plano horizontal que ele está apoiado. Além do equilíbrio, segundo NEVES (2017), esse sistema está relacionado com o entendimento da escala, das proporções do ambiente com base nas medidas do próprio corpo, podendo haver a sensação de um espaço amplo ou comprimido. Também envolve outras percepções gerais do lugar, como o sentido de direção ao se locomover por um edifício e encontrar sua entrada e saída. Junto ao sistema háptico e visual, ele atribui às pessoas a percepção sobre a tridimensionalidade do ambiente, suas angulações, inclinações e irregularidades. Como observado, os sistemas sensoriais aqui abordados funcionam em conjunto, no qual um depende do outro para uma experiência mais completa. No ambiente podem ser utilizados diversos artifícios para provocar os estímulos e fazer com que sua atmosfera se conecte com as pessoas e elas se sintam em sintonia com o lugar. Alguns desses artifícios foram abordados na arquitetura biofílica e mostra a conexão que há entre ela e a arquitetura sensorial.
5.5. Psicologia Ambiental A psicologia ambiental é o campo da psicologia que estuda as interrelações entre o ser humano e o meio. Dentro desse contexto é analisada a percepção, comportamento e a avaliação das pessoas em relação ao ambiente, que são fatores pessoais, e ao mesmo tempo estão sendo observados os aspectos desse ambiente que modificam a conduta humana. Sendo assim é estudado uma reciprocidade entre pessoa e ambiente, conforme explicado pelo professor doutor em psicologia Gabriel Moser (1998). Uma das vertentes de formação da Psicologia Ambiental na Europa foi a Arquitetura e não por acaso foi estabelecida uma relação multidisciplinar entre os dois campos, visto que os ambientes são desenvolvidos por arquitetos e influenciam o comportamento humano. A área de psicologia ambiental é complexa, pois envolve múltiplos fatores nessa relação entre o homem e o meio, inclusive dimensões sociais, culturais e temporais. A psicologia ambiental aplicada à arquitetura é capaz de quantificar fatores subjetivos que fazem as pessoas interpretarem um ambiente como agradável ou desconfortável. A psicóloga ambiental Stephani Robson realizou um estudo 66