Edição 40, março de 1989

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conquistas, obtidas via sindical, através da contratação coletiva. li - ~ fundamental que o nível dos grupos de trabalho possa avançar no sentido de determinar propostas de intervenção concretas reladanadas aos seus respectivos campos, que perm i"A experiência da organização no local de trabalho dos trabalhadores ela Fiat: comissão de fábrica e delegacia sindical de base" O conhecimento da experiência de organização de base na Fiat coloca importantes (e atuais) questões para o movimento sindical do Rio de Janeiro. Historicamente, a organização dos metalúrgicos da Fiat assume lugar destacado na memória do movimento operário do RJ. Foi a Delegação SindiCJI de Base (DSB) que, pela primeira vez no setor metalúrgico cio estado, quebrou, na prática, a pol rtica de negociação salarial instituída pela ditadura mi!it:1r. A DSB conquistou a negociação direta com a Fiat, rompendo com a pol rtica oficial de outorga dos fndices de reajuste salarial. Somente dois anos depois ( 1978) a negociação di reta foi estendida ao conjunto da categoria.

tam a construção de linhas de atuação especfficas no campo da saúde, no da identificação de técnicas empregadas no processo produtivo, no que diz re!;peito às leis de mercado que regem o emprego no setor etc. Recebendo apoio da DSB, a CF formou-se em 1979 como um desdobramento permanente e ampliado da comi~são de salários (CSal) tornando-se uma das primeiras organizações operárias de base n~ RJ. A partir da r, DSB e CF atuariam juntas nas lutas pelo atendimento das reivindicações dos trabalhadores e no trabalho de oposição sindical. Neste momento, fortalece-se ainda mais a estruturação ào novo sindicalismo, que encontrava seu opositor na corrente Unidade Sindical, representada pela diretori~ do shdicat.o.

Aliás, esta conquistél só se fez possfvei pois a DSB veie: atuando ao longo do período autoritário, de repressão aos movimentos dos trabalhadores, mantendo um m fnimo de organização e reivindicação dos trabalhadores na empresa.

A atuação conjunta da DSB e da CF deu continuidade à organização dos trabalhadores da Fiat, desencadeada nas greves de 1978/79. Este processo culmim;ria na greve contra as demissões de 1981. A greve, que foi o aui:Je da disputa entre DSB e CF versus diretoria do sindicato, evidenciou suas divergências e contradições, refletindo com maior nitidez o ~rnbate entre os pólos "combativos" e "mais atrasados" do movimento sindical. Momento de grande atuação da CF, que já vinha arrancando direitos aos patrões, esta greve foi também seu fim: toda a comissão foi demitida.

A partir de 1978, a DSB passa à oposição ao sindicato da categoria, reforçando a renovação sindical manifesta em SP e no ABC. Foi um passo signifi;;ativo pois a participação da Fiat, pela quantidade de operários que empregava, sempre foi decisiva nas eleições sindicais dos metalúrgicos do Rio. Por outro lado, a prática cotidiana da DSB e da (futura) comissão de fábrica (CF) sempre foram instâncias de formaçãn de militantes e lideranças sindicais.

No aprofundamento dos pontos aqui levantados, pode-se extrair importantes questões. A reflexão da atuação conjunta da DSB e da CF joga luz no debate sobre a necessidade (ou não) de uma comissão sindical de base (CSB) e uma CF numa mesma empresa. Outra questão: na greve de 1979, Gianini, um~ de suas lideranças, referiu-se à organização de base como meio eficaz de reivindic::~ção e renovação sindical.

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Bibliografia comentada 1. ANTUNES, Ricardo - O Que é Sindicalismo, SP, Brasiliense, 1982,95 pp. Apanhado geral das origens, evolução e importância dos sindicatos na históriâ européia, comentando as várias concepções pol fticas acerca do mesmo. Sfntese histórica do movimento sindical com ênfase no pós 30 e nos temas polêmicos da atualidade: IL:ta por dentro ou fora do sindicato, democracia sindical etc .... 2. ANTUNES, Ricardo e Nogueira, Arnaldo - O Que São Comissões de Fábrica, SP, Brasiliense, 1982, 120 pp. in: Primeiros Passos, n9 47. Comentário sobre as experiências significativas das

"comissiones obreras" espanholas, dos conselhos de fábrica italianos (com referências às teses de Gramsci). Análise da história das CF's no Brasil nos períodos de 45 a 50, 1953, 60-64, 1968 e pós 78. Termina com o debate suscitado pela iniciativa da Volkswagen de instituir uma comissão de trabalhaáores: comissão operária ou patronal? Relaciona também a luta pela Nova Estrutura Sindical com a democracia pol ftica. 3. BRUNO, Lucia- O Que é Autonomia Operária, in: Primeiros Passos, n<? 140, SP, Brasiliense, 1985, 91 pp. Correlaciona os organismos de

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Necessidade de uma nova correlação de forças

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operária

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O trabalho da FASE e as comissões de fábrica

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Bibliografia comentada Alcances e limites da experiência das

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Sindicato, comissão de fábrica e delegado sindical

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O nascimento do novo sindicalismo

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O surgimento do novo sindicalismo

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A reação patrona I

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A organização nas empresas através da história

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