its Teens Joinville - 54

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Revista Its Teens Joinville nยบ 54 2020 | R$ 13,50


CURTA AS NOSSAS

PÁGINAS. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios. Não fique de fora dessa.

TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo.

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editorial

Grupo ND Fundador e Presidente Emérito “in memoriam” Mário J. Gonzaga Petrelli Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ndtv.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ndtv.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ndtv.com.br Diretor de Planejamento e Estratégia Derly Massaud de Anunciação Diretor de Conteúdo Luís Meneghim | meneghim@ndmais.com.br Diretor Regional Florianópolis Roberto Ivan Bertolin | bertolin@ndtv.com.br Diretor Regional Joinville Silvano Silva | silvano@ndtv.com.br Diretor Regional Itajaí e Blumenau Cristian Vieceli | cristian@ndtv.com.br Diretor Regional Criciúma Gabriel Costa Habeyche | gabriel.habeyche@ndtv.com.br Diretor Regional Oeste Cristiano Mielczarski | cristiano.mielczarski@ndtv.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Notícias do Dia Editora Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus

Ainda que pareça estranho dizer isso e ter viva a impressão de que poucos meses se passaram e não 12, chegamos a última edição de 2020. Em um ano marcado pela instabilidade da pandemia do novo coronavírus e mudanças nos hábitos e rotinas que afetaram (e muito) a educação, entregamos a última publicação deste período letivo com matérias que valorizam o planejamento pedagógico, reconhecem a dedicação e comprometimento dos professores e destacam projetos e iniciativas que fizeram a diferença. Parceira das escolas, a revista its teens passa pelos portões das unidades escolares de Norte a Sul de Joinville atrás de boas práticas para serem compartilhadas por toda a rede escolar. Só neste ano foram 40 matérias produzidas dentro das escolas, o que nos faz entender que foram 40 produções escolares que ganharam destaque e espaço na mídia, entre elas a última edição do ano coloca na capa as revitalizações e reformas feitas durante todo este período de aula não presencial. Apesar do sistema híbrido de ensino, com atendimento remoto e presencial, cuidar da saúde mental dos professores foi a missão que um Centro de Educação Infantil abraçou e passou a oferecer formações iniciadas com a prática de yoga para toda a equipe. Em outra unidade de educação básica, o retorno para atendimento de aulas presenciais contou com professora virtual para tirar dúvidas dos estudantes e a Educação Especial também é matéria desta edição, junto com a parceria das professoras de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que acompanham de perto todo o desenvolvimento dos estudantes com necessidades especiais, seja presencial ou à distância. Deixamos aqui nosso reconhecimento a todas as unidades escolares que fizeram parte das edições deste ano, que nos ajudaram a contar a história da educação de Joinville e que fazem da qualidade do ensino ofertado aqui ser destaque a nível nacional. Nosso carinho e agradecimento, porque só podemos dar destaque a todo este trabalho se tivermos espaço para cumprir com a nossa missão: estar junto na escola e estar junto no mundo.

Com carinho, Renata Bomfim

Coordenador de Operações Rodrigo Oliveira | rodrigo@ndmais.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ndtv.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Diego Ibarreta | diego.ibarreta@ndtv.com.br

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#mandapau

Este espaço é seu: tem algum projeto bacana sendo produzido na escola ou que já foi feito, mas vale estar nas páginas da its teens? Manda a sua sugestão aqui, ó: renata.bomfim@portalits.com.br

Gerente Comercial Joinville Flavia Borba Vieira | flavia.vieira@ndtv.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ndtv.com.br

Relembre as edições anteriores. Aponte a câmera do seu celular para este tas código de QR Code e tenha todas as revis is icipa mun its teens produzidas nas escolas e. toqu de Joinville a apenas um

Gerente Comercial Itajaí Felipe Muchenski | felipe.m@ndtv.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Jéssica Falk | jessica.falk@ndtv.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli | crystiano.parcianelli@ndtv.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3.235 exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

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#osculpado



conteúdo

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Educação financeira Cultura pop No divã Wi-fi Educação infantil Prática ajuda corpo docente a acalmar a mente, diminuir as tensões acumuladas e a desenvolver a consciência corporal

18 Educação especial

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Além do acompanhamento no ensino não presencial, o retorno dos estudantes conta com o monitoramento de professor de sala de aula, auxiliar monitora e profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE)

22 Capa 30 Tecnologia

Com integrantes do corpo docente no grupo de risco, escola conta com o apoio da tecnologia para transmitir as aulas no atendimento presencial

32 Galerias 42 Saideira 6

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educação financeira

Final de ano: como organizar as finanças e os gastos?

Neise do Nascimento Novembro e dezembro são os meses onde temos rendas extras a receber e onde mais gastamos. Com o 13º salário e as férias (para alguns), estes valores a mais na conta bancária tudo flui para compras de presentes, gastos de final de ano, viagens. Mas é preciso ficar atento, porque grandes ofertas e apelo ao consumismo faz o controle se perder e entrarmos no vermelho. E já começamos um novo ano com enormes contas a pagar. Além das dívidas natalinas contraídas no final de ano, entramos o novo ciclo com novas dívidas que começam a vencer, como IPTU, IPVA, seguros, matrícula e material escolar, entre outros. Então, como podemos nos preparar para um final e início de ano tranquilos sem grandes contas a pagar? Separei dicas que podem ajudar nesta hora:

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Se você não fez desde o início do ano aquela poupança para gastos extras, evite as compras por impulso. Ao sair de casa já faça seu planejamento antes, pois sem isso é bem fácil de se perder e comprar além do necessário.

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Evite usar o cartão de crédito e compras parceladas. Mas se realmente precisar daquele produto, negocie um bom desconto para pagamento à vista, pois com isso evitará dívida futura.

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Não use todo seu 13º salário para compras, veja se há dívidas em atraso, negocie e pague. Nas compras, veja se realmente é preciso daquilo que vislumbrou seus olhos e se não é necessário guardar este valor para um gasto futuro.

Foto: Divulgação/Freepik

A esta altura você já percebeu o quanto um bom planejamento é necessário, então, inicie o ano de 2021 com uma poupança ou investimento que você consiga guardar mês a mês um valor para, quando chegar o final do ano, aproveitar melhor as festas e as férias, sem grandes sustos. Faça uma projeção dos seus gastos e antes de presentear os outros ou a si mesmo com presentes caros, lembre-se: a vida financeira sadia é o melhor presente.

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cultura pop

BILLBOARD ELEGE CARDI B

COMO MULHER DO ANO

No evento que destaca as mulheres da música, Cardi B foi eleita a mulher do ano pela Billboard. Com o nome de “Women in Music”, o evento foi realizado neste mês de dezembro e também destacou Jennifer Lopez, Dua Lipa e Dolly Parton. Ganhadora do prêmio destaque, Cardi B representa força e inspiração entre as gerações em 2020 e se destacou ao longo de todo este ano por suas músicas estouradas no top 100 e pelo posicionamento político.

TOM E JERRY, AGORA,

VERSÃO CINEMA? A dupla implacável quando o assunto é briga e confusão, sem dúvida, é Tom e Jerry. A versão em desenho animado da inimizade entre gato e rato está prestes a ganhar as telas dos cinemas na produção do live-action com animação. Com o trailer divulgado, a história se passa em um hotel onde Jerry resolveu fazer morada, mas ele não é bem visto no lugar. Para resolver o problema, Tom foi o contratado para se livrar do hóspede. Quem estava com saudade da infância, pode ter certeza que o filme vem recheado de muita armadilha e implicância entre os dois. O lançamento está previsto para março de 2021.

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QUEM JÁ ASSISTIU SINTONIA,

NA NETFLIX?

Com a série lançada pela Netflix em parceria com KondZilla, “Sintonia” mostra a realidade de três amigos que moram na periferia de São Paulo e destaca temas que são rotineiros nestes espaços de convivência. Com o sucesso que foi a temporada, o cantor Jottapê, que está entre os atores principais, divulgou nas redes sociais a retomada das gravações no set de filmagem para a segunda temporada. “Voltamos”, escreveu na legenda da publicação. A novidade pegou os fãs de surpresa, já que ainda não havia sido divulgado nada sobre as gravações. A previsão é que novos episódios estejam disponíveis em 2021.

12 MINUTOS DE ANIMAÇÃO

E O CHORO É LIVRE

O curta-metragem que estreou na Netflix em novembro tem apenas 12 minutos e você não se dá conta qual é a parte mais emocionante, mas percebe toda a emoção e sentimento retratado pela lágrimas que escorrem pelo rosto e isso não é difícil. Sem nenhum diálogo, a animação conta a história de uma família que perdeu a única filha de dez anos de idade em um tiroteio numa escola nos Estados Unidos. O luto vivido pelos pais, retratados por sombras que nos afastam e também nos aproxima uns dos outros, revelam a dor e a tristeza da perda. Em pouco tempo, a vida da família é retratada por cenas que retomam desde o parto até momentos de distração vividos em família. A dor da perda toca quem assiste. Vale a pena dedicar 12 minutos do dia para ver.

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no divã

Foto: Divulgação/Freepik

E o ano letivo de 2020 acabou…

Este material é para você, educador (a)

Anelise Muxfeldt Trentini Psicopedagoga Chegamos ao final de um ano letivo de tantas mudanças e agora, quase em férias, permitimo-nos acreditar no dever cumprido. De fato, fizemos a lição de casa. Direção, professores, funcionários, alunos, pais e comunidade em geral se uniram na preservação da vida e nos esforços para manter a escola viva mesmo que em outros lugares e em outra dinâmica temporal. As conquistas alcançadas merecem ser festejadas mesmo que nem tudo ocorreu conforme a nossa vontade, mas é legítimo continuar perseguindo nossos anseios. As dificuldades nos oferecem a chance de aprender mais e o recomeço é necessário. A esperança se estabelece aonde temos novas oportunidades de construirmos a nossa felicidade.

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Paulo Freire, conhecido educador brasileiro, escreve que “é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…” Ano novo é recomeço. Que em 2021 os verdadeiros propósitos de esperança fortaleçam os próximos passos da nossa jornada, com coragem! Que as merecidas férias sejam reparadoras junto aos familiares e aqueles que queremos bem.


Bem Catarinense.


wi-fi

O mundo

de cada um

Vamos começar com um estudo que mostrou que cada pessoa vê o mundo de um jeito diferente. Parece óbvio, afinal, cada um tem uma trajetória de vida e isso vai influenciar diretamente na forma com cada um vê o mundo. Porém, a pesquisa realizada pela Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), vai para além do social, é uma pesquisa objetiva mesmo. Ao total, nove pessoas participaram de vários experimentos com observação de objetos e indicação do que viam e a conclusão foi a de que cada uma tem uma “impressão digital visual”, ou seja, uma percepção única para coisas objetivas. A hipótese é de que o cérebro seja o motivo dessa diferença no processamento das informações e isso, junto com os estímulos sociais que nos fazem ficar mais ligados em tal coisa, nos fazem ver o mundo só nosso.

X>5?

Mais potente, mas nem tanto, pelo menos por enquanto. Na briga dos grandes videogames do mundo, o X Box X se vendeu como o console mais poderoso do mercado, mas parece que as diferenças não são tão grandes assim para o PlayStation 5. O canal do YouTube Digital Foundry, especializado há anos no mercado dos games, testou o desempenho de diversos jogos entre as plataformas e chegou à conclusão de que a performance varia de jogo para jogo sendo algumas melhores no produto da Microsoft enquanto outra é melhor na plataforma da Sony. O motivo para isso, portanto, parece ser o tempo de entrega nos chamados kits de desenvolvimento para a fabricantes dos jogos, por isso, espera-se que com o tempo o X Box X faça valer o tão prometido desenvolvimento.

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Rolê sem rumo

pela Via Láctea

Um “planeta errante”, um pouco menor que a Terra, foi encontrado por astrônomos da Universidade de Varsóvia, na Polônia, vagando sem rumo pela nossa galáxia, a querida Via Láctea. Esse foi o menor planeta sem órbita descoberto e isso é o que deixa tudo ainda mais empolgante, pois tudo indica que planetas errantes são comuns, mas difíceis de serem encontrados porque não giram em torno de uma estrela, como a Terra faz com o Sol. Normalmente, novos planetas são encontrados pela variação da luz que emitem nessa órbita, o que seriam as nossas estações do ano. Porém, como não dá para saber o ponto futuro de um planeta com o GPS quebrado, o que foi observado foram as luzes das estrelas que mudavam de intensidade por causa da gravidade do planeta que serviam como uma lente em seu entorno. Astrofísica é muito doida.


Lucas Inácio

Ponte

Aérea

Basquete e anime em um mesmo jogo. Os mais atentos ao esporte já devem ter ouvido falar do anime Slam Dunk, um clássico – e raro – desenho sobre basquete que ganhou uma versão jogo. Em um formato de jogos 3x3 e com um design que mantém todos os traços característicos da animação, o aplicativo de mesmo nome mistura o esporte com movimentos especiais tal qual golpes dos jogos de luta. Diversão garantida.

Abra os

ouvidos

Se tem um formato que cresce demais nos últimos anos é o podcast, uma forma diferente e prática de aprender e se entreter. Pela praticidade de produzir, o formato chamou a atenção de muita gente, mas com grandes ofertas é sempre bom dar uma filtrada no que vale e no que não vale a pena, por isso, em vez de indicar um aplicativo, vamos indicar três bons podcasts para ouvir nas férias. O primeiro é um clássico do formato no Brasil: o NerdCast, do Jovem Nerd. São mais de dez anos com programas de tudo quanto é tipo de assunto, tudo super bem organizado no site oficial. Outro bem legal é o Histórias de ninar para garotas rebeldes que, apesar do nome, é para todo mundo, pois conta a história de 11 mulheres incríveis do nosso passado. Por fim, o Infiltrados no Cast, do escritor Alê Santos, traz abordagens incríveis sobre a história do país em uma ótica antirracista, mais do que necessária.

Dança

bolinha

Lembram daquela bolinha de silicone pequena que pulava horrores e sempre era difícil de segurar? Imagina um jogo em que você encontra uma daquelas quicando em blocos no ritmo de uma música famosa. Parece estranho, mas essa é a mistura de Guitar Hero com Just Dance em obstáculos dignos de Fall Guys. O jogo Tiles Hop: Forever Dancing Ball diverte, não apenas pelo desafio do jogo, mas pelas músicas que fizeram sucesso recentemente como “Dance Monkey”, “Bad Guy” e “Believer”. .

Vale muito

a pena

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Fotos: Renata Bomfim

educação infantil

Para começar a prática de yoga, a meditação ajuda a acalmar a mente e a focar no tempo presente

CEI oferece aula de yoga em encontro semanal no sistema híbrido de ensino

Prática ajuda corpo docente a acalmar a mente, diminuir as tensões acumuladas e a desenvolver a consciência corporal Renata Bomfim O convite para uma vivência de relaxamento no Centro de Educação Infantil (CEI) Namir Alfredo Zattar era o que os professores e equipe da unidade precisavam para alinhar os cuidados da mente, corpo e espírito, depois de passar por longos meses distantes com o ensino não presencial. Com expressiva participação, o largo gramado da área externa da escola ganhou vida e colorido com os colchonetes espalhados para um encontro guiado com a prática de yoga. Com roupas confortáveis, o local foi a extensão de uma prática de alongamento que ocorre nas formações virtuais. Marcado para toda sexta-feira, Daniela

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Maihack, professora de segundo período, e Grasiele dos Santos Vicente, auxiliar de direção, fazem revezamento nas instruções dos exercícios durante os encontros não presenciais. “Nesse primeiro momento das reuniões pedagógicas, a gente pensou nas tensões. A gente não está habituado a ficar tanto tempo no computador, então, é natural a queixa das professoras: ‘estou tensa, minhas costas doem’. É soltura das articulações”, conta Daniela. “E para ser yoga tem que estar presente na prática, então, a gente começa com uma respiração, depois faz a soltura e começa a trabalhar a flexibilidade.”


A prática de yoga vira uma grande brincadeira entre as crianças

Foto: CEI Namir Alfredo Zattar/Divulgação

Apesar de o CEI ter ofertado práticas no ano passado para quem tivesse interesse na atividade, este ano com o ensino não presencial e o afastamento de professores, alunos e adaptações ao modelo temporário de ensino, a equipe de gestão precisou buscar alternativas para cuidar da saúde mental do corpo docente, já que eles são a ponte de contato com as famílias que também vivenciaram este momento de angústia. De acordo com Maristela Tilp Mathes, diretora na unidade, a prática semanal tem feito com que os encontros sejam ainda mais positivos. Com a primeira reunião com práticas de yoga oferecida em maio, desde o segundo semestre letivo tem se tornado hábito e feito parte das reuniões virtuais, sendo ofertado semanalmente com temas diferentes. “Isso tranquiliza, traz a consciência de se acalmar e nutrir de coisas boas”, diz Maristela. Praticante de yoga, Grasiele vê a importância da prática oferecida como um tempo para cuidar da mente. “Uma das principais coisas de trazer o yoga para o CEI é porque é algo que nos faz muito bem, e quando nos faz bem a gente também quer passar para o outro e contribuir com a humanidade”, comenta. Com conhecimento e em processo de formação no yoga, Daniela entende que a prática é tudo o que as pessoas precisam neste ano marcado por uma pandemia e que trouxe emoções e sentimentos intensificados. “O yoga é para todos. Seja o fato de sentar, de respirar e acalmar a gente, porque o yoga é isso: religação entre o corpo, a mente e o espírito. É o que nós precisamos nesse momento, estar mais centrados, mais equilibrados, porque tudo desestrutura a gente, nesse momento fragilizado e um ano bastante tumultuado, foi uma necessidade de todos”, relata. “Sozinho, sem uma ferramenta, sem o yoga, sem o relaxamento, a gente vai entrar nesse problema que nós estamos vivendo e o yoga traz esse olhar da positividade, o que nós temos para aprender com isso.”

Vivência de yoga na unidade movimentou corpo docente, gestão e funcionários para a prática de yoga

Yoga com os pequenos

Daniela Maihack, Maristela Tilp Mathes e Grasiele dos Santos Vicente

Com colchonetes afastados na área externa do CEI Namir Alfredo Zattar, os alunos do primeiro e segundo período chegam para mais um dia de prática de yoga, ofertada pela professora Daniela Maihack neste retorno de atendimento presencial. Com os calçados ao lado e sentados em uma posição confortável, as crianças começam a atividade com a meditação. Atentos aos comandos da professora, as posições repetidas resgatam na memória a vivência que tiveram da leitura em sala, numa união entre conteúdo e prática. “Eu falei e mostrei para minha mãe o que eu fiz”, conta Fabricio de Amorim Correa Junior, 5, sobre o yoga feito na unidade pela primeira vez. De olho nas orientações da professora, a prática se torna uma brincadeira que alinha os cuidados da saúde do corpo e da mente. Para Daniela, o yoga e a Educação Infantil tem tudo a ver. “Naturalmente, a criança tem uma flexibilidade maior e trazer isso é maravilhoso, porque além de você estar trabalhando essa frustração, conflito e sentimento que ele (aluno) não sabe dominar muito bem, você oferta esse conhecimento de corpo para eles e adoram.” Mesmo ainda com pouca flexibilidade, as crianças se divertem com as diferentes posições e levam a prática como um momento de descontração. Com a escuta ativa sobre os cuidados e a importância da educação emocional, Daniela entende que o yoga é uma ferramenta que contribui para o domínio dos sentimentos, seja ele em qualquer fase da vida. “A gente tem que perceber o que está sentindo. O yoga tem muito da educação emocional, de você sentir o que você está sentindo, acolher e agir e não reagir aos instintos.”

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educação especial

No ensino regular, Heros divide o mesmo espaço com os colegas de turma e conta com o acompanhamento de Eliane Eleoterio de Oliveira, auxiliar monitora

Volta às aulas:

como funciona o atendimento para os alunos da Educação Especial? Além do acompanhamento no ensino não presencial, o retorno dos estudantes conta com o monitoramento de professor de sala de aula, auxiliar monitora e profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE) Renata Bomfim

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aramentada com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), Eliane Eleoterio de Oliveira separa o avental, luva, protetor facial e máscara para receber o único aluno que atende na Escola Municipal Nelson de Miranda Coutinho, depois de oito meses sem o contato presencial. Heros Kauã Lorena Reitz, 10, foi diagnosticado com paralisia cerebral logo após os três primeiros meses de vida. Na unidade desde o terceiro ano, o aluno conta com o acompanhamento de uma auxiliar monitora, Atendimento Educacional Especializado (AEE), além de cursar o quinto ano do Ensino Fundamental na turma de ensino regular.

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Eu estava com medo de trazê-los à escola, mas eles queriam vir, principalmente o Heros, porque ele fica só dentro de casa, a escola é a única distração dele.”

Fotos: Renata Bomfim

Dhulhane Faria de Lorena, mãe de Heros

Por vontade própria e autorizado pela mãe Dhulhane Faria de Lorena, Heros voltou para o atendimento presencial com encontro uma vez na semana e duração de duas horas. Distante dos colegas e próximo a entrada da sala, com passagem livre do ar, o aluno desenvolve atividades de matemática com reconhecimento dos números. “Eu estava com medo de trazê-los à escola, mas eles queriam vir, principalmente o Heros, porque ele fica só dentro de casa, a escola é a única distração dele”, conta Dhulhane que também tem outro filho matriculado na unidade. Com conteúdos adaptados de acordo com a necessidade de Heros, Paula Leonela Lanser é professora de Língua Portuguesa e acompanha o desenvolvimento do aluno desde o ano passado. Atenta aos interesses e gostos do estudante, as atividades propostas buscam envolver o conhecimento que ele já tem para aprimoramento das habilidades e coordenação. “Eu avalio o que ele faz no dia a dia comigo, o desenvolvimento e evolução dele”, comenta a professora. Ainda no zona Sul de Joinville, a Escola Municipal João de Oliveira também atende alunos na Educação Especial e que passam pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). Professora responsável pelo trabalho na unidade, Indianara Schavetock Oligini Viana atende cerca de 15 alunos e acompanha os módulos postados pelos professores na plataforma Educa Joinville para ajudar na adaptação das atividades de acordo com a necessidade de cada estudante. No retorno do atendimento presencial, ela diz que a sala do AEE acompanha onde o aluno está, como é o caso de Livia Izabelly Furlaneto que voltou para a unidade. Com múltiplas deficiências, a estudante do nono ano está prestes a fechar o ciclo de Ensino Fundamental.

Heros desenvolve propostas e atividades adaptadas e de acordo com o conteúdo da turma em que acompanha no ensino regular

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Eu achei que não é o momento de isolar na sala, essa parte de vir à escola e ver os amigos, para a Livia mesmo, é o diferencial. Aqui ela rende, porque tem o estímulo de ver o colega do lado fazendo.” Indianara Schavetock Oligini Viana, professora da AEE

“Eu achei que não é o momento de isolar na sala, essa parte de vir à escola e ver os amigos, para a Livia mesmo, é o diferencial. Aqui ela rende, porque tem o estímulo de ver o colega do lado fazendo”, comenta a professora. Com a busca de material impresso na unidade e tempo estendido para a produção dos módulos, Indianara é quem está em contato direto com Livia, mesmo no ensino remoto. Com o retorno à escola, ela consegue observar melhorias no desenvolvimento da aluna. “A memória dela fica ativa e a coordenação também”, comenta. Paramentada para atender os alunos, Indianara entende que o papel do Atendimento Educacional Especializado é ser os olhos da Educação Especial dentro da escola. “É um olhar diferenciado. A gente não foca na evolução, a gente conta a participação, com o envolvimento. Não tem que só aprender, mas na convivência, estar aqui, nas atividades de vida diária (ADV), como ela está se virando como pessoa, sozinha”, conta a professora. Coordenadora do Núcleo de Educação Especial, Josiani Souza conta que o setor tem fornecido formações e suportes necessários para toda a comunidade escolar e responsáveis para garantir o direito de acesso ao conhecimento e dar continuidade na educação de todas as crianças. Com quatro formas de atender os alunos da Educação Especial, seja pela plataforma, entrega de material impresso, oferta de aula síncrona e, agora, com o atendimento presencial, o núcleo faz toda a cobertura dos mais de 3600 alunos com deficiência que são atendidos pela rede municipal de ensino de Joinville. “Nós temos planilhas de controle, acompanhamento e monitoramento se os nossos alunos público-alvo da Educação Especial estão ou não realizando as atividades. Se não estão, a gente entra em contato com a escola, com a família, para ver as possibilidades de dar a essa criança o acesso ao seu direito ao conhecimento e dar continuidade a sua escolarização.”

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Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação

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Foto: Emily Milioli

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Novo laboratório de Ciências na EM Emílio Paulo Roberto Hardt

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nquanto as aulas seguiam no ensino não presencial, as escolas da rede municipal de ensino de Joinville, vazias, movimentaram-se em seus espaços para repensar e reorganizar os ambientes de aprendizagens dos alunos com mudanças estruturais, reformas e revitalizações. O cenário de quem voltou para o atendimento nas unidades foi diferente daquele que deixou, não só pelos protocolos sanitários necessário para serem seguidos, mas porque o ambiente já não era mais o mesmo. Na Escola Municipal Emílio Paulo Roberto Hardt, os estudantes que voltaram às aulas se depararam com o laboratório de Ciências, espaço maker, quadra coberta poliesportiva, quadra de areia, pomar, horta pedagógica, flores para todos os lados, além de novas pinturas nas salas de aula e corredores da unidade. Ainda que em processo de melhoria estrutural desde o ano passado, quando Katia Marise Schwartz assumiu como diretora, a unidade passou por mudanças desde a troca do telhado até a plantação de gramado na área externa. Com investimentos feitos para melhor atender os alunos e contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, as reformas e revitalizações tornam o espaço mais atrativo para o estudo e dá a oportunidade de as aulas serem ofertadas com mais dinâmica, com ambientes pensados e projetados para atender demandas específicas como aulas práticas.

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Para Katia, todas as melhorias só foram possíveis de serem feitas porque conta com a parceria da equipe de gestão, professores e funcionários. “Eu vejo uma escola que trabalha unida, todo mundo pega junto. Com a pandemia, eu tive que me afastar e eles ficaram. Foi um trabalho grande, generoso, porque você tem que ter generosidade para sair da sua casa com pandemia grave e vir cuidar da escola. Eu tenho um carinho muito grande dessa comissão de frente e os professores foram muito parceiros”, comenta agradecida. Ainda que com baixo movimento de alunos no espaço com o retorno do atendimento presencial, a unidade se prepara para receber alunos novos matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental, já que com todas as melhorias feitas e em parceria com o Associação de Pais e Professores (APP), conseguiu ampliar o atendimento.

Foto:s Emily Milioli

“É melhor para aprender com as mudanças”, diz Edson Ferreira, 17, aluno que está na unidade desde o primeiro ano escolar. Para ele, os novos espaços entregues e que ainda nem teve a oportunidade de estrear, por terem sido finalizados nos meses em que esteve longe da escola, servem como incentivo. “A quadra antes era uma rede, duas traves pequenas e redes para proteger a bola para não sair da escola. O chão era de cimento e não era coberta, em dia de chuva a gente ficava na sala”, relembra o estudante de como eram as aulas de educação física. É que além das novas salas, a quadra coberta foi finalizada nos primeiros meses do ano e está com a pintura impecável do verde do chão e as linhas desenhadas para a prática das modalidades de esporte. Com traves de futebol, rede de vôlei e cesta de basquete, o espaço segue na espera de receber aqueles que saíram em março da escola e não tiveram a oportunidade de inaugurá-la.

A quadra antes era uma rede, duas traves pequenas e redes para proteger a bola para não sair da escola. O chão era de cimento e não era coberta, em dia de chuva a gente ficava na sala.” Edson Ferreira, estudante

Equipe de gestão e professores da unidade dezembro 2020 its

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EM Plácido Xavier Vieira

Do outro lado da cidade, na Zona Sul de Joinville, a Escola Municipal Plácido Xavier Vieira desde 2015, quando a unidade foi municipalizada, tem passado por grandes mudanças e reformas para melhor atender os 386 alunos matriculados no primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental. Com 12 salas de aula, laboratório de Ciências, quadra descoberta, refeitório e outros espaços para o desenvolvimento integral do estudante, a escola neste ano de 2020 passou por cerca de 24 serviços prestados para melhoria do ambiente educativo. “Para cumprir seu papel social, a escola busca transformações que conduzam o melhor desempenho dos alunos e dos profissionais desta instituição, em um comprometimento com a realidade social”, escreveu a diretora da unidade, Fernanda de Souza Pereira Ferreira.

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Além de melhorias na estrutura, de acordo com a diretora, os materiais recebidos durante todo esse processo, seja por meio da Secretaria de Educação ou parcerias e premiações em que a escola esteve presente, também contabilizam para a soma das ações que a unidade recebeu nestes últimos oito meses. “A escola também recebeu muitos materiais pedagógicos, na qual possibilitam que toda a comunidade escolar seja beneficiada no processo de ensino e aprendizagem”, diz Fernanda. Em apuração de pauta na matéria neste ano, a revista pode ver de perto as reformas na unidade com melhorias em todas as salas de aula, desde a entrada até os ambientes a céu aberto. Ainda que no projeto, mas que já passou por aprovação, novas ampliações estão por vir na escola com a construção da quadra coberta, já que hoje isso não faz parte da realidade.


Foto:s Fernanda de Souza Pereira Ferreira

A escola tambÊm recebeu muitos materiais pedagógicos, na qual possibilitam que toda a comunidade escolar seja beneficiada no processo de ensino e aprendizagem.� Fernanda de Souza Pereira Ferreira dezembro 2020 its

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Foto:s Fernanda Persike

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CEI Cachinhos de Ouro

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Com as escolas e CEIs sem alunos, a nossa equipe de obras deu continuidade na manutenção dos prédios e pode antecipar as melhorias que iriam ocorrer no recesso escolar. A Secretaria de Educação mantém um planejamento de obras preventivas e corretivas conforme a necessidade e demanda apontadas por cada gestor escolar.” Sônia Victoria Fachini, Secretária de Educação

Assim como unidades do Ensino Fundamental, os Centros de Educação Infantil (CEIs) passaram por revitalizações, entendendo que os espaços abertos também são educativos e importantes como ambientes de aprendizagem. O CEI Cachinhos de Ouro, durante o período de atendimento não presencial, buscou desenvolver o olhar para o futuro, em como acolher as crianças que passaram por um longo período dentro de casa. Com ampliação, também, do espaço escolar que dobrou de tamanho, o CEI agora tem capacidade para atender cerca de 600 crianças da comunidade. “Algo que a gente pensou em organizar são trilhas, calçadas interativas e jardins floridos”, diz a diretora do CEI, Fernanda Persike. “Sabendo que a criança é corpo e movimento, e também tendo a consciência de que esse período de pandemia, para ela, também tem sido um período de muitas restrições, nós buscamos em nossos espaços alternativas para que elas pudessem viver essa infância, esse movimento, sem deixar de tomar os cuidados necessários com a saúde.” Ao total, 33 unidades da rede municipal de ensino de Joinville passaram por melhorias e obras durante todo o período de aula não presencial, desde pintura a manutenção de espaços. De acordo com a Secretária de Educação, Sônia Victorino Fachini, o cuidado com as escolas sempre esteve como prioridade. “Com as escolas e CEIs sem alunos, a nossa equipe de obras deu continuidade na manutenção dos prédios e pode antecipar as melhorias que iriam ocorrer no recesso escolar. A Secretaria de Educação mantém um planejamento de obras preventivas e corretivas conforme a necessidade e demanda apontadas por cada gestor escolar.”

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tecnologia

Com um notebook e uma tela, a transmissão ao vivo foi a saída encontrada pela unidade para garantir o retorno dos alunos para o atendimento presencial

Professores Virtuais

Com integrantes do corpo docente no grupo de risco, escola conta com o apoio da tecnologia para transmitir as aulas no atendimento presencial

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Renata Bomfim

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silêncio na sala sinaliza concentração. Com o distanciamento marcado por carteiras vazias, alunos do sexto ano da Escola Municipal Nelson de Miranda Coutinho revisam os conteúdos com o apoio da professora que está presente na aula, mas de forma virtual. Com um notebook e uma tela, a transmissão ao vivo foi a saída encontrada pela unidade para garantir o retorno dos alunos para o atendimento presencial e preservar a saúde de professores que fazem parte do grupo de risco.


A ideia surgiu em fase de planejamento e organização do calendário de retorno, feito por Maria Ivonete May Werner, supervisora da unidade. Para atender a maior parte dos estudantes nesse processo, a supervisora se atentou em trazer para este atendimento professores, principalmente, que lecionam Matemática e Língua Portuguesa, por conta do histórico de desenvolvimento dos dois componentes curriculares e por serem áreas que mais impactam os estudos no ensino não presencial. “Tem aluno que mesmo com direcionamento dele e o professor no virtual, ele precisa estar presente no ambiente escolar”, conta. “E aí eu pensei: ‘por que não trazer o aluno para o presencial e o professor no virtual?’. Fizemos um teste, conectamos o notebook a uma tela maior de computador, como se fosse um televisor, e fantástico. O som é perfeito e distribui ao ponto de onde o professor visualizar todos os alunos dentro da sala.” Professora de Língua Portuguesa, Loize Piffer é uma das cinco da unidade que aceitou participar do atendimento presencial dos alunos, mas à distância. Para ela, mesmo não estando presente na unidade, consegue se sentir mais próxima dos estudantes, principalmente

daqueles que não conseguiram acompanhar a programação dos módulos a cada semana. “O vínculo é muito importante, pois os alunos precisam se sentir seguros para aprender. No momento em que a ideia foi proposta, o grupo de professores abraçou. Uma ação dessas precisa do acompanhamento de todos os profissionais e também das famílias”, diz. Com quatro turmas com professores virtuais nos anos finais do Ensino Fundamental, divididas entre dois atendimentos pela manhã e dois no período da tarde, a equipe da unidade faz o acompanhamento das aulas para organizar o espaço que conta com o apoio da integradora de mídia, Rosiane Justino, de Itamar Rodrigues de Oliveira e de profissionais para fazer a supervisão da aula que tem duração de duas horas, sem troca de professor neste modelo de ensino. Além de Loize, também ofertam transmissão ao vivo de Língua Portuguesa as professoras Elisiane Katzwinkel Antunes e Cleonice Rolling Rech. Em Matemática, as aulas ao vivo são feitas pela professora Eliane Moura Rodrigues e em Ciências por Michele Cordeiro. No presencial, 16 professores dos demais componentes curriculares estão presentes na unidade.

O vínculo é muito importante, pois os alunos precisam se sentir seguros para aprender. No momento em que a ideia foi proposta, o grupo de professores abraçou. Uma ação dessas precisa do acompanhamento de todos os profissionais e também das famílias.”

Fotos: Renata Bomfim

Loize Piffer, professora de Língua Portuguesa

De casa, professora tira dúvidas de módulos dos alunos presentes na unidade escolar

Caroline Michele Brunken, coordenadora do Ensino Fundamental, em encontros de formações com as equipes das unidades levantou sugestões para atender os alunos no ensino presencial. Em ano marcado, também, pela implementação do novo currículo da rede municipal, a volta se atenta em priorizar componentes curriculares em que os estudantes apresentam mais dificuldades. “A forma de conversa, tanto com os supervisores como com os orientadores, foi de levar o entendimento de que o professor não precisa estar na sala para fazer a intervenção com o estudante, mas de que nós temos meios tecnológicos de podem proporcionar aos estudantes que tirem as suas dúvidas”, comenta. “A sugestão foi que eles estivessem em um espaço onde eles pudessem fazer essa interação via tecnologia que muitas vezes eles não têm essa possibilidade na sua casa, mas que eles façam na escola. Eu percebo que a EM Nelson de Miranda Coutinho fez a lição de casa e pensou numa forma muito interessante de estar articulando esse processo de ensino e aprendizagem, em forma de interação que o professor está tendo na sua casa com as crianças na escola.” dezembro 2020 its

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galerias

Anabelli - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira

Samuel - EM Valentim João da Rocha

Jéssica - EM Valentim João da Rocha

Augusto - EM Valentim João da Rocha

Kaike, Carlos, Alberto, Bruna, Itauana, Sofia, Eduarda e Amanda - Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke

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Rafael, Douglas e Camili - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Rede conect@da

Júlia - EM Plácido Xavier Vieira

Juana - EM Valentim João da Rocha Bruno - EM Valentim João da Rocha

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galerias

Echiley - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira

Gabriel - EM Plácido Xavier Vieira

Pedro e Bryan - EM Plácido Xavier Vieira

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Davi - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira


Gabriel, Pedro, Gustavo e Arthur - Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke

Ezequiel - EM Valentim João da Rocha

João Augusto - EM Valentim João da Rocha

Samuel - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira

Rede conect@da

Kamilli - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira

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galerias

Lucas e Joรฃo - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Karina - EM Plรกcido Xavier Vieira

Rede conect@da

Laura - EM Professora Zulma do Rosรกrio Miranda Gabrieli - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

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Sara - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira

Umberto - EM Valentim João da Rocha

Lucas - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Vinícius - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira Luis - EM Valentim João da Rocha

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galerias

Matheus - EM Valentim João da Rocha

Vinicius, Kauã, Arthur e Amanda - EM Valentim João da Rocha

Matheus - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

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Luiz, Mariana e Erick - EM CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira

Maria, Gabrieli, Antonieli, Midiã e Rafael - Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke


Camila - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira

Matheus - EM Plácido Xavier Vieira Luís Felipe - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Rede conect@da

Luiz, Melanye e Luka - EM Professora Zulma do Rosário Miranda

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galerias

Camile, Felipe e Nicolas - EM Plácido Xavier Vieira

Rede conect@da

Gabrieli, Luís e Gustavo - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Nycolly - EM Professora Ada Sant’Anna da Silveira Pedro - EM Valentim João da Rocha

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Camili - EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Gustavo - EM Valentim João da Rocha

Vitória - EM Valentim João da Rocha Danilo - EM Plácido Xavier Vieira

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Foto: Divulgação/Freepik

saideira

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hegou a última coluna do ano e no fundo todo mundo está aliviado que 2020 está acabando, não é mesmo?! Dezembro tem o poder de trazer este clima de um novo começo, enquanto janeiro dá um merecido descanso e tudo isso com muito sol e menos compromissos do que o normal. Tudo bem que a vida é contínua e não tem essa de reset a cada dia 1º de janeiro, mas não vou ser o estraga prazeres aqui, até porque também estou na torcida para que o próximo ano seja diferente. Porém, ao invés de olhar apenas para o futuro, é mui-

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Lucas Inácio

to importante refletir sobre o que passou, pois como dizem os professores, a gente estuda história para não cometer os erros do passado. E nesse caso não é importante olhar apenas para os fatos tal qual uma retrospectiva de televisão, mas olhar nas entrelinhas dos acontecimentos. A última pandemia mundial tinha ocorrido há um século, esta foi uma situação nova para mais de 99,9% das pessoas vivas em 2020. Isso colocou o mundo em pressão gerando reações diferentes de diversos setores da sociedade. Aconteceu tanta coisa que, sem dúvidas, foi um ano de muito aprendizado.

A gente logo relaciona a palavra aprendizado com as escolas e neste ponto foi um ano particularmente difícil. Muitas adaptações e esforço dos profissionais da educação tentando encontrar soluções para amenizar os problemas do distanciamento social – e desde já fica o nosso muito obrigado. De forma mais ampla, tem também os diversos aprendizados que se tira disso tudo, seja por parte dos cientistas (sociais, políticos, da saúde, econômicos etc.), seja uma jornada de autoconhecimento. E sabem o que todos os tipos de conhecimento têm em comum? São formulados por meio de perguntas. Então aqui fica uma dica, mais importante do que tentar dar respostas sobre 2020 – algo a qual não temos –, este texto é um chamado para fazer perguntas. São elas que nos levam a procurar as respostas para tentar entender o mundo à nossa volta. Usando o exemplo clássico de 1666, Newton tinha 23 anos quando a maçã caiu sobre sua cabeça. É claro que ele já tinha visto coisas caírem antes, mas ao se perguntar o motivo foi que ele começou a desenvolver a teoria da gravidade. Plot twist! Algum dia, alguém se perguntou se essa história era mesmo real e a resposta é: provavelmente não. Difícil responder com certeza, mas os principais relatos dizem que a maçã era uma analogia que Newton usava para explicar sua nova teoria e ele até tinha uma macieira em casa (preservada até os dias de hoje). Porém, esse dia da grande revelação dificilmente aconteceu e uma grande evidência disso é que o conhecimento se constrói aos poucos, é um processo contínuo, por mais que uma sacada sempre ajude, não é uma inspiração caída do céu – que trocadilho horroroso – que nos faz encontrar as respostas, mas, sim, um acúmulo de conhecimentos que nos leva a fazer as perguntas pertinentes para ir em busca das respostas. Agora voltando para 2020, difícil entender muitas coisas que estão acontecendo, por isso, perguntas vêm à mente. A primeira delas é: “quando teremos a vacina?” Mas para além disso, a situação emergencial expôs muitos problemas da nossa sociedade, seja nas áreas sociais, na saúde, educação, habitação, saneamento básico, economia, entre tantas outras que merecem nossa atenção e nossas perguntas. É a partir delas que vamos entender o que está acontecendo e procurar as soluções para os problemas de 2020, afinal de contas, todos merecem um feliz ano novo. dezembro 2020 its

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