TOP Destinos Edição 178

roteiro | CHICAGO É A CARA DO LOLLAPALOOZA. DESCUBRA TUDO O QUE A CIDADE OFERECE PARA VOCÊ CURTIR | aventura | Tamara Klink: os desafios e a superação da brasileira mais jovem a atravessar o Oceano Atlântico sozinha | pilotagem raiz de moto por estradas históricas da Bolívia e do Peru | top 5 | as bibliotecas mais lindas do mundo | Brasil | dunas de areias brancas e mar cristalino nos Lençóis Maranhenses | especial | Madri respira arte e conta com galerias e museus inspiradores | as novidades para curtir a temporada de esqui nos EUA | mapa da bebida | cerveja alemã

Nosso mundo

CHICAGO

O festival que trouxe anos atrás vida nova à cidade e os lugares para curtir quando for ao Lollapalooza

ESQUI EUA

A temporada no Hemisfério Norte promete muita neve, curtição nos smoke-shops e mais

ESPECIAL

As melhores galerias, os museus clássicos e muita arte para conhecer em Madri

AVENTURA

O relato emocionante de Tamara Klink de sua travessia pelo Oceano Atlântico

TOP 5

As bibliotecas mais lindas do mundo. A história, a arquitetura e seus conteúdos

BRASIL

Os encantos dos Lençóis Maranhenses, um verdadeiro paraíso no nosso país

Viajantes

1. Shoichi Iwashita é viajante e escreve sobre as experiências mais sofisticadas, sempre dando ênfase às maravilhas criadas pelo homem; a arquitetura, a gastronomia, as artes, a história. Criador do site de viagens de luxo simonde.com.br. É dele a matéria sobre arte em Madri. @iwashitashoichi

2. Cassiano Marques é advogado, empresário, motociclista há mais de 36 anos, instrutor de pilotagem off road e ex-piloto de rally, enduro e motocross. É pioneiro nas viagens de mototurismo pela América do Sul, a partir das fronteiras do Acre com Bolívia e Peru. @cassianomarquesacre

3. Flávia Vitorino é turismóloga e mãe de duas meninas. Escreve sobre viagens de natureza desde 2011 para mostrar que aventura está ao alcance de todos. Aqui, ela conta as novidades para curtir a temporada em Aspen Snowmass. @fllavitt

3. Vivian Monicci fez Jornalismo na PUC-SP e é editora da revista. Ama viajar com sua família e carimbar seu passaporte pelo mundo. É apaixonada por Londres e Nova York. @vivimonicci

Nossos colaboradores rodam o mundo em busca de novidades, dicas inusitadas e experiências marcantes para ajudar o viajante a ter memórias únicas.

Publisher

Claudio Mello

Projeto Gráfico Almap/BBDO

Diretora de Redação Renata Zanoni

Editora Vivian Monicci

Diretora de Arte Rosana Pereira

Assistente de Arte Luana Jimenez

Colaboradores

Cassiano Marques Claudia Liechavicius Flávia Vitorino Mariana Fernandes Shoichi Iwashita Socorro Camelo

Conselho Editorial Andreas Heiniger Tuca Reinés

Diretor de Criação Bruno Souto

Gerente Corporativa Carolina Alves

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Assistente de Produção Diego Almeida

Financeiro Marcela Valente

Circulação Regiane Sampaio

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Redação renata@topmagazine.com.br vivian@topmagazine.com.br

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Atendimento ao Leitor sac@topmagazine.com.br

Impressão Hawaii Gráfica e Editora

TOP Destinos é uma publicação da Editora Todas as Culturas Ltda. Rua Pedroso Alvarenga, 691, 14º andar, Itaim Bibi, 04531-011, São Paulo / SP / (11) 3074-7979

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Acompanhe as novidades em www.topdestinos.com.br, no Facebook e Instagram @topdestinos

Índice

02-03

1. Nosso Mundo

Um mapa que ilustra os lugares por onde a TOP Destinos viajou nesta edição.

06

2. Viajantes

Um pouco sobre nossos colaboradores, que rodam o mundo em busca de novidades.

12-31

3. Pelo Mundo

Um Singita que preserva e apresenta os gorilas em Ruanda; SHA Wellness é o seu destino de bemestar; o novo bar do The Dorchester, em Londres; e muito mais.

48-59

5. Capa I Chicago

A melhor cidade grande dos Estados Unidos merece ser descoberta durante o Lollapalooza. 62-67

6. Top 5 I Bibliotecas

Uma seleção dos espaços mais espetaculares do mundo para ler um livro e apreciar sua história e arquitetura. 86-99

70-85

34-45

4. Aventura I Tamara Klink

Os desafios e descobertas da mais jovem brasileira a fazer a travessia do Oceano Atlântico em solitário.

7. Aventura I Bolívia e Peru

Uma região inóspita e pouco explorada em mais uma aventura da Expedição Honda RedRider.

8. Brasil I Lençóis Maranhenses

Os encantos do paraíso formado por dunas de areias brancas e lagoas de águas cristalinas.

100-111

9. Especial I Madri

As melhores dicas para você aproveitar a cena cultural e artística da capital espanhola.

112-125

10. Especial I Esqui EUA

As novidades mais quentes para curtir a temporada de neve em Aspen Snowmass.

126-127

11. Mapa da Bebida I Cerveja alemã Conheça os rótulos imperdíveis para experimentar no país que é o maior produtor de cerveja do mundo.

130-135

12. Glossário

Um dicionário dos termos do universo dos viajantes, documentos e vacinas necessárias para a viagem.

136-146

13. Anotações

Um espaço para anotar as curiosidades que aprendeu sobre os futuros destinos a visitar.

Pelo mundo

Para sonhar acordado

Madame Rêve é o mais novo cinco estrelas parisiense

É difícil pensar em uma viagem mais clássica do que para Paris. Mas não se engane, ela pode surpreender. Aberto em outubro de 2021, o Madame Rêve é o mais novo cinco estrelas da cidade. Localizado a apenas alguns minutos da Bourse du Commerce e da loja Samaritaine, o hotel é puro luxo. Situado no icônico edifício dos correios do Louvre do século

19, definitivamente não passa despercebido. Em seu interior, a decoração combina sutilmente madeira e tecidos especiais em tons de dourado e marrom. São 82 acomodações divididas em nove categorias. O grande destaque é a Suíte Tour Eiffel: são 70 m², dois quartos, cama king size e uma vista espetacular

do monumento mais famoso da cidade. O banheiro inundado de luz natural é um verdadeiro refúgio com sua banheira. Por lá, a experiência culinária também é marcante. O Madame Rêve Café conta com pé direito de oito metros e um espaço de 300 m², cuja decoração esplendorosa te transporta para

épocas passadas. A gastronomia mediterrânea impera e se encaixa a qualquer hora do dia. O La Plume, por sua vez, é um restaurante panorâmico de inspirações japonesas. O rooftop repleto de plantas é uma verdadeira bolha de natureza em meio a uma frenética metrópole. Para completar a estadia com

chave de ouro, aproveite os 150 m² dedicados ao bemestar e compostos por salas de tratamento acolhedoras e área fitness bem equipada. Para desintoxicar, aproveite a sauna com madeiras light-colored e vista para as ruas de Paris.

+infos: madamereve.com

Uma joia de hotel

Novo resort da Bvlgari em Los Angeles será inaugurado em 2025

A Bvlgari é mestre em fazer joias eternas que são verdadeiros sonhos de consumo. Em sua hotelaria, não é diferente. A marca de luxo tem propriedades únicas espalhadas pelo mundo e, agora, anuncia seu novo diamante: um resort em Los Angeles, em um parque deslumbrante na encosta de Santa Monica, cercado por vida selvagem e vistas incríveis, e a apenas oito quilômetros da Rodeo Drive. Serão 58 quartos e suítes, grande parte localizada em bangalôs isolados. As oito propriedades residenciais terão tamanhos entre 1.114 e 4.400 m2, com terrenos privados de até 20 mil metros quadrados. Formalmente conhecido como The Retreat, o resort está sendo pensado e construído de acordo com rigorosos critérios ambientais certificados pelo LEED, com práticas de construção sustentáveis e menor impacto na natureza. Centenas de árvores antigas e nativas serão preservadas e mil árvores maduras serão plantadas. Também serão adicionados ao redor da propriedade lagoas, leitos de rios secos e canais bioswales com vegetação. Além de todos os luxos, o hotel vai contar com o restaurante exclusivo Bvlgari II Ristorante - Niko Romito -, spa de quase mil metros quadrados, cinema e sushi bar com apenas oito lugares.

+infos: bulgarihotels.com

Encontro marcado

Um oásis de luxo e paz que preza pela proteção dos gorilas de Ruanda

Por Claudia Liechavicius

Projetado com respeito à natureza e na mais perfeita comunhão com a cultura local, o Singita Kwitonda Lodge fica na entrada do Volcanoes National Park, em Ruanda, onde meu encontro estava marcado com a família de Agashya composta por um grupo de pouco mais de 20 gorilas. Começava ali uma das aventuras mais fascinantes que já vivi na África. Tanto por encontrar com esses animais que compartilham 98% do seu DNA com os

humanos, como pela oportunidade de conhecer esse hotel. O nome Kwitonda homenageia um gorila silverback lendário das

montanhas. Esse simples fato diz muito sobre o empenho do lodge na preservação da espécie que quase foi extinta pela brutalidade

dos caçadores que vendiam suas mãos para servir como cinzeiro. Depois de uma recepção calorosa, os hóspedes são levados à Sala de Conservação, onde têm a possibilidade de conhecer a trajetória dos gorilas que foram auxiliados pela zoóloga americana Dian Fossey. Uma história que ganhou luz através do filme A Montanha dos Gorilas, estrelado por Sigourney Weaver. Nessa sala, há vários objetos usados durante as filmagens, como a mala da pesquisadora e a máquina de datilografia.

O lodge tem perfil discreto e intimista e fica a um quilômetro da entrada do parque nacional onde vivem 22 famílias de gorilas. Tem apenas oito suítes extremamen-

te elegantes e espaçosas, com lareira interna e externa, piscina privativa aquecida e de seus janelões com estrutura de madeira, os olhos alcançam os vulcões Sabyinyo, Gahinga e Muhabura. Na decoração destacam-se objetos talhados por artesãos locais. Não posso deixar de citar a gastronomia excepcional, que prioriza alimentos frescos vindos da própria horta orgânica e traz na sua filosofia uma política zero plástico. O Singita tem escolas de culinária de nível elevado e oferece oficinas de artesanato

para capacitar a comunidade. Segundo Luke Bailes, proprietário do grupo Singita, que conta com hotéis-referência em quatro países da África, o grande desafio é manter o equilíbrio entre turismo, impacto social, sustentabilidade e vida selvagem.

É evidente que Ruanda é uma das mais belas surpresas do continente africano nessa última década.

O Singita Kwitonda vem para carimbar essa nova era.

+infos: singita.com/lodge/singitakwitonda-lodge

BMW R18 A DOEVOLUÇÃO CLÁSSICO

Qual é a origem da BMW? O primeiro veículo da marca foi a R32, que nasceu há quase 100 anos, lá em 1923, com uma engenharia adaptada dos motores de aviões. Agora, a jornada continua com a BMW R18. Inspirada nas revolucionárias R32 e R5, ela chega com visual clássico, tecnologia sofisticada e o maior motor boxer BMW de todos os tempos. São 1.802 cc, 91 cv e torque abundante de 158 Nm a 4.750 rpm para continuar escrevendo a história do #MakeLifeARide em caminhos guiados por você.

Bar de cinema

The Dorchester, em Londres, lançará novo bar em dezembro

A cidade de Londres é pulsante e combina suas construções históricas com muita modernidade. Um de seus grandes ícones é o The Dorchester, que abriu as portas pela primeira vez em 1931 e, desde então, já recebeu grandes estrelas mundiais. Este ano, o hotel conclui a primeira

fase de sua transformação mais abrangente em mais de 30 anos e traz novidades como o Vesper Bar, com lançamento previsto para dezembro. Com interior inspirado no espírito e na elegância dos loucos anos 1930, o Vesper substituirá o The Bar at The Dorchester e terá aparência de estrela de cinema. O novo layout permitirá uma entrada dedicada ao Park Lane e um terraço externo com vista para o Hyde Park. A decoração contará com uma série de peças

de Cecil Beaton para homenagear a conexão de longa data entre o célebre fotógrafo e designer e o hotel. No menu, coquetéis atemporais exclusivos inspirados no The Dorchester, com curadoria da premiada conhecedora de bebidas e bartender Lucia Montanelli.

A estética cinematográfica tem tudo a ver com a escolha do nome, que homenageia as conexões do The Dorchester com James Bond. O autor de Bond, Ian Fleming, que inventou o Ves-

per Martini, ficou e jantou no The Dorchester ao longo de sua vida. Durante os anos 1960 e 70, a produtora dos filmes de James Bond, EON, teve um escritório no icônico hotel. Desde então, o estabelecimento recebeu também como hóspedes todos os atores que interpretaram o agente secreto, 14 Bond Girls, quatro M's e nove vilões dos filmes.

+infos: dorchestercollection.com/en/ london/the-dorchester

Trilhando a Suíça

Sinônimo de segurança, conforto e tranquilidade, a Suíça foi o primeiro país europeu a entrar no meu radar depois da pandemia

Por Claudia Liechavicius

Com cidades de conto de fadas, algumas das paisagens mais bonitas do mundo, os clássicos clichês que vão dos relógios aos canivetes, passando pelos chocolates e queijos, culminando com o impressionante sistema ferroviário que conecta com pontualidade absoluta até os cantinhos mais inóspitos dos Alpes, a Suíça é um destino que sempre me encanta. Zurique mais uma vez foi minha porta de entrada. Imediatamente fiz uma conexão de trem para Lucerna usando o Swiss Travel Pass, que me acompanharia por aproximadamente 900 quilômetros de trilhos numa rota por Interlaken, Zermatt, St Moritz, Engelberg e novamente Zurique. Mesmo sendo um país muito pequeno, menor do que o estado do Rio de Janeiro, montanhoso e sem conexão com o mar, a Suíça impressiona com a diversidade de cenários.

Com arquitetura medieval preservada, um lago cristalino sobre o qual se debruça a Ponte da Capela e uma imponente cortina montanhosa, Lucerna é uma das cidades mais fotogênicas que conheço. A

ordem é caminhar sem pressa pelas vielas observando as belas fachadas com pinturas coloridas, fazer uma degustação na elegante boutique de chocolates Max Chocolatier e subir até o topo da montanha Rigi Kulm para se divertir de sled. Pertinho dali, Interlaken - a “Capital da Aventura na Suíça” - está divinamente posicionada entre os lagos Brienz e Thun. É emoldurada por um maciço de altas montanhas, onde se destaca Jungfrau, com 4.158 metros de altitude e a estação de trem mais alta da Europa, Jungfraujoch. Vale encarar um rolê de paragliding e explorar os lagos de kayak. Meu destino seguinte, sempre de trem, foi a charmosa Zermatt, uma das principais estações de esqui do país, no sopé do Matterhorn. No centrinho apenas carruagens circulam, carros não são permitidos, o que traz ainda mais poesia. Para ficar hospedado sugiro os clássicos Zermatterhof e Monte Rosa (famoso pelo fondue com cogumelos do restaurante Whymperstube) e o novo hotel Matthiol.

Em Zermatt, embarquei no Glacier Express rumo à badalada St. Moritz, numa viagem belíssima de aproximadamente oito horas, em trem panorâmico que passa por inacreditáveis 91 túneis e 290 pontes, fazendo qualquer um entender porque o sistema férreo suíço é considerado como uma “proeza de engenharia”. Engelberg, cujo nome significa Montanha dos Anjos, foi minha

parada seguinte para descansar no Kempinski Engelberg, que reeditou a estrutura histórica de um antigo palacete Belle Époque do início do século XX, aos pés do Monte Titlis.

Encerrei a viagem na deliciosa cidade de Zurique, onde volto sempre feliz para caminhar

à beira do lago, me embeber de arte no Museu Kunsthaus, enlouquecer com os chocolates Läderach e jantar no escondidinho Oepfelchammer. A Suíça é um daqueles lugares para voltar sempre!

+infos: myswitzerland.com

Sua melhor versão

SHA Wellness Clinic é um santuário para alinhar o corpo, a mente e a alma

Viajar não precisa ter como objetivo apenas o turismo. Pode ser uma experiência muito mais profunda de autoconhecimento e equilíbrio. É isso o que o SHA Wellness Clinic oferece. Através de técnicas avançadas, terapias naturais e alimentação

equilibrada, você atinge o equilíbrio físico e mental e o bemestar espiritual em harmonia com o entorno.

Lá, você tem como companheiro diário o sol, o Mediterrâneo e o Parque Natural Sierra Helada, na região de Alicante, na Espanha. Por enquanto, este é o único endereço do SHA no mundo. Mas em 2023 e 2024, o México e os Emirados receberão, respectivamente, novos santuários

da marca.

Afinal, o que encontramos nesta clínica? Amplos espaços de desconexão, jardins que fundem o edifício com a natureza e um marcado estilo mediterrânico. Além, é claro, de uma equipe multidisciplinar de especialistas; programas desenvolvidos com foco no reequilíbrio, detox, prevenção, sistema imunológico, longevidade e peso ideal; SHA Nutrition adaptada à condição e necessidade nutricional do indivíduo; um menu tendo como sua base principal produtos orgânicos, sazonais e locais. Para a sua imersão ser ainda mais especial e completa, o SHA conta com 93 suítes de luxo entre 70 e 320m², e 11 residências particulares de 300m² a 500m². Além de área fitness, estúdios de ioga e pilates, piscina com borda infinita e mais de 6.000 m² de área dedicada ao bem-estar.

+infos: shawellnessclinic.com

Inovação panamenha

Resort Bocas Bali, no Panamá, apresenta KupuKupu, primeira “praia flutuante” do mundo

Já imaginou como seria uma praia suspensa no mar? Agora, você pode conferir essa inovação de perto! O resort de luxo Bocas Bali, inaugurado em setembro de 2021 e localizado em Bocas Del Toro, no Panamá, inaugurou este ano a Kupu-Kupu Beach, considerada a primeira “praia flutuante” mundo. Este oásis acima da água em palafitas tem aproximadamente 30 metros de comprimento e seis metros de largura, escadas de quartzo verde em cascata, areia branca com palmeiras, espreguiçadeiras e o Tipsy Bar, que serve drinques e pratos leves. O nome Kupu-Kupu vem da palavra indonésia para borboleta, representada na arquitetura da praia e do calçadão ao redor. O hotel exclusivo com inspiração balinesa e membro da The Leading Hotels of the World, conta com 16 vilas personalizadas sobre a água, piscina de água doce e o restaurante Elephant House. Prezando pela sustentabilidade, tem pegada de carbono limitada, utiliza energia solar e sistema de tratamento de águas residuais ecologicamente correto. Além disso, as construções sobre a água preservam os corais que cercam a ilha.

+infos: bocasbali.com

Toque oriental

O chinês Mr. Wong e o japonês KŌON chegaram para balançar e trazer ainda mais sabor para a cena gastronômica oriental da cidade

Por Renata Zanoni

Quando o chef Victor Wong, conhecido pelo Panda Ya, anunciou a chegada do Mr. Wong, todos já esperavam gastronomia chinesa de altíssima qualidade. Todos os pratos são saborosos, fartos e com ótimo custo-benefício, e o ambiente tem decoração que não passa despercebida, com a obra de uma gueixa, feita com 14 mil pregos e 12km de fio, e o bar todo desenhado. Sem contar o fato do

chef estar sempre presente e aconselhando os comensais. Prove, por exemplo, a berinjela empanada no missô como entrada. Para acompanhar, um dos drinques do bar criados pelo mixologista Matheus Cunha. Como principais, o Mongolian beef, que é uma fraldinha feita com molho de óleo de gergelim, shoyu, gengibre e açúcar, ou o frango ao limão, que achei muito saboroso, e são pedaços de peito de frango empanados ao molho de limão acompanhado de

vagem e arroz. Sobremesa nunca é o forte da maior parte dos restaurantes orientais, mas você vai se surpreender com o mousse de chocolate com sorvete de banana caramelizada e praliné de manteiga de amendoim. Especializado em culinária japonesa, o restaurante KŌON é outra

boa nova e apresenta um menu no qual Japão e Brasil conversam. Ele é imperdível para quem aprecia Omakassê (quando você senta no balcão e deixa as escolhas por conta do chef), com balcão de sushi de alto nível técnico executado pelo chef Billy Tatsushi. Nas mesas, um menu à la carte

com diversas opções quentes. Sente em uma das mesas e peça o shake butter truffle (tiras de salmão seladas e finalizadas com trufas), o tempura de milho, e o eby spicy feito com camarões em cubo empanados, com maionese picante e ovas de tobiko, para começar. Depois peça uma sequência de sushis, como o de wagyu ou de centolla, e o niguiri de barriga de salmão para completar. Para fechar, o Cacau 70%, que é uma mousse de chocolate belga meio amargo com sorbet de frutas vermelhas para fazer a composição perfeita de sabores.

+infos:

@mrwongrestaurant @koon_gastronomia

Saúde e estética para cuidar do seu sorriso nas clínicas odontológicas Omint. A gente

Nas clínicas Omint Odonto e Estética, você conta com o que existe de mais avançado em tratamentos odontológicos e estéticos, com aquela qualidade e credibilidade que só uma marca que é referência em saúde pode oferecer. Agende uma consulta e venha conhecer nossos principais serviços: remodelação do sorriso (clareamento, restaurações estéticas, facetas de resina, laminados cerâmicos, lentes de contato, implantes dentários e plástica de gengiva), ortodontia, inclusive com Invisalign®, harmonização facial e muito mais.

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Contra o Vento

Uma viagem solitária. Uma mulher velejadora de apenas 24 anos. Os desafios do desconhecido. Muita bagagem familiar, o peso e a glória disso. O mar, o tempo, o vento e todos os obstáculos e a beleza de cruzar o Atlântico em um veleiro. Todo o relato de Tamara Klink e a caminhada para que todo esse sonho e projeto se realizasse, você confere aqui nas páginas da TOP Destinos

Texto RENATA ZANONI

O planejamento e a viagem Tamara Klink, como muitos sabem, é filha do velejador Amyr Klink, e sempre teve em seu dia a dia o mar e as referências de viagens solitárias. Velejar sempre fez parte de sua vida desde muito pequena. Não à toa, a água sempre foi um elemento de grande interesse em sua vida, até mesmo na faculdade ela acabou enveredando para este tema. “Eu fazia Arquitetura e Urbanismo na USP, gostava do curso e comecei a me interessar em sistemas da água, em infraestrutura fluvial e portuária. Fiz um curso optativo de engenharia naval de projetos de veleiros e adorei. E de algu-

ma maneira a água começou a me chamar. Eu fazia um curso de francês na hora do almoço, mais para aprender a ler livros do que para um dia viver na França. Um dia, eu cruzei com um amigo que tinha acabado de voltar de Nantes, na França, e me falou do curso. Achei que seria uma forma de juntar meus planos e minhas paixões. Foi natural, eu nem sabia o que um arquiteto naval fazia. Além disso, era um curso mais aberto para pessoas de pós-graduação, um curso de especialização. Eu acho que eu forcei algumas barreiras para poder passar: a língua, a ordem dos diplomas, barreiras sociais (o fato de estar longe, ser estrangeira, ser

mulher em um sala que tinha basicamente apenas homens). Mas tudo isso, de certa maneira, me ensinou que mesmo em um lugar onde eu não falava a língua, não conhecia ninguém, onde eu não tinha nenhuma raíz, onde meus pais não eram conhecidos, onde eu não tinha dinheiro, vivia como uma estudante, com gastos mínimos, mesmo em um lugar assim, eu também conseguia encontrar maneiras de me sentir em casa. Isso foi um aprendizado que eu usaria depois na viagem”, conta ela sobre a experiência de cursar Arquitetura Naval, na ENSA (École Supérieure d’Architecture) em Nantes, França.

Aos poucos, essa experiência a fez cogitar cada vez mais fazer uma viagem sozinha. Aventurar-se pelos mares do mundo, aquela vontade parecia estar mais acesa do que nunca. “De algum modo sempre me projetei viajando só, porque quando ouvia as histórias que meu pai contava, ele estava só, então, me colocava no lugar dele. Ao longo do tempo, eu precisei entender como seria o meu jeito de estar só.. Eu via alguns homens coman-

Tamara foi a mais jovem velejadora brasileira a cruzar o Atlântico em solitário

dando barcos, mas eu poucas vezes tinha visto mulheres e comecei a me projetar no comando”.

Ao todo, ela ficou três anos e meio estudando fora do Brasil. Poucos sabem, mas Tamara é gêmea de Laura, frutos do casamento de Amir Klink com a fotógrafa Marina Klink. Ela conta um pouco desta irmandade e das afinidades entre elas. “Eu acho que somos complementares. A Laura é muito criativa, aberta, tem muitas ideias. Eu, geralmente, me lanço ao desconhecido sem pensar muito. Eu sou mais inconsequente e a Laura planeja mais. Eu sou mais emoção e a Laura mais razão”, conta ela sobre a relação com uma das irmãs. Ela também tem uma irmã mais nova, Marina Helena Klink.

Apesar de todo esse laço afetivo, a primeira pessoa que soube dos planos de Tamara foi a avó materna Dona Ana, que guardou o segredo a sete chaves. “No começo, o maior desafio era minha mãe não saber que eu estava comprando um barco, que eu estava preparando ele, que eu estava

morando nele, que eu tinha a intenção de fazer essa viagem solitária. Depois o desafio se tornou contar para minha mãe e não desistir de ir”, conta ela sobre as preocupações da mãe Marina. Depois de tudo pronto, veio o desafio de compartilhar com a família e não contar com apoio total para o projeto. “Meus pais sempre me encorajaram a fazer aquilo que eu gostaria, de formas diferentes. Minha mãe estava sempre preocupada com a segurança e responsabilidade. Era uma maneira dela tentar me proteger. Meu pai me encorajou me falando para ir, me empurrando com as palavras. Ele dizia que se eu queria navegar sozinha, eu deveria, mas só contasse pra ele quando já tivesse chegado. Meu pai não teve pai navegador. Ele aprendeu fazendo, errando muito. Entendi que para ser navegadora eu precisava aprender e fazer meu caminho, porque ele não estaria lá comigo. E talvez eles nem tenham acreditado desde o princípio, porque eu sou distraída, não sou grande, não sou muito o estereótipo de navegadora, talvez isso nem estivesse no imaginário dos meu pais, talvez nem no meu próprio. Eu contei pra eles quando eu já estava partindo, um dia antes”, relata ela.

O trecho final de sua jornada durou 17 dias, de Lisboa até Recife

Tamara fez sua primeira viagem com a família quando tinha apenas oito anos e foram para a Antártica. E conta que é difícil voltar para o cotidiano da cidade e conseguir viver como antes, sabendo que existem outras maneiras possíveis de existir.

Mas viajar sozinha teve desafios psicológicos e físicos que nem ela mesmo poderia imaginar, mas também muita satisfação pessoal. “Às vezes era muito doloroso e aflitivo, mas não poder desistir era parte do jogo. A pior parte é gerir a saudade e o sono. A melhor parte é descobrir que você é capaz de muito mais do que você pensa”.

Sua primeira viagem solitária havia sido da Noruega para a cidade francesa de Dunquerque. O principal aprendizado foi o de lidar com problemas inesperados. Avaria, solidão, saudade, tempo, pedras no caminho, acidentes, todas essas possibilidades. “Os erros que eu cometi na primeira viagem foram muito importantes para eu tomar decisões melhores e errar menos na travessia. Eu tinha mais prontidão para resolver os problemas”, relata.

“A privação de sono é muito presente. O calor também foi muito marcante”

O Sardinha e a travessia

A compra do seu barco Sardinha surgiu de uma forma totalmente espontânea. “Eu estava navegando com o Christopher, um amigo, e ele entrou em um site de compra e venda de barcos e comentou que já tinha comprado barcos por 10 e 1.000 euros e comecei a pensar “bom, talvez não seja tão difícil, eu posso pegar um barco velho, dar um tapa e seguir. E foi assim que eu fiz. Fiquei um mês ajustando e reformando o barco (na cidade de Ålesund)”. Na verdade, o grande amigo Henrique propôs que ela usasse o barco dele, mas quando chegou: “ele disse que não emprestaria mais o barco, que ele acreditava que para eu ser comandante, eu precisava ser dona do meu barco, pagar pelos meus erros e poder tomar decisões sem ter que pedir para ninguém”, esse foi o grande empurrão que Tamara precisava.

A jornada começou em agosto de 2021, quando a jovem saiu da França rumo ao Brasil. Ela percorreu por quase três meses 1.700 milhas, o que equivale a três mil quilômetros, até chegar em Recife. Ela fez paradas em Lisboa, Ilhas Canárias e Cabo Verde antes de chegar no Brasil em novembro de 2021. Foram 17 dias no trecho final desta jornada desafiadora a bordo de seu veleiro Sardinha de oito metros.

Ela já havia feito outra viagem solitária, ainda em 2020, quando atravessou o Mar do Norte até chegar na França. Mas essa última jornada teve momentos ainda mais desafiadores, física e psicologicamente falando. “A privação de sono é muito presente. Eu estou sempre em déficit de sono. Nessa última viagem, o calor também foi

“Eu não esperava que tantas pessoas tivessem acompanhado a viagem”

muito marcante. Eu perdia muita água. A chance de ter insolação era grande. O sol e o cansaço confundem e fazem a gente tomar decisões menos acertadas. Gerir o emocional também, quando a situação não está como a gente gostaria, quando o mar está contra, quando não há vento. Eu dormia trechos de 20 minutos e colocava despertadores. Acordava, olhava como estavam as coisas, se precisasse, trocava a vela, o rumo. Eu tive ajuda de uma nutricionista (Isabella Bertoli) que me ajudou a preparar cardápios para os tempos de vento a favor, de vento contra, de tempestade, eu comia praticamente só vegano, às vezes vegetariano. A higiene é uma questão de sobrevivência no barco, porque você está exposta a condições muito duras (muito sal, muito sol, muita umidade). Eu não conseguia tomar banho de chuveiro, mas eu buscava tomar banho com a água do mar, se chovia, eu usava a água da chuva para me lavar. Temos que tomar muito cuidado com o nosso corpo, pois nosso corpo é uma ferramenta”, conta ela.

Ao chegar em Recife, toda a sua família e alguns amigos a esperavam de surpresa, o que foi revigorante. “Mas o melhor de tudo foi voltar para os braços da minha avó”. Tamara que já publicou dois livros - um sobre poesias e desenhos das navegações chamado Mil Milhas, e Um mundo em poucas linhas sobre o relato de sua primeira viagem - diz que não imaginava a repercussão de sua viagem. E quem sabe essa segunda jornada também não vira um livro? O que nos resta é aplaudir sua coragem, curtir os frutos deste feito, e esperar seus próximos passos. E finaliza: “eu não me sinto especialmente corajosa, eu não sinto a coragem. Acho que a coragem está no caminho que a gente já fez, no caminho percorrido”, comenta Tamara apesar de ser a mais jovem brasileira a fazer a travessia do Oceano Atlântico em solitário.

Para acompanhar e saber mais: @tamaraklink

Ela comprou seu veleiro Sardinha em um site de compra de barcos, por um preço bem atrativo

“WE’RE NOT HERE TO TRY. WE’RE HERE TO DO.”

TOM BRADY, 7 TIME SUPER BOWL CHAMPION

IWC TOP GUN.

BIG PILOT’S WATCH TOP GUN EDITION “MOJAVE DESERT”

Quando você estiver no topo e não tiver mais nada a provar para ninguém, você pode relaxar e desfrutar do sucesso. Ou, então, pode aproveitar o espírito que inspirou tudo aquilo e embarcar em um desafio ainda maior. E, quando você faz isso, não há melhor companheiro do que o Big Pilot‘s Watch, da IWC, a escolha de quem nasceu para deixar a sua marca no mundo.

Extremamente impressionante

Eleita pelo sexto ano consecutivo como a Melhor Cidade Grande dos Estados Unidos, Chicago é, de fato, um deslumbre. Charmosa, cosmopolita e organizada, ela merece ser descoberta, especialmente durante o icônico festival Lollapalooza

Por CLAUDIO MELLO

Existem duas maneiras de conhecer e curtir Chicago, que foi eleita pelo sexto ano consecutivo pela Condé Nast Traveler Readers’ Choice Awards 2022 como a Melhor Cidade Grande dos Estados Unidos. A primeira é de forma tranquila, em qualquer época do ano, como um viajante tradicional, conhecendo seus pontos turísticos mais importantes. A segunda é durante o icônico festival Lollapalooza que, desde 2005, tem raízes fixas na cidade, mais especificamente no Grant Park.

Aqui, nós te levamos em uma viagem pela história do festival que, com certeza, fará com que você faça as malas e se prepare para a edição de 2023, que acontecerá dos dias 3 a 6 de agosto.

Você já se perguntou o que significa o nome Lollapalooza e qual é a sua origem? O festival internacional com 30 anos de história começou como uma turnê de despedida da banda norte-americana Jane’s Addiction, em 1991. O nome escolhido pelo vocalista Perry Farrell para a turnê foi Lollapalooza que, segundo o dicionário Merriam-Webster, significa algo “extremamente impressionante”.

Se você ama o festival e nunca perde uma edição, certamente se identifica com a palavra e o que ela representa. Hoje em dia, o Lolla é um verdadeiro ícone cultural mundial e está presente em diversos países, incluindo o Brasil. Mas qual é a fórmula do sucesso? Sempre foi assim, ou houve uma época em que ele quase deixou de existir? E, afinal, como ele passou de uma turnê para um festival global? Para responder todas essas perguntas, vamos fazer uma retrospectiva.

A turnê da Jane’s Addiction foi idealizada como um grande festival itinerante que cruzou os Estados Unidos e o Canadá. O line-up incluía artistas de rock alternativo, como Siouxsie and the Banshees; música industrial, como Nine Inch Nails; e até rap, com Ice-T.

Abraçando o estilo alternativo, a turnê fez um grande sucesso e acabou se transformando em um evento anual que lançou ao estrelato grandes artistas e bandas como Pearl Jam, Soundgarden, Ice Cube, Rage Against the Machine e Green Day. Até 1997, o Lolla foi se aperfeiçoando e aumentando o número de palcos, que chegou a três, e de performances, contando com 40 atrações. O festival itinerante circulava durante dois meses por cerca de 20 cidades dos Estados Unidos.

Em 1998, o Lolla deixou de acontecer pela primeira vez por não ter encontrado um headliner adequado. Foi somente após cinco anos, em 2003, que o festival renasceu junto com o retorno da banda Jane’s Addiction e no mesmo formato itinerante. Mas o sucesso já não era mais o mesmo. Em 2004, foi cancelado novamente pela baixa venda de ingressos. Os tempos tinham mudado e a proposta do festival já não agradava mais o público.

Desde 2005, o festival Lollapalooza tem raízes fixas em Chicago, no Grant Park

Assim, em 2005, teve que se reinventar. Ao invés de percorrer os Estados Unidos no formato de turnê, escolheu o Grant Park, em Chicago, para ser sua sede fixa. O recomeço contou com dois dias de shows, seis palcos e 65 mil pessoas. E, pela primeira vez, alguns palcos foram patrocinados por grandes marcas. O sucesso foi enorme e o festival conseguiu se estabelecer novamente. Ao longo dos anos, passou por algumas modificações, como a inclusão de novos gêneros musicais além do alternativo, e expandiu para outros países, como Chile, Brasil, Argentina, Alemanha, França e Suécia. Em janeiro de 2023, acontecerá a primeira edição do Lollapalooza Índia.

Atualmente, o Lollapalooza de Chicago tem quatro dias, nove palcos e recebe mais de 170 artistas por ano. Como já mencionamos, a edição de 2023 promete e será, sem dúvida, extremamente impressionante! Mas, caso não consiga participar, não se desespere: o festival está garantido no Grant Park até 2032. Ou seja, não faltarão oportunidades!

Curtição alucinante

Em 1º de janeiro de 2020, Illinois se tornou o 11º estado dos EUA a legalizar o consumo recreativo da maconha, permitindo que qualquer pessoa com 21 anos ou mais compre produtos de cannabis. Desde então, este mercado ganhou ainda mais força no país.

No Lollapalooza de 2021, que aconteceu em julho, a venda de maconha em Chicago aumentou 16% em relação ao mês anterior e bateu o recorde de U$ 127 milhões (cerca de 700 milhões de reais), sendo U$ 42 milhões (230 milhões de reais) apenas de venda para turistas que frequentaram o evento.

Os produtos com cannabis são vendidos apenas em estabelecimentos autorizados, que contam com profissionais que podem auxiliar na compra.

Para viver Chicago

Não é à toa que Chicago foi eleita novamente a melhor cidade grande dos Estados Unidos. Quem conhece, se apaixona e sempre quer voltar. Por isso, se você ainda não teve a oportunidade de visitar, aproveite o Lollapalooza 2023 para curtir como se não houvesse amanhã e também para turistar.

Comece sua experiência no Skydeck Chicago, que é o deck de observação mais alto dos Estados Unidos. Localizado no topo do icônico Willis Tower, oferece vistas de tirar o fôlego.

Depois, siga para o famoso Millennium Park, um centro de arte, música, arquitetura e paisagismo, bem no coração de Chicago. É nele que está a icônica escultura Cloud Gate, do artista britânico Anish Kapoor. Carinhosamente apelidada de “The Bean”, é um dos cartões-postais da cidade e peça central do parque. Para relaxar, faça uma parada no Lurie Garden, um verdadeiro oásis urbano.

No lado norte da cidade, vale conhecer Andersonville, um bairro charmoso, com raízes suecas, arquitetura histórica e a movimentada Clark Street, sua rua principal. O destino é conhecido como “a capital de compra local de Chicago”, pois apoia a maior rede de negócios locais e independentes da região. Além disso, abriga uma das maiores populações LGBTQ+ da cidade. Não deixe de ir ao Chicago Magic Lounge, um teatro e bar que oferece uma experiência única com performances dos melhores mágicos.

Durante a primavera, o verão e o outono norte-americanos, vale a pena fazer o Chicago Architecture Foundation Center River Cruise, eleito o passeio de barco número um da América do Norte. A bordo do First Lady, o percurso de 90 minutos te leva em uma viagem arquitetônica pelos três braços do Chicago River, com vistas de 360 graus.

Outra forma de turistar é de bike tradicional ou elétrica, com o Bikes, Bites & Brews Tour – Chicago’s Signature Dishes Bike Tour, que te leva aos bairros, parques e atrações mais populares. Inclui também um tour gastronômico pelos quatro grupos de comida preferidos de Chicago: pizza, cachorro-quente, brownies e cerveja.

O consumo recreativo da maconha é legalizado no estado de Illinois. No Lolla de 2021, a venda aumentou 16%

Dicas quentes

Mais informações da cidade: choosechicago.com

COMO CHEGAR

A United Airlines oferece voos sem escalas de São Paulo a Chicago, com duração de 10h30. united.com

QUANDO IR

Em Chicago, a edição do Lollapalooza de 2023 acontecerá dos dias 3 a 6 de agosto, no icônico Grant Park, e contará com nove palcos e mais de 170 bandas do mundo inteiro. Os ingressos estarão à venda na primavera norte-americana, que tem início em março, no site oficial do evento: lollapalooza.com/tickets.

ONDE FICAR

Pendry Chicago - Muito bem localizado no bairro Loop, ao lado da Magnificent Mile, o hotel de luxo moderno fica no icônico Carbide and Carbon Building, de 1929, perto de atrações culturais, pontos turísticos, escritórios, restaurantes, parques e lojas. Conta com 364 quartos e suítes recentemente reformados. pendry.com/chicago

Chicago

ESTADOS UNIDOS

um bar de ostras e é comandada por Donald Youg, o chef com estrela Michelin mais jovem da cidade. O menu conta com clássicos franceses, coquetéis artesanais, vinhos finos e uma seleção cuidadosa de champanhes. venteuxchicago.com

Illinois

ONDE COMER

Venteux – Localizada no hotel Pendry, a brasserie francesa é também

Dear Margaret – O restaurante se define como uma carta de amor aos ingredientes do Meio-Oeste. Serve cozinha franco-canadense e foi eleito pelo The New York Times como um dos 50 Melhores Restaurantes da América em 2022. dearmargaretchi.com

The Perch Kitchen and Tap – É uma parceria do 4 STAR Restaurant

Group e a Finch Beer Co, sendo o mais novo serviço completo de restaurante e bar no Wicker Park com uma cervejaria no local. theperchchicago.com

Beatnik On The River – Criada pela Maison Bonhomme, a estética do local traz a fusão de três países: Marrocos, França e Itália. No cardápio, sabores e ingredientes de Israel, Líbano, Marrocos, México e Peru. beatnikontheriver.com

HaiSous Vietnamese Kitchen –Como o próprio nome sugere, serve culinária vietnamita refinada, em um menu dividido em cinco seções e comandado pelo chef Thai Dang. Destaque para o goi vit, uma salada de pato, e ché, um arroz doce vietnamita com coco, gergelim e amendoim torrado. haisous.com

Revival Food Hall - Destino gastronômico local que reúne o melhor da aclamada cena culinária de Chicago. revivalfoodhall.com

GOLFO DO MÉXICO

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO PACÍFICO

Bibliotecas mais lindas do mundo

Se você é daqueles que ainda gosta de ler um bom livro impresso em papel, com uma bela capa e uma história cativante, certamente deve amar uma biblioteca. Ainda mais se ela for histórica, imponente e com milhares de itens a perder de vista. Aqui, nós selecionamos cinco bibliotecas encantadoras pelo mundo que com certeza merecem a sua visita!

Uma seleção de lugares espetaculares e cheios de história para ler um bom livro ou simplesmente admirar a arquitetura

Fundado em 14 de maio de 1837 por um grupo de 43 imigrantes, o Real Gabinete Português de Leitura tinha com objetivo trazer tradições portuguesas para um Brasil independente e ser um repositório da literatura portuguesa. Foi aberto ao público em 1900 e é uma das bibliotecas mais famosas da América Latina, conhecida mundialmente por sua beleza e estética gótica-renascentista. A fachada contém esculturas de ícones lusitanos e o lado interno conta com estantes e arcos em madeira escura, um lindo lustre e uma cúpula de vitral azul e vermelho. O local possui cerca de 350.000 volumes, sendo a maior e mais valiosa coleção da literatura portuguesa fora de Portugal, com cartas de escritores renomados e obras raras de Luís de Camões. Outro fato interessante é que foi no Gabinete Real que aconteceram as primeiras sessões da Academia Brasileira de Letras sob a presidência de Machado de Assis.

+infos: realgabinete.com.br

Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro, Brasil

Bem mais moderna em relação às demais, foi inaugurada em 2017 e tem um design inusitado cheio de curvas, com estantes brancas e onduladas que vão do chão ao teto, dando a sensação de que estamos viajando sobre um “mar de livros”. Projetada pela empresa de arquitetura e urbanismo holandesa MVRDV, possui cinco andares com capacidade para mais de um milhão de livros, mas no momento conta com cerca de 200.000 obras. O auditório usado para teatro e musicais, apelidado de “O Olho de Binhai”, fica no centro do local, em forma de esfera branca, podendo ser visto do outro lado do parque vizinho através de uma janela em formato de olho. A biblioteca foi projetada em apenas três anos e recebe em média 15 mil visitantes nos finais de semana.

+infos: mvrdv.nl/projects/246/tianjin-binhai-library

The Tianjin Binhai Library, Tianjin, China

George Peabody Library, Baltimore, Estados Unidos

Conhecida como a “Catedral de Livros de Baltimore”, foi projetada em 1860 por Edmund Lind e aberta em 1878, fazendo parte da Universidade Johns Hopkins. O financista e filantropo George Peabody dedicou o local para o povo de Baltimore pela hospitalidade e gentileza. A biblioteca é impressionante, com o átrio que se eleva a 18 metros, colunas recortadas de ouro, cinco fileiras de varandas de ferro fundido, chão de mármore, enormes claraboias e cerca de 300.000 livros que datam desde o século 19 e incluem todos os gêneros, de religião, arte britânica, arquitetura, história, viagem, romance, ciência e até ficção. Devido à sua beleza, é muito utilizada para casamentos e festas.

+infos: library.jhu.edu/library-hours/george-peabody-library/

foto Matthew Petroff

Biblioteca Joanina, Coimbra, Portugal

Localizada dentro do conjunto da renomada Universidade de Direito de Coimbra, foi construída entre 1717 e 1728 por ordem do rei D. João V de Portugal, em sua própria homenagem. A decoração interna barroca tem 1.250 m² divididos em três salas interligadas. O piso central da construção se assemelha a uma capela e o quadro do rei D. João V é considerado o “altar”. É neste piso que está a maioria dos mais de 70.000 volumes. Dentre as obras disponíveis estão a valiosíssima primeira edição de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e a Bíblia Hebraica Ilustrada. Um fato interessante é que toda noite uma colônia de morcegos é solta na biblioteca para se alimentar dos insetos, o que mantém o espaço limpo e conservado. A biblioteca também serviu como inspiração para o filme da Disney A Bela e a Fera, de 2017.

+infos: visituc.uc.pt/biblioteca

Rampur Raza Library, Rampur, Índia

O belíssimo palácio serviu como mansão para o monarca Nawab Hamid Ali Khan, em 1904. Na década de 1950, tornou-se uma biblioteca repleta de manuscritos, documentos raros e históricos, caligrafias islâmicas tanto da Índia quanto Ásia, obras raríssimas de pintores, calígrafos e músicos asiáticos, além do manuscrito original da primeira tradução do Alcorão. O espaço contém cerca de 17.000 manuscritos em diversas línguas como árabe e turco e cerca de 60.000 livros de várias línguas indianas e estrangeiras.

+infos: razalibrary.gov.in

Pilotagem raiz

Expedição Honda RedRider ganha a Bolívia e o Peru. Aventuras por uma região inóspita e pouco explorada para uma viagem intensa e repleta de descobertas

Texto SOCORRO CAMELO foto CASSIANO MARQUES

A Bolívia não é mesmo para os fracos, exige certo preparo físico e mental. É para quem aprecia experiências intensas de pilotagem raiz, por trechos inóspitos on e off-road. E é por essa nação, de fortes tradições indígenas, que a expedição Honda RedRider Bolívia-Peru inicia dessa vez para 12 dias de aventura.

A capital do Acre, Rio Branco, ponto de partida da viagem, tem o privilégio de ter esses dois países como vizinhos. Para entrar na Bolívia, é preciso passar pelo consulado boliviano, em Epitaciolândia (cidade do Acre) e só então entrar em Cobija, capital do departamento do Pando. A exigência é necessária para validar a documentação da autorização de viagem das motos registradas em nome de pessoa jurídica. E os viajantes mais desavisados devem atentar para algumas regras que são necessárias antes de entrar em terras bolivianas.

Ao entrar no país, o que se vê pode até não

agradar, à primeira vista. Estradas e vias públicas em estruturação. Mas é isso mesmo que se buscou na parte amazônica dessa aventura: uma imersão numa das regiões mais inóspitas no centro da América do Sul.

É preciso dizer que essa é uma das últimas viagens de pilotagem raiz por essa região. Uma

Uma região inóspita e pouco explorada para uma viagem intensa

empresa chinesa já cuida de deixar a estrada com um tapete de asfalto, as obras seguem em ritmo frenético. Uma nova rota terrestre que surge para a alegria dos turistas e tristeza para quem curte o diferenciado, o difícil e o inusitado de uma estrada sem as maravilhas do progresso.

Algo que chama a atenção em cidades bolivianas é que o principal meio de transporte da população é a motocicleta, que carrega famílias inteiras:

de bebês recém-nascidos a senhoras de idade, muitas vezes, todos na mesma moto.

O isolamento da região proporciona a conservação da floresta amazônica com suas gigantescas árvores quase em meio à estrada. Rios caudalosos surgem ao horizonte como o Orton, Madre de Dios e Beni, todos afluentes do rio Madeira que faz a divisa entre o Brasil e a Bolívia. Aos poucos, no departamento do Beni, percebe-se a transição dos

biomas, cruzando-se extensas e baixas planícies aluviais até chegarmos nos vales pré-andinos. Rurrenabaque é uma cidade do Beni, voltada ao ecoturismo boliviano e base de descanso nessa rota antes de encarar a Cordilheira dos Andes.

As vilas e pequenas cidades são muito pobres e muitas vezes com uma rede hoteleira que se resume a um minúsculo estabelecimento sob administração familiar. Esses são alguns dos obstáculos a se superar para conhecer um país belíssimo e único.

Diferente de outros países sul-americanos, os bolivianos são mais reservados, mas nem por isso menos brincalhões. Durante a viagem, uma pousada bem simples, familiar e no “meio do nada” cha-

mou a atenção pelo nome: Sheraton! (Duvida? Dê um Google Maps!).

Àquela altura do caminho, um Sheraton para abrigar os viajantes, seja de que porte for, é sempre muito bem-vindo, ainda mais se vier acompanhado de um silpancho. Esse prato leva arroz, batata, cebola e carne de boi empanada (ou um peixe frito empanado), além de ovos e também uma salada, que é comumente feita com pimenta boliviana, tomate, cebola e alguns condimentos. Delícia!

Ao servir a refeição, é costume ouvir a saudação: “Provecho!”, tão sagrado quanto um “te amo”.

Aliás, uma curiosidade do povo boliviano é a resistência aos restaurantes fast-food. Os mais

tradicionais são contrários ao conceito de comida rápida, gostam mesmo de apreciar o momento de refeição, saber quem a preparou e, se possível, enxergar o que compõe o seu prato. E a gastronomia boliviana tem pratos deliciosos como a salteña, sopa de maní, platô paceño e outros tantos que em sua composição levam sempre batatas, milho, frango, carne e quinoa. Nas principais cidades, a exemplo do que ocorreu décadas atrás no Peru, já se veem iniciativas em aprimorar a gastronomia com conceitos de originalidade e legitimidade dos pratos.

A expectativa dos expedicionários é “escalar” as gigantescas montanhas pela famosa e histórica Estrada da Morte, também conhecida como “Camino a los Yungas”. Até 2007, essa estreita estrada de terra era a única ligação de La Paz até a região mais

baixa de floresta de Yungas. Um sonho de aventura para quem adora uma adrenalina: de um lado há a parede da montanha e, do outro, um precipício de até 600m de altura. Mas é preciso dizer que essa aventura precisa de expertise e conhecimento.

Toda rota pela Estrada da Morte tem 64 km, sendo 25 km no cascalho e o restante pela “ruta” nacional 3, e atualmente é muito utilizada por ciclistas que a percorrem em descida: ela inicia no “cumbre” a 4.700 m de altitude e termina em pouco menos de 1.200 m em Yolosa, com 3.500 m de baixada! Os RedRiders, porém, fizeram no final da tarde o percurso inverso, quando o movimento das bicicletas no contra fluxo já havia se encerrado. A adrenalina é intensa e toma conta do corpo, exigindo total concentração na pilotagem, com um olho à frente e outro nos precipícios!

A Montanha Huayna Potosí, a 25 km de La Paz, é visita indispensável

Na chegada a La Paz, também conhecida como “Ciudad del Cielo” ou “Ciudad Maravilla”, avistamos a beleza dos picos andinos. A suntuosidade das imponentes montanhas nevadas da Cordilheira é de tirar o fôlego. Além disso, o povo é carismático e ao mesmo tempo distante do resto do mundo, uma mensagem clara de que é possível chegar longe e nas alturas.

Ainda na zona urbana da capital administrativa boliviana, formações em arenito esculpidas pelo vento surgem na parte mais baixa da cidade formando o curioso Vale de la Luna.

Destaque em La Paz são os teleféricos que podem transportar qualquer pessoa por todos os cantos da cidade, conectando com El Alto, onde vive a maior parte da população. É um sistema de transporte de dar inveja e deixar outros lugares boquiabertos com sua eficiência.

A proximidade da cidade com sítios fantásticos, como o lago Titicaca, Tiwanaku, Salar de Uyuni e as altas montanhas, fazem dela um centro logístico perfeito.

Partimos cedo para vermos de perto a montanha Huayna Potosi, com seus 6.088 metros de altitude.

O caminho de 25 km desde La Paz é por estrada de cascalho, passando por lagos de degelo, um curioso cemitério de trabalhadores de minas e acampamentos base para alpinistas. Com as motos, chegamos a 4.900 metros de altura, suficientes para nos emocionarmos com a beleza e grandiosidade do nevado.

Seguimos para Copacabana, que pode ser comparada ao bairro brasileiro do mesmo nome pelo charme e simpatia dos que ali vivem. Na verdade, a relação com o bairro carioca é que a virgem de Copacabana, que se manifestou na cidade boliviana, ficou muito famosa na América do Sul, até que uma réplica da imagem dela foi levada

para o Rio de Janeiro.

Pelo lado boliviano, a partir de El Alto, o percurso à cidade lacustre é por excelente estrada, em sua maior parte com pista duplicada e a travessia em pequenas balsas pelo estreito de Tiquina, uma passagem que liga as partes menor e maior do lago Titicaca.

O entardecer em Copacabana é um encantamento, com o contraste das dezenas de barquinhos ancorados após levarem os turistas às míticas ilhas do Sol e da Lua, onde existem ruínas datadas de mais de 3.000 anos a.C. Hora de degustar a cerveja Paceña e um tira gosto de truta frita!

Lado Peruano

De Copacabana a Puno, no Peru, são apenas 140 km passando pela fronteira de Kasani, na maior parte circulando em solo peruano, pela margem do maravilhoso lago Titicaca – o mais alto navegável do planeta. A navegação às ilhas de Uros não pode ficar de fora da programação, com sua milenar comunidade flutuante.

O lago Titicaca é o maior da América do Sul em volume de água e é também o mais alto do mundo: ele está a 3.812 metros acima do nível do mar, entre duas cadeias de montanhas. Mais que isso, há muitas histórias por ali. O lago é considerado o berço da civilização Inca.

Segundo a narrativa inca, tudo começou quando o primeiro imperador, Manco Capac, chegou à Isla del Sol, uma das muitas do Titicaca. E são exatamente as ilhas Uros e Taquile que ajudam a fazer do lago um dos lugares mais incríveis para se conhecer no país.

Uros é um conjunto de 68 ilhas artificiais e flutuantes no lago Titicaca e diz respeito ao povo que habita as ilhas. Eles são descendentes dos Aymarás e sua origem é mais antiga que a dos Incas.

O Peru tem sítios arqueológicos, montanhas e uma história que merece ser contemplada

O fascinante das ilhas de Uros é que elas são feitas com totora, uma planta aquática. A base das ilhas é um conjunto de camadas de totora sobrepostas que precisam ser trocadas a cada cinco anos. Para que as ilhas não fiquem à deriva no lago, sua base é ancorada com cordas.

“Depois de pilotar 380 km por paisagens deslumbrantes, surge a imponente Cusco, cidade que é considerada o umbigo do mundo. As motos Africa Twin se destacam e chamam a atenção na Plaza de Armas, o centro nevrálgico dessa cidade que já foi o coração do Império Inca”, conta Cassiano

Marques, que acompanhou essa viagem.

Cusco é cercada por bares e restaurantes localizados nos mezaninos dos prédios históricos. A gastronomia do Peru é um capítulo à parte. Do ceviche ao lomo saltado, do porquinho-da-índia, conhecido como cuy, filé de alpaca, ao pirarucu fresco com molho de maracujá servido no mezanino do restaurante Limo. “Tudo, mas tudo mesmo, sem exageros, é delicioso! O grupo não se fez de rogado e saboreou tudo”, conta o rider Cassiano.

O frio de Cusco pede um vinho ou uma cerveja, a famosa Cusqueña, ou para animar, o pisco sour,

Não há como não se emocionar ao cruzar a Cordilheira dos Andes

preparado com aguardente de uva. A cidade tem inúmeras opções para degustação. Mas se você não gosta de nada alcoólico, pode provar a Inka Kola, refrigerante mais popular do que a Coca-Cola no Peru, com coloração amarela, e o Chicha Morada, um refresco que leva um milho de cor de uva e especiarias. “Em Cusco, a dica é visitar o Vale Sagrado dos Incas e conhecer as ruínas de Saqsaywaman, Pukapukara, Qenqo, Pisac, nomes meio bizarros, mas que valem cada segundo da sua visita. E existe a opção ainda de ir ou não para Machu Picchu, que é um santuário único”, comenta ele.

Travessia da Cordilheira

Logo cedo, as motos Africa Twin estão a postos para seguir ao próximo desafio: cruzar a Cordilheira dos Andes, a mais de 4.700 m, e suas dimensões planetárias. Não há como não se emocionar!

A Cordilheira, com seus incríveis picos nevados, é venerada pelos aventureiros de todo o mundo. Não há quem não se emocione naquele lugar. No ponto mais alto está Abra Pirhuayani, parada obrigatória, local de encontro e de agradecimento. Um casal belga de ciclistas viajantes contava empolgado e deslumbrado o quanto estava agradecido por estar ali. São muitos os viajantes que se encontram pelo caminho, amizades construídas e laços que só quem participa de viagens em grupo entende.

O contraste do frio e calor é sentido em Puerto Maldonado, cidade de passagem na selva peruana. A intensidade do verde é revelada nas planas estradas até Rio Branco (AC), nosso destino final. E, ao chegar, depois de tantas vivências, todos já fazemos planos para a próxima Expedição. Viajar e pilotar é viciante.

Dicas quentes

DOCUMENTAÇÃO E VACINAS

Bolívia

Os brasileiros não precisam de visto para entrar no país. Podem viajar portando o RG ou passaporte. É exigido comprovante de vacinação completa contra Covid-19 ou Teste RT-PCR negativo para Covid-19 até 72 horas. Além disso, é exigido Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela.

Peru

Os brasileiros não precisam de visto para entrar no país. Podem viajar portando o RG ou passaporte válido. É exigido comprovante de vacinação completa contra Covid-19. E acima de 18 anos é obrigatório três doses completas no esquema vacinal. Além disso, é exigido Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela.

QUEM LEVA

O RedRider tem o objetivo de satisfazer a vontade de rodar, tanto dos clientes Honda como daqueles que ainda vão realizar o sonho de colocar uma Honda na garagem. Nas expedições utilizamos motos CRF 1100L Africa Twin, inclusas no pacote, que também contempla traslados de chegada e partida ao aeroporto, seguros, combustível, hospedagens, passeios, completa assistência, trâ-

PERU

BRASIL

OCEANO

PACÍFICO

Lima Arequipa

1. Rio Branco

Cobija

Rurrenabaque

Yolosa

BOLÍVIA

Santa Cruz de La Sierra

Huayna Potosí 11. Vale Sagrado

La Paz

Copacabana 12. Machu Picchu 9. Puno 8. Lago Titicaca 13. Puerto Maldonado 10. Cusco

mites burocráticos e condução por motociclista experiente como condutor do grupo.

Em grupos de até dez clientes, o programa disponibiliza ainda uma moto extra reserva, mecânico, caminhonete de apoio levando a bagagem e todo material para reparos e eventuais primeiros socorros com equipe treinada.

As hospedagens em apartamentos individuais ou compartilhados, conforme opção, também são garantidas em ótimos lugares, com seguro de assistência saúde e de vida, traslados para aeroportos, fotografias profissionais, algumas refeições e lanches, passeios, kit Honda e a completa assistência nas orientações, trâmites e condução.

Mais informações: Programa Honda RedRider: www.hondaredrider.com.br

As experiências acima são reali-

zadas pela EME Amazônia Turismo, empresa parceira e operadora para Amazônia e América AndinaWhatsapp: +55 (68) 98100-8000.

*Cassiano Marques é advogado, empresário, motociclista há mais de 35 anos, instrutor de pilotagem off-road e ex-piloto de rally, enduro e motocross. É pioneiro nas viagens de mototurismo pela América do Sul, a partir das fronteiras do Acre com Bolívia e Peru.

@cassianomarquesacre

O “deserto” brasileiro é logo ali

Descubra os encantos dos Lençóis Maranhenses, paraíso brasileiro formado por dunas de areias brancas e lagoas de águas cristalinas

O Brasil merece ser descoberto e tem encantos naturais que não podem ser encontrados em nenhum outro lugar do planeta. Exemplo disso é a região dos Lençóis Maranhenses, que tem a fórmula perfeita para atrair turistas do mundo todo: um “deserto” de areia fina e branca perfeitamente balanceado com águas cristalinas em tons de azul e verde. Sua paisagem única e fotogênica é formada por 90 mil hectares de dunas livres e lagoas interdunares de água doce e emociona até mesmo

o mais experiente viajante. O sentimento é unanimidade: os lençóis provocam encantamento e valem cada centavo.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está localizado no litoral oriental do Maranhão, a 257 quilômetros da capital São Luís, e cobre uma área de 155 mil hectares. Apesar de estar inserido no Cerrado, tem muita influência da Caatinga e da Amazônia, o que permite que a região tenha grande biodiversidade e apresente espécies dos

três biomas. O grande atrativo, claro, são as belíssimas lagoas naturais, mas a região é muito mais do que isso e tem se desenvolvido bastante nos últimos tempos.

Há dez anos, o local ainda era inóspito e encontrar acomodações confortáveis com chuveiro quente e ar condicionado era tarefa quase impossível. Hoje em dia, com a crescente demanda do turismo, em grande parte impulsionada pelo kitesurf, a infraestrutura melhorou muito e hotéis e

O Parque Nacional fica a 257 quilômetros de São Luís

1. A paisagem é formada por dunas livres e lagoas interdunares de água doce

pousadas com bom custo-benefício e gastronomia de alto nível estão disponíveis. Portanto, é o conjunto que faz com que o destino esteja na crista da onda: paisagem cinematográfica, uma pitada de aventura, culinária regional, pôr do sol de arrepiar e ventos auspiciosos para a prática de kitesurf, o esporte do momento.

O litoral do Maranhão conta apenas com duas estações ao longo do ano: a chuvosa, de fevereiro a maio, e a seca, de junho a janeiro. Para encon-

trar as lagoas cheias e poder desfrutar do melhor visual em dias ensolarados, a recomendação é que você vá após o período chuvoso, no início da época da seca, entre os meses de junho e setembro. Porém, de forma geral, os lençóis são lindos o ano todo, mesmo quando o nível de água está bem baixo. A única diferença, entretanto, é que o banho só será possível nas lagoas perenes que, mesmo no auge da seca, ainda têm boa profundidade, mas águas mais escuras e não tão bonitas.

Muita gente opta por conhecer o local através da Rota das Emoções, roteiro que inclui Jericoacoara, no Ceará, Delta da Parnaíba, no Piauí, e Lençóis Maranhenses. Porém, você não vai se arrepender se escolher focar a sua viagem apenas nos Lençóis.

Não há apenas uma porta de entrada para esse paraíso. Como a região é muito extensa e a paisagem é homogênea, os turistas costumam escolher apenas uma base para desbravar: Barreirinhas,

Santo Amaro ou Atins, todas localizadas no estado do Maranhão.

Barreirinhas, a cerca de 260 km de São Luís, é a cidade mais conhecida e de maior infraestrutura. O principal acesso é terrestre, por estradas asfaltadas. Você pode utilizar seu próprio carro, alugar um ou pegar o transfer direto no aeroporto. Tenha em mente que na área do Parque Nacional somente podem trafegar veículos 4x4 credenciados pelo ICMBio. O efetivo acesso ao Parque começa com a travessia do Rio Preguiças de balsa, apenas para estes veículos.

Distante 240 km de São Luís e a 100 km de Barreirinhas, Santo Amaro tem acesso mais difícil, pois a estrada não é completamente asfaltada e somente carros com tração 4x4 conseguem transpor alguns trechos de areia. Sugestão é contratar um transfer local direto no aeroporto para não passar perrengues.

Paraíso dos praticantes de kitesurf, o povoado de Atins, que está a uma hora de barco de Barreirinhas, vem se tornando mais conhecido, mas ainda tem infraestrutura menos desenvolvida. O acesso também é mais complicado, pois somente é possível por barco, pelo Rio Preguiças, a partir de Barreirinhas.

1. O Circuito Vassouras, Mandacaru e Caburé é especial

Visite a região entre os meses de junho e setembro

Lugar abençoado pela natureza, com paisagens estonteantes e únicas, os dias nos Lençóis são memoráveis. Há muito para ver e fazer. Que tal iniciar a visita conhecendo o local do alto? A partir do Aeroporto Municipal de Barreirinhas, é possível fazer um voo panorâmico em aeronaves de pequeno porte. A empresa AVA Sobrevoos oferece duas opções de roteiros, ambas com duração de 25 a 30 minutos. O primeiro sobrevoa o Rio Preguiças, Pequenos Lençóis, Farol de Mandacaru, Praia do Caburé, Foz do Rio Preguiças, Vila Atins em direção aos Grandes Lençóis e Lagoas Azul, Esmeralda e Preguiças. O segundo faz o Rio Preguiças, as Lagoas Azul, Esmeralda e Preguiças, e os Oásis Baixa Grande e Queimada dos Britos. Você pode escolher um voo regular, com até cinco passageiros e ao custo de R$ 580 por pessoa, ou um voo privativo, para uma ou duas pessoas e ao custo total de R$ 1.850. A partir daí, você certamente saberá o que não pode deixar de conhecer de perto e com que priorida -

de. Mas, atenção: confirme que as opções existentes estão homologadas, com pilotos capacitados e voos regularizados.

Entre os passeios imperdíveis em Barreirinhas estão os Circuitos com meio dia de duração. O Circuito da lagoa Azul tem visita à Lagoa da Preguiça, Lagoa da Esmeralda, Lagoa Azul e Lagoa do Peixe (a única perene). Já o Circuito da lagoa Bonita tem visita à Lagoa do Descanso, Lagoa do Maçarico e Lagoa do Clone, que leva esse nome em homenagem à novela O Clone, da Rede Globo, que teve algumas cenas gravadas lá. O Circuito Vassouras, Mandacaru e Caburé dura o dia todo e também é especial, pois é feito de lancha pelo pelo Rio Preguiças e faz paradas em Vassouras, no povoado de Madacaru e termina na Praia de Caburé.

Se não for se hospedar em Atins, mas quiser conhecer, uma boa opção é fazer um passeio saindo de Barreirinhas. No povoado de estrutura simples, você pode ter um contato mais próximo com a natureza e apreciar o lindo visual enrique -

cido pelas velas de kitesurf, que dão charme e colorido para o local. Além desta prática, também é possível fazer windsurf, caiaque, stand-up paddle, surfe e passeios de bicicleta. Não deixe de experimentar o famoso camarão da Luzia, que já se tornou patrimônio da região. Ele é grelhado na churrasqueira e acompanha um molho secreto especial.

Em Santo Amaro - que por estar mais próxima ao Parque, conta com o acesso mais rápido às atrações -, estão as mais belas lagoas em Lençóis, como Lagoa das Emendadas, Lagoa da Andorinha, Lagoa da Gaivota e o Circuito Lagoa da Betânia e Lagoa do Espigão. Há grande chance de encontrar lagoas mais vazias, já que Santo Amaro não recebe tantos turistas quanto Barreirinhas.

Os mais aventureiros, que gostariam de conhecer os Lençóis de ponta a ponta e viver ao máximo a experiência, terão de fazer o percurso a pé por dentro do Parque, cuja travessia leva de três a cinco dias.

Dicas quentes

QUANDO IR

A melhor época para visitar os Lençóis Maranhenses é entre os meses de junho e setembro, quando as lagoas estão cheias após o período chuvoso.

ONDE FICAR

Barreirinhas

Porto Preguiças Resort. Única hospedagem da região no estilo resort. Fica às margens do Rio Preguiças, a apenas dois quilômetros do centro de Barreirinhas, e tem cuidado ambiental. portopreguicas.com.br

do Programa de Sustentabilidade para os Meios de Hospedagem da Rota das Emoções. ranchodasdunas.com.br

e restaurante dedicado à culinária brasileira, com alimentos colhidos na própria fazenda. georges.life

Encantes do Nordeste. Dispõe de chalés em estilo rústico, piscina ao ar livre e está a dez minutos do centrinho. encantesdonordeste.com.br

Ciamat Camp. Fundada por um casal de italianos que morou na África, a pousada segue o estilo lodge na selva. Localizada na beira do Rio Alegre, é ecológica, em harmonia com a natureza e os chalés são em madeira e palha com ventilação natural. O restaurante serve gastronomia italiana. ciamatcamp.com

Atins Charme Chalé. Construída com materiais sustentáveis e por nativos da região, a decoração é feita com artesanatos locais e os chalés são em madeira, com telhado de buriti (contam com ar condicionado, o que é raro no povoado). Dispõe de piscina ao ar livre, jardim e varanda. atinscharmechales.com

Santo Amaro

Rancho das Dunas. Cercada por natureza exuberante e pelas águas do Rio Alegre. Tem o selo SEBRAE

Atins

La Ferme de Georges. É a pousada mais exclusiva de Atins. Os chalés foram criados a partir de madeira local, tijolo e palha, para favorecer a ventilação natural (sem ar condicionado). Tem piscina ao ar livre

Vila Vento. Localizada à beira-mar, foi construída especialmente para os fãs de kitesurf. Tem bangalôs de praia confortáveis, bom café da manhã e serviço de qualidade. vilavento.com

*Chico Rasta é fotógrafo profissional membro da Associação dos Fotógrafos de Natureza, jornalista e diretor de vídeos publicitários e documentais, com base em Parnaíba, Piauí. @chicorasta

Madri respira arte

A capital espanhola respira arte há muitos anos, mas se reinventou e traz ainda mais possibilidades em suas novas galerias e espaços modernos. Sem contar sua oferta hoteleira, que é outra obra de arte aos olhos e aos sentidos

Por SHOICHI IWASHITA

Se existe uma cidade do mundo que renasceu durante esses dois difíceis últimos anos, essa cidade é Madri. Se a aristocrática capital espanhola parecia estática, com uma hotelaria datada e três de seus grandes museus de arte estagnados, tudo mudou com a abertura de três belos hotéis de luxo em 2021 – o Mandarin Oriental Ritz, Madrid, o Rosewood Villa Magna e o Four Seasons, com incríveis experiências gastronômicas –, a inauguração da maior galeria de arte contemporânea da cidade e novos projetos curatoriais no Reina Sofía e no Thyssen-Bornemisza (o Prado segue igual, mas sua coleção é tão superlativa que nunca é demais voltar para ver as mesmas obras-primas com um olhar diferente).

E essa Madri “atualizada” vai muito além da ARCOmadrid, uma das mais importantes feiras de arte contemporânea do mundo, que acontece todo mês de fevereiro e movimenta a cidade com

diversos eventos paralelos (JustMad, Urvanity Art, Drawing Room, e Flecha); e o festival de arte digital MMMAD, que acontece durante todo o mês de maio, em diversas locações da cidade, com arte multimídia, NFTs (non-fungible tokens) e experiências imersivas. Nos dois museus que, junto com o Prado, formam o panteão dos museus não só da Espanha como da Europa – e o Triângulo de Ouro da Arte em Madri –, a novidade são os projetos que propõem um diálogo entre as coleções centenárias e os temas da atualidade.

Em 2021, Madri ganhou novos hotéis de luxo das redes Mandarin Oriental, Rosewood e Four Seasons

As mais de 1.600 pinturas que abrangem mais de 800 anos da história da arte europeia (até os anos 1980) do Thyssen-Bornemisza, museu fundado a partir da coleção particular do barão Thyssen e comprado pelo governo espanhol em 1993. E exposições de arte contemporânea estão sendo organizadas desde 2021 pela Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, a TBA21. Criada em 2002 por Francesca, filha do barão e quarta geração da família, a fundação TBA21 tem uma coleção formada por mais de 700 obras multimídia de alguns dos artistas contemporâneos mais importantes do mundo; muitas delas resultado da colaboração pessoal e de longa data entre Francesca e os artistas, respeitando algumas premissas como o compromisso com as “novas geografias”, ou seja, indo muito além da arte europeia e com questões sociopolíticas, ambientais e políticas identitárias.

Já o Reina Sofía — museu de arte moderna que abriga algumas das mais emblemáticas obras do século 20, Guernica, de Picasso, que ganhou em 2021 novo projeto luminotécnico — acaba de

O Reina Sofía e o ThyssenBornemisza ganharam novos projetos curatoriais

reorganizar sua coleção com a chegada de centenas de novas obras que convidam os amantes das artes a repensar toda a célebre coleção permanente do museu. Assim como o Thyssen, o objetivo é trazer novas narrativas e estimular a reflexão crítica sobre o passado recente e os desafios do presente momento do mundo.

Sempre é bom lembrar que, além dos dois edifícios ao lado da estação de trem Atocha, o Sabatini (histórico) e o projetado pelo célebre arquiteto

francês Jean Nouvel em 2005, o museu que leva o nome da ex-rainha da Espanha possui dois palácios para exposições de arte contemporânea dentro do Parque del Retiro — o maior e mais belo parque de Madri —, sempre com exposições lindas e gratuitas: os imperdíveis Palacio de Cristal e o Palacio de Velazquez. E que, em volta do museu matriz, estão algumas das mais importantes galerias de arte contemporânea da cidade.

Na pequenina calle del Doctor Fourquet, no

Barrio de las Letras, bem atrás do Reina Sofía, importantes galerias de arte com suas paredes brancas e antissépticas, apesar de comerciais, dão uma boa amostra da produção contemporânea de artistas espanhóis e latino-americanos. São vizinhas as galerias Helga de Alvear, a Nogueras Blanchard, a Maisterravalbuena e a Nueva. Já entre os 700 metros que separam o Reina do Prado, está outra galeria madrileña mítica, a Ponce+Robles, que, há trinta anos, assume o papel de levar a arte produzida no país para o mundo.

Outra novidade é a maior galeria de arte contemporânea de Madri, a Veta, afastada do Triângulo de Ouro da Arte. Inaugurada em 2021 pelo jovem e bem relacionado galerista Fer Francés no bairro operário de Carabanchel (um dos bairros mais pobres de Madri), é impossível imaginar os

Outra novidade é a Veta, maior galeria de arte contemporânea de Madri, afastada do Triângulo de Ouro da Arte

1.200 metros quadrados que estão por trás do portão discreto de uma antiga gráfica. Mas se muitas das fundações, coleções e galerias citadas nesta matéria apostam em trabalhos multimídia, sons digitais, NFTs e instalações e esculturas em grande escala, Francés é defensor da pintura como meio de expressão para a arte contemporânea. E vale observar na Veta os trabalhos de artistas espanhóis consagrados como Abraham Lacalle, Matías Sánchez e Santiago Ydáñez.

Para além das obras

Dos três hotéis Ritz da Europa – o de Paris, o de Londres e o de Madri, todos fundados pelo hôtelier suíço César Ritz na virada do século 19 para o século 20 –, a propriedade que fica no elegante e arborizado Paseo del Prado, avenida tombada como patrimônio UNESCO, era o único que tinha perdido seu brilho. Mas depois de quatro anos fechado para uma reforma multimilionária capitaneada pela rede de hotéis de luxo Mandarin Oriental, se tornou icônico novamente. Com 153 quartos e suítes espalhados por seis andares e com vista para o museu Prado e a fonte de Netuno, um dos destaques do novo Mandarin Oriental Ritz, Madrid, foi o respeito pela história da propriedade, já que as manteigas e as taças ainda levam o brasão deste hotel que foi inaugurado em 1910 pelo rei Alfonso XIII, o último rei da Espanha antes da Guerra Civil Espanhola. Não só. O teto de cristal do Palm Court que havia sido perdido foi restaurado de acordo com o desenho original de

César Ritz e ganhou um spa completo com academia, piscina e salas de massagem no subsolo. Outro destaque é a oferta gastronômica: seja no Champán Bar, com capacidade para apenas oito pessoas e guardanapos bordados a ouro; no belíssimo restaurante assinado pelo celebrity-chef Quique Dacosta, que acabou de ganhar sua primeira estrela Michelin; ou ainda o El Jardín del Ritz, a terraza al fresco mais elegante perfeita para as tardes ensolaradas de Madri, que são muitas. Madri mostra que é mesmo para voltar, sempre!

Dicas quentes

Mais informações: spain.info

COMO CHEGAR

A melhor opção é voar com a Iberia, sem escalas, de São Paulo a Madri. Iberia.com

QUANDO IR

A melhor época para visitar Madri é durante a primavera e o outono europeus, quando as temperaturas são mais agradáveis e a cidade não está tão cheia.

ONDE FICAR

Mandarin Oriental Ritz mandarinoriental.com/en/madrid/ hotel-ritz

ONDE IR

Reina Sofía museoreinasofia.es Thyssen-Bornemisza museothyssen.org Helga de Alvear museohelgadealvear.com Nogueras Blanchard noguerasblanchard.com Maisterravalbuena maisterravalbuena.com Nueva galerianueva.com Ponce+Robles poncerobles.com Veta vetagaleria.com

MAR DE ALBORÃO

* Shoichi Iwashita é viajante e escreve sobre as experiências mais sofisticadas, sempre dando ênfase às maravilhas criadas pelo homem; a arquitetura, a gastronomia, as artes, a história. Criador do site de viagens de luxo simonde.com.br. @iwashitashoichi

Montanhas potentes

Os clássicos continuam por ali, como a neve powder que atrai os esquiadores, o hotel Limelight, as batatas trufadas do Ajax Tavern e o vilarejo repleto de marcas desejadas. Mas outras novidades prometem contribuir para o cenário de Aspen e Snowmass ficar ainda mais atrativo para curtir a temporada de inverno

Por FLÁVIA VITORINO

O pequeno vilarejo de Snowmass tem aquela arquitetura típica dos cenários de montanha: madeira, pedra e aquele cheirinho de lareira espalhado pela cidade, que fica a 13 km de Aspen e 360 km de Denver, a capital do estado do Colorado. De qualquer lugar e a qualquer hora o visual é aconchegante e charmoso. Ao pé das Montanhas Rochosas, é tudo no meio do nada. Frio e neve, no inverno os termômetros marcam até 20 graus negativos, e é uma mistura de civilização e natureza, agito e calmaria. São vários os motivos que fazem de Snowmass a montanha mais falada do Colorado – a maior das quatro montanhas que compõem a região de Aspen – e que possui mais de 1.300 metros de altitude, mais de mil hectares de um diversificado terreno, 91 pistas e 24 lifts, sendo qualificada como uma das mais completas dos EUA. Você poderia passar a viagem toda ex-

plorando Snowmass e nunca esquiar na mesma pista pela segunda vez. Além do mais, as gôndolas e teleféricos são modernos e rápidos, com equipamentos de última geração que dificilmente formam as famosas filas para subir a montanha. E chega a ser inacreditável que, mesmo em alta temporada, as pistas permaneçam espaçosas e silenciosas, algumas dando até a sensação de estar esquiando nas chamadas “fora de pista”. São mui-

Snowmass é a maior das quatro montanhas que compõem a região de Aspen

tas opções. Mas o mais forte motivo de todos cai do céu: é o tipo de neve local, chamada powder. Ela chega em flocos tão finos que as pistas se tornam um carpete macio e brilhante como diamante. E já aviso de antemão: ela vicia.

Opção é o que não falta. Para os mais aventureiros, por exemplo, a estação possui dois half pipes e snow parks, para saltos e manobras radicais. É ali também que fica uma das maiores pistas dos EUA, chamada “Long Shot”, com 8,5 km de extensão. Para chegar até lá, um percurso composto por dois lifts (teleféricos) e mais uma caminhada de cerca de 15 minutos montanha acima. A vista do conjunto de montanhas cobertas de neve em contraste com o céu azul é uma das paisagens mais impressionantes de se admirar por lá, afinal é a mais alta do complexo.

Para 2023, uma nova área de ski no complexo será inaugurada. Batizada de Pandora, ela

será acessível por um teleférico quádruplo de alta velocidade e terá pistas tratadas de 370 metros de declive vertical em terrenos de nível médio e avançado de dificuldade. Não só dará maior diversidade à área de esqui da montanha de Aspen como atuará de barreira às mudanças climáticas futuras: voltada para o norte, Pandora tem a posição ideal para reter a neve nas temporadas quando as nevascas forem menos abundantes.

A neve local chamada powder transforma as pistas em um carpete macio e brilhante

Seja no snowboard, ski, trekking na neve ou até de snowmobile, a aventura parece incansável e o tempo passa voando. Talvez porque no inverno o sol se põe cedo – logo às 18 horas. E o barato é mesmo aproveitar até o último instante.

Ainda no complexo montanhoso de Aspen, a montanha de Buttermilk é o playground perfeito para crianças e ideal para iniciantes e famílias. Com inauguração prevista para a próxima temporada, a montanha abre com uma nova estrutura, projetada para oferecer novos serviços, restaurantes e bares, e um acesso mais rápido para as pistas. A temporada 2022/23 tem abertura oficial em novembro. Buttermilk, por exemplo, oferece jantares no topo da montanha em noites de Lua Cheia, com a possibilidade de subir a pé ou de teleférico e apreciar o pôr do sol com drinks à beira da lareira e descer esquiando após o jantar sob luz do luar. Perfeito para famílias, mas também palco para quase 100 dos melhores atletas de inverno do mundo que ocuparão a montanha de Buttermilk e as pistas especiais para o maior evento de esportes de neve do ano: o famoso X-Games pelo 22° ano consecutivo. O evento será no final de janeiro.

E ali o marasmo noturno está longe do que se vê nas pequenas cidades americanas. Os pubs e bares, principalmente em Aspen, ficam abertos até às 2h e a cidade é bem liberal, ao estilo californiano, com smoke-shops espalhados por todo o vilarejo. Além de inúmeros restaurantes premiados

O famoso X-Games acontece no final de janeiro de 2023

e wine rooms. No subsolo de uma pequena casa no centro de Aspen, está o Creperie du Village, uma taverna aconchegante e com várias delícias da culinária francesa e fondues com queijos suíços. Ainda na culinária francesa, o Cache Cache é um bistrô francês com ambiente sofisticado e um menu muito bem elaborado. Já o Ajax Tavern, ao pé da Aspen Mountain, é um dos clássicos, tem as batatas fritas trufadas e a sopa de tomates que

fazem sucesso e são as opções mais procuradas do après-ski. Como a casa sempre está cheia na temporada, aproveite para observar a chegada dos esquiadores, que ficam na varanda do restaurante.

No topo da montanha Big Burn, no vilarejo de Snowmass, a 20 minutos de Aspen, está o melhor cookie da montanha no Up-4-Pizza, com chocolate de todos os tipos sempre derretendo. Porém, para chegar até lá, só esquiando. Situado a 10.486

pés no topo do elevador Alpine Springs em Snowmass, o restaurante High Alpine inaugurou na última temporada o Alpine Room com opções e pratos mais elaborados e saudáveis para almoço e café da manhã, e ano que vem continua com suas janelas gigantes em meio à paisagem montanhosa repleta de luz natural e ambiente.

Aspen tem um comércio repleto de grifes e opções charmosas, com várias lojas multimarcas de

Não faltam hotéis estilosos ski-in/ski-out e novidades gastronômicas

equipamentos de esqui até marcas como Gucci, Louis Vuitton e Moncler. E mistura uma fachada meio vilinha alpina com um meio-oeste contemporâneo, tudo para ser percorrido a pé. Do comércio à arte, o Aspen Museum oferece seleções de exibições seletas e notáveis, com art week e um espaço para café e eventos no rooftop.

E para completar a agenda da temporada, no final de janeiro, tanto em Aspen como em Snowmass, o hotel Limelight está reformado e oferece facilidades na montanha, como o First-Track onde os hóspedes podem ser os primeiros do dia a abrirem as pistas da estação, além de ski in-out e pool spas. Nos corredores e nos quartos, o hotel se transforma em uma galeria de arte que valoriza artistas mulheres, tradições locais e a beleza da região do Colorado. A brasileira Beatriz Milhazes foi selecionada entre os artistas, e revela a combi-

nação das tradições brasileiras e a inspiração nos clássicos franceses.

Mas a estratégia que mais chama atenção no conjunto das quatro montanhas locais são as ações de sustentabilidade, no trabalho de tornar todos os transportes e edifícios adaptados com energias renováveis, além da participação bastante ativa na luta por políticas ambientais que tragam mudanças amplas significativas. Compre sua passagem para curtir essa temporada que promete como sempre boas novas!

A cidade é bem liberal com mais de seis smoke-shops espalhados pelo vilarejo

Dicas quentes

Para mais informações: aspensnowmass.com

DOCUMENTAÇÃO E VACINAS

Os brasileiros precisam ter passaporte e visto americano para embarcarem para o destino. Visto americano: para tirar o seu visto, você precisa preencher o formulário disponível no site da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil br.usembassy.gov/pt/visas-pt/ Além disso, é exigido comprovante de vacinação de Covid-19 com esquema de vacinação completo.

TEMPORADA 2022/2023

Montanha Aspen

Abertura: 24 de novembro de 2022

Fechamento: 16 de abril de 2023

Aspen Highlands

Abertura: 10 de dezembro de 2022

Fechamento: 9 de abril de 2023

Buttermik

Abertura: 17 de dezembro de 2022

Fechamento: 02 de abril de 2023

Snowmass

Abertura: 24 de novembro de 2022

Fechamento: 16 de abril de 2023

EVENTOS

O X-Games acontece no final de janeiro.

O Cliffhouse, em Buttermilk, para curtir as noites de lua cheia acontece nos dias 06 de janeiro, 05 de fevereiro e 07 de março de 2023.

PARA CURTIR OS SMOKE-SHOPS

O consumo recreativo da maconha é legalizado no estado do Colorado. Em Aspen, você encontra várias lojas especializadas em cannabis, incluindo algumas butiques de luxo. Best Day Ever - 520 E. Cooper Ave.

Euflora - 710 E. Durant Ave.

Group Rossignol USA, Inc. - 534 E. Cooper Ave.

Roots Rx Aspen - 400 E. Hyman Ave.

Silverpeak Corp - 520 E. Cooper Ave.

Stash LLC - 102 N. River Rd.

ONDE FICAR

Limelight Hotel: limelighthotels.com

*Flávia Vitorino é turismóloga e mãe de duas meninas. Escreve sobre viagens de natureza desde 2011 para mostrar que aventura está ao alcance de todos. @fllavitt

Fort Collins Colorado Springs

Pueblo

Grand Junction

Aspen

Denver COLORADO

ESTADOS UNIDOS

Geladas e alemãs

Em terras brasileiras, a boa e velha cerveja gelada ocupa o topo da lista de preferência nacional. E faz todo o sentido, já que combina perfeitamente com o clima tropical. Mas, acredite, compartilhamos essa paixão com um outro país bem diferente, distante 9.426 km de nós. Além de longe, se caracteriza por clima temperado. Estamos falando da Alemanha, que pode ser considerada a terra da cerveja. Ou melhor, o maior produtor de cerveja do mundo. Não à toa, é lá que acontece a Oktoberfest, o maior festival da bebida do mundo.

Na nação alemã, a cerveja é levada a sério, é uma verdadeira tradição. Assim, todas devem obedecer à Lei da Pureza Alemã, que foi decretada em 1516 e determina que a cerveja seja fabricada apenas com água, malte de cevada e lúpulo. Na época a levedura ainda não era conhecida, sendo incorporada tempos depois. As cervejarias de lá estão proibidas de utilizar qualquer outro ingrediente na composição de suas bebidas, assim como conservantes e sabores artificiais.

Existem inúmeros estilos e subestilos de cerveja, mas tipos existem apenas dois: Ale e Lager, sendo que este último surgiu na Alemanha e é o mais consumido no mundo. Ao viajar para o país, prepare-se para encontrar uma variedade extensa. Para facilitar sua aventura pelo mundo cervejeiro alemão, confira alguns dos principais produtores que merecem ser incluídos no check list para não esquecer de experimentar.

Berlin

Hamburgo Bad Köstritz

Bitburg Oettingen Munique

ALEMANHA

Se você acha que o Brasil é a terra da cerveja, espere até conhecer a Alemanha

Paulaner

Com sede em Munique, a cervejaria Paulaner produz cervejas desde 1780 e é a patrocinadora oficial do Oktoberfest. São fabricadas seis versões diferentes: Weissbier, Weissbier 0,0%, Weissbier Dunkel, Münchner Hell, Oktoberfest Bier e Salvator. A primeira é a Weissbier nº 1 na Alemanha e uma das favoritas do mundo. Naturalmente turva e brilhante sedosadourada no vidro sob uma espuma muito forte. No primeiro gole, este clássico tem um aroma suave de banana. Paladares mais finos detectam um traço de manga e abacaxi e o equilíbrio entre doce e amargo. Os apreciadores gostam da nota fina de levedura e da mistura de aromas suave.

+infos: paulaner.com

Oettinger

Essa é a marca de cerveja alemã mais vendida no país. A cervejaria Oettinger fabrica mais de 25 tipos da bebida e possui sede na cidade de Oettingen, na Baviera. Aliás, na Alemanha, o tipo mais consumido é a Oettinger Pils, a pilsen alemã. Ela é considerada uma cerveja barata. Esta é uma bebida poderosamente lupulada, mas elegante e com sabor ligeiramente acentuado. Sua coroa de espuma chama atenção.

+infos: oettinger-bier.de

Bitburger

A cervejaria Bitburger é uma das maiores da Alemanha e patrocinadora da seleção alemã de futebol. Localizada na cidade de Bitburg, a cervejaria produz –entre outros tipos – a Bitburger Premium Pils, bebida do tipo pilsen e carro-chefe da marca. A bebida combina leveza e elegância, além de uma cor amarelo palha ensolarada e cristalina e uma espuma persistente e de poros finos. Seu sabor fresco é o que a torna tão popular.

+infos: bitburger.de

Köstritzer

Produzida pela cervejaria Köstritzer, sediada em Bad Köstritz desde 1543, a Köstritzer Schwarzbier é considerada a cerveja preta mais famosa da Alemanha. O malte é o ingrediente-chave dela. A torrefação particularmente intensa da cevada em malte torrado fino garante o sabor de malte fino e a característica cor escura forte. O resultado é uma cerveja preta de baixa fermentação que impressiona com seu aroma de malte único e sabor particularmente refrescante.

+infos: koestritzer.de

Frotas

SAAB 34oB/Plus

Embraer ERJ-145LR

Boeing 747 - 451

Bombardier CRJ - 200ER

Bombardier CRJ - 700

Boeing 747 - 251B

Bombardier CRJ - 900ER

McDonnell Douglas DC- 9 - 32

Boeing 777 - 232

McDonnell Douglas DC- 9 - 41

Boeing 767 - 432

Boeing 767 - 332

McDonnell Douglas DC- 9 - 51

McDonnell Douglas MD - 88

McDonnell Douglas MD - 90

Boeing 767 - 332

Embraer ERJ - 170SU

Boeing 757 - 351

Embraer ERJ - 175

Airbus A319

Boeing 757 - 2Q8

Boeing 757 - 232

Boeing 737 - 832

Boeing 737 - 732

Airbus A320 Airbus A330 - 200

Airbus A330 - 300

Glossário

Um guia essencial para planejar a viagem

emergência. Leve com você – não despache! Deixe uma cópia no Brasil com algum familiar.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Para viagens nacionais, é preciso portar documento original com foto, dentro do prazo de validade. Pode ser carteira de identidade, passaporte, carteira de trabalho, carteira de habilitação, identidade trabalhista. Para os países do Mercosul, é possível embarcar portando apenas o RG original. Já para o exterior são necessários: o passaporte com validade mínima de 6 (seis) meses; visto (quando exigido pelo país de destino); e, se solicitada, a carteira internacional de vacinação, validada pela Anvisa.

PASSAPORTE BRASILEIRO

Para fazer ou renovar seu passaporte, preencha o formulário no site da Polícia Federal (www. pf.gov.br/servicos-pf/passaporte). No dia do atendimento, leve: RG, certidão de casamento atualizada (em caso de alteração do nome), título ou certificado de quitação eleitoral, certificado de serviço militar obrigatório (homens) e o comprovante de pagamento da Guia de Recolhimento da União –GRU para a emissão do passaporte. Atenção: como não há renovação, você precisa fazer o processo do zero. Desde 2015, o passaporte brasileiro é válido por 10 anos.

(modelos no site da PF); certidão de nascimento do menor; documento de identidade dos pais; e a presença do menor no requerimento e na retirada do passaporte. Há três modelos de passaporte: com a autorização prévia para viagem com um dos pais; com a autorização prévia para viagem com um dos pais ou desacompanhado; sem autorização prévia, necessitando de autorização a cada viagem.

CÓPIA DE SEGURANÇA

Fotografe seus documentos de viagem e mande por WhatsApp ou por e-mail para você mesmo. Imprima uma cópia de segurança do passaporte, seguro viagem e cartão com telefones de

PASSAPORTE DE MENORES

Para solicitar o documento é preciso: autorização de ambos os pais ou do responsável legal

AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM

Crianças (até 12 anos) precisam de autorização dos pais para viajar com outras pessoas (exceto tios e avós). Maiores de 12 anos dispensam autorização para viajar dentro do território nacional, bastando portar documento de identidade ou certidão de nascimento autenticada. Mas atenção: é preciso autorização para hospedagem em hotéis

No caso de viagens internacionais, quando o passaporte não tiver autorização, é preciso levar autorização de ambos os pais, com

reconhecimento de firma (duas cópias), além do destino e data da viagem especificados. O documento pode estipular o responsável ou autorizar a viagem sem guardião. Há modelos em cartórios.

Venezuela. Mas é importante contratar um seguro para o número de dias da viagem.

Principais empresas de seguro: Allianz (0800-771-0555, allianz. com.br), Assistcard (0800-7701664, assistcard.com/br), TravelAce (0800-333-3000, travelace. com.br). Omint (0800 726 4116) omintseguroviagem.com.br

VISTOS

Verifique se o país a ser visitado solicita visto de entrada e os critérios para a obtenção. Não use visto de trabalho para lazer e viceversa, a multa pode ser grande e você corre o risco de ser mandado de volta para o Brasil. Países que dispensam visto: todos do Mercosul, União Europeia, Reino Unido, México e Israel.

Principais países com visto: Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Nepal, Tanzânia.

Para lista completa, acesse: www.brasil.gov.br/turismo/2015/01/ conheca-quais-paises-exigemvisto-para-brasileiros

DINHEIRO

Avise seu gerente que vai para o exterior pois muitos bancos “travam” as compras internacionais por precaução. Leve dinheiro na moeda local (1,1% de IOF), cartão de débito e de crédito internacional e/ou um cartão pré-pago (6,38% de IOF) além do telefone do gerente para uma transferência de emergência.

VACINAS

SEGURO DE VIAGEM

É obrigatório nos países europeus que fazem parte do Tratado de Schengen (cobertura mínima de 30 mil euros), em Cuba e na

CÂMBIO

Até o fechamento da edição, essas eram as cotações das principais moedas:

USD (dólar americano): R$ 5,38

€ (euro): R$ 5,58

£ (libra): R$ 6,41

A vacina mais comum exigida é a de febre amarela. Basta tomar uma vez na vida, pelo menos 10 dias antes da viagem. Mas é preciso portar uma carteira internacional de vacinação na Anvisa. Você pode se vacinar no SUS ou em clínicas e procurar postos da Anvisa nos aeroportos ou no Hospital Emílio Ribas para fazer a carteira permanente. Com a pandemia de Covid-19, muitos países exigem o passaporte da vacina e restringem a entrada de não vacinados. Além disso, alguns destinos pedem, ainda, um teste PCR, feito 72 horas antes do embarque, ou antígeno, realizado até 48 horas antes. Para tirar o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, você precisa solicitar emissão ao Ministério da Saúde, usando o ConecteSUS Cidadão. O certificado digital do ConectSUS pode ser emitido em inglês e espanhol e é aceito para entrar nos países que estão recebendo brasileiros vacinados. Antes de viajar, é importante verificar se o país de destino aceita as vacinas aplicadas no Brasil. Confirme as informações diretamente com os consulados e embaixadas dos países estrangeiros.

BAGAGEM

Os pesos e as medidas variam conforme a companhia, o destino e a classe da passagem. Com as novas regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), as companhias poderão cobrar pelo despacho da bagagem, e os critérios e valores serão definidos por cada empresa. Confira as regras no site da companhia aérea pela qual vai viajar. Se tiver mais dúvidas sobre sua bagagem, entre em contato com a Anac: www. anac.gov.br ou 0800 725 4445 (24 horas por dia).

MALA DE MÃO

Em voos nacionais e internacionais, a soma das medidas não pode ultrapassar 115 centímetros e o peso máximo é de 10kg + volume de mão (bolsa, mochila ou sacola). Cada companhia aérea tem suas regras, cheque antes de embarcar.

Para levar líquidos na mala de mão em viagens internacionais é preciso que cada pote tenha até 100 ml e que estejam acomodados em embalagens transparentes tipo ziplock. Aeroportos como o de Heathrow, na Inglaterra, limitam a um saco transparente.

30 por quilo. Nas rotas domésticas, o Código Brasileiro de Aviação determina que cada quilo vale cerca de três OTNs (R$ 50), até o limite de 150 OTNs.

SEGURO DE BAGAGEM

Não despache nada de valor sentimental. E bom contratar seguro de bagagem junto com o de saúde. É possível, ainda, declarar no checkin os valores de objetos contidos na bagagem a ser despachada (declaração especial de valor de bagagem). A empresa irá verificar o conteúdo e cobrar um seguro adicional sobre o valor declarado.

MALA EXTRAVIADA

Caso a bagagem tenha sido extraviada, apresente o comprovante do despacho e registre a ocorrência no balcão da companhia aérea e em seções da Anac no aeroporto (prazo máximo de até 15 dias após a data do desembarque). A empresa aérea deverá indenizar o passageiro em até 7 dias após a reclamação. A indenização para voos internacionais é feita pelo Direito Especial de Saque (DES) e equivale a US$

FARMÁCIA

Antes de viajar, procure seu médico e peça uma lista básica de medicamentos para levar na viagem. Mantenha-os nas embalagens originais e guarde sempre a receita para os antibióticos e para outros remédios controlados.

LIMITE DE COMPRAS

Para não pagar impostos, o limite de mercadorias que se pode trazer do exterior é o equivalente a US$ 1.000, quando se chega por ar ou por mar; e US$ 500, por terra ou por rio. Artigos para uso pessoal não entram nessa conta. Observe a relação do número de dias da viagem e o número de objetos trazidos, pois o critério da Receita Federal é subjetivo. Por exemplo: não volte com 20 calças na mala se a viagem durou 7 dias.

AEROPORTOS DO MUNDO

Um bom aplicativo sobre aeroportos: Flio, detalha tudo o que há nos aeroportos – restaurantes, salas vips, tráfego, filas, entretenimento, tomadas e wi-fi...

CONSULADOS DO BRASIL

FOTO

ROUPAS E SAPATOS

Como não há padronização entre as marcas nacionais e internacionais, o melhor sempre é provar as roupas do que confiar em tabelas de conversão de numeração. Conte com alguns aplicativos para celular como o Right Size e o Size It. E as tabelas abaixo para referência. Dica: nas melhores lojas, os vendedores ajudarão a tirar suas medidas. O que será útil, depois, ao usar as lojas virtuais já que algumas lojas detalham a numeração com medidas como a da cintura, do quadril, da virilha ao pé, do peitoral, dos ombros, etc...

Ao contrário do que se imagina, o viajante deve recorrer ao consulado e não à Embaixada do Brasil no caso de perda de documentos –mas antes deve se dirigir à Polícia local e solicitar a expedição de um Boletim de Ocorrência. De posse do BO, poderá solicitar o novo passaporte em horário comercial.

Os endereços dos consulados estão no site do Itamaraty (portalconsular. itamaraty.gov.br/rede-consular). Em caso de emergências – catástrofes, atentados, morte – acesse: portalconsular.itamaraty.gov.br/ emergencias

Ao levar equipamentos fotográficos como câmeras profissionais e tripés, é importante pensar em um seguro para os equipamentos e tomar cuidado com possíveis furtos. Diversas empresas oferecem planos para assegurar seu equipamento durante as viagens.

ADAPTADOR DE TOMADAS

Telefones, ipads, câmeras... para recarregá-los não esqueça de levar um adaptador universal de tomadas.

MEDIDAS ÚTEIS

Milhas para quilômetros: multiplique as milhas por 1,6. Quilômetros para milhas:multiplique o quilômetro por 0,62). De Fahrenheit para Celsius: subtraia 32 e divida por 1,8. Libras para quilos: multiplique as libras por 0,37. Quilos para libras: multiplique os quilos por 2,67.

COMPANHIAS AÉREAS

Veja se sua companhia aérea tem um aplicativo próprio para realizar o check-in, reservar assentos e consultar o número de milhas acumuladas. Para acompanhar um voo, baixe os aplicativos Flightradar24 e FlightAware.

GASTRONOMIA

Para comer bem é preciso de muito mais do que um bom restaurante. Pesquise, peça dicas, anote os nomes, endereços e procure saber mais sobre cada um dos lugares. Não esqueça de verificar se é necessário fazer reserva, se o local abre tanto para almoço quanto para jantar e se fica muito lotado em horários de pico.

HABILITAÇÃO INTERNACIONAL

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é aceita em 130 países como documento para dirigir um veículo. A Permissão Internacional para Dirigir, contudo, por ter os dados traduzidos em 7 idiomas, agiliza nos processos que envolvem acidente. Pode ser tirada em postos do Detran (detran.com.br).

básico, que cobre batidas de carro e se o carro for roubado. Ao alugar pela Internet, veja se esse seguro já está incluso. Quanto antes reservar o carro, mais barato vai pagar.

celular reserva e um GPS podem ser muito úteis durante o caminho. Procure se informar sobre as melhores rotas para andar de bicicleta, evitando surpresas no percurso e também fazer uma revisão da bicicleta para evitar quaisquer problemas de funcionamento.

MOTO

Para diminuir o risco de acidente antes de uma viagem de moto, faça revisão em uma mecânica de confiança para ver se ela está em condições de pegar estrada e planeje o itinerário, prevendo paradas, para evitar ficar sem gasolina e para descansar. É importante também vestir roupas adequadas, como um calçado reforçado, calça, jaqueta e é claro, o capacete. Caso esteja levando bagagem, é sempre bom conferir se está bem presa, evitando sua perda ou queda.

TREM

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

Cheque os documentos exigidos pelo país para alugar o carro e dirigir por lá. Nos países da América do Sul como Argentina, Uruguai e Chile, só é necessário R.G e carteira de habilitação brasileira. Miami, Orlando, Las Vegas, San Diego, Los Angeles, San Francisco, Nova York e Chicago pedem, além da habilitação, o passaporte do motorista. O mesmo vale para outros lugares turísticos do mundo como Espanha, Portugal, França, Alemanha, México e Canadá. Alguns lugares exigem a PID, a Carteira de Habilitação Internacional, como Grécia, Itália e Áustria. Faça seguro

BIKE

Antes de se aventurar pelo mundo de bicicleta, é preciso programar o itinerário da viagem. Fazer um check-up de sua saúde antes de começar a pedalar é importante para evitar problemas. Além disso, garantir alguns equipamentos eletrônicos como carregadores, um

Ao contrário do Brasil, a Europa é familiarizada com os roteiros de viagem de trem. De lá é possível visitar qualquer outro país do continente com esse meio de transporte. Antes de planejar uma viagem de trem, é necessário lembrar que nem sempre será a opção mais barata, mas pode render paisagens maravilhosas durante o caminho.

MONTANHA

Seja no frio ou no calor, é sempre bom pensar sobre a melhor época do ano para cada destino. As montanhas proporcionam diversas atividades como o esqui, escalada, trilhas, além das

paisagens maravilhosas ao chegar no topo. Caso a opção seja uma trilha durante o verão, é necessário lembrar que mesmo com o calor, o vento costuma sempre forte e mudanças climáticas acontecem rapidamente, portanto, roupas corta-vento e roupas impermeáveis não podem faltar na mala.

metros, em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de renová-la. A partir dos 10 anos de idade já é possível fazer o curso para obter o certificado, desde que a pessoa saiba nadar.

REMO

ESQUI

Para quem vai passar uma temporada na neve é essencial preparar bem a mala para o frio. Além dos casacos especiais é bom levar blusas e calças térmicas, importantes para manter o calor do corpo. Outro item indispensável é uma luva impermeável e uma bota adequada. As meias também devem ser pensadas com cuidado. Elas devem absorver o suor para evitar a sensação dos pés congelando.

BARCO

Para os amantes do mar é possível alugar veleiros, lanchas e barcos, com a presença de um capitão a bordo. Caso o viajante queira alugar sem comandante é necessário comprovar através de uma certificação de arrais amador ou mestre que você pode conduzir a embarcação.

O remo é um dos esportes mais antigos do mundo. Antes de remar é importante verificar se a pessoa sabe nadar e também se existe algum problema de saúde, já que o esporte exige esforço do corpo como um todo. Ao procurar um instrutor, ele vai ensinar a prática de remo e orientar o grupo a fazer os exercícios de forma correta, para que não existam lesões no corpo mais tarde.

MERGULHO

É preciso ter a certificação para viagens de mergulho. O documento permite mergulhar com um cilindro numa profundidade de até 18

SURFE

Antes de surfar pela primeira vez, é necessário procurar um instrutor que passe as informações básicas de segurança como observar outros surfistas na água, carregar a prancha corretamente e avaliar a área certa da praia para surfar.

TREKKING

O termo trekking tem origem africana e significa seguir, a pé, um percurso. Antes de se aventurar nesse esporte, é importante estar com os equipamentos adequados. Nos pés, o calçado indicado são as botas, que dão mais segurança aos tornozelos nos percursos. As meias também são essenciais para que o atrito entre o pé e o calçado não cause problemas. Além disso, é importante levar uma garrafa de água na mochila para manter-se hidratado. Dependendo dos quilômetros andados, é indispensável um bastão para facilitar as passadas e dar mais estabilidade.

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