hillstone como um clássico grill para quem não dispensa uma bela carne ou também saladas refrescantes e pratos de frutos do mar; o Le Zoo, logo na entrada, que é um bistrô francês mais descontraído com toques mediterrâneos, que por sua vez apresenta um mix em seu cardápio com pizzas, massas frescas e pratos franceses clássicos.

Fora do mall, as opções ficam por conta dos espaços dentro dos hotéis. No Ritz-Carlton Bal Harbour, o Artisan Beach House para almoço e jantar, eles oferecem um menu enxuto. Já no St. Regis Bal Harbour a oferta gastronômica é mais ampla. Um dos imperdíveis para mim é o Atlantikós, que traz bastante influência grega. As entradinhas como salada grega ou as pastas são bem refrescantes. O The Burger Bar é uma hamburgueria mais informal e o novo La Gourmandise no lobby, para um lanche rápido e também para um café acompanhado de uma das delícias de sua vitrine.

Makoto está de cara nova e agora fica no terceiro andar do shopping

Dicas quentes

DOCUMENTAÇÃO E VACINAS

Para entrar nos Estados Unidos, os brasileiros precisam de passaporte válido e visto americano. Além disso, é exigido comprovante de vacinação completa contra Covid-19. Vale sempre conferir as regras e atualizações em: br.usembassy.gov

QUANDO IR

Miami e o estado da Flórida, em geral, são gostosos para curtir o ano todo. Uma época deliciosa para curtir Miami é no verão, mas eu particularmente gosto muito de ir em outubro ou novembro quando a cidade não está tão cheia e a temperatura ainda é bem agradável.

O QUE FAZER

Bal Harbour Shops: balharbourshops.com

Waterfront Bal Harbour: balharbourflorida.com

ONDE FICAR

FLÓRIDA

ESTADOS UNIDOS

ONDE COMER

Makoto: makoto-restaurant.com

Carpaccio: carpaccioatbalharbour.com

Hillstone: hillstonebalharbour.com

Le Zoo: lezoo.com

Bianco Gelato: biancogelato.com

O Ritz-Carlton Bal Harbour é uma das opções cinco estrelas do destino. Ele é perfeito para curtir em família também, pois oferece diferentes amenidades, como um check-in exclusivo aos kids, e suítes completas com cozinha, sala e varanda, e muito amplas.

Além de seu espaço de piscinas de frente para o mar, serviço de praia com cabanas e o spa. ritzcarlton. com/en/hotels/miami/bal-harbour

St. Regis Bal Harbour: esse cinco estrelas tem localização privilegiada de frente para o Bal Harbour Shops. Além de opções gastronômicas variadas, um spa premiado e quartos e suítes com decoração moderna e de

frente para o mar. marriott.com/en-us/hotels/miaxr-the-st-regis-bal-harbour-resort

O Beach Haus inaugurou este ano um novo prédio e é uma opção quatro estrelas com ótimo custo-benefício e perfeito para quem quer ficar mais dias. Ele funciona como um apartamento/flat, com cozinha, sala de jantar e estar, máquina de lavar e secar, e opções de um ou mais quartos. Sua decoração é bem clean, contemporânea e com uso de madeiras e materiais modernos que lembram o estilo nórdico. Ele oferece diárias a partir de US$400. beachhaus.net

Bal Harbour

GOLFO DO MÉXICO

Jacksonville Tamba Orlando TOP DESTINOS

Tallahassee Miami

Travessia

Texto SOCORRO CAMELO foto CASSIANO MARQUES

Não é novidade para ninguém que a palavra Amazônia denomina a floresta de maior biodiversidade e cuja maior área fica no Brasil, na região Norte. Mas o que pouca gente sabe é que ali também é lugar de aventuras, belezas sem artifício, terra de gente risonha que reparte o que sabe e tem apego pelo que é natural. E é aqui, nesse lugar, que acontece a Expedição RedRider Travessia Amazônica, um dos roteiros que faz parte do programa de experiências da Honda para quem gosta de emoções genuínas.

A aventura começa bem cedo, com um lindo voo de balão de ar quente na capital acreana, Rio Branco. Sobrevoar a floresta vendo o dia nascer é a primeira emoção dessa viagem.

O sol nasce alaranjado, refletindo sobre a névoa e a vegetação. De um ângulo privilegiado é possível avistar árvores centenárias, como a castanheira, que se destacam no horizonte. A transformação

dos aventureiros das selvas urbanas começa aqui.

“Voar de balão e viajar de Africa Twin representam duas das mais belas metáforas da vida em liberdade. Uma experiência única que compartilho com os riders a partir das viagens que se iniciam em Rio Branco”, diz Cassiano Marques, comandante de balão a ar quente e operador do programa da Honda.

Dia seguinte é o momento de partir rumo ao Amazonas, percorrendo parte do noroeste de Rondônia pela BR-364 e passando pela capital Porto Velho. De lá, segue-se pelas partes pavimentadas da BR-319 e do pequeno trecho da BR230, a famosa Transamazônica, até a cidadezinha de Humaitá, local de pernoite. Ao todo são 710 quilômetros no asfalto e se cruza por duas vezes o enorme rio Madeira. Alguns trechos com buracos, o volume de tráfego com carretas exige atenção, passa tudo e mais um pouco por essas vias.

A aventura começa bem cedo, com um lindo voo de balão de ar quente na capital acreana, Rio Branco

A expectativa no dia seguinte é o trecho do meio da mítica BR-319, mais conhecida como Rodovia Fantasma, única rodovia que liga Manaus ao resto do Brasil e que foi aberta ainda na década de 1960, pavimentada nos anos 1970, mas que na década de 1980 foi literalmente dinamitada, impedindo o trânsito de veículos, e abandonada. Um dos maiores desafios para os amantes do off-road, a estrada serve às pessoas que vivem nos municípios e no entorno da área de influência da BR-319. São famílias que, dependendo do mês e do clima, ficam absolutamen-

te isoladas nesse belíssimo, mas solitário rincão.

“Um dos pontos altos da viagem foi o trecho da BR-319, na Rodovia Fantasma. O trecho off-road é incrível e desafiador, a Amazônia selvagem, ainda bruta, que tive o prazer de conhecer. E tudo isso com uma moto de alta cilindrada, CRF 1100L Africa Twin, que te dá muito conforto e segurança na pilotagem”, diz Líbera Costabeber, embaixadora da Honda, que fez o trecho inverso, saindo de Boa Vista, em Roraima, e chegando em Rio Branco, no Acre.

Para Líbera, a Expedição RedRider Travessia

Amazônica, foi um “presente de vida”, porque além da adrenalina que é pilotar em estradas inóspitas e no meio da floresta, teve o aspecto cultural. “Era uma região do Brasil que eu não conhecia, então sentir a energia, conhecer as lendas e as reservas indígenas foi uma imersão cultural inesquecível. Uma experiência incrível que jamais vou esquecer”, conta ela.

Líbera tem razão. Definitivamente não é o cômodo que nos expande.

Mas calma aí que as emoções só estão começando!

A Rodovia Fantasma é um dos maiores desafios para os amantes de off-road, mas a CRF 1100L Africa Twin te dá muito conforto e segurança

Igapó-Açu

A próxima parada é Igapó-Açu, após um dia intenso de 430 km de pilotagem com muita poeira, umidade que transpira e cercado pela contínua floresta. À margem do rio de água preta, foi montado um acampamento em formato de glamping pela coordenação do programa.

À frente das barracas, uma fogueira e o cardápio de pescados preparados na hora: pirarucu e tucunaré, que expandem mais ainda o vocabulário dos riders.

A hora é de dormir, mas não sem antes sentir toda a grandiosidade da floresta. No escuro da noite, uma sequência de estrelas cadentes e um céu pontilhado de luzes.

Foi montado

um acampamento em formato de glamping à margem do rio de água preta Igapó-Açu

Para Líbera Costabeber, Igapó-Açu foi indescritível. “Comer um peixe pescado na hora, o ritual do fogo, o acampamento, nadar junto com o boto, tudo isso jamais vai sair da minha memória. Foi emocionante. Para os brasileiros que buscam conhecer o país, podem começar pela Amazônia. E para quem curte off-road é maravilhoso, principalmente a Rodovia Fantasma”, destaca. Depois de uma experiência assim, é impossível não pensar que somos uma maioria de estrangeiros dentro do próprio país, vivendo longe da essência primária. Os confins não são aqui.

Manaus

Para chegar em Manaus, é preciso navegar pelo encontro das águas dos rios Solimões e Negro, que formam o majestoso rio Amazonas. Ali, observa-se índios e caboclos dedicados a preservar seus valores e costumes, e extraindo da água e da floresta tudo o que necessitam para comer, para se proteger e para se divertir. A Amazônia

é um santuário que encanta, como disse um dos participantes da expedição, o consultor ambiental Ricardo Simonsen, o Noca, de 65 anos. “Atravessei o Alasca de moto, atravessei o Chile e já viajei muito. Subi o Aconcágua e diversas montanhas com mais de 6.000 metros. Mesmo com toda essa bagagem de viagens especiais, a Expedição RedRider está entre as Top 5 viagens que já fiz. Foi extenuante, muito calor, muita emoção e muito, muito especial”, diz ele.

Noca, que mora em São Paulo, soube da expedição pelas redes sociais e decidiu participar. “O roteiro atravessando a Amazônia, do Acre à Roraima, chamou a minha atenção. Como nunca tinha ouvido falar do programa, pesquisei o mais que pude. Falei por telefone com o Cassiano e fiquei bem empolgado com a viagem. Tenho 65 anos e estou me recuperando de alguns problemas de saúde. A decisão de participar da expedição não foi muito racional, mas decidi e pronto. E não me arrependo! Ao contrário, já estou

ansioso pela próxima oportunidade, que espero que não demore”, comenta.

O Rio Negro é imperdível. E foi no passeio de barco que os expedicionários conheceram o impressionante encontro do Negro com o Solimões, que não se misturam por vários quilômetros, mantendo cada rio a sua cor, a sua temperatura, a sua densidade. Navegar pelos igarapés e interagir com comunidades indígenas faz parte da experiência.

Em Manaus, uma outra aventura é a gastronômica. A culinária amazonense é recheada de sabores e cheiros bem peculiares como o jambu, uma planta que é servida como iguaria, tem propriedades anestésicas e adicionado a comida fica delicioso. Peixes como o tambaqui, pirarucu ou surubim que são servidos com banana da terra e acompanhados de sucos de cupuaçu ou graviola. Com essas delícias à disposição, o bife é apenas uma vaga lembrança. De sobremesa, um delicio-

so açaí ou um picolé de taperabá. Depois disso, a única preocupação é o sobrepeso.

Presidente Figueiredo, a 126 km de Manaus, é parte obrigatória do roteiro da Expedição RedRider Travessia Amazônica. O percurso de moto é incrível. Dos dois lados há mata alta, densa, virgem, que faz a imaginação viajar. Com poucas curvas, a estrada convida você a aumentar a amplitude e observar os arredores e permite

uma viagem mais relaxada, um passeio mesmo! A Africa Twin foi perfeita.

“Quando me acostumei com a Africa Twin, entendi toda a capacidade da moto. Considero que é a moto ideal para a viagem que fizemos. Sou grato por ter tido a oportunidade de fazer esta viagem repleta de desafios e coleguismo”, destaca Noca.

No local, a surpresa fica por conta das incríveis cachoeiras. Presidente Figueiredo impres-

siona pela quantidade de quedas d’água. É uma região brasileira que merece ser conhecida!

Roraima e Serra do Tepequém

A única capital brasileira localizada acima da Linha do Equador, Boa Vista, no estado de Roraima, é a próxima parada. A reserva indígena Waimiri-Atroari se estende pelos estados do Amazonas e Roraima. O estado mais ao Norte do Brasil

tem o maior percentual de indígenas do país, incluindo os Yanomâmi, quase 10% de toda população. Apesar de pouco populoso, são pouco mais de 650 mil habitantes, sendo que a maioria deles (436 mil) vive na capital. Quanto prazer em chegar de moto na metade do mundo!

A estrada vai ficando mais plana, com muitas retas, e nesse trajeto se vê poucas cidades, entre elas Rorainópolis e Caracaraí, para só então chegar a Boa Vista, uma cidade limpa e organizada e das mais planejadas do país.

A 210 km da capital Boa Vista, está o município de Amajari, ponto de partida para chegar ao topo da Serra do Tepequém, que segundo a lenda, abriga um vulcão adormecido. Daí o nome Tepequém, que significa “Deus do Fogo” ou o “Fogo de Deus”. Uma estrada pavimentada leva até Vila do Tepequém de onde tem início a grande aventura de explorar até o platô, com 1.022 metros de altitude, as belezas que a serra oferece.

Ali, devido à intensa e descontrolada exploração de diamantes na década de 1950, encostas, cachoeiras e rios foram dinamitados, mas a natureza voltou a dominar desde a proibição e aplicação de leis ambientais mais rigorosas.

É a hora de deixar a moto e caminhar pelas trilhas com gratas surpresas. Orquídeas e bromélias de grande diversidade brotam do meio da vegetação. Em um trajeto repleto de paradas obriga-

A “mão de Deus” é uma formação rochosa que parece flutuar sobre a imensidão amazônica

tórias, as diversas espécies de pássaros criam a trilha sonora e ajudam a chegar ao objetivo.

A Serra do Tepequém tem muitas cachoeiras e, claro, não foi possível visitar todas. Mas é obrigatório conhecer a Cachoeira do Paiva, a queda d´água que dança entre pedras é emoldurada pela mata nativa e convida para contemplar uma natureza realmente perfeita.

O gran finale, parte 1, foi chegar à “mão de Deus”, formação rochosa que parece flutuar sobre a imensidão amazônica. É nesse lugar, cercado de lendas amazônicas e belezas naturais, que somos convidados a refletir sobre a nossa pequenez.

E foi de lá que teve início a Expedição Honda RedRider Travessia Amazônica, parte 2, rumo ao Acre. Mas isso já é outra história...

O empresário Damião Moura definiu bem a viagem: “A Travessia Amazônica ficará na minha memória para sempre, pois com a viagem

conheci a Amazônia de maneira segura e com apoio irrestrito da equipe que a organiza. Passei por várias cidades, conheci lugares incríveis e fiz muitos amigos. Gostei tanto que pretendo fazer novamente. Pilotei uma Africa Twin Adventure Sports e me apaixonei! Ao retornar para São Paulo, não perdi tempo e no dia seguinte já comprei uma moto igualzinha à que me acompanhou nessa grande aventura!”, concluiu.

Não deixe de conhecer a Cachoeira do Paiva, na Serra do Tepequém

Dicas quentes

Explore o Brasil

Em 2023, a agenda do programa Honda RedRider está recheada de novos roteiros, revelando um Brasil surpreendente. Participe de uma grande aventura pilotando uma CRF 1100L Africa Twin com segurança e assistência através de um dos roteiros no Norte e Centro Oeste:

EXPEDIÇÃO REDRIDER AMAZÔNIA

| 8 dias / 7 noites | 22 a 29 de abril. Acontece integralmente no Acre e é a oportunidade de pilotar a CRF 1100L – Africa Twin desde Rio Branco até Cruzeiro do Sul, com visita à Área de Proteção Ambiental e Comunidade do Rio Croa. Pernoitaremos com povo indígena Poyanawa. De Mâncio Lima, no Vale do Juruá, navegaremos pelo rio Moa para explorar o Parque Nacional da Serra do Divisor, na fronteira com o Peru.

EXPEDIÇÃO REDRIDER AMAZÔ-

NIA – PANTANAL – CAPITAL MOTO WEEK | 15 dias / 14 noites | 6 de julho a 20 de julho. Percorrerá os estados do Acre, desde Rio Branco, passando pelo interior de Rondônia, Mato Grosso com seu Pantanal e Chapada dos Guimarães, Goiás e encerrando na Capital Federal. Os participantes terão a experiência de conhecer o Brasil real, da floresta e do agronegócio, pilotar por várias estradas on e off-road. A chegada em Brasília, dentro do Brasília Moto Week, o maior encontro de motociclistas da América Latina, estará à altura dessa grande viagem!

EXPEDIÇÃO REDRIDER BRASIL

CENTRAL – JALAPÃO – ALTER DO CHÃO | 12 dias / 11 noites | 27 de julho a 6 de agosto. Os riders partirão de Brasília, de dentro do Brasília Moto Week, para conhecer uma parte do país pouco conhecida. Exploraremos a Chapada dos Veadeiros e as desafiantes estradas de terra e areia do Jalapão que levam aos fervedouros e os vastos campos de capim dourado. De Palmas, capital do Tocantins, seguimos por vastas áreas da região amazônica, percorrendo o interior do Pará pela icônica Transamazônica (BR-230), entre Marabá e Rurópolis, incluindo 250km de estrada de chão. Alter do Chão nos espera à margem do rio Tapajós. Dali até Santarém é um pequeno deslocamento para encerrarmos nossa expedição, com opcional de seguir à Manaus numa aprazível viagem de barco.

EXPEDIÇÃO REDRIDER TRAVESSIA

AMAZÔNICA | 9 dias / 8 noites | 12 a 20 de agosto.

Iniciando em Manaus com ida ao Polo Industrial de Manaus, onde seremos recebidos na fábrica da Moto Honda da Amazônia – a maior e mais verticalizada fábrica de motos da Honda em todo o mundo. Pela BR 174, chegaremos à Presidente Figueiredo para nos refrescar nas suas cachoeiras. Navegaremos pelo encontro das águas dos rios Soli-

Serra do Tepequém

mões e Negro que formam o majestoso rio Amazonas. Seguiremos explorando a BR 319 até chegarmos à margem do rio Igapó-Açu (AM), pilotaremos no off-road pelo trecho da rodovia fantasma até passar por Porto Velho (RO), chegaremos no nosso destino final em Rio Branco (AC), transitando pela BR-364. Mais detalhes na matéria desta edição.

QUEM LEVA

O RedRider tem o objetivo de satisfazer a vontade de rodar, tanto dos clientes Honda como daqueles que ainda vão realizar o sonho de colocar uma Honda na garagem. Nas expedições utilizamos motos CRF 1100L Africa Twin, inclusas no pacote, que também contempla traslados de chegada e partida ao aeroporto, seguros, combustível, hospedagens, passeios, completa assistência, trâmites burocráticos e condução por motociclista experiente como condutor do grupo.

Em grupos de até 10 clientes, o programa disponibiliza ainda uma moto extra reserva, mecânico, caminhonete de apoio levando a bagagem e todo material para reparos e eventuais primeiros socorros com equipe treinada. Mais informações: Programa Honda RedRider: hondaredrider.com.br

As experiências acima são realizadas pela EME Amazônia Turismo, empresa parceira e operadora para Amazônia e América Andina - Whatsapp: +55 (68) 98100-8000.

*Cassiano Marques é advogado, empresário, motociclista há mais de 35 anos, instrutor de pilotagem off-road e ex-piloto de rally, enduro e motocross. É pioneiro nas viagens de mototurismo pela América do Sul, a partir das fronteiras do Acre com Bolívia e Peru.

@cassianomarquesacre

RR RN

Caracaraí Rorainópolis Boa Vista Manaus Humaitá

Igapó-Açu Porto Velho Rio Branco TOP DESTINOS

AMAZÔNIA BRASIL

Jordânia Milenar

Um roteiro por diferentes cidades e monumentos históricos para conhecer os detalhes deste oásis do Oriente Médio

Por REDAÇÃO

O Brasil é um país de dimensões continentais. Pelo menos uma vez na vida, talvez nas aulas de geografia da escola, você ouviu falar sobre a grandiosidade do território brasileiro. E não é à toa, afinal, nossa nação conta com 8.516.000 km² de área. E nada menos do que 5.648 km por estrada separam Oiapoque e Chuí, as famosas referências para o extremo norte e sul do Brasil, respectivamente. Estamos acostumados com essa grandiosidade, mas que tal inovar e explorar um país com configurações totalmente diferentes? Imagine atravessar uma nação de ponta a ponta em apenas seis horas de carro. Acredite, isso é possível. Basta pegar dois aviões e chegar à Jordânia, o verdadeiro oásis do Oriente Médio.

Com apenas 89 mil km², o país faz fronteira ao norte com a Síria, ao leste com o Iraque, a leste e a sul com a Arábia Saudita e a oeste com o Golfo de Aqaba (através do qual faz fronteira marítima com o Egito), por Israel e pelo território palestino da Cisjordânia. Situada entre o mar e o deserto, entre o Ocidente e o Oriente, a Jordânia conta com belezas impressionantes.

Para explorar o destino da melhor maneira possível, a Abreu Viagens e Turismo oferece um roteiro de sete noites, começando por Amã, capital jordaniana que abriga cerca de 40% da população, o equivalente a dez milhões de pessoas. Amã é também o centro financeiro do país e referência em gastronomia, com destaque para Fakhr el-Din, multipremiado restaurante de comida levantina. Por aqui, você também encontra hospedagem de alta qualidade, como o Bristol, cinco estrelas com serviço irretocável.

Da capital é possível partir para visitas às redondezas, como o passeio por Jerash, uma das cidades romanas mais bem conservadas do mundo, mas que acabou ficando escondida nas areias durante séculos. Ao visitar o local, passe pelo Arco do Triunfo, pela Plaza Ovalada, pelo Templo de Afrodite e pelo Teatro Romano. Vale também conhecer o restaurante Lebanese House, que oferece comida típica. Em seguida, parta para Ajloun, cidade que abriga o Castelo com o mesmo nome da cidade e construído na época das Cruzadas.

Ao viajar para Jordânia, não deixe de conhecer um dos lugares mais curiosos do mundo: o Mar Morto, localizado a apenas 60 km de Amã. Este é o lago mais salgado do mundo e o ponto mais baixo do planeta, a 400 metros abaixo do nível do mar. E faça aquela foto bem manjada, mas que é inevitável e dá muitos likes, boiando nas águas. Vale lembrar que é muito importante ficar de dez

É possível atravessar a Jordânia de carro em apenas seis horas

até 20 minutos no máximo, pois a quantidade de sal é quase dez vezes maior do que a de um mar normal e começa a incomodar bastante. E ao sair tomar uma ducha de água doce, que você só encontra em chuveiros de praias ou nos hotéis. E por que banhar-se no Mar Morto? A concentração de sais minerais é incrível e eficaz no tratamento de doenças reumáticas e de pele, além de ser ótimo aliado ao rejuvenescimento e a lama ter grande poder de purificação e hidratação da pele.

Depois, siga para Madaba, conhecida por seus mosaicos bizantinos, entre eles o famoso Mapa de Jerusalém e da Terra Santa. Com dois milhões de peças de cores vivas feitas de pedra local, ilustra as colinas, os vales, as aldeias e as cidades até o

Delta do Nilo. Apenas 10 km separam Madaba do Monte Nebo, onde Moisés viu pela primeira vez a "Terra Prometida". A vista do topo oferece uma visão panorâmica da Terra Santa e parte do Vale do Jordão. Além de um monumento em memória da história bíblica, nos arredores estão as ruínas escavadas de uma antiga igreja e uma serpente de bronze marcando o topo.

A poucos quilômetros dali está um dos Patrimônios Mundiais da UNESCO mais importantes do mundo. Petra é parada obrigatória. A capital dos árabes nabateus, conhecidos por suas habilidades nas construções de coleta de água e de esculpir em rochas, é o sítio arqueológico mais conhecido da Jordânia. O ponto alto da visita é a

Petra é parada obrigatória, pois é o sítio arqueológico mais conhecido do país

caminhada de aproximadamente 1,1 km até o Al-Khazneh, antiga tumba do Rei Aretas IV, eternizado no filme Indiana Jones e a Última Cruzada. Em Petra, o The Old Village é o hotel escolhido e tem localização privilegiada, a apenas dois quilômetros do centro. As acomodações têm decoração e mobiliário que reflete a história e a cultura da região, com peças que mostram as habilidades artesanais do povo local. Não deixe de aproveitar a piscina interna e a sauna para relaxar depois de um dia de atividades.

Por fim, mas não menos importante, não deixe de conhecer Wadi Rum, um deserto diferente de todos os outros. Ele é repleto de surpresas, como o fato de ter um dos céus mais espetaculares do planeta, com visualização límpida e clara. O Wadi Rum também é conhecido como “Vale da Lua" devido à sua paisagem lunar de antigos vales e montanhas de arenito avermelhado. Outra característica

local importante é o extremismo de temperaturas, com dias quentes e noites frias. O cenário impressionante já até serviu de locação para o clássico filme Lawrence da Arábia (1962) e mais recentemente em Perdido em Marte (2015) com Matt Damon.

Neste roteiro é possível aproveitar a paisagem do deserto com um passeio de duas horas em veículo 4x4 conduzido por beduínos, grupo nômade tradicional que vive na região. O grand finale fica por conta da hospedagem em tenda marciana no deserto, mais especificamente no acampamento SunCity, que permite uma experiência inesquecível sem abrir mão do conforto. Dentre as acomodações disponíveis, o destaque para as Martian Domes, ou então, Cúpulas Marcianas, que proporcionam vistas de tirar o fôlego, seja de uma noite estrelada ou de um belo nascer do sol. Uma experiência cultural, histórica e de vivências únicas para não esquecer da Jordânia jamais.

Dicas quentes

COMO CHEGAR

Para ir do Brasil até a Jordânia são necessários dois voos. O primeiro sai do Brasil com destino à Europa ou ao Oriente Médio, dependendo da preferência do viajante. O segundo parte de um desses lugares com destino a Amã, capital da Jordânia. As companhias aéreas British Airways, Emirates e Qatar operam voos diários para Amã.

DOCUMENTAÇÃO E VACINAS

Para entrar na Jordânia, é necessário passaporte com validade mínima de seis meses a contar da data de entrada no país e visto, que pode ser emitido na chegada ao país, sem custo para estadias acima de duas noites (para um período menor é cobrado aproximadamente USD 60). O Certificado Internacional contra Febre Amarela também é obrigatório e deve ser providenciado até 11 dias antes do embarque. Por fim, não se esqueça de preencher formulário de saúde no site visitjordan.gov.jo

JORDÂNIA

IDIOMA E MOEDA

O idioma oficial é o árabe, mas o inglês é também muito usado em hotéis e pontos turísticos. E a moeda da Jordânia é o Dinar jordano (JOD), sendo USD 1,00 = 0,71 JOD.

QUANDO IR

Evite viajar para a Jordânia e outros países de religião muçulmana durante o Ramadã, período sagrado com duração de 29 ou 30 dias e seu início varia a cada ano. Em 2023, acontece de 22 de março a 20 de abril. O período do Ramadã é considerado baixíssima temporada para turistas, pois os poucos estabelecimentos que abrem atuam em horário e serviço reduzidos.

QUEM LEVA Abreu Viagens e Turismo

Uma viagem pela Jordânia, visitando Amã, Jerash, Ajloun, Castelos do Deserto, Mar Morto, Madaba, Monte Nebo, Petra, Pequena Petra e Wadi Rum.

Pacote de sete noites está disponível de janeiro a dezembro de 2023.

Mais informações, como itinerário completo e tabela de preços em abreutur.com.br

Amã Al-Mudawwara

Al Karak At-Tafilah

Azraq

Ruwaished Irbid Ma’an

Jerash Petra Wadi Rum

Madaba

Vale do Jordão

Seu refúgio em Ibiza

Mundialmente conhecida pelo agito, a belíssima ilha balear foi o local escolhido pela Six Senses para abrigar o seu primeiro resort na Espanha. Conheça os encantos e confortos deste oásis que, na contramão da fama do destino, transborda paz e acolhimento

Por RENATA ZANONI e VIVIAN MONICCI

De acordo com o astrólogo, médico e profeta francês Nostradamus, “Ibiza será o refúgio final da Terra”. Se você já teve a oportunidade de visitar esta ilha balear, na Espanha, provavelmente concordará com a frase. Ibiza é, sem dúvida, um destino dos sonhos com seu mar azul turquesa, praias espetaculares e sua agitada vida noturna que atrai turistas do mundo inteiro.

Mas, em sua ponta norte, você encontra um paraíso quase secreto: a Baía de Xarraca, uma enseada fascinante e com natureza e biodiversidade abundantes. Não à toa, foi o local escolhido pela rede Six Senses Hotels Resorts Spas para abrigar seu primeiro refúgio na Espanha, que é também o primeiro resort e comunidade residencial com certificação BREEAM (Building

Research Establishment Environmental Assessment Method) sustentável nas Ilhas Baleares.

A propriedade de oito hectares fica a apenas 35 minutos de traslado privativo do aeroporto internacional de Ibiza e conta com 137 acomodações divididas em vilas, suítes, residências e as famosas caves à beira-mar.

Este ano, a RP e influenciadora brasileira Bel Pimenta teve a oportunidade de passar alguns dias de imersão no destino. E a palavra que ela usa para descrever a sua estadia é impactante. Muito além do agito das festas pelas quais é mundialmente conhecida, Ibiza tem uma natureza rica e oferece paz e acolhimento para os que querem distância de qualquer muvuca. “Eu nunca tinha ido e queria conhecer uma Ibiza di -

O Six Senses

Ibiza fica na Baía de Xarraca, um paraíso secreto na ilha balear, que é perfeito para relaxar

ferente, especialmente esse lado lindo e relax”, conta Bel, que escolheu o Six Senses como hospedagem. “Chegamos às 2h da manhã e parecia que o hotel estava vivo! Além disso, o cheiro de toda a propriedade é bem marcante e até hoje eu me lembro”, completa.

Em sintonia com as demais propriedades do grupo, o Six Senses Ibiza também tem a sustentabilidade como um de seus principais pilares. Para reduzir o impacto ambiental, a arquitetura usa materiais de origem local e favorece ao máximo a brisa natural. Além disso, a marca trabalha com parceiros locais e importantes projetos de preservação e biodiversidade, como o Fundo de Preservação de Ibiza, e o Six Senses Sustai -

nability Fund, que compartilha os mesmos valores. Jonathan Leitersdorf, o arquiteto e artista, explica: “Nossa visão é capturar a experiência autêntica de Ibiza de comunidade, espiritualidade e celebração”.

A preocupação ecológica estende-se também à gastronomia, já que o hotel dispõe de sua própria fazenda, localizada a 15 minutos de distância, com produtos orgânicos, saudáveis e frescos, cultivados com fertilizantes e herbicidas naturais. Tudo isso pode ser apreciado no HaSalon - que significa “sala de estar” -, primeiro restaurante europeu do famoso chef Eyal Shani, fundador da nova cozinha israelense. Apaixonado por vegetais, o chef serve pratos saborosos com

os ingredientes produzidos localmente, além de vinhos biodinâmicos e coquetéis que utilizam plantas do jardim da propriedade. Tudo, é claro, seguindo os princípios do Eat With Six Senses, que também estão presentes nos demais restaurantes do resort, como o Farmers’ Market, The Orchard, The Piazza, Farmacy Bar e a casa de shows Live Cave. Não faltam opções!

“Eu sou uma pessoa muito chata para comer e tive uma super experiência com a comida do hotel, que é sem dúvida um dos pontos altos. O café da manhã é maravilhoso, especialmente o avocado toast. Nunca vi uma variedade igual em hotéis do mesmo nível. Os atendentes eram extraordinários, já sabiam o que queríamos comer. Eu adorei o HaSalon, que tem bancada com tomates, carpaccio de peixe e focaccia, em um ambiente com mesas embaixo de oliveiras. Tudo o que comemos estava muito fresco.”

Outro destaque do resort é o The Beach Caves, um beach club com acesso direto à praia e ao mar, com espreguiçadeiras e uma área de lounge nas rochas. O bar e restaurante serve pratos inspirados na cultura e nos sabores da América Latina, além de uma seleção de destilados como agave, tequila e mezcal. Há, ainda, uma sala de jantar privativa que pode receber festas de até 18 pessoas, com menu personalizado.

Não há como falar em Six Senses sem mencionar a parte de bem-estar, que é um dos principais focos da marca. Em Ibiza, seu spa tem mais de 1.200 metros quadrados e traz uma mistura intuitiva de ciência e consciência humana. Por lá, você encontra salas de tratamento, sauna a vapor, hammam, academia e catacumbas de massagem com acesso direto às hortas orgânicas, onde são cultivados os ingredientes para os botânicos do spa e o Alchemy Bar. E não podemos deixar de mencionar o RoseBar, um salão de longevidade preventiva e programas de cura combinando diagnósticos, biohacking, nutrição e tratamentos de beleza. Tudo no melhor estilo Six Senses!

Dicas preciosas da Bel Pimenta

- O ideal é ficar uma semana para poder aproveitar bem tudo o que o resort oferece.

- Não deixe de experimentar os drinques oferecidos nos restaurantes da propriedade. O Thiago, meu marido, disse que o Negroni de lá é o melhor que já bebeu na vida.

- Inclua na sua mala kaftans, shorts, uma camisa ou casaco de manga comprida e pashmina, pois venta bastante. Eu levei muita coisa com brilho, mas as pessoas têm uma vibe mais relax e descolada. Por isso, leve também sandálias rasteiras e, se fizer questão de um sapato de salto, opte pelo salto grosso.

- O Six Senses Ibiza é perfeito para ir com a família, especialmente as crianças. Me arrependi de

não ter levado a minha filha Beatriz e sempre ficava pensando isso. Quero voltar com ela algum dia. - Aproveite para descansar, meditar, ler um livro e fazer três refeições longas. Não deixe de comer no restaurante HaSalon, do chef israelense Eyal Shani.

- Vale a pena explorar Ibiza além do resort. Recomendo passar um dia no beach club Casa Jondal, localizado na Cala Jondal, uma das praias mais famosas do destino. A comida é um grande destaque, com frutos do mar e ingredientes frescos. Importante destacar que esta praia tem a maior parte de sua superfície coberta por pedras, o que dificulta o acesso ao mar.

+info: sixsenses.com/en/resorts/ibiza

“O ideal é ficar uma semana para poder aproveitar bem tudo o que o resort oferece”

A estrela japonesa

O shochu é uma verdadeira paixão nacional no país do sol nascente, mas pouco conhecida no Ocidente

Por VIVIAN MONICCI

Qual é a bebida alcoólica mais consumida no Japão? Se você respondeu saquê, então, sua resposta está errada. Trata-se do shochu (pronuncia-se “xô-tchu”), destilado à base de arroz, batata-doce, cevada, trigo-sarraceno ou cana-deaçúcar, com teor alcoólico que varia em média de 25% a 35% – alguns poucos podem chegar a 45%.

Conhecido como “o espírito nacional do Japão” e também como a “vodca japonesa”, a característica-chave do shochu é sua fermentação com koji, fungo de origem chinesa utilizado para fazer alimentos tradicionais japoneses, como missô e o molho de soja.

Não há uma história definitiva sobre qual é a sua origem. Acredita-se que ele surgiu na China ou na Coreia e acabou chegando ao Japão por meio do comércio. Seus primeiros registros datam do século 15, no sul da província de Kyushu, mais especificamente em Kagoshima, região que ficou conhecida de forma não oficial como o berço do shochu e que é até hoje uma das principais produtoras. Desde então, o destilado ganhou o Japão inteiro e, atualmente, pode ser encontrado facilmente em bares e restaurantes do país.

Rico em sabor e super versátil, o shochu pode ser apreciado de diferentes formas, de acordo com o gosto do freguês: puro, com gelo, misturado com água quente ou fria, com refrigerante, suco e até mesmo como base para coquetéis. Inclusive, dependendo da forma como escolhe

consumi-lo, você altera sua graduação alcoólica e pode acentuar ou suavizar o seu sabor. Outro atrativo é que ele harmoniza muito bem com uma grande variedade de alimentos, como, por exemplo, sushi, sashimi, peixe e frango.

Agora que você já sabe qual é a bebida queridinha dos japoneses, não esqueça de apreciá-la em uma viagem à terra do sol nascente.

Tokyo

Sapporo Sendai Niigata

Toyama Fukuoka Hiroshima Kagoshima

Kyoto Osaka

MAR DO JAPÃO

OCEANO PACÍFICO MAR DA CHINA ORIENTAL

JAPÃO

Iichiko Silhouette

É a marca líder de shochu de cevada no Japão. Fabricado na província de Oita, na ilha de Kyushu, o shochu Iichiko – pronuncia-se “each-ko” e significa “é ótimo” no dialeto local –é feito 100% de cevada e destilado apenas uma vez. Iichiko Silhouette tem teor alcoólico de 25%, nariz elegante e final suave. Pode ser apreciado puro ou com gelo, servido com água quente ou fria, com chá oolong ou matcha, e misturado com refrigerante e suco de frutas. Também pode servir de base para coquetéis de baixo teor alcoólico.

+infos: iichiko.com

Kannoko

“Rio protegido pelos deuses”: este é o significado da palavra Kannoko no dialeto de Kagoshima. Feito de cevada 100% selecionada, possui tom âmbar, amarelado, decorrente de seu processo de envelhecimento por três anos em barris de carvalho. Tem aroma perfumado e sabor de melão. Todos os ingredientes utilizados são naturais, sem aditivos. Pode ser apreciado puro, com gelo ou misturado com água ou refrigerante, e harmoniza bem com sushi, sashimi, peixe grelhado e frango.

+infos: satsuma.co.jp

Tori Kai

Este shochu é feito à mão pela mesma família japonesa desde 1575. Ele é destilado de arroz cultivado e polido localmente, malte de arroz fino e fermento caseiro usado em baixa temperatura. Com teor alcoólico de 24%, é perfumado, leve e suave. Pode ser apreciado puro, com gelo ou como base para coquetéis. Seu rótulo remete a um quimono Edo Komon, que possui um padrão de pequenos pontos e que representa sua sutil complexidade e processos artesanais.

+infos: torikaishochu.com

Sofisticado e relax

Estive em St. Tropez em 2019 e logo me apaixonei! A cidade é incrível, não só pelas paisagens maravilhosas, mas por tudo que carrega: praias, beach clubs, história, ótimos restaurantes e lojas para todos os gostos. O que mais me encanta é essa mistura de sofisticação com relax. Já me hospedei no Kube Saint-Tropez, mas dessa última vez, fiquei hospedada no Byblos, que é incrível. Esse hotel é lindo de morrer e tem academia, restaurantes muito bons, piscina e um café da manhã surreal. Com certeza a melhor época para visitar o destino é no verão, que vai de junho a setembro. Além de ser mais agitado, os dias são longos e o sol se põe por

volta das 21h. A maioria dos restaurantes e beach clubs só abre no verão também.

E por falar em restaurantes, recomendo o Loulou, que é um dos meus favoritos de Paris e, recentemente, foi aberto em St. Tropez um beach club do mesmo grupo. É delicioso e super

badalado. As cadeiras de sol são assinadas pela Burberry, o que torna o lugar ainda mais sofisticado. Meu prato preferido da rede é a pizza trufada. Para um jantar intimista, sugiro o Villa Azur, que tem ambiente super-romântico. A posta de salmão gratinada com legumes e

Por Juju Norremose*

molho é divina. No próprio hotel Byblos, o restaurante italiano Cucina Byblos Saint-Tropez tem uma das melhores pizzas trufadas que eu já comi. Não podia ser diferente, já que o menu é assinado pelo renomado chef Alain Ducasse. Apesar de não ter ido em nenhum bar especí-

fico, alguns restaurantes como o L’Opéra são bem agitados e ótimos para beber drinques. No quesito beach club, uma excelente opção é o Verde Beach que, além de lindo, é superanimado. A partir das 15h, vira uma balada com música alta e pessoas dançando em cima das

cadeiras. Além disso, o serviço e a comida são impecáveis – destaque para a burrata trufada. A vida noturna é incrível. No centrinho, há vários restaurantes charmosos e gostosos para aproveitar a noite. A boate do próprio hotel Byblos é a mais badalada da cidade. Vale muito a pena bater perna à noite, andar pelas ruazinhas, jantar e tomar sorvete no Porto. Não deixe de passear pela tradicional feira de St. Tropez, que acontece aos sábados e terças. Além das frutas, a variedade de produtos locais é incrível.

Uma dica de ouro: reserve tudo com antecedência. A cidade fica muito cheia no verão, então é praticamente impossível chegar em algum lugar sem se programar e muitos nem recebem quem não fez reserva. A maioria dos hotéis tem serviço de concierge, mas o ideal é chegar na cidade com tudo programado.

*Juju Norremose é influenciadora e empresária. Compartilha desde 2015 em suas redes sociais sua rotina, looks, lifestyle saudável e viagens ao redor do mundo. Também é uma das sócias da Haoma, marca de doces e chocolates saudáveis.

@jujunorremose

Frotas

SAAB 34oB/Plus

Embraer ERJ-145LR

Boeing 747 - 451

Bombardier CRJ - 200ER

Bombardier CRJ - 700

Boeing 747 - 251B

Bombardier CRJ - 900ER

McDonnell Douglas DC- 9 - 32

Boeing 777 - 232

McDonnell Douglas DC- 9 - 41

Boeing 767 - 432

Boeing 767 - 332

McDonnell Douglas DC- 9 - 51

McDonnell Douglas MD - 88

McDonnell Douglas MD - 90

Boeing 767 - 332

Embraer ERJ - 170SU

Boeing 757 - 351

Embraer ERJ - 175

Airbus A319

Boeing 757 - 2Q8

Boeing 757 - 232

Boeing 737 - 832

Boeing 737 - 732

Airbus A320 Airbus A330 - 200

Airbus A330 - 300

Glossário

Um guia essencial para planejar a viagem

emergência. Leve com você – não despache! Deixe uma cópia no Brasil com algum familiar.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Para viagens nacionais, é preciso portar documento original com foto, dentro do prazo de validade. Pode ser carteira de identidade, passaporte, carteira de trabalho, carteira de habilitação, identidade trabalhista. Para os países do Mercosul, é possível embarcar portando apenas o RG original. Já para o exterior são necessários: o passaporte com validade mínima de 6 (seis) meses; visto (quando exigido pelo país de destino); e, se solicitada, a carteira internacional de vacinação, validada pela Anvisa.

PASSAPORTE BRASILEIRO

Para fazer ou renovar seu passaporte, preencha o formulário no site da Polícia Federal (www. pf.gov.br/servicos-pf/passaporte). No dia do atendimento, leve: RG, certidão de casamento atualizada (em caso de alteração do nome), título ou certificado de quitação eleitoral, certificado de serviço militar obrigatório (homens) e o comprovante de pagamento da Guia de Recolhimento da União –GRU para a emissão do passaporte. Atenção: como não há renovação, você precisa fazer o processo do zero. Desde 2015, o passaporte brasileiro é válido por 10 anos.

(modelos no site da PF); certidão de nascimento do menor; documento de identidade dos pais; e a presença do menor no requerimento e na retirada do passaporte. Há três modelos de passaporte: com a autorização prévia para viagem com um dos pais; com a autorização prévia para viagem com um dos pais ou desacompanhado; sem autorização prévia, necessitando de autorização a cada viagem.

CÓPIA DE SEGURANÇA

Fotografe seus documentos de viagem e mande por WhatsApp ou por e-mail para você mesmo. Imprima uma cópia de segurança do passaporte, seguro viagem e cartão com telefones de

PASSAPORTE DE MENORES

Para solicitar o documento é preciso: autorização de ambos os pais ou do responsável legal

AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM

Crianças (até 12 anos) precisam de autorização dos pais para viajar com outras pessoas (exceto tios e avós). Maiores de 12 anos dispensam autorização para viajar dentro do território nacional, bastando portar documento de identidade ou certidão de nascimento autenticada. Mas atenção: é preciso autorização para hospedagem em hotéis

No caso de viagens internacionais, quando o passaporte não tiver autorização, é preciso levar autorização de ambos os pais, com

reconhecimento de firma (duas cópias), além do destino e data da viagem especificados. O documento pode estipular o responsável ou autorizar a viagem sem guardião. Há modelos em cartórios.

Venezuela. Mas é importante contratar um seguro para o número de dias da viagem.

Principais empresas de seguro: Allianz (0800-771-0555, allianz. com.br), Assistcard (0800-7701664, assistcard.com/br), TravelAce (0800-333-3000, travelace. com.br). Omint (0800 726 4116) omintseguroviagem.com.br

VISTOS

Verifique se o país a ser visitado solicita visto de entrada e os critérios para a obtenção. Não use visto de trabalho para lazer e viceversa, a multa pode ser grande e você corre o risco de ser mandado de volta para o Brasil. Países que dispensam visto: todos do Mercosul, União Europeia, Reino Unido, México e Israel.

Principais países com visto: Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Nepal, Tanzânia.

Para lista completa, acesse: www.brasil.gov.br/turismo/2015/01/ conheca-quais-paises-exigemvisto-para-brasileiros

DINHEIRO

Avise seu gerente que vai para o exterior pois muitos bancos “travam” as compras internacionais por precaução. Leve dinheiro na moeda local (1,1% de IOF), cartão de débito e de crédito internacional e/ou um cartão pré-pago (6,38% de IOF) além do telefone do gerente para uma transferência de emergência.

VACINAS

SEGURO DE VIAGEM

É obrigatório nos países europeus que fazem parte do Tratado de Schengen (cobertura mínima de 30 mil euros), em Cuba e na

CÂMBIO

Até o fechamento da edição, essas eram as cotações das principais moedas:

USD (dólar americano): R$ 5,07

€ (euro): R$ 5,05

£ (libra): R$ 5,76

A vacina mais comum exigida é a de febre amarela. Basta tomar uma vez na vida, pelo menos 10 dias antes da viagem. Mas é preciso portar uma carteira internacional de vacinação na Anvisa. Você pode se vacinar no SUS ou em clínicas e procurar postos da Anvisa nos aeroportos ou no Hospital Emílio Ribas para fazer a carteira permanente. Com a pandemia de Covid-19, muitos países exigem o passaporte da vacina e restringem a entrada de não vacinados. Além disso, alguns destinos pedem, ainda, um teste PCR, feito 72 horas antes do embarque, ou antígeno, realizado até 48 horas antes. Para tirar o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, você precisa solicitar emissão ao Ministério da Saúde, usando o ConecteSUS Cidadão. O certificado digital do ConectSUS pode ser emitido em inglês e espanhol e é aceito para entrar nos países que estão recebendo brasileiros vacinados. Antes de viajar, é importante verificar se o país de destino aceita as vacinas aplicadas no Brasil. Confirme as informações diretamente com os consulados e embaixadas dos países estrangeiros.

BAGAGEM

Os pesos e as medidas variam conforme a companhia, o destino e a classe da passagem. Com as novas regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), as companhias poderão cobrar pelo despacho da bagagem, e os critérios e valores serão definidos por cada empresa. Confira as regras no site da companhia aérea pela qual vai viajar. Se tiver mais dúvidas sobre sua bagagem, entre em contato com a Anac: www. anac.gov.br ou 0800 725 4445 (24 horas por dia).

MALA DE MÃO

Em voos nacionais e internacionais, a soma das medidas não pode ultrapassar 115 centímetros e o peso máximo é de 10kg + volume de mão (bolsa, mochila ou sacola). Cada companhia aérea tem suas regras, cheque antes de embarcar.

Para levar líquidos na mala de mão em viagens internacionais é preciso que cada pote tenha até 100 ml e que estejam acomodados em embalagens transparentes tipo ziplock. Aeroportos como o de Heathrow, na Inglaterra, limitam a um saco transparente.

30 por quilo. Nas rotas domésticas, o Código Brasileiro de Aviação determina que cada quilo vale cerca de três OTNs (R$ 50), até o limite de 150 OTNs.

SEGURO DE BAGAGEM

Não despache nada de valor sentimental. E bom contratar seguro de bagagem junto com o de saúde. É possível, ainda, declarar no checkin os valores de objetos contidos na bagagem a ser despachada (declaração especial de valor de bagagem). A empresa irá verificar o conteúdo e cobrar um seguro adicional sobre o valor declarado.

MALA EXTRAVIADA

Caso a bagagem tenha sido extraviada, apresente o comprovante do despacho e registre a ocorrência no balcão da companhia aérea e em seções da Anac no aeroporto (prazo máximo de até 15 dias após a data do desembarque). A empresa aérea deverá indenizar o passageiro em até 7 dias após a reclamação. A indenização para voos internacionais é feita pelo Direito Especial de Saque (DES) e equivale a US$

FARMÁCIA

Antes de viajar, procure seu médico e peça uma lista básica de medicamentos para levar na viagem. Mantenha-os nas embalagens originais e guarde sempre a receita para os antibióticos e para outros remédios controlados.

LIMITE DE COMPRAS

Para não pagar impostos, o limite de mercadorias que se pode trazer do exterior é o equivalente a US$ 1.000, quando se chega por ar ou por mar; e US$ 500, por terra ou por rio. Artigos para uso pessoal não entram nessa conta. Observe a relação do número de dias da viagem e o número de objetos trazidos, pois o critério da Receita Federal é subjetivo. Por exemplo: não volte com 20 calças na mala se a viagem durou 7 dias.

AEROPORTOS DO MUNDO

Um bom aplicativo sobre aeroportos: Flio, detalha tudo o que há nos aeroportos – restaurantes, salas vips, tráfego, filas, entretenimento, tomadas e wi-fi...

CONSULADOS DO BRASIL

FOTO

ROUPAS E SAPATOS

Como não há padronização entre as marcas nacionais e internacionais, o melhor sempre é provar as roupas do que confiar em tabelas de conversão de numeração. Conte com alguns aplicativos para celular como o Right Size e o Size It. E as tabelas abaixo para referência. Dica: nas melhores lojas, os vendedores ajudarão a tirar suas medidas. O que será útil, depois, ao usar as lojas virtuais já que algumas lojas detalham a numeração com medidas como a da cintura, do quadril, da virilha ao pé, do peitoral, dos ombros, etc...

Ao contrário do que se imagina, o viajante deve recorrer ao consulado e não à Embaixada do Brasil no caso de perda de documentos –mas antes deve se dirigir à Polícia local e solicitar a expedição de um Boletim de Ocorrência. De posse do BO, poderá solicitar o novo passaporte em horário comercial.

Os endereços dos consulados estão no site do Itamaraty (portalconsular. itamaraty.gov.br/rede-consular). Em caso de emergências – catástrofes, atentados, morte – acesse: portalconsular.itamaraty.gov.br/ emergencias

Ao levar equipamentos fotográficos como câmeras profissionais e tripés, é importante pensar em um seguro para os equipamentos e tomar cuidado com possíveis furtos. Diversas empresas oferecem planos para assegurar seu equipamento durante as viagens.

ADAPTADOR DE TOMADAS

Telefones, ipads, câmeras... para recarregá-los não esqueça de levar um adaptador universal de tomadas.

MEDIDAS ÚTEIS

Milhas para quilômetros: multiplique as milhas por 1,6. Quilômetros para milhas:multiplique o quilômetro por 0,62). De Fahrenheit para Celsius: subtraia 32 e divida por 1,8. Libras para quilos: multiplique as libras por 0,37. Quilos para libras: multiplique os quilos por 2,67.

COMPANHIAS AÉREAS

Veja se sua companhia aérea tem um aplicativo próprio para realizar o check-in, reservar assentos e consultar o número de milhas acumuladas. Para acompanhar um voo, baixe os aplicativos Flightradar24 e FlightAware.

GASTRONOMIA

Para comer bem é preciso de muito mais do que um bom restaurante. Pesquise, peça dicas, anote os nomes, endereços e procure saber mais sobre cada um dos lugares. Não esqueça de verificar se é necessário fazer reserva, se o local abre tanto para almoço quanto para jantar e se fica muito lotado em horários de pico.

HABILITAÇÃO INTERNACIONAL

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é aceita em 130 países como documento para dirigir um veículo. A Permissão Internacional para Dirigir, contudo, por ter os dados traduzidos em 7 idiomas, agiliza nos processos que envolvem acidente. Pode ser tirada em postos do Detran (detran.com.br).

básico, que cobre batidas de carro e se o carro for roubado. Ao alugar pela Internet, veja se esse seguro já está incluso. Quanto antes reservar o carro, mais barato vai pagar.

celular reserva e um GPS podem ser muito úteis durante o caminho. Procure se informar sobre as melhores rotas para andar de bicicleta, evitando surpresas no percurso e também fazer uma revisão da bicicleta para evitar quaisquer problemas de funcionamento.

MOTO

Para diminuir o risco de acidente antes de uma viagem de moto, faça revisão em uma mecânica de confiança para ver se ela está em condições de pegar estrada e planeje o itinerário, prevendo paradas, para evitar ficar sem gasolina e para descansar. É importante também vestir roupas adequadas, como um calçado reforçado, calça, jaqueta e é claro, o capacete. Caso esteja levando bagagem, é sempre bom conferir se está bem presa, evitando sua perda ou queda.

TREM

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

Cheque os documentos exigidos pelo país para alugar o carro e dirigir por lá. Nos países da América do Sul como Argentina, Uruguai e Chile, só é necessário R.G e carteira de habilitação brasileira. Miami, Orlando, Las Vegas, San Diego, Los Angeles, San Francisco, Nova York e Chicago pedem, além da habilitação, o passaporte do motorista. O mesmo vale para outros lugares turísticos do mundo como Espanha, Portugal, França, Alemanha, México e Canadá. Alguns lugares exigem a PID, a Carteira de Habilitação Internacional, como Grécia, Itália e Áustria. Faça seguro

BIKE

Antes de se aventurar pelo mundo de bicicleta, é preciso programar o itinerário da viagem. Fazer um check-up de sua saúde antes de começar a pedalar é importante para evitar problemas. Além disso, garantir alguns equipamentos eletrônicos como carregadores, um

Ao contrário do Brasil, a Europa é familiarizada com os roteiros de viagem de trem. De lá é possível visitar qualquer outro país do continente com esse meio de transporte. Antes de planejar uma viagem de trem, é necessário lembrar que nem sempre será a opção mais barata, mas pode render paisagens maravilhosas durante o caminho.

MONTANHA

Seja no frio ou no calor, é sempre bom pensar sobre a melhor época do ano para cada destino. As montanhas proporcionam diversas atividades como o esqui, escalada, trilhas, além das

paisagens maravilhosas ao chegar no topo. Caso a opção seja uma trilha durante o verão, é necessário lembrar que mesmo com o calor, o vento costuma sempre forte e mudanças climáticas acontecem rapidamente, portanto, roupas corta-vento e roupas impermeáveis não podem faltar na mala.

metros, em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de renová-la. A partir dos 10 anos de idade já é possível fazer o curso para obter o certificado, desde que a pessoa saiba nadar.

REMO

ESQUI

Para quem vai passar uma temporada na neve é essencial preparar bem a mala para o frio. Além dos casacos especiais é bom levar blusas e calças térmicas, importantes para manter o calor do corpo. Outro item indispensável é uma luva impermeável e uma bota adequada. As meias também devem ser pensadas com cuidado. Elas devem absorver o suor para evitar a sensação dos pés congelando.

BARCO

Para os amantes do mar é possível alugar veleiros, lanchas e barcos, com a presença de um capitão a bordo. Caso o viajante queira alugar sem comandante é necessário comprovar através de uma certificação de arrais amador ou mestre que você pode conduzir a embarcação.

O remo é um dos esportes mais antigos do mundo. Antes de remar é importante verificar se a pessoa sabe nadar e também se existe algum problema de saúde, já que o esporte exige esforço do corpo como um todo. Ao procurar um instrutor, ele vai ensinar a prática de remo e orientar o grupo a fazer os exercícios de forma correta, para que não existam lesões no corpo mais tarde.

MERGULHO

É preciso ter a certificação para viagens de mergulho. O documento permite mergulhar com um cilindro numa profundidade de até 18

SURFE

Antes de surfar pela primeira vez, é necessário procurar um instrutor que passe as informações básicas de segurança como observar outros surfistas na água, carregar a prancha corretamente e avaliar a área certa da praia para surfar.

TREKKING

O termo trekking tem origem africana e significa seguir, a pé, um percurso. Antes de se aventurar nesse esporte, é importante estar com os equipamentos adequados. Nos pés, o calçado indicado são as botas, que dão mais segurança aos tornozelos nos percursos. As meias também são essenciais para que o atrito entre o pé e o calçado não cause problemas. Além disso, é importante levar uma garrafa de água na mochila para manter-se hidratado. Dependendo dos quilômetros andados, é indispensável um bastão para facilitar as passadas e dar mais estabilidade.