esquerdo do corpo. Ele se conecta com o cérebro e a medula espinhal para receber e transmitir informações entre eles. O tronco encefálico é constituído pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. Sua estrutura é responsável pela transmissão de informações do cérebro para a medula espinhal e cerebelo, e pela retransmissão de informações desses últimos ao cérebro. Além disso, é uma região que regula as funções vitais do organismo como respiração, batimento cardíaco, pressão arterial, consciência, controle da temperatura corporal, entre outras. Por isso, é considerado pelos neurocientistas como a parte do encéfalo mais importante para a manutenção da vida. Já a medula espinhal é a porção alongada que está conectada ao tronco encefálico e faz a intermediação entre o SNC e o SNP, comunicando-se com o corpo através dos nervos espinhais. Por conduzir informações de diversas partes do corpo através de impulsos nervosos, ela é considerada “o maior condutor de informação da pele, das articulações e dos músculos ao cérebro, e vice-versa” (BEAR, CONNORS e PARADISO, 2017, p. 183).
2.3. O cérebro: do imaginário às abordagens científicas
Ao
longo
da
história
da
medicina,
psiquiatras,
neurologistas,
neurocientistas e outros pesquisadores vem realizando estudos para decifrar a complexidade do cérebro. Os filósofos paralelamente se aventuraram nas tentativas de descobrir o funcionamento da mente e do corpo humano. O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) como mencionado por BEAR, CONNORS e PARADISO (2017, p. 5) acreditava que o coração era o centro do intelecto humano enquanto o encéfalo era um radiador que tinha a função de resfriar o sangue superaquecido pelo coração, e essa capacidade de resfriamento é que determinava o temperamento das pessoas. Herculano-Houzel apud Lent (2010, p. 252) descreve que: [...] para ele o coração era o trono dos sentidos, as áreas do corpo ricas em sangue seriam mais sensíveis às impressões emanadas dos objetos. Com impressões demais, ou sensibilidade excessiva – por exemplo, se as paredes do coração fossem elásticas demais –, as impressões poderiam causar dor. (Herculano-Houzel apud LENT, 2010, p.252)
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