o movimento sindical no Rio de Janeiro A itnportância da fábrica na esfera de organização política Clarice Melamed e Renato Rocha Pitzer*
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árias questões podem ser discutidas hoje em torno da organização por local de trabalho, e mais especificamente sobre as comiss.ães de fábrica. A mais complexa e talvez a mais ditrcil de ser enfrentada é a atualidade desta proposta se consideramos os rumos que vem tomando a lenta transformação por que passa a atual estrutura sindical de cunho corporativista e os poucos dacios no sentido de desatar os nós que amarram os sindicatos ao Estado. A fábrica não deve ser analisada fora do contexto político mais amplo. Neste sentido, além dos imoedimentos legais, que ainda persistem, praticamente inviabilizando a organização no interior do * Técn icos da Equipe FASE-Rio -
local de trabalho, outros diversos mecanismos dificultam a sua multiplicação. Uma questão a ser dimensionada no contexto da atual divisão social do trabalho vigente no Brasil, diz respeito à importância que deve ser atribu fda a fábrica, enquanto um dos fóruns fundamentais em que se dá esse tipo de organização. Pod~mos afirmar que durante o recente processo de discussão ocorrido na Constituinte, pouca importância foi dada à necessidade de se estabelecer referência legal sobre o assunto. Ambas as centrais - CGT e CUT - não manifestaram interesse especial em transformar este tema em questão específica de legislação. A que se deve essa omissão?
Agradecemos a colaboração de Antônio Luigi Negro (Gino) pelo boxe sobre a comissão da Fiat e pela
bibliografia comentada .
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