Pecuária Brasil #38 Livro Genética de Ouro - O DNA DA PECUÁRIA

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Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges

o  O e d a c Genéti O DNA DA PECUÁRIA

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3 RUBENS FERREIRA


Pecuária Brasil Editora e Publicidade Ltda. Rua Manoel Roberto da Silva, 40 – Bairro Estados Unidos, 38015 – 390, Uberaba – MG, Brasil

Supervisão Editorial: Cláudia Helena Monteiro e Gustavo Miguel.

Telefone: +55 (34) 3071.1000 e-mail: redacaopecuariabrasil@gmail.com claudiapecuariabrasil@gmail.com

Fotografias do autor: Arquivo pessoal, JM Matos e Wellington Valeriano. Projeto gráfico: Augusto Neto, Carlos Lopes, Cláudia Helena Monteiro e Natália Escobar.

Todos os direitos reservados. Este livro não pode ser reproduzido sob quaisquer meios, em todo ou parte, sem autorização por escrito do autor.

Diagramação: @assismkt e Carlos Lopes.

Revisão e Texto sobre o autor: Cláudia Helena Monteiro, Iara Marquez e Larissa Vieira.

Colaboração: Brenda Monteiro, Bruna Monteiro, Carla Prado, Giselle Tucunduva,Iara Marquez, Gustavo Miguel, Larissa Vieira, Márcio Diniz e Museu do Zebu. CTP e impressão Gráfica 3 Pinti.

Fotógrafos Colaboradores:

Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges

Boy: +55 (17) 9 8115 8087 Carlos Lopes: +55 (34) 9 8814 0800 Fábio Fatori: +55 (13) 9 8121 0011 Flávio Venâncio: +55 (67) 9 8143 0131 Gustavo Miguel: +55 (34) 9142 5081 Jadir Bison: +55 (34) 9960 4810 JMMatos: +55 (34) 9107 9381 Marcelo Cordeiro: +55 (31) 9 9946 9697 Maurício Farias: +55 (34) 9 9994 1949 Ney Braga: +55 (34) 9960 9610 Pitty: +55 (34) 9978 1205 Roberto Mattos: +55 (67) 9 9245 2040 Rubens Ferreira: +55 (11) 3609 1562 Wellington Valeriano: +55 (34) 9 9173 1487 Zzn Peres: +55 (21) 9 8094 1977

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Genética de Oo O DNA DA PECUÁRIA


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Índice CAPÍTULO 1..............................................................16 LINHA DO TEMPO O ZEBU ESTÁ NO SANGUE 1.1 INÍCIO DA MARCA R 1.2 AS CONQUISTAS DA MARCA R 1.3 FAMOSOS TOUROS GIR 1.4 AVÔ MATERNO � UMA INSPIRAÇÃO CAPÍTULO 2 .............................................................22 A CONTINUIDADE DE UM LEGADO 2.1 SELEÇÃO IPÊ OURO 2.3 DOADORAS IMPORTANTES CAPÍTULO 3..............................................................30 AS VÁRIAS IMPORTAÇÕES DA GENÉTICA INDIANA 3.1 VIAGEM À ÍNDIA 3.2 DESAFIOS PARA A RETOMADA DAS IMPORTAÇÕES CAPÍTULO 4..............................................................34

OS RECINTOS DE AVALIAÇÕES

CAPÍTULO 5..............................................................36 TRAJETÓRIA INTERNACIONAL CAPÍTULO 6..............................................................40 ABCZ: DO CONSELHO DO GIR À PRESIDÊNCIA 6.1 INÚMERAS FUNÇÕES E MUITO APRENDIZADO 6.2 MOMENTO DE GRANDE ORGULHO CAPÍTULO 7..............................................................48 NOVOS CAMINHOS ASSESSORIA EM LEILÕES CAPÍTULO 8..............................................................52 SUCESSÃO E O FUTURO DO ZEBU CAPÍTULO 9..............................................................56 HOMENAGEM DENTRO E FORA DO BRASIL CAPÍTULO 10..............................................................58 AMOR À FAMÍLIA 10.1 ARNALDINHO NAS PALAVRAS DE IARA 10.2 ABCZ 10.3 DONA YEDA NAS PALAVRAS DA IARA RECORDAÇÕES..........................................................68 DEPOIMENTOS.........................................................79

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Apoio institucional:

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16/07/2020

Tão importante quanto investir no melhoramento genético, é garantir uma boa performance no manejo sanitário.

Nós, da Ourofino Genética, contamos com Master LP e Evol para garantir a sanidade do nosso rebanho, contribuindo para a evolução dos animais e comprovando o valor genético. Faça como nós e invista no melhoramento da raça, começando pelo manejo sanitário. Para que a oportunidade chegue em suas mãos, encontre os produtos Ourofino nas melhores lojas do Brasil e a Genética Ourofino pelo telefone (16) 98129-9903 (Gustavo). 9


DEDICATÓRIA Quero dedicar esse livro à minha esposa Iara, que está sempre ao meu lado, a nossos filhos, tanto os meus, quanto os dela, aos nossos netos e a meus pais e avós que foram fundamentais para minha formação e valores. Dedico também essa obra aos criadores, tanto aqui no Brasil quanto do exterior, a cada um que me deu oportunidade para executar meu trabalho e também contribuíram para que eu pudesse, com a vivência diária, aprender cada dia mais sobre a seleção do zebu. Sem dúvida, cada trabalho, cada lugar, cada região com suas peculiaridades foi um grande e prazeroso aprendizado.

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PREFÁCIO Quando recebi o convite da Cláudia Helena Monteiro, da revista Pecuária Brasil, para entrarmos juntos neste projeto arrojado e inovador que é o livro “Genética de Ouro – O DNA da Pecuária”, eu logo soube que seria uma tarefa empolgante. É uma oportunidade única de compartilhar um pouco da minha história, que é entrelaçada com o zebu. Como muitos já sabem, falar de zebu preenche cada dia da minha vida de forma muito gratificante. Como eu morava na fazenda, minhas primeiras brincadeiras na minha infância era selecionar. Comecei com as galinhas, que separava por cores. Com a vivência diária com meu pai, tornei-me um criador. Não só eu, como minha família, pois adotei com meus filhos exatamente a mesma criação que tive do meu pai. Todos da minha casa gostam de zebu, pois isso nos dá muitas alegrias e responde bem nossos esforços na pecuária. Espero que, em breve, meus netos sigam essa paixão em favor da seleção das raças zebuínas. Pelos registros históricos, essa trajetória começou na minha família em 1893, na pessoa de meu tio-avô Teófilo de Godoy, primeiro brasileiro a ir pessoalmente à Índia para importar animais zebuínos. Em 1906, meu avô paterno, Rodolfo Machado Borges, foi o primeiro criador a perceber a importância das raças puras de origem indiana para o país e entrou para a história como o grande selecionador das raças Gir e Nelore. Em 1948, meu pai, Arnaldo Machado Borges, a segunda geração a dar continuidade a esse legado, iniciou a Marca “R7” ao lado de minha mãe Yeda Maria Borges. Como primogênito, sigo mantendo a qualidade e a tradição de nossos antepassados, juntamente com meus filhos, na seleção da Fazenda Ipê Ouro, desde 1980, sendo a terceira e quarta geração no negócio e trabalhando juntos em prol do zebu.

Registrar aqui, neste livro, nossa história é importantíssimo. Pessoalmente, dou um enorme valor a isso. Inclusive, trago aqui, além de minha história, um pouco da história de importantes seleções pioneiras e contemporâneas. São homens e mulheres que vivem o zebu em seu dia a dia, aqui no Brasil, na Bolívia, no Paraguai, na Colômbia e na Guatemala. São selecionadores que vem aqui contribuir com suas atuações e, juntos, esperamos, por meio deste projeto, inspirar as futuras gerações com todas essas vivencias compartilhadas ao longo de cada página que trazemos de forma arrojada e inovadora. Um livro como nunca havia sido escrito antes, não em uma só obra e com tantos detalhes. Trazemos também ao início de cada capítulo um breve histórico detalhado de cada raça zebuína, de todas elas: Brahman, Gir, Gir Leiteiro, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Nelore Mocho, Sindi e Tabapuã, assinados pelos presidentes das associações promocionais de cada raça. Essa participação das entidades e de seus colaboradores foi imprescindível. Procuramos deixar tudo de maneira clara e de fácil entendimento. Nessa trajetória de elaboração do livro, tive a oportunidade de conhecer melhor cada projeto pecuário aqui destacado. Espero que todos eles sejam importantes para inspirar os zebuzeiros de hoje e os do amanhã. Já adianto que muito me alegra saber que, assim como na minha família, o zebu está no sangue e na vida de todos esses zebuzeiros. Se continuarmos nessa dedicação e utilizando todas as técnicas de seleção a cada dia, daremos, com sucesso, sequência nesse trabalho de criação das raças zebuínas que revolucionou a pecuária brasileira. É uma missão que as futuras gerações já mostraram interesse e que certamente terão êxito. Que assim seja “O ZEBU” cada vez mais forte e cada vez mais importante!

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Teófilo de Godoy Primeiro brasileiro a ir pessoalmente à Índia para importar animais zebuínos para o Brasil.

LINHA DO TEMPO

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1893


Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges Durante sua gestão frente à ABCZ lança a Marca do PMGZ para identificar animais superiores de sete raças zebuínas durante a ExpoGenética.

2017

1938 Rodolfo Machado Borges Iniciado o Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas. Martelo recebeu o Registro Genealógico de número 1. Sua marcação a fogo foi efetuada pelo então presidente da República, Getúlio Dornelles Vargas, na IV Exposição Nacional, realizada em Belo Horizonte, durante a inauguração do Parque da Gameleira, que ainda contou com a presença do ministro da Agricultura Fernando Costa. 13


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A P R E S E N TA Ç Ã O

Genética de Ouro O DNA da Pecuária Esta obra foi idealizada pela equipe da revista Pecuária Brasil em maio de 2020, mesmo ano em que a seleção Ipê Ouro completou 40 anos. Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, o Arnaldinho, como ele gosta de ser chamado, aceitou nosso convite para ser o autor desta obra. Um dos maiores conhecedores de zebu da atualidade, com impecável currículo e um dos nomes mais influentes da pecuária mundial zebuína, ele é um conhecedor nato de zebu. Com seu jeito tranquilo e muito atencioso, herdou do avô, Rodolfo Machado Borges, o olhar criterioso para avaliar e selecionar bem um animal. Dedicou sua vida ao melhoramento genético das raças zebuínas. Arnaldinho é médico-veterinário, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), membro efetivo do Colégio de Jurados das Raças Zebuínas (CJRZ) e membro nato do Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas, cargo que ocupa desde que deixou a presidência da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) no final de 2019. É criador com motivos de sobra para se orgulhar. Titular da Fazenda Ipê Ouro, que além de ser considerado um espaço de beleza ímpar pela rica arborização, é importante berço de uma genética de ponta no cenário atual. O pioneirismo no Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ) e na utilização da Fertilização In Vitro (FIV) em matrizes de alto valor genético possibilitou a Ipê Ouro estar entre os melhores criatórios de Nelore. Por sua criteriosa avaliação, Arnaldinho passou a ser um dos mais solicitados jurados das raças zebuínas, assim como seu filho João Marcos, que segue fielmente os passos do pai, e integra o seleto grupo do Colégio de Jurados das Raças Zebuínas (CJRZ). Arnaldinho compartilha conosco, nas próximas páginas deste livro, um pouco de sua trajetória na pecuária zebuína, um exemplo de sucesso que certamente servirá de referência para as futuras gerações.

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CAPÍTULO 1

O zebu está no sangue “Conhece-se a árvore pelos frutos. E o homem por seus atos” Maria Cândida de Godoy (Rolinha), neta de Teófilo de Godoy. A chegada do zebu no Brasil faz parte da história da minha vida. Sou descendente de um dos grandes pioneiros do zebu, Teófilo de Godoy, irmão de minha tataravó Maria Cândida de Godoy. Ele foi o primeiro brasileiro a ir pessoalmente à Índia para importar animais zebuínos para o Brasil. Saiu daquele país em novembro de 1893, trazendo consigo 13 cabeças de gado. No trecho entre a Índia e a França, duas vacas deram cria. Assim, Teófilo de Godoy chegou ao Brasil com 15 exemplares do mais puro sangue zebuíno. Outro membro da família que carregava nas veias o amor pelo zebu era meu avô, Rodolfo Machado Borges, que nasceu em 4 de janeiro de 1882, na Fazenda Laranjeiras, localizada em Uberaba/MG. Era o nono filho de Maria Santana Borges. Anos mais tarde, Rodolfo casou-se com Cândida Elvira Araújo Borges, a dona Sinhá, com quem teve seis filhos: Afrânio, Arnaldo, Azália, Elina, Maria Elvira, Nízia e Rivaldo. Desde criança interessou-se pela vida no campo e mostrou-se um menino diferenciado: amava a natureza. Durante toda a sua vida zelou pela conservação desses bens naturais, em uma época em que não existiam ecologistas ou ambientalistas. Tinha um caráter determinado. Devoto de Nossa Senhora da Abadia, ajudou a

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construir o santuário na cidade de Uberaba. Rodolfo nunca participou oficialmente de diretorias de entidades do setor na época, como o Herd Book Zebu e a Sociedade Rural do Triângulo Mineiro, mas nos bastidores foi sempre um grande líder da classe ruralista. Sua inclusão na lista dos 50 grandes vultos da nossa pecuária se deve ao mérito do trabalho seletivo e contínuo das raças zebuínas, ao qual se dedicou durante toda a sua vida. INÍCIO DA MARCA R Em 1906, Rodolfo deu início à sua criação de zebu, adquirindo um lote de animais de seu cunhado, José Caetano. Eram animais aguzeratados. Adquiriu também, exemplares de seus irmãos Antônio, José e Vigilato e de seu cunhado Juquinha Mendonça, de Antônio Borges de Morais e de Armel de Miranda. As vacas adquiridas foram, no ano seguinte, levadas à Fazenda Cassu para serem acasaladas com um touro importado da Índia. Rodolfo compreendia com clareza que o sucesso da formação de seu rebanho dependia da escolha de bons reprodutores, que deveriam ser criteriosamente escolhidos e bem trabalhados no plantel. Dentro desse conceito, sempre usou touros importados que lhe parecessem puros ou descendentes diretos desses. Na Exposição Pecuária de Uberaba, em 1911,


Rodolfo recebeu a Medalha de Ouro por um lote de animais apresentados. Em 1917, participou como expositor da primeira edição da Exposição Regional de Gado Zebu de Uberaba, inaugurada em 3 de maio, e cuja finalidade era selecionar os animais que participariam da Exposição Nacional do Rio de Janeiro. Sempre focado na melhoria de seu plantel, no ano de 1920, patrocinou, junto com os irmãos Vigilato, Joaquim e João Machado Borges, uma importação de zebu. Eles enviaram à Índia Celso Rosa e Fileto de Carvalho Miranda. Os animais vieram pelo navio “Panamá Maru”, que atracou em Santos. Nessa importação adquiriu os touros Vassarí e Vesúvio e as fêmeas, que se tornariam famosas no rebanho R, Menina, Tonta, Esterlina, Paineira e Rainha. Entre os primeiros reprodutores que se destacaram no rebanho “R” estavam Vassarí, Vesúvio e Mandarim. No decorrer dos anos, essa genética tornou-se a base da sua seleção de gado Gir. Rodolfo tinha um cuidado especial na escolha das fêmeas, conseguindo trabalhar o plantel de uma maneira única. Fechou os olhos para as descabidas exigências do mercado na época, o que o levou a enfrentar problemas, todavia seu objetivo de seleção estava à frente do seu tempo, com foco no melhoramento genético e racial do gado. Estudioso, soube aproveitar as oportunidades para aprimorar seus conhecimentos. Em 1939, seu filho Rivaldo Machado Borges conseguiu uma transcrição de um livro do zootecnista e coronel do exército inglês, Artur Olver, que tinha experiência de trabalhos realizados no Egito, América Central, África. A obra trazia uma análise das

características morfológicas das raças zebuínas, estudadas pelo autor na Índia. Com base nos conhecimentos adquiridos, Rodolfo planificou a seleção de seu rebanho com objetivo de eliminar defeitos e fugir da consanguinidade estreita entre as famílias existentes. Idealizou o tipo que atenderia as necessidades brasileiras: rusticidade, precocidade, boa conformação, abundância de carne, fertilidade etc. Ele afirmava que os reprodutores Indú, Banjo, Martelo e Bey eram puros dentro de seus tipos, porém diferentes entre si, sendo o tipo ideal para a realidade brasileira. Foi fazendo o

BUSTO DO RODOLFO MACHADO BORGES PRESENTE NO MUSEU A CÉU ABERTO DO PARQUE FERNANDO COSTA

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trabalho de seleção com muito rigor, e não utilizando animais de outras linhagens e eliminando as matrizes que não tinham uma carga genética que poderia trabalhar dentro de uma consanguinidade, e obteve excelentes resultados. A Marca R trabalhou exclusivamente em uma consanguinidade bem orientada, em um processo de seleção conduzido com cuidado, com famílias distintas, trabalhadas entre si. Quando décadas depois, ao chegarem os animais importados por Joaquim Martins Borges, Celso Garcia Cid e Torres Homem, verificou-se que o gado Gir da Fazenda Laranjeiras estava muito mais atualizado que o gado indiano que acabara de chegar. É que o rebanho da Marca R já havia passado pelo processo de correção de diversos defeitos, não apresentando mais os problemas verificados no Gir indiano. Rodolfo foi o primeiro criador a perceber a importância das raças puras de origem indiana para o país e entrou

para a história como o grande selecionador da raça Gir. Afirmava sempre a seus filhos ser um apaixonado pelo Gir e acreditava que a dupla aptidão da raça poderia ser favorável para criação em pequenas propriedades. Porém, já naquela época, vislumbrava que o gado do futuro seria o Nelore. Tinha absoluta convicção de que a raça seria a que melhor se adaptaria às mais diversas regiões do país, no desenvolvimento da pecuária extensiva de corte. Sabia que a vaca Nelore era imbatível na produção de bezerros para obtenção de carne. AS CONQUISTAS DA MARCA R NAS EXPOSIÇÕES Apaixonado pelo zebu, Rodolfo criava três raças zebuínas: Gir, Guzerá e Nelore. A partir de 1934, por questão de espaço, optou por focar a seleção nas raças Gir, Guzerá e Nelore. Naquele ano, adquiriu de Antenor Machado (Passos/MG) o touro Martelo. Apesar das críticas que recebeu sobre Martelo, em 1938, o reprodutor foi consagrado com os títulos de Grande Campeão Gir e

FAZENDA LARANJEIRAS

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RODOLFO MACHADO BORGES, GOVERNADOR BENEDITO VALADARES, PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS E MINISTRO DA AGRICULTURA FERNANDO COSTA

Grande Campeão Nacional das Raças Zebuínas. Naquele mesmo ano, foi iniciado o Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas. Martelo recebeu o Registro Genealógico de número 1. Sua marcação a fogo foi efetuada pelo então presidente da República, Getúlio Dornelles Vargas, em Belo Horizonte/MG, durante a inauguração do Parque da Gameleira. Já o touro Vesúvio foi o Registro de número 6 e Indhu o de número 7. Foram registradas no Brasil 90 fêmeas da raça Gir, sendo 64 Marca “R” e o registro n°. 1 com a Matriz Moreninha R. Já na raça Nelore,

na mesma data, foram registrados seis machos, sendo quatro da Marca “R” (Louro nº. 2, Ceylão nº. 4, Indhu nº. 5, Guarujá nº. 6). Também foram registradas 37 fêmeas Nelore, sendo que as 19 primeiras foram do Governo Federal, e as 18 posteriores da Marca R. As exposições já faziam parte da rotina do criatório, que sempre vinha conquistando premiações importantes pelo país. Foi Rodolfo quem argumentou junto à classe ruralista para fixar a data de 3 a 10 de maio para a realização da primeira exposição de Uberaba, em 1935, pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro. Sua defesa foi baseada nas condições climáticas, mas também vi-

CHAVE DE OURO

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sando o comércio de animais. Como as chuvas na região cessavam em abril, o gado em maio estaria gordo, facilitando a sua comercialização. A data foi tão bem aceita que perdura até os dias de hoje. Rodolfo ainda foi o primeiro criador no país a expor a raça Nelore nas exposições da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro. Como resultado da participação em Uberaba, a Marca R fez um grande número de Grandes Campeões e Grandes Campeãs. Na galeria dos Grandes Campeões da ExpoZebu, os primeiros animais, tanto machos quanto fêmeas, eram da marca R ou VR. Na Raça Nelore Foram seis Grandes Campeões Nacionais e dez Grandes Campeãs Nacionais. São eles: 1935 - Guarujá R e Rolinha R; 1936 - Venezuela; 1937 - Indu e Veneza; 1938 - Louro e Venezuela; 1941 - Indu e Buika; 1942 - Sibéria; em 1943 – Mariposa; 1944 - Guarujá-II; 1945 - Mariposa; 1946 - Bombaim e Campanhia e em 1952 – Guaxima. Na raça Gir Foram vinte e nove Grandes Campeões Nacionais e quinze Grandes Campeãs Nacionais: Em 1935 – Moreninha; 1938 – Martelo e Moreninha; 1939 – Platéia; 1940 – Bey; 1941 – Menina; 1946 – Baependi e Lombard; 1944 –

TORRES HOMEM E RODOLFO MACHADO BORGES 20

Pompéia; 1947 – Garota; 1948 – Brisa; 1955 – Guarujá; 1956 – Chave de Ouro e Anabela; 1957 – Bronze; 1959 – Columbia; 1960 – Gandhi; 1962 – Bacpendi e Brisa; 1963 – Czar e Coroada; 1964 – Camponês; 1965 – Chave de Ouro Jr; 1966 – Emblema e Efetiva; 1967 – Imanjá e Diana; 1968 – Goiacan; 1969 – Libero; 1970 – Pingo de Ouro; 1971 – Hong Kong e Liberdade; 1972 – Cancioneiro; 1973, 1974 e 1975 – Asteca; 1975 e 1978 – Ampola e Hong Kong II; 1981 – Vesúvio; 1982 e 1983 – Seresteiro; 1984 – Magno; 1985 (reprodutor Ipê Ouro). FAMOSOS TOUROS GIR A seleção da Marca R tomou novos rumos em 1939, ano em que foi adquirido o touro Banjo. A partir dali, passou-se a trabalhar somente com famílias conhecidas de Gir. Um capítulo à parte nessa história começa a ser escrito em 22 de fevereiro de 1952, quando nasceu na Fazenda Laranjeiras um bezerro que correspondia à dedicação do meu avô Rodolfo. Tão convicto disso, imediatamente colocou o nome no animal de “Chave de Ouro”, filho do Bey na Anabela (Bey x Francesinha). Ele foi o mais famoso touro Gir da história do zebu, o alicerce do novo rebanho Gir da Laranjeiras. Ganhou renome ao consagrar-se Grande Campeão Nacional, em Uberaba, em 1956. Sua história perpetua até os dias atuais. Chave de Ouro faleceu na fazenda Santa Bárbara em 29 de setembro de 1967, notícia que teve grande repercussão nacional. Sua cabeça foi embalsamada e faz parte do acervo do Museu do Zebu, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Em seus últimos dias de vida, Rodolfo vivia praticamente na fazenda. Ele faleceu em 27 de fevereiro de 1955, em sua residência na presença de sua esposa Sinhá, dos filhos, do Dr. Randolfo Borges e Fausto Borges. Toda sua dedicação foi reconhecida pela ABCZ, que fez um busto em sua homenagem,


ANABELA

BEY

sendo uma das obras do Museu a céu aberto do Par- mãe ia lá me buscar, ele não me deixava voltar para que Fernando Costa, em Uberaba/MG desde 10 de casa. Eu tive muita convivência com ele e me pareço maio de 1966. muito com ele no temperamento, fisicamente e na maneira de me relacionar com as pessoas. InclusiAVÔ MATERNO – UMA INSPIRAÇÃO ve, certa vez, em uma viagem a Belo Horizonte/MG Ao longo de minha trajetória muitas pessoas me estava na fila de cinema e duas senhoras que estainspiraram, mas tem uma delas que foi fundamental vam na minha frente começaram a conversar e olhar na minha formação, o meu avô materno Manoel Ja- para mim. Foi quando uma delas me perguntou se cinto de Souza. Minha mãe teve cinco filhos, sendo eu era filho da Yeda, pois elas acharam impressioos três primeiros em anos consecutivos. Sou o pri- nante como eu parecia com meu avô Manoel. Elas mogênito e nasci em 08 de novembro de 1952, meu eram de Uberlândia e nunca tinham me visto antes. irmão José Rodolfo nasceu onze meses depois, em Assim como meu avô, eu gosto muito de plantas. outubro de 1953, anualmente ficamos praticamente No meu carro tem uma mochila só com ferramentas um mês com a mesma idade. E a nossa irmã Juliana de jardinagem. Lembro de que meu avô já descia é de dezembro de 1954, ou seja, 14 meses de dife- do carro olhando os caramanchões de maracujá e rença de idade com o José Rodolfo. Depois vieram outras plantas da fazenda. Esse gosto pela natureza Cristiana Maria e a Candida Elvira. eu herdei dele. Meu avô tinha um cuidado muito Nós morávamos na fazenda e eu, aos quatro anos grande com a preservação do meio ambiente. de idade, fui com meu avô Manoel para UberlânTiveram amigos importantes na minha vida prodia/MG, onde ele residia. Como era fazendeiro, ele fissional: Manoel Carlos Barbosa, Newton Camargo me levava sempre para a fazenda. Quando minha de Araújo, Rômulo Kardec de Camargos e Cláudio Sabino Carvalho. 21


CAPÍTULO 2

A continuidade de um legado Não existe história sobre as raças zebuínas no Brasil que não esteja ligada, direta ou indiretamente à trajetória da família Machado Borges. Com 115 anos de seleção, os filhos de meu avô, Rodolfo Machado Borges, seguiram seus passos na criação de zebuínos. Em 1948, meu pai, Arnaldo Machado Borges, a segunda geração a dar continuidade a esse legado, por meio da Marca “R7”, fundou a seleção de Gir e Nelore da Fazenda Boa Vista. Nesta missão, contou com o total apoio da minha mãe Yeda Maria Borges. Como primogênito, sigo mantendo a qualidade e a tradição de nossos antepassados, juntamente com meus filhos, na Seleção da Fazenda Ipê Ouro, desde 1980. Meu irmão, José Rodolfo, que é formado em engenharia, também está dando sequência à pecuária de elite, selecionando Gir e Nelore PO, no Mato Grosso. Já as minhas irmãs

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Juliana, Cristiana e Candida Elvira seguiram na pecuária de corte e agricultura. Desde criança, meu pai levava eu e meu irmão José Rodolfo para a ExpoZebu. Ficávamos ali na cerca acompanhando o julgamento com meu pai. Tenho perfeita lembrança de vários campeões dos anos 60 pra cá, o que deixa muitos espantados, pois na época tinha apenas dez anos. Em uma conversa com o saudoso Mário de Almeida Franco Júnior, comentei o quanto o touro Marabá, que foi Grande Campeão da ExpoZebu 1962, chamou minha atenção. Ele achou que eu estava enganado, pois na época era um menino de 10 anos, mas me lembro perfeitamente desse dia. Estava lá com meu pai e o Marabá era um touro diferente dos outros, tinha uma carcaça impressionante, parecia o Mike Tayson, bem turbinado e também muito precoce.


Como nossas férias eram sempre na fazenda, trabalhávamos muito com meu pai, acompanhando-o nos campeiros, ele explicava tudo em detalhes sobre o manejo, a preservação do solo e dos pastos. Certa vez, chegamos a um pasto onde havia um lote de animais da raça Gir, dentre eles um touro que se chamava Tributo R7. Eu não gostava desse touro de jeito nenhum! Ele era mais alto, menos caracterizado, um pouco diferente do Gir daquela época. Daí, ele me falou que tinha separado aquele animal por algumas qualidades que possuía e que precisavam ser aproveitadas. Pediu também que observássemos que ele nunca colocava mais de 15 matrizes com o touro. Explicou também que colocava com o Tributo as vacas mais baixas e mais profundas para aproveitar a genética dele e dar mais equilíbrio, e que nessas ocasiões era preciso saber aproveitar as qualidades do animal e não o eliminá-lo. Ainda hoje lembro desse ensinamento. Por exemplo, o Basco da SM, de propriedade da Naviraí, que é muito criticado. Quando ele tinha entre seus 14 ou 15 meses, estive lá na Chácara Naviraí, acompanhado do criador Osvaldo Monasterio Nieme (Sausalito), que gostou muito do Basco e queria adquiri-lo. Era um animal muito estruturado, ossatura forte, arqueado de costelas, um modelo frigorífico ideal. Mas o saudoso Cláudio Carvalho, titular da Naviraí, não quis vender, pois disse que aquele animal representava tudo que ele havia planejado para sua seleção e que pretendia mandá-lo cedo para coleta. Nas primeiras coletas de sêmen produzidas por Basco, Cláudio Carvalho separou cerca de 200 doses para o Osvaldo, que usou em seu rebanho e obteve resultados excelentes. Mas, não podemos negar que o Basco tinha alguns senões do ponto de vista genético, como a habilidade

materna, e, de vez em quando, falha um pouquinho na fertilidade. Por outro lado, tinha uma carcaça excepcional. Em um levantamento que fiz dos últimos recordes de valorização mais expressivos, a maioria tem Basco no pedigree, ou é filho ou é neto. A Íris 8 FIV Valônia (Landau da Di Gênio x Íris Katispera) é neta do Basco da SM, a Jolie FIV do Mura, filha do Basco na Enfezada do Mura. Concluí que foram sabias as palavras do meu pai: “O importante é saber administrar as qualidades importantes, aproveitando-as no rebanho”. Quando você acasala o Basco da SM com uma matriz com boa habilidade materna, as filhas saem ótimas de leite. É a mesma coisa na fertilidade. Como o Nelore é naturalmente fértil, utilizar um touro com essa característica em cima de vacas altamente férteis só faz melhorar. Ele foi um reprodutor muito importante que liderou por três anos o Ranking Nacional e é notório que deixou

BASCO DA SM

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uma contribuição muito importante para o melhora- e, eu, na Ipê Ouro, desde 1980. Tenho muito orgulho mento genético da raça Nelore. de ter ao meu lado nesse trabalho os meus filhos, que também são médicos-veterinários, João Marcos e Maria Isabel. Ela, mesmo morando no Rio de Janeiro, está SELEÇÃO IPÊ OURO sempre atualizada das demandas. Já Manuel Eduardo e Conduzo a seleção de Nelore da Ipê Ouro desde sua Ana Carolina seguiram outras carreiras, ele é advogado fundação, em 1980. A propriedade é a grande paixão da e ela fisioterapeuta, ambos residem em São Paulo. minha família. Tudo foi pensado de forma a garantir a A escolha do nome “Ipê Ouro” vem de uma conjunsustentabilidade da atividade, desde a preservação am- ção de fatos, para homenagear a história de seleção de biental que proporciona maior bem-estar aos animais, meu pai e a exuberante natureza de nosso país. Meu a produtividade do rebanho e até o conforto de todos pai tinha um touro Gir, o Ipê Ouro R-7, Grande Campeão que trabalham e vivem na fazenda. Nacional. Além disso, o Ipê é a árvore que representa o Como já contei, o trabalho de seleção foi iniciado Brasil. O Ouro também é por causa do Chave de Ouro, pelo meu avô, Rodolfo Machado Borges, criador da touro mais importante da raça Gir e um divisor de águas marca R, ainda em 1906. Meu pai, Arnaldo Machado para a raça. Por tudo isso, quando recebi minha parte Borges, em 1948, deu continuidade, criando a marca R7 na Fazenda Boa Vista, não tive dúvida de batizar com

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o nome Ipê Ouro. Inclusive lá os pastos são nomeados com nomes de animais que foram importantes para a seleção, tanto reprodutores quanto matrizes. Há uma placa localizada na entrada da fazenda que define bem a continuidade do legado deixado por meu avô Rodolfo, com os dizeres: “Em cada geração, um trabalho se seleção”. A formação do rebanho da Ipê Ouro começou com um lote de 20 novilhas R7 presenteadas por meu pai. Elas vieram com muita genética do gado do meu avô. Com o Nelore, formaram a sustentação genética do Nelore Ipê Ouro 30 bezerras VR negociadas com Joaquim Vicente Prata da Cunha, o saudoso Tetente, que era um dos filhos do lendário selecionador Torres Homem Rodrigues da Cunha, que tornou mundialmente conhecida a marca VR. Os machos Arabesco e Acarajé e a fêmea Anabrisa, nascidos em setembro de 1981, foram os primeiros a receber o registro genealógico da ABCZ. Na Ipê Ouro, além daquela partida inicial de fêmeas R7 e as 30 bezerras VR da RV e 10 bezerras da VR Zebulândia, ainda comprei 12 bezerras da Poty VR, oriundas de uma parceria que o Torres fez com o Newton Camargo. Dessas 12, oito eram filhas do Himalaya do Brumado e quatro de um touro VR, filho do Karvadi, usado no repasse do lote de vacas. Turquesa da Europa VR, nossa primeira doadora, estava nesse conjunto de 12 bezerras. No ano em que a Marca R comemorou seus 90 anos, nasceu na Ipê Ouro, no dia 15 de novembro de 1996, o Ranchi Ipê Ouro, que é sem dúvida um marco da seleção que conduzimos desde os anos 80. Ele é filho do primeiro parto da matriz Opala Ipê Ouro com o raçador Mike da Colonial. Aos cinco meses de idade, Ranchi foi,

ao pé da sua mãe Opala, para a Central Nova Índia. Lá, foi preparado para participar das pistas e para coleta de sêmen, sendo exercitada a monta natural desde seus oito meses de idade. Ranchi consagrou-se Reservado Campeão Bezerro Nacional e, oito meses mais tarde, conquistou os títulos de Campeão Júnior Menor e Campeão Precoce da ExpoZebu, em 7 de maio de 1998. De volta à central, logo após a competição, aos 17 meses de idade, Ranchi produziu sêmen e teve sua primeira filha, Úrsula TE Ipê Ouro. Nascida em 6 de abril de 1999, ela é filha da matriarca Bilara PO NI. Em sua primeira participação como reprodutor do Ranking ACNB 1999/2000, aos 36 meses de idade, Ranchi ficou entre os 15 melhores da raça, sendo o mais jovem entre eles. Em 2006, o raçador iniciou uma nova etapa ao ser

OS FILHOS JOÃO MARCOS E MARIA ISABEL, A QUARTA GERAÇÃO FRENTE À SELEÇÃO IPÊ OURO

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contratado pela CRV Lagoa. Ranchi destacou-se na produção de sêmen convencional e sexado, ultrapassando em 2007 a marca de 250 mil doses de sêmen produzidas, o que lhe rendeu o troféu Palheta de Ouro. Ao todo, conseguiu produzir 400 mil doses em toda sua vida reprodutiva. Permaneceu até seus 15 anos na CRV Lagoa. Um novo e importante marco na carreira de Ranchi foi a parceria firmada entre o Nelore Ouro Fino Genética Animal, no leilão da Guadalupe, em 2008, para aquisição de 50% de suas cotas. Para nós, o raçador foi e será um dos animais de maior contribuição e confiabilidade do Nelore, mantendo as melhores características da raça. Ranchi não veio por acaso. Sua mãe, Opala Ipê Ouro, nasceu das doses de sêmen do touro 1646 da MN, que recebi do Dr. Fausto Pereira Lima. Suas filhas seguem a qualidade do pai. Premiadas, foram também destaques como Matriz Modelo, Ternura da Cocal, além das jovens doadoras da mesma família,

RANCHI IPÊ OURO 26

Fortuna, Granfina e Locutora Ipê Ouro. No ranking ACNB 2009/2010, teve cinco filhas dentre as 30 melhores matrizes: Bélgica I PO NI; Maharashi I J.Galera; Maharashi II J.Galera; Cyllana Colorado e Nitrila MRC. Outro marco importante na carreira do Ranchi foi o leilão Genética Ranchi em comemoração a seus 15 anos. Durante o evento, foram ofertados seus descendentes, filhos, filhas e embriões, tanto de propriedade da Ipê Ouro quanto de convidados especiais. Foi um grande sucesso. Ranchi morreu aos 16 anos de idade e deixou uma importante contribuição genética e descendentes espalhados em diversos rebanhos do Brasil e da América Latina. Também tivemos vários outros reprodutores que representaram muito bem a nossa seleção, como Gandhi PO NI, nascido em 28 de abril de 2005 e que também


Outros destaques, no rebanho da Ipê Ouro, são Jhelum FIV Ipê Ouro (Gandhi na ABS Declinatória, sendo uma matriz de excelente habilidade maternal com sangue de Panagpur e Fajardo) e Índico TE Ipê Ouro (filho de Rambo MN na Matriz Modelo ExpoZebu Orta da Genebra - Enlevo com Fajardo), ambos bons produtores de sêmen e que representam muito bem a constante intenção de fazer touros melhoradores. Já em 2011 nasceu Najar FIV Ipê Ouro, genética dos genearcas Rambo MN, Nobre e Fajardo, e na linhagem ARNALDINHO COM JÚLIO, EX-COLABORADOR DA IPÊ OURO materna Steka TE Pontal VR. Najar foi PNAT/2013 e é tem sangue do1646 da MN. Gandhi transmite à sua prodestaque na seleção Ipê Ouro, produzindo fêmeas de gênie peso, precocidade, com forte estrutura óssea e alta habilidade maternal. Aos 20 meses, ele produziu ótima pigmentação. Suas filhas têm bom temperamen501 doses de sêmen em uma única coleta. to e alta habilidade materna, sendo indicado para matrizes de linhagens como: Iguaçu (Legat, Ladhur, Chodó, DOADORAS IMPORTANTES Pitman), Visual (Idílio, Fajardo, Magnífico), Inca e Bhãjol. Um momento muito especial foi a venda da Noite Ipê Gandhi PO NI nasceu na Ipê Ouro após uma parceOuro, filha do Legat MJ na Gina R da R, uma recordisria firmada com Sr. Lúcio Costa, dono da marca C, sufita do Leilão Noite dos Campeões de 2015. Na ocasião, xo da Nova Índia, comprada do pai dele, o importador ela tinha 15 meses de idade e estava prenhe do reproNenê Costa. Vieram 30 bezerras para serem criadas na Ipê Ouro. Pela parceria ficou estipulado um período de três safras para tal trabalho, com 50% da produção para cada um dos parceiros. No primeiro ano, nasceu Gandhi. Como em nosso acordo os animais seriam comunicados seguindo a numeração de RGN da Nova Índia, assim foi feito! Essa partilha de filhos do 1646 da MN encantou criadores que visitaram a Ipê Ouro, inclusive o Cláudio Carvalho (Naviraí), que sugeriu que colocássemos o Gandhi para coleta. Ele usou o sêmen de Gandhi, e muitos animais de destaque da Naviraí têm essa linha genética em sua genealogia, inclusive o Basco SM. ARNALDINHO COM AS PREMIAÇÕES CONQUISTADAS PELOS REPRODUTORES GRANDES CAMPEÕES INDHU, NASIK E SIKANDRA

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RANCHI IPÊ OURO, PALHETA DE OURO CRV LAGOA. NILSON LUCIO, ARNALDO MANUEL, ZEZÉ DE CAMARGO, MARIA ISABEL E ORESTES PRATA TIBERY JÚNIOR

dutor Capote Terra Boa. Noite foi vendida para o criador Carlos Fernando de Souza, de Campo Grande/MS, através da assessoria do Nilsão. As matrizes importantes na seleção Ipê Ouro: Locutora 33 Alcobaça, Orta da Genebra (em parceria com a Ouro Fino) e Ternura Cocal, ambas detentoras do título de Matriz Modelo da ExpoZebu. Lacuna TE Kubera; ABS Declinatória; Channel TE Sabiá, Mofina da Genebra, Eterna Guará, Lenka TE e Jatany TE AJJ. Já as doadoras

nascidas na Ipê Ouro, além da Opala Ipê Ouro, destaque para Fortuna TE Ipê Ouro (Bitelo SS na Opala), Gracia TE Ipê Ouro (Nobre TE Primavera x Steka TE Pontal VR), Linda FIV Ipê Ouro (Enlevo X Granfina Ipê Ouro), Italiana TE Ipê Ouro (Ranchi na Orta da Genebra), Londrina TE Ipê Ouro (Fajardo na Fortuna TE Ipê Ouro), Pandora FIV Ipê Ouro (Rambo MN na Orta da Genebra), Névoa FIV Ipê Ouro (Gandhi PO NI na Thiara da Genebra) e a Nelly FIV Ipê Ouro (Rambo MN x Malee TE QG Arataú). Entre as parcerias, destaque para Nasik FIV Perboni, filho do Bitello SS em Lacuna TE de Kubera, que é filha do Gandhi. Ele foi Grande Campeão da Expoinel 2012, animal de parceria com a Cass Nelore. Na Bolívia, em parceria com a Cabaña Sausalito, temos o reprodutor Indhu FIV Sausalito, filho do Rambo MN. Na linhagem materna: Viva TE de Sausalito, Grande Campeã Nacional da Bolívia (ExpoCruz) 2013. Indhu é um reprodutor que imprime produtividade e lucro na pecuária de corte mundial e é utilizado em vários rebanhos da Bolívia, Brasil e América Central. Outro reprodutor filho da Opala Ipê Ouro, irmão ma-

LEILÃO IPÊ OURO-2016, 110 ANOS DA MARCA R, 36 ANOS DA SELEÇÃO IPÊ OURO. HOMENAGEM RECEBIDA DO CRIADOR E REPRESENTANTE DO GOVERNO INDIANO, VENUGOPAL B. GOPAL.

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ARNALDINHO COM A MATRIZ MODELO EXPOZEBU LOCUTORA 33 ALCOBAÇA

terno do Ranchi, é o Mofarrej FIV Ipê Ouro. Na linha alta de seu pedigree está Missoni Guadalupe, Grande Campeão da ExpoZebu 2009. É fruto de um acasalamento idealizado pela Ipê Ouro Assessoria para a Matriz Ryatna 14 TE da Sabiá. Mofarrej têm sangue “forte” do genearca indiano Golias, genética de destaque em produtividade. Sempre procuramos a cada geração preservar as características naturais dentro do manejo a pasto, usando todas as técnicas de melhoramento e um planejamento nutricional apropriado, mas sem artificialismos. Dessa forma temos uma seleção criteriosa em fertilidade, habilidade materna, acabamento de carcaça, com desenvolvimento equilibrado e todas as características ligadas à produtividade serão mantidas com o objetivo de preservar os critérios que a Marca R traz desde o início. Uma experiência que tive em uma de minhas passagens por Palermo, enquanto julgava naquela exposição argentina, no ano de 1990, marcou nosso manejo, tornando-o mais eficiente. O Grande Campeão daquele ano foi um filho do Iguaçu da Pagador em vaca de sangue Golias/Karvadi. Terminado o julgamento, fui ao

estande da Associação dos Criadores de Nelore e fiquei surpreso, ao ver o Grande Campeão aos 19 meses já comercializando sêmen. O criador me disse que todos os bezerros diferenciados e selecionados como futuros reprodutores são estimulados através de um manejo de monta natural desde os oito meses de idade. Quando voltei ao Brasil, instalei na Ipê Ouro um programa semelhante. Hoje, nossos reprodutores vão para as centrais de coleta quando já têm filhos nascidos que indiquem que eles têm genética para contribuir com o melhoramento do Nelore. A seleção Ipê Ouro completa 41 anos em 2021 e no decorrer desses anos procuramos usar todas as técnicas de melhoramento. Começamos com Inseminação Artificial, depois transferência de embriões e, atualmente, a FIV (Fertilização in vitro). Fomos pioneiros também na participação do programa de melhoramento genético da ABCZ, o PMGZ, onde temos participação atuante do nosso rebanho. Seguimos fazendo aquisições de material genético que possam contribuir com o melhoramento do rebanho da Ipê Ouro.

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CAPÍTULO 3

As várias importações da genética indiana Considero um momento muito importante para o melhoramento das raças zebuínas a chegada dos animais da importação de 1962. Lembro-me perfeitamente dos touros Bima, Golias, Karvadi e Rastã e também dos animais da raça Punganur. A chegada dos zebuínos importados foi um grande acontecimento na cidade Uberaba. Inúmeras autoridades da época, políticos, lideranças rurais e fazendeiros, estavam presentes. Depois da recepção na cidade, todos seguiram para a propriedade da Dona Olinda, mãe do seu Torres. A família teve participação direta nessa vinda do gado indiano. Eu tinha dez anos de idade e estava lá. Foi uma grande festa, até banda de música tinha. A vinda desse material genético foi um momento muito importante. Esses reprodutores e matrizes contribuíram sobremaneira para o refrescamento do rebanho nacional, que já vinha sendo bem selecionado, a partir da utilização da genética importada anteriormente. Nessa importação de 1962, vieram animais das raças Gir, Guzerá, Nelore e Sindi. Tive a oportunidade de participar de outras importações da Índia realizadas ao longo das últimas dé-

cadas. Uma delas foi a entrada de material genético (sêmen) nos anos 1980 e de embriões congelados nos anos 2000. Novamente trouxeram grande contribuição para o melhoramento genético das raças zebuínas no Brasil, inclusive para as raças zebuínas que surgiram por aqui, como Nelore Mocho, Indubrasil e Tabapuã. Na década de 1990, pude acompanhar, como criador e como jurado efetivo da ABCZ, a chegada da raça Brahman, que também ocupou um espaço importante na pecuária seletiva e comercial. Acompanhei o avanço de todas essas raças ao longo do tempo e nunca duvidei de que o zebu seria a mola propulsora da pecuária brasileira. O trabalho de seleção conduzido pelos criadores tem sido primoroso. Prova disso, é que somos o maior polo de genética bovina de zebuínos do mundo, exportando sêmen e embriões para os mais diversos países, inclusive para a Índia. É o zebu fazendo o caminho de volta para sua terra natal, porém muito mais aprimorado e capaz de contribuir para o melhoramento do rebanho indiano como vem fazendo há décadas no Brasil.

GENEARCAS KARVADI E GOLIAS IMPORTADOS DA ÍNDIA EM 1962 PELA MARCA VR

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VIAGEM À ÍNDIA

O Brasil é o país com o maior rebanho bovino comercial do mundo, com mais de 215 milhões de cabeças, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Cerca de 80% desse total é composto por raças zebuínas e seus cruzamentos, alicerce da pecuária de corte nacional. Os bovinos Bos Indicus (zebu) são originários da Índia e foram importados para o Brasil entre 1870 e 1962, ano da última importação de animais vivos. Oficialmente, entraram no Brasil 6.262 exemplares das diversas raças zebuínas. A extraordinária adaptação e produtividade no território brasileiro determinaram sua rápida multiplicação e predomínio no rebanho nacional. O Nelore foi o que mais se desenvolveu no Brasil entre as raças indianas. Entretanto, a base genética dos animais zebuínos, que promoveu todo esse crescimento do rebanho brasileiro, foi muito estreita, com a pre-

dominância de somente seis linhagens. Esse processo levou ao problema da consanguinidade, ou endogamia, quando há o acasalamento entre animais com certo grau de parentesco, e hoje está presente em nosso rebanho, apresentando níveis preocupantes não só na raça Nelore, mas também no Gir e no Guzerá. Para se ter uma ideia da relevância desse processo, o número de animais endogâmicos passou de 10% para 73%, de 1978 a 1998. A literatura científica relata que, a cada 1% de aumento do coeficiente de endogamia, ocorrem mudanças significativas no desempenho individual, tanto na produção de carne quanto na fertilidade. O método mais econômico para reverter a endogamia é a introdução de novas linhagens para o rebanho sem proximidade genética com as linhagens existentes aqui no Brasil. Com esta finalidade, alguns criadores brasileiros resolveram buscar na Índia animais que proporcionas-

JOÃO MACHADO, TROVO, PRADIP, RÔMULO KARDEC, VICENTE ARAÚJO, CELSO MARCONI, APRÍGIO XAVIER, FRED MENDES E JOSÉ OLAVO, TONICO CARVALHO, MARCO ANTÔNIO ANDRADE BARBOSA E ARNALDO MANUEL NO MOMENTO DO REGISTRO LEI 1 DO REPRODUTOR ANUPALEM.

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MARCO ANTÔNIO ANDRADE BARBOSA, CARLOS HENRIQUE CAVALLARI, TONICO CARVALHO, SEU APRÍGIO, JOÃO MACHADO, PRADIP, RÔMULO, CELSO MARCONI, SATYAJIT KACHAR, FRED MENDES, VICENTE ARAÚJO, ARNALDINHO, JOSÉ OLAVO MENDES E TROVO.

sem o necessário refrescamento de sangue ao zebu brasileiro, diminuindo, assim, a endogamia e possibilitando ao Brasil continuar a evolução genética do rebanho, mantendo a competitividade da bovinocultura, tanto para consumo interno quanto para exportação. Tive a felicidade participar dos primeiros registros genealógicos LEI (Livro Especial de Importação) desses animais lá na Índia. Na época, ocupava o importante cargo de Superintendente Técnico da ABCZ e fiz parte da comissão brasileira que viajou para a Índia, no ano de 1998, durante a segunda gestão do Rômulo Kardec (1998 - 2001). Estive na Índia somente naquele ano, apesar de ter tido outras oportunidades de voltar que, infelizmente, não se concretizaram devido a outros compromissos assumidos. O trabalho realizado em 1998 foi muito importante e teve início na primeira gestão do José Olavo Mendes (1995 -1998). Como alguns criadores brasileiros haviam adquirido há algum tempo animais na Índia, o berço do nosso zebu, em busca de novas linhagens para refrescar o sangue do

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rebanho bovino brasileiro, eles queriam trazer material genético (sêmen e embrião) desses animais para o Brasil. Na Índia não se faz registro genealógico, porque a região é considerada um templo religioso do Marajá, não existindo associação que execute esse serviço. Por conta disso, foi necessário ter essa avaliação dos animais que teriam a genética enviada ao Brasil. Encaminhamos essa demanda ao MAPA, por intermédio da ABCZ, e o Ministério fez a coordenação do projeto. Uma equipe multidisciplinar reuniu criadores e representantes da ABCZ, MAPA, CNA (Confederação de Pecuária e Agricultura do Brasil) e a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Os animais aprovados obtiveram registro LEI para sua identificação. A comissão foi formada por 13 pessoas, sendo que eu fui representando a ABCZ, como Diretor Técnico, o Trovo foi representando o MAPA, o José Olavo, como criador, ex-presidente da ABCZ e responsável pelo projeto, que foi iniciado em sua gestão. Estavam também nessa comissão alguns criadores e membros da diretoria.


Andamos bastante pela Índia, onde ficamos por uns 20 dias. Fizemos o primeiro registro dos animais pertencentes aos criatórios brasileiros Mata Velha, Brumado, Maab e do criador indiano Pradipsing Bhadursing Raol, que nos recebeu lá e foi credenciado pelo MAPA para dar continuidade aos registros naquele país. Lembro até hoje do nome de alguns desses animais. No Nelore, a vaca da Mata Velha foi a Índia, o touro Guzerá foi o Bhuj do Maab, Anupalem LEI 1, de propriedade do seu Rubico Carvalho. Esses registros foram realizados na propriedade de Pradipsing, na cidade de Bhavnaghar, em Gujarat.

DESAFIOS PARA RETOMADA DAS IMPORTAÇÕES NOS ANOS 2000

Do final do século XIX até as últimas importações dos anos 1960, trazer o gado zebu para o Brasil à priori impunha para as pessoas envolvidas grandes desafios, como organização de trâmites legais e questões inerentes onde se iriam realizar a seleção de animais nos confins da Índia e Paquistão. Entretanto, as maiores dificuldades para os brasileiros daquela época eram situar-se em meio à uma cultura tão distinta da brasileira. E foram muitos desafios: enfrentar períodos de guerras e instabilidades políticas em diversas partes do mundo; cruzar oceanos e territórios com a boiada até chegar finalmente às fazendas daqueles que estavam apostando no futuro da pecuária do zebu em nossas terras. O processo de retomada das importações aconteceu em meio aos avanços tecnológicos experimentados pela humanidade no início do século XXI, num contexto bastante diferente das últimas importações dos anos de 1960. Contudo, é necessário ressaltar que o cumprimento de tal feito não se deu na resolução

de uma simples equação. Foram necessários 12 anos de tratativas diplomáticas para que as fronteiras que separavam os pecuaristas brasileiros, os governos da Índia e do Brasil pudessem se romper. O desfecho dessa novela se daria apenas entre 2008 e 2009, quando, enfim, os mercados se abriram para receber a entrada de material genético de zebuínos no Brasil. Em fevereiro de 2008, os governos brasileiro e indiano assinaram um acordo de comércio, mas, por questões burocráticas na Índia, os primeiros lotes chegaram ao Brasil apenas em dezembro daquele mesmo ano. A novidade foi que, daquela vez, não vieram animais vivos. Foram embarcados botijões de embriões congelados de materiais genéticos de matrizes escolhidas a dedo por experientes conhecedores brasileiros que andaram de norte ao sul pelo vasto território indiano em busca de novas linhagens de zebu. Os procedimentos realizados foram feitos utilizando avançados aparatos de biotecnologia e segurança. Foram estabelecidas meticulosas medidas para enviar embriões sadios ao Brasil sem qualquer risco sanitário. A primeira remessa chegou ao país com cerca de 350 embriões (300 Nelore e 50 Gir e Guzerá). Na sequência, vieram novas remessas de Gir. Até outubro de 2010, entraram no país cerca de 1.400 embriões, primeiros produtos (embriões e sêmen) desses animais LEI registrados por nós lá na Índia. Participaram dessas importações o Grupo JOP, que surgiu da iniciativa dos criadores José Carlos Prata Cunha, o saudoso Orestes Prata Tibery Jr., Pedro Novis, Carlos Alberto Mestriner, Gilson Katayama e José Roberto Colli. O outro grupo de investidores foi formado e comandado por Jonas Barcellos Correa Filho e por Abelardo Lupion.

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CAPÍTULO 4

Os recintos de avaliações Atuar como jurado das raças zebuínas é uma responsabilidade muito grande que até hoje sigo praticando, pois não há nada mais prazeroso do que fazer o que ama. E todos sabem que o zebu é minha paixão. Já vivi muitas histórias bonitas nos recintos de julgamento. Vi uma intensa evolução do gado nessas últimas décadas e isso só confirma o esforço do selecionador de zebu em produzir um animal equilibrado, condizente com o que mercado precisa, mas sempre preservando o padrão racial. Uma das minhas primeiras lembranças como jurado é de março de 1981. Rômulo Kardec de Camargos estava julgando a raça Nelore, em Barretos/SP, e o Dalor Teodoro de Andrade julgava a raça Gir. Eu estava lá com o gado Gir do meu pai. Naquela época, só participávamos em pista com o Gir. Na oportunidade, Rômulo solicitou que eu lhe auxiliasse por dois dias na pista e depois me perguntou se eu queria ser jurado da ABCZ. Num primeiro momento, questionei se o fato de meu pai participar das exposições com a raça Gir seria um impedimento para atuar como jurado, mas Rômulo respondeu-me que eu poderia atuar como jurado de outras raças. Assim, concluiu dizendo que aquele julgamento de Barretos já iria contar para mim, portanto, foi meu primeiro julgamento como jurado auxiliar. Naquela época eram dois anos de preparação. Em março de 1983 passei a integrar o Colégio de Jurados das Raças Zebuínas, como jurado efetivo da ABCZ. O meu primeiro julgamento oficial foi em junho 1983, na exposição de Fortaleza, no Ceará, julgando todas as raças zebuínas. Dessa forma, tive a oportunidade de au-

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xiliar e julgar com importantes jurados como Rômulo, Pilades, Adir e Dr. Fausto. Com o Rômulo, tive muitas histórias e tínhamos uma grande amizade. Um fato inesquecível foi o último julgamento oficial dele em exposição. Ele já tinha parado de realizar julgamentos, mas, a convite do criador Celso Barros Corrêa (Nelore IBC - Irmãos Barros Corrêa), atuou na Expoagro, em Maceió/AL, em novembro de 1996. Aceitou o convite, mas como tinha um tempo que não julgava, sugeriu que fossem escolhidos mais dois jurados para a exposição. Ele escolheu o Adir do Carmo Leonel e eu para julgar junto com ele em Maceió. Foi algo muito marcante para todos nós, pois o Rômulo foi homenageado e encerrou ali sua carreira nas pistas.

ARNALDINHO DURANTE AVALIAÇÃO NA EXPOINEL MINAS 2020


E foram inúmeros momentos marcantes nas exposições que vivi. Tenho muito orgulho da minha carreira. Guardo até hoje todos os relatórios que fiz como jurado arquivados em uma pasta. Nela, contêm inclusive os cursos de reciclagens e as provas que participei. Até hoje quando eu entro num recinto de avaliação é como se fosse a primeira vez. Isso mesmo depois de 400 exposições homologadas (até primeiro semestre de 2021), num total de 99.101 animais avaliados das Raças Zebuínas, e todos oficializados. Ao longo da minha carreira, avaliei animais no Brasil, mas também na Argentina (Palermo), Bolívia, Costa Rica, Estados Unidos (Texas), Guatemala, México e Paraguai. Tive grandes momentos ao longo da minha trajetória e um que eu não poderia esquecer foi a primeira exposição que julguei em Uberaba, a ExpoZebu de 1984, avaliando a raça Guzerá. O interessante foi que todos os animais que escolhi como campeão e campeã se destacaram como grandes ícones do Guzerá, reafir-

ARNALDINHO COM A PASTA CONTENDO TODOS OS RELATÓRIOS DE SUA TRAJETÓRIA COMO JURADO EFETIVO DO CJRZ, INCLUSIVE DOS CURSOS DE RECICLAGENS

mando que minha escolha foi assertiva. O Grande Campeão foi o Cabul S, que se tornou um grande genearca da raça. A Grande Campeã foi a Derivada S, o Reservado Grande Campeão, Mestre Atômico, a Reservada Grande Campeã foi a Jumila H, o Campeão Júnior foi o Maiz-S, e o campeão bezerro, Jaguarão da Xarqueada. Seu Torres chegou a oferecer a Seu Epifânio uma alta quantia pelo bezerro, que também se tornou um grande reprodutor. Tive outros momentos memoráveis nas raças Brahman, Gir, Gir Leiteiro, Indubrasil, Nelore, Nelore Mocho, Sindi e Tabapuã, identificando bons animais, principalmente durante as avaliações. Em meu último julgamento até o momento, durante a Expoinel Minas de 2020, eu estava julgando e tremendo. Era de emoção mesmo. Cada trabalho é único! 35


CAPÍTULO 5

Trajetória internacional O sucesso da seleção zebuína levou também a uma valorização de diversos profissionais do setor pecuário no mercado internacional. Comigo não foi diferente. O zebu abriu-me as portas de vários países. Um deles, do qual tornou-se uma segunda pátria para mim, é a Bolívia. Lembro que, no início de minha convivência com os criadores bolivianos, a exposição mais visitada por eles era a de Campo Grande/MS e não a ExpoZebu, de Uberaba, como é hoje. Foi lá que conheci Osvaldo Monasterio Nieme (Cabaña Sausalito) e Dom Clauss (O Alemão), que trabalhava com ele na época. Eu estava julgando e dei o título de Campeão Júnior e de Reservado Júnior para Zambaio e Anselmo, respectivamente. Eram dois garrotes de propriedade do pecuarista Morishita, que era também o prefeito de Gloria dos Dourados/MS. Osvaldo comprou esses dois garrotes, sendo as primeiras compras de animais que o fez aqui no Brasil. Naquela época, o titular da Sausalito era assessorado por Marco Antônio Riccíopo Rodrigues da Cunha, técnico da ABCZ que atuava no escritório de Campo Grande. A pedido de Osvaldo, Marco Antônio levou Dom Clauss nas inúmeras viagens que realizou por 30 dias pelas fazendas da região para registrar animais. Assim, Dom Clauss pode conhecer de perto o gado e o manejo do zebu brasileiro. Infelizmente, Marco Antônio, que tinha pouco mais de 30 anos, teve leucemia e veio a falecer. Como ele havia falado muito de mim para a família Monasterio, em 1987, quando fui julgar na ExpoCruz, na Bolívia, Osvaldo convidou-me para ser o assessor técnico da Sausalito, dando continuidade ao trabalho iniciado por Marco Antônio. Encontrei na Bolívia uma pecuária bastante tradicional

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e rústica, iniciada pela Sausalito, na época sob o comando do senhor Osvaldo Monasterio Añez (in memorian). Lá, são três Osvaldos e é costume local ser identificado pelo sobrenome da mãe, quem manda lá é a linhagem materna. Então, a segunda geração é o Osvaldo Monasterio Nieme e a terceira geração o Osvaldo Monasterio Rek. O primeiro confinamento boliviano também foi da Sausalito. Quando vi o confinamento na Fazenda Terra Boa, falei para o Osvaldo que ele precisava implantar um modelo parecido, já que tinha uma área de engorda muito grande lá no Beni, que fica ao centro-norte da Bolívia. Sugeri que ele deslocasse aquela produção para Santa Cruz para engordar mais próximo da área de consumo maior. O seu Osvaldo sempre foi uma pessoa muito prática, e logo após a minha sugestão, montou o frigorífico. Para isso, antes da implantação, visitamos alguns confinamentos de referência aqui do Brasil. Nunca me limito apenas a dar assessorias nos

DOM CLAUSS, OSVALDO MONASTERIO NIEME, OSVALDINHO REK, NICOLAS MONASTERIO, OSVALDO AÑEZ E ARNALDO MANUEL, NA SAUSALITO


RICARDO ANGLARIL, RODRIGO ABDANUR, CARLOS HENRIQUE CAVALLARI, OSVALDO MONASTERIO, LUCHO SAVEDRA, ANA CLÁUDIA MENDES, ICCE GARBELLINI , ARNALDO MANUEL, IARA MARQUEZ, MARIO ANGLARIL E FERNANDO BALDOMAR DURANTE EXPOCRUZ NA BOLÍVIA

acasalamentos. Reparo e oriento em relação ao conforto e bem-estar dos animais e de toda a equipe de trabalho. Conforto é muito importante. Certa vez estava na Sausalito e, aproximadamente por volta das 15h, o senhor Osvaldo Añez tinha acordado de seu cochilo pós-almoço e foi ver a gente trabalhando. Era mês de agosto, sol quente e muito calor, pois fazia bastante tempo que não chovia por lá. A umidade estava muito baixa. Percebi que ele nos observou, e, logo em seguida, olhou, chamou o Osvaldo Nieme e questionou: por que eles estão trabalhando no sol se do outro lado tem a mesma estrutura e está na sombra. Osvaldo Nieme justificou algo, mas ele não concordou e fez a gente parar tudo e mudar de lugar. Quando o serviço foi concluído, seu Osvaldo me falou assim: “Fiz vocês mudarem porque tudo que a gente faz com conforto, faz melhor!”. Foi aí que sugeri para o Osvaldo Nieme de adotar um sistema de arborização nos currais da Sausalito, como fiz na Ipê Ouro. Lembro que o Cláudio Carvalho chegou um dia na Ipê Ouro e me questionou por que os currais eram tão gos-

tosos de estar, queria saber o que tinha de diferente. Foi quando justifiquei que era devido a arborização. Mas o Cláudio sempre foi muito exagerado e fez uma mata em volta dos currais lá na Naviraí, um verdadeiro bosque de pinho. Certa vez estava na fazenda do Eduardo Ciro Añez Saucedo, que presidiu a Asocebu de 1998 a 2002. Era fim de tarde, e por lá é tradição tomar chá nesse horário. A esposa de Eduardo, Mônica, que é brasileira de Botucatu/SP, também estava presente. Eduardo me pediu uma sugestão de algo para ser o marco da sua gestão. Naquela ocasião, comemorava-se os 25 anos da Asocebu Bolívia. Sugeri que seria muito importante uma parceria Asocebu, ABCZ e Fazu. E assim foi feito. Marcelo, filho do casal, foi um dos primeiros alunos enviados da Bolívia para estudar em Uberaba/ MG, já fruto desta parceria que iniciou com dois alunos por semestre. A princípio, a escolha desses estudantes, que deveriam ser advindos da pecuária, era feita por meio de uma indicação da diretoria da Asocebu. Essa parceria cresceu e hoje lá na Bolívia é feito uma

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pré-seleção dos novos alunos. Atualmente, estão matriculados 48 alunos nos cursos de Agronomia e Zootecnia, e um total de 92 estrangeiros já formaram na Fazu, inclusive a maioria dos técnicos da Asocebu foram graduados lá. Isso representa um número grande de adesões, tornando assertiva a nossa sugestão. Houve uma contribuição profissional de mão dupla entre os dois países. Desde quando iniciei, tive a oportunidade de indicar muitos profissionais para a Bolívia que mostraram a excelência do brasileiro na pecuária. São vários exemplos, sendo um deles o Dedé casqueador. Ele foi para lá ensinar a técnica, que não era aplicada na Bolívia. Também indiquei o primeiro agrônomo, André Aguiar, que está lá até hoje, com escritório em Santa Cruz, Frederico Mendes, primeiro médico-veterinário brasileiro a fazer transferência de embrião lá, entre outros. Hoje, percebe-se uma grande quantidade de brasileiros trabalhando na Bolívia nas mais variadas funções, tais como tratadores, veterinários e técnicos: Gustavo Miziara, João Marcos, Luiz Sérgio, Marcelo Moura, Maurício Teixeira, Valdecir Marin, Willian Koury Filho e

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tantos outros. Posso afirmar que fui o boi de guia de todas essas oportunidades tanto para o Brasil como em benefícios para a pecuária da Bolívia. Trouxemos os pecuaristas bolivianos para o Brasil para visitar tradicionais criatórios. O Ranking na Bolívia foi criado a partir de uma sugestão minha. Na época, o Ing. Osvaldo Monasterio Nieme era presidente da Asocebu (2004 – 2006). Quem implantou o Ranking foi a mesma empresa que montou o da Nelore aqui no Brasil. Certamente foram muitas conquistas, mas é importante destacar que o começo lá na Bolívia não foi fácil. Mas os avanços foram grandes. Hoje, pode-se ver a beleza das fazendas, muito bem montadas e estruturadas. Eles levam muito a sério o trabalho de seleção. Dá gosto ver de como tudo está por lá hoje. Isso muito me orgulha, participar, presenciar a valorização e o crescimento do melhoramento genético das raças zebuínas, especialmente das raças Brahman, Gir, Gir Leiteiro, Nelore, Nelore Mocho e Sindi nestes últimos 20 anos, é fantástico! A Bolívia está exportando carne para vários países. É um motor na produção de carne bovina e 85% do gado


ARNALDINHO COM ERWIN REK (ENTÃO PRESIDENTE DA ASOCEBU) NA ASSINATURA DA PRIMEIRA PARCERIA PARA IMPLANTAÇÃO DO PMGZ INTERNACIONAL NA BOLÍVIA

de corte é zebuíno. O zebu leiteiro está crescendo de maneira exponencial também. Houve uma sinergia muito grande de trabalho com o Brasil e a Bolívia adotando muitas das inovações da ABCZ e das demais entidades brasileiras. Quando a ABCZ criou a série, permitindo que cada criador tivesse a sua, informei o fato à Asocebu e eles adotaram o sistema. O trabalho que a Asocebu faz é muito parelho com o que a ABCZ e as associações de raças fazem aqui no Brasil. A primeira parceria para implantação do PMGZ Internacional foi firmada com a Asocebu Bolívia, em 2017, durante a 42ª Feira Internacional de Santa Cruz (ExpoCruz). O “Contrato de Fornecimento de Ferramentas para o Melhoramento Genético de Zebuínos” oficializou o início da operacionalização da versão internacional do PMGZ. Desde então, a ABCZ passou a transferir tecnologia para Asocebu. Vale lembrar que a ABCZ e a Asocebu já possuem um

antigo histórico de parcerias, como o início do serviço de registro genealógico do rebanho boliviano na década de 70, com assessoria da ABCZ. Colaboraram nesse começo o técnico Paulo Pereira e Romeu Calheiros. Eles foram para Beni, onde antigamente ficava a sede da Asocebu, para implantar o registro genealógico. A Bolívia tem um importante rebanho zebuíno em qualidade genética, fenótipo e produtividade. E, com certeza, essa ação vem proporcionar um trabalho ainda mais forte das raças zebuínas para a produção de carne e de leite. Uma curiosidade é que frequento a Bolívia há mais de 30 anos, mas não falo espanhol e nem pretendo. Vejo técnicos brasileiros que vão lá fazer julgamento ou para prestar algum serviço e falam um “portunhol”, mas os bolivianos não gostam, pois têm certa dificuldade de entender. Por isso, preferem que se fale português bem devagar, é melhor de entender que o “portunhol”. Na Sausalito e em outras propriedades bolivianas, existem muitos colaboradores brasileiros e vejo que os próprios bolivianos falam e entendem bem o português. Também acho que o tom de voz muda quando a gente tenta falar “portunhol”, fica fino e esquisito. Para mim não dá e, por isso, eu nem tento. Eu passei quatro anos sem ir à Bolívia, meu último trabalho de acasalamento lá foi em 2015. De 2016 a 2019, meu filho João Marcos fez tudo sozinho durante minha gestão na ABCZ. Em 2020, pela quantidade de leilões virtuais, ele estava muito sobrecarregado e me prontifiquei a ir à Bolívia e lá fique por 21 dias, no mês de setembro, e para mim foi como se fosse a primeira vez trabalhando por lá. O tempo pode passar, mas essa vontade de trabalhar na pecuária não diminui de jeito nenhum. Pelo contrário, vai até aumentando!

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CAPÍTULO 6

ABCZ: do Conselho do Gir à Presidência Por toda essa experiência de passar as férias inteiras na fazenda, recebendo os ensinamentos do meu pai, quando chegou meu momento de ir para a faculdade tinha bem definido que cursaria medicina veterinária. Desde criança, nunca tive dúvida disso. Minha mãe toda vida foi muito cuidadosa com a parte da nossa educação, acompanhando diariamente nossos estudos, desde o primário até o ingresso na faculdade. Ela foi pessoalmente visitar cinco instituições em diversos estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo (Pirassununga). Já estava até de malas prontas para ir para o Rio de Janeiro, mas ela mudou meus planos dizendo que a faculdade lá no Rio estava muito bagunçada, cheia de greve, e que seria melhor eu ir estudar era em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Naquela ocasião, eu dividia o tempo de

estudo para conclusão do científico (atual ensino médio), com as obrigações militares do Tiro de Guerra. Fui aprovado na UFMG e, de fato, a universidade era muito organizada e rigorosa. Formei-me no ano de 1976, dando início a um novo capítulo da minha vida e minha mãe também teve uma participação importante. Em 1978, Manoel Carlos, presidente da ABCZ, ligou lá para nossa casa para falar com meu pai, que ficava a maior parte do tempo na fazenda. Ele tinha ligado para convidar meu pai para a reunião do conselho da raça Gir. Foi aí que minha mãe, dona Yeda, sugeriu que eu participasse no lugar do meu pai, já que ele estava dedicado integralmente à fazenda e eu precisava de uma oportunidade como aquela. E assim foi. O assunto era importante, pois um criador, dono do touro que tinha perdido o Grande Campeonato,

DIRETORIA DA ABCZ PARA O TRIÊNIO 2016 – 2019

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entrou com um pedindo de revisão do resultado. As minhas considerações neste caso foram acatadas pelo conselho e posteriormente com o aval da diretoria. Assim, aos 26 anos, tive minha primeira oportunidade na ABCZ como membro do Conselho Técnico da raça Gir.

INÚMERAS FUNÇÕES E MUITO APRENDIZADO

Ao longo dos últimos 42 anos, exerci várias atribuições na entidade em diversas diretorias eleitas para conduzir a ABCZ. De 1978 a 1980, atuei como membro do Conselho Deliberativo Técnico da raça Gir, o que foi importantíssimo para minha carreira. Posso afirmar que daquele momento em diante a ABCZ abriu as porteiras do Brasil e do exterior para mim. De 1980 a 1982, no segundo mandato de Manoel Carlos, fui membro da diretoria deliberativa. Na gestão do Newton Camargo de Araújo (1982 – 1986), por intervenção do Manoel Carlos, que achava que o Departamento Técnico precisava de algumas mudanças, ocupei o cargo de diretor do Departamento Técnico da ABCZ (atual

PAULO LEONEL, ARNALDINHO, CAMIL GEORGES, RUBICO CARVALHO, CHICO CARVALHO, ADIR LEONEL, BETINHO DA SABIÁ, DR. RODOLFO MORAIS E JOSÉ BARBOSA

Superintendência Técnica), cargo esse ocupado atualmente pelo Luiz Antônio Josahkian. Considero esse momento um marco em minha carreira. Em 1983, quando foi estabelecida a parceria ABCZ/EMBRAPA, que resultou na criação do Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ), e teve início a informatização das provas zootécnicas, eu estava à frente do Departamento Técnico. Como diretor técnico fazia registro genealógico e atendia criadores. Isso me deu oportunidade de relacionamento e conhecimento e aprendizado diário com a prática, seja através dos julgamentos ou do serviço de registro genealógico. Como membro do Conselho Técnico, tive a oportunidade de encaminhar ao conselho a sugestão do registro das pelagens pintadas de vermelho e preto da raça Nelore. Até 1984 essas pelagens eram consideradas desclassificantes, porém vi que lá na Índia o Nelore tem essas pelagens. Num primeiro momento, foi aprovado como uma variedade de pelagens da raça Nelore. Até aquele instante, o julgamento era separado. A galeria dos campeões da ExpoZebu que até então tem os Grandes Campeões Nelore de cada uma das duas variedades de pelagens. Depois disso, sugeri que deveríamos passar para o permissível, com isso o rebanho Nelore Pintado foi crescendo. Criadores viram que os animais com essa pelagem são de valor econômico importante. Recentemente, conseguimos passar essas pelagens para ideal, o que veio somar muito para a raça Nelore, pois as características de funcionalidade e produtividade são exatamente a mesma. A única coisa que muda é a pelagem. Como diretor técnico também sugeri a inclusão de outras informações nas fichas de avaliações. Antes só tinha a idade e o peso dos animais e, com os anos, fomos incluindo outras informações que considero terem contribuído muito, como: Idade ao primeiro par-

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to, ganho de peso diário e circunferência escrotal. Não tinha também limite de idade. Quando eu estava no Departamento Técnico, em um primeiro momento, sugeri que a idade máxima fosse de 72 meses e que a cada ano fossemos reduzido seis meses até chegar em 36 meses. E isso aconteceu. Mas depois houve algumas mudanças, como a solicitada pelos criadores de Gir Leiteiro para aumentar a idade para avaliar a parte leiteira dos animais, e com o tempo foi se ajustando de acordo com o interesse da raça. Em 1998, na segunda gestão de Rômulo Kardec de Camargos (1998 - 2001), participei da comitiva técnica organizada pela ABCZ e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) que foi à Índia realizar a avaliação e os primeiros registros genealógicos (LEI) de animais das raças zebuínas naquele país. Participei também como membro das diretorias de Heber Crema Mar-

PARQUE DE EXPOSIÇÕES FERNANDO COSTA EM UBERABA/MG

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zola (1990 - 1992), José Olavo Borges Mendes (1995 - 2010), fui vice-presidente na gestão de Luiz Cláudio Paranhos (2013 - 2016) e na sequência presidente da ABCZ (2016 – 2019). Quando era o diretor do parque na gestão do José Olavo (2007 - 2010), levei à diretoria a sugestão de convidar todas as associações para terem uma sede dentro do Parque Fernando Costa. Antigamente as associações tinham salas dentro da sede da ABCZ. A primeira a aceitar definitivamente a se instalar no interior do parque foi a Assogir (Associação Brasileira dos Criadores de Gir). Hoje todas as associações promocionais contam com um estande no interior do parque. O mesmo aconteceu com as empresas que participavam todos os anos da ExpoZebu. Várias delas fizeram um pedido para que a ABCZ liberasse a construção de estandes fixos dentro do parque e eu levei a


proposta para a diretoria, que autorizou prontamente. dos encontros. A disputa aconteceu, mas no final deu tudo certo, não ficou nenhum rancor. Os integrantes MOMENTO DE GRANDE ORGULHO da outra diretoria nos visitaram durante nossa gestão, A ABCZ é, sem dúvida, um capítulo à parte da minha inclusive o José Olavo Borges Mendes estava sempre vida, que me permitiu conhecer a pecuária zebuína e conosco tomando cafezinho na sede. Tivemos muita suas demandas ainda mais a fundo. Fui eleito presi- ajuda até mesmo de pessoas que compunham a oudente da maior associação de criadores do Brasil para tra chapa, como, por exemplo, o Dr. Roberto Fontes de o triênio 2016 - 2019, no dia 1° de agosto de 2016, Góis, presidente da Associação Brasileira dos Criadocom 50,9% dos votos (1.885 votos). Em outros momen- res de Indubrasil (ABCI) e que tenho uma amizade de tos já havia sido convidado para o cargo, mas não era a muitos anos. Ele me ajudou na indicação dos nomes hora. Era mais novo, não tinha a mesma experiência e es- para compor a nossa diretoria. Esse bom relacionatava me dedicando a outros projetos. Tudo tem seu tempo mento foi imprescindível. e hora e aquele era o momento. Durante a campanha E um dos fatores que nos levou a vitória foi a chapa para a eleição, andei o Brasil inteiro e conheci muitos que montamos. Sempre soube que não poderia fazer criadores. Nossa chapa, visitou 19 dos 27 estados da nada sozinho. Demoramos quatro meses para formar federação, alguns deles mais de uma vez. Em todos os nossa diretoria. Foi constituída por 96 membros, de estados fomos muito bem recebidos. Por exemplo, es- vários estados, de todas as raças zebuínas e de todos tivemos no Acre, onde eu nunca tinha visitado antes, os tamanhos e modelo de pecuária. A renovação foi por três dias, visitando algumas propriedades. Mesmo essencial e sempre almejamos que todas as raças e requando encontrávamos nesses momentos pessoas giões fossem bem representadas dentro da ABCZ. que faziam parte da outra chapa, a amizade e o respeiOs membros da nossa diretoria e dos conselhos fisto prevaleciam. Participávamos juntos das reuniões e cal e consultivo eram de vários estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Todos tiveram uma participação importante. Até o conselho fiscal, que tradicionalmente costuma reunir uma vez por ano, esteve mais presente, e, sempre que possível, estávamos reunidos. Lá não tinha moleza, era só aparecer um membro de algum conselho que já ganhava uma tarefa. Com isso, conseguimos fazer uma gestão para todos, representando bem o slogan PRESIDENTE DA ABCZ ARNALDO MANUEL COM OS ESTUDANTES DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UFPI DURANTE A EXPO TERESINA da nossa campanha “ABCZ de A à Z”.

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As portas da minha sala estavam sempre abertas. Sempre fiz questão de estar próximo de todos os colaboradores da ABCZ, em suas demandas do dia a dia. Raríssimas vezes chamei um colaborador na minha sala, pois quando precisava ia até eles.

REALIZAÇÕES IMPORTANTES

A nossa gestão coincidiu com comemorações importantes, tais como os 50 anos do PMGZ, os 80 anos do Registro Genealógico e o centenário da ABCZ. Fazer melhoramento genético é uma obra de arte que requer a participação do criador e do técnico. Esse elo entre os dois, que se iniciou em 1938 com o Registro Genealógico pela ABCZ e se fortaleceu com o PMGZ (criado 30 anos depois), fez das raças zebuínas um elemento importantíssimo para o mundo tropical. E na nossa gestão buscamos dar continuidade a esse trabalho de melhoramento. Criamos vários proPMGZ - A GRANDE MARCA DO MELHORAMENTO GENÉTICO gramas, como: Programa Zebu: Carne de Qualidade; PMGZ Genômica, em parceria com a EMBRAPA, que Feira Internacional ExpoCruz, em Santa Cruz na Bolívia teve a realização de mais de 90 mil genotipagens; (setembro de 2018); criação da marca do PMGZ para PMGZ Comercial; PMGZ Internacional que teve lançamarcação e identificação dos animais que recebem o mento do primeiro Sumário de Touros durante a 43ª Certificado de Superioridade Genética (CSG); PMGZ Leite Max; selo “Leite de Zebu”; Concurso Leiteiro de Fazenda; 1º Leilão de Touros PNAT. Outra mudança importante que conseguimos no Estatuto da ABCZ foi de a possibilidade de ter conselheiro em todo território nacional, pois antes disso a ABCZ só tinha representação nos estados da federação que contavam com um escritório físico. Alagoas, Santa Catarina, Roraima, dentre outros estados, não tinha escritório e, consequentemente, não tinham conselheiros. Fizemos a sugestão de que onde a ABCZ tivesse associados, a entidade passaria a ter ACORDO COOPERAÇÃO TÉCNICA EMBRAPA-ABCZ conselheiros, e assim foi.

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As exposições são outro ponto-chave da nossa gestão. A ExpoZebu e a ExpoGenética tiveram um nítido crescimento a cada ano. Conseguimos resgatar as exposições de décadas anteriores, onde famílias inteiras iam se divertir na ExpoZebu, orgulhosas de fazerem parte de Uberaba, a Terra do Zebu. O público voltou a frequentar o Parque Fernando Costa. Optarmos ainda por fazer todos os Grandes Campeonatos no último dia, como era feito nas décadas de 1960 e 1970, pois até então, as raças com menor número de animais terminava no início da ExpoZebu e ficavam esquecidas. Tudo que eu convivi de bom no passado coloquei em prática. Outra sugestão foi a escolha dos jurados pelas as-

sociações. O trabalho social desenvolvido na gestão também foi marcante. Na ABCZ Mulher, a Iara, minha esposa, teve uma participação fundamental e nos ajudou muito. Ela fez parcerias com diversas entidades, como, por exemplo, o Hospital de Amor, de Barretos/SP. Os projetos sociais contaram com a participação da população em geral. Afinal, são tantas pessoas que viveram histórias de infância dentro do parque, e isso precisava ser resgatado.

GESTÃO ENCERRADA COM CHAVE DE OURO

Tivemos uma gestão maravilhosa, com uma diretoria excelente. Mas nada foi fácil. Para cumprir minha

RECINTO DE AVALIAÇÃO DA EXPOZEBU 2018

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GRANDE PÚBLICO NA FINAL DO JULGAMENTO DA EXPOZEBU 2018

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missão como presidente da ABCZ, tive a importante colaboração dos meus filhos que me apoiaram desde o início e assumiram todos os negócios da família. Deixei tudo de lado para viver aquele momento. Meu filho João Marcos ficou responsável pelo trabalho de assessoria técnica no Brasil e na Bolívia. O leilão da Ipê Ouro passou a ser 100% organizado por meus filhos. Todo o esforço valeu a pena. A experiência e as amizades que eu consegui em todos esses anos dedicados a ABCZ somaram muito em minha vida. Sempre estou folheando as revistas da ABCZ da época de nossa gestão para recordar, pois tenho a coleção completa no meu escritório, na minha casa e na fazenda e tenho orgulho de guardar essas recordações. Fomos muito felizes na nossa gestão. Entregamos a presidência com a sensação de dever cumprido. Continuo dando sempre que possível minha contribuição e dedicação à ABCZ onde sou atualmente Membro Nato do Conselho Deliberativo


MONUMENTO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DO PMGZ

MONUMENTO COMEMORATIVO DOS 80 ANOS DO REGISTRO GENEALÓGICO

Técnico, desde 1978. É bem verdade que a pandemia de Covid-19 trouxe uma nova realidade. Por dois anos consecutivos, não foi possível realizar a ExpoZebu, mas a ABCZ encontrou um novo formato. Apostou na versão virtual para as exposições, obtendo êxito total com esse formato. Isso mostra que não existe fronteiras e nem limitações para promover o zebu brasileiro. Isso me faz lembrar de uma história que meu pai contava sobre épocas difíceis, como o auge da crise do Zebu. A dificuldade era tanta que chegaram a cogitar a não realização da Exposição de Uberaba (como era chamada naquela época a ExpoZebu). Porém, mesmo com a crise, um grupo de fazendeiros da região se organizou e realizou o evento. E, assim, os pecuaristas brasileiros estão fazendo atualmente. Não deixando se abater e levando a informação para o homem do campo. MONUMENTO COMEMORATIVO DOS 100 ANOS DA ABCZ

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CAPÍTULO 7

Novos caminhos Quando deixei o cargo de presidente da ABCZ, em 2020, passei a ficar mais tempo na fazenda, para retomar minhas atividades particulares, mas também por conta do agravamento da pandemia do Covid-19. Passei a trabalhar não só na gestão da Ipê Ouro, mas também da Fazenda Boa Vista, que é da minha mãe, dona Yeda, de 93 anos. Ajudo a cuidar dela e de seus interesses, juntamente com minhas irmãs. Além disso, tenho ajudado a Iara também na Fazenda Rio Borá. Na fazenda temos uma vida mais rústica e, consequentemente, mais saudável! Nunca trabalhei tanto. Tem dia que eu chego da fazenda frouxo de tanto trabalhar. É que lá eu futrico em tudo, até das galinhas com pintinho eu dou notícia. Sem falar nas consultorias pela internet. É impressionante a quantidade de mensagens que recebo e envio via whatsapp todos os dias de criadores do Brasil, Costa Rica, México, Bolívia e outros países. Trocamos fotos, vídeos e informações sobre o zebu. Se vejo um touro bom, passo informação para os criadores amigos na mesma hora. Esses dias, vi um touro na Naviraí, o Uri de Naviraí, e passei a informação para o criador Gil Pereira, que logo me mandou mensagem afirmando que gostou do reprodutor e que já tinha feito o pedido de mil doses de sêmen. Esse trabalho é muito importante. IPÊ OURO ASSESSORIA A seleção criteriosa das raças zebuínas desenvolvida por inúmeros criadores ao longo de toda a história do zebu no Brasil tem ajudado a promover o melhoramento genético do rebanho nacional. Atuar nesse mer-

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cado é uma de minhas paixões profissionais. Por isso, em 1982, criei a Ipê Ouro Assessoria Genética Animal Ltda. Foi algo que aconteceu naturalmente pela grande demanda por meus serviços, sendo até hoje minha atividade principal. Assim, tive a oportunidade de conviver mais com todas as raças zebuínas, pois antes da Ipê Ouro minha experiência maior era com a seleção de Gir. Meu primeiro cliente na Ipê Ouro Assessoria foi o Nelson Frota, lá em Santa Inês, no Maranhão. Ele era criador da raça Guzerá e no início da seleção Nelore me chamou para assessorá-lo. Foi nessa ocasião que comecei a ter uma convivência maior com o Nelore. Logo em seguida fui trabalhar também com o Gastão Carvalho Filho, da Fazenda Boi Branco, no Pará.

ARNALDINHO E NELSON FROTA


Já o primeiro trabalho de assessoria, além das fronteiras brasileiras, foi com a Cabaña Sausalito, da Bolívia, em 1987. Quando comecei a ter maior convivência com a raça Nelore percebi que não havia um sistema muito fechado de seleção, como era comum entre os criadores de Gir que usavam poucos touros de outras linhagens. No Nelore era diferente, com apenas duas linhagens menos utilizadas na pecuária seletiva: Lemgruber e IZ. Ao conhecer melhor essas duas linhagens, percebi que elas eram importantes para evolução da raça Nelore. Os primeiros touros que utilizamos dessas linhagens foram o Vindouro do IZ, e o 4919 MN, da Fazenda Mundo Novo, esse posteriormente despertou interesse da Fazenda Quilombo, que acabou adquirindo o animal. No início, tivemos certa dificuldade para indicar os touros dessas linhagens, pois tradicionalmente, naquela época, não eram de forma alguma utilizados em rebanhos PO. As indicações de uso desses touros pela Ipê Ouro Assessoria contribuíram para mudar a situação. Foi um marco importante a inserção dessas linhagens para refrescamento genético e evolução do Nelore. Hoje, levantamentos comprovam que mais de 90% dos touros que estão em coleta nas centrais tem genética Lemgruber, e muitos deles têm sangue IZ. Lembro que meu primeiro contato com a linhagem Lemgruber foi através de um convite feito pela ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) para que, juntamente com o jurado e técnico Luiz Bonilha, ministrássemos uma aula prática na fazenda da família Penteado Cardoso. Naquela época, a Mundo Novo era sediada em Brotas/SP, há 250 quilômetros da capital paulista. Tradicionalmente, na primeira semana de de-

zembro, a ACNB realizava um dia de aula teórica na sede da entidade, em São Paulo, e um dia de aula prática em alguma fazenda associada nas proximidades. Terminadas as aulas práticas, o gerente da fazenda nos chamou, pois queria nos mostrar dois touros já adultos que não tinham sido passados durante a apresentação dos animais. Eles estavam em um piquete e um deles me chamou muito atenção. Era o 1646 da MN, que já tinha sete anos. Por coincidência, dias antes estive com o Dr. Fausto Pereira Lima, que tinha acabado de assumir a direção da central Lagoa da Serra, em Sertãozinho/SP. Aqui, abro um parêntese para destacar a grande figura que é esta grande personalidade da pecuária nacional. O Dr. Fausto é criador, membro do Colégio de Jurados e teve uma participação importante na formação dos rebanhos Carpa, IZ e Mundo Novo e na Lagoa da Serra. Ele também foi membro do Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ em várias gestões. Além de sua experiência, é uma pessoa sensata, equilibrada, que muito influenciou na minha formação como criador e jurado. Tenho por ele muita admiração e fiquei muito feliz ao receber o recente livro escrito por ele e sua filha Maria Lúcia. Agora, voltando ao 1646 da MN, Dr. Fausto havia me pedido para ajudá-lo na escolha de novos touros para integrar a bateria da central. Liguei para ele e contei sobre o 1646 que, a meu ver, seria interessante para a central e consequentemente para a raça Nelore, principalmente na conformação de carcaça. Dias depois, recebi uma ligação do Dr. Fausto contando que tinha ido com Maurício Lima à fazenda Mundo Novo e tinha

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1646 DA MN

visto o reprodutor e que gostaram muito e o compraram para a central Lagoa da Serra. Naquela época, o 1646 foi avaliado em U$$20 mil. Nas suas primeiras coletas, Dr. Fausto enviou 50 doses de sêmen para a Ipê Ouro. Entre as primeiras vacas inseminadas, estava a Bilaya R da R (filha de Lalpur da Zebulândia VR), que pariu a Opala Ipê Ouro, a mãe do Ranchi Ipê Ouro. Todos os quatorze primeiros produtos do 1646 eram de uma exuberância de carcaça e uma estrutura corporal, bem diferente dos outros animais daquela época. Foi assim que começamos a usar o 1646, com resultados excelentes. Para se ter ideia, fiz um levantamento das edições da ExpoZebu 2017, 2018 e 2019 e constatei que todos os animais que participaram des-

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sas edições tinham o sangue de 1646 da MN e do Ludy de Garça. Isso mostra a relevância de um touro para o melhoramento genético de uma raça, como foi também com o Karvadi na geração dele. ASSESSORIA EM LEILÕES No início da Ipê Ouro Assessoria, os leilões eram organizados pelo próprio criador, não tinham convidados. Era o pregão das marcas, como o da VR, da Brumado, da Nova Índia e assim por diante. Logo depois, essa realidade foi mudando e os eventos passaram a ter também a oferta de animais de criadores convidados. Nesse momento que entraram em cena as assessorias nas organizações dos leilões, visitando os criatórios convidados e selecionando os animais. A Ipê Ouro


ARNALDINHO DURANTE ASSESSORIA NO LEILÃO SAUSALITO RESERVA ESPECIAL 2015

Assessoria Genética Animal foi pioneira nesse tipo de trabalho. Hoje em dia todos os leilões têm assessoria, e isso é muito importante porque garante a padronização e a qualidade dos animais ofertados. Na grande maioria das vezes, os assessores são parte do quadro do Colégio de Jurados da ABCZ. E, com a popularização dos leilões virtuais, o investidor sente mais segurança quanto à indicação de um assessor e sua avaliação do fenótipo do animal de forma detalhada. Adquirir animais com critérios de avaliação gera muito mais segurança na compra. E uma compra bem-feita é um cliente satisfeito que voltará a investir mais e mais! Com o mercado sempre crescente, e a entrada de novos investidores na pecuária, as assessorias auxiliam a definir os acasalamentos e os rumos da seleção. A demanda é grande e a maioria dos assessores têm clientes em outros países, além do Brasil.

ARNALDINHO COM BAVARESCO NO MOMENTO DA COMERCIALIZAÇÃO RECORDE DA PARLA FIV AJJ NO NOITE DOS CAMPEÕES 2021

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CAPÍTULO 8

Sucessão e o futuro do zebu

JOÃO MARCOS E ARNALDINHO

“Uma vida de muito aprendizado, respeito e admiração, pois tenho ao meu lado não só um pai, mas um amigo, companheiro, exemplo de homem que transmite todos os seus conhecimentos em genética zebuína e, principalmente, de vida com muita simplicidade e humildade. Cada vez mais posso afirmar que valorizo muito essa oportunidade de convivência no trabalho e no dia a dia com essa pessoa que é meu boi de guia, quem trilhou o caminho e me entregou de porteiras abertas”

Uma coisa que me chama atenção é a importância da sucessão para o futuro dos projetos pecuários. Infelizmente, já vi importantes seleções se acabando e, na maioria das vezes, a causa é a falta de uma sucessão planejada. Quando vejo criatórios centenários fazendo liquidação, mesmo tendo um “gadão” selecionado por anos e anos de trabalho, fico preocupado. E quantos estão nessa situação atualmente? Se o criador sente que seu trabalho não vai ter continuidade, desanima. Meu pai João Marcos Machado Borges, assim como o pai, é sempre fez questão de integrar os filhos na gestão da também médico-veterinário, pecuarista, jurado do propriedade. Todo ano, no mês de janeiro, meus pais CJRZ e assessor técnico pecuário junto com o pai na saíam de férias, já que este é um mês que, tradicionalIpê Ouro Assessoria Genética Animal Ltda. mente, corre tudo bem na fazenda e chove bastante.

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Essa convivência frequente com o dia a dia da pecuária quando ainda criança ajuda a tomar gosto pela atividade. Sou um exemplo disso. Desde a minha infância, demonstrei grande aptidão e habilidade com a pecuária, afinal o zebu fazia parte de minha vida mesmo antes de eu nascer. Sempre ao lado do meu pai, acompanhei a evolução da Marca R e os trabalhos de seleção das raças Gir e Nelore de origem indiana. Eu e Zé Rodolfo tínhamos 13 e 14 anos de idade e ficávamos tomando conta de tudo, mas meu pai, mesmo viajando, ligava para saber dos acontecidos e nos passar as orientações. Era também minha responsabilidade a parte de escrituração zootécnica, tarefa que só deixei de fazer quando eu fui para a faculdade. Nessas viagens que meu pai fazia com a minha mãe, sempre visitava os amigos criadores de Gir e de Nelore. Em um ano, ia para Goiás, no outro para Bahia, São Paulo e assim por diante, mas sempre visitando os amigos em suas propriedades. Quando voltava dessas viagens, trazia muitas fotos que tinha feito nas fazendas visitadas e contava toda a experiência vivida nesses locais. Essas lembranças ficaram gravadas na minha memória. Adotei esse sistema de criação com meus quatro filhos e, sempre que possível, levava-os para leilões, exposições em Uberaba e até eventos em outras cidades. Certa vez, fui ao leilão da Brumado e não levei nenhum deles, pois tinha ido com criadores da Bolívia, o senhor Osvaldo Monasterio e seu filho Ernesto e o Rafael Deheza. Já na entrada do leilão seu Rubico foi nos receber e já me questionou onde estava a minha progênie. Mesmo eu justificando que tinha ido a trabalho, Sr. Rubico não aceitou e pediu que eu ligasse para a mãe deles, a Arlinda, para prepará-los para a viagem, pois estava enviando o motorista para buscá-los em Uberaba. Dei-

xou claro que não me receberia na Brumado sem os meninos. É a mesma coisa quando encontro com seu Cláudio Garcia (Totó), que já vai logo perguntando pela progênie. Integrar meus filhos no meu dia a dia na pecuária foi muito importante na sucessão, prova disso é a participação deles nas atividades da Ipê Ouro. Eles sempre tomaram conta dos leilões, cada um em uma área. E quando assumi a ABCZ deixei tudo por conta deles, que, mesmo vivendo em outras cidades, cuidaram e cuidam até hoje de tudo. A Maria Isabel lá do Rio de Janeiro, o Manuel Eduardo e a Ana Carolina em São Paulo e o João Marcos em Uberaba. Precisamos contribuir na formação dos futuros pecuaristas, auxiliando esses jovens na tomada de decisões e na condução desse desafio, que é a sucessão no negócio da família. É preciso valorizar muito essa meninada nova que vem se destacando. Eles precisam continuar firmes para garantir o futuro da evolução ge-

BETO MENDES DA FAZENDA DO SABIÁ E ARNALDINHO

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nética das raças zebuínas! O termo sucessão tem me chamado muito a atenção, e a importância de uma boa sucessão para o futuro dos projetos pecuários que são tão sacrificantes e a gente tem visto importantes seleções se acabando e na maioria das vezes a sucessão é a causa desse fim de grandes projetos que a gente tem visto acontecer com muita tristeza, e isso me preocupa muito. Tanto que durante a nossa gestão chegamos a criar a ABCZ Jovem que atualmente é presidida pela jovem criadora Ana Eliza Ártico, ela que é médica veterinária e compartilha com o pai, Marcelo Ártico, o comando da Fazenda Terras da Ártico, onde é feita seleção de Tabapuã. Engajada, ela já integrava a diretoria da ABCZ Jovem desde a sua fundação. Ela vem fazendo um trabalho especial e de muita importância. Conseguimos reunir durante a nossa gestão na ExpoZebu uma quantidade significativa de jovens filhos de

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fazendeiros para debater temas relativos à sucessão.

“Nossa expectativa é grande. Queremos contribuir na formação dos futuros pecuaristas, auxiliando esses jovens na tomada de decisões e na condução desse desafio que é a sucessão no negócio da família”, afirma a atual presidente da ABCZ Jovem, Ana Eliza Ártico. Nessa atividade nossa é muito importante trazer a família para o dia a dia do negócio, não que as outras não sejam, mas a pecuária, principalmente, precisa envolver cada vez mais essa moçada. Isso me faz lembrar quando trabalhava na Fazenda do Sabiá, fazendo assessoria e acasalamento para o seu Alberto Laborne Mendes (Betinho), isso lá nos anos 80. Era o Betinho e o Ronaldo Bonifácio (Boni) na lida. Quando estávamos lá trabalhando o Roberto Mendes, mais conhecido por todos nós como Beto, chegava com os amigos e só dava um “oi” e já saía na lancha com uma turma de amigos. Só víamos novamente a noite para o jantar. Naquele tempo, ele ainda não se interessava pela atividade, mas felizmente essa realidade mudou. Hoje, ele conduz a Fazenda do Sabiá com toda a dedicação, dando continuidade ao trabalho de seleção iniciado por seu pai. O Beto inclusive mora na fazenda e se dedica integralmente ao projeto pecuário, desenvolvendo um trabalho glorioso. Na Bolívia, acompanho de perto essa questão da sucessão. É interessante como todos participam dos eventos. Na ExpoCruz, famílias inteiras acompanham os julgamentos e, na hora de receber as premiações, todos participam: filhos, esposa e irmãos. Nos remates também estão sempre todos juntos, são eles que organizam todo o leilão. Quem já teve oportunidade de acompanhar sabe do que estou falando. Lá, a sucessão é muito forte e isso nos serviu de inspiração para criarmos a ABCZ Jovem. Na Sausalito, com o


EM 2017 DURANTE MINHA GESTÃO FRENTE À ABCZ, RECEBI AS IRMÃS MARIA JULIA E MARIA CLARA DO TABAPUÃ DA GÊ 05, ELAS SE TORNARAM AS MAIS JOVENS SÓCIAS DA ENTIDADE, MAIS AO FUNDO A PRIMA DAS MENINAS MARIA EDUARDA.

Osvaldinho; na Chorobi e Parabanó, com o Fernando Roca; na Las Madres, com o Fábio; da Jenecheri, com o José Leonardo; na São Manuel, o Antônio Saavedra; na El Trébol e nos Moxos o trabalho é em família e os irmãos se unem em prol da pecuária. Felizmente já começo ver muitos projetos pecuários brasileiros preocupados em fazer sucessores. Na Expoinel Mineira de 2020, estava julgando e pude observar mais detalhadamente que os criadores de bom êxito na exposição estão trazendo as novas gerações para o negócio. Estão confiantes na sucessão que vem por aí, como o Cássio Lucente (Lucente Agropecuária), cujo filho Vinicius assumiu o projeto. A mesma coisa vem ocorrendo com o José Furtado (Nelore RFA), com o Bruno acompanhando os julgamentos o tempo todo. O mesmo com a Paula, do Nelore Mara Móveis, o Gustavo Ribeiro, da Ourofino, a Ciça, na Kalunga, o Murilo Gibertoni, o Romildo Machadinho, Aguinaldinho, do Paranã, junto com o Rodolfo. Estou vendo o trabalho bonito que essa turma vem fazendo. Nas outras raças por exemplo no Tabapuã, o próprio presidente Sergio Germano vem fazendo um belo trabalho e no Tabapuã da Gê 05, as meninas Maria Julia e Maria

Clara durante minha gestão em 2017 se filiaram na ABCZ, sendo até aquela data as mais jovens sócias da entidade. Nas demais raças também temos inúmeros exemplos, tais como: o jovem João Ferreira, do Brahman Vitória; Jorge Sab Neto do Zeib Sab (Gir); Bruno Machado, da Fazenda Mutum (Gir Leiteiro), Marcão Carneiro, da Fazenda Palestina (Guzerá) e Helena Curi, do Sindi Porangaba e muitos outros. Há ainda aquelas famílias que tinham deixado a seleção de zebu de lado, mas agora estão retomando. É o caso da família Bonfiglioli, que nos anos 1980 e início dos anos 1990, era muito forte na seleção do Nelore, participando de leilões VR e Brumado, que eram os principais remates da época. Eles compravam os principais animais, mas depois resolveram fazer liquidação do plantel. Depois de entrarem forte no Angus, agora estão voltando firmes de novo para o Nelore e já vêm obtendo ótimos resultados. Na Expoinel Minas 2020 saíram-se bem. Assim como os Bonfiglioli, importantes criadores antigos estão voltando, como é o caso do Sebastião Cruvinel e os filhos Heuler e Regis. Isso sim é muito importante. Então temos uma moçada chique aí, que tem chamado a atenção pelo belo trabalho desenvolvido. A sucessão na pecuária está indo bem e isso me deixa satisfeito.

ARNALDINHO, ISABELLA E FERNANDO ROCA (CABANÃ CHOROBI E PARANABÓ) E MARIANO MUÑOZ (CABAÑA MOXOS) 55


CAPÍTULO 9

Homenagens dentro e fora do Brasil

ARNALDINHO RECEBE PREMIAÇÃO GLORIUS NANDI DO CONSELHEIRO DA ABCZ ANTÔNIO JOSÉ DOURADO DE OLIVEIRA

O zebu me permitiu viver tantos momentos importantes em minha carreira profissional, seja como criador, jurado, líder rural, e ter o reconhecimento das pessoas e entidades do setor sobre o que pude construir ao longo desses anos é gratificante. Não poderia deixar de recordar aqui cada homenagem recebida, tanto no Brasil quanto no exterior. Recebi o prêmio Glorius Nandi (Glorioso Nandi), na Índia, homenagem essa conferida pelo conselho de curadores da ONG indiana Ankush, no dia 11 de junho de 2016, na categoria de Maior Divulgador das Raças Zebuínas, como técnico e criador. Para esta ocasião, fui representado pelo conselheiro da ABCZ (2017 – 2019) Antônio José Dourado de Oliveira, “o Dourado” do Maranhão.

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Assim, como essa importante homenagem, recebi outras ao longo de minha carreira que muito me orgulham, uma experiência gratificante, pois significa o reconhecimento de todo meu trabalho. * (1993) “ESTRIBO DE OURO” Homenagem da Associação dos Criadores do Maranhão. * (1995) “HOMENAGEM” pela Asocebu-Bolívia pelo trabalho de introdução do melhoramento das Raças Zebuínas no país, iniciando em 1987. * (2000) “Mérito ABCZ” Na gestão Rômulo Kardec de Camargos. * (2001) “MÉRITO INTERNACIONAL CEBÚ DE ORO” pela Asocebu-Bolívia, durante a ExpoCruz na gestão Eduardo Ciro Añez. * (2004) “HOMENAGEM” na XI Expo Internacional da Ga-


naderia Tropical em Merida, estado de Yucatan no México. * (2014) ”NELORE DE OURO”” na categoria: Incentivador da Raça, pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) durante a Nelore Fest. * (2015) “5 MELHORES DO AGRONEGÓCIO”” prêmio conquistado pela Fazenda Ipê Ouro através da revista Dinheiro Rural, na categoria Genética Nelore. * (2016) “TROFÉU GLORIOUS NANDI”” em Hyderabad/ Índia, como maior divulgador das raças zebuínas oferecida pelo governo nacional. * (2016) “NELORE DE OURO”” na categoria: Liderança de Destaque da Pecuária Nacional, pela ACNB durante a Nelore Fest. COMENDA ANTÔNIO SECUNDINO DE SÃO * (2016) “COMENDA ”, prêmio pela contribuição com relevantes serviJOSÉ”, ços prestados a favor do desenvolvimento do agronegócio, em Patos de Minas/MG. * (2017) “HOMENAGEM CRMV”” em Belo Horizonte/MG. * (2017) “TÍTULO DE CIDADÃO UBERABENSE”” oferecido pela Câmara Municipal de Uberaba. * (2018) “MEDALHA DA INCONFIDÊNCIA”” maior honraria concedida pelo Estado de Minas Gerais a personalidades e instituições que contribuíram para o desenvolvimento do estado e do Brasil. Ouro Preto/MG. * (2018) “HONRA AO MÉRITO”” reconhecimento ao trabalho na promoção do setor e desenvolvimento da cidade, pela Câmara Municipal de Uberaba. * (2018) “MÉRITO GIROLANDO”” na categoria “Liderança Nacional”, durante a Megaleite em BH. * (2019) “CIDADÃO CRATENSE”” em reconhecimento pelas contribuições dadas para o crescimento da pecuária na região Nordeste, Crato/CE. * (2019) “MÉRITO EXPOCRATO JUBILEU 75 ANOS”” pela Associação dos Criadores do Cariri Cearense, Cariri/CE. Também guardo com carinhos muitos presentes que recebi ao longo desses anos que possuem um grande valor sentimental para mim. 57


CAPÍTULO 10

Amor e família Fiquei vinte anos casado com a Arlinda, tivemos quatro filhos, pela minha experiência de vida, julgo que a fase mais importante para se atentar ao casamento é quando chega à geração 40+, é a fase do amadurecimento, especialmente para a minha geração em que era costume se casar muito jovem, e foi assim conosco. Eu e a Arlinda nos casamos em abril de 1977, eu tinha acabado de completar 24 anos em novembro 1976 e de me formar em Medicina Veterinária em dezembro do mesmo ano. Naquela época, Arlinda estava com apenas 20 anos de idade. Logo após o casamento, fomos morar na fazenda e tivemos apenas cinco dias de lua de mel, pois foi bem na véspera da Exposição de Uberaba e o seu Arnaldo me convocou para ajudá-lo a administrar a fazenda Santana. Foram quatro anos morando lá, onde não havia energia elétrica, tempos de muita dedicação e trabalho. Sobre a importância da maturidade nos relacionamentos, lembro-me de uma das crônicas escritas pelo mestre do humor Chico Anysio que ensinou sobre a experiência de vida e a virtude da paciência:

“Que tal reinventar a vida, e se as pessoas nascessem velhos e morressem crianças”. ...Muitas vezes quando a pessoa pensa em viver a vida, já não tem mais forças. E ele teve muita experiência de vida, não foi só humorista, em que pese o sucesso que fez nessa área. Sua capacidade de criação estendeu-se também para a literatura, tendo publicado mais de 20 livros, dos quais vários obtiveram sucesso: “Como “O batizado da vaca”, “Como segurar seu casamento” sempre com um pensamento à frente”. Um fato muito importante na minha separação com a Arlinda é a nossa boa convivência, ela inclusive é amiga da Iara, desde a juventude, isso foi muito importante para criação dos meninos, eles estavam muitos novos quando nos separamos. “E desde então até eu me acertar com a Iara, ixi, tem muita história, Nossa Senhora”. Refiro-me aos relacionamentos entre a separação e o meu casamento com a Iara, em que os desfechos e decisões foram pautados na prioridade pela família. Toda vida eu fiz sempre tudo

MARINO, JOÃO MARCOS, GABRIELA, JOÃO PEDRO, ARNALDINHO, IARA, PEDRO ANTÔNIO, MARIA ANTÔNIA, LÍVIA, JOÃO PEDRO, MANUEL EDUARDO, EDUARDO, JOÃO GUILHERME, BEL, RAFAEL, JOÃO FRANCISCO, ANA CAROLINA, DANIEL E ARLINDA

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ARNALDINHO COM OS FILHOS JOÃO MARCOS, ANA CAROLINA, MARIA ISABEL E MANUEL EDUARDO

pensando nos meus filhos. Com a Iara, os meninos sempre foram doidos por ela e não é por menos, ela é uma pessoa muito equilibrada, muito! Para a família, para mim, acho que para ela, e enfim, para todos, o nosso relacionamento foi e é muito bom, o respeito que temos um pelo outro, a confiança é muito grande, e é assim bem natural. Outro detalhe interessante é que a “dona” Iara é Marquez com “Z”, e esses Marquez com “Z” tem temperamento forte, mas ela se mantém sempre centrada. Quando começamos o relacionamento, ela já foi logo dizendo: comigo não tem segunda chance não. E não tem mesmo! Foram quatro anos para conseguir namorar a Iara, ou seja, foi preciso muita insistência e superar a imagem que ela tinha sobre mim e meus relacionamentos anteriores. Ela foi minha colega de primário, mas não dava bola para as tentativas de paquera. Iara sempre foi muito amiga da minha irmã Juliana. Elas brincavam em blocos de carnaval. Nós estamos juntos há nove anos e nos casamos no dia 27 de agosto de 2018, em uma cerimônia íntima.

Não poderia ter escolhido local melhor que a sede da ABCZ para oficializarmos essa união. Foi lá mesmo, na sala da presidência, só nós dois, a juíza de paz e a Sandra, secretária da presidência, que foi nossa madrinha e a fotógrafa.

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Ela já tinha sido casada e teve dois filhos: Fernanda e Fausto Neto. A Fernanda é mais comunicativa, já o Fausto Neto é como a Iara, centrado e reservado. Para as netas e neto da Iara, eu sou o avô delas e tenho o mesmo sentimento. Quando me perguntam quantos netos eu tenho, já digo logo que são dez, e ainda esse ano chega a 11º, a Maria Isabel e o Rafael estão esperando a Maria Vitória e acho que nascerá em novembro, no meu aniversário. Ela já tem os gêmeos que estão com quatro anos, o João Guilherme e o José Eduardo, a Ana Carolina e o Daniel tem o neto primogênito João Francisco com 14 anos e o Pedro Antônio com sete anos, o Manuel Eduardo e a Lívia tem Maria Antônia com dois aninhos e o Eduardo nascido em março deste ano, o João Marcos e a Gabriela tem o João Pedro que está com um ano. Agora, do lado da Iara, temos duas netas (Isadora com 10 anos e a Giovana com 11 anos - filhas da Fernanda e do Fellipe) e um neto, o (Olavo de cinco anos, filho do Fausto Neto e a Jacqueline). Neto é muito bom. Todos os nossos netos já são associados da ABCZ. Desde a época da nossa gestão na ABCZ, Pedro Antônio diz a mãe que quer se vestir de ABCZ, daí calça a botinha, veste camiseta e coloca o boné, tudo da Grife ABCZ. Devidamente uniformizado, diz que vai trabalhar duro com o avô. Assim espero que seja no futuro!

ARNALDINHO, IARA COM OS FILHOS, GENROS E NETOS DE ARNALDINHO 60

ARNALDINHO NAS PALAVRAS DE IARA Conheço o Arnaldinho desde que tínhamos 9 anos de idade. Estudamos juntos no Externato São Tarcísio, que posteriormente virou colégio São Tarcísio, em Uberaba. A mãe dele, a dona Yeda, era a melhor amiga da minha tia Julieta, irmã do meu pai Olavo. No colegial, cada um foi estudar em uma escola diferente. O tempo passou, eu tive meus filhos e ele os dele. Anos depois que me separei, Arnaldinho começou a me ligar. Eu até me assustei porque tinha prometido para mim mesma que não queria mais ninguém na minha vida. Na época, eu estava plantando eucalipto na fazenda e ele soube e pediu para ver


JOÃO MARCOS, JOÃO PEDRO, JOSÉ EDUARDO, JOÃO GUILHERME, MANUEL EDUARDO, MARIA ANTÔNIA, JOSÉ EDUARDO, ARNALDINHO, PEDRO ANTÔNIO E JOÃO FRANCISCO

como era o contrato. Eu respondi que deixaria para ele na portaria do condomínio e que ele poderia passar e pegar, mas ele não pegou. Tempos depois, recebi uma ligação da irmã dele falando tinha achado umas fotos nossas e que queria marcar de encontrar, mas minha mãe estava doente e acabou que não nos encontramos. Foram quatro anos e meio assim. Volta e meia ele tentava se aproximar. Um certo dia ele disse que queria namorar, mas como eu não quis, ele quis saber se eu tinha alguma coisa contra ele. Disse que não, e que não tinha a intenção de ter um relacionamento com ninguém. Em 2012, no Réveillon, Arnaldinho me mandou uma mensagem desejando que o ano de 2013 fosse muito bom para nós e assinou “A. Manuel”. Eu não lembrava de ninguém com esse nome e pressupus que fosse o pessoal da Duratex que tinha arrendado uma parte da fazenda. Respondi que esperava que o ano fosse sim, muito bom. Em seguida, ele me ligou dizendo que queria me encontrar. Estava indo para Belém, mas respondi que, quando retornasse a Ube-

raba, poderíamos nos encontrar. E foi assim. Quando eu desembarquei em Uberlândia ele já me ligou e eu não sabia mais o que fazer. Liguei para minha filha que me incentivou a encontrar com ele, afinal, éramos livres e desimpedidos e um jantar com um amigo não teria nada demais. Arnaldinho me pediu em namoro, mas eu disse que deveríamos falar primeiro com nossos filhos, tantos os meus quanto os dele, pois não estávamos mais na idade de brigar com os filhos por causa de namoro. Quando falei com meus meninos, o Fausto Neto só ouvia, não falava nada, mas aceitou a ideia. Começamos namorar, meus filhos incentivaram, mas pediram para que eu tivesse muita cautela, é que Arnaldinho tinha passado por vários relacionamentos e eu tinha medo disso. Ele era danado, a fama dele não era boa! Estamos juntos desde 2013 e nunca brigamos. Ele é muito calmo e eu também. É um excelente pai, isso, no início, foi o que mais me chamou a atenção nestas idas e vindas nossas de tentativas de namoro. Certa vez, ele me chamou para levar minhas netas, que estavam comigo em Uberaba, para um passeio no shopping e que no outro dia iríamos leva-las de

IARA, ISADORA, JAQUELINE, OLAVO, FERNANDA E GIOVANA

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volta para Catalão. Pela manhã, ele chegou para nos pegar, já estava com o lanche para elas levarem na viagem. Gostei daquela atitude, a preocupação dele só poderia ser um ponto positivo. Eu sempre o admirei como profissional, sempre soube da trajetória dele, um homem muito sério e honesto. Agora, tenho mais certeza disso. Dizem que meu olho brilha quando eu falo dele. ABCZ A vontade de Arnaldinho de presidir a ABCZ era longa. Cláudio Carvalho (Naviraí) inicialmente o incentivou para ser candidato a presidência da ABCZ, mas ele não aceitou, pois estava muito novo, tinha os meninos pequenos e estava trabalhando muito. Acho que Arnaldinho ficou com isso na cabeça. Foi uma campanha pesada, durante 10 meses, pode-se comparar com a campanha para presidente da República, pois ele viajou o Brasil inteiro. Trabalhávamos todas as noites. Teve dias que víamos o sol nascer, todo material era repassado por nós antes da divulgação, o Arnaldinho fazia questão de ler, reler e me pedia para ajudar a escrever. Ele me falava, eu escrevia e passava para a Carla Prado (jornalista da campanha) colocar nas redes sociais. A Bel (Maria Isabel) nesta época era solteira e me via escrevendo tarde da noite e me pedia para dormir, mas eu via a aflição dele. Juntos trabalhamos muito e no final deu tudo certo. ZEBU DO BEM A minha vida inteira gostei de trabalhar pelas causas sociais e faço isso até hoje. Quando Arnaldinho assumiu a presidência da ABCZ, eu comecei a questionar por que nunca havia tido nada nesse sentido na entidade. Sabia do impacto do trabalho das mulheres dentro da ABCZ. Hoje em dia todas as empre-

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ARNALDINHO, LUIZ CÁUDIO PARANHOS E EDUARDO BIAGI

IARA E O ARNALDINHO


sas têm um compromisso social e comecei dizendo que estava na hora de ter um braço para fazer esse trabalho na ABCZ. Arnaldinho interessou e quis saber no que eu estava pensando. Expliquei que gostaria de mostrar para a cidade o que era a ABCZ, até então a entidade era vista como lugar de elite, e não era nada disso! Tem gente de todo tipo, de todas as realidades, e eu queria iniciar esse projeto, ajudando algumas instituições. Ele concordou, mas disse que não poderíamos usar o dinheiro da ABCZ neste projeto, pois não poderia dar motivos para dizerem que tinha sido desviado dinheiro de outras áreas para essa iniciativa. Comecei a pedir ajuda dos amigos mais próximos, começou com doações minhas, do João Marcos, Cláudio Fontoura, do Arnaldinho. Assim começou o Zebu do Bem. Inicialmente, cadastramos as instituições e, já nos primeiros momentos, iniciaram os comentários desagradáveis. Teve certa pessoa que chamou bastante a atenção, o comentário foi bem assim: Se você faz parte de um clube ou uma instituição e sabe que o dinheiro está sendo usado para uma causa ao invés de estar sendo usado para o bem do associado, o que você pensaria disso? Decidi que não desistiria por isso e que na próxima edição da revista queria uma matéria explicando que a fonte da renda usada na causa era totalmente advinda de doações dos associados e parceiros da ABCZ e qual era a destinação. Não respondi e continuamos nosso trabalho. Pedi ao Arnaldinho para fazer uma festa junina e ele achou que eu estava ficando doida, que não tinha nada a ver com a ABCZ. Expliquei que tinha tudo a ver. Chamaríamos as instituições beneficiadas pelo ZEBU DO BEM e os participantes doariam 1 kg de alimento para ter acesso ao evento. Cada entidade teria sua barraca para vender alimentos. Além disso, outras entidades receberiam os alimentos arrecadados.

Nesse projeto, meus dois braços direitos foram os funcionários da ABCZ, na época, a Nêga (Andréia Azeredo) e o Franco Geovane. A preocupação do Arnaldinho era com o gramado do recinto de avaliação do Parque Fernando Costa, afinal, pouco tempo depois da festa junina ocorreria a ExpoGenética e o local tinha de estar impecável. Felizmente, ficou. Deu tudo certo. Ajudamos muita gente. Estava satisfeita, mas não ainda completamente. Em conversa com o Arnaldinho, disse que queria mais uma coisinha, montar o grupo “ABCZ Mulher” para dar voz e vez a mulher que está no mercado a muito tempo, mas não era valorizada. Nessa jornada, tive um encontro com a pecuarista Teka Vendramini, que tinha assumido a diretoria da Sociedade Rural Brasileira, em Uberaba, durante a ExpoZebu e aproveitei para apresentar o projeto. Ela concordou em ministrar a palestra gratuita posteriormente. Assim, em 2018, foi criada a ABCZ Mulher. O obje-

IARA E O ARNALDINHO COM A TURMA DO ZEBUZINHO

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tivo foi destacar e incentivar o empreendedorismo e a liderança das Mulheres do Agronegócio. Em 15 de maio de 2018, a comissão oficial foi montada, assim como o regulamento, com o auxílio do procurador jurídico da ABCZ, Dr. Cláudio Fontoura. Fizeram parte da comissão Luciane Kahale, Paula Paoliello Garcia Cid e eu. Como conselheiros, convidamos o promotor de Justiça, Dr. Carlos Varela, e a juíza Dr. Cláudia Alfredo Marques Carvalho. Como combinado, a Teka ministrou a palestra durante o 1º Encontro ABCZ Mulher, ocorrido na ExpoGenética 2018. Nos anos posteriores tivemos o apoio da secretária de Estado de Agricultura de Minas Gerais, Ana Maria Valentini, e da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. No mesmo ano de criação da ABCZ Mulher, instituímos ações para o Outubro Rosa e o Novembro Azul. A proposta foi focar na saúde das mulheres do agro, mais especificamente com campanhas preventivas contra o câncer de mama e de útero, no caso do Outubro Rosa. Fomos a Barretos, conhecer o Hospital

EQUIPE E ALUNOS DA ESCOLINHA ABCZ

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de Amor, que atende pacientes em tratamento contra o câncer. Fomos recebidas pelo pecuarista e coordenador do Agro contra o câncer do Hospital de Amor, Rubikinho Carvalho, e solicitamos que fosse enviada a carreta para realização de exames para detecção da doença, durante a ExpoGenética 2018. Para fazer a triagem das mulheres, tivemos o apoio do Hospital Hélio Angotti, em Uberaba. Conseguimos a carreta e vestimos a ABCZ de rosa e foi maravilhoso, com grande adesão da comunidade agro. Com o sucesso do Outubro Rosa, em novembro vestimos a ABCZ de Azul. Foram realizados pela equipe da Funepu (Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba) exames de diabetes, colesterol e PSA como uma das ações do Novembro Azul. Só colhemos bons frutos durante a gestão do Arnaldinho. Lembro que íamos para a ABCZ de segunda a segunda e todo domingo fazíamos caminhada pelo Parque Fernando Costa. O Arnaldinho aproveitava para podar as plantas e recolher algum lixo que ali estivesse.


EQUIPE DA CARRETA DO HOSPITAL DE AMOR DE EXAMES DE BARRETOS, BOMBEIROS E EQUIPE DA ABCZ NA EXPOGENÉTICA

Montamos também uma escolinha na ABCZ para alfabetizar os funcionários que ainda não tinham tido a oportunidade de aprender a ler e escrever. Inicialmente foram 12 pessoas participantes, que ganharam mochila, lápis de cor, canetinhas. Ainda comemorávamos os aniversários deles, tínhamos nossos encontros no final de ano, era tudo para incentivá-los. O reconhecimento deles era a melhor parte. As experiências deles durante a alfabetização que compartilhavam sempre conosco foi outro momento de muita satisfação.

EQUIPE ZEBU DO BEM E ORGÃOS PARCEIROS NA ENTREGA DE PRESENTES DE NATAL

DONA YEDA NAS PALAVRAS DA IARA Aos 93 anos de plena saúde, dona Yeda é um exemplo de vida e teve grande influência na vida do Arnaldinho. Claro, que, nesta idade, as palavras as vezes fogem na hora da conversa, o que é perfeitamente normal. Mas ela sempre demonstra seu carinho pelo Arnaldinho, chamando-o de meu amor. Desde que seu Arnaldo faleceu, em 18 de setembro de 2018, ela ficou muito triste e acha a casa vazia sem ele. Como vocês sabem, o Arnaldinho foi criado por seu avô materno Manoel, que certo dia o levou para a Uberlândia e nunca deixava ele voltar para casa quando os pais iam busca-lo. Ele sempre foi muito paparicado pelo avô Manoel e pela avó Buzica, como ela era carinhosamente chamada. Eles arrumaram até uma professora particular para ele não ter que levá-lo de volta para Uberaba. Certo dia, dona Yeda retornou à Uberlândia e perguntou pelo Arnaldinho, que estava na aula. Ao ouvir o som do galo cantando, ela foi ver como estava

SR. ARNALDO, DONA YEDA E O BISNETO JOÃO FRANCISCO 65


transcorrendo a aula. Arnaldinho estava em cima da mesa mostrando para a professora como o galo cantava. A mãe percebeu que daquele jeito o filho não iria aprender nada. A verdade é que desde muito pequeno ele era um selecionador. Ainda bem menino, com cerca de oito anos, pegou um galinheiro e começou a observar o comportamento das aves. Separava as galinhas por cor e depois ia descartando aquelas que não tinham reproduzido bem. Só aos nove anos, dona Yeda conseguiu trazê-lo para Uberaba, mas a contragosto do avô, que sofreu JULIANA, IARA, ARNALDINHO, YEDA, CANDIDA ELVIRA, JÚNIOR, muito sem o Arnaldinho. Foi o seu primeiro ano em LUIS FERNANDO E CRISTIANA um colégio em Uberaba, e quando nos conhecemos. Seu Manoel é descendente de pais portugueses, Quando Arnaldinho passou em Medicina Veterinária, em Belo Horizonte, seus avós mudaram-se para lá vindos de Leiria. Suas irmãs eram metódicas. Na fapara cuidar dele e só retornaram quando ele já esta- zenda, toda lenha que seria utilizada no fogão tinha que ser igualzinha, do mesmo tamanho e espessura. va mais acostumado a viver na capital. A Cristiana, irmã do Arnaldinho, passa cotonete nas frestinhas das janelas. Dona Yeda diz que eles herdaram essa mania das tias portuguesas. O Arnaldinho é perfeccionista. Se a mesa está posta, mesmo que esteja arrumadinha, com garfo, faca e tudo no lugar, e ele não der uma ajeitada não fica feliz. Eu sou assim também, antes mesmo de me casar com ele. Não posso ver um quadro torto que fico doidinha até dar um jeito de ajeitar. Eu gosto das coisas tudo no mesmo lugar, já o Arnaldinho até gosta de mudar. Na minha mesinha lá da fazenda não gosto que tirem nada do lugar. Meu irmão tirava as coisas do lugar só para ver quanto tempo eu iria aguentar. Na nossa casa não tem bagunça, quando chegam os netos ele fica um pouco aflito com a desordem, mas não fala nada. Quando incomoda, ele entra para o quarto. IARA, SEU ARNALDO, ARNALDINHO E DONA YEDA O Arnaldinho é uma pessoa especial, sinônimo de

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competência, dedicação, profissionalismo e amor ao zebu, o que nos enche de orgulho! É exemplo de filho, pai, avô, amigo e marido. É uma pessoa tranquila, que transmite paz e segurança. Acho que tudo caminhou para que nos encontrássemos no momento certo! Compartilhamos trabalhos, alegrias, muito companheirismo e o amor pela família. Meus filhos e netos têm por ele grande respeito e admiração, o que torna leve o nosso relacionamento. Tenho certeza que ele é a maior e melhor surpresa que a vida reservou para nós! A proposta de construir uma ABCZ de A a Z para todos foi realmente uma bandeira da gestão (2016 - 2019). Comissões especiais foram criadas para valorizar grupos importantes e incluí-los ainda mais em ações que promovam a pecuária zebuína. Em pouco tempo, a ABCZ Jovem e a ABCZ Mulher se transformaram em refêrencia no setor e passaram a atrair cada vez mais esses públicos para dentro da Associação.

ARNALDINHO COM OS NETOS.

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RECORDAÇÕES

FERNANDO ROCA, JULICO E ARNALDINHO

EDUARDO AÑEZ, ARNALDINHO E RAFAEL SUAREZ

MURILO, MARIA JOSÉ E DORIVAL GIBERTONI, LUIZ ROBERTO RECHE E ARNALDINHO DURANTE A EXPOINEL AVARÉ 2016

MOMENTO DO DESCERRAMENTO DAS FOTOS DE INCLUSÃO DOS EX-PRESIDENTES GERALDINO RODRIGUES DA CUNHA E JOAQUIM MACHADO BORGES, NA GALERIA DOS PRESIDENTES DA ABCZ.

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LUIZ RECHE E ARNALDINHO NA FAZENDA CAMPININHA


PAULO MIZIARA, CARLOS GONÇALVES, ARNALDINHO, IARA, JOSÉ LUIZ NIEMAYER, CELSO BARROS CORRÊA NA FAZENDA TERRA BOA

RAFAEL SUAREZ, YAMILITO NACIF, CARLOS MUÑOZ, ARNALDINHO, EDUARDO AÑEZ, JULICO E MARCELO MUÑOZ

JONAS BARCELOS, RONALDO CAIADO, ARNALDINHO E ABELARDO LUPION

LUIZ HENRI DA HORA PIRES, ARNALDINHO E ARTHUR HENRI DA HORA PIRES

ARNALDINHO, MARIANO, CARLOS MUÑOZ, OSVALDINHO, MARCELO MUÑOZ E MARCELO JR.

EDUARDO PENTEADO CARDOSO E ARNALDINHO COM FERNANDO PENTEADO CARDOSO FRENTE AO PAVILHÃO EM SUA HOMENAGEM NO PARQUE FERNANDO COSTA EM UBERABA/MG

ARNALDINHO, ANA CLÁUDIA MENDES, MINISTRO DA AGRICULTURA BLAIRO MAGGI, CLÁUDIA JUNQUEIRA E LUCIANO BORGES 69


RECORDAÇÕES

ACIOLE CASTELO BRANCO E ARNALDINHO

ACIOLE, JAIRO, IBANEIS E CAIO

FREDERICO, ANA, PAULO, MARCELO ÁRTICO,IARA E ARNALDINHO

ADALDIO, JOSÉ HUMBERTO, ANGELO E ARNALDINHO

ANGELO, ZEZÃO, NAIANA, ARNALDINHO E CRISTIANO

ANTÔNIO VASCONSELLOS, RIVALDO, OSVALDO, PAULO HORTO, ARNALDINHO, RODOLFO, GABRIEL BELLI, JOÃO MARCOS, SILVIO NETO, RAFAEL E OSVALDINHO

ARNALDINHO COM A EQUIPE IPÊ OURO E FAMÍLIA 70

ARNALDINHO COM ROMULO KARDEC CAMARGOS

ARNALDINHO E ADALDIO CASTILHO


ARNALDINHO COM CRIADORES NA FINAL DA EXPONEL VILA VILHA, NA FAZENDA PARAÍSO NO ES

ARNALDINHO EM REUNIÃO COM CRIADORES DO PIAUÍ EM TERESINA

ARNALDINHO E JOÃO GABRIEL

ARNALDINHO E CARLA PRADO

ARNALDINHO, ADIR, JORGE SAB, ANDRÉ MIRANDA E BI JUNQUEIRA

ARNALDINHO NO FINAL DO LEILÃO NELORE HERINGER - VILA VELHA ES

ARNALDINHO, BRUNO, VALDECIR, CLÁUDIA E JUAN CARLOS

ARNALDINHO E JOÃOZITO ANDRADE 71


RECORDAÇÕES

BI JUNQUEIRA E ARNALDINHO

ARNALDINHO, CADU NOVAES, OSVALDO E OSVALDINHO MONASTERIO

ARNALDINHO, IARA, MÔNICA AÑEZ, NANCY E FERNANDO ROCA

ARNALDINHO, JORGE MATSUDA, OSVALDO MONASTERIO REK, TEREZA REK MONASTERIO E OSVALDO MONASTERIO NIEME

ARNALDINHO, OSVALDINHO, PEDRO MARCHETT, OSVALDO MONASTERIO, RAFAEL DEHEZA, GUILHERME FABRE E JOÃO MARCOS

DALILA BOTELHO E ARNALDINHO 72

ARNALDINHO, DUDA E GIL PEREIRA

ARNALDINHO, LUCIANE KAHALE E RODRIGO ABDANUR

ARNALDINHO, CAU, OSVALDO, BRUNO, MÔNICA MARCHETT, JOÃO MARCOS E OSVALDINHO


ARNALDINHO, ROSE, IARA, VIRGINIA, ONOFRE, CLÁUDIA, FABIANO E RAWLINSON

ARNALDINHO, RAPHAEL ZOLLER, OSVALDINHO, JOÃO MARCOS E CLÁUDINHO

ARNALDINHO, RENATA E CAU PARANHOS

BEATRIS E GABRIEL GARCIA CID, IARA E ARNALDINHO

ARNALDOMANUELBORGES,JOÃOCARLOSJCJ,RAPHAELZOLLEREGABRIELGARCIACID

BONI, ARNALDINHO, LUIZ SERGIO, FERMINO, GARETTI E CELSO

DENIS PRATA, CHINO REK, CLÁUDIA JUNQUEIRA, ARNALDO MANUEL, MÁRIO E RICARDO ANGLARILL, MAURÍCIO TEIXEIRA E O TRATADOR DIEGO MOLINA

CARLOS VIACAVA, CIÇA E ARNALDINHO 73


RECORDAÇÕES

DURVAL, ADIR, ARNALDINHO, ANTÔNIO JOSÉ JUNQUEIRA E TONICO CARVALHO

FERNANDO BALDOMAR, ROMER OSUNA, ARNALDO MANUEL, EDUARDO AÑEZ

GABRIELA, JOÃO MARCOS, CASSIANO, NELCLAIR GIBERTONI E ARNALDINHO

JOÃO MARCOS, RAFAEL DEHEZA, ARNALDINHO E JUAN CARLOS

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FELIPE PICCIANI, IARA E ARNALDINHO

FLAVIO, ARNALDINHO, J.FARIA, AMANDIO SALOMÃO E VALDECIR MARIN

EDGAR E JOSÉ SANTIAGO MOLINA - GUATEMALA

JOÃO ,ROBERTO,ARNALDINHO,CLAUDIO


MANOEL, LAURO, PAULO, GERUSA, MARIA CLARA, JOÃO TRIVELATO, MARIA JULIA, ARNALDINHO E MARCELO

MAURÍCIO, ARNALDINHO, MURILO, JOÃO MARCOS E RICARDO ANGLARILL

GUILHERME MARQUES -MAPA, VALDECIR MARIN E ARNALDINHO

MARCUS CARNEIRO, ARNALDINHO E EROS GAZZINELLI

IRINEU E ARNALDINHO

JUAN CARLOS, ANTENOR CONSONI E ARNALDINHO

MANASSES RODRIGUES, JOSÉ TORQUATO ARAÚJO NETO, MARCINHO DINIZ, RONALDO BICHUETTE E ARNALDINHO

ONOFRE RIBEIRO, RAWLINSON AVELAR DA FINCA EL ROSÁRIO

LUCHO SAAVEDRA, SUA FILHA FERNANDA E BETO MENDES 75


RECORDAÇÕES

ONOFRE RIBEIRO E SATYAJIT KACHAR DA ÍNDIA

PAULO, JOÃO LEOPOLDINO, ARNALDINHO, IARA E NORIVAL BONAMICHE

ORLANDINHO, ARNALDINHO, JOSÉ HUMBERTO, CLÁUDIO E TONICO CARVALHO

RENATO BARCELOS, FÁBIO MIZIARA, ADELINO FRANCO, ARNALDINHO E UDELSON NUNES FRANCO

MOMENTO DA INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO CENTÁRIO COMEMORATIVO AO CENTENÁRIO ABCZ EM 2019, NA FOTO ARNALDINHO, A MINISTRA TEREZA CRISTINA, A SECRETÁRIA DA AGRICULTURA DE MINAS GERAIS ANA MARIA VALENTIN, DR. JOÃO MARTINS (CNA) PREFEITO PAULO PIAU E TIVERON

RENATO CHALUB FILHO, MARCELO BOTELHO E WELLINGTON FONTES DA NELORE DA CAR E ARNALDO MANUEL

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PRESIDENTE DA REPUBLICA DA GUATEMALA JIMMY MORALES 2016-2020, COM ARNALDINHO E JOSÉ SANTIAGO MOLINA

ARNALDINHO, CLÁUDIA MONTEIRO E GUSTAVO MIGUEL


ABELARDO LUPION, MINISTRO SERGIO MORO, ARNALDINHO, DR CLÁUDIO FONTOURA E JAIRO MACHADO FURTADO NA ENTREGA DA HOMENAGEM MÉRITO ABCZ

ARNALDINHO, CARLOS VIACAVA E OVÍDIO CARLOS DE BRITO

DANIEL, ANA CAROLINA, JOÃO FRANCISCO, LÍVIA, MANUEL EDUARDO, MARIA ANTÔNIA, PEDRO ANTÔNIO, ARNALDINHO, IARA, JAQUELINE, FAUSTO NETO, OLAVO, JOSÉ EDUARDO, BEL, RAFAEL, JOÃO GUILHERME, JOÃO MARCOS, JOÃO PEDRO E GABRIELA

FAMÍLIA IPÊ OURO DURANTE HOMENAGEM AO AMIGO DA FAMÍLIA NILSON LÚCIO 77


RECORDAÇÕES

ANTÔNIO INÁCIO, MANELITO DANTAS, DR. PAULO ROBERTO, E ARNALDINHO NA FAZENDA CARNAÚBA EM TAPEROÁ/PB

O INDIANO GOPAL COM O RAÇADOR JHELLUM

ARNALDINHO, MÁRIO CRUVINEL BORGES, ANTÔNIO PAULO ABATE E LUCIANO BORGES

PAULO LEMGRUBER E ARNALDINHO

MARCIO DINIZ, ARNALDINHO, BIA BIAGI, PERLA FLEURY E RONALDO BICHUETTE

SECRETÁRIA DA AGRICULTURA DE MINAS GERAIS ANA VALENTIM, IARA, MINISTRA TEREZA CRISTINA E ARNALDINHO

A MINISTRA TEREZA CRISTINA, RECEBENDO O MÉRITO ABCZ DAS MÃOS DO PRESIDENTE DA ABCZ ARNALDO MANUEL DE SOUZA MACHADO BORGES E DOS PECUARISTAS FERNANDO E EDUARDO PENTEADO CARDOSO 78

ARNALDINHO, SEU ARNALDO E JOÃO MARCOS (SEGUNDA, TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO DA MARCA R), FRENTE AO BUSTO EM HOMENAGEM AO PERCURSOR RODOLFO MACHADO BORGES


DEPOIMENTOS

Motivo de muito orgulho, inspiração e admiração para todos que o conhecem, nós como filhos e netos sentimos privilegiados por tê-lo como pai e avô. Sentimento esse que se mistura com imenso amor e infinita gratidão. Desde criança, todos nós pudemos aprender, conviver e testemunhar de perto sua paixão pelo trabalho com o zebu, sua honestidade, sua humildade e sua dedicação ao próximo. São valores e virtudes transmitidos por gerações e que fazem nossa família cada vez mais unida. A seleção de Nelore da Fazenda Ipê Ouro, 3ª e 4ª gerações da Marca R iniciada por Rodolfo Machado Borges, é fruto do seu legado e representa a união e paixão da família sobre algo que é muito mais do que trabalho, na verdade, um propósito de vida. Também admiramos sua motivação pelo trabalho, que aumenta a cada dia mesmo após tantos anos de trabalho e conquistas. E não é diferente quando se trata de compartilhar seu conhecimento técnico e tantos ensinamentos sobre genética e manejo. Durante o trabalho e contribuição para essa importante obra, testemunhamos o prazer, dedicação e brilho nos seus olhos.” Ana Carolina, João Marcos, Maria Isabel e Manuel Eduardo - Filhos de Arnaldinho.

O Arnaldinho é uma pessoa especial, sinônimo de competência, dedicação, profissionalismo e amor ao zebu, o que nos enche de orgulho! É exemplo de filho, pai, avô, amigo e marido. É uma pessoa tranquila, que transmite paz e segurança. Acho que tudo caminhou para que nos encontrássemos no momento certo! Compartilhamos trabalho, alegrias, muito companheirismo e o amor pela família. Meus filhos e netos têm por ele grande respeito e admiração, o que torna leve o nosso relacionamento. Tenho certeza de que ele é a maior e melhor surpresa que a vida reservou para nós!” Iara Marquez – Esposa e a fundadora do ‘Zebu do Bem’.

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DEPOIMENTOS

Tio Arnaldinho é para nós exemplo de trabalho, dedicação, integridade e competência! Tê-lo como um membro da nossa família, dando carinho aos nossos filhos, a nós e cuidando de nossa mãe é motivo de gratidão, respeito e admiração.” Fernanda e Fausto Neto – filhos da Iara.

Meu pai é uma grande referência, não só para os filhos como para todos que o conhecem. Referência como homem, pai, filho, irmão, amigo, criador, patrão dedicado e profissional apaixonado não só pelo zebu, mas por tudo que convive no ambiente da criação de gado. Desde os meus primeiros passos, meu pai passou a mim e aos meus irmãos o amor pela seleção e o grande valor do trabalho da nossa família na criação, iniciado em 1906. A admiração a ele mantém a família unida na continuidade do trabalho da Marca R e da Fazenda Ipê Ouro, que para mim é o melhor pedaço do mundo, sobretudo quando estamos juntos.” Advogado Manuel Eduardo Cruvinel Machado Borges e filho de Arnaldinho.

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Uma vida de muito aprendizado, respeito e admiração, pois tenho ao meu lado não só um pai, mas um amigo, companheiro, exemplo de homem que transmite todos os seus conhecimentos em genética zebuína e, principalmente de vida com muita simplicidade e humildade. Posso dizer que nasci na minha profissão e a influência veio naturalmente. Cada vez mais posso afirmar que valorizo muito essa oportunidade de convivência no trabalho e no dia a dia com essa pessoa que é meu boi de guia, quem trilhou meu caminho e me entregou de porteiras abertas” Médico-veterinário e assessor Pecuário, Jurado efetivo da ABCZ, João Marcos – filho de Arnaldinho.

Ser filha do ‘papai’ é aprender a cada dia algo novo e ter, diariamente, uma nova lição de vida. É aprender a ser mais calma e paciente. Quando nós quatro éramos pequenos, ele viajava muito e, por isso, sentíamos sua falta, mas no fundo tínhamos consciência que todo aquele esforço teria um resultado positivo. E hoje está aí, o reconhecimento como criador, juiz e conhecedor da raça, a admiração pelo seu trabalho por todos. Ele sempre fez o possível e impossível por nós, dentro das suas possibilidades e hoje tenho certeza de que ele também sente muito orgulho dos seus filhos. Um filho, um pai, um avô carinhoso e amoroso. Para mim, o melhor pai do mundo! Tenho o prazer em dizer: Sou filha do Arnaldinho!” Médica-veterinária e administradora da Fazenda Ipê Ouro, Maria Isabel, filha de Arnaldinho.


DEPOIMENTOS

“Arnaldinho, desde muito pequeno, já demonstrava o dom para lidar com seleção genética, quando morávamos na fazenda. Ele fazia seleções das galinhas e galos. Puxou a genética do avô Rodolfo Machado Borges e do pai Sr. Arnaldo. Hoje temos muito orgulho do importante trabalho que ele exerce no Brasil e exterior, contribuindo para o melhoramento genético das raças zebuínas e, com isso, aumentando o rendimento da carne! Se hoje o Brasil se coloca como um dos principais produtores e exportadores de carne do mundo, temos a certeza de que Arnaldinho com sua competência e trabalho sério ainda contribuirá muito para isso!” Dona Yeda – mãe e irmãos: José Rodolfo, Juliana, Cristiana e Maria Cândida

Meu pai é um exemplo de ser humano e de profissional. É extremamente dedicado, amoroso, humilde e sempre realizou tudo que faz com grande competência. Olhar para tudo que ele construiu me enche de orgulho. Em todos os momentos da minha vida, ele esteve presente, sempre reforçando que, não importava o caminho que fóssemos escolher, mas tudo deve ser feito com competência. E esse ensinamento eu carrego para minha vida, seguindo seu exemplo como ser humano. É um privilégio poder aprender, amar e conviver com um ser humano tão incrível quanto ele.” Fisioterapeuta Ana Carolina Machado Borges Bertolucci, filha de Arnaldinho.

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DEPOIMENTOS

Quando vim para o Pará, estava faltando alguma coisa na minha seleção. Meu saudoso irmão Cláudio Carvalho, da Naviraí, passou por aqui, e logo em seguida eu estive em Uberaba onde vi o Arnaldo julgando na ExpoZebu. Fiquei impressionado, primeiro com a personalidade forte e a coragem dele. Convidei-o para nos assessorar. O que mais me impressionou foi a interação que ele teve com meus funcionários. Com seu jeito calmo ele ensinou o pessoal, minha turma virou outra. A minha seleção foi para outro caminho depois dele. Ele me indicava animais novos e que ainda não estavam sendo usados, sabe, ele tinha muita personalidade para fazer isso, era completamente atrevido, a palavra certa é essa! Buscava animais novos, diferenciados, e de peso, produtivos e sempre mantendo os padrões da raça e isso marcou muito a minha seleção. Ele era muito rigoroso nos conceitos de produtividade, mas sempre tudo dentro da raça. Ele é um dos grandes artistas da pecuária do Brasil, ele é um marco e ele mudou todo conceito julgamento, se alguém falar que foi outro, eu não vejo mais ninguém, foi ele! Tenho muito orgulho de saber que fui o segundo a contratar a assessoria dele.” Gastão Carvalho Filho - presidente da Boi Branco e exportador de gado vivo no município de Paragominas e Abaetetuba, ambas no Pará.

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Há mais de 30 anos, mais precisamente em 1987, Arnaldo veio pela primeira vez à Santa Cruz para realizar os primeiros acasalamentos dirigidos na Sausalito. Seu nome foi sugestão do nosso amigo e criador de Nelore Mocho, Ovídio Carlos de Brito. Foi a primeira vez que este trabalho de seleção individualizado foi realizado em nosso país. Isso marcou uma nova era, tanto para nós como para a pecuária boliviana. Assim, iniciava um processo evolutivo de melhoramento que não parou mais e o resultado é o Nelore produtivo e de ciclo curto que temos hoje, de grande impacto e a base da pecuária da Sausalito e da Bolívia. Arnaldo não só representa o melhoramento genético alcançado em meu país, mas também integrou os criadores da Bolívia, Brasil e outros países, gerando carinho, amizade, respeito e oportunidades. Foi juiz da nossa Expocruz, sendo cada julgamento uma oportunidade de conhecer a raça pela qual somos apaixonados. Os pecuaristas bolivianos agradeceram sua contribuição ao nosso desenvolvimento, premiando-o com muito mérito com o “Ouro Internacional Cebú” da Associação Boliviana de Criadores de Cebú. A capacidade, vocação e dedicação que tem demonstrado em sua contribuição para a superação do Nelore e da pecuária na Bolívia são incomensuráveis. Meu respeito e gratidão a este grande amigo da família Sausalito e dos pecuaristas bolivianos. Osvaldo Monasterio Añez - Cabaña Sausalito – Bolívia


DEPOIMENTOS

“O trabalho e a contribuição do Arnaldo para o zebu são merecidamente reconhecidos em todo o Brasil e no mundo. Como criador, como jurado e como líder, é exemplo e referência para todos nós.” Gabriel Garcia Cid - Fazenda Cachoeira 2C

É impossível falarmos de gado zebu no Brasil sem nos lembrarmos do nome de Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges. O comprometimento e a dedicação de Arnaldinho com as raças zebuínas são totais. Contra a tendência existente no início dos anos 90, ele viu no Nelore, linhagem Lemgruber, qualidades suficientes para recomendá-lo a muitos criadores de seu relacionamento. Desde então, ele tem sido um pertinaz incentivador e usuário dessa linhagem.” Eduardo Penteado Cardoso - Engenheiro Agrônomo e sócio proprietário da Fazenda Mundo Novo – Uberaba MG

O Dr. Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges é uma sumidade do zebu. Além de assistir tecnicamente a diversos criatórios zebuínos na Bolívia, principalmente Nelore e Nelore Mocho, ele é nosso elo entre nosso trabalho e as centrais de coleta de sêmen, ABCZ e outras instituições brasileiras comerciais, fornecedores e de apoio à pecuária boliviana. Ele está sempre de mãos estendidas abertas para nos ajudar e é o verdadeiro divulgador das raças zebuínas para os países tropicais. Tive a sorte de estar com ele na nossa vista a Cuba, 2013, à associação Cubana de Gabo Bovino, entidade estatal. Assisti promover o zebu brasileiro e o programa Brazilian Cattle. Fiquei muito impressionado pela sua generosidade e abrangência do seu discurso, pois em todos os momentos falou dos zebuínos com paixão, fez convites e ofereceu os seus contatos no Brasil em benefício das raças registradas pela ABCZ. Durante minha gestão como presidente de Asocebú, sempre foi um confiável apoio perante as nossas consultas à ABCZ. O programa de envio de estudantes bolivianos para estudarem na Fazu é um exemplo dos muitos empreendimentos do Arnaldo em favor das relações entre nossos países irmãos. Ele sempre deseja que o sol brilhe para todos. Só um verdadeiro discípulo de Gandhi faz isso, e tenho absoluta certeza de que ele é um fiel discípulo de Gandhi.” Fernando Roca Peña, criador de Nelore e empresário boliviano. Ex-presidente da Asocebú (2006-2008) 83


DEPOIMENTOS Conheço Arnaldinho há quase 30 anos. Durante todo esse tempo, um relacionamento de trabalho e amizade. Amigo que ganhei através de seu irmão, o José Rodolfo, e da família, onde os exemplos dos seus pais, Dona Yeda e seu Arnaldo, foram transmitidos aos filhos e netos. Família muito íntegra, de bom trato e boa educação. Sem dúvidas, Arnaldinho colheu esse exemplo e foi transmitido a nós, somado àquilo que ele próprio cultivou sempre: ordem, limpeza, trato, ética profissional e resultados. Posso afirmar que, no campo técnico da raça Nelore e no nosso plantel, ele imprimiu a sua marca como melhorista que é. Uma identidade e padrão racial que hoje se refletem no nosso gado. Estamos satisfeitos com a genética que produzimos hoje e o mercado deseja, nas compras. Arnaldo não se limitou só em realizar um trabalho técnico na Bolívia. Participou de muitas iniciativas que deram excelentes resultados, como, por exemplo, os bons relacionamentos entre nós bolivianos com a ABCZ, a Fazu, a Embrapa, as centrais de coleta de sêmen, muitos técnicos e tantas instituições e empresas. Tudo isso fez com que a Bolívia fosse reconhecida como um país produtor e exportador de zebu. Além, na qualidade de carne bovina. Arnaldo representa para os bolivianos o Embaixador de Genética do Zebu. Ele ajudou a nossa pecuária seletiva a crescer, a melhorar e a se relacionar com o mercado. Eu e minha família sentimo-nos honrados com a expressão deste sentimento de amizade e apreço profissional por tudo aquilo que ele fez por nós.” Eduardo Ciro Añez Saucedo e Família – Criador de Nelore e Gir Leiteiro / Cabaña Las Madres, Ex-presidente da Asociación Boliviana de Criadores de Cebú, Santa Cruz de la Sierra – Bolívia.

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Sr. Arnaldo e a Iara são pessoas iluminadas por Deus e têm o meu agradecimento, pois me deram a oportunidade de me alfabetizar e entrar para essa família maravilhosa, que é a ABCZ. E melhor ainda, aqui dentro de mim vocês me deram força de vontade para continuar a estudar, nem que não seja para formar, mas pelo menos já estou caminhando. Desejo muita paz, sucesso, saúde para vocês dois, pois são muito especiais e merecem tudo que há de bom. Muito obrigada por todas as oportunidades e carinho.” Andreia Feitoza Pereira - auxiliar de limpeza da ABCZ desde 2018 e uma das colaboradoras que participam do projeto de alfabetização, idealizado por Iara Marquez durante a gestão Arnaldinho na ABCZ

Conheci Arnaldinho na Guatemala durante a Exposição Nacional de Gado. Desde que o conheci me dei conta que ele sabia de genética das raças zebuínas, sobretudo das de meu maior interesse: Nelore e Guzerá. Sempre escuto suas análises com muito interesse e sigo seus conselhos. Vive em um lugar onde o zebu é valorizado e se dedica com interesse e paixão ao que gosta: a cria, seleção, evolução e futuro do zebu. Pude assistir a ExpoZebu nos três anos em que ele presidiu a ABCZ. Cada ano foi melhor em todo sentido. Tive ainda a oportunidade de assistir com meu pai a ExpoGenética 2019. Sem dúvida alguma, Arnaldinho é uma referência para o zebu mundial.” José Santiago Molina Ganaderia Palmira - Guatemala


DEPOIMENTOS

“Trabalho para o Arnaldinho desde 2013 e até hoje me emociono de falar dele. Para mim, ele é uma pessoa de coração puro. Eu sou muito católica e se eu pudesse defini-lo com um versículo da bíblia, seria: Bem-aventurados os puros de coração porque virão a Deus. Eu acho que o Arnaldinho tem um coração de criança” Fabiana Morais - Zootecnista da Ipê Ouro

Arnaldinho como me foi apresentado e sempre o chamei, é um nome importante da pecuária nacional. Aqui, no Pará, também já prestou a tua contribuição, como técnico e também criador. Animais de sua seleção, Ipê Ouro, foram comercializados nos melhores leilões paraenses desde a década de 1980. Filhos de touros da tua marca estiveram e estão em fazendas espalhadas pelo nosso estado. Muitos campeões foram frutos de suas assessorias junto aos nossos selecionadores. E quando presidi a Associação Rural de Pecuária do Pará – ARPP também estendeu a colaboração para a nossa entidade, delegada da ABCZ. Arnaldinho é um técnico, produtor e sempre está disposto ao trabalho em prol da nossa classe que produz alimentos para a população brasileira, gera excedentes para exportação e ainda traz a grande contribuição para o PIB da nação. Hildegardo Nunes – Engenheiro agrônomo, pecuarista e ex-Secretário de Agricultura do Estado do Pará

O Arnaldo Manuel, já naquela época, com apenas 26 anos, demonstrava sua seriedade e responsabilidade nos compromissos assumidos e sua enorme competência e paixão pelo zebu. Enxerguei nele um grande potencial, que veio se confirmar ao longo dos tempos. Anos mais tarde, tivemos a oportunidade de convidá-lo mais de uma vez, para concorrer à presidência da ABCZ, tendo ele sempre recusado, dizendo que ainda não estava pronto para isto e que assumir este compromisso naquela época atrapalharia sua carreira técnica. Até que finalmente em 2016 ele se sentiu pronto e disponível e aceitou este encargo, que desempenhou com enorme competência e dedicação. Com certeza, o livro “Genética de Ouro”, será uma obra de maior importância na literatura de zebuinocultura, pois o autor Arnaldo Manuel M. Borges, tem uma vida dedicada à pecuária, da qual acompanhei e testemunhei com entusiasmo.” Manoel Carlos Barbosa – ex-presidente da ABCZ

“Crio Nelore há 30 anos e recebi do meu pai uma partilha de fêmeas, e desde então, venho criando a raça. Hoje, trabalho com acasalamento e apesar de ser um conhecedor, quem faz esse trabalho para mim é o Arnaldinho. É o profissional que mais entende de zebu em todo o mundo, pelo qual tenho admiração muito grande. Quando entra um bezerro no curral ele adivinha o nome do pai, vamos dizer que, a cada dez, ele acerta oito.” Rivaldo Machado Borges Júnior - atual presidente da ABCZ e primo de Arnaldinho 85


DEPOIMENTOS Falar do Dr. Arnaldo, como se diz, é chover no molhado. Ele é uma pessoa muito especial e que me ensinou muito, é uma das pessoas mais importantes na minha vida!” Nilson Lúcio - um grande amigo

“Meu avô é um grande amigo, um companheiro muito bom de trabalho. Sou feliz de ser neto dele” Pedro Antônio , neto de Arnaldinho

O Arnaldinho é uma inspiração para todos nós. O seu entusiasmo, dedicação e a sua paixão pelo zebu são um exemplo a ser seguido. Obrigado por compartilhar conosco a sua sabedoria.” Rodrigo Abdanur e Luciane Kahale

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O livro Genética de Ouro - o DNA da Pecuária, que conta com a qualidade editorial da Revista Pecuaria Brasil, é sem dúvidas uma oportunidade para prestar uma homenagem a este grande criador, veterinário, entusiasta e apaixonado pelo zebu. Reconhecido internacionalmente como o maior divulgador das raças zebuínas mundo a fora, com seu jeito sereno e observador, nosso eterno presidente tem uma capacidade de ensinar de forma natural e generosa, e mesmo com tanto conhecimento, não perde a humildade dos grandes homens, seja explicando um acasalamento, ou nas decisões como líder da pecuária, ele encanta a todos. Eu, particularmente, tive a oportunidade de experimentar esse desprendimento, quando recebi a notícia, no ano 2014 que o diretor Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges havia sugerido o meu nome para receber o Mérito ABCZ por ocasião da 80° ExpoZebu. Na época, com 33 anos de idade, a notícia chegou acompanhada de que eu seria o mais jovem agraciado com essa homenagem. Para minha surpresa, o detentor deste título era o próprio Arnaldinho! Aos que ainda não o conhecem pessoalmente, essa é uma pequena passagem da história que mostra o tamanho da sua grandiosidade. Felipe Picciani - Ex-presidente da ACNB - 2010/2012


DEPOIMENTOS Nós, como sucessoras do TABAPUĀ DA GÊ, temos o maior orgulho da nossa filiação à ABCZ, que ocorreu com o incentivo do ilustre professor Dr. Arnaldo no ano de 2017. Dr. Arnaldo, desde sempre apaixonado pelo zebu, faz um trabalho espetacular, impulsionando todos os criadores dentro e fora do país, e principalmente colabora muito em prol da raça Tabapuā. Muito obrigada Dr. Arnaldo por todo seu empenho e dedicação dentro da pecuária nacional. Maria Julia e Maria Clara - Tabapuã da Gê 05

“Arnaldinho é descendente de uma família de zebuzeiros, seu avô, Rodolfo, um criterioso selecionador de zebu e seu pai, Arnaldo, um exemplo na criação de zebu. Por isso, é criterioso nas apartações e julgamentos de zebuínos. Herdou a característica de criar bem pois, tem o sangue impregnado de zebu. Por outro lado, é bom administrador, veja a ABCZ e os programas de melhoramento que foram implantados durante sua gestão na associação.” Fausto Pereira Lima – engenheiro agrônomo, criador e membro do Colégio de Jurados da ABCZ

O meu avô é um homem trabalhador, uma pessoa que tenho muito orgulho de conhecer e ser neto. Sem pensamentos negativos, nada de desistir, determinado em alcançar os seus objetivos, sempre pensando em todos à sua volta. Uma pessoa do bem que merece todo o respeito do mundo e que amo demais. Tenho muito orgulho dele.” João Francisco, neto de Arnaldinho

Para mim é uma honra dedicar algumas linhas ao Dr. Arnaldo Manuel, reconhecendo a sua grande trajetória e experiência. Ele é um grande técnico, uma grande pessoa e, sobretudo, um excelente amigo da Bolívia, sempre pronto a colaborar com os criadores bolivianos em tudo, pelo bem do Cebu. A sua paixão, valores, dedicação e conhecimento acumulados ao longo de sua trajetória pessoal e profissional dedicada ao zebu, em especial à raça Nelore, foram partilhados de forma altruísta com muitos de nós. Arnaldo marcou um antes e um depois para os criadores bolivianos. Somos eternamente gratos. No plano institucional, como dirigente da ABCZ, promoveu com veemência a integração entre duas instituições irmãs ASOCEBÚ e ABCZ. Durante a minha presidência na ASOCEBÚ, ter a experiência e o apoio do Dr. Arnaldo foi fundamental e pudemos firmar diversos convênios que beneficiaram ambas as instituições e são uma valiosa contribuição para o fortalecimento da Asocebú e de todos os nossos associados. O conhecimento do Dr. Arnaldo Manuel é uma herança para todos nós que partilhamos uma intensa paixão pela genética e pela criação zebuína. Muito obrigado Arnaldinho. Ing. Mario Ignacio Anglarill Serrate Nelore da El Trébol

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Um DNA de amor pelo Zebu e de muita dedicação à pecuária brasileira O potencial e o poder da genética são indiscutíveis. E Arnaldo Manuel, o Arnaldinho, faz jus ao DNA forte da família Machado Borges. Falo sempre e não me canso de repetir: Arnaldinho é o nosso Pelé do Zebu. Conhece como ninguém um animal superior capaz de transformar o futuro de um rebanho. Seu olhar rigoroso é uma importante bússola para o melhoramento genético do rebanho nacional há mais de 40 anos. Seja como técnico, como jurado ou como criador. Como jurado, Arnaldinho é reconhecidíssimo pelos julgamentos imparciais e certeiros. Já são mais de 400 oficiais pelo Colégio de Jurados da ABCZ. Porteira adentro, como técnico, é responsável por acasalamentos perfeitos. Um trabalho que, inclusive, é realizado na Fazenda Mateira há 17 anos. Como criador, à frente da Ipê Ouro, ao lado dos filhos, é referência em Nelore Forte em Produtividade. Arnaldinho tem a minha admiração como profissional e, com certeza, o reconhecimento do seu trabalho em favor da pecuária nacional. Rivaldo Machado Borges Júnior Presidente da ABCZ-Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (2020-2022)

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www.abcz.org.br

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Amigo da Bolívia e da ASOCEBU Sem dúvida, uma das grandes virtudes da criação de raças zebuínas é a paixão que os criadores têm pelo zebu. Imersos nesse sentimento, existe também um grande vínculo de amizade entre criadores e técnicos, permitindo importante troca de informações que impulsiona o avanço da pecuária. Isso pautou, ao longo do tempo, a história do Dr. Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges com os criadores da Bolívia. Em 1985, ele esteve no país para prestar assessoria técnica sobre a criação da raça Nelore à Cabaña Sausalito. Posteriormente, já conhecido em nosso país, foi convidado para julgar na Fexpocruz, em Santa Cruz de la Sierra, e, posteriormente, a ministrar aulas nos cursos de morfologia das raças zebuínas organizados pela Associação Boliviana de Criadores de Zebu (ASOCEBU). A partir daquela década, inicia uma grande amizade com a ASOCEBU e com diversos criadores que buscaram sua assessoria técnica na seleção das raças Nelore e Nelore Mocho. Com vasto conhecimento na área, pode contribuir com os eventos, tendo participado, praticamente todos os anos, das principais feiras organizadas pela ASOCEBU (Agropecruz, Fexpocruz). Foram participações sempre caracterizadas pelo apoio técnico fraterno e por excelentes explicações ministradas a todos os técnicos e criadores. É um grande conhecedor de praticamente todas as linhagens Nelore e tem uma brilhante memória dos grandes genearcas e matrizes que fazem parte da história da raça. Ele também foi um grande anfitrião de todas as delegações de criadores bolivianos que compareceram à ExpoZebu e outras feiras ocorridas em Uberaba/MG, sempre dedicando seu tempo para apoiar tanto a equipe técnica da ASOCEBU quanto os criadores que participam das feiras e eventos no Brasil. Em virtude desse carisma e atenção desinteressada, recebeu, em 2001, a mais alta distinção concedida a personalidades estrangeiras, o “Mérito Internacional Cebu de Ouro”. Sua atuação como principal líder das raças zebuínas brasileiras, na qualidade de presidente da ABCZ (cargo que ocupou entre os anos 2016 e 2019), seguiu o mesmo caminho. A entidade foi a que mais contribuiu tecnicamente com a ASOCEBU, assinando acordos de cooperação técnica, como Pro-Genética, PMGZ Internacional e sistema Produz. Acordos que agora são uma realidade e estão sendo usados por todos os criadores bolivianos. É por isso que o nosso amigo “Arnaldinho” será sempre reconhecido como um grande colaborador para os avanços alcançados pelo Zebu e, principalmente, pela raça Nelore na Bolívia. Ing. Lic. Yamil Nacif Nacif Presidente da ASOCEBU Asociación Boliviana de Criadores de Cebú

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Campo Ferial FEXPOCRUZ Av Roca y Coronado, ente 3º y 4º Anilo casilla: 954 Tel. (591-3) 3452400 - 3452403 asocebu@cotas.com.bo www.asocebu.com.bo

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Brahman: o zebu mundial Por Paulo Scatolin, presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). O Brasil é hoje um dos maiores exportadores de genética Brahman e um dos principais rebanhos do mundo. Com um mercado crescente, a raça já é selecionada em mais de 90 países. Por ser rústica, precoce e altamente eficiente em qualquer sistema de produção, a raça vem conquistando pecuaristas de várias partes do mundo. Uma raça que vem tornando possível o desenvolvimento de uma pecuária de corte rentável e sustentável. Assim é o Brahman, zebuíno que surgiu do cruzamento entre diversas raças, tais como Guzerá, Gir e Nelore, Indubrasil e Krishna Valley. O sucesso do Brahman na pecuária mundial é em parte atribuído aos objetivos claros e com foco nas características econômicas que os criadores da época traçaram para os cruzamentos iniciais. A partir da primeira década do século 20, pecuaristas norte-americanos começaram a selecionar o Brahman, com o intuito de melhorar a eficiência produtiva da pecuária no sul dos Estados Unidos. A proposta era tirar proveito da rusticidade dos zebuínos importados da Índia e do Brasil, que suportavam bem o clima, parasitas, doenças e convertiam melhor as pastagens de baixa qualidade, para formar o Brahman americano e, assim, desenvolver mais facilmente a pecuária de corte já que as raças taurinas não vinham apresentando bom desempenho. Os norte-americanos importaram inicialmente cerca de 300 cabeças e depois foram ampliando o rebanho com cruzamentos absorventes. O Brasil teve grande contribuição nesse processo de formação do Brahman americano. As exportações organizadas por Pedro Marques Nunes, do Rio de Janeiro, e pelo Herd Book Zebu de Uberaba, de 1923 a 1925, levaram 85 exemplares Nelore e Guzerá para o México. De lá, em 1924, muitos animais foram levados para os Estados Unidos. A qualidade da genética brasileira acabou aumentando o interesse pelo Brahman em terras norte-americanas. Já no Brasil a entrada oficial da raça ocorreu em 1994, com a importação de animais de criatórios dos Estados Unidos. Desde então, seu uso vem crescendo, principalmente pelos resultados alcançados tanto em cruzamentos com outros zebuínos, como o Nelore, quanto com vários taurinos. Por ser precoce e de bom acabamento de carcaça, proporciona excelente grau de heterose. Diversos abates técnicos já realizados nos últimos anos constataram alto índice de acabamento, de rendimento de carcaça e de ganho médio diário de peso. O tamanho mediano, as costelas bem espaçadas, o bom volume no dorso-lombo e garupa também contribuem para maior rendimento ao abate. Destaca-se ainda a fertilidade dos animais. Os machos já cobrem antes dos dois anos. Pela excelente adaptação, eles têm vida útil longa. As fêmeas são precoces, emprenham antes dos 24 meses. Geralmente, como doadoras, são ótimas produtoras de embriões. Ainda apresentam facilidade no parto, gerando bezerros que nascem pequenos. Como as fêmeas Brahman apresentam boa habilidade materna, conseguem alimentar bem o bezerro, garantindo maior peso à desmama. Além disso, a docilidade favorece o manejo do rebanho e faz com que a qualidade da carne seja ainda melhor. O Brahman brasileiro é altamente produtivo e correto nas suas características morfológicas, permitindo, assim, eficiência produtiva, reprodutiva e longevidade. A raça possui ótima termorregulação e pele pigmentada, com maior quantidade de glândulas sudoríparas, sebáceas e pelos por cm², apresentando baixíssimos níveis de estresse, mesmo em climas com condições extremas. Os pecuaristas vêm comprovando que, além do resultado no gancho ser muito bom, como atestam os abates, a raça já mostrou ser rústica, com grande adaptabilidade. Essa é uma caraterística de extrema relevância em países onde a maior parte da vacada é criada a pasto, como é o caso do Brasil. Na verdade, o Brahman é um gado de excelente desempenho em qualquer sistema de produção, seja a campo ou no cocho, sendo produtivo, prolífero e resistente.

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Foto: Roberto Ma�os

ACBB Telefone: +55 34 3336-7326 Whatsapp: +55 34 99839-4258 brahman@brahman.com.br www.brahman.com.br UBERABA MG

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Seleção consagrada em pista e no campo Seriedade e prestígio no desenvolvimento de um trabalho vitorioso no campo e nas pistas, assim é o Brahman Vitória Seriedade e prestígio resume a trajetória do criatório nas exposições do país. Esse é o Brahman Vitória, que detém o título de Tetra Campeão consecutivo da ExpoBrahman no campeonato “Brahman à Campo”, levando o troféu de Melhor Criador e Melhor Expositor. Esse é um tipo de julgamento que tem por finalidade identificar os melhores exemplares para a pecuária de corte nacional, ou seja, animais capazes de produzir bem a pasto, que é a realidade da maioria das propriedades brasileiras. E produzir um Brahman funcional e precoce sempre foi o objetivo do criador Alexandre Coccapieller Ferreira, que comanda o Brahman Vitória. Aliás, a pecuária de corte é uma paixão da família há mais de seis décadas e que já chega à terceira geração. O filho de Alexandre, o jovem João Ferreira, já está atuando na atividade junto com o pai. E essa paixão fez Alexandre construir um dos mais importantes planteis de Brahman do país, com uma base extremamente sólida e um trabalho meticuloso de seleção a pasto. O Brahman Vitória iniciou suas atividades em 2002, na cidade de Araçatuba/SP, com o propósito de elevar os cruzamentos industriais da raça e proporcionar animais totalmente adaptados e de heterose excelente. A base do plantel foi formada a partir da importação em 2003 de fêmeas e sêmen, selecionados em tradicionais criatórios dos Estados Unidos. São duas décadas investindo nas melhores linhagens do Brahman, formando uma base extremamente sólida, através de um trabalho criterioso de seleção a pasto. A busca sempre foi por um animal capaz de oferecer maior produtividade, por isso a aposta na genética Brahman, uma raça que trouxe precocidade, funcionalidade e qualidade para seu rebanho. É isso que faz o Brasil ser tão competitivo no mercado mundial da carne bovina. Produção a pasto, de baixo custo e com resultado comprovado no gancho. A genética aprimorada por um sistema baseado em uma forte pressão de seleção que está resultando números importantes, com animais sendo abatidos aos 2 anos com 22 arrobas, terminados em confinamento, ou aos 2,5 de idade com 20 arrobas, na terminação a pasto.

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Outro ponto favorável para a difusão da genética que seleciona é a localização da propriedade. O Brahman Vitória está situado em Brasilândia, no Mato Grosso do Sul. Lá, Alexandre vem desenvolvendo uma pecuária moderna, contando com o sistema de Integração Lavoura Pecuária. Além da produção de genética, desenvolve no local pecuária comercial, de ciclo completo, com os animais manejados a campo e também em confinamento. Para avaliar seu trabalho de seleção, realiza abates técnicos. No mais recente realizado, o resultado apontou um alto índice de acabamento, predominando a classificação para gordura mediana. Os lotes também tiveram um Ganho Médio Diário (GMD) relevante, de até 2,46 kg. O rendimento médio de carcaça variou de 54,55% a 56,38%. São dados muito expressivos para quem trabalha com pecuária de corte comercial, comprovando que a genética Brahman realmente eleva a rentabilidade do negócio. Além do resultado no gancho ser muito bom, como comprovam os abates, a raça já mostrou ser rústica, com grande adaptabilidade. Para a pecuária brasileira essa é uma caraterística de extrema relevância já que a maior parte da vacada é criada a pasto. Alexandre já utilizou outras raças nos cruzamentos, mas identificou que o Brahman alcançou melhores resultados na fase de terminação. A genética do Brahman Vitória vem fazendo sucesso também nas pistas. Graças ao investimento em tecnologia de qualidade e genética superior, já produziu grandes vencedores das principais pistas e leilões nacionais. Em 2005, na estreia nas pistas da ExpoZebu, fizeram uma Campeã Bezerra Nacional. Um ano depois, o mesmo animal, Miss Vitória FIV 20, foi a Grande Campeã Nacional. Ela ainda foi Campeã Fêmea Jovem da ExpoBrahman 2006 e Reservada Grande Campeã da ExpoZebu 2007. Outro destaque da seleção é a Miss Vitória 5541, que na ExpoBrahman 2019 foi Campeã Bezerra e Reservada Grande Campeã com apenas 10 meses de idade. Assim é o Brahman Vitória. Seriedade e prestígio no desenvolvimento de um trabalho vitorioso no campo e nas pistas.


BRAHMAN VITÓRIA ALEXANDRE COCCAPIELLER FERREIRA Araçatuba – SP +55 (18) 9 97921122 alexcoca@terra.com.br | instagram @brahmanvitoria

MISS VITORIA 5541 VITB 5541

MR N POUS.POI 4253 X MISS VITORIA 4541

MISS VITORIA FIV 20 (VITB 20) MR. V8 901/4 X MISS GPR 6 TE

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ASSOGIR

Raça Gir: Dupla aptidão com eficiência Por Jorge Sab, diretor de comunicação da ASSOGIR (Associação Brasileira dos Criadores de Gir) Originária da Índia, mais especificamente da planície que lhe empresta o nome, na Península de Kathiavar, o Gir é uma raça que reúne rusticidade, docilidade, fertilidade, leite, carne e excelentes cruzamentos industriais, obtendo resultados viáveis para a pecuária tropical, tanto na produção de carne quanto de leite. É uma das raças zebuínas mais antigas do planeta, segundo sugestões da literatura sagrada hinduísta. Na rota das migrações humanas que iriam formar o futuro povo ariano e que povoavam o norte da África, temporariamente, estava o bovino ancestral da raça Gir, o qual teria permanecido na região de Kathiavar desde aqueles remotos tempos.Morfologicamente, sua antiguidade também se manifesta pela conformação craniana: é a única raça bovina com chifres voltados para baixo e para trás, e de crânio ultraconvexo, no mundo. Uma vez que ainda existem bubalinos e ovinos de chifres voltados para baixo e para trás - no próprio Kathiavar - conclui-se que o Gir é o único bovino que deve ter tido um ancestral comum com essas subespécies, há milhões de anos. A raça chegou ao Brasil por volta de 1911, mas foi no final da primeira Guerra Mundial que, de fato, tornou-se figura comum. Ao chegar por aqui recebeu a alcunha de “boi de pagode”. Teve um formidável progresso, podendo perceber, hoje, sua influência na grande maioria das propriedades pecuárias do país. O Herd-Book foi implantado no Brasil, em 1938, e os registros genealógicos demonstram que o Gir era a principal raça registrada, mantendo essa posição privilegiada até 1967. Durante a Segunda Guerra Mundial, os mestiços de Gir chegaram até a receber um preço especial, pela conformação frigorífica e pelo rendimento de carcaça. Nessa época, o Gir espalhou-se, de Norte a Sul, permitindo a ocupação de territórios nunca explorados. As importações do início da década de 1960 permitiram consolidar a beleza racial e introduzir novas linhagens. Dessa maneira, a evolução genética dos rebanhos nacionais teve uma considerável aceleração, garantindo grandes resultados para produção de leite, fornecendo genética para pequenas bacias leiteiras por todo o país. E, em menor aceleração, foi utilizada em cruzamentos com a finalidade da produção de carne. Devido ao acelerado melhoramento na produtividade leiteira, rapidamente, o sangue Gir chegou a 82,4% das propriedades brasileiras que, de alguma forma, exploravam o leite. Em 22 de maio de 1956, a ASSOGIR (Associação Brasileira dos Criadores de Gir) é fundada. Apenas em 8 de agosto de 1966, a entidade foi registrada no Ministério da Agricultura. Dentre seus objetivos, destacam-se estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos. Atualmente, a entidade tem realizado um importante trabalho na identificação de animais melhoradores para a produção de carne de qualidade, por meio de provas zootécnicas, ultrassonografia de carcaça e avaliações genéticas. Os resultados são positivos e consolidam cada vez mais o Gir como uma raça de dupla aptidão e uma solução viável para atender o mercado pecuário brasileiro.

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Assogir assogir-brasil.blogspot.com Telefone: +55 (34) 3336-5845 E-mail: assogir@uol.com.br

ASSOGIR

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Gir Leiteiro: 1ª maravilha do mundo leiteiro tropical Por Evandro Guimarães, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) As Sete Maravilhas do Mundo Antigo povoam nossa imaginação como símbolo de magnitude e, ainda hoje, sua importância serve como parâmetro para avaliar o que o homem pode alcançar. O Gir Leiteiro, gado brasileiro que - por ser rústico e muito produtivo - tem a sua importância reconhecida internacionalmente, pode ser considerado a primeira maravilha do mundo leiteiro tropical. Nosso país, que sempre revelou sua vocação agropecuária - tem terra, água, sol o ano inteiro - compete com outras nações na produção de commodities agrícolas e na pecuária de corte. Mas é o Gir Leiteiro que nos distingue, devido à sua essencialidade em viabilizar economicamente a produção de leite nas áreas tropicais. A produção de leite, alicerçada na biotecnologia, sofisticou-se e ganhou em qualidade de gestão. Entretanto, é a genética do Gir Leiteiro que torna a atividade cosmopolita. O melhoramento da raça é uma aposta importante para colocar o Brasil na vanguarda do ‘leitefuturismo’ e do movimento ‘geoleiteirista’ que precisa ser criado para enfrentar as mudanças climáticas e o risco ambiental, que têm sido publicitados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU. Nenhuma raça bovina foi desenvolvida com a finalidade de ser cruzada com outra. Apesar disso, a intercambialidade genética, o vigor híbrido que privilegia complementaridade produtiva, às vezes é necessária para vencer os obstáculos impostos pelas condições geoclimáticas, para produzir em condições adversas, ou simplesmente para potencializar a produção e aumentar a qualidade do leite por meio da diversificação da composição genética. Quando a intercambialidade é realizada por meio do cruzamento de uma raça taurina leiteira com uma raça zebuína, o DNA do Gir Leiteiro revela a sua grande importância. O Gir Leiteiro – principal raça zebuína, que naturalmente expressa sua capacidade de produzir leite de forma econômica - tem sua função aprimorada há décadas por um programa de melhoramento genético que se desenvolve baseado em informações científicas. Tanto a heterose quanto a complementaridade produtiva manifestam-se com maior intensidade quando o casal é portador de genética superior. Tudo isso nos faz lembrar dos produtores que formam a base da pirâmide da produção de leite no Brasil. Para superar os constantes desafios nacionais, uma das poucas alternativas que lhes resta é aumentar a produtividade de seus rebanhos. Produzir mais leite com menos vacas pode resultar em redução de custos, trazendo melhor viabilidade à atividade, auxiliando no enfrentamento dos problemas e possibilitando salvar a economia rural brasileira. Entre outros fatores, o aumento do desempenho produtivo está atrelado, fundamentalmente, à excelência genética. Por esse motivo, dois fatores são primordiais: primeiro aumentar a população de fêmeas Gir Leiteiro com excelência genética, para que elas cheguem ao pequeno produtor, como raça pura ou com produtos do cruzamento, a preços compatíveis com a remuneração do leite. Segundo, divulgar massivamente que a eficiência na produção só será alcançada com a ajuda e a aplicação do conhecimento técnico-científico. Quem quer produzir mais leite com um número menor de vacas, precisa estar atento ao fato de que multiplicar animais de genética inferior é uma atitude improdutiva e, mais que isso, dispendiosa. As ferramentas criadas pela biotecnologia da reprodução são fundamentais para multiplicar indivíduos, diversificar a composição genética e diminuir o intervalo de gerações. Porém, para que os resultados produtivos sejam pluralizados na mesma proporção, a excelência genética dos animais que serão reproduzidos ou multiplicados é capital. Desta forma, para que os produtores possam usar com maior eficiência os recursos criados pela biotecnologia reprodutiva, é preciso acompanhar todas as informações científicas divulgadas pela ABCGIL e a Embrapa Gado de Leite. São os avanços genéticos do Gir Leiteiro que fizeram os produtores de leite mudar a imagem que têm de si, lançando luz sobre o futuro da pecuária leiteira mundial.

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Gir Leiteiro 55 (34) 3331-8400 girleiteiro@girleiteiro.org.br www.girleiteiro.org.br

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Motivação que impulsiona a seleção do Gir Leiteiro Com mais de 40 anos atuando na pecuária leiteira, a Fazenda Bom Riacho tornou-se referência na seleção da raça Gir Leiteiro O pecuarista Breno Bolognesi Remédio, paulista da cidade de Araras, buscou inspiração nos seus avôs, Humberto Bolognesi Neto e Ângelo Remédio, para trilhar seu caminho na pecuária. As primeiras gerações da família criavam Girolando e Nelore cara limpa. Com o passar do tempo, outras raças foram incorporadas. O plantel de Gir Leiteiro do criatório BBR - Bom Bonito e Rústico vem sendo selecionado a sete anos na Fazenda Bom Riacho, localizada em Arinos/MG, no noroeste de Minas Gerais, nas barras do Rio Urucuia, um dos maiores afluentes do Rio São Francisco. Com um projeto pecuário arrojado, o criatório tem como objetivo a produção de animais rústicos, produtivos e plenamente adaptados ao bioma Cerrado. O plantel BBR é selecionado para suportar altas temperaturas inerentes à sua região, sem que isso possa influenciar negativamente na produção de leite. A suplementação é uma aliada no planejamento nutricional do rebanho, porém sem artificialismo, priorizando sempre o sistema a pasto. Os animais que se destacam são selecionados para o time de exposições, sendo preparados para competir em torneios leiteiros. Todo o rebanho é avaliado pelo PMGZ Leite, além de participar do projeto de genoma da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). O Gir PO entra na formação da base do plantel, bem como na reposição, além de compor os produtos destinados à venda de gené-

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tica. A genética BBR já está sendo exportada para outros países. O criatório BBR também oferta sua genética em leilões anuais. O projeto é realizar quatro pregões por ano, ofertando o melhor de todas as raças que seleciona a criadores de todo o Brasil. Já são mais de 40 anos de fundação da Fazenda Bom Riacho, obtendo resultados expressivos na pecuária leiteira nacional. Um trabalho desenvolvido 100% em família. Breno Bolognesi Remédio conta com o apoio da esposa Adriana e dos filhos Breno, que está cursando Medicina Veterinária, e Adriano, cursando Agronomia. Unida, a família continua consolidando sua história na pecuária e na agricultura, com o plantio de feijão, soja e milho irrigado. Entre os destaques do plantel BBR, está GAU 35 Bia FIV A. Galileia, filha de C.A.Sansão em Escala TE F.Mutum (Atlântico TE). Ela é uma promessa para ExpoZebu 2022 e vai concorrer no torneio leiteiro da raça Gir Leiteiro. Também destaca-se LFRB 50 Cachoeira FIV Lamarão, filha de C.A.Sansão em Ucharia Cal (Recital TE Cal). No primeiro torneio leiteiro que participou, no ano de 2020, em Goiânia/MG, destacou-se, atingindo pico de 62 kg/leite. Tem lactação oficial de quase 12 mil kg/leite. Já SSAF6 Baronesa FIV Sesmaria vem de um trabalho de seleção da Fazenda Brasília, tendo como mãe uma doadora da Estância K. Ela é mais uma aposta do criatório para a ExpoZebu 2022.


BBR +55 38 9951-4509 breno.remedio@hotmail.com Arinos, Buritis, Urucuia/MG

CACHOEIRA FIV LAMARÃO LFRB 50

C.A.SANSÃO X UCHARIA CAL (RECITAL TE CAL)

BIA FIV A. GALILEIA GAU 35 C.A.SANSÃO X ESCALA TE F.MUTUM (ATLÂNTICO TE)

BARONESA FIV SESMARIA SSAF6 JAGUAR TE GAVIÃO X OBJEÇÃO BRAS. (IVA FIV BRAS.) 105


Genética leiteira de referência Em uma busca constante pelo melhoramento do rebanho, a Estância K produz Gir Leiteiro e Girolando de alta qualidade Na vanguarda do melhoramento genético, a Estância K produz um dos melhores Gir Leiteiro do Brasil. Com tecnologia de ponta e uma equipe de especialistas 100% dedicados à produção de leite, o criatório têm matrizes e embriões de qualidade superior, atendendo a padrões rígidos de qualidade de manejo, sanidade, nutrição e genética. A Estância K foi fundada pelo empresário do segmento farmacêutico, Luiz Eduardo Branquinho. A pecuária já é uma tradição na família. A seleção conta com animais premiados e oriundos das principais linhagens da raça. Sempre buscando excelência em produção leiteira e genética, utiliza em seus acasalamentos animais zebuínos acima de 8 mil kg de lactação de mães Gir Leiteiro e touros Holandês para produzir exemplares Girolando com qualidade acima da média. Os animais são avaliados pelo PMGZ, da ABCZ. Hoje, esse jovem criatório detém um plantel com mais 900 animais distribuídos em fazendas: a K1, K2 e K3, todas no município do Bela Vista/GO, há 18 KM de Goiânia. Na Estância K1, onde fica todo o gado Gir Leiteiro e os animais em Lactação, está sendo finalizada a estrutura de compost barn para 220 vacas. Já nas fazendas K2 e K3 ficam os animais de recria, receptoras, novilhas prenhas. A agricultura nas unidades K1 e K3 as tornam autossuficientes na produção de todo volumoso fornecido ao rebanho. Após o parto são levadas para o bezerreiro na K1. Na pecuária leiteira, o sucesso da atividade começa com os bezerros. Por isso, a Estância K investe alto no bezerreiro individual, com tratamento de qualidade superior.

A Estância K é uma fazenda modelo em estrutura física, qualificação dos colaboradores e em qualidade genética do rebanho, de grande docilidade, boa produtividade e rusticidade. A seleção foca também em animais A2A2 para produção de leite não alergênico. O projeto é ter o próprio laticínio para produzir leite e derivados do tipo A2A2. Com uma comercialização de embriões, matrizes e reprodutores diferenciados, o criatório conta com vacas premiadas. Entre os destaques da Estância K estão: Sojinha de Brasília, que em junho de 2021 bateu recorde de valorização do Gir Leiteiro, sendo valorizada em R$1,2 milhões; Flotilha; Monalisa; Imagem 2; dentro outros mais de 50 animais destaque nacional. Nos touros de central, destaque para o Ivã FIV de Bras, que é Filho do C.A. Sansão em Nascente de Bras (Cajú de Bras.), que foi líder do Ranking Nacional 2019. A Estância K também é detentora de todo material genético do lendário raçador Jaguar TE do Gavião, líder do Ranking Gir Leiteiro, que fez recordistas de produção e Grandes Campeãs. Sua genética vem contribuindo para a evolução da raça Gir Leiteiro e Girolando. Outro destaque é o touro jovem Festival FIV Cabo Verde, filho do Gengis Khan de Bras. em Jiba FIV de Bras (Jaguar TE do Gavião), que está no Teste de Progênie da ABCGil. Já Figo Edon é filho do Figo Poema na Figo Angra (Teatro da Silvânia). No Girolando, destaque para o Jubileu AltaMoreno FIV IFC, que é filho do Peak Altamoreno-ET em Davila Sansão Renascer (C.A. Sansão).

IVÃ FIV DE BRAS. (RRP 6668 )

SOJINHA FIV DE BRAS. (RRP 7764 )

C.A. SANSÃO NA NASCENTE DE BRAS (CAJÚ DE BRAS.)

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GENGIS KHAN DE BRAS. X SOJA DE BRAS (AMBAIXADOR DE BRAS)


Estância K GO-020, km 19, Bela Vista - Goiás. +55 (62) 9 9411 0393 +55 (62) 98408-7381 Instagram: estancia__k Site: estanciak.com.br

JAGUAR TE DO GAVIÃO GAV 291 UAÇAI JAGUAR X UMIDADE CAL (PAPIRO DA CAL)

MONALISSA FIV DE BRAS. (RRP 7340)

C.A. SANSÃO X SETIBA DE BRAS (MODELO TE DE BRAS.) IRMÃ PRÓPRIA DO GENGIS KHAN DE BRAS.

FLOTILHA FIV CAL (CAL 10805)

C.A. SANSÃO X NIGERIA CAL (RADAR DOS POÇÕES) 107


Inovação na pecuária leiteira Grande fornecedora de genética de Gir Leiteiro e Girolando para o Brasil e outros países, a Fazenda Floresta expandiu os negócios, ofertando serviços de laboratório clínico e venda de produtos em farmácia veterinária A Fazenda Floresta, em Lins/SP, é referência em melhoramento genético de raças leiteiras rústicas e adaptadas ao clima tropical, como Gir Leiteiro e Girolando. Conduzida pela criadora, médica-veterinária e administradora de empresas Roberta Bertin Barros, a propriedade é desde 2007 grande fornecedora de genética leiteira para o Brasil e para outros países. Todos os animais nascidos na propriedade são provenientes da Produção In Vitro (PIV), feita em laboratório próprio, construído em 1998, a partir de mães doadoras e pais provados. Com isso, vem alcançando um grande salto no ganho genético de suas matrizes. São selecionadas doadoras Gir PO e o Girolando para multiplicar a melhor genética por meio das biotecnologias de reprodução. Com isso, a Fazenda Floresta especializou-se no fornecimento de embriões. As doadoras destaques do criatório são: RBB Quita, RBB Bhadhyalla, RBB Areada, RBB Cassiana, RBB Nava, dentre outras. Todo o rebanho é avaliado pelo Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ) e participa do projeto Genoma da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGil), além de realizar uma criteriosa seleção fenotípica de cada indivíduo. A entrada do criatório na pecuária leiteira foi uma forma de diversificar os negócios. A propriedade conta com um rebanho de gado de

corte, criado de forma extensiva, além de ter uma área de agricultura para a produção de silagem de milho e sorgo. Os animais são manejados em pasto irrigado, adubado e rotacionado, recebendo suplementação. Com um rebanho em torno de 430 Gir PO e 600 vacas em lactação, a Fazenda Floresta ainda atua na produção de leite. Hoje, 40% da renda vem da venda de genética, e 60%, do leite. A produção diária supera os 12 mil litros de leite. Figura entre os TOP 100 dos maiores produtores de leite do país. Nos planos futuros, estão a ampliação do rebanho puro e da produção de leite. Além de ser um complexo de leiteria e seleção genética, a Fazenda Floresta conta com os laboratórios clínicos e farmácia veterinária para atender os produtores em geral. Roberta exerce várias atividades no agro, sendo representante de entidades de classe, como a Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores de Leite) e a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, em São Paulo, e membro da Federação Internacional do Leite e do Fórum Agro Paulista. Casada com Rogerio Barros, Roberta é mãe de Antonio e de Julia, contando com o apoio de todos na gestão à frente da Fazenda Floresta.

RBB FRAGATA 2 JEDI FIV - 3982-BD S-S-I MONTROSS JEDI-ET X HALINA 7 FIV COMAPI (MAJOR TE DOS POÇÕES)

RBB LAVANDA KING ROYAL FIV - 5075-BI(D) PLAIN-KNOLL KING ROYAL-ET X AREADA BONSUCESS (TEATRO DA SIL.)

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Fazenda Floresta www.rbbfazendafloresta.com.br Facebook @fazendaflorestagenetica Instagram @florestafazenda contato@rbbfazendafloresta.com.br +55 (14) 99141-5777

BADHYALA FIV RBBG1 C.A.SANSÃO X FIGO BADHYALA FIV (TEATRO DA SILVANIA)

RBB QUITA FIV - RBBG241 KALIKA FIV VILA RICA X GRINALDA KENYO (C.A.SANSÃO)

AREADA DA JASDAN TN1 - RBBG848 C.A.SANSÃO X SAMANTA TE (RADAR DOS POÇÕES) 109


JFR – Uma marca que carrega as raízes indianas do Gir Desde seu início, o criatório tem investido na genética de animais vindos da Índia e em diversas ferramentas de seleção para produzir animais de alto potencial Em muitos casos, a história de um criatório retrata os feitos de uma família, mas há casos em que a paixão pelo zebu faz perdurar marcas com a sucessão de pai para filho. É o caso da JFR, referencia na seleção de Gir no Brasil. O fundador da marca foi o mascate e posteriormente criador João Feliciano Ribeiro, que começou a investir na raça na década de 1930. Com propriedades inicialmente em Campos Altos, Araxá, Uberaba e atualmente em Paraopeba, Minas Gerais desde o inicio da década de 1970 João Feliciano deu sequencia a sua seleção de Gir Leiteiro. No inicio dos anos 80 juntamente com seu filho Onofre Ribeiro com foco no melhoramento genético do rebanho implantaram o controle leiteiro oficial pela ABCZ/EMBRAPA/ABCGIL sempre prezando pelo tripé Raça, Docilidade e Leite. Em 2004, adquiriram a Estância Jasdan, em Paraopeba. A propriedade leva este nome em homenagem ao amigo e criador de Gir na Índia, o marajá de Jasdan Satyajit Khachar, que também é sócio de Onofre no Projeto Gir Brasil-Índia. Este é um programa que tem o objetivo de trazer material genético indiano para o Brasil. Os animais da genética Jasdan são criados a pasto, com lactações reais, utilizando produtos homeopáticos que proporciona uma alta fertilidade, animais saudáveis, rústicos com uma ótima produção de leite aliados a qualidade e beleza racial. Os animais com a marca JFR vêm se destacando nos principais torneios leiteiros e nas principais exposições do

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país. Um dos grandes destaques da Estância Jasdan é JFR 3848 Heros FIV da Jasdan (filho do Sansão na Samanta TE JFR). Ele é fruto de uma das parcerias internacionais entre a Estância Jasdan (Onofre Ribeiro, Rawlinson Avelar) e Finca El Rosário (Don Jaime Mantecón – México). Na 9ª Prova de Pré-seleção de Touros, classificou-se como 2º melhor touro na 9ª prova de pré-seleção de touros, com o ICT de 88,4 e avaliado com a melhor nota em tipo funcional, Traz um pedigree com alto valor genético com Samanta TE JFR como sua mãe, com lactação de 6.862 kg ícone da Seleção Jasdan com mais 85 anos de tradição, e como pai, Sansão, ícone da raça, seu avô na linha materna o consagrado Radar dos Poções, combinação certeira para produção de leite com docilidade e muita raça. Outro destaque da Estância Jasdan é também uma parceria internacional entre Onofre Riberio e Satyajit Kachar, da Índia. Embrião importado da Índia oficializado pelo MAPA, Dadamiyo POI da Jasdan é o primeiro reprodutor POI a ingressar no Programa Nacional de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro. Sua mãe produziu 26 kg de leite de média diária na Índia no plantel do Marajá de Jasdan Satyajit Kachar. Ela alia conformação e produtividade. Esta é a seleção do mais antiga da Índia, que remonta à Vika Khachar, iniciada em 1660 na região de Surastra, considerado o berço do Gir naquele país. Atualmente também produzem Girolando de alta genética fruto de suas melhores doadoras com os melhores touros holandeses.


ESTÂNCIA JASDAN Onofre E. Ribeiro Paraopeba – MG TEL. +55 31 9 9921 0049 - +55 31 3714 7427 girjasdan@gmail.com facebook.com/EstanciaJasdan

Heros FIV da Jasdan JFR 3848

SANSÃO X JFR 2212 SAMANTA TE JFR (RADAR DOS POÇÕES)

SAMANTA TE JFR (JFR 2212) RADAR DOS POÇÕES X GUANABARA JFR (ARAXÁ JFR)

DADAMIYO POI DA JASDAN (JFR 3752)

LEI 10 GORINO X LEI 124 VASUKI 111


Vale dos Ipês e a versatilidade do zebu Criatório é importante fornecedor de genética Gir Leiteiro em Minas Gerais Localizado na região de Paraopeba/MG, o criatório Vale dos Ipês, conduzido pelo criador Richard L`Abbate, especializou-se na produção de genética leiteira. São sete fazendas na localidade, sendo duas para os animais de elite e as demais para gado comercial e receptoras. A raça Gir Leiteiro foi a aposta para colocar em prática o projeto pecuário. Em 2000, foi dado início o registro genealógico dos animais para a formação de um rebanho puro. Apostando nas principais características produtivas e funcionais do Gir Leiteiro, buscou-se animais de excelentes características morfológicas, dentro do tipo leiteiro preconizado para a raça, com boa estrutura corporal, sistema mamário, saúde e rusticidade. Com o aprimoramento da seleção, o Vale dos Ipês utilizou tecnologias para multiplicar a genética. Em 2011, introduziram a Fertilização in Vitro (FIV), o que permitiu acelerar a produção de animais com características geneticamente superiores. Além de fornecer genética Gir Leiteiro ao mercado, ela entra também na formação do rebanho Girolando do criatório e também para comercialização com clientes do Brasil e no exterior.

A consolidação do rebanho puro permitiu ao Vale dos Ipês participar de importantes exposições de Gir Leiteiro, tanto regionais quanto nacionais, o que garantiu inúmeras premiações para o plantel. Foram conquistados campeonatos de Vaca Jovem, Fêmea Jovem, Bezerra, Bezerro, além de Grandes Campeonatos. Um dos destaques do Vale dos Ipês nas exposições é a fêmea Celestina, que foi Campeã Vaca Sênior e Melhor Progênie de Macho e Fêmea da ExpoZebu/19, Grande Campeã da Exposição de Pompeu e da Exposição de Curvelo. Sua qualidade genética vem sendo confirmada nos eventos também por sua progênie com o Dragão: Celestino Dragão FIV e Celestial Dragão FIV. Outro animal destaque do criatório é a Amada Teatro FIV dos Ipês, que foi Campeã Vaca Jovem da ExpoZebu/19. Ela vem de uma linhagem que reúne em seu pedigree os melhores raçadores de todos os tempos: na linhagem paterna Teatro, Espantoso, Vale Ouro, FB Cadarço; na materna Tabu, Radar, CA Sansão, CA Everest, Araxá, Justo, Cruzeiro e Norte J5. Amada Teatro FIV dos Ipês destaca-se ainda por sua beleza, pelagem excelente para cruzamentos, úbere muito bem irrigado e aderido, tetos excelentes.

CELESTINO DRAGÃO FIV - IPES 561 DRAGÃO TE X CELESTINA FIV (NOBRE TE)

CELESTIAL DRAGÃO FIV - IPES 560 DRAGÃO TE X CELESTINA FIV (NOBRE TE)

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Vale dos Ipês Paraopeba/MG +55 (31) 9 9738-5357 - Roberto Wanderley +55 (31) 9 9957-6709 (escritório) roberto.wdias@hotmail.com

VALE DOS IPÊS

AMADA TEATRO FIV DOS IPÊS IPES 419 TEATRO X PAIXÃO FIV DOS IPÊS (TABU)

CELESTINA FIV - JFR 3224 NOBRE TE X SAMANTA TE (RADAR) 113


Guzerá: carne, leite e resultados Por Marcos de Almeida Carneiro, presidente da Associação dos Criadores de Guzerá e Guzolando do Brasil (2019 - 2022) Primeira raça zebuína a chegar ao Brasil e uma das mais antigas do mundo, o Guzerá existe há mais de cinco mil anos e vem demonstrando ao longo do tempo sua incomparável adaptabilidade aos mais diversos sistemas de produção, sejam eles intensivos ou extensivos, na pecuária de corte ou de leite. Sua dupla aptidão é uma grande e importante vantagem dentro das atuais demandas do mercado mundial, que vem valorizando cada vez mais a pecuária sustentável. No Guzerá, essa sustentabilidade é traduzida na maior capacidade de conversão alimentar, na necessidade de uma quantidade menor de alimento para desenvolver, reproduzir, se manter, ganhar peso e produzir leite. Em números, isso representa uma rentabilidade maior ao final do sistema produtivo. A raça Guzerá vem apresentando os melhores desempenhos em ganho de peso e precocidade nos Programas e Provas Nacionais como o PNAT e Testes de Desempenho em Ganho de Peso promovidos por entidades tais como Embrapa e ABCZ. Em prova a pasto realizada em 2020 pela Embrapa, a média do Ganho Médio Diário (GMD) 224 ficou em 0,757 kg e o maior GMD da prova foi de um jovem reprodutor Guzerá, que alcançou 0,938 kg. A precocidade e o rendimento de carcaça são outros pontos que favorecem o uso do Guzerá em projetos da pecuária de corte, permitindo a produção de uma carne com mais qualidade. Se nas características de corte a raça imprime bem seu potencial, na pecuária leiteira não é diferente. As maiores produções individuais superam 50 kg/leite/dia e as lactações em 365 dias superam os 11 mil kg. A rusticidade, a habilidade materna e a fertilidade também são características de destaque da raça, tornando-a ideal para uso em cruzamentos, sejam eles de corte ou de leite. Guzolando - Originário do cruzamento de Guzerá com Holandês, o Guzolando tem viabilizado a produção de leite em diversas regiões do Brasil, independentemente do tipo de clima, pastagem ou manejo. Isso ocorre porque os animais são mais rústicos, longevos, férteis e precoces. As fêmeas Guzolando produzem por dez anos ou mais, com aumento progressivo da produtividade leiteira desde a primeira lactação. Parte dessa longevidade do Guzolando vem da excelente qualidade de úbere herdada do Guzerá. De manejo mais fácil, as vacas Guzolando podem ser criadas tanto a pasto quanto confinadas. A média por lactação costuma ser superior a 8 mil kg em 305 dias. Além disso, o leite contém maior percentual de sólidos totais e alelo B da Kappa-Caseína, também uma herança do Guzerá. Outra fonte de renda para o produtor é a comercialização de bezerros Guzolando, pois, em função do maior porte, da capacidade de ganho em peso e da qualidade de carcaça, são muito bem valorizados no mercado. Guzonel – Cruzamento entre Guzerá e Nelore, tem se destacado pela facilidade de recria, precocidade e boa terminação. Por ser uma raça realmente pura, o Guzerá confere a melhor heterose entre raças zebuínas e taurinas. O choque de sangue proporciona maior capacidade de conversão de alimentos, padronização e melhoria na qualidade das carcaças, precocidade e redução no tempo para terminação e abate. Em média, o peso do Guzonel na fase da desmama é de 240 a 250 kg. Várias fazendas estão abatendo seus animais entre 19 e 21 meses, com mais de 21 arrobas. O Guzonel proporciona aumento de até duas arrobas no peso final ao abate, quando comparado com cruzamentos com outras raças zebuínas.As fêmeas Guzonel são boas mães, extremamente rústicas, sexualmente mais precoces, longevas, de temperamento dócil, habilidade materna perfeita. Por isso, desmamam bezerros mais pesados. Assim, tanto no leite quanto no corte, o Guzerá se consolida como moderna ferramenta para todos os sistemas de produção de proteína animal.

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ACGB Pça. Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 - Bloco 1 Parque Fernando Costa Uberaba – MG + 55 (34) 3336.1995 +55 (34) 9 9184 1097 acgb@guzera.org.br

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Em defesa de um legado Guzerá Amar alia tradição e inovação para produzir um rebanho de grande consistência genética. Perpetuar o trabalho de seleção do zebu na família é um desafio constante de todo pecuarista e muitos têm conseguido a adesão das gerações seguintes, garantindo a evolução do setor no Brasil. Com a família do líder rural e importante selecionador de zebu, Edilson Lamartine Mendes, não foi diferente. Médico-veterinário, deputado e presidente de entidades classistas, tais como a ABCZ e Sindicato Rural de Uberaba, ele foi um visionário da época que acreditou no potencial das raças zebuínas para alavancar a pecuária nacional. Seu trabalho vem sendo perpetuado pela filha Ana Cláudia Mendes Souza, que desde 2009 comanda, junto com o marido, Dr. Marcelo Mendo Gomes de Souza, a seleção Guzerá Amar, com sede na Fazenda Santa Cecília, em Uberaba/MG. A base do plantel Amar veio de animais de alto valor genético adquiridos dos melhores criatórios do país. O constante investimento feito na melhor genética e a seleção rigorosa da produção resultam em animais modernos, com muita habilidade materna, docilidade e enorme capacidade de conversão alimentar em carne e leite. O plantel é constituído somente por animais de dupla aptidão, funcionais e férteis e que vêm mostrando resultados nos campos. O Guzerá Amar vem conquistando premiações, como o título de Melhor Criadora, Melhor Expositora, Campeão Touro Sênior e Reservado Grande Campeão (com o reprodutor Ator FIV de Amar). A seleção ganhou destaque também com as fêmeas, dentre elas Etna de Amar, uma doadora reconhecida do plantel dentro e fora do país. Foi premiada com o título de Matriz Modelo na ExpoZebu 2019. Sua filha Etna I de Amar foi campeã Novilha Maior. Seu pai Aquiles, touro que participou do PNAT e foi contratado pela Central Alta Genetics, tem sêmen distribuído para vários planteis do país.

Outro destaque é Mega DHFP, filha de Anjo S x Torre S (Mago TE S). Ela sagrou-se Reservada Grande Campeã ExpoZebu 2013. Essa doadora representa, dentro do trabalho de seleção genética do Guzerá Amar, as características predominantes da raça, como aptidão leiteira, aptidão para corte, habilidade materna, ganho de peso. Em sua aferição, apresentou 3.702 kg de leite, mostrando que tem uma capacidade de produção de leite acima da média. Sua família vem comprovando uma consistência genética por meio de sua filha Elegance de Amar, matriz diferenciada com alto potencial produtivo aliado à uma genealogia aberta. Possui títulos importantes durante sua trajetória em pista, como o de Reservada Campeã ExpoZebu 2016. Ela tornou-se uma opção para acasalamentos com os atuais touros leiteiros disponíveis no mercado sem qualquer preocupação com endogamia. Elegance é uma fêmea de beleza racial, aliada à profundidade corporal e bom volume de úbere e é filha de Astro FIV de Amar. O reprodutor Astro FIV de Amar foi vencedor do PNAT 2013. Outra doadora importante do criatório é Imperatriz de Amar, filha de Mega com Ele FIV de Amar, touro classificado no PNAT 2017 e que tem sêmen produzido pela Central Seleon, com protocolos para exportação e já concluída uma exportação oficial para a Guatemala. O Guzerá Amar ainda adquiriu animais de aptidão leiteira, como Havana, a Grande Campeã do Torneio Leiteiro da ExpoZebu 2014. Uma iniciativa que acabou levando a propriedade a atuar em um nicho de mercado de grande crescimento, que é o Guzolando, como também a produção de queijo artesanal. O criatório expandiu os negócios, selecionando também a raça Nelore, e espera atingir em breve o mesmo patamar alcançado com o Guzerá.

AQUILES DE AMAR LUNI 41 ANJO S x ETNA de AMAR

NATURALISMO TE PEAC X NAUTA II TE S

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ETNA DE AMAR LUNI 6


FAZENDA AMAR BR 050 KM 183 - Uberaba - MG +55 (31) 99167-6953 Instagram @guzeraamar

MEGA DHMF DHFP 1794 ANJO S X TORRE S (MAGO TE S)

ELEGANCE DE AMAR LUNI 339 ASTRO FIV DE AMAR X MEGA DHMF (ANJO S)

IMPERATRIZ LUNI 473 ELE FIV AMAR X MEGA DHMF (ANJO S) 117


Guzerá: um reforço brilhante na seleção do zebu leiteiro O criatório BBR aposta na seleção de Guzerá para atender um dos mercados mais promissores na pecuária leiteira, que é o Guzolando Com a devida maturidade da marca BBR – Bom, Bonito e Rústico, que ultrapassa 40 anos de atuação na pecuária leiteira, a raça Guzerá foi introduzida há três anos, complementando um sólido processo de seleção das raças zebuínas. A paixão pelo zebu faz parte da história da família do criador Breno Bolognesi Remédio, que segue escrevendo novos caminhos na seleção zebuína junto com a esposa Adriana e os filhos Breno e Adriano. Primeira raça zebuína a chegar ao Brasil e uma das mais antigas do mundo, o Guzerá foi a aposta do criador para ofertar ao mercado uma genética de dupla aptidão, com grande força leiteira, excelente qualidade de úbere, rusticidade, habilidade materna. São animais capazes produzir leite contém maior percentual de sólidos totais. São características que vêm sendo lapidadas no BBR por meio das ferramentas de seleção do PMGZ Leite. A experiência com a criação de outras raças leiteiras, como o Gir Leiteiro e Girolando, levaram o BBR a formar um rebanho jovem, porém de grande qualidade genética de Guzerá. Trabalho que vem sendo reconhecido pelo mercado nacional e internacional, consolidado por meio da exportação de material genético da raça. De maior capacidade de conversão alimentar e rusticidade, o Guzerá vem sendo manejado a pasto na Fazenda Bom Riacho, localizada em Arinos/MG. A opção é por um manejo rústico, dentro da realidade da pecuária a pasto brasileira. Os animais recebem uma suplementação, sem

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artificialismo, sendo que os que expressam maior qualidade são direcionados para o time de exposições. Como a região é muito seca, o criador decidiu iniciar a seleção da raça, com foco na produção do Guzolando, que é mais rústico e tem grande procura no mercado. O criatório trabalha incansavelmente pelo melhoramento genético, afinando cada vez mais a raça para ser protagonista de uma pecuária moderna, sustentável e eficiente. A experiência na seleção de zebu também é aplicada na pecuária de corte, já que a família conta com um rebanho de Nelore, comercializando tourinhos e animais para abate. Também seleciona Gir Leiteiro e Girolando, além de agricultura. Os destaques do plantel Guzerá são JFPA 613 Persefane FIV Ibituruna, filha de Russo TE JF x Atena TE JF (Perseu S) que vai fechar uma alta lactação pela ABCZ. Ela foi a primeira doadora adquirida pelo criatório e é uma aposta para 2022 na ExpoZebu. Já GZF 75 HANNAH do Guga, filha de Alinhado TE Ibituruna x Charkhari TE do Guga (Hum Sonho Absoluto), foi Grande Campeã do torneio leiteiro da Megaleite 2019 Torneio Leiteiro. Também é destaque JFPA1284 MANGANO IBITURUNA, filha de Nápole TEJF x Pepita Ibituruna (Uriel Ibituruna). Ele é um touro em teste de progênie, contratado pela central CRV Lagoa. Vem de uma família provada para produção de leite, capaz de aumentar a produção de leite aliado a fenótipo moderno.


BBR +55 38 9951-4509 breno.remedio@hotmail.com Arinos, Buritis, Urucuia/MG

MANGANO IBITURUNA JFPA1284

NÁPOLE TEJF x PEPITA IBITURUNA (URIEL IBITURUNA )

PERSEFANE FIV IBITURUNA JFPA 613 RUSSO TE JF X ATENA TE JF (PERSEU S)

HANNAH DO GUGA GZF 75 ALINHADO TE IBITURUNA X CHARKHARI TE DO GUGA (HUM SONHO ABSOLUTO) 119


Companhia Mate Larangeira: genética para produção de carne de qualidade O criatório é um dos grandes fornecedores de genética zebuína do Centro-Oeste e vem produzindo carne de qualidade de forma sustentável A Companhia Mate Larangeira tem sua trajetória em sintonia com fatos importantes da história do Centro-Oeste. Tudo começou em 1874 com o extrativismo de erva mate. Na época, a empresa foi um dos pilares da colonização da região onde hoje está o Mato Grosso do Sul, contribuindo para a construção de hospitais, escolas, centros comerciais, além da construção de estradas e ferrovias. No ano de 1900, contava com um rebanho de 20.000 cabeças de bovinos e cerca de 800 carretas de tração animal, que transportavam a erva mate além das fronteiras brasileiras, levando o produto até Buenos Aires, na Argentina. Na década de 1960, foi iniciada a seleção das raças Guzerá e Nelore pelo então diretor-presidente Luís Mendes Prates. Toda essa história alicerçada no agronegócio levou a Companhia Mate Larangeira a consolidar um moderno projeto pecuário, tendo o zebu como base do plantel. A genética das raças zebuínas Nelore e Guzerá é selecionada na Fazenda Santa Virgínia, no município de Ponta Porã/MS. Foram feitos investimentos significativos na área de melhoramento, exercendo forte pressão de seleção no rebanho PO a campo, visando um rebanho produtivo com habilidade materna e bons pesos de desmame, ano e sobre ano. O plantel é avaliado pelo programa da ABCZ, o PMGZ Corte, ferramenta que tem permitido direcionar e otimizar os acasalamentos para buscar animais de alta performance. O criatório ainda participa de provas de desempenho realizada por entidades referência como a ABCZ e a Embrapa para comprovar a qualidade e eficácia de sua genética em todos os elos da cadeia produtiva (cria, recria e terminação de animais

em ciclo curto), visando a produção de carne de qualidade. Todos esses investimentos nas mais modernas tecnologias levaram a Companhia Mate Larangeira a formar um rebanho de relevância nacional e internacional. O trabalho de seleção da Companhia Mate Larangeira teve o reconhecimento da ABCZ. Durante a ExpoGenética 2021, recebeu a homenagem “Mérito ABCZ”, na categoria PMGZ Corte. O criatório conta atualmente com dez doadoras principais e seis jovens promissoras que já iniciaram suas coletas. Anualmente, são realizados quatro protocolos de FIV, que rendem aproximadamente 70 bezerros. Desses, os melhores animais seguem na baia e iniciam sua vida de exposições. São vários animais premiados, dentre eles: Globo FIV da CM, Tri Grande Campeão Nacional na ExpoZebu 2015, Nacional Guzerá 2015 e ExpoZebu 2016; Império FIV da CM, Grande Campeão Nacional ExpoZebu 2017; Globo VII FIV da CM, Campeão Touro Jovem e Campeão Carcaça Modelo Frigorífica na ExpoZebu 2018; e Níquel FIV da CM, selecionado Touro PNAT 2021, categoria 21 a 23 meses. Nas fêmeas, Gineta da CM é mãe de animais com premiações em todas as pistas que participaram. Ela é Campeã Novilha Maior da ExpoZebu 2015 e Reservada Grande Campeã na 12º Exposição Nacional do Guzerá em Curvelo/MG, em 2015. Já Fera II FIV Morumbi é mãe de Imperador FIV da CM e Império FIV da CM, que fizeram a dobradinha Campeão e Reservado Campeão Bezerro da ExpoZebu 2016, além de outros prêmios conquistados. Outro destaque é Marimba da ICIL, mãe de animais de grande destaque como GloboVII FIV da CM e de Níquel FIV da CM.

GINETA DA CM - CMLG 640 CONJUNTO FIV ORIGEM X IMENSA DA J.NATAL (SIGNO AM)

FERA II FIV MORUMBI - LDCV 3286 SIGNO AM X FERA TE DA MORUMBI (ABAETÉ S)

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CIA MATE LARANGEIRA Fazenda Santa Virgínia Rod. MS 164, a 32 KM de Ponta Porã/MS – Caixa Postal 261 79.904-970 – Ponta Porã/MS fazenda@santavirginia.com.br

GLOBO FIV DA CM CMLG 633 SIGNO AM X GRANDIOSA DO DER (BESOURO ROE)

iABCZ: 11,48 DECA: 1 1240KG - CE 51CM

iABCZ: 6,58 DECA: 3 1085kg - CE 46cm

GLOBO-VII FIV DA CM - CMLG 949 GLOBO FIV DA CM X MARIMBA ICIL (BEIJIM S)

iABCZ: 11,12 DECA: 1 877KG – CE 40CM

NÍQUEL FIV DA CM - CMLG 1310 ESPIÃO S X MARIMBA ICIL (BEIJIM S) 121


Guzerá unido por uma genética superior Três criatórios da raça unem forças para ofertar ao mercado exemplares de alto valor genético A Genbra Agropecuária nasceu do ideal de unir um grupo de animais expoentes dentro da raça Guzerá, e que estes estivessem acima da própria marca de seus criatórios. O idealizador do projeto, Paulo Emílio, faleceu em 2016, mas sua ideia já começava a germinar e frutificou com a união de três criadores, que fundaram a empresa Genbra Agropecuária. Fazem parte do grupo: Marcos de Almeida Carneiro (Guzerá Palestina), que deu continuidade aos 27 anos da seleção de seu irmão Paulo Emílio; Eros Gazzenelli (Eros Guzerá), que representa a terceira geração da família na seleção de guzerá com mais de 30 anos tradição, Milton Dias Filho (Guzerá ICIL), com 25 anos de seleção. Juntos desde 2018, eles vêm selecionado animais superiores, capazes de produzir filhos geneticamente superiores aos pais, multiplicando essa genética e a ofertando para o mercado nacional e internacional. Os genearcas que compõem a base genética da Genbra Agropecuária são oriundos de 21 marcas. Os animais da Genbra Agropecuária foram identificados pelas mais modernas ferramentas de seleção como indivíduos superiores. Não adianta o indivíduo ser superior, um Grande Campeão ou uma Grande Campeã. Ele tem de ser superior e provar que transmite essas qualidades para seus descendentes. Estão sendo multiplicadas as genéticas de animais Guzerá que são líderes de Sumário, Grandes Campeões, Grandes Campeãs, as melhores progênies da raça. Os primeiros exemplares da marca Genbra já estão nascendo. Todos os exemplares da marca têm progênie provada e, tanto as doadoras quanto os reprodutores Genbra, são 100% avaliados. Os programas utilizados são PMGZ Corte, PMGZ Leite Max e CBMG Embrapa, as tecnologias FIV. Todos os animais Genbra ficam em manejo de pasto, para que não percam a rusticidade, característica marcante do Guzerá. Para alojar os exemplares da marca, foi arrendada, desde março de 2017, a fazenda Nova Índia, em Uberaba/MG. Lá fica o plantel de reprodutores e doadoras, composto por mais de 50 animais. Já os exemplares destinados à pista e leilão ficam na propriedade do

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Guzerá ICIL, localizada em Itacarambi/MG. Já os touros da marca estão na ABS. Entre os destaques da Genbra que são sucesso em venda de sêmen estão: Quartel Icil, ele é filho da Nutria e Bi Grande Campeão Nacional 2018 e 2019, e Oregon DC TE que é filho da Humataia TE Taboq. na Gariroba FIV NF e Alicerce da Capital, que é filho do Endereço FIV GEO na Guaira EG (Mabrouq da Vic.), todos com grande venda de sêmen e filhos espalhados por todo o Brasil. No time de doadoras, os destaques são: Garapa Icil que é filha do Marca Sol na M.Sol, Juruá FIV Boa Lembrança que é uma filha do Remanso TE Tabo. na Ciranda da B. Lemb, Querela FIV da ICIL que é filha do Igarape FIV da ICIL na Nutria e a Hevia Boa Lembrança, filha do Osasco 4M na Ondina 4M, que é Grande Campeã Nacional. Foi adquirida recentemente a Rocha da Icil, Campeã Fêmea Jovem na Nacional de 2018 e detentora dos recordes mundiais de idade ao primeiro parto, ao segundo e também ao terceiro parto. Nutria também é o grande destaque da Genbra. É única matriz que em 85 anos de ExpoZebu fez o Grande Campeão, o Reservado Grande Campeão, e o 3º Melhor de Grande Campeão. E ainda no mesmo ano, 2019, fez o Campeonato Progênie de Mãe, Campeão Baby e Res. Campeão Júnior Maior. Portanto, ela teve todos esses filhos premiados no ano que mais teve animais da raça Guzerá concorrendo numa ExpoZebu. Por dois anos consecutivos ela é a atual melhor mãe do Ranking Nacional e é a mais Jovem Matriz do Ranking da raça a atingir essa consagração aos cinco anos de idade. Já a matriz Laje FIV Boa Lembrança alcançou a liderança do Sumário Leiteiro do Guzerá 2021, sendo pelo 7º ano consecutivo a Melhor Fêmea Guzerá Leiteiro, mostrando que mantém o primeiro lugar pela constante melhoria de suas DEP’s. Além de ser a líder do Sumário em genética, e a atual recordista mundial de lactação da raça Guzerá com 13.848 kg/leite. Em breve, a clonagem será mais uma biotecnologia aplicada no rebanho. As doadoras Nutria e Laje já tem material coletado, reservado para produção de clone na Geneal.


Fazenda Genbra Contatos: +55 (31) 9 9303-5151 geneticabrasilguz@gmail.com Face e insta: @guzerabra

LAJE FIV BOA LEMBRANÇA LKW 395 REMANSO TE TABOQ. X CUBANA DA B. LEMB (CUBITO G.I. DA ND)

SAMURAI FIV BOA LEMBRANÇA (LKW 1290 )

RUSSO TE JF X LAJE FIV BOA LEMBRANÇA (REMANSO TE TABO)

NADIRA FIV BOA LEMBRANÇA (LKW 774)

LICOR FIV BOA LEMBRANÇA X LAJE FIV BOA LEMBRANÇA (REMANSO TE TABO) 123


QUARTEL ICIL (ICIL867)

QUEBRANTO DA ICIL (ICIL 847)

QUERELA FIV DA ICIL (ICIL 851 )

RÁDIO FIV DA ICIL (ICIL 907)

QUARTETO FIV DA ICIL (ICIL 856)

SULTÃO FIV DA ICIL (ICIL 925 )

GUZ BARRA JANGO FIV X NUTRIA FIV DA ICIL (ENCANADOR VILLEFORT)

IGARAPE FIV DA ICIL X NUTRIA FIV DA ICIL (ENCANADOR VILLEFORT)

IGARAPE FIV DA ICIL X NUTRIA FIV DA ICIL (ENCANADOR VILLEFORT)

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IGARAPE FIV DA ICIL X NUTRIA FIV DA ICIL (ENCANADOR VILLEFORT)

IGARAPE FIV DA ICIL X NUTRIA FIV DA ICIL(ENCANADOR VILLEFORT)

IGARAPE FIV DA ICIL X NUTRIA FIV DA ICIL (ENCANADOR VILLEFORT)


Fazenda Genbra Contatos: +55 (31) 9 9303-5151 geneticabrasilguz@gmail.com Face e insta: @guzerabra

NUTRIA FIV DA ICIL ICIL 723 ENCANADOR VILLEFORT X GARAPA DA ICIL TE (MARCA SOL EMENTHAL)

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Guzerá Palestina - Seguir Trilhando O criatório traçou um novo posicionamento sobre a produção de genética zebuína, atuando agora na seleção de Guzerá e Guzolando Em 2016, o zebu, o Guzerá e toda a pecuária mundial sofreram com a perda do criador Paulo Emílio de Almeida Carneiro, o PEAC. Pessoa de conversa fácil e amistosa, conseguiu, com muita simpatia e visão, multiplicar o nome da raça Guzerá através de relações pautadas em confiança. Hoje, a Fazenda Palestina, representada pelo seu sobrinho “Marcão” e seu irmão Marcos Carneiro, tem o privilégio de poder continuar todo o seu legado. Sua marca, nome, história e, principalmente, amizades são vivas e foram de forma natural passadas para Marcão e Marcos Carneiro. O desafio agora? Fazer um trabalho que deixe a marca ainda mais forte. A localidade da Fazenda Palestina agora mudou, fica em Paraopeba/MG. Junto com a mudança de localidade, veio também a adaptação do posicionamento. O foco agora é no Guzerá Leiteiro e Guzolando. O plano genético está a cargo do criador Eros Gazzinelli, que mais do que um amigo, é um criterioso conhecedor da raça. Cada dia mais a pecuária exige seriedade e profissionalismo, quem não tem fica para trás. Por acreditar que a única forma de dar o próximo passo com o gado é com conhecimento técnico e provas científicas, a Fazenda Palestina faz parte do PMGZ Corte e

PMGZ Leite. A Palestina foi reativada em 2019 começando quase do zero. Foram três anos investindo em infraestrutura. Agora, o próximo passo é repetir o mesmo sucesso das épocas de Paulo Emílio. Animais como Naska PEAC, Guru PEAC, Marrakech PEAC, Nefta FIV PEAC, Encantada PEAC, Naturalismo PEAC, Cravo PEAC, dentre outros, são forjados ao longo de anos e os sucessores já estão adiantados. As tecnologias de transferência de embrião são a maior aposta para fazer 40 anos em 4. Desde que o primeiro animal chegou à fazenda, em 2019, já são mais de 40 nascimentos só de FIV na Palestina, que tem meta de 30 nascimentos por ano. Toda essa genética de ponta do Guzerá vai ser revertida em mais animais para a raça, é claro. Porém, o diferencial da fazenda é oferecer o que há de melhor em Guzolando. O Guzerá é destaque para garantir estrutura e rusticidade, já o Holandês garante excelente produção de leite e complexo mamário. Por isso, o sucesso do Guzolando. A aposta da Fazenda Palestina é dar o suporte na produção de leite também pelo lado do Guzerá e criar um animal que responde a qualquer sistema de produção com baixo custo e muita performance.

CAMPEÃO JÚNIOR MAIOR EXPOZEBU/13 RESERVADO CAMPEÃO TOURO SÊNIOR EXPOZEBU/14

GURU PEAC - PEAC1599 ABAETE S X ENCANTADA FIV PEAC 126

NASKA PEAC - PEAC1907 ABAETE S X ENCANTADA FIV PEAC (ADVENTO TE JA)


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Faz. Palestina

ENCANTADA FIV PEAC PEAC1406 ADVENTO TE JA X BONDADE FIV PEAC (MABROUK)

NEFTA FIV PEAC - PEAC 1834 ABAETE S X ENCANTADA FIV PEAC (ADVENTO TE JA)

MARRAKECH PEAC - PEAC 1738 DARDANELOS PEAC X BIURANA FIV PEAC (BARBANTE JF) 127


Guzerá mostra seu potencial na Colômbia Ganaderia Zorrillos é um tradicional criatório de zebu da Colômbia e aposta na rusticidade e alta produção da raça Guzerá para ofertar genética de resultado para todo o país Empreendedora e apaixonada pelo zebu, a criadora colombiana Ma del Rocío Zapata García está à frente do criatório Ganaderia Zorrillos desde 1991. Na época, ela comprou 40 hectares de terra em uma região de clima adverso, em Água de Dios, na província Alto Magdalena, departamento de Cundinamarca, Colômbia, para realizar o sonho de desenvolver um projeto pecuário moderno e eficiente. Apostou na rusticidade do zebu, especialmente o Guzerá e o Brahman, para isso, pelo fato de serem animais capazes de desenvolver bem mesmo em regiões secas e de muito calor. Água de Dios tem verões curtos, muito quentes e abafados. Já os invernos são curtos, quentes e chuvosos. Durante o ano, a temperatura geralmente varia de 23 ° C a 34 ° C. Por conta disso, o zebu mostrou ser a melhor opção para o local. A genética zebuína selecionada pela Ganaderia Zorrillos tem sido utilizada na pecuária colombiana, permitindo a produção de forma eficiente nos trópicos do país, imprimindo rusticidade, longevidade produtividade e fertilidade em menor tempo e com menor custo. Depois de uma larga experiência com a seleção de Brahman branco e vermelho, Ma del Rocío decidiu investir também no Guzerá especialmente por conta da rusticidade da raça, característica muito valorizada em uma região tropical. Adquiriu genética Guzerá de criatórios brasileiros e, a partir de um trabalho duro de se-

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leção, buscou desafiar cada dia mais a rusticidade do zebu. Sem descanso, tornou a Ganaderia Zorrillos uma fazenda modelo, com animais líderes de fertilidade em seu país, tudo isso harmonizando a natureza com bem-estar dos bovinos. A propriedade tem conseguido destaque no mercado e nas pistas colombianas. Um dos destaques é Floricienta 643/6, uma matriz com habilidade perfeita e provada. Aos 15 anos, ela pariu sua 14º cria de parto natural. Seu primeiro parto foi aos 23 meses. Ela produziu três Campeões Nacionais. A Ganaderia Zorrillos também tem seu trabalho reconhecido pela Associação de Criadores de Zebu da Colômbia (Asocebú Colômbia). Está entre as fazendas de elite de maior destaque. Na categoria Vacas e Toros do ano, que classifica pela participação em exposições nacionais e regionais, ocupa há vários anos lugar de destaque, sendo o primeiro lugar nos anos de 2008, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015. Também é destaque na categoria Pais e Mães Excepcionais, com vários animais classificados. Figura como Melhor Criador de Guzerá pela Asocebú Colômbia em decorrência dos prêmios conquistados em exposições nos anos de 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. Já como Melhor Expositor o prêmio foi conquistado nos anos de 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014.


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A jornada da raça Indubrasil Por Roberto Fontes de Gois, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI) A preservação e o sucesso da raça Indubrasil são os motivos de toda luta, resistência e dedicação da diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil. Ampliar o rebanho e o valor genético do gado, alimentar a história e motivar os criadores enquanto plantéis tradicionais são inseridos ou resgatados para o banco zootécnico é a prioridade dentro das propostas discriminadas na missão da ABCI. O Indubrasil foi oficialmente reconhecido em 1938 pela antiga Sociedade Rural do Triângulo Mineiro, e registrado desde então pela atual ABCZ. A entidade, fundada em 1962, vem sendo capitaneada por grupos atuantes e arrojados. A frente da ABCI busco liderar e congregar os selecionadores em prol de objetivos comuns para evolução da raça há quase duas décadas. Sem perder o fôlego e animação que são continuamente renovados pelo apoio irrestrito de grandes amigos, nomes de referência como Rodrigo Caetano Borges; João Carvalho Pinto; Sergio Silveira Fonteles; Guilherme Rosa Vaz Coelho; Waldyr Barbosa de Oliveira Junior; João Newton Pereira Lopes; Claudio Silveira Resende, Clarindo Irineu de Miranda, Djenal Queiroz, André Junqueira, Acrísio Cruz Neto e Elair Bacchi como conselheiros e amigos que nunca deixaram de investir e acreditar na contribuição que a qualidade genética da raça poderia oferecer à pecuária brasileira, como conselheiros e nunca deixaram de investir e acreditar na contribuição que a qualidade genética da raça poderia oferecer à pecuária brasileira. O Indubrasil surgiu há mais de um século e é um símbolo dos zebuínos genuinamente brasileiros. Desde o início da seleção, preservar as características de dupla aptidão foi uma meta e hoje, o moderno Indubrasil apresenta carcaça alongada, porte alto, boa caixa física e alta rusticidade. É um gado, sobretudo, comercial e rentável, e pode contribuir especialmente para a viabilidade econômica de projetos que usam cruzamento para corte ou leite. A maior parte dos projetos pecuários do mundo busca precocidade, rusticidade e docilidade em condições de reduzir custos e elevar a produtividade. E o Indubrasil é tão eficiente e viável quanto qualquer outra raça zebuína ou taurina nos projetos de cruzamentos, pois entrega ao pecuarista o retorno desejado. A produção de materiais e conteúdo de divulgação que são utilizados em feiras, exposições e eventos em geral, com apresentação inclusive em outros idiomas, é ininterrupta. Para ficar mais conectada aos criadores, a ABCI organizou a produção de debates virtuais que contaram com a presença de técnicos, representantes de criatórios de diversas regiões do país e membros da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). Além disso, a ABCI integra o Brazilian Cattle, programa internacional da ABCZ que leva para outros países um grande pacote tecnológico. Em 2021, a entidade deu mais um passo a frente e inaugurou sua sede exclusiva no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Este projeto contou com o apoio da ABCZ. É a ABCI de portas abertas para todos os pecuaristas do Brasil e do mundo.

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ABCI +55 (34) 9 3336 4400 +55 (34) 9 9684-4448 indubrasil@terra.com.br www.indubrasil.org.br

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Unidos pelo Indubrasil Os pecuaristas Roberto Fontes de Góis e Cláudio Silveira uniram forças para produzir genética de qualidade no Nordeste Um zebu genuinamente brasileiro. Assim é o Indubrasil, que nasceu da determinação de pecuaristas mineiros em produzir animais altamente produtivos, unindo o melhor das raças Gir, Guzerá e Nelore. Essa é uma história já bem difundida, mas que se torna ainda mais interessante quando conhecemos o trabalho de seleção da raça desenvolvido por criadores como Roberto Fontes de Góis, da Fazenda São José, e Cláudio Silveira Resende, da Granja Rouxinol. Ambos, estão sediados em Sergipe. O estado é referência na seleção da raça Indubrasil há várias décadas. Em 1960, o invernista Horácio Dantas de Góis, pai de Roberto Góis, decidiu selecionar Indubrasil e chegou a ter um plantel de cerca de 300 matrizes PO. Ele defendia o melhoramento genético e a multiplicação da raça, passos seguidos pelo filho, que se tornou uma referência entre os selecionadores de zebu. Já são 20 anos dedicando-se à Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI). Como presidente da entidade, reeleito com orgulho por seus associados por tantas vezes, Roberto Góis vem investindo na promoção da raça pelo país. Tive a honra de homenageá-lo com o Mérito ABCZ, em 2019, ano do centenário da ABCZ. E é com essa dedicação e zelo pela raça que ele comanda o criatório São José há mais de duas décadas. Conquistou a importante premiação de Grande Campeão Nacional em 2010, com o touro Bacará, filho do Jogo do General na Charada. Em 2010, aliou genética e tradição na fusão da sua marca São José com a também reconhecida seleção sergipana Granja Rouxinol. Nascia ali o prefixo IRCR, sendo o primeiro produto de sucesso da marca o touro Riachão, filho de Bacará

na Taipa da Uni. Esse nome foi escolhido em homenagem a cidade natal de Roberto. A parceria vem confirmando seu sucesso nas pistas. Riachão consagrou-se campeão em várias exposições da qual participou em âmbito nacional e regional, em estados como Bahia, Fortaleza e Minas Gerais. Na ExpoZebu, conquistou os títulos de Reservado Grande Campeão Nacional e Reservado Campeão Touro Jovem 2014 e em 2019 foi reservado Campeão Touro Sênior. Bacará, voltou a ExpoZebu em 2012, representando o condomínio e conquistou seu Bi Grande Campeonato Nacional, reafirmando sua qualidade genética refinada. Outros filhos do Bacará que também tiveram importantes destaques em pista e também são frutos da parceria IRCR é o Soberano. Filho do Bacará na Educada FIV, que conquistou a premiação de Campeão Bezerro na ExpoZebu 2015 e seu reservado foi o Prometheus que é Bacará na Lindóia da União. Os netos de Bacará também vêm se destacando nas pistas, tais como Talento da Rouxinol CR, que é filho do Riachão na Aldebran. Ele conquistou a premiação de Campeão Júnior Maior na ExpoZebu 2019 e outras premiações importantes como Reservada Campeã Progênie de Pai na ExpoZebu 2014 compondo a progênie com outros filhos do Bacará. Com o sucesso nas pistas se concretizando, Roberto Fontes de Góis e Cláudio Silveira trabalham para preservar as características de dupla aptidão da raça. Hoje, o moderno Indubrasil apresenta carcaça alongada, porte alto, boa estrutura física e alta rusticidade. O gado é sobretudo comercial e rentável, contribuindo especialmente para a viabilidade econômica de projetos que usam o Indubrasil em cruzamentos para corte ou leite.

TALENTO DA ROUXINOL CR (IRCR 123) RIACHÃO X ALDEBRAN (IDILIO DO GENERAL)

PROMETHEUS (IRCR 84) BACARÁ X LINDÓIA DA UNIÃO (MIMOSO DA UNIÃO)

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RIACHÃO DO DANTAS - SE Roberto Fontes de Góis +55 79 9 9978-4878 - robertofontesgoes@hotmail.com Cláudio Silveira Resende +55 (79) 9 8876-1336 - crs@tjse.jus.br

BACARÁ

WBOI 3 JOGO DO GENERAL X CHARADA (TRIUNFO DA S. LUZIA)

RIACHÃO (IRCR 62) BACARÁ X TAIPA DA UNI (RAJADO FLORESTA)

SOBERANO (IRCR 82) BACARÁ X EDUCADA FIV (RUBI DA S. LUZIA) 133


Nelore: a raça mãe do Brasil Por Nabih Amin El Aouar, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) (2018- 2020 / 2020-2022) A raça Nelore está na base da história de sucesso da pecuária de corte no Brasil, maior e mais importante atividade animal no país. Não se pode dissociar a pecuária da raça Nelore. É o Nelore que dá visibilidade global à carne bovina brasileira. Segundo dados oficiais, mais de 80% do rebanho nacional têm sangue Nelore. Mais de 90% da produção anual de carne bovina provém de animais Nelore. O mesmo índice vale em relação à exportação de carne bovina. Os primeiros animais Nelore chegaram ao Brasil há cerca de 150 anos. Porém, foi nas últimas seis décadas que a raça assumiu papel proeminente na pecuária brasileira, a partir de históricas importações da Índia. A década de 1960 marca, definitivamente, a expansão do Nelore pelo país. Vários fatores contribuíram para esse trabalho. Destaque ao trabalho realizado por milhares de apaixonados criadores, que acreditaram na raça e nas suas características produtivas e reprodutivas, além da adaptação às condições brasileiras. Adaptação às regiões de clima tropical e subtropical, rusticidade ímpar e fertilidade indiscutível fizeram o Nelore conquistar, progressivamente, cada vez mais relevância na pecuária. Numa outra ponta, é notável o trabalho de melhoramento genético feito (e em progresso) na raça, tornando o Nelore a raça mãe da pecuária brasileira, sendo a referência, inclusive para as demais raças bovinas utilizadas no chamado cruzamento industrial. Neste cenário, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) vem realizando um trabalho visando a valorização da genética e da carne da raça. Há mais de 20 anos criou o Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN), com normas e procedimentos que orientam seus participantes a produzirem carcaças bovinas de acordo com os padrões mais valorizados pelo mercado. O maior volume da carne Nelore produzida no país tem índice de gordura moderado, suficiente para contribuir com a maciez e sabor inigualável. Além disso, traz consigo uma característica muito desejada pelos consumidores internacionais: a alimentação predominantemente à base de forrageiras. O trabalho da ACNB dá o suporte necessário para o crescimento da pecuária brasileira a partir da raça mãe. A entidade é o elo central de uma ação nacional com foco na padronização e valorização das carcaças de qualidade. Além do PQNN, faz parte desse movimento o Ranking Nacional, que incentiva a realização de avaliações fenotípicas de animais com genética pura, em todo o país; e o Circuito Nelore de Qualidade, que realiza avaliações de carcaças nos principais estados produtores do país, motivando os criadores a atender aos requisitos desejados pela indústria e pelo mercado consumidor. Além dos números em evolução, destaca-se o avanço da qualidade dos animais abatidos. A grande maioria atingindo o ponto de abate com cerca de 24 meses de idade, e peso entre 18 e 23 arrobas. Esse trabalho de melhoramento genético com foco nas características desejadas pelo mercado define mais uma contribuição da raça Nelore. O benefício é de todos: os pecuaristas são valorizados, os consumidores são atendidos e o Brasil ganha condições de ampliar sua presença no comércio internacional de carne bovina. Assim, podemos dizer com orgulho que o Nelore é a Carne do Brasil! E há muito ainda a conquistar.

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Foto: Rubens Ferreira - Cabaña Parabanó de Fernando Roca Peña

www.nelore.org.br

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Genética aliada ao bem-estar animal Beabisa é referência não só em melhoramento genético, mas também nas boas práticas no manejo do rebanho A história da Beabisa, iniciada na década de 1980, é marcada por conquistas nos setores de empreendimento, agricultura e pecuária. Tudo começou pelas mãos da agropecuarista Beatriz Biagi Becker, a Bia, que é neta e filha de empreendedores do agronegócio. Ela viu no zebu uma oportunidade de elevar os resultados na produção de proteína animal em suas propriedades. Uma das medidas adotadas logo de início foi o investimento pesado no melhoramento genético das raças Nelore e Sindi, levando o criatório a atingir o mais alto nível que um plantel pode chegar em termos de genética de ponta. Essa incansável busca por animais melhoradores, fez com que a seleção afunilasse em animais equilibrados e funcionais, com alta eficiência alimentar, precocidade reprodutiva, aumento de fertilidade materna, melhor conformação frigorífica e qualidade de carcaça. Todo esse ganho genético e morfológico no rebanho foi resultado de muito trabalho e dedicação, aliados às tecnologias de acasalamento dirigido, programas de melhoramento genético, avaliações morfológicas e de ultrassonografia, entre outros. Entre os vários animais de destaque do plantel da Beabisa está o touro raçador Zapp Beabisa, que foi criado e recriado a pasto, respeitando todas as exigências dos grupos de contemporâneos. Em sua avaliação intra-rebanho, foi líder na avaliação de carcaça para as características de AOL e acabamento, sendo respectivamente 17% e 77% acima da média do seu grupo contemporâneo. Em 2017, foi o touro jovem com maior número de doses

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vendidas na Genex. Agora prova-se um excelente pai colocando em sua primeira safra 5 touros em central. Com mais de 87 mil doses de sêmen vendidas, é líder no sumário da ANCP para as DEPS de carcaça e perímetro escrotal. Outro destaque é a matriz Riena da Beabisa, mãe do Zapp Beabisa. Quando ainda jovem, na avaliação intra-rebanho, foi muito superior à média do rebanho e foi a 1ª colocada na medida da Espessura de gordura na garupa/picanha (EGP8 (mm)). Nas suas avaliações Genética (ANCP e PMGZ) destaca-se nas características de habilidade materna, acabamento de gordura e musculosidade. Já Astor da Beabisa, filho do Truck Da Alo Brasil em vaca Sherlock Matinha, foi touro de destaque da geração 2018 da Beabisa. Além de uma morfologia e biotipo harmonioso, e com uma régua de DEP Genômica muito equilibrada, apresenta um temperamento manso desde bezerro até os dias atuais. Destaca-se nas avaliações para habilidade materna, precocidade sexual ao ano e sobreano, stayability e para as características de carcaça. Bia é uma apaixonada pelo que faz e dirige três fazendas, sendo duas no estado de São Paulo e uma no estado do Mato Grosso do Sul, sempre com uma gestão moderna e compartilhada com colaboradores e filhos. Vale destacar ainda que todo esse trabalho de seleção da Beabisa é desenvolvido em sintonia com as boas práticas de manejo. No ano de 2014, recebeu da americana Temple Grandin, referência mundial em bem-estar, o troféu de “Produtor Referência em Bem-Estar Animal”.


Beabisa Agricultura Ltda. +55 (16) 3632-4488 beabisa@beabisa.com.br www.beabisa.com.br instagram @beabisaoficial

ZAPP BEABISA BRMG2299 REM ARMADOR X RIENA DA BEABISA (REM USP)

MÃE

RIENA DA BEABISA (BRMG 1498) REM USP X NOCAUTE DA BEABISA (IMPACTO DA MAT.)

ASTOR DA BEABISA (BRMG3342) TRUCK DA ALÔ BRASIL X USHUAIA 55 DA BEABISA (SHERLOCK MAT.) 137


Brumado: história com o Nelore A importação da raça Nelore tem entre seus pioneiros a Fazenda Brumado, que até hoje continua ofertando ao mercado genética de animais POI (Puro de Origem Importada). A Fazenda Brumado vem ajudando a escrever capítulos importantes da história do zebu no Brasil, e muitos deles contribuíram para mudar definitivamente os rumos das raças Brahman e Nelore. Tudo começou há pouco mais de um século, em 1918, quando o pecuarista mineiro Francisco José de Carvalho participou da importação de reprodutores puros das raças Nelore e Gir, diretamente da Índia. Na ocasião, a importação foi incentivada e conduzida pelo governador de Minas Gerais, João Pinheiro. Chiquinho, como ele era conhecido, melhorou e comercializou essa genética para outras regiões do Brasil, tornando-se um grande produtor de touros zebuínos. Ele foi o responsável pela fundação da marca F, que dá origem ao rebanho da Brumado. A marca foi oficializada pelo Ministério da Agricultura no dia 8 de abril de 1920, sendo a 47ª registrada no país. O trabalho de seleção da família ganha novos rumos a partir de 1935, quando Chiquinho inicia uma sociedade com seu filho Rubens de Andrade Carvalho, o Rubico Carvalho. Aos 18 anos de idade, ele começa seu criatório de Nelore. Em poucos anos, as aquisições de animais de rebanhos tradicionais, conduzidos por criadores como Nicolau Jerônimo de Paula, Rodolfo Machado Borges e João de Castro, colocaram o plantel de Rubico Carvalho em um patamar de destaque na pecuária nacional. No ano de 1954, adquiriu a Fazenda Brumado, em Barretos/SP. Posteriormente, reforça o plantel com aquisições da Fazenda Indiana, do Rio de Janeiro, e da marca OM, da Bahia. Agora, em sociedade com seu irmão João Humberto. Anos depois, em 1962, realizou mais um feito que impactou a pecuária nacional, especialmente o melhoramento genético da raça Nelore, participando diretamente da última importação de animais vivos da Índia. O filho mais velho de Rubico, Francisco José de Carvalho Neto, e o tio Nenê Costa passaram nove meses na Índia, comprando zebuínos das raças Gir, Guzerá, Kangayan e Nelore, onde se destacaram os touros Godhavari, Gonthur, Taj Mahal, Everest, Godar, Nagpur. Rubico criou a marca em formato de “estrela com 4 pon-

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tas” para identificar o gado indiano e seus descendentes dentro do rebanho da Brumado, enquanto os descendentes de antes da importação continuaram a ser marcados com a marca F. Hoje, a maior parte dos animais Nelore do país descende dos exemplares importados em 1962/63 por Rubico Carvalho, Nenê Costa, Torres Homem Rodrigues da Cunha e Celso Garcia Cid. Seu legado na pecuária zebuína vem sendo perpetuado por seus seis filhos. Após o falecimento de Rubico, em 2009, a Fazenda Brumado passou a ser comandada por seu filho Antônio José Prata Carvalho, o Tonico Carvalho, que ao longo de décadas de convivência e trabalho com o pai, aprendeu a selecionar animais Nelore de genética superior. Suas primeiras atividades na Brumado foram na parte administrativa, realizando as comunicações de nascimento e cobertura do rebanho. Mas a paixão por zebu sempre levou Tonico a criar diferentes raças. Ele fez o registro nº 1 do Nelore Mocho, variedade de pelagens. Também criou Gir e Kangayan. Tonico participou da primeira importação de Brahman para o Brasil em sociedade com o irmão Rubikinho e o V8 Ranch do Texas. Esteve por diversas vezes na Índia em busca de animais capazes de contribuir para o avanço genético do rebanho brasileiro. Foi assim, que, em 1977, viajou pela primeira vez para a Índia, a pedido do pai, para avaliar a situação da raça naquele país. Na viagem, esteve acompanhado de seu irmão Francisco José. Retornou à Índia por nove vezes, sendo a última em 2010, e pôde vivenciar momentos históricos, como em 1998, quando uma comitiva, formada pela ABCZ, Ministério da Agricultura e criadores, participou da cerimônia que concedeu o registro nº 1 do Livro Especial de Importação ao raçador Anupalem, de propriedade de Rubico Carvalho. Também participou em 1993, nos Estados Unidos, do registro nº 1 de animal Nelore, pertencente a Rubico Carvalho. Entre os reprodutores que fizeram história no plantel da Brumado, está o reprodutor indiano, Godhavari, considerado o touro-chefe do rebanho. Atualmente, todos os animais da Fazenda Brumado descendem deste grande raçador.


Fazenda Brumado www.fazendabrumado.com.br/ tonicocarvalho@fazendabrumado.com.br +55 17 9 91510572 | +55 17 3322 0166 Insta: @fazenda_brumado Facebook: @fazendabrumado

GODA FIV POI BRUMADO (POIB 306) VAREDO DC POI TE X AHIRA III POI BRU (BAORE POI DO BR.)

GADHAN FIV POI BRUMADO (POIB 352 ) HANUMAN POI BRUMADO X AHIRA III POI BRU (BAORE POI DO BR.) 139


Pioneiros do zebu Família Garcia Cid vence desafios e multiplica o melhor do Zebu Entre os criadores pioneiros que ajudaram a construir a história do zebu no Brasil, Celso Garcia Cid certamente é um deles. Inconformado com a qualidade dos animais zebuínos que vinha adquirindo, resolveu “beber na fonte” para realizar seu sonho de produzir genética de qualidade e disseminá-la Brasil afora. Assim, iniciava sua luta pela reabertura da importação. O fundador da Fazenda Cachoeira 2C, em Sertanópolis/PR, não se rendeu ao excesso de burocracia que, nos idos da década de 50, impedia a entrada de animais da Índia no Brasil. De Ministério em Ministério, documentos e viagens, Celso conseguiu com o presidente Juscelino Kubitschek a autorização para trazer o gado do Oriente. Ele provou que não existia a peste que restringia a entrada de zebuínos no Brasil e participou das famosas expedições à Índia, a primeira delas em 1957. Uma genética que permitiu ao rebanho brasileiro dar um grande salto de qualidade, incluindo a raça Gir, uma das preferidas do criador. Quatro linhagens especiais trazidas da Índia por Celso Garcia Cid, Nandini, Shakuni, Nalini e Maharani, foram a base, a partir da Fazenda Cachoeira, para o avanço da moderna pecuária brasileira. A Cachoeira 2C soube manter o espírito inovador de seu fundador. Os ensinamentos deixados por Celso Garcia Cid foram perpetuados pela esposa Francisca, que permaneceu à frente dos negócios até 2003, e após essa data, pela filha Beatriz Garcia Cid. E Beatriz repassou essa paixão pelo zebu a seus filhos Guilherme, Gustavo e Gabriel Garcia Cid, que estão mantendo viva a obstinação do avô por selecionar um zebu capaz de melhorar a pecuária não só do Brasil como de outros países tropicais. A Fazenda Cachoeira desenvolve um projeto de melhoramento genético com base nas mais modernas ferramentas de

seleção. Utiliza desde a inseminação artificial, na qual foi uma das pioneiras no gado zebu, transferência de embriões, fertilização in vitro e genômica. Aliás, é pioneira na utilização de biotecnologias. Na década de 1960, montou na fazenda o primeiro laboratório particular de congelamento de sêmen de zebuínos da América Latina. Já na década de 1980 fez a primeira transferência de embrião zebuíno por técnicas de superovulação. Em meados de 1990, entrou para a história com a compra do primeiro ultrassom para aspiração folicular para FIV. A Fazenda Cachoeira 2C é talvez um dos únicos criatórios a conquistar, desde as importações de 1960 e 1962, vários grandes campeonatos na ExpoZebu, em três raças zebuínas, Gir, Nelore e Guzerá. Entre as principais doadoras da Cachoeira 2C, destacam-se a matriz Nisha 15 DC TE (Panagpur AL da Paul. x Shakuni 69 DC POI TE), da linhagem das “Nishas”, que descendem da Shakuni 69 DC POI TE, doadora que representa o choque de sangue do Nelore moderno na linhagem POI e uma das mais premiadas das pistas no Brasil. Seus descendentes vêm se destacando no plantel da Cachoeira 2C. Já da geração de 2008, o destaque é Nisha 135 DC TE (Nisha 15 DC TE x Bvlgari da Sabiá). Com o cruzamento a 2C produziu Nisha 138 DC TE. Com o touro Fajardo, ela produziu a Nisha 149 DC TE, já da geração de 2009. Já no acasalamento com o Helíaco produziu Nisha 172 DC TE, da geração de 2010. E muitas outras doadoras importantes já foram produzidas e ainda virão da genética da 2C. Uma família que soube vencer desafios, multiplicar o melhor do zebu e assim contribuir definitivamente para a pecuária nacional.

SHAKUNI 69 DC POI TE (DT6744)

DOADORAS 2C

F 3079 BHADINI POI DC X CF 1034 SHAKUNI 40 DC POI(HIMALAYA DO BR.)

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Cachoeira 2C Beatriz Garcia Cid e Filhos Sertanópolis – PR +55 (43) 3321-3338 www.cachoeira2c.com.br | instagram @cachoeira2c

GCID 711 – NISHA 172 DC TE HELÍACO DA JAVA X NISHA 15 DC TE

GCID 388 – NISHA 135 DC TE BVULGARI TE DA SABIA X NISHA 15 DC TE

GCID 413 – NISHA 138 DC TE BVULGARI TE DA SABIA X NISHA 15 DC TE

GCID 516 – NISHA 149 DC TE FAJARDO DA GB X NISHA 15 DC TE

LADU DC POI (GC 827) FAULAD DA SC X PADU 31 DC POI (INCA POI DA 3 COX.)

VAREDO DC POI TE (CGC 2489) VAREDO DA IND. X SHAKUNI 87 DC POI (MACATHI POI DA IND.) 141


Fazenda Canaã: Pecuária do Brasil para o Mundo Agropecuária Leopoldino firma-se como um dos mais bem sucedidos criatórios da raça Nelore, levando essa genética para o mundo Um dos maiores produtores de carne de qualidade do país, a Agropecuária Leopoldino leva a genética do topo a base da pirâmide, fazendo uma pecuária referência para todo mundo. A seleção Canaã é conduzida pelos pecuaristas João e Abel Leopoldino, irmãos que seguem a tradição de família de investir no agronegócio, paixão herdada do avô Abel Terruggi e já cultivada na quinta geração da família. Com propriedades nos estados do Mato Grosso e de São Paulo, o grupo investiu na melhor genética do Nelore para aprimorar a sua produção de animais de corte e fornecer carne de qualidade para todo o Brasil. O núcleo de doadoras é sediado na Fazenda Canaã, em São Carlos/SP, enquanto as propriedades do Centro-Oeste abrigam o rebanho comercial de corte, cuja base zebuína é utilizada em cruzamento industrial em conjunto com agricultura de precisão por meio do Sistema de Integração Lavoura/ Pecuária. O investimento em genética de ponta iniciou em 2013 e, neste curto espaço de tempo, altos investimentos foram feitos, com foco na produção de animais com biótipo definido aliando raça, estrutura e muita carcaça. O resultado desse investimento veio rápido.

JAMAYA DA DI GENIO - JCDG 3845

BIG BEN X PARLA FIV AJJ (BITELO DA SS)

142

Resultados como o título de Jovem Criador e Expositor do Ranking Nacional de Nelore, levando a seleção para o hall de melhores criadores da atualidade. Em 2018, quando tinha apenas cinco anos de seleção, o criatório fez o Grande Campeão Nacional com o Beduíno FIV AL Canaã, um fato histórico para um criador com tão pouco tempo de seleção. Atualmente, são quase 100 doadoras em programa de coleta de embriões que carregam em seus pedigrees a genética mais consistente da raça. Dentre as matrizes da seleção que merecem destaque, estão duas das principais filhas da matriarca Parla FIV AJJ, Jamaya da Di Gênio é Xarla FIV AJJ, a recordista do Elo de Raça 2021, Charleston FIV da Sabiá, doadora de beleza extrema, nobreza e volume de carcaça; a matriarca Melopeia TE Guadalupe, dentre tantas outras recordistas e campeãs que hoje se consagram como as grandes produtoras da raça. A Canaã hoje é referência em genética de qualidade, fornecendo genética superior aos quatro cantos do Brasil em seus 4 leilões próprios realizados anualmente, além de ser um dos promotores do tradicional Leilão Elo de Raça.

XARLA FIV AJJ - AJJ 4658

RIMA FIV CAPOLAVORO X PARLA FIV AJJ (BITELO DA SS)


Nelore Canaã +55 (16) 3375 9700 fazendacanaa@grupobandeirantes.com.br instagram agropcanaa www.agropecuarialeopoldino.com.br

CHARLESTON FIV DA SABIÁ - SAB B8546

BIG BEN SN X SALINAS TE DA SABIÁ (BASCO SM)

MELOPEIA GUADALUPE - FGP2753 BITELO SS X MAREA I TE (1646 DA MN)

PREDILETA DA SANTAREM - OEMC832 BASCO SM X GRANDIOSA 9 MARATHAÍ (BITELO SS)

BASCO DA SM X MARLIN DA COMAPI (BIG BEN SN)

ESPN MANSÃO - ESPN2970 BASCO SM X ENDDY TE DA FORT VR (BIG BEN SN)

GUAPA FIV AL CANAÃ - NFHC775 LANDAU DA DI GENIO X IZABELLA FIV FORT VR (ENLEVO MORUNG.)

MARLIN XI FIV AGROZ - AGRZ910

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O peso da genética Nelore Com uma genética focada na pecuária de ciclo curto, a Carpa Serrana seleciona animais funcionais e de grande desempenho, adotando para isso as mais modernas ferramentas de seleção Uma das grandes lideranças da pecuária zebuína no Brasil, Eduardo Biagi, o Duda, comanda a Carpa Serrana, criatório localizado em Serrana/SP, há cinco décadas sempre buscando inovações capazes de garantir a evolução genética da raça Nelore. Engenheiro agrônomo por formação, Duda vem dando continuidade à tradição da família Biagi, que atua no setor sucroalcooleiro desde a década de 1930, mas a paixão pela pecuária fez com que ele se dedicasse também à seleção de zebu. Na Carpa Serrana, trabalha com foco na busca incessante por animais funcionais e de grande desempenho. É uma seleção norteada por abates técnicos desde a década de 90, por muitas conquistas nas pistas de julgamento e com aplicação na prática da genética selecionada já que conta também com um rebanho comercial, sendo grandes produtores de bezerros em Barra do Garças/MT. Para acompanhar as mudanças na pecuária de corte nas últimas décadas, a Carpa levou a inovação tecnológica para seus pastos. Investe não só no melhoramento animal, mas também em pastagens de qualidade, em uma nutrição precisa. A Carpa vem utilizando as técnicas mais modernas e se reinventando sempre, e isso contribui para manter o seu plantel em destaque. Um fato marcante na história da Carpa sem sombra de dúvida, foi a matriz Gaorina TE da Fazendinha, filha do Panagpur Al. Pauliceia na Tessera da Semawi (4919 da MN). Ela nasceu no criatório há mais de 20 anos e foi vendida para a Jatobá em 2001, no Leilão Elo de Raça. É um animal símbolo de consistência genética com mais de 200 filhos nascidos, e que fez história em sua nova casa. Produzindo descendentes com ex-

celência genética consagrada nas pistas através de seus filhos super premiados. Dentre eles, está a matriz de beleza racial ímpar, Enfezada do Mura (Big Ben da S. Nice), que produziu outro destaque no cenário nacional, Jolie FIV do Mura (Pentacampeã Melhor Matriz Nelore do ranking da ACNB, premiada consecutivamente nos cinco últimos anos e recordista nacional de preços em leilões virtuais da raça). Graças aos avanços da ciência, a genética da Gaorina voltou para a Carpa multiplicada por cinco. Seus clones Gaorina 1 TN do Mura, Gaorina 2 TN do Mura, Gaorina 3 TN do Mura, Gaorina 4 TN do Mura e Gaorina 6 TN do Mura trazem a certeza de que a Carpa continuará produzindo animais com consistência genética e grande desempenho, ajudando a fortalecer a raça Nelore no Brasil. O trabalho de Duda Biagi também teve grande repercussão no meio pecuário. Presidiu a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), tendo com um dos destaques de suas gestões a criação do Ranking Nacional do Nelore. Também atuou como diretor e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), contribuindo decisivamente para a consolidação do Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ) e na defesa dos direitos dos pecuaristas. Sua atuação à frente dessas duas associações de peso consagrou-o como uma liderança importante do agro. Casado com a Solange Biagi, com quem tem dois filhos, os gêmeos Victor e Marco, Duda divide sua paixão pela pecuária com a família. Sua esposa é uma apaixonada por cavalos. Já seus filhos estão à frente do conceituado criatório Sindi Don.

GAORINA TE DA FAZ (EBOFF8899) PANAGPUR AL. PAULICEIA X TESSERA DA SEMAWI (4919 DA MN)

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Eduardo Biagi Fazenda Fazendinha - Serrana/SP | +55 (16) 3987-9003 Fazenda Cibrapa - Barra do Garças/MT | +55 (66) 3442-1900 contato@carpaserrana.com.br www.carpaserrana.com.br| instagram @carpaserrana

CLONES

GAORINA 1 TN DO MURA GAORINA 2 TN DO MURA GAORINA 3 TN DO MURA GAORINA 4 TN DO MURA GAORINA 6 TN DO MURA

ENFEZADA DO MURA (MURA495) BIG BEN DA SN X GAORINA TE DA FAZENDINHA

JOLIE FIV DO MURA (MURA4165)

BASCO DA SM X ENFEZADA DO MURA 145


Consagração nas pistas CASS Nelore coleciona prêmios em exposições com seus animais de genética refinada Atuando na pecuária desde a década de 1990, Cassiano Terra Simão deu início à sua seleção de Nelore padrão, em 2004, na Fazenda Sant´Anna do Rio Abaixo, em Jacareí. O plantel da marca CASS Nelore teve em sua formação animais e prenhezes de alto valor genético, oriundos de famílias consagradas da raça. Isso permitiu identificar e multiplicar, por meio das mais modernas ferramentas de seleção, exemplares de alto valor genético. Hoje, o rebanho Nelore está concentrado na fazenda Porto Velho, no município de Boa Esperança do Sul/SP. O criatório prioriza um Nelore funcional e bem padronizado racialmente. A CASS Nelore participa do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) adotando critérios rigorosos tanto nos acasalamentos quanto nas demais fases de desenvolvimento dos animais. Isso inclui cuidados com o manejo nutricional e o bem-estar animal. Os resultados vêm sendo alcançados nas pistas e no campo. A CASS Nelore foi o lar da consagrada matriz Flagra TE SJ Cocal (Big Ben da SN x Exuberant TE da Sabiá), uma doadora com produção consistente que é mãe de diversos animais de destaque. A matriz é neta da Bi Grande Campeã da ExpoZebu, Ryatna da Sabiá, e tem na sua genealogia verdadeiros símbolos da raça como Big Ben, Fajardo, Visual, Evarú, Karvadi, Panagpur, Gim, Ludy, Legat, Iguaçu, Taj I, e Taj Mahal. Flagra TE SJ Cocal foi coroada 13 vezes como Grande Campeã e Bi Campeã Melhor Fêmea Adulta nos Ranking Nacional e regional São Paulo, ambos promovidos pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, de 2006/2007 e 2007/2008. E, ainda, Reservada Campeã Nacional ExpoZebu e Expoinel em 2007. A raça nelore perdeu esse grande ícone em agosto de 2019. Ela deixou em seus descendentes e em seus clones a continuação de um grande legado. Um exemplo é sua descendente direta Relíquia FIV CASS, que é irmã própria do touro Mistério FIV CASS, líder de comercialização de sêmen e teve uma brilhante carreira em pista. Relíquia possuí uma estrutura corporal que faz jus à sua linhagem. Uma rês chique que pude conhecê-la pessoalmente na CASS Nelore durante uma visita ao criatório.

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Com certeza será uma importante sucessora de sua mãe. Com uma produção expressiva de doadoras, a CASS Nelore vem alcançando sucesso também nas pistas de julgamento, figurando atualmente como um dos rebanhos de maior destaque na pecuária de elite. Os animais são preparados por uma equipe especializada e multidisciplinar para competir e abrilhantar as pistas do País. A CASS Nelore acumula vários prêmios em exposições, figurando com destaque no Ranking Nacional da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Em sua primeira participação em pista, levou para casa o título de Grande Campeã com a famosa e consagrada Flagra TE SJ Cocal. Em 2016, ela confirmou sua qualidade, recebendo a Medalha de Bronze na categoria nacional Melhor Matriz Nelore durante o Nelore Fest. Naquele mesmo ano, a CASS recebeu Medalha de Prata na categoria Melhor Criador Nelore e a Medalha de Ouro Melhor Criador Nelore no Ranking Regional de São Paulo. Pela copa Pradipisingh 2015/2016, recebeu Medalha de Ouro Melhor Expositor Nelore e Medalha de Ouro Melhor Criador Nelore. A CASS ainda levou a Medalha de Ouro Melhor Reprodutor Nova Geração e Medalha de Bronze Melhor Reprodutor Nelore com o touro Nasik FIV Perboni. Todas essas premiações, e muitas outras acumuladas nesses 16 anos de trabalho dedicado e sério, são resultado de investimento, paixão pela raça e uma equipe afinada com os objetivos de seleção. Com o apoio da esposa Patrícia Tressoldi Simão e das filhas Rebeca, Catarina e Isadora. Cassiano concilia o amor pelas pistas e pelo Nelore com a paixão por cavalos. No consagrado Haras CASS Mangalarga, localizado na fazenda Jardim, em São José dos Campos/SP, O selecionador conquistou importantes premiações individuais com seus expressivos exemplares resultando na tão almejada premiação do Ranking Nacional da ABCCRM de Melhor Criador 2018 e 2019 e Melhor Expositor em 2016, 2017, 2018 e 2019. Cassiano também é empresário da construção civil. Um empreendedor em vários setores que com muita determinação e seriedade vem ajudando a consolidar o Nelore na pecuária nacional.


CASS NELORE Boa Esperança do Sul - SP +55 (16) 3326-8192 | +55 (34) 9118-8425 zootecnista@cassnelore.com.br | www.cassnelore.com.br

RELÍQUIA FIV CASS CASS 2334 FLAGRA TE SJ COCAL X KAYAK TE MAFRA

MÃE

MISTÉRIO FIV CASS (CASS1957) FLAGRA TE SJ COCAL X KAYAK TE MAFRA

FLAGRA TE SJ COCAL (COC668)

BIG BEN DA SANTA NICE X EXUBERANTE TE DA SABIA 147


Nelore moderno e produtivo Com larga experiência na seleção de zebu, o NeloreCEN firma-se no mercado como grande fornecedor de genética bovina que vem mostrando excelentes resultados a campo Criador da raça Nelore há mais de 50 anos, o plantel NeloreCEN alicerça suas raízes entre o perfeito equilíbrio de genótipo e fenótipo. A sua seleção tem como objetivo manter as características naturais do Nelore, como rusticidade, facilidade de parto, vacas com tetas pequenas e com leite suficiente para desmamar bezerros pesados e sadios. Rusticidade: Os animais têm que estar perfeitamente adaptados ao meio ambiente, não necessitando tratamento ou suplementações diferenciadas, sendo assim, criados e recriados a pasto somente com a suplementação proteica necessária. Fertilidade: Estabelecermos uma estação de monta de 70 dias. Após a estação, todas as fêmeas vazias são descartadas. Habilidade materna: Todos os anos são eliminadas as vacas que desmamaram os bezerros mais leves! São selecionados para reposição as bezerras mais pesadas a desmama.

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Somente bezerros que atingem pesos excepcionais à desmama (em regime exclusivo de pasto), sem creep, são considerados como possíveis touros para a fazenda. Conformação: Todos os animais são avaliados ao ano e ao soberano, para características raciais, aprumos, umbigo e temperamento. O animal ideal para o criador Carlos Eduardo Novaes, detentor da marca CEN, é aquele de porte médio, comprido, muito profundo, musculoso e de fácil acabamento. Esses são os principios que sempre nortearam o seu trabalho. Que além de preconizar as características da raça, utiliza preferencialmente touros do próprio plantel e não mais que 10 a 15% de animais de outros criadores, o que mantém uma variabilidade genética e características que complementam o seu trabalho de seleção.


NELORE CEN +55 (11) 3071-4047 | +55 (11) 3071-4205 | +55 11 94893-3555 cen@nelorecen.com.br Facebook e Instagram: @nelore_cen www.nelorecen.com.br

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Fernando Roca: pecuarista por linhagem Titular da Cabaña Chorobi e da Cabaña Parabanó, ele seleciona Nelore e Nelore Mocho com excelência e pioneirismo na Bolívia Os caminhos da paixão pelo Nelore foram ensinados a Luís Fernando Roca Pena pela mãe, a pecuarista Nancy Pena de Roca, e pelo pai, Carlos Roca Agüilera. O boliviano está à frente do tradicional criatório Chorobi e da Cabaña Parabanó dando continuidade, com afinco, o trabalho de seleção da família e mantendo os mesmos pilares deixados por seus pais: um Nelore dócil, equilibrado e de ótima performance zootécnica. A pecuária faz parte da vida de Fernando Roca desde sempre. Já são mais de cinco décadas e sem nenhuma decepção; pelo contrário, sempre com a maior paixão e isso nunca foi sacrificante ou forçado. É que ser pecuarista está em seu DNA. Sua saudosa mãe Nancy Pena de Roca descende de uma família de pecuaris-

BRINKSA

EXCEPTION BM X MARISOL

KOURNIKOVA

FESTEIRO X MARISOL 150

tas e foi a primeira representante das mulheres do agro em seu país. Em 1994, foi a primeira mulher a associar-se à Asocebú (Associação Boliviana de Criadores de Zebu) e até hoje figura como a única mulher a ser premiada com títulos por reconhecimento de seu trabalho em prol da raça Nelore em três países diferentes. Ela recebeu o Zebu de Oro em 2008 (Bolívia), Mérito ABCZ em 2012 (Brasil) e o Glorius Nandi em 2016 (Índia). Nancy e o marido Carlos Roca fundaram a Cabaña Chorobi. Os dois tiveram forte atuação em defesa dos direitos dos criadores bolivianos. Carlos foi sócio fundador e presidente da Asocebú entre os anos de 1988 e 1990. No Brasil, teve seu trabalho reconhecido pela ABCZ ao receber o Mérito

BURKINA

HAJARAN MAT X MARISOL

MACEDONIA

MISSONI X MARISOL


Chorobi Santa Cruz – Bolívia Facebook @cabanachorobi Waths +591 69052030 | cabachorobi@gmail.com

Fotos Rubens Ferreira

MARISOL DE CHOROBI REGENTE E. PRETO X NOTAKIA DE CHOROBI

MARISOL II

BITELO DS X MARISOL

PIGGY HELÍACO X MARISOL 151


ABCZ Seguindo os passos do pai, Fernando também presidiu a Asocebú na gestão 2006/2008. A Cabana Chorobi mantém até hoje o lema de seus fundadores, que é a produção de um Nelore dócil, equilibrado e de ótima performance zootécnica, priorizando o bem-estar animal. A propriedade fica localizada a 29 quilômetros de Santa Cruz de la Sierra, centro comercial da Bolívia. A genética da Chorobi teve um grande impulso em 1969 quando Carlos introduziu no rebanho um gado provindo da Fazenda Cachoeira 2C, da família Garcia Cid. Posteriormente outras linhagens, tais como do genearca Taj Mahal, e de importantes criatórios brasileiros de Nelore e Nelore Mocho, dentre eles Naviraí e OB, foram sendo incorporadas aos poucos. Desde 1987, a variação mocha representa aproximadamente 10% do efetivo plantel. Das 1200 matrizes que estavam na Santa Anita, primeira propriedade adquirida pela família, 45 foram apartadas para montar o rebanho da Chorobi, além de 2 touros descendentes de Vijaya Nayarama e Karvadi também participaram da mudança e mais 16 vacas puras Guzerá. O rebanho da Chorobi participa do Controle de Desenvolvi-

AVENGER FIV DE CHOROBI

VENCIUS RG X KRINA DE PARABANÓ

FUTURA DE CHOROBI

FUNK SAUSALITO X KRINA DE PARABANÓ 152

mento Ponderal (CDP) da Asocebú desde a sua fundação. Desde 2006, também participa do programa de melhoramento genético da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP). O mesmo é feito com o rebanho da Cabaña Parabanó. Sendo tudo muito controlado e medido para que consiga no final uma pecuária de baixo custo e com a infraestrutura necessária para produzir a genética que o mercado exige. Funcionalidade é outro quesito básico na seleção Chorobi e Parabanó. Na minha assessoria, orientei e foi acatado que a maioria do rebanho tenha classificação top ou elite, descartando bezerros e matrizes não funcionais e problemáticas. Fernando acredita que manejando bem o Nelore, acostumando-se aos seus hábitos, os animais respondem bem. A Cabaña Parabanó foi adquirida em 2012 e é um sonho realizado de Fernando, que sempre desejou um dia adquiri-la. O Nelore Parabanó tinha uma história de 24 anos de rigor acadêmico, localizada numa região privilegiada, um verdadeiro paraíso terrestre. O nome da fazenda é o mesmo da região onde está situada, a 110 km a sudoeste de Santa Cruz. Lá, existe uma combinação perfeita de uma vegetação tropical com o início da cadeia montanhosa dos Andes, o que proporciona um clima agradável, temperado e que seria mais propício para um gado europeu. Mas como o Nelore é uma máquina de produzir bezerros e carne a baixo custo de produção mesmo em regiões de clima adverso, a Parabanó vem obtendo sucesso. O trabalho de seleção genética teve como base o rebanho comprado juntamente com as terras. Atualmente, são 1200 matrizes Nelore na Parabanó, descendentes de 85 touros bolivianos e brasileiros, usados em inseminação ou na transferência de embriões, além das compradas em leilões. Foi montado um sistema de trabalho nos mesmos moldes da Chorobi. Fernando mantém as mesmas ideologias defendidas por seus pais, o que tem funcionado muito bem, ou seja: simplicidade, ética e trabalho, muito trabalho, sobretudo em equipe.

FUTURA II FIV DE CHOROBI

RESINADO OB X KRINA DE PARABANÓ


Chorobi Santa Cruz – Bolívia Facebook @cabanachorobi Waths +591 69052030 | cabachorobi@gmail.com

KRINA DE PARABANÓ JAMBO DE J.GALERA X DOÑA ELSA DE PARABANÓ

JENIFER FIV DE CHOROBI

VENCIUS RG X KRINA DE PARABANÓ

MEGAN FIV DE CHOROBI VENCIUS RG X KRINA DE PARABANÓ 153


Referência de qualidade na Bolívia A Cabaña El Trébol seleciona Nelore e Nelore Mocho e vem colecionando sucessos nas pistas de julgamento A genética zebuína selecionada na Bolívia vem conquistando o mercado internacional por conta do criterioso trabalho de seleção em andamento no país. A Cabaña El Trébol representa bem essa realidade. Fundado em 1987 por Don Mario Anglarill Salvatierra, em Santa Cruz de la Sierra, o criatório iniciou suas atividades com a compra de um rebanho Nelore PO ao adquirir 100 matrizes de amigos pecuaristas bolivianos, sendo boa parte advinda da família Roca Peña. Atualmente, a marca AS, cujo rebanho é composto por animais Nelore e Nelore Mocho, é comandada por Mario Ignacio Anglarill Serrate, que atualmente preside a Asocebu e com muita dedicação vem dando continuidade ao trabalho de seleção iniciado por seu pai, Don Mario. A evolução da Cabaña El Treból é o resultado de uma seleção rigorosa, critérios e visão produtiva, com o uso das principais tecnologia disponíveis como avaliações genéticas com os programas ANCP, PMGZ, CLARIFIDE Nelore 2.0 (genômica) e rastreabilidade eletrônica em 100% dos animais. Essa evolução genética vem sendo constatada nas exposições. Desde 2004, a Cabaña EL Trébol participa de disputas pelo Ranking Nacional. A consagrada matriarca Aeromoza TE de EL Trébol (Chiva da Nelore x Figura) integrou o time de pista da Cabaña EL Trébol e é sem dúvida uma das melhores fêmeas padrão da sua época. Ela foi Grande Campeã Nacional na Exponorte 2008. Uma das mais importantes matriarcas da seleção com uma trajetória e força genética provada, matriz de muita consistência, provando ser uma excelente mãe, avó e bisavó

MAGIA FIV DE EL TRÉBOL

BITELO DS X GEORGINA FIV DE EL TRÉBOL 154

com resultados excelentes com diferentes reprodutores: Com o Basco de Naviraí, Aeromoza produziu o Fiat FIV de EL Trébol que conquistou a importante premiação de Grande Campeão Nacional da Raça Nelore durante a Fexpocruz de 2012. Com o Gandhi PO da NI, a Frangeli FIV de EL Trébol, e com o Nullkar J.Galera, a Georgina FIV de EL Trébol. Georgina é uma das grandes sucessoras da Aeromoza. Assim como sua mãe, seus descendentes compõem o time principal de pista com excelentes resultados: Com Bitelo DS, Georgina produziu Magia FIV de EL Trébol, que produziu uma bezerra que é a grande aposta da nova geração do time de pista do criatório, filha do Navarro de Naviraí. Em 2013, o trabalho da Cabaña EL Trébol recebeu o reconhecimento da Associação Brasileira dos Criadores de Nelore (ACNB), que concedeu merecida homenagem na categoria Internacional, durante a Nelore Fest. No mesmo ano, conquistou o Ranking Nacional de “Melhor Criador e Expositor Nacional”. De lá para cá tem conquistado outras grandes premiações nas exposições. Mustang FIV EL Trébol sagrou-se Grande Campeão Nelore Nacional e Melhor Macho Adulto da Raça Nelore pelo Ranking Nacional Asocebu em 2015-2016. Já Operativo FIV de EL Trébol foi Reservado Grande Campeão na Fexpocruz 2018. Melany FIV de El Trébol foi Reservada Grande Campeã na Fexpocruz 2018 e Akerman FIV de EL Trébol sagrou-se Grande Campeã na Fexpocruz 2019. Essas e outras conquistas são resultado do rigoriso trabalho de seleção e a aposta nas mais modernas tecnologias.

ZEYNEP FIV DE EL TRÉBOL

NAVARRO DE NAVIRAÍ X MAGIA FIV DE EL TRÉBOL


Cabaña El Trébol Dr. Denis Prata +591 76356440 dprata@ganaderiaeltrebol.com

CABAÑA CABAÑA

Aeromoza TE de EL Trébol CHIVA DA NELORE NELO X FIGURA LS (BIG BEN SN)

FIAT FIV DE EL TRÉBOL

BASCO DE NAVIRAÍ X AEROMOZA TE DE EL TRÉBOL

GEORGINA FIV DE EL TRÉBOL

NULLKAR J.GALERA X AEROMOZA TE DE EL TRÉBOL 155


Zebu e pasto: combinação perfeita O Nelore Heringer alia genética de ponta com pastagens bem adubadas e cuidados sanitários para produzir animais de excelente performance a campo Solo fértil para a criação de uma das maiores raças bovinas do mundo, a Fazenda Paraíso, em Vila Velha/ES, é a casa do Nelore Heringer, criatório referência na seleção de Nelore no Espírito Santo. Com um intenso trabalho de nutrição, manejo e melhoramento genético, o selecionador Dalton Dias Heringer vem se destacando a cada ano, na criação e seleção do zebu. O criatório tem mais de 20 mil animais, criados a campo, manejados em pastagens adubadas e com 100% de inseminação artificial. O rebanho é avaliado pelos melhores programas de melhoramento genético do país, tornando-se referência na produção de reprodutores e matrizes de alta qualidade genética na atualidade. Em 29021, o Nelore Heringer figurou entre os maiores vendedores de touros do país, conforme apontou levantamento feito pela revista AG sobre os 50 maiores vendedores de touros de raças zebuínas do Brasil. O Nelore Heringer ocupa a 5ª posição neste Ranking Nacional. Nas exposições, o criatório vem liderando há muitos anos o Ranking Regional de Melhor Criador e Melhor Expositor do Espírito Santo. Conquistou recentemente a etapa Colatina (ES) do Circuito Nacional Nelore de Qualidade, na Categoria Medalha de Ouro, Melhor Lote de Carcaças de Machos, mantendo-se na liderança e aguarda ansiosamente pelo resultado final de 2021. A genética lapidada na Fazenda Paraíso é mais bem expressada no rebanho por conta de um criterioso planejamento nutricional. Um dos principais diferenciais da Nelore Heringer é tratar a pastagem como cultura. Com 100% das áreas de pastagens adubadas, é desenvolvido um trabalho de acompanhamento da fertilidade de solo, onde através de um planejamento prévio em função do clima, lotação desejada e sistema de criação (cria, recria ou engorda) é

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definida uma estratégia de adubação anual. Isso permite pastagens de excelente qualidade com uma produtividade muito expressiva. Outro ponto é a possibilidade de renovar a pastagem com baixo custo, através do Programa Heringer de Renovação/Formação de pastagens. Grande parte das áreas do criatório estão localizadas em regiões de topografia acidentada, com limitações de mecanização e preparo de solo para formação dos pastos. Para isso, com o apoio da Fertilizantes Heringer, aprimorou-se uma técnica de plantar a pastagem via plantio direto na palha com adubação de formação adequada. Nas Fazendas Heringer, a espécie predominante é a Brachiaria brizantha cv. Marandu (braquiarão). Um motivo de orgulho da seleção Heringer é o fato de seus bezerros serem vendidos para várias partes do país, comprovando ainda mais a qualidade do Nelore Heringer. A capacitação técnica de toda a equipe de campo é outro diferencial do criatório. Os colaboradores passam por treinamentos nas áreas de manejo de pastagens, sanidade, escrituração, nutrição, dentre outros. Todos os trabalhos desenvolvidos pelo Nelore Heringer comprovam o compromisso do criatório com a evolução da pecuária nacional. Isso é a garantia de uma pecuária eficiente e econômica. Entre os destaques do Nelore Heringer está o Touro Jovem Heringer Xaveco FIV, ele é filho do Kayak x Heringer Sonnatta (Missoni Guadalupe), conquistou nas duas primeiras exposições da qual participou o título de Reservado Grande Campeão da Exponel Vila Vilha e da Expo Reginal do ES, e em Uberlândia, numa concorrida pista classificou como 3º Melhor Touro Jovem e está sendo preparado para Expoinel Nacional em Uberaba, entre as fêmeas, destaque para a Heringer Aloha FIV, filha do Kayak x Heringer Embaixadora FIV (Big Ben SN) e a Heringer Madalena que é filha do 7308/04 PO Perdizes x Meroina da Cancela (Bitelo SS).


Fazenda Heringer nelore@fazendaheringer.com +55 (27) 2122 2249 +55 27 99890-0330 www.neloreheringer.com Instagram: @nelore.heringer Facebook: @fazendasheringer

HERINGER XAVECO FIV KAYAK TE MAFRA X HERINGER SONNATTA FIV (MISSONI GUADALUPE) FHGN A2026

HERINGER ALOHA FIV FHGN A3194 KAYAK TE MAFRA X HERINGER EMBAIXADORA FIV (BIG BEN SN)

HERINGER MADALENA FHGN 4517 7308/04 PO PERDIZES X MEROINA CANCELA (BITELO SS) 157


Nelore Ibaneis: investimento de sucesso Filho de piauienses, Ibaneis Rocha Barros Júnior vem construindo um sólido rebanho de Nelore, que apesar de recente, já traz muitos destaques da raça A experiência na pecuária de corte comercial possibilitou ao criador e advogado brasiliense, Ibaneis Rocha Barros Júnior, empreender com sucesso na seleção da raça Nelore. Os cinco primeiros animais puros adquiridos foram em 2019, no leilão SAMPA, dando início ao criatório Nelore Ibaneis. Desde então, vem investindo firmemente em genética melhoradora e adquirindo animais dos principais criatórios. O plantel de elite conta com cerca de 230 animais PO e está concentrado em Uberaba/MG, na Fazenda Monte Verde, arrendada desde 2020. Em Corrente/PI, estão suas duas fazendas. Todo o rebanho de corte está concentrado na Fazenda Lagoa das Bravas e na Fazenda Vale Verdes. São aproximadamente oito mil cabeças de gado. Além da pecuária de corte e seletiva, há a criação de carneiro de corte no Piauí. Na linha de sucessão, estão Caio e João Pedro Carvalho Barros, segunda geração da família. Caio, também advogado, já atua no negócio, dando suporte ao pai que tem uma agenda concorrida e divide o tempo entre a advocacia e a pecuária. O filho João Pedro, apesar de muito jovem, já começa a participar das atividades. A expectativa é de que Matheus, o mais novo dos irmãos e ainda criança, também seja um apaixonado pelo Nelore. Ibaneis já promoveu dois remates. O último deles aconteceu durante a Expoinel Minas/21, um sucesso de vendas, com lotes arrematados a valores acima de R$ 300 mil e a presença de criadores e astros da música sertaneja. Um dos destaques do Nelore Ibaneis é a fêmea Alessandra das Bravas, um dos primeiros animais nascidos no criatório. Ela é filha do Kayak TE Mafra na Harmonia FIV Santa Cruz (Bitelo da SS). Na pri-

meira exposição da qual o criador participou, na Expo Rio Preto 2020, conquistou a primeira premiação: Primeiro prêmio em São José do Rio Preto/20 com Alessandra das Bravas. Estão entre os destaques no plantel do Ibaneis, quatro filhas diretas da matriz acima de todos os recordes, Parla FIV AJJ: Parla I FIV TAJ, filha de Landau da Di Genio; Jandaia FIV Cass, filha do Big Ben da SN; Aruna FIV Ibanies com o Mistério FIV Cass; e a Francesca FIV M. Verde, filha do Rambo da MN. São matrizes diferenciadas que reúnem consistência, fenótipo e funcionalidade. Outra crioula destaque do Nelore Ibaneis é Aurora FIV Ibaneis, filha do Kayak em Izabella FIV Fort (Enlevo da Morung.), uma bezerra da geração 2020 que carrega em sua expressão muita beleza racial. Já Thabata FIV Monte Verde, da geração 2014, é filha do Bitello da SS na Zacha TE QG Arataú (1646 MN), sendo Reservada Campeã Fêmea Jovem da Expozebu/16. Já a matriz Bandhini FIV do Sabiá é da geração 2012 e uma doadora de muita fertilidade e de ótima habilidade materna. Ela é filha do Bitelo da DS na grande matriarca Beluga TE da Sabiá (Fajardo da GB). Outra da linhagem da Sabiá é a Dhalas FIV da Sabiá, filha do Kayak TE Mafra em Califórnia da Sabiá (Bvulgari TE da Sabiá), importante matriz da geração 2017. Destaque também para Habena I FIV Bela Vista, que é filha do Kayak na Habena FIV da Farofa (Bitelo da SS), geração 2017. Ela foi consagrada Campeã Fêmea Jovem na Expo PortoBello/20. Elyse Ourofino, filha do Landau da Di Genio na Fabulosa (Basco da SM), é da geração de 2019, e é um dos destaques do Nelore Ibaneis, foi consagrada Campeã Novilha Maior na Expoinel Minas/21.

JANDAIA FIV CASS (CASS 1517) BIG BEN DA SN X PARLA FIV AJJ (BITELO SS)

HABENA I FIV VISTA BELA (HLW 110) KAYAK TE MAFRA X HABENA FIV DA FAROFA (BITELO DA SS)

158


Nelore Ibaneis Uberaba/MG e Corrente/PI neloreibaneis@gmail.com Fone: +55 (61) 99625-4549 +55 (34)99818-2133

ALESSANDRA DAS BRAVAS IRBJ 400 KAYAK TE MAFRA X HARMONIA FIV SANTA CRUZ (BITELO SS)

DHALAS FIV DA SABIÁ (SAB C1952 ) KAYAK TE MAFRA X CALIFÓRNIA DA SABIÁ (BVULGARI TE DA SABIÁ)

ELYSE OUROFINO (OURO 3344 ) LANDAU DA DI GENIO X FABULOSA (BASCO DA SM) 159


Em cada geração um trabalho de seleção A história de uma genética marcante pautado no Nelore Forte em produtividade Tudo começou em 1906 quando meu avô Rodolfo Machado Borges responsável pela seleção da Marca R, iniciada com animais importados da Índia e que foram expostos pela primeira vez em Uberaba. Em, 1935 o primeiro Grande Campeonato da Marca R com a raça Nelore, na ocasião com o reprodutor Guarujá Importado (RGD6), trabalho esse iniciado por meu pai, Arnaldo Machado Borges, em 1948. E em 1980 iniciei a criação na fazenda Ipê Ouro que recentemente completamos 40 anos da marca. Quando iniciei a seleção na Ipê Ouro, eu recém-formado, mas já atuando como membro do conselho deliberativo técnico da raça Gir. E a quarta geração iniciada em 2006 com meu filho João Marcos C. Machado Borges, reforçando o time e trabalhando juntamente comigo na Ipê Ouro Genética e também nos trabalhos de assessoria, assim como eu, ele vem pautado nos ensinamos deixados por meu avô. Juntos, inserimos na seleção genética dos tradicionais rebanhos como: VR, Brumado, Nova Índia, I.Z. e Mundo Novo. Procuramos preservar as características naturais da raça Nelore como a rusticidade, fertilidade, habilidade materna, temperamento e precocidade no acabamento da carcaça com desenvolvimento equilibrado. Tivemos nosso rebanho pioneiro no programa de Avaliação Genética ABCZ/EMBRAPA e na utilização de Fecundação in vitro (FIV) em matrizes de alto valor genético. Devido a isso, a seleção Ipê Ouro, na terceira e quarta gerações da MARCA R, produziu importantes raçadores: Gandhi (1995), Indico (2007), Jhelum (2008), Mofarrej (2010), Najar (2011) e Gandhi I TN Ipê Ouro (2013). E, no ano de muitas comemorações, na qual comemorávamos os 90 anos da Marca “R”, nasceu Ranchi (1996) da linhagem Iguaçu, Ludy e 1646 da MN. Foi o verdadeiro marco desta seleção. Ranchi é filho do primeiro parto da matriz Opala Ipê Ouro. Linhagem materna três vezes Golias importado, genética nº1 em habilidade materna e precocidade de acabamento de carcaça. Ranchi teve uma promissora carreira de pista e esteve entre os dez melhores reprodutores da raça, sendo o mais jovem entre eles a produzir sêmen aos 17 meses de idade. Ao ser contratado pela CRV Lagoa em 2006 se destacou na produção de sêmen convencional e sexado ultrapassando em 2007, a marca de 400 mil doses produzidas, o que lhe rendeu o troféu Palheta de Ouro CRV Lagoa.

160

Um novo e importante marco na carreira de Ranchi foi a promissora parceria firmada com a Ouro Fino Genética em suas cotas, Ranchi foi um dos touros com o maior número de filhos nos programas de avaliação garantindo uma grande contribuição para as características de produtividade que lhe rendeu 91.978 filhos comunicados na ABCZ e 2.394 filhos comunicados à Asocebu Bolívia. Ranchi continua seu legado através de descendentes que estão entre os melhores Reprodutores e Matrizes tanto no Brasil quanto na Bolívia sendo destaques em pistas e provas e acumulam recordes de valorização. Para confirmar essa potencialidade genética, entre os destaques está a Bélgica I PO DA NI (Ranchi Ipê Ouro x Bélgica PO da NI) inigualável, foi Bi Grande Campeã Melhor Matriz do Ranking Nelore pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e tem sua genética preservada através de seu clone que não só se assemelha a ela em fenótipo, mas também em sua produção através da BELGICA TN1 de 2010. Destaco ainda a JUPIÁ III OURO FINO (Ranchi Ipê Ouro x Jupiá Guadalupe) consagrada Melhor Fêmea Jovem do Ranking Nacional; Ranchi brilhou no tradicional criatório da J.Galera com a MAHAHASH I TE J.GAL (Ranchi Ipê Ouro x Itália IV TE J.Galera); MAHAHASH II TE J.GAL (Ranchi Ipê Ouro x Itália IV TE J.Galera) que foi 15 vezes Campeã, seis vezes Grande Campeã e 12 vezes Campeã Progênie de Mãe; MAHARASHI IV TE J GALERA (Ranchi Ipê Ouro x Itália TE J. Galera); JAMBO TE VII J GALERA (RANCHI IPE OURO x FADAMY TE J.GALERA); HOCK TE BM DA FC (Ranchi Ipê Ouro x Tamaya BM da FC ) Grande Campeão Expoinel 2004; LONDRINA TE KUBERA (Ranchi Ipê Ouro x Betina da Sabiá (Ludy de Garça) LENKA TE MRC (Ranchi Ipê Ouro x Jatiuca NF da Eld. ); MILA CAMPINHA (Ranchi Ipê Ouro x Fawcett da Campininha); SEREIA TE DA QUIL (RANCHI IPE OURO x BULGARIA PO DA NI) ENERGETICA SANTA ELINA (Ranchi Ipê Ouro x Frota do Tamarineiro). Já no páis vizinho, na Bolívia entre os destaques estão: FAMA DE GUAYABA (Ranchi Ipê Ouro x Diosa de Gayaba ), e em vaca Bitelo Ranchi produziu Afgan TE Sausalito, campeão nas pistas e Melhor Macho adulto do Ranking Asocebu. Ranchi continua contribuindo para o melhoramento da raça transmitindo elevada confiabilidade ao Nelore vem imprimindo caracterização racial com características econômicas evidentes. É também um dos melhores avôs maternos da atualidade.


Fazenda IPÊ OURO Uberaba - MG +55 (34) 3314-9494 | +55 (34) 9 9118-9111 fazenda@ipeouro.com.br

RANCHI IPÊ OURO IPE 1384

MYKE DA COLONIAL X OPALA IPÊ OURO (1646 DA MN)

FILHA

BELGICA I PO DA NI (CNI 2493)

RANCHI IPÊ OURO X BÉLGICA PO DA NI

FILHA

BELGINA TN1 (RIMA 5651) RANCHI IPÊ OURO X BÉLGICA PO DA NI 161


FILHA

JUPIÁ III OURO FINO (OURO 464)

RANCHI IPÊ OURO X JUPIÁ GUADALUPE

FILHA

MAHAHASH I TE JGAL (JGAL 2034)

RANCHI IPÊ OURO X ITÁLIA IV TE J.GALERA

FILHA

LONDRINA TE KUBERA (ACF 935)

RANCHI IPÊ OURO X BETINA DA SABIÁ (LUDY DE GARÇA)

162

FILHA

LENKA TE MRC (MRC 1348 )

RANCHI IPÊ OURO X JATIUCA NF DA ELD.

FILHA

MAHAHASH II TE JGAL (JGAL 2036)

RANCHI IPÊ OURO X ITÁLIA IV TE J.GALERA

FILHA

MILA CAMPINHA (CAMI 807)

RANCHI IPÊ OURO X FAWCETT DA CAMPININHA (BITELO DA SS)


FILHA

FAMA DE GUAYABA

RANCHI IPÊ OURO X DIOSA DE GAYABA

FILHA

MAHARASHI IV TE J GALERA (JGAL 2039) RANCHI IPÊ OURO X ITÁLIA TE J. GALERA

FILHA

SEREIA TE DA QUIL. (QUI 1697) RANCHI IPE OURO x BULGARIA PO DA NI (PANAGPUR AL DA PAUL.)

FILHO

HOCK TE BM DA FC (BMFA 3567)

RANCHI IPÊ OURO X TAMAYA BM DA FC

FILHO

JAMBO TE VII J GALERA (JGAL 1145)

RANCHI IPE OURO x FADAMY TE J. GALERA (NAMBI MATA VELHA)

FILHA

ENERGETICA SANTA ELINA (YLY 179)

RANCHI IPÊ OURO X FROTA DA TAMAR.

163


Um dos mais consagrados touros da pecuária brasileira Landau da Di Genio é um dos reprodutores mais valorizados do mercado e tem impressionado pela qualidade de sua progênie. Um trabalho de seleção consiste na busca incessante pelo “animal perfeito”. Uma tarefa que hoje ganhou o auxílio de diversas tecnologias, permitindo identificar reprodutores de genética superior, como o touro Landau da Di Genio. De propriedade do condomínio formado por João Carlos Di Genio, do Nelore Di Genio, e Amândio Salomão, da Agropecuária Xuab, ele impressiona os pecuaristas do Brasil e do exterior pela qualidade de seus produtos. Descende de uma linhagem altamente consagrada dentro da raça Nelore: Rambo e Fajardo. Filho de Brado da SM em Dima da Di Genio alia esse pedigree a excelentes desempenhos e padrão racial, imprimindo essas características em suas progênies que têm se destacado pelo comprimento da carcaça e, principalmente, pela velocidade de ganho de peso. Além de consistência genética, possui abertura de sangue e ótima avaliação nos sumários: iABCZ: 11,11 DECA: 1, ANCP: TOP: 6% e MgTe: 18,85 e no Geneplus 07/2020 TOP 6% e IQG: 17,42. Com vários filhos em centrais, Landau têm produzido campeões nas provas de ganhos de peso. Sua progênie destaca-se em qualidade, equilíbrio e média de produção. Nas pistas, o touro já mostrou ser vitorioso, assim como seus filhos. Foi Campeão Nacional Touro Jovem ExpoZebu 2015 e Reservado Grande Campeão. Ganhou Medalha de Prata em

SOPHIE OUROFINO

OURO 2911 LANDAU DA DI GENIO X BRANCA FIV FCARAIBAS (BITELO DA SS) 164

três categorias do Ranking Nacional 2019 da ACNB: Melhor Reprodutor Nelore, Melhor Reprodutor Nova Geração Nelore e Melhor Reprodutor Nova Geração Nelore Mocho. Landau é a prova de que um trabalho criterioso de melhoramento e seleção resulta em uma produção de touros eficientes. Nasceu no criatório do Nelore Di Genio, fruto de acasalamento direcionado justamente para produzir promessas da raça. Com forte pressão de seleção em fertilidade e habilidade materna nas fêmeas, e circunferência escrotal e ganho de peso nos machos, a genética Di Genio mantém reprodutores em todas as principais centrais de inseminação do Brasil. Com o objetivo de produzir animais duplamente certificados, o criatório participa das principais provas nacionais de ganho em peso a pasto e dos programas de melhoramento genético PMGZ e CRV Lagoa. Todas essas características chamaram a atenção do mercado. Landau teve 50% das suas cotas adquiridas pelo selecionador Amândio Salomão, da Agropecuária Xuab, em 2018 no Elo de Raça com grande repercussão durante a ExpoZebu. Para a Xuab, Landau é um divisor de águas na raça Nelore. Ele vai bem de ponta a ponta, atendendo a todos os segmentos da pecuária. Já é um avô extraordinário, com suas filhas parindo excepcionalmente bem, com quantidade de leite. Suas progênies vêm alcançando recordes nos leilões.

IRIS-8 FIV DA VALONIA

JAA 5280 LANDAU DA DI GENIO X IRIS KATISPERA (BASCO DA SM)


Fazenda Di Genio Instagram: @neloredigenio www.fazendadigenio.com.br E-mail: fazdigenio@gmai.com +55 (18) 3704-2352| +55 (18) 3704-6132

Xuab Agropecuária Instagram: @xuabagropecuaria +55 (21) 2232-9641 | +55 (21) 97183-1305 e-mail : xuab@xuab.com.br

JCDG 4599

LANDAU DA DI GÊNIO BRADO D. MARINA X DIMA DA DI GENIO (FAJARDO DA GB)

OPOSITOR DA DI GENIO JCDG 8722 LANDAU DA DI GENIO X GAVINA DA DI GENIO (QUARK COL)

STAR FIV DO MURA MURA 12542 LANDAU DA DI GENIO X JOLIE FIV DO MURA (BASCO DA SM) 165


Nelore da Bolívia com toque brasileiro A história de sucesso do Nelore JDPS mostra que não existe fronteiras para o zebu de qualidade O pecuarista Jairo de Paula e Silva carrega o orgulho de ter nascido no Brasil e construído sua história na pecuária da Bolívia. Nascido em Paranaíba/MS e boliviano naturalizado, vem desenvolvendo no país vizinho um vasto empreendimento pecuário, sendo hoje um dos maiores produtores da Bolívia. A possibilidade de atuar na criação de gado surgiu há mais de uma década quando visitou o norte da Bolívia e ficou encantado com as possibilidades produtivas do local. Começou seu plantel adquirindo 400 novilhas da raça Nelore, em 2008. Até então, não tinha experiência com a criação de bovinos, o que o levou a formar uma equipe qualificada e a investir em tecnologia para multiplicar e apurar a genética. O trabalho de seleção prosperou e hoje a genética Nelore JDPS é referência internacional de qualidade e eficiência, o criatório possuí também uma fazenda vitrine em Uberaba/MG, Terra do Zebu, onde fica todo o gado de pista e leilões do Brasil. Nas diversas fazendas bolivianas, desenvolve uma pecuária extensiva a pasto. Além da pecuária seletiva, atua na cria, recria e engorda. O Nelore é a base do rebanho comercial, sendo ainda utilizado em cruzamentos com Angus. A inseminação artificial é utilizada em 100% da vacada, utilizando para isso os melhores touros brasileiros disponíveis no mercado. Com os investimentos em genética e tecnologia e uma grande equipe profissional, atinge uma produção de 30 mil bezerros de qualidade superior por ano. Tudo isso produzido dentro de uma filosofia de sustentabilidade. Toda água da chuva é captada para irrigação, quando necessária. Também investe em reprodutores melhoradores, tendo adquirido sociedade em vários exemplares considerados os principais raçadores dessa e das próximas gerações. Entre eles, está o recordista de

venda de sêmen, Urânio da EAO (REM USP x 8898 FIV da EAO), que traz total equilíbrio entre avaliação genética e fenótipo. Suas vendas se mantem em ascensão devido à qualidade de suas progênies, que se destacam em diversos rebanhos na América do Sul. É um animal com excelente padrão racial, costelas profundas e muita musculatura distribuída uniformemente em sua carcaça, tudo isso sustentado por ótimos aprumos. Já em suas avaliações genéticas Urânio possui excelentes DEPs para habilidade materna, desempenho, fertilidade e AOL. Nas pistas, o Nelore JDPS tem conquistado importantes premiações no Brasil e na Bolívia. Estão no time: o tricampeão boliviano Alfaro FIV Capiguara (Rambo MN x Thiana FIV Cap); Jamal FIV FNT (Basco SM x Bakiana FIV OJC), Grande Campeão da Expoinel Vila Velha/17; Turbianada-9 TE Guadalupe (1646 da MN x J.E.N Ilara), Melhor Matriz da Expoinel/19; Athina-III FIV Machadinho (Landau da Di Genio x Nalisha-I FIV Machadinho), terceira Melhor Fêmea Jovem do Ranking reginal do GO (2019/20); e em sociedade com o Fabiano Meno� a Paixão 2 FIV CMF, Campeã Novilha Menor, em Goiânia, São José do Rio Preto e Uberlândia/20, e Reservada Campeã Novilha Maior Expoinel Mineira, em Uberaba/21. Todo o trabalho é desenvolvido em família. Jairo conta com o apoio da esposa Geise Santana, que é grande empresária da moda brasileira, e de seus dois irmãos, Jânio e Jari, essenciais para a trajetória de ascensão da família. O filho Jairo Júnior, formado em Administração de Comércio Exterior, e a esposa Kelly Pereira de Paula, são braço direito de Jairo nos negócios. Já a filha Ane Caroline, que é médica cardiologista e trabalha em Marília/ SP, acompanha, apesar da distância, o vitorioso trabalho de seleção do Nelore JDPS.

TURBINADA-9 TE GUADALUPE (FGP5994) 1646 DA MN X J.E.N ILARA TE (BITELO DA SS.)

ATHINA-III FIV MACHADINHO (DIM8797) LANDAU DA DI GENIO X NALISHA-I FIV MACHADINHO (BASCO SM)

166


NELORE JDPS PUERTO SUAREZ – SANTA CRUZ + 591 716 39471 CAMPO GRANDE MS +55 67 99007 6689 UBERABA MG +55 69 9206-3894 SPJ_AGROPECUARIA@HOTMAIL.COM

JAMAL FIV FNT FNT 2959 BASCO SM X BAKIANA FIV OJC (ENVELO DA MORUNG.)

URÂNIO DA EAO (EAO A3671) REM USP X 8898 FIV DA EAO (NEVI DA EAO)

PAIXÃO 2 FIV CMF (CMF555) BASCO DA SM X MARANA 3 FIV PORT (BITELO DA SS) 167


Referência na linhagem Lemgruber A Fazenda Mundo Novo é referência na criação da raça Nelore com a produção de animais eficientes e dóceis, fruto de uma seleção bem direcionada. Se o Nelore é uma raça utilizada em larga escala no Brasil, o sucesso desse zebuíno é graças à seleção criteriosa que muitos realizam por aqui. Um exemplo é a centenária linhagem Lemgruber, selecionada pela família Penteado Cardoso na Fazenda Mundo Novo, em Uberaba/ MG. A origem dos primeiros animais Lemgruber remonta ao ano de 1878, quando desembarcavam no Brasil os primeiros Nelore (dois touros e duas vacas), vindos da Europa. Eles foram trazidos pelo industrial e fazendeiro Manoel Ubelhard Lemgruber (Manduca), que viu a raça no zoológico de Hamburgo, na Alemanha, e acreditou que poderia ser útil para o trabalho na sua fazenda de café, localizada na região de Nova Friburgo/RJ. A linhagem despertou o interesse da família Penteado Cardoso em 1974, quando o pesquisador e assessor, Engº Agrônomo Fausto Pereira Lima, recomendou a aquisição de animais Lemgruber, pois se encaixariam bem no projeto pecuário da Manah (companhia fundada pelo agrônomo Fernando Penteado Cardoso). Fausto tinha visto o gado bem rústico que era criado no cerrado, na propriedade do pecuarista Geraldo de Paula, em Curvelo/MG. A Os primeiros produtos nascidos no rebanho da Manah agradaram pelo desempenho a pasto e optou-se por adotar e fechar nesse sangue. Em 2001, os irmãos Fernando Filho e Eduardo Cardoso adquiriram todo o rebanho da Manah já que a empresa foi vendida para uma multinacional que não tinha interesse na parte de pecuária. Desde aquela época, eles vêm dando sequência ao trabalho de seleção da linhagem Lemgruber, em Uberaba/MG. Uma importante característica desta linhagem mantida fechada desde então é o choque de sangue que proporciona ao cruzar com outras linhagens de Nelore. Os animais são criados e selecionados exclusivamente a pasto. Quando ministrava um curso oferecido pela Associação de Criadores de Nelore do Brasil, em 1990, vi pela primeira vez um touro de campo

desta linhagem que me impressionou. Era o 1646 da MN, que hoje é um símbolo da raça por ser um ótimo representante da fertilidade e da docilidade dos animais criados a pasto. Na época, o indiquei para a bateria de touros da central Lagoa da Serra e para projetos que assessorava. Antes desse momento, a genética Lemgruber era muito criticada, pois alegavam ser fora dos padrões raciais, mas, depois dos resultados com 1646 da MN, contribuiu significativamente para o melhoramento da raça. Um levantamento feito em 2019 apontou que 59,2% dos touros Nelore disponíveis para comercialização nas Centrais de Inseminação Artificial, via sites, possuíam algum grau de sangue Lemgruber. O touro Mistério foi o primeiro animal adquirido da linhagem, em 1974 e o nascimento da sua progênie foi fundamental para a decisão de trabalhar com rebanho fechado. Além do já mencionado 1646 da MN, merecem destaques os touros Rambo da MN, que deu um enfoque mais técnico à linhagem Lemgruber, e Jamanta da MN, que vendeu cerca de 300 mil doses de sêmen e disseminou esse sangue por todo o Brasil. Esses reprodutores foram decisivos para a consagração da linhagem no país. Mais recentemente, despontou-se entre os animais do criatório o touro D4865 (Campeão) que vem se destacando nos sumários por suas avaliações genéticas. A Fazenda Mundo Novo produz tourinhos em larga escala buscando animais altamente adaptados às condições ambientais da pecuária brasileira, sendo rústicos, férteis, mansos, com maior velocidade de ganho de peso, com uma carcaça moderna e com outras características de importância econômica; mantendo sempre o padrão racial da raça Nelore. O criatório segue construindo essa história de sucesso com o empenho dos irmãos Eduardo Penteado Cardoso e Fernando Penteado Cardoso Filho, ambos engenheiros agrônomos. Tudo com a contribuição de Fernando Penteado Cardoso, que sempre será símbolo de inspiração e admiração.

RAMBO DA MN (I-1111) TANGO DA MN X A1359 DA MN (1171 - BARRANCO)

JAMANTA (MANA C2569) B8951 DA MN X B9370 DA MN (B680 DA MN)

168


NELORE LEMGRUBER UBERABA MG Eduardo Cardoso: epcardoso@fazendamundonovo.com - Fone (34)99113.5224 Daniel Gonçalves: drgoncalves@fazendamundonovo.com - Fone (34)99113.5219 www.instagram.com/faz.mundonovo

LBMN D4685 CAMPEÃO D4685 DA MN D1484 DA MN X D1342 DA MN (C4580 DA MN)

MISTÉRIO (7015) 2262-CACIQUE X D9050-CASA BRANCA

1646 DA MN (D7661) 1171-BARRANCO X HIALITA LAMU (GABILLAMU DA SC) 169


Família unida para o avanço do Nelore A Lucente Agropecuária é destaque nas exposições, na produção de doadoras e touros e no mercado de leilões, promovendo concorridos remates Sob o comando dos irmãos Cássio e Eduardo Lucente, a Lucente Agropecuária soube acompanhar a evolução da raça Nelore e do setor pecuário nas duas últimas décadas. De uma pequena gleba no Tocantins, adquirida em 1993 pelo pai, o saudoso senhor Francisco Lucente, onde desenvolviam apenas a pecuária comercial, o projeto foi ampliado, sendo atualmente ancorado em três pilares: genética, pista e produção de carne. A base genética que deu início ao plantel PO vem de um dos mais tradicionais criatórios de zebu do Brasil. Em 2000, adquiriram 100 fêmeas da fazenda Brumado, em Barretos/SP. Também foram adquiridos animais em tradicionais leilões da raça. Uma genética que passou a ser selecionada dentro de critérios rigorosos, avaliada pelo Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) e multiplicada por meio das mais modernas biotecnologias de reprodução. Com propriedades nos estados de Tocantins e de São Paulo, a Lucente Agropecuária concentra seu rebanho elite em Ibitiúva/SP. Já o plantel de jovens e consagradas doadoras fica em Barretos/SP. Em Paulo de Faria e no Tocantins é desenvolvida a pecuária extensiva, com aproximadamente 1400 matrizes para produção de touro PO e o gado comercial. Nos últimos cinco anos, o projeto vem sendo direcionado para intensificar o trabalho de seleção das doadoras de marca própria, aproveitando assim todo potencial genético do rebanho da Lucente Agropecuária. Para isso, a meta atual é produzir 600 prenhezes/ano. O trabalho vem permitindo a identificação de diversas doadoras dentro do próprio plantel. Uma delas é Domitila FIV LUC, que é cria da fazenda e uma matriz super provada em fertilidade e capaz de imprimir qualida-

DOMITILA FIV LUC 2L

PRI 2391 KAYAK TE MAFRA X DOMITILA FIV LUC 2L (BIG BEN DA SN) 170

de nas progênies. O criatório vem produzindo grandes indivíduos de destaque em pista e recordistas de comercialização. Unasta FIV de Garça, filha do Big Ben na Hasta TE, irmã da Hamina da MV, é outro destaque entre as doadoras, assim como Fathina TE Port, que é uma sociedade com a família Gibertoni. Ela é mãe de Grandes Campeãs Nacionais como a Fathina Machadinho, Julieta Cartago, dentre outras. Sempre apostando em inovações para alcançar o avanço genético do rebanho, a Lucente Agropecuária é pioneira no uso da clonagem. Em 2009, clonaram a doadora Flor de Liz, Grande Campeã no estado de Goiás. Ela é mãe do Grande Campeão Nacional, Flox TE da HP. Todos esses investimentos ajudaram a colocar a seleção da Lucente no hall dos mais importantes projetos pecuários do país na atualidade. O criatório é promotor de prestigiados leilões, dentre eles o Raça Forte e o Noite dos Campões. Nas pistas vem acumulando conquistas regionais e nacionais, inclusive figurando entre os melhores do Ranking Nacional da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Logo nas primeiras participações nas exposições ranqueadas, a Lucente fez a campeã Nacional, Ermida FIV LUC. A partir daí, outros destaques foram surgindo, como o Campeão Nacional, Barão FIV LUC, Mercedes FIV LUC, Domitila FIV LUC, Leide FIV LUC, Rubi FIV LUC, o Campeão Nacional Touro Jovem na Expoinel, Barão FIV LUC, Grande Campeão Nacional, Roque FIV Giber. Com o apoio e envolvimento da nova geração da família Lucente, certamente novas conquistas virão para coroar esse belo trabalho de seleção da raça Nelore.

J.E.N DOMITILA

EJN 910 BITELO SS X J.E.N BRUMA TE (FAJARDO DA GB)


CASSIO E EDUARDO LUCENTE +55 (16) 9 9161-7762 | +55 (16) 3957-2238 agropecuaria2l@gmail.com Instagram.com/lucenteagropecuaria

DOMITILA FIV LUC 2L PRI 777 BIG BEN SN X J.E.N DOMITILA (BITELO SS)

RUBI FIV LUC 2L PRI 2617 KAYAK TE MAFRA X DOMITILA FIV LUC 2L (BIG BEN DA SN)

ROQUE FIV GIBER GIBE 1316 TALENTO FIV BONY X LIAKA D RS I (HELÍACO DA JAVA) 171


Nelore Mara Móveis: Casa das Viatinas Criatório é o berço de uma das doadoras mais consagradas da raça Nelore e que vem confirmando seu potencial em suas descendentes O ano de 2010 marca a entrada do Nelore Mara Móveis na pecuária brasileira. O criatório consagrado pela genética da matriarca Viatina TE J. Gal está localizado no município de Terezópolis de Goiás, a 30 km da capital de Goiás. O começo foi com Nelore PO comercial e sempre em busca de animais com valor genético agregado. Com uma seleção criteriosa e o investimento em matrizes superiores, o criatório entrou para a pecuária de elite em 2013. Na época, adquiriu diversas genéticas, tendo em seu plantel importantes doadoras e famílias consagradas como: Marea V TE, Fada da Caparão, Parla FIV AJJ, Hamina FIV da MV, porém a família de destaque que se consagrou no plantel foi da Bi Campeã Nacional Ryatna MJ do Sabiá, com a Viatina TE J. Galera. Em 2014, o criatório adquiriu no Leilão de Liquidação Plantel Elite Nelore Fama a matriarca Viatina, pouco conhecida na época, marcando uma importante mudança na seleção do Nelore Mara Móveis. Com uma genética de peso, começou a trabalhar diferentes doadoras, sempre buscando melhorar a base e produzindo animais diferentes. A doadora Viatina destacou-se com uma produção muito acima da média em acasalamentos com diferentes touros, levando o Nelore Mara Móveis a ser reconhecido em nível nacional. O criatório ficou conhecido como a Casa da Viatinas. Entre os destaques do plantel, está uma das mais importantes matrizes da raça Nelore, Viatna 03 FIV Mara Móveis, consagrada e avaliada em R$1.800.000,00 no Leilão HRO 2021. Ela é mãe de um dos principais animais da atualidade e que já entrou para a história da raça Nelore, Viatina 19 FIV Mara Móveis, Gran-

de Campeã da Expoinel Minas 2021. O reconhecimento em nível nacional veio graças a uma seleção que prioriza sempre a produção de um gado produtivo, porém preservando a beleza racial do Nelore. Viatina 19 FIV Mara Móveis representa tudo que uma matriz precisa ter. Aos 12 meses de idade, ela entrou para a história do Nelore e levou o plantel Nelore Mara Móveis a outro patamar, fazendo com que anos de seleção fossem reconhecidos. Conquistou nessa idade os títulos de Campeã Novilha Menor e de Terceira Melhor Fêmea da Expoinel Minas 2020. Além de produzir os fenômenos Viatna 03 e Viatina 19, o criatório Nelore Mara Móveis possui 19 filhas diretas da matriarca Viatina TE J. Gal com diferentes touros: Gandhi PO da NI, Jhelum FIV Ipê Ouro, Basco da SM, Landau da Di Genio, Bvlgari TE do Sabiá e Kayak TE Mafra. No plantel tem destaques como Paris FIV Guanabara (Jhelum), que já possui netas nas cocheiras. Todas as filhas da Viatina vêm comprovando um alto nível de produção e com uma consistência genética excelente. Com características bastante produtivas, com excelente habilidade materna e beleza racial, outras doadoras filhas da Viatina vêm se destacando. Um dos destaques do Leilão Elo de Raça de 2021 foi a Viatna 08 FIV Mara Móveis (Kayak), uma das mais belas matrizes da raça que aos quatro anos de idade já está na sua terceira cria e com produção comprovada na cocheira da rigorosa seleção do Nelore Mara Móveis. Uma das suas filhas, Constelação FIV Mara Móveis (Landau), é uma das netas promissoras da Viatina TE J.Gal.

VIATNA03 FIV MARA MOVEIS - MARA 476 BASCO SM X VIATINA TE J.GALERA (BITELO SS)

VIATNA08 FIV MARA MOVEIS – MARA 669 KAYAK TE MAFRA X VIATINA TE J.GALERA (BITELO SS

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NELORE MARA MÓVEIS +55 (62) 99995-1990 www.neloremaramoveis.com.br Instagram e Facebook: @neloremaramoveis

VIATINA-19 FIV MARA MOVEIS MARA 1491 LANDAU DA DI GENIO X VIATNA03 FIV MARA MOVEIS (BASCO SM)

PARIS II FIV DA GUANABARA - FGN529 LANDAU DA DI GENIO X VIATINA TE J.GALERA (BITELO SS)

VIATINA14 FIV MARA MOVEIS - MARA 1534 KAYAK TE MAFRA X PARIS II FIV GUANABARA (JHELUM FIV IPÊ OURO) 173


Agropecuária Mônica: seleção com sustentabilidade Criatório é referência na seleção de Nelore e Nelore Mocho no Centro-oeste e na Bolívia, apostando na integração com a agricultura e floresta A pecuária sustentável é uma realidade na Agropecuária Mônica, criatório que desde o início da década de 1990 vem selecionando animais Nelore e Nelore Mocho no Mato Grosso. Dentro de um Sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), a propriedade desenvolve a produção de touros puros da raça e o ciclo completo de produção (cria, recria e engorda). Sob o comando da pecuarista e empresária, Mônica Marchett, uma apaixonada pelo zebu, o criatório está em constante expansão para ofertar ao mercado touros jovens de alto valor genético. Mônica vem de uma família de agricultores, mas decidiu diversificar os negócios no agro, apostando no zebu para desenvolver a pecuária de corte no Mato Grosso. Para formar seu plantel, optou pela compra dos melhores exemplares da raça Nelore, assim como na aquisição de sêmen de qualidade e na transferência de embriões para alcançar um melhoramento genético planejado para seu rebanho. O resultado deste esforço tecnológico pode ser visto hoje em pistas de julgamentos e leilões de todo o Brasil. O rebanho é avaliado pelo Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ), aliando as avaliações genéticas a padrão racial, manejo eficiente e bem-estar animal. Com um trabalho sério, produtivo e progressivo, com objetivos bem alicerçados e definidos, a Agropecuária Mônica tem se destacado no mercado de genética, contando com vários touros jovens em central de inseminação. Esse trabalho permitiu a formação de um rebanho de corte comercial composto do melhor Nelore, manejado a pasto dentro do sistema de ILPF. A projeção é dobrar o número de matrizes Nelore em breve, solidificando o projeto de produção de carne sustentável e de qualidade. A

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empresa conta também com propriedades na Bolívia onde também conta com um plantel de elite Nelore e Nelore Mocho. As tecnologias são aliadas nesse projeto. Para garantir pasto de qualidade para todo o rebanho, tanto o plantel de elite quanto o comercial, investe em adubação orgânica, conservação e manejo do solo, forrageiras de qualidade e produção de silagem. Na parte de reprodução, aposta em biotecnologias como Inseminação Artificial (IA), Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), sempre utilizando doses de sêmen de touros de alto valor genético, e Fecundação In Vitro (FIV). Entre os inúmeros animais de destaque da Agropecuária Mônica, está o Touro Jovem Aramis da Mônica, que é filho do Rafi de Naviraí na Janine da Mônica (Brado S. Marina). Ele foi contratado aos 15 meses pela Alta Genetics, e já está em plena produção e é bastante requisitado pelos clientes que já aguardam esse material! O Aramis também foi selecionado no PNAT-ABCZ/21. Outro destaque do plantel da Mônica é o Alarme da Mônica, filho do Ornado do Leblon na Luminar FIV Sausalito (Fassam TE Sausalito). Ele está na Cabaña Santa Mônica, na Bolívia, e também já foi contratado pela central Alta Genetics do Brasil, sendo o primeiro animal internacional contratado pela empresa. Outro destaque é o reprodutores Bonno BAR, que é Kayak TE Mafra na Diamantina 3 DC TE (Bitelo da SS). Todos esses resultados levaram o mercado a reconhecer o trabalho de seleção da criadora Mônica Marchett, que foi destaque do prêmio ABCZ Mulher, durante a ExpoGenética/21. Nessa importante tarefa, ela conta com o apoio do filho Pedro Marchett, garantindo com sucesso uma futura sucessão dos negócios.


AGROPECUÁRIA MÔNICA Rondonópolis-MT e Santa Cruz de la Sierra Bolívia Telefones de contato: +55 (66) 9 9984-5711 +55 (66) 9 9659-8722 E-mail: adm.grupomonica@gmail.com financeiro@grupomonica.com.br

Agropecuária

ARAMIS DA MÔNICA MONI 5508 RAFI DE NAVIRAÍ X JANINE DA MÔNICA (BRADO S. MARINA)

ALARME DA MÔNICA (MONI B 132) ORNADO DO LEBLON X LUMINAR FIV SAUSALITO (FASSAM TE SAUSALITO)

BONNO BAR (LILL 2467) KAYAK TE MAFRA X DIAMANTINA 3 DC TE (BITELO DA SS) 175


Nelore Moxos – uma marca de sucesso na Bolívia O criatório é grande fornecedor de touros Nelore e Nelore Mocho para o mercado de seu país, mas também sua genética vem sendo comercializada no Brasil Um sistema integrado de pecuária com agricultura. Assim, a Cabaña Moxos vem se destacando no agronegócio da Bolívia. A propriedade, que está situada a 110km ao norte de Santa Cruz de la Sierra, abriga um rebanho PO de Nelore e investe também na pecuária comercial, em sistema de confinamento. Fundada em 2004 pelos irmãos Marcelo e Carlos Muñoz, a Cabaña Moxos uniu a paixão da família pelo Nelore e Nelore Mocho as boas oportunidades de negócios já que a demanda por reprodutores registrados na Bolívia vem numa constante crescente. Em 2006, fizeram a primeira aquisição de uma matriz PO e, assim, passaram a investir na genética das melhores famílias Nelore e Nelore Mocha disponíveis no mercado. A visão dos irmãos, que conduzem de forma criteriosa a seleção da Cabaña Moxos, é consolidar o criatório como líder do mercado de genética zebuína naquele país, ofertando touros PO de extrema qualidade. Buscando selecionar o Nelore do futuro, a partir da assessoria técnica da Ipê Ouro, usam em seus acasalamentos a genética de touros consagrados do Brasil, correspondendo a 95% dos animais utilizados. Os resultados nas exposições confirmam que o trabalho de seleção vem ocorrendo na direção certa. Hoje, a Cabaña Moxos ocupa a vice-liderança no Ranking Nacional Nelore Mocho e a terceira posição no ranking Nacional Nelore. Eles são os proprietários e criadores do consagrado Jalisco FIV Moxos, o 2º Melhor Touro do Ranking Nacional Asocebu e o Reservado Grande Campeão ExpoCruz/17 Nelore

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Mocho. Sua genealogia não poderia ser melhor: filho do Bitelo DS x Fiona TE Sausalito (Nulkar J.Galera), uma máquina na produção de campões. Jalisco é a expressão perfeita do trabalho da seleção Moxos, sendo um dos melhores touros produzidos pela raça, especialmente devido à sua extraordinária carcaça. Possui todos os protocolos para exportação com grande demanda por sua genética na Bolívia e no Brasil, onde seu sêmen vem sendo comercializado pela Alta Genetics. A produção do Jalisco vem impressionando por seus resultados e em breve esperamos ver esses resultados em pista. Outro grande destaque da seleção Moxos é a Hanna FIV Moxos, filha do Bitelo DS na Thiana FIV Capiguara (Fajardo x Gandhi). Ela é uma matriz que se consagrou em diferentes recintos de avaliações em seu país desde bezerra e uma doadora muito produtiva em todo sentido da palavra: fertilidade, habilidade maternal, carcaça, musculatura. Sua produção impressiona. Um exemplo é o Marruq FIV Moxos, filho do Kayak, que aos 15 meses foi Reservado Grande Campeão, em San Ignácio de Velasco. A produção de Hanna vem quebrando recordes de valorização consagrando-a como a Melhor Matriz da Cabaña Moxos. Outra matriz que merece destaque é a Jade FIV Moxos, filha do Bitelo DS na Luz Capiguara (Big Ben x Legat). Ela também tem sua produção consagrada em pistas de julgamento e a campo. Seus filhos são destaque nas comercializações, alcançando altas cifras. Por tudo isso, a Cabaña Moxos seguramente é hoje um dos mais tradicionais criatórios de Nelore e Nelore Mocho da atualidade.


2Moxos Santa Cruz de la Sierra - Bolívia Marcelo Muñoz e Carlos Muñoz +591 78002889 cabana2moxos@gmail.com Instagram: @moxosnelore | Facebook: @cabana2moxos

Jalisco FIV Moxos

MOX 241 Bitelo DS x Fiona TE Sausalito (Nulkar JGalera)

HANNA FIV MOXOS MOX 181 BITELO DS X THIANA FIV CAPIGUARA (FAJARDO DA GB)

MARRUQ FIV MOXOS MOX 416 KAYAK TE MAFRA X HANNA FIV MOXOS (BITELO DS) 177


O Maior Projeto de Melhoramento Genético Bovino da Bolívia Sucesso não acontece por acaso, ele é fruto de muito esforço, competição, tecnologia, inovação, paixão e trabalho duro na busca pela perfeição. Luis Fernando Saavedra Bruno mais conhecido por “Lucho” é natural de Santa Cruz na Bolívia, um engenheiro e economista com uma carreira gloriosa dedicada ao setor empresarial e financeiro em seu país. Como pecuarista qualidade é a palavra bem falada quando se trata do rebanho L.S. Inclusive um dos leilões que Saavedra realiza, tem o nome Qualidade LS (Calidade LS). A seleção LS valoriza as características raciais, funcionais e a evolução genética, ele empreende a seleção com muita paixão e tem sempre ao seu lado sua esposa Ivonne e estão sempre buscando as mais modernas biotecnologias e assessoria de técnicos reconhecidos no meio pecuário, sempre inovando. Sempre dedicado, Saavedra ocupou cargos importantes como sendo presidente da Associação Boliviana de Criadores de Zebu (1994 – 1996) e Presidente da Federação Internacional de Criadores de Zebu (2004 – 2007), Presidente da Associação dos Bancos de Santa Cruz e dos Empresários Privados, foi agraciado com o Cebú de Oro da Asocebú-Bolívia em 2002, e em 1995 recebeu o Mérito Pecuário Internacional pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), em 1993 o Mérito de produtor Pecuário pelo colégio departamental de médicos veterinários de Santa Cruz na Bolívia. Também recebeu a honraria máxima oferecida pela Federação dos Criadores de Santa Cruz (Fegasacruz) 2015 e da Câmara Agropecuária do Oriente em 2019. O trabalho de seleção do Nelore LS iniciou-se em 1986, com a aquisição de um lote de matrizes proveniente de importantes criatórios do Brasil como Fazenda VR e Indiana, cujas virtudes foram apreciadas desde o início. Sempre preocupado com a qualidade, Saavedra, tem realizado desde o início da seleção, fortes investimentos em adquirir e importar a me-

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lhor genética existente adquirindo matrizes procedentes do criatório da Fazenda Cedro, Brumado, Poty VR e da VRJO e com a J.Galera, Lucho estabeleceu uma parceria que lhe rendeu importantes destaques como Maharash II.5 FIV LS de Nelorí, Melhor Matriz da raça através do Ranking Asocebu 2017/18 e suas filhas: Valencia FIV LS (Rambo MN); Amatista FIV LS (Basco da SM) e Teresa FIV LS (Jigar de Naviraí) também foram consagradas Grandes Campeãs. Conquistou também as premiações de Melhor Progênie de Mãe Jovem e Melhor Progênie de Mãe Adulta em várias exposições. Sua filha Amatista FIV LS (Basco da SM) além de Grande Campeã da raça na Exposiv/2018, Reservada Grande Campeã na ExpoCruz/2017 e 2018, foi também Melhor Fêmea através do Ranking Asocebu 2016/17. Entre os touros, destaque para o Astuto LS Recordista Mundial de Perímetro Torácico, foi o Melhor Touro Adulto através dos Rankings de 2007/08; 2008/09 e ao legendário Rey TE LS de Nelorí que deixou importante progênie na Bolívia e no Brasil. A Fazenda Nelorí também é comprometida e presta cuidados especiais com o meio ambiente, pois a terra tem sido generosa e por consequência, acredita que temos obrigação de guarda-la através de um manejo sustentável. A Fazenda Nelorí investe em melhoramento genético e atribuí todos os prêmios conquistados até o momento em pistas aos resultados dos mais de 55.000 controles de nascimentos (RGN) comunicados há Asocebu Bolívia. São pioneiros desde 1998 participam do programa de Melhoramento Genético Geneplus da Embrapa que avaliam o plantel identificando as melhores matrizes por suas progênies, e isso tem permitido selecionar grupo de doadoras de embriões de muita qualidade e uniformidade de produção. A Inseminação Artificial desde 1986 e Transferência de Embriões desde 1989, por tudo isso, a Fazenda Nelorí tem se constituído em um dos principais bancos genéticos do país.


HACIENDA NELORÍ Santa Cruz de la Sierra, Bolivia Luis Fernando Saavedra Bruno +591 71313927 Whatts: +591 71313927

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MAHARASH II.5 FIV LS DE NELORÍ

BITELO SS X MAHARASH II TE J.GALERA (ITÁLIA IV X RANCHI IPÊ OURO)

AMATISTA FIV LS DE NELORÍ BASCO SM X MAHARASH II.5 FIV DE NELORÍ (BITELO SS) 179


Genética de ponta na Guatemala Com pioneirismo e adotando os principais critérios de seleção, a família Molina investe fortemente nas raças zebuínas. A Ganaderia Palmira representa muito bem o melhoramento genético das raças zebuínas na Guatemala. Comandada pela tradicional, pecuarista e empreendedora família Molina, a propriedade localizada no município de Sayaxché é o berço de alguns dos melhores exemplares zebuínos daquele país. Registrando animais desde 1972, eles são mais um modelo de como a genética brasileira colaborou para o desenvolvimento da pecuária nos países da América Latina, em especial na Guatemala, que possui protocolo com o governo brasileiro para intercâmbio de material genético, através de sêmen e embriões bovinos, desde 2018. Com enorme critério de seleção, o patriarca da família, Edgar Molina, começou criando as raças Brahman, Gir Leiteiro, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Nelore Mocho e Sardo Negro. Em 1989, quando visitei seu país pela primeira vez, convidado para julgar a 1º Exposição Ganadera Nacional EXPOGANA, fui acompanhado do então presidente da ABCZ, Dr. João Gilberto R. da Cunha, e tivemos o prazer de ser recebidos por ele, que na época ocupava o cargo de presidente da Federação de Pecuaristas da Guatemala. Desde aquela época, ele já trabalhava incansavelmente pelo crescimento da pecuária guatemalteca. Dois anos depois, em 1991, tive a grande felicidade de vê-lo merecidamente receber o Mérito Pecuário Internacional ABCZ. Atualmente as atividades na Ganaderia Palmira ganharam o reforço do seu filho, José Santiago Molina Morán, um apaixonado pelo zebu assim como o pai, e um grande economista e empresário do ramo agroindustrial do óleo de palma. Ele herdou o tino para os negócios e é atualmente uma das personalidades mais influentes da Guatemala. O economista, que possui uma forte influência politica no país, também escreve análises para imprensa, dá entrevis-

MISS 2M PALMIRA 416/8

ELKRO FIV FNT X JERU X NOBRE X LEGAT 180

tas, comanda as indústrias da família, e, claro, seleciona ao lado do pai um rebanho de altíssima qualidade. E ainda sobra tempo para nos prestigiar na ExpoZebu, em Uberaba, todos os anos. O profissionalismo sempre foi notável em todas as atividades a qual José Santiago se dedicou. Dos férteis solos da Guatemala ele consegue tirar óleo de palma, carne, leite e genética. Desde a década de 1990 eles passaram a focar na seleção das raças Brahman, Guzerá, Nelore e Nelore Mocho, possuindo hoje um rebanho de alta qualidade, precocidade, rusticidade e funcionalidade. Características comprovadas nos recintos de avaliação do país e nos resultados de venda de sêmen. Em janeiro de 2020, José Santiago inaugurou uma empresa Genética Pecuária O Zebu S.A. para comércio de sêmen e embriões brasileiros para Guatemala e depois a genética de Brahman da exportação da Guatemala para o Brasil que vem estreitar as relações comerciais entre os dois países. Entre os exemplares de destaque está o reprodutor MR 2M Palmira 72/4, produto da geração de 2014, ele é Bi Grande Campeão Ciudad (2015/2016), Grande Campeão Nacional Zebu na ExpoPet (2017) um dos principais reprodutores da atualidade da seleção da Ganaderia Palmira. Ele é filho do reprodutor Funcionário Naviraí (CSCN 9022) com MISS 2M Palmira 33/2, a Grande Campeã Internacional na ExpoReu 2014, filha do genearca Fajardo GB com MISS 2M Palmira 73/9, Grande Campeã Internacional na ExpoReu 2010, filha de Vermut da Fortaleza VR, em matriz filha de 1646 MN. O grande MR 2M Palmira 72/4 tem semên disponível para o mercado nacional e internacional, e guarda em seu pedigree os grandes genearcas da raça Nelore: Rambo MN, 1646 MN, Fajardo GB, Ludy de Garça, Iguaçu da Pagador e Gim de Garça.

MISS 2M PALMIRA 8/210

NASIK FIV PERBONI X BITELO DS X GIM DE GARÇA X IGUAÇU DA PAGADOR


GANADERIA PALMIRA Edgar Molina e José Santiago Molina Sayaxché, Petén, Guatemala jsmolinam@gmail.com Facebook: Ganadería Palmira / Instagram: ganaderiapalmiragt

Nelore, Nelore Mocho, Guzerá e Brahman

MR 2M Palmira 72/4 Funcionário Naviraí (CSCN 9022) x MISS 2M Palmira 33/2

MISS 2M PALMIRA 29/7

JABRIEL DE NAVIRAÍ X VERMUT DA FORTALEZA VR X 1646 MN X FAJARDO

Vaca Backup x Basco x Ludy x Fajardo x Iguaçu Vaca Ilustre x Iguaçu x Gim Vaca Nasik x Bitelo DS x Gim x Iguaçu 181


Genética premiada e de alto valor Ética, excelência e comprometimento definem o trabalho do criatório RS Agropecuária na seleção de Nelore O Mato Grosso do Sul é o berço da genética premiada da RS Agropecuária, conduzida pelo casal de pecuaristas Roberto e Simone Bavaresco. Nos pastos da Fazenda Planalto, em Sidrolândia e Maracaju/ MS, onde antigamente havia um rebanho comercial de cria, recria e engorda, fica o plantel puro Nelore, que vem sendo selecionado desde 2007. A mudança dos negócios ocorreu depois de Bavaresco ter acompanhado o julgamento, naquele ano, da Exposição de Umuarama. Encantando com a raça Nelore, ele comprou no leilão da Ribalta, em Dourados, seus dois primeiros animais de elite: filha da Ryasa, que era de propriedade de Sérgio Casali Prandini, da marca JD, e irmã própria do Bitelo da SS, do Márcio de Rezende Andrade. A partir dali, começou a investir fortemente e passou a frequentar grandes leilões. Hoje, a RS Agropecuária possuí duas fazendas de pecuária e nove de agricultura. A propriedade investe em tecnologias como FIV e IATF, com a produção média anual de 500 prenhezes. São utilizadas cerca de 800 receptoras e 1000 matrizes PO a campo na IATF, que ficam na Fazenda Aroeira, em Nioaque/MS. Já na fazenda Planalto ficam 80 doadoras, além do gado de pista e de leilões. Nas pistas, a RS Agropecuária vem conquistando prêmios, ficando nas últimas edições do Ranking Nacional entre os seis Melhores do país. Também é líder do Ranking Regional MS, como Criador e Expositor. De origem simples, Roberto Bavaresco nasceu em Águas de Chapecó/SC, e transformou-se em um grande empresário do ramo de supermercados e de torrefação de café. Sempre foi fascinado pela pecuária, iniciando na atividade de cria, recria e engorda no início dos anos 2000, seguindo anos depois para a pecuária sele-

tiva. Com a esposa Simone, Roberto conduz a seleção de Nelore RS com bastante critério, sempre buscando animais com beleza e funcionalidade, máxima qualidade e produtividade. Há três anos, Bavaresco arrematou a premiada Parla FIV AJJ, filha do Bitelo da SS em Jatany TE AJJ (1646 da MN). Em maio de 2021, no leilão Noite dos Campeões, a RS Agropecuária disponibilizou metade da posse do animal, que foi arrematada pelo Nelore Gibertoni por valor recorde. Tanta valorização se dá ao fato de Parla ser 37 vezes Grande Campeã e um dos poucos animais a acumular dois Grandes Campeonatos Nacionais. Também produziu filhas muito bem valorizadas, como a Reservada Grande Campeã Nacional, Cattedral FIV CIAV, valorizada em R$1,5 milhão. Seu faturamento ultrapassa a casa dos R$ 30 milhões, somando as vendas de suas filhas e prenhezes. Entre outros grandes destaques na RS Agropecuária está a Liaka da RS I, filha do Helíaco da Java em Cartagena da Ônix (Fajardo da GB), que é mãe do líder Kayak TE Mafra, líder absoluto do Ranking. A Tieta da Mundial (Basco x Flagra); Namorada da Di Genio; Mayana da Mundial; Turbinada-9 TE Guadalupe, que foi Melhor Matriz da Expoinel/19. Da nova geração, destaque nas pistas para a Dina da RS da geração 2018, Reservada Campeã Fêmea Jovem da Expoinel Minas/21, Campeã Fêmea Jovem da Expo Ituverava/20, Reservada Campeã Fêmea Jovem da Expo Goiás/20; Campeã Fêmea Jovem da Expo Uberlândia/20 e a Helena da RS da geração 2019, filha da Mayana da Mundial que foi o grande destaque de valorização no leilão Valônia/21 quando ela foi a remate em 75% de suas cotas, Helena tem uma promissora carreira de pista pela frente.

HELENA FIV DA RS (RSBP 4696 ) MISTÉRIO FIV CASS X MAYANA DA MUNDIAL (BITELO DA SS)

DINA DA RS (RSBP 3987) LANDAU DA DI GENIO X DINORAH DA RS I (BASCO SM)

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Insta: @rsagropecuaria Gerente (Kadu): +55 (67) 9 9973 1588 Escritório: +55 (67) 9 9973 6959 rsagropecuaria@hotmail.com

RS AGROPECUÁRIA Simone e Roberto Bavaresco Escritório: +55 (67) 9 9973 6959 www.agropecuariars.com.br Nioaque, Maracaju e Sidrolândia/MS.

PARLA FIV AJJ AJJ 3396 BITELO DA SS X JATANY TE AJJ (1646 DA MNX RINHA CS)

NAMORADA DA DI GENIO (JCDG 7206) LANDAU DA DI GENIO X CARROLA FIV HVP (RHENNO FIV KUBERA)

TURBINADA-9 TE GUADALUPE (FGP 5994) 1646 DA MN X J.E.N ILARA TE (BITELO DA SS. X J.E.N.BRUMA TE) 183


Um dos Maiores Patrimônios Genéticos do País O reconhecimento pela qualidade e constante evolução é notório nas pistas de julgamentos e leilões Nas curvas de Minas Gerais, aos pés da Serra da Canastra, mais precisamente no município de Capitólio, fica uma fazenda que é dona de uma das seleções mais conhecidas e tradicionais. Cercada pela represa do Lago de Furnas, a Fazenda do Sabiá é o cenário perfeito para bons momentos e grandes acontecimentos. Com 54 anos de seleção, desde 1967 é protagonista de uma história marcada pela dedicação, observação de detalhes e investimento constante em tecnologia. Com objetivos claros, a Sabiá projetou um tipo próprio de Nelore: animais que reúnem beleza racial, harmonia e carcaça são sua marca registrada. O reconhecimento pela qualidade e constante evolução é notório nas pistas de julgamentos e leilões. Um trabalho conduzido em família com muita paixão, que foi transmitida pelo fundador da marca Alberto Labornne Valle Mendes para seu filho caçula Beto Mendes. Os dois conduzem o trabalho de seleção na Fazenda do Sabiá, sempre comprometidos com o fomento da raça. Assim, provam que a união faz a força e é, por isso, que eles têm o prazer e orgulho de fazer bons animais. Para chegar a esse padrão, selecionam, desde o início,

a beleza racial, a harmonia e a carcaça bem desenvolvidas, e tudo isso aliado a muito trabalho, tecnologia e observação dos detalhes. Como resultado, a Sabiá tem conquistado Grandes Campeões e animais destacados no mercado pertencentes ao criatório ou descendente desta nobre linhagem. Ícones da raça, tais como Prada, Ryasa, Ryatna, Taibhara, Tajayama, Betina, Filadélfia, Kashimira, Eternity, Ermida, Alphorria, Empa e Cristal vêm disseminando sua qualidade genética, gerando filhos e filhas campeões de pista e de produtividade. Reprodutores como Legat, Tatcher, Pitman, Óvni, Astro, Toronto e Bvlgari contribuem para o aprimoramento genético tanto no mercado de elite quanto na produção de touros comerciais. Com isso, ajudam no melhoramento genético do Nelore moderno. A busca incansável do aprimoramento genético da raça é a marca da Fazenda do Sabiá que acumula em todos esses anos de seleção consecutivas premiações. Dentre elas estão diversos Grandes Campeonatos nas principais exposições agropecuárias, além do Ranking Nacional da ACNB, tanto como Melhor Criador quanto Melhor Expositor.

RYATNA MJ DO SABIÁ LEGAT MJ DA O.D AGUA X MALASIA MJ DO SABIA (LUDY DE GARÇA) 184


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PRADA TE DA SABIÁ BIG BEN DA S.NICE X EUFORIA DA SABIA (TATCHER MJ DO SABIÁ)

TAIBHARA MJ LEGAT MJ DA O.D AGUA X ESFINGE DA O.D AGUA (CHAKKAR)

BETINA MJ DO SABIÁ LUDY DE GARÇA X TAIBHARA MJ (LEGAT MJ DA O.D ÁGUA) 185


A melhor genética Nelore da Bolívia Há 53 anos selecionando com muito orgulho e paixão. Hoje, a genética Sausalito é sinônimo de raça, qualidade e produtividade A história de paixão pela pecuária Nelore do criatório da Sausalito se deu no início da década de 60 quando Osvaldo Monastério Añez (in memoriam) patriarca da família e pai de Osvaldo Monasterio Nieme fundou a Asociación Boliviana de Criadores de Cebu (Asocebu) e a presidiu por muitos anos. Feito repetido pelo filho anos depois. Como não poderia deixar de ser, Osvaldo Monasterio Rek, terceira geração da família, trabalha com o pai e assegura com afinco o futuro da seleção na Cabaña Sausalito localizada em Santa Cruz de La Sierra, na criação das raças Nelore e, Nelore Mocho. É inegável que o trabalho da família Monasterio seja referência máxima em qualidade genética. Afirmo isso com a propriedade de quem trabalha no país há décadas. Tenho, inclusive, o prazer de assessorar esse criatório, que há dez anos consecutivos vem sendo consagrado com os títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor da raça Nelore na Bolívia. Isso sem contar os vários prêmios que receberam aqui no Brasil, como o Mérito Pecuário Internacional ABCZ, entregue em 2015 para Osvaldo Monasterio Nieme. Vinte e cinco anos depois do seu pai ter recebido a mesma honraria. Além disso, foi merecedor também do Cebú de Oro internacional - a mais importante condecoração entregue pela Asocebu. Diante desses feitos posso afirmar que essa é uma família que vive a pecuária sendo exemplo quando o assunto é sucessão e trabalho sério. Acompanhei boa parte da história desse criatório. É uma felicidade e satisfação imensa perceber que a genética e a excelência em melhoramento do Brasil foram decisivos para os resultados alcançados, atentos ao mercado, eles seguem participando e acompanhando os eventos da raça no Brasil. Pioneiros, a Sausalito foi a primeira da Bolívia a fazer parte da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP) há mais de 15 anos. Sendo percursores também na utilização do Programa de Melhoramento Genético Zebuíno (PMGZ) da ABCZ/Embrapa. Todo empenho fizeram com que a Cabaña Sausalito fosse à primeira daquele país a exportar sêmen bovino reforçando a seriedade e competência. O material exportado pertence aos reprodutores Indhu FIV Sausalito e seu filho Musthak FIV Sausalito são exemplos da primorosa genética do criatório.

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Indhu FIV Sausalito é filho do Rambo da MN que foi grande destaque na Pecuária mundial e é da linhagem Lemgruber, provado positivo nos cinco principais sumários da raça. Na linhagem materna Viva TE Sausalito que foi Grande Campeã Nacional e uma importante matriz no plantel Sausalito, Indhu é um reprodutor que imprime produtividade e lucro na pecuária de corte mundial. Por isso, adquiri parte dele para a Ipê Ouro que juntamente com os Irmãos de Marchi e a Cabaña Sausalito, formamos o condomínio proprietário. No Índice ANCP Indhu é TOP 7%. Tri-Grande Campeão do Ranking Asocebu-Bolívia, na ExpoCruz de 2014, quando foi premiado pela segunda vez, estava com 36 meses e 1.380 kg. Em sua genética Indhu carrega Rambo, Heliaco, Pradesh, Murafã POI VR e Himalaya do Brumado tornando-se o exemplo perfeito da genética “forte” na produção de proteína saudável. Por isso, tem sido maciçamente utilizado para fazer reprodutores de alto valor agregado, por possuir avaliação genética forte para peso e fertilidade. Fato comprovado por seus filhos que são destaques de preço nos principais leilões bolivianos e, aqui, no Brasil, onde o touro tem seu material genético comercializado pela Alta Genetics com recordes na comercialização. Entre seus premiados e valorizados filhos destaque para o Musthak FIV Sausalito (Indhu FIV Sausalito x Guincho TE Naviraí), Musthak que também foi contratado na mesma central que seu pai e juntos eles lideram o mercado. Musthak o Grande Campeão Nacional da ExpoCruz 2018, consagrado aos 33 meses com 1.315 kg. Na mesma exposição, entre as fêmeas, a também filha do Indhu; Mitshu FIV Sausalito que é Bethina Sausalito/ Pacará IZ, foi a Grande Campeã, e a exuberante Melany FIV de EL Trebol (Indhu FIV Sausalito x Guapa Esterlina que é Nulkar da J.Galera) foi a Reservada Grande Campeã. Na mesma Nacional, agora na raça Nelore Mocho, seu filho Mamut FIV Sausalito, filho da Rafaela Sausalito/Ranchi Ipê Ouro, foi o Reservado Grande Campeão Nelore Mocho na ExpoCruz 2018 aos 21 meses com 894 kg. No Brasil, a genética de Indhu também vem fazendo sucesso tendo gerado grandes exemplares com diferentes genealogias como Saudade FIV GIBER (Indhu FIV Sausalito x Celebridade TE Giber/ Bitelo da SS) e Stallone FIV do Paranã (Indhu FIV Sausalito x Indiara TE da Mafra/ Guincho TE de Naviraí).


CABAÑA SAUSALITO Santa Cruz de laSierra - Bolivia sausalito@cotas.com.bo facebook @neloresausalito | Instagram @cabanasausalito

Fotos: Rubens Ferreira

INDHU FIV SAUSALITO SAUS 9625 RAMBO DA MN X VIVA TE DE SAUSALITO (HELIACO DA JAVA)

MÃE

VIVA TE SAUSALITO (SAUS 2302)

HELIACO DA JAVA X MODELA DE SAUSALITO (HAMSTER DE SAUSALITO) 187


FILHA

MITSHU FIV SAUSALITO (SAUS-E546)

INDHU FIV SAUSALITO X BETHINA SAUSALITO (PACARÁ DA IZ)

FILHO (NELORE MOCHO)

MAMUT FIV SAUSALITO (SAUS-F587)

INDHU FIV SAUSALITO X RAFAELA SAUSALITO (RANCHI IPE OURO)

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FILHA

MELANY FIV DE EL TREBOL (TER-6352 ) INDHU FIV SAUSALITO X GUAPA ESTERLINA (NULKAR DA J.GAL)

FILHA

MIRIK FIV SAUSALITO (SAUS-F489)

INDHU FIV SAUSALITO X FABIELA TE SAUSALITO (GANDHI PO DA NI)


FILHO

FILHO

MANCHI FIV SAUSALITO (SAUS-F489)

INDHU FIV SAUSALITO X FABIELA TE SAUSALITO (GANDHI PO DA NI)

MUSTHAK FIV SAUSALITO (SAUS-E398) INDHU FIV SAUSALITO X JAZIRA 2 TE DA MAFRA (GUINCHO TE NAVIRAÍ)

FOTO BOY

BRASIL

SAUDADE FIV GIBER (GIBE 1432) INDHU FIV SAUSALITO X CELEBRIDADE TE GIBER (BITELO DA SS)

STALLONE FIV DO PARANÃ (PAR A1785)

INDHU FIV SAUSALITO X INDIARA TE DA MAFRA (GUINCHO TE DE NAV.)

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Genética que impulsiona a pecuária no RJ e ES SNL Agropecuária é grande produtor de genética Nelore, abastecendo os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo A pecuária é uma tradição na família de Beraldo Barcelos Hentzy, que também é empresário do ramo de distribuição de produtos alimentícios, Distribuidora Unilider, no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ele é a terceira geração de pecuaristas da família, tanto seu avô quanto seu pai foram criadores de Nelore cara limpa. Desde 2018, Beraldo vem investindo alto e adquirindo genética de ponta dos principais centros de seleção da atualidade. Iniciou o trabalho genético da seleção SNL Agropecuária com Nelore PO, trabalhando na evolução da raça. Tornou-se grande fornecedor de genética de alta qualidade e vem contribuindo para o desenvolvimento da pecuária no Brasil e, principalmente, fomentando a genética de ponta de animais melhoradores para o interior do estado do Rio de Janeiro. Esse é o principal objetivo da seleção SNL Agropecuária. As fazendas ficam em São Fidélis e Cardoso Moreira, no interior do estado do Rio de Janeiro, e a Fazenda Rio Preto/ES, na cidade de Mimoso do Sul/ES. No Espírito Santo fica o gado de elite, como doadoras, gado de baia, recria de fêmeas e algumas receptoras. Já nas fazendas do Rio de Janeiro ficam as recrias de machos para produção de touros, receptoras para trabalho de FIV e gado Nelore cara limpa. O rebanho da SNL Agropecuária é avaliado pelo PMGZ/ ABCZ. Atualmente, está com uma média de 1.000 embriões de FIV/ano. No futuro, Beraldo espera ver a pecuária da região bem fortalecida e que seus clientes possam tornar seus parceiros muito em breve, juntos participando do processo de evolução dos rebanhos locais e da qualificação profissio-

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nal, organizando cursos e eventos na região. Neste trabalho, Beraldo conta com o apoio da família. A esposa Saionara é empresária da moda e as duas filhas do casal ajudam os pais nas empresas. A filha Nayara cuida da parte financeira e administrativa da SNL Agropecuária e o genro Lucas cuida da parte operacional e comercial com a assessoria de Ademir da Premier. Já a filha Ana Luiza ajuda os pais na distribuidora. Entre as doadoras de destaque da SNL Agropecuária, está Diandria FIV da EAO, filha de Bitelo da SS em Zacha TE QG Aratau. Foi recordista de vendas em um só evento ao comercializar 25 prenhezes, para 25 clientes diferentes, durante o Leilão Rio Bello 2021, em Angra dos Reis/ RJ, do qual a SNL foi promotora, em parceria com a Xuab Agropecuária. Outro destaque é Samma FIV Comapi, Campeã Progênie Jovem de Mãe ExpoZebu 2015. Doadora comprovada com uma das genéticas mais sólidas e provadas da raça Nelore, destaca-se pelo seu volume de carcaça, feminilidade, aprumos corretos, uma carcaça extremamente moderna e enxuta. Samma já produziu grandes campeões nacionais como: Fadel TE Cruz Alta Taiga FIV M. Verde, Grande Campeã Nacional Expoinel 2016. Ela também foi destaque do Noite dos Campeões de 2020. Com o Zero TE J. Galera, produziu Fiorella FIV Carthago, Campeã Bezerra Expoinel Minas 2015 e Reservada Campeã Bezerra ExpoZebu 2015. Com o Rhenno FIV Kubera, produziu Chiara FIV Carthago, Campeã Bezerra Expoinel Paulista Araçatuba 2015. Destaque no Leilão Noite dos Campeões 2017, produz muito bem com vários reprodutores diferentes, dando a certeza de que o que é bom pode ficar ainda melhor.


Nelore SNL +55 32 99951-2723 Instagram: @snlagropecuaria Facebook: @snl-agropecuaria

DIANDRIA FIV DA EAO EAON 930 BITELO SS X ZACHA TE QG ARATAÚ (1646 DA MN)

SAMMA FIV COMAPI (BER 791) BASCO DA SM X LIBRA SHOW FIV COMAPI (PANAGPUR AL. DA PAUL.)

BRANCA I FIV PRAVOCÊ (PRVC 343) BITELO DA SS X BRANCA FIV PRAVOCÊ (HELÍACO DA JAVA) 191


Genética Taj Mahal O trabalho de mais de duas décadas na seleção da raça Nelore é destaque nas principais pista e nos remates onde obtém recordes em valorização por seus animais A histórica Fazenda Taj Mahal, em Uberaba/MG, guarda os tesouros genéticos do Nelore desde 1999, quando empresário Aciole Castelo Branco Maués começou a investir na raça. Ele escolheu a Terra do Zebu para concentrar seus projetos pecuários, mas também atua na construção civil e em piscicultura, no estado do Amazonas. O investimento em melhoramento genético sempre foi constante e intensivo, contando com um rebanho forte e consistente, alicerçado nas matriarcas mais renomadas do Brasil, como Tajayama, Membeca, Lakota, Ariana, Faruska e Parla. Também investiu em grandes touros, sendo o maior acionista do condomínio de Kayak TE Mafra, líder absoluto do Ranking da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil. Suas progênies destacam-se em todas as pistas de julgamento. É um reprodutor que alia conformação, beleza racial e avaliação genética, com destaque para as características de crescimento. A Mahal resgata o que há de melhor na história de raça e detém um seleto time de clones, formado por duas Membecas (Membeca TN TAJ e Membeca TN II TAJ), e suas quatro filhas com o 1646 da MN. Possuí também um clone da Lakota TE Kubera, consagrada matriz barriga de ouro. Suas filhas, como a Betina LRMS, Acces TE e a Pandora FIV Novamata obtiveram valores expressivos ao serem disputadas pelos mais renomados criatórios do Brasil e da Bolívia. A Taj Mahal ainda detém um clone da Tajayama TN II da Palma, único clone desta matriz que conseguiu feitos que ainda não

foram superados e dificilmente serão: foi tri campeã nacional do Ranking como Melhor Matriz. Entre seus descendentes estão a Lana TE de Kubera (Grande Campeã Nacional), Madame TE de Kubera (Grande Campeã Nacional), Lacre TE de Kubera (Reservado Grande Campeão Nacional), Euforia da Sabiá e Prada da Sabiá. Outro clone é Servia VII, que dá suma maestria ao criatório de grandes estrelas da Taj Mahal. Outro destaque da bateria de matrizes é a doadora Luz do Seridó (Big Ben da SN x Membeca TE Java), que também faz parte da família da grandiosa Membeca, além da Emoção FIV Agroz (Rima FIV Capolavoro2 x Essência TE Guadalupe), que já foi recordista de preço. O plantel ainda conta com animais em sociedade com outros criadores, como ACBM 1641 Ronda FIV TAJ (Nasik FIV Perboni x Esbelta do Vrgel), ACBM 1634 Rarina FIV TAJ (Nasik Perboni x Essência I Ouro Fino). Ainda tem em sua bateria de doadoras Hariana DC TE (Bitelo da SS x Hariana III FIV Exa), Tajayama V FIV TAJ (Nobre da PRIM x Lua TE Kubera), Abreviatura FIV Unimar (Big Ben SN x Elegance III), Betina 13 FIV TAJ (Edhank TE BM FC x Nativa TE Kubera), Taberna FIV da Unimar (Rima FIV Capolavoro2 x Hematita III Aghroz), Mercedita I FIV TAJ (Basco SM x Mercedita FIV GGol), dentre outras. O criatório também possui um grande projeto de melhoramento genético na raça Gir Leiteiro, num rebanho procedente dos mais renomados criatórios da Kubera e Palma. Já no Haras Taj Mahal selecionam com os mesmos critérios equinos Paint Horse.

TAJAYAMA TN II DA PALMA (JDR 4686) PITMAN MJ SABIA X MIRABELA MJ SABIA (ION MJ DO SABIA)

TAJAYAMA V FIV TAJ (ACBM 623) NOBRE TE DA PRIM. X LUA TE KUBERA (TEMPLO DA ZEB VR)

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Taj Mahal BR 262, Km 795 - Cx. Postal 6023 - Uberaba-MG Fones: +55 (34) 3316-5807 | +55 (34) 3316-5912 e-mail: agrotaj@terra.com.br

MEMBECA TN TAJ MEMBECA TN II TAJ PANAGPUR AL PAULICEIA X JOEIRA DA ZEB. VR

PANAGPUR AL PAULICEIA X JOEIRA DA ZEB. VR

KAYAK TE MAFRA (CAMT 3083) LIAKA DA RS I X BASCO DE NAVIRAÍ (HELÍACO DA JAVA

LAKOTA TN TAJ (ACBM 1708) GANDHI PO DA NI X BETINA MJ DO SABIA (LUDY DE GARÇA) 193


Nelore Mocho: origem e evolução da pecuária brasileira Por Raphael Zoller, presidente da Associação Sul-mato-grossense dos Criadores de Nelore e do Conselho Técnico da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil Uma história que tem início em 1957, na Fazenda Santa Marina, no município de Araçatuba/SP, de propriedade do pecuarista Ovídio Miranda Brito. Na primavera daquele ano, a natureza presenteou a raça Nelore com um animal que mudaria para sempre a trajetória e a evolução da pecuária brasileira. Nasce um bezerro especial, filho de pais Nelore, ambos puros e registrados, mas com uma peculiaridade jamais vista. O bezerro era mocho de nascença. O jovem e inédito animal recebeu o nome de Caburey, sendo filho do touro Kong O.M., da criação de Otávio Machado e da vaca Capanga, portadora da marca “Triângulo”, indicando a origem na fazenda de Neca Andrade, um dos pioneiros e preservadores do Nelore, em Uberaba/MG.O visionário senhor Ovídio manteve o bezerro no rebanho, transformou-o em reprodutor, acasalando-o com suas melhores matrizes. Assim, obteve animais Nelore mochos perfeitos, dando origem a uma família geneticamente sem chifres, confirmando o caráter mocho dominante. Nascia, assim, a linhagem O.B. Outro trabalho importante, e até anterior à linhagem OB, foi muito bem retratado por José Magno Pato, técnico histórico no meio da zebuinocultura. Realizou análises bem objetivas também quanto à origem dos mochos zebuínos, não especificamente no Nelore Mocho.Relata que o fazendeiro José Gomes Louza, de Leopoldo Bulhões, no estado de Goiás, adquiriu reprodutores zebuínos ainda da importação de 1907. Cedeu à época, três desses animais para os irmãos Gabriel e Salviano Guimarães, criadores de Mocho Nacional. A partir desse momento, nasceram os primeiros mestiços zebuínos mochos por acasalamentos direcionados. Dali por diante, cruzamentos absorventes selecionando o caráter mocho, que tem caráter genético dominante passou a incorporar planteis nacionais. Em 1912, os irmãos Guimarães já haviam apresentado inclusive, na capital de Goiás, produtos mochos com uma evidência de sangue zebu. Essa é uma vertente importante e reconhecida para explicar a existência de animais mochos na raça Nelore e nas demais raças zebuínas.Com o passar dos anos, vários criadores começaram a se interessar pelo Nelore mocho. Com o aumento do número de selecionadores, a ABCZ admitiu, em 1969, a abertura do Livro de Registros Genealógicos, passando a registrar os Nelores mochos. No dia 25 de fevereiro, do ano de 1969, o macho Caburey e a fêmea Simpatia foram oficialmente registrados pela ABCZ. No mais recente livro publicado na Índia ( ONGOLE COMPENDIUM – 1885 – 2016) com animais da LAM – Universidade de Veterinária de Andhra Pradesh, o indiano Mullapudi Narendranath eterniza em imagens a presença de animais Nelore (Ongole) com ausência de chifres, somente com a presença de “batoque”, como é conhecido no Brasil. Narendranath relata ainda, em conversas com criadores brasileiros, que esses animais não são os preferidos de criadores indianos pelo padrão da raça no país de origem, mas, que, devido à sua intervenção pessoal, algumas dessas vacas foram mantidas no plantel para a preservação desse fenótipo. Com isso, chegamos a um breve histórico dos principais personagens na contribuição do desenvolvimento e expansão do Nelore Mocho no Brasil e no mundo, enfatizando que hoje é a segunda maior raça zebuína em número de registros em nosso país perante a ABCZ. Dentre as principais vantagens mundialmente reconhecidas, estão a maior capacidade de lotação nos caminhões de transporte, nos currais e cochos de manejo nutricional. Animais mochos permitem a menor ocorrência de lesões de carcaças e do couro por chifres, tornam o manejo menos perigoso, elevam a uniformidade no rebanho e evidenciam, assim, ainda mais, esta incomparável raça mãe da pecuária brasileira.

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www.nelore.org.br

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Fazenda Angico é referência no Nelore padrão, Nelore mocho e Pecuária Leiteira Tradicional criatório com mais de 68 anos de atuação A família Nunes Franco soube unir tradição e inovação para consolidar sua seleção da raça Nelore no mercado nacional. A Fazenda Angico, sediada em Campina Verde/MG, é comandada pelo tradicional selecionador Udelson Nunes. Toda a história do Nelore Angico teve início em 1953, pelas mãos de seu pai, Adelino Junqueira Franco, que iniciou a seleção Nelore com um touro importado. Naquela época, além do corte, ele trabalhava também com gado leiteiro, mas os dois rebanhos não se misturavam, ficando em fazendas distintas. O Nelore ficava na Fazenda Angico e foi repassado, em 1967, para Udelson em troca um boi de corte. Com o auxílio de um técnico na ABCZ, Udelson peneirou a vacada, selecionando 80 fêmeas dentre 250 exemplares. Essas foram acasaladas com touros melhoradores das marcas VR e Taça. Dentre elas, apenas duas mochas, a Dengosa e a Gostosa. Ele gostou tanto das duas fêmeas que deu início também à seleção de Nelore Mocho. Adquiriu um touro mocho da marca Taça e anualmente voltava ao Rio de Janeiro para buscar mais animais mochos. Apesar da formação em odontologia, profissão que exerceu por uma década, sua paixão sempre foi a pecuária. Casado com dona Edma, com quem teve quatro filhos, Udelson segue até hoje selecionando Nelore utilizando para isso as mais modernas tecnologias. No rebanho utiliza somente IATF e FIV. Com o reforço do neto, o médico-veterinário, Danilo Franco, continua definindo os acasalamentos do plantel. Também atua na pecuária de corte comercial e na pecuária leiteira. São mais de 30 anos registrando Girolando, produzindo diariamente 2 mil litros de leite.

Nestes 54 de seleção, a Angico produziu muita coisa boa e vem conquistando premiações nas exposições. Na última Expoinel Nacional conquistou os títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor da raça Nelore Mocho, além de vários títulos individuais com seus animais. Já na primeira safra, em 1973, fez seu primeiro Grande Campeão: Alfinete, um grande vendedor de sêmen, inclusive para o exterior. Outros reprodutores contratados por central foram Núcleo TE do Angico, filho do Helíaco da Java na Baderna do Angico (Berilio), o Everest FIV Angico, filho do Balcão Japaranduba na Sedosa TE Angico (Siso de FC), que foi Grande Campeão da Expoinel 2016 e Grande Reservado Grande Campeão da ExpoZebu 2016. Já o touro Zumbum do Angico, filho do Dingo na Oprimida do Angico (Napolitano), foi Campeão Bezerro da Expoinel/2020. Nas fêmeas, destaque para a Bicampeã Melhor Matriz do Ranking Agra FIV Angico, consagrada na Expoinel 2020 como a Melhor Progênie de Mãe e Melhor Progênie Jovem de Mãe. Sua filha Linda FIV Angico, filha do Kayak, é um fenômeno e tem uma promissora carreira de pista pela frente. Outro destaque é sua irmã, Ipanema FIV Angico, filha do Samaritano do JHV. Ela foi Campeã Novilha Maior da ExpoZebu 2019 e Grande Campeã da Expoinel 2020. Outros dois filhos da Agra da nova geração de 2020 é o Magaiver FIV Angico, filho do D1484, que já foi contratado pela Alta Genetics; e o Morfeu FIV Angico, filho do Artilheiro FVC (REM Armador), ele é o atual Campeão Bezerro Jovem da Expoinel Nacional.

MAGAIVER FIV ANGICO (UNFF1409)

MORFEU FIV ANGICO (UNFF1397)

D4685 (CAMPEÃO) X AGRA FIV ANGICO (CARTUCHO MBA)

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ARTILHEIRO FVC X AGRA FIV ANGICO (CARTUCHO MBA)


Udelson Nunes Franco Campina Verde MG +55(34) 3412 2050 +55(34) 9 9964 1133 fazendaangico@uol.com.br

AGRA FIV ANGICO UNFF728 CARTUCHO MBA X SANTISTA TE ANGICO (SISO FC)

LINDA FIV ANGICO (UNFF1355)

KAYAK TE MAFRA X AGRA FIV ANGICO (CARTUCHO MBA)

IPANEMA FIV ANGICO (UNFF1219)

SAMARITANO JHV X AGRA FIV ANGICO (CARTUCHO MBA) 197


A excelência do Nelore Mocho Comemorando 25 anos de trabalho em 2020, Nelore Da Car reúne genética incomparável No criatório da querida Dalila Botelho Toledo o que não faltam são exemplares premiados, que formam um rebanho de genética superior e incomparável. O que vemos quando visitamos a bela Fazenda São José DA CAR, em Santa Maria da Serra (SP), é o resultado do trabalho de uma vida, iniciado há 25 anos e exercido com amor e enorme dedicação pela criadora. Trabalho este reconhecido por toda família nelorista que em 2014 durante a Nelore Fest a homenagearam com o “Oscar” Amiga do Nelore. Foram sete anos consecutivos de duplas conquistas nas categorias de Melhor Criadora e Expositora Nelore Mocho através do Ranking Nacional e regional SP. Isso sem contar os vários prêmios que tivemos a felicidade de vê-la receber na ExpoZebu, em Uberaba, solo sagrado do Zebu, entre eles o Mérito ABCZ de 2018 por reconhecimento de sua contribuição para a raça e eu mesmo tive a honra de lhe entregar tal honraria. Graças ao esforço de Dalila, hoje o Nelore Da Car é referência internacional de qualidade genética. Entre os destaques a favorita da criadora, a Matriz Formiga DA CAR (Napoleão da SM x Mantes MB), Tri Campeã Nacional na categoria Melhor Matriz do Ranking Nacional e Regional (SP) Nelore Mocho. Excelente exemplo da fertilidade nata à raça Nelore, Formiga DA CAR é ainda Campeã da Copa Paraná-São Paulo na Categoria Melhor Matriz. Sua excelente genética também foi reafirmada através de sua irmã própria Fragancia DA CAR, que também foi consagrada Campeã Nacional na Categoria Melhor Matriz Pelo Ranking Nelore Mocha e Bicampeã Regional pelo estado de São Paulo na Categoria Melhor Matriz pelo Ranking Nacional Nelore Mocho. Ambas são descendentes da Mantes MB a grande matriarca do plantel DA CAR e que acaba de ser clonada garantindo a potencialização de novos indivíduos com essa genética extraordinária. Os descendentes das matrizes Formiga e Fragancia DA CAR são uma prova a mais da genética superior produzida no criatório de Dona Dalila comprovada através do Ranking regional (SP e Nacional Nelore Mocho da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB); Napolitano da CAR (Formiga x Basco da SM), Consagrado Melhor Reprodutor Nelore Mocho por dois anos consecutivos pelo Ranking Nacional e Regional (SP) e também pela Copa Pradipsingh. O Ônix DA CAR (Formiga no Tecelão da SM) provou sua genética ao ser consagrado Campeão Regional (SP) na Categoria

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Melhor Reprodutor. Mas, não para por aí, Oferenda DA CAR (Formiga x Basco da SM) é Campeã Nacional e Regional (SP) na Categoria Melhor Fêmea Adulta. Já a Primadona DA CAR (Formiga x Quark COL) é Campeã Nacional e Regional (SP) na Categoria Melhor Fêmea Jovem. Toritama DA CAR (Formiga x Vencius RG), essa foi premiada como Campeã Regional (SP) na Categoria Melhor Fêmea Jovem. Os filhos da Fragancia DA CAR também fizeram bonito nos resultados finais do Ranking ACNB. Parceira DA CAR (Fragancia x Rambo da MN), por exemplo, foi Campeã Regional pela Copa Paraná - São Paulo na Categoria Melhor Fêmea Jovem e, em seguida, Campeã Nacional Melhor Fêmea Adulta. Destaque para Odalisa DA CAR (Backup x Fragancia) premiada Melhor Matriz do concurso Cláudio Sabino; consagrada durante a ExpoGenética 2018, no mesmo ano, seu outro filho, o jovem touro Timóteo DA CAR (Rambo MN x Fragancia) foi o animal mais valorizado do PNAT (Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens) onde também foi classificado entre os melhores da prova. Já a matriz Quis DA CAR (Basco da SM x Fragancia) consagrou-se Campeã Regional e Nacional na Categoria Melhor Fêmea Jovem, e no ano seguinte, recebeu a mesma premiação, só que desta vez na categoria Fêmea Adulta. Plutão DA CAR (Rambo da MN x Fragancia) conquistou a premiação de Campeão Regional (SP) na Categoria Melhor Reprodutor. Fica evidente que a genética das matrizes Formiga e Fragancia DA CAR são de excelente produção com diferentes raçadores. E como não poderia deixar de ser, esta genética fica a cada dia melhor, sendo aprimorada a cada geração. Já nos seus netos; Raro DA CAR (Napolitano DA CAR x Gamela FIV da Mapa/ Everest SM) foi Campeão Nacional e Regional (SP) na Categoria Melhor Macho Jovem e posteriormente na Categoria Melhor Macho Adulto. Sua irmã própria, Ruana DA CAR, foi Campeã Regional (SP) na Categoria Melhor Fêmea Jovem. A bela Formiga Neta DA CAR (Cartucho x Primadona DA CAR/ Quark Col) também provou sua genética ao ser consagrada Campeã Regional (SP) na Categoria Melhor Fêmea Jovem, e, no ano seguinte, Campeã Regional (SP) na Categoria Melhor Fêmea Adulta. Outra neta de Formiga DA CAR que faz sucesso é a Tarântula DA CAR (Ônix DA CAR x Queli DA CAR/ Samaritano do JHV), premiada com a Medalha de Ouro Melhor Fêmea Jovem pelo Ranking regional Paulista.


Fazenda São José DA CAR +55 (19) 3434 5765 | +55 (19) 9 8181 8023 fazendadacar@hotmail.com facebook https://www.facebook.com/fazendadacar/

FORMIGA DA CAR FRAGANCIA DA CAR SJD 243

SJD 244 NAPOLEÃO DA SM X MANTES MB

COM BEZERROS DO BASCO E TECELÃO

FILHO

NAPOLITANO DA CAR (SJD 759 ) FORMIGA DA CAR X BASCO SM

NETOS FORMIGA

RARO DA CAR (DOBI 2421) / RUANA DA CAR (SJD 1324) NAPOLITANO DA CAR x GAMELA FIV DA MAPA (Everest SM) 199


FILHO

ONIX DA CAR (SJD 908) FORMIGA DA CAR x TECELÃO DA SM

NETO

RAJASTAN DA CAR (SJD 2005)

NAPOLITANO DA CAR X VERDAD MAT. (REM ARMADOR)

FILHA

PRIMADONA DA CAR (SJD 1094)

NETA

FORMIGA NETA DA CAR (SJD 1583)

FORMIGA DA CAR x QUARK COL

CARTUCHO X PRIMADONA DA CAR (QUARK COL)

FILHA

OFERENDA DA CAR (SJD 935)

FORMIGA DA CAR x BASCO DA SM

200

FILHA

TORITAMA DA CAR (SJD 1876)

FORMIGA DA CAR x VENCIUS RG


FILHOS

Progênie FORMIGA DA CAR x VENCIUS RG nascidos em 2017

FILHA

PARCEIRA DA CAR (SJD 1020) RAMBO DA MN x FRAGANCIA DA CAR

SJD 1876 TORITAMA DA CAR, SJD 1871 UXI DA CAR, SJD 1880 TRAIPU DA CAR e SJD 1875 URUCURI DA CAR

FILHA

ODALISA DA CAR (SJD 963)

FILHO

TIMÓTEO DA CAR (SJD 1651) RAMBO MN x FRAGANCIA DA CAR

BACKUP X FRAGANCIA DA CAR

FILHA

QUIS DA CAR (SJD 1240)

BASCO DA SM x FRAGANCIA DA CAR

FILHO

PLUTÃO DA CAR (SJD 1032) RAMBO DA MN x FRAGANCIA DA CAR

201


Pecuária sem fronteiras Fundado pelo pecuarista paraguaio Juan Carlos Wasmosy, o criatório Los Mochos Blancos de Goya seleciona Nelore e Nelore Mocho no Paraguai e no Brasil A pecuária abriu fronteiras para a economia do Brasil e selou muitas parcerias importantes entre criadores de várias nacionalidades. É o caso do criador, engenheiro, empresário e político paraguaio Juan Carlos María Wasmosy Monti, personalidade histórica que presidiu o país de 1993 a 1998, sendo o primeiro presidente eleito democraticamente no Paraguai após 35 anos de ditadura, ele foi um dos líderes na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Apesar dos feitos na política, sua grande paixão sempre foi a pecuária, atividade que o fez ultrapassar fronteiras para selecionar a raça Nelore, tanto no padrão quanto na variação mocha. Ele conduz a Agropecuária no Norte, do Paraguai, e a Goya Agropecuária, no Brasil, em Bela Vista/MS, tem ao seu lado desde o inicio do projeto pecuário duas pessoas muito importantes para a Goya, o Ing. Antônio Vasconsellos que está sempre ao seu lado há mais de 35 anos e João da Goya, eles foram fundamentais para que todo esse sucesso fosse possível! Fundada há mais de 30 anos a marca Los Mochos Blancos de Goya, tornou-se referência nos dois países na seleção de zebu. Em 1979, Juan Carlos adquiriu seus primeiros exemplares Nelore Mocho, na Estância Santa Tereza, no Paraguai. Sete anos depois, fez a primeira aquisição da genética brasileira quando visitou propriedades em Presidente Prudente/SP. Comprou 1700 novilhas da fazenda Estância Esmeralda, levando-as para o Paraguai. Anos mais tarde, voltou a adquirir animais no Brasil, desta vez 300 novilhas de genética superior do criatório de Ovídio Miranda Brito, considerado o berço do Nelore Mocho no Brasil, esses animais foram levados em um primeiro momento para Uberaba (MG), na Fazenda Xangrila, propriedade do seu grande amigo doutor João Gilberto Rodrigues da Cunha. Em 1998 decidiu que era hora de fincar raízes em solo brasileiro, adquiriu sua primeira propriedade em terras brasileiras, em Bela Vista/MS para onde levou o gado que até então estava em Uberaba. Nascia no Brasil a Goya Agropecuária. Desde então, o criatório não parou com os investimentos em genética e tecnologia, aumentando cada vez mais sua relevância na pecuária dos dois países, produzindo sempre animais de ponta. Na Fazenda Santo Antônio, em Bela Vista, fica concentrado todo gado de pista do Brasil. No Paraguai, são produzidos os touros melhoradores. A Goya vem conquistando campeonatos nas mais disputa202

das pistas de julgamento no Brasil, Bolívia e no Paraguai, e coleciona inúmeras premiações com seus animais, além dos títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor. A grande vedete da seleção é a Matriz Fábula da Goya, filha de Evereste da Santa Marina em Saudade da Goya. Ela venceu em todas as exposições na qual participou sendo a primeira a conquistar sequencialmente três títulos de Grande Campeã Nacional na ExpoZebu, Expoinel e ExpoZebu novamente, além de outras importantes premiações como Matriz Modelo, foi também Grande Campeã da Pec Show, em Barretos/SP e da Feicorte. Fábula foi reconhecida mundialmente por sua expressiva carreira em pista e teve sua Genética provada e consagrada através de seus descendentes e ficou eternizada ao ilustrar uma campanha dos Correios no Brasil tornando-se selo comemorativo. Em outros países, a genética Los Mochos Blancos de Goya também vem se destacando. A bela Esmeralda FIV da Goya, neta da Fábula, sagrou-se Grande Campeã Nacional durante a ExpoZebu 2016 e no mesmo ano em Santa Cruz na Bolívia ela foi arrematada no Reserva Especial Sausalito por $ 36 mil para os promotor do leilão Osvaldo Monastério. Uma valorização que expressa o reconhecimento desta genética. Os filhos da Esmeralda os então bisnetos da Fabula também vem brilhando nas pistas mundo afora; Nefrida FIV Sausalito foi a Campeã Bezerra Nacional e Reservada Novilha Menor, Neron FIV Sausalito o Campeão Touro Jovem durante a ExpoCruz 2019, já no Brasil; Commak da Goya foi o Grande Campeão Nacional aos 15 meses e a Imanah FIV da Goya a Reservada Campeã Fêmea Jovem aos 24 meses, ambos durante Expozebu 2019. Juan Carlos trabalha fortemente pelo o desenvolvimento das raças zebuínas, ele foi o primeiro presidente da Federação Internacional de Criadores de Zebu (Ficebu), foi também presidente da Associação Paraguaia de Criadores de Nelore (APCN), e soube fazer sucessão, garantindo que seu trabalho de seleção se perpetue nas fronteiras. Seu filho, Bruno Wasmosy conduz a seu lado a premiadíssima seleção da Goya e é o atual presidente (2020/23) da Associação Paraguaia de Criadores de Nelore (APCN), seguindo os passos do pai no fomento da raça Bruno sempre acompanha de perto os eventos aqui no Brasil e na Bolívia. A família Wasmosy é a prova que a união das gerações permite que o zebu continue contribuindo para o sucesso da pecuária.


Goya Agropecuária Com. LTDA Fazenda. Santo Antônio Rua Antônio Maria Coelho, 206 | Bela Vista (MS) +55 (67) 3439-2010 | +55 (67) 9 9813-4135 goya.agropecuaria@uol.com.br

FABULA DA GOYA JCW2074 EVERESTE S. MARINA x SAUDADE 945 DA GOYA (VOLTAIRE TE JR DA RS)

FABULA III FIV GOYA (JCW 3129) JAMBO TE VII J.GALER X FABULA da GOYA (EVERESTE S.MARINA)

COMMAK DA GOYA (JCW 5022) VENCIUS RG x ETNA FIV DA GOYA (RAMBO DA MN x FABULA III FIV GOYA) 203


Natureza FIV da Zoller Matriz símbolo da seleção Agrozoller e mãe do casal real do Nelore Mocho Neste memorável livro, irei relembrar a história que permitiu o criatório Agrozoller realizar um feito inédito na pecuária e nas pistas de julgamento, principalmente em Uberaba/MG. Essas fotos de três excelentes animais Nelore Mocho retratam e resumem anos importantes da seleção do criatório AgroZoller. O selecionador Raphael Zoller representa a terceira geração de pecuaristas em sua família, tendo como antecessores seu avô Alwin e seu pai Ivo Zoller, que iniciaram na pecuária há mais de 50 anos. A grande matriarca da seleção Nelore Mocho da família Zoller foi batizada de Natureza FIV da Zoller, filha da matriz Ginasy da Zoller com o reprodutor Basco da Santa Marta. A história da família desses animais começa em 16 de dezembro de 2006, com o nascimento da Ginasy, mãe da Natureza, matriz símbolo da seleção Zoller. O criatório hoje está sediado na Fazenda Realeza, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A Ginasy é o marco zero dessa passagem. Quando ainda jovem e na fase reprodutiva, foi campeã de pista e já sinalizava que seria uma matriz acima da média por seu grande desempenho. Neste cenário de evolução, vale a pena retratar o episódio onde um grande amigo de Raphael Zoller, Bruno Kowalski, ao ver a matriz na fazenda ficou realmente admirado e insistiu em comprá-la, pois estava iniciando um projeto de animais PO Nelore Mocho no estado de São Paulo. Após muita negociação, e confesso que não esperava tamanha ousadia, a venda foi efetivada, porém com uma importante e inegociável contrapartida do Bruno, entregar

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uma prenhez para reserva genética. O Bruno levou a Ginasy para a fazenda, em São Paulo, e após um ano cumpriu com o combinado, mandando uma receptora prenha. Dessa contrapartida, em 2012, nasceu a matriz NATUREZA FIV DA ZOLLER, que se tornou a barriga de ouro da seleção AgroZoller. Na primeira aspiração, por indicação do amigo e assessor João Carlos Júnior, foi acasalada com o touro Vencius RG e, no ano de 2016, nasceram os animais que hoje são conhecidos como o casal real: o touro Rolex e a matriz Rancheira. Esses dois animais, de forma inédita na raça Nelore Mocho, tornaram-se BI Grande Campeões Nacionais. Além de outras importantes conquistas, em 2018, o touro Rolex FIV da Zoller foi o Grande Campeão da ExpoZebu e Campeão Modelo Frigorífico. E, em 2019, tornou-se o Grande Campeão da Expoinel Nacional antes de completar três anos de idade. Rancheira foi a Grande Campeã da ExpoZebu 2019 e Grande Campeã da Expoinel 2019. Ainda em 2019, depois de todos esses prêmios individuais dos filhos da Natureza FIV da Zoller, essa matriz foi consagrada e reconhecida como uma “barriga de ouro”, pois acabava de ser eleita a Campeã e Melhor Progênie de Mãe na Expoinel, conjunto esse composto pelo casal real Rolex e Rancheira. Os grandes e importantes feitos na vida de um homem não são ao acaso, são fruto de perseverança, muito estudo, dedicação, otimismo, fé e trabalho. Hoje a Rancheira é umas das mais importantes e conhecidas fêmeas da raça e o touro Rolex está sempre em evidência no cenário nacional como um dos principais reprodutores Nelore Mocho da atualidade já com milhares de filhos e filhas nascidos no Brasil e na Bolívia.


AGRO ZOLLER CAMPO GRANDE - MS +55 41 3322 8688 +55 41 9 9951 0051 RAPHAEL@AGROZOLLER.COM.BR

NATUREZA FIV DA ZOLLER ZOL 517 BASCO SM X GINASY DA ZOLLER (HOBY AJJ)

RANCHEIRA FIV DA ZOLLER - ZOL 629 VENCIUS RG X NATUREZA FIV DA ZOLLER (BASCO SM)

ROLEX FIV DA ZOLLER - ZOL 628 VENCIUS RG X NATUREZA FIV DA ZOLLER (BASCO SM) 205


Sindi, na medida certa para uma pecuária eficiente. A raça Sindi é originária do Paquistão, notadamente da região montanhosa do Kohistan, ao norte da província de Sindhi, região pré-desértica, com chuvas concentradas entre os meses de julho a outubro, e pluviosidade anual ao redor dos 300 milímetros. Por lá, as temperaturas variam de 2°C, no inverno, a 46°C, no verão. O gado também é encontrado em outras regiões ao norte e oeste do Paquistão, bem como ao norte e noroeste da Índia. É um zebuíno dos mais antigos, com registros arqueológicos datados de aproximadamente quatro mil anos e está enquadrado no grupo III, ou terceiro grupo básico do gado indiano, que contempla as raças Gir, Deoni, Nimari, Sahiwal e Dangi, conforme classificação de Joshi & Philips (1954). É considerado o gado nacional do Paquistão, tamanha a sua importância para a pecuária daquele país. No Brasil, o Sindi chegou por meio de algumas importações. Em 1930, sob o comando de Francisco Ravísio de Lemos e Manoel de Oliveira Prata, foram identificados um reprodutor e várias fêmeas. Esse gado foi posteriormente vendido ao Sr. José Cesário de Castilho que já criara, desde menino, um gado zebu vermelho, possivelmente descendente dos animais que aportaram no Brasil entre 1854 e 1856, no Rio de Janeiro, conforme carta de Joaquim Travassos ao Jornal dos Agricultores. A última, e de maior importância, foi a importação em 1952, realizada pelo governo brasileiro, através do IAN (Instituto Agronômico do Norte), atualmente Embrapa Amazônia Oriental, tendo como timoneiro o Dr. Felisberto de Camargo; e o objetivo era viabilizar o soerguimento do Vale Amazônico. Dentre as características do Sindi, estão seu porte mediano, rusticidade, precocidade e temperamento dócil. Os machos pesam em média entre 650 e 900 kg, as fêmeas de 380 a 550 kg. Trata-se de um gado de constituição robusta, ossatura forte, musculatura compacta e convexidade. A pelagem é vermelha em todos os tons, variando até o amarelo alaranjado. Além disso, é uma raça extremamente fértil. São animais precoces sexualmente que apresentam cio natural entre 14 e 16 meses. Os machos demonstram elevada libido e ótima capacidade de cobrir a campo, entrando na puberdade na mesma faixa etária das fêmeas. 206

O Sindi é uma raça essencialmente de dupla aptidão. A Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi) que monitora e zela do padrão racial e trabalha pela evolução do rebanho registrado, juntamente com a ABCZ, não reconhece linhagens segmentadas para corte e leite. Na ordenha, as fêmeas produzem uma média de 6 a 10kg/leite/dia em regime de pasto, com características superiores relacionadas a taxa de sólidos, teor de gordura (ao redor de 4.5%) e proteína (4.7%). Algumas vacas de genética mais trabalhada, já bateram a marca dos 9.000kg/leite em uma lactação. Nos cruzamentos com Jersey e Holandês, vacas meio-sangue têm produzido de 12 a 15kg/leite/dia pasto, respectivamente. Outra importante característica é sua capacidade de produzir leite A2A2, considerado hipoalergênico e de fácil digestibilidade. Estudos mostram que 95% das vacas Sindi que já foram submetidas a exames de DNA confirmaram serem homozigotas para a beta-caseína A2A2. No corte, os animais são muito eficientes, apresentando elevada conversão alimentar, sobretudo em sistemas extensivos, transformando pastagem pobre e fibrosa em carne de ótima qualidade. Em confinamento entre 90 e 100 dias de cocho, os machos Sindi e cruzados têm alcançado rendimento de carcaça superior, aferido em pelo menos sete abates técnicos, de 58,6%, para machos Sindi, e de 59,15 % para o macho meio-sangue (sangue Sindi x Nelore). As carcaças apresentaram ótimo acabamento, com boa cobertura de gordura e significativo marmoreio na carne. Na região Nordeste do Brasil, o Sindi tem sido a grande alternativa para viabilizar uma pecuária bovina lucrativa, sob os rigores do clima semiárido, com suas severas e longas secas. Nas demais regiões e vem possibilitando melhorar os índices de rentabilidade das fazendas, tanto com os animais puros quanto com os seus cruzamentos. Ronaldo Andrade Bichue�e Presidente do Conselho da ABCSindi 2021-2023 Presidente da ABCSindi na gestão 2015-2020


ABC Sindi Twiter /abcsindi instagram /sindioficial Facebook /associaçãoBrasileiradosCriadoresdeSindi site www.sindi.org.br

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Fértil, rústico e versátil. Sindi é mais leite e mais carne.

SINDI BEM REPRESENTADO POR SUA ÓTIMA ADAPTABILIDADE PARA REGIÕES ADVERSAS COM EXCELENTE CONFORMAÇÃO.

GUERREIRO DA ESTIVA AJCF 712 UNIVALE FIV DA ESTIVA X QUIMERA DA ESTIVA (FAMOSO ESTIVA) GRANDE CAMPEÃO EXPOZEBU 2018

BEZERROS SADIOS E PRECOCES 208

BOINA FIV AJCF AJCF 125 VELUDO - E NA JANGADA DA ESTIVA (BALUARTE DA ESTIVA) MATRIZ MODELO – EXPOZEBU/ 2016

HABILIDADE MATERNAL

RACIAL


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Baguassu: excelência em criar bem Desde 2014 na raça Sindi, a seleção da Baguassu reúne o melhor da genética paulista e nordestina em um só lugar. Localizada na nobre região do estado de São Paulo, em Avaré, a Agropecuária Baguassu destaca-se pela excelência de criar e selecionar animais melhoradores para as múltiplas funções: leite e carne. Antônio Gomes Perianes, empresário no setor do aço e detentor da marca, conta que o sonho de criar bem começou lá atrás quando passava a infância ao lado do seu avô que era criador de gado leiteiro, e ali se encantava pelas belezas da natureza e dos animais. Complementa que quando traz na lembrança as histórias nunca pensou em fazer daquilo um negócio. Com o tempo adquiriu animais da raça Guzerá para deixar na porta da fazenda, com o intuito apenas de enobrecer e embelezar a entrada da propriedade. O que era um gosto pessoal virou um empreendimento para a vida. Quando viu as novilhas prenhes e começando a parir, Toni ficou ainda mais otimista. Os animais eram mansos, leiteiros, bonitos, era algo realmente surpreendente. O plano inicial era continuar com o Guzerá e o gado de corte que produzia para abate, mas foi em uma visita à ExpoZebu que conheceu o Sindi. Aí não teve jeito, foi amor à primeira vista. Naquele mesmo dia foi ao leilão Essência da Raça e vislumbrava do que via em sua frente, começando ali a sua mais nova relação com a raça. Tudo que Toni faz é dedicando-se para que seja tudo muito bem-feito. Um projeto como o da Agropecuária Baguassu não poderia ser tocado sozinho. Foi necessário formar uma equipe qualificada, focada e alinhada com os pensamentos e o DNA da marca. Na ocasião, Fábio Ferreira, técnico e veterinário que já auxiliava no Guzerá, também passou auxiliar no Sindi. Naquele leilão, juntos, escolheram as primeiras novilhas. A Fortuna AJCF foi a primeira. Filha do Buldogue AJCF na

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Tiara da Estiva, hoje é uma grande matriarca do plantel. Filha do Grande Campeão Nacional da ExpoZebu 2015, possuí uma notável estrutura, imponente e equilibrada. Destaca-se por sua fenomenal carcaça, ricamente revestida de musculatura, morfologia bem distribuída e harmoniosa, com passagens limpas e suaves; garupa convexa; inserção de cauda perfeita, impressionante qualidade de aprumos e muita nobreza racial. É neta de Evered da Estiva, com Jangada da Estiva, dois ícones da raça Sindi. Perante as inúmeras vantagens que apresentam, a raça Sindi vem se destacando e mostrando o resultado de uma seleção milenar natural. Hoje, os pilares da seleção são fêmeas, todas com características para serem ótimas mães, boas produtoras de leite, precoces, férteis, que possuem ótima habilidade materna e além de tudo, são mansas. Os machos são extremamente rústicos, com libido aguçado, bons produtores de carnes, bem avaliados, tudo o que agrega ainda mais valor qualitativo para a raça. Foi feito como base do rebanho, animais de importantes criatórios nacionais, que já enraizavam e perpetuavam a história na pecuária nacional. Entre os destaques da seleção, pode-se citar Jangada 3 FIV do Baguassu, Ciranda do Baguassu, Celine do Baguassu, Dana do Baguassu e o Canry FIV Baguassu, que é filho da Fortuna no Buldogue, consagrado Campeão Júnior Menor na Nacional durante a Festa do Boi no Rio Grande do Norte; Campeão Júnior Menor na Expo de João Pessoa na Paraíba e Campeão Bezerro durante a ExpoZebu 2017, em Uberaba/MG. Ele é o único da raça a conquistar títulos nas três exposições mais importantes da raça no Brasil, é uma parceria com a Fazenda Camparino, do Sr. José Humberto Vilela Martins.


AGROPECUÁRIA BAGUASSU Facebook e Instagram: @agropecuariabaguassu www.baguassu.com.br +55 19 9 8180-0000

CANRY FIV BAGUASSU ARCANJO PORANGABA X FORTUNA FIV AJCF (BULDOGUE AJCF) CICS 23

FORTUNA FIV AJCF - AJCF 457 BULDOGUE AJCF X TIARA FIV DA ESTIVA (EVERED DA ESTIVA) 211


Sindi: qualidade comprovada pela ciência Há quase um século a família Castilho vem trabalhando para mostrar o potencial da raça Sindi, tanto para o corte quanto para o leite, comprovando por meios científicos e no campo as qualidades desse zebuíno Um dos criatórios de Sindi mais tradicionais do Brasil, as Fazendas Reunidas Castilho, localizadas em Novo Horizonte/SP, trabalham pela preservação e melhoramento genético da raça há mais de 90 anos. Os primeiros animais para formação do plantel vieram da importação direta da Índia, em 1930. A parceria entre a ESALQ e José Cesário de Castilho (Tio Cito) permitiu a ampliação do rebanho, assim como o trabalho de seleção conduzido por Adaldio José de Castilho, que buscou uma homogeneidade dos animais, priorizando a dupla aptidão da raça e o padrão racial. Desde o início, o objetivo de seleção era identificar exemplares capazes de aumentar a rentabilidade dos criadores de várias partes do mundo e que reunissem carcaça diferenciada e bem-acabada, rusticidade, fertilidade, precocidade de acabamento e sexual, além da boa habilidade maternal e aptidão leiteira. Quando Adaldio José de Castilho Filho assumiu as Fazendas Reunidas Castilho, procurou comprovar todo esse potencial por meio de dados científicos gerados por provas zootécnicas e programa de melhoramento genético. O criador, que herdou do pai a paixão pelo Sindi, faz questão de manter ativa a tradição juntamente com a esposa Renata, os filhos Gabriela, Isabela e Adaldinho e seus dois netos Carolina e João Geraldo. O rebanho é avaliado pelo PMGZ, tanto na versão Corte quanto Leite. No corte, participa de provas de ganho em peso, além de ser submetido a exame de ultrassonografia de carcaça para monitoramento de Área de Olho de Lombo e marmoreio, desossas técnicas e tipificação de carcaça com a equipe da UNICAMP. Desde 2006, realiza abates técnicos que vêm confirmando a forte heterose proporcionada pela raça no cruzamento entre zebuínos. Os resultados apontam rendimento de carcaça médio de 58%, atingindo o máximo de 62,64%. Esses rendimentos são devido ao Sindi ter uma carcaça convexa, bem arqueada, com muita musculatura, tronco pro-

fundo, garupa ampla revestida de muita carne e pernas mais curtas com ossatura mais leves com micro poros. Já para estimar as características voltadas para produção de leite submete as matrizes às avaliações genéticas do PMGZ Leite e a concursos leiteiros oficiais da ABCZ. A seleção ainda é focada na identificação de animais que carregam o gene da β-caseína A2, permitindo, assim, a produção de leite não alergênico, um nicho de mercado muito importante na atualidade. Com esse aprimorado trabalho de seleção, as Fazendas Reunidas Castilho destacam-se no mercado como grande vendedores de touros, sêmen, embriões e doadoras da raça, e já atravessa fronteiras. Sua genética é comercializada para criadores de outros países como Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guatemala, Argentina e México. Nas exposições, o criatório também tem obtido êxito. Jangada da Estiva e Irapuru da Estiva foram os primeiros Grandes Campeões Sindi, desde 1982. Jangada ainda conquistou em 2007 o Bi-Grande Campeonato da ExpoZebu, nos anos seguintes, ela foi eleita Matriz Modelo e Bi-Grande Campeã da ExpoZebu (2006 e 2007), várias vezes matriz modelo e a Grande Campeã na Feicorte e na exposição de São José do Rio Preto. O IRAPURU foi o Grande Campeão da ExpoZebu 2006. Dentre outros destaques do criatório está a Matriz Paz da Estiva, recordista mundial de Persistência que produziu leite durante 1.260 dias ininterruptamente, com quatro lactações emendadas em um intervalo de 10 meses e meio, sendo assim a vaca mais persistente do mundo. Belga é Tri Grande Campeã de Torneio Leiteiro, com recorde atual de 43,63 kg/leite. Ela já tinha quebrado três recordes: em 2015 (37kg/ leite), 2016 (41 kg/leite) e 2017 (43kg/leite). O Guerreiro AJCF foi Grande Campeão da ExpoZebu 2018 e Jundu da Estiva é um touro jovem amplamente recomendado para rebanhos de gado puro e comercial de corte.

IRAPURU DA ESTIVA (AJCA 780) BALUARTE DA ESTIVA X DOZENLA DA ESTIVA (VAGANTE DA ESTIVA)

JANGADA DA ESTIVA (AJCA 790) BALUARTE DA ESTIVA X BARAUNA DA ESTIVA (FARAO DA ESTIVA)

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Sindi Castilho www.sindicastilho.com/ +55 17 99619-3043 Facebook e instagram: @reunidascastilho

GUERREIRO AJCF

UNIVALE FIV DA ESTIVA X QUIMERA DA ESTIVA (FAMOSO DA ESTIVA) AJCF 712

PAZ FIV DA ESTIVA (AJCA 1040) SUSPIRO E X JANGADA DA ESTIVA (BALUARTE DA ESTIVA)

JUNDU DA ESTIVA (AJCA 3193) GUERREIRO AJCF X ELISA FIV CARIRI (BARCELOS DO ACS) 213


A excelência do Sindi em cruzamentos O criatório Sindi Porangaba levou sua experiência bem-sucedida em cruzamentos de corte com a raça para seleção de animais de alta performance a pasto A história de Felipe Curi e Cláudia Leonel com a raça Sindi começou em 2004. O casal buscava uma raça mais produtiva e eficiente para utilizar em seu rebanho comercial de cria, recria e engorda, que era criado totalmente de forma extensiva. Já tinham sido testadas algumas raças para cruzamento, mas sem muito sucesso devido às características geográficas das regiões onde ficam as fazendas de cria, em Goiás e Minas Gerais. Logo no primeiro contato com o Sindi, o casal de criadores encantou-se com o biotipo dos animais e pela mansidão e rusticidade. Adquiram 50 tourinhos que foram utilizados para cobrir a vacada Nelore. A qualidade da bezerrada cruzada de pelagem avermelhada impressionou, pois nasceram pequenos, porém com altíssimo vigor, facilitando o parto das novilhas mais leves e garantindo a mamada do colostro rapidamente. Com o cruzamento com Sindi, puderam formar um rebanho mais rústico, com boa recria e precoce, tanto em relação ao início da fase reprodutiva quanto à redução da idade ao abate. Na fase de engorda, foi verificado um maior ganho de peso e carcaça muito pesada mesmo sem o fornecimento de concentrado. O peso final ao abate foi maior que de outros cruzamentos que já tinham sido testados na Porangaba, e até mesmo que do Nelore puro. O Sindi também agregou mais habilidade materna e mais leite ao rebanho. O passo seguinte foi a formação de um plantel puro de Sindi. Em 2007, foram adquiridos animais PO. Depois foi introduzido no rebanho a genética dos principais criatórios da raça no país para construir a base genética da Porangaba. O ano de 2008 marca o nascimento do primeiro animal registrado Porangaba. O criatório está sediado na Fazenda Porangaba, em Ribeirão Preto/SP. Também fazia parte de programas de melhoramento genético, e mergulharam no universo das pistas de julgamento, sempre estudando sobre a raça e observando suas características pelo Brasil. Participam das principais pistas de julgamento e provas de desempenho da raça. Realizam pesagens do rebanho para compor as avaliações genéticas do PMGZ, e mensurações do controle leiteiro. A seleção do Sindi Porangaba preza pela funcionalidade animal dentro do sistema de manejo a pasto, buscando animais rús-

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ticos, precoces, capazes de manterem o bom ganho de peso e produzir bons bezerros em qualquer época do ano e sem receber suplementação. Atualmente, são realizadas três provas de ganho de peso oficializadas pela ABCZ e ultrassonografia de carcaça no rebanho para identificar animais com padrão de carne acima da média, maior precocidade de acabamento. O Sindi Porangaba tem apresentado medidas surpreendentes, inclusive de marmoreio, confirmando a vocação da raça para produção de carne premium. A Fertilização in Vitro é utilizada largamente, sendo que 80% do rebanho é oriundo dessa tecnologia. A partir dos 11 meses, as melhores fêmeas são selecionadas e submetidas à inseminação. Os touros do criatório são utilizados no rebanho, tanto nas vacas puras quanto nas mestiças, para confirmar a qualidade da genética Porangaba. Entre os touros de destaque do rebanho está Lok Porangaba, que começou a produzir sêmen aos 19 meses e agora está com filhos para nascer antes mesmo de completar três anos de idade. O rebanho é avaliado pelo PMGZ, além de participar de provas como Zebu Carne de Qualidade e Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT). Apesar do foco maior do criatório ser a produção de genética para cruzamentos de corte, a dupla aptidão do Sindi é valorizada na seleção, mantendo a ordenha das fêmeas e utilizando as informações de produção de leite nos acasalamentos. A genética do Sindi Porangaba tem sido muito usada em cruzamentos com raças taurinas leiteiras, tais como Holandês e Jersey, pois agrega rusticidade e habilidade materna aos produtos. O Sindi Porangaba também faz seleção para pista. Os bezerros com melhor desenvolvimento ponderal na fase de desmame são selecionados e recriados a pasto. Depois, seguem para cocheira, onde são preparados para as competições de julgamento. Todo esse trabalho com a raça já tem futuro garantido no Sindi Porangaba. Os filhos do casal, Miguel, Felipe e Helena, já estão inseridos no negócio, mostrando que a paixão pelo zebu perpetuará na família. Helena, inclusive, escolheu a Medicina Veterinária como profissão. A missão da nova geração do Sindi Porangaba é trabalhar para tornar a raça ainda mais conhecida e pintar o Brasil de vermelho, a cor do Sindi.


Sindi da Porangaba +55 (16) 3610-0302 +55 (16) 9 9177-7514 facebook e instagram @fazendaporangaba contato@sindiporangaba.com.br

ARCANJO PORANGABA – SHFC12 HERÓI ESTIVA X DUPLICATA ESTIVA (ORGANDI ESTIVA) GRANDE CAMPEÃO EXPOZEBU/11

BAUNILHA PORANGABA - HLCS40 ARCANJO PORANGABA X ROTA FIV ESTIVA (VELUDO-E) GRANDE CAMPEÃ EXPOZEBU/15 E EXPOZEBU/16

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Sindi: genética de resultado O alto desempenho da raça em cruzamentos chamou a atenção do criatório Vale dos Ipês, que vem selecionando a raça desde 2019 O Sindi, uma raça zebuína essencialmente de dupla aptidão, vem impressionado por seu desempenho em cruzamentos, tanto com raças leiteiras quanto de corte. Foi o que aconteceu com o criador Richard L`Abbate, que decidiu formar um rebanho puro da raça após adquirir animais Sindi dos melhores criatórios do Brasil, com genética disponível, priorizando sempre animais descendentes das Grandes Campeãs Nacionais dos últimos 10 anos, e, assim, obter resultados altamente expressivos na pecuária comercial. Os primeiros animais foram adquiridos pelo criatório Vale dos Ipês em 2019. Na época, a fertilidade, habilidade materna, rusticidade e precocidade da raça impressionaram L`Abbate. Para o criador, o Sindi é a raça “coringa” para ser utilizada em todos os cruzamentos e, diante dos resultados, ele decidiu investir na seleção de Sindi. Um dos animais de grande destaque no mercado adquiridos pelo criatório Vale dos Ipês foi a vaca Querência, Grande Campeã do Torneio Leiteiro da Megaleite/13 com a produção média de 32 kg/leite e Reservada Grande Campeã da ExpoZebu 2011. Ela é considerada

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uma das maiores matriarcas da raça Sindi. Apesar de ser um jovem criatório dentre os selecionadores de Sindi, o Vale dos Ipês traz sua vasta experiência na criação de animais puros de alto desempenho, rústicos, dóceis e férteis. Nas propriedades localizadas na região de Paraopeba/MG, também são conduzidas as seleções das raças leiteiras Gir e Girolando. Com o uso das mais modernas biotecnologias de reprodução e das avaliações genéticas, a propriedade está produzindo um gado de constituição robusta, ossatura forte, musculatura compacta e convexidade. A precocidade sexual é outro ponto trabalhado no Sindi, cujas fêmeas são conhecidas por apresenta cio natural entre 14 e 16 meses. Os machos também apresentam elevada libido e grande capacidade de cobrir a campo, entrando na puberdade na mesma faixa etária das fêmeas. O uso da genética Sindi do Vale dos Ipês em cruzamentos de corte está garantindo a produção de animais de elevada conversão alimentar, sobretudo em sistemas extensivos, que é a realidade da maioria das propriedades brasileiras.


Vale dos Ipês Paraopeba/MG +55 (31) 9 9738-5357 - Roberto Wanderley +55 (31) 9 9957-6709 (escritório) roberto.wdias@hotmail.com

SINDI

VALE DOS IPÊS

QUERÊNCIA DA AJCF AJCF 7 DRAGÃO-MS X OFELIA P (GALOPIM D)

PRIMAZIA BULDOGUE FIV DOS IPÊS - IPEZ 1 BULDOGUE AJCF X QUERÊNCIA DA AJCF (DRAGÃO-MS)

PRIMADA BULDOGUE - FIV IPEZ 2 BULDOGUE AJCF X QUERÊNCIA DA AJCF (DRAGÃO-MS) 217


Tabapuã: O Zebu do Brasil! Por Sérgio Junqueira Germano, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã (ABCT). O Tabapuã é uma raça brasileira, fruto de cruzamentos entre o gado mocho nacional e animais de origem indiana, que conquistou prestígio e credibilidade, provando a força de suas características e habilidades naturais. A história começa em 1907 na região de Leopoldo de Bulhões, no estado de Goiás, mas foi na década de 40, no município de Tabapuã (SP), mais precisamente na Fazenda Água Milagrosa, que a raça assumiu as características que perduram até hoje. Entre 1970 e 1980, o Tabapuã ganhou 80% das pesagens de que participou e em 1981 foi definitivamente reconhecido como raça. A raça é terceiro neozebuíno a ser formado no mundo, depois do Brahman e do Indubrasil. E por ser o primeiro entre esses a surgir a partir de um planejamento específico, o Tabapuã é considerado a maior conquista da zootecnia brasileira dos últimos cem anos. Apesar de ser uma raça nova, teve uma grande evolução na última década devido ao melhoramento genético, uso de touros jovens e provados e dedicação dos criadores em sempre buscar o melhor para a raça. Com as ferramentas de melhoramento da ABCZ (PMGZ e Genômica), a raça conseguiu melhorar ainda mais o que já era bom, como: fertilidade, precocidade e ganho de peso. Em números, temos um aumento de mais de 155.000 animais nascidos, o que corresponde a um crescimento de 31%. E os criadores, com o trabalho focado, conseguiram tornar o gado Tabapuã ainda mais dócil e produtivo. Corrigindo características importantes, retirando características indesejáveis e imprimindo um racial forte, transformaram o gado Tabapuã em um produtor de carne de qualidade. Antes, os machos eram abatidos entre 36 a 40 meses a pasto, com peso em torno de 500 kg. Hoje, são abatidos com idade média de 26 a 30 meses, com 560 a 580 kg, em sistema a pasto. Se avaliarmos em confinamento, hoje são abatidos com 20 meses, com peso médio de 600 kg. Existe também um aumento de rendimento de carcaça de 52% para 56%. Tudo isto representa a evolução da raça referente à precocidade, ganho de peso e qualidade de carcaça. Quanto a fertilidade, os machos, por exemplo, entravam em monta com 36 meses, hoje temos machos aptos com 19, 20 meses. Já, nas fêmeas, a idade ao primeiro parto era em torno de 40 meses, hoje é até 30 meses. Mas já existem trabalhos para seleção de animais superprecoces, onde criadores estão desafiando as fêmeas aos 14 meses, e tendo um resultado muito significativo, assim sendo temos uma evolução na precocidade sexual e na idade ao primeiro parto.

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ABCT +55 (34) 3336 2410 Praça Vicentino - Rua da Cunha, nº 110 - Bloco 01 38022-330 - Uberaba – MG adm@tabapua.org.br www.tabapua.org.br

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Tabapuã nas Terras da Ártico Raça foi a aposta do criador Marcelo Ártico para diversificar os negócios da família e acabou se tornando uma paixão Zebuíno genuinamente brasileiro, o Tabapuã faz parte, desde 1984, da história da Fazenda Terras da Ártico. Naquela época, reprodutores da raça eram utilizados no rebanho comercial, que fica na propriedade em Aparecida do Taboado/MS. A proposta era aproveitar ao máximo os efeitos da heterose para maximizar os resultados do rebanho. Dez anos depois, pecuarista e engenheiro civil, Marcelo Ártico, percebeu a importância de trabalhar com touros PO e passou a formar seu próprio plantel. Para isso, os principais criatórios da raça entraram na formação do rebanho da Terras de Ártico: Água Milagrosa, Córrego da Santa Cecília, Morada da Prata, entre outros. Na gestão da propriedade, Marcelo conta com o reforço da filha, Ana Eliza Ártico, que é médica-veterinária e a atual Presidente da comissão ABCZ Jovem (2019 – 2022), ela vem fazendo uma bela gestão inspirando outros jovens através de suas vivencias em conduzir uma propriedade rural. Nas Terras da Ártico ela comanda os trabalhos com o rebanho comercial e também com o plantel de elite. Os demais filhos, Frederico e Beatriz, ficam mais dedicados à empresa de engenharia, mas todos participam das reuniões do grupo familiar, pois as principais decisões de negócio são tomadas em conjunto. O plantel possuí excelentes matrizes em produção, criados em regime de pasto, e na genética do rebanho animais da Fazenda Água Milagrosa. Com uma infraestrutura moderna e arrojada, a Fazenda Terras da Ártico possui espaços planejados

para o manejo, garantindo o bem-estar dos bovinos. Na parte de melhoramento genético, utiliza como critério base de seleção, a avaliação do rebanho por desvios esperados da progênie (DEP’s) geradas pelo PMGZ/ABCZ e de provas de ganho de peso. Biotecnologias de FIV e IATF entram para acelerar a multiplicação da genética do criatório. Com isso, tem disponibilizado no mercado touros, novilhas e genética Tabapuã PO. Entre os principais destaques da Terras da Ártico, estão a Matriz Mufla FIV de Tabapuã, é filha do Viúvo de Tabapuã na Adivinha de Tabapuã, com várias conquistas em exposições. Ela foi Reservada Grande Campeã Nacional/12, com a Fazenda Água Milagrosa, e no ano seguinte, já de propriedade da Terras da Ártico, sagrou-se Grande Campeã Nacional/13. Outra Grande Campeã Nacional/15 do plantel é crioula da fazenda Drykha FIV da Ártico. Ela também é filha do Viúvo na Moenza de Tabapuã e a Cardana da Ártico, uma filha do Irado FIV de Tabapuã na Marselha de Tab. (Garden de Tab.), ela foi a Reservada Campeã Novilha Maior ExpoZebu/14 e Reservada Campeã Fêmea Jovem ExpoZebu/15. Dois grandes reprodutores da seleção é o Ellenko FIV da Ártico, filho da Tendinha com o Viúvo, Campeão Nacional Bezerro na ExpoZebu/15 e o Romeu de Tabapuã (Bangalo de Tabapuã na Bola de Tabapuã). Os touros são destaques na comercialização de sêmen com filhos espalhados por todo Brasil e a comercialização é direta na fazenda.

CARDANA DA ÁRTICO - TTAR 27 IRADO FIV DE TABAPUÃ X MARSELHA DE TABAPUÃ (GARDEN DE TABAPUÃ)

ELLENKO FIV DA ÁRTICO - TTAR 78 VIÚVO DE TAB. X TENDINHA DE TAB. (ILUMINISMO DE TAB.)

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Fazenda Terras da Ártico Aparecida do Taboado/MS +55 17 98171-7141 +55 17 99772-6328 Instagram: @fazendaterrasdaartico www.terrasdaartico.com.br/Fazenda

ERRAS da

ÁRTICO

DRIKHA FIV DA ÁRTICO

TTAR 51 VIÚVO DE TAB. X MOENZA DE TAB. (GANIDO DE TAB.)

ANA ELIZA ÁRTICO COM A DRYKHA FIV DA ÁRTICO GRANDE CAMPEÃ NACIONAL/15

MUFLA FIV DE TAB. - GTRT 2551 VIÚVO DE TAB. X ADIVINHA DE TAB. (ILUMINISMO DE TAB.)

DRIKHA FIV DA ÁRTICO - TTAR 51 VIÚVO DE TAB. X MOENZA DE TAB. (GANIDO 221


Pioneiros do Tabapuã no norte do MS O criatório Tabapuã da GÊ O5 tem difundido sua genética para várias partes do Brasil e de outros países e se consagrando nas pistas A dobradinha agricultura/pecuária foi a aposta da família Catelan Trivelato para ampliar a atuação no agronegócio sul-mato-grossense, mais precisamente no município de São Gabriel do Oeste/MS. Desde 2005, casal João e Gerusa Catelan Trivelato segue disponibilizando genética que gera lucratividade. A propriedade é a única da região norte do estado a trabalhar com a seleção desse zebuíno de origem brasileira. Na formação inicial do criatório Tabapuã da Gê 05, entraram animais da Fazenda Água Milagrosa, pioneira na criação da raça no Brasil, e também da marca Tabapuã da Lia. Entre os principais animais adquiridos em parceria com Água Milagrosa, está Radiado FIV de Tabapuã, touro consagrado no mercado e classificado no Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT) 2015. Ele é pai da Grande Campeã da ExpoZebu/19, Barca FIV da Gê 05, e grande raçador Cacife FIV da GÊ 05, que é líder na comercialização de sêmen e Reservado Grande Campeão da ExpoZebu/19. Outros dois destaques do criatório, ambos filhos do Viúvo de Tabapuã x Tendinha de Tabapuã, são: Quatendo FIV da Gê 05, Campeão Júnior Maior da ExpoZebu/16 e Campeão Touro Sênior da ExpoZebu/17; e o Altivo FIV da Gê 05, Campeão Júnior Maior da ExpoZebu/17. Para selecionar o rebanho, o casal utiliza as ferramentas do PMGZ, além das mais modernas biotecnologias de reprodu-

ção. Eles ainda atuam na pecuária de corte comercial, com o sistema de cria. O criatório está sempre presente nas principais exposições do país, conquistando várias premiações, dentre elas os títulos de Melhor Expositor e Melhor Criador. Em Campo Grande (MS), o criatório foi pioneiro e apresentou a raça tabapuã na ExpoGrande pela primeira vez na história, no ano de 2017. Participaram da Expointer pela primeira vez em 2019, por sugestão de Gerusa, que é gaúcha de São Luiz Gonzaga. O plantel da fazenda Tabapuã da Gê 05 esteve representado por sete exemplares. Para coroar a participação, a fazenda foi agraciada com o troféu Destaques CP, na categoria zebuínos. Por esse e outros feitos ao promover e divulgar a raça, João Trivelato foi homenageado, em 2017, com o Mérito ABCZ, maior honraria concedida pela entidade aos criadores de zebu que se destacam no mercado nacional. Também já ocupou o cargo de diretor administrativo financeiro da Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã (ABCT). Essa paixão pelo Tabapuã foi naturalmente herdada pelas filhas do casal, Maria Clara e Maria Júlia. As duas irmãs já são associadas da ABCZ e, juntas, formam o Condomínio Irmãs Trivelato. Para a família, a formação de um plantel puro de Tabapuã é um sonho realizado e que continuará a ser perpetuado pelas irmãs.

ALTIVO FIV DA GÊ 05 (TVCA 431) VIÚVO DE TAB. X TENDINHA DE TAB. (ILUMINISMO DE TAB.)

QUATENDO FIV DA GÊ 05 (TVCA 247) VIÚVO DE TAB. X TENDINHA DE TAB. (ILUMINISMO DE TAB.)

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Tabapuã da Gê 05 trivelato@terra.com.br +55 67.99982.15.46 São Gabriel do Oeste – MS Facebook e Instagram: TabapuadaGe05 www.tabapuadage.com.br

CACIFE FIV DA GÊ 05 RADIADO FIV DE TAB. X IEIXA DO KEBO (LANHO FIV DA PRATA) TVCA 825

BARCA FIV DA GÊ 05 (TVCA 591) RADIADO FIV DE TAB. X PALAS FIV DE TAB. (VIÚVO DE TAB.)

RADIADO FIV DE TABAPUÃ (GTRT 3506) CANDADO FIV DA LIAB X TENDINHA DE TAB. (ILUMINISMO DE TAB.) 223


Um recomeço em família Raça Tabapuã é a aposta da Fazenda Império das Palmeiras para dar continuidade ao sonho de investir na pecuária seletiva O agronegócio entrou na vida da dentista Renata Helena Amaral de Carvalho há alguns anos quando o marido Marcelo Castro decidiu colocar em prática um sonho antigo de criar Tabapuã. Seduzido pelo trabalho de seleção da Fazenda Água Milagrosa, um dos principais criatórios de Tabapuã, ele buscou um local para sediar seu projeto pecuário. Em Guaratinguetá, no bairro rural Colônia do Piaguí, ele adquiriu a Fazenda Império das Palmeiras. Determinado e estudioso, Marcelo, que era tenente farmacêutico da Aeronáutica, logo despontou no mercado do agronegócio. Com o seu falecimento em 2019, a família entendeu que não poderia deixar seu legado ser esquecido e vem trabalhando para a continuidade desse sonho, transformando-o em realidade. O recomeço ficou a cargo da esposa Renata, que no início pensou em vender a fazenda, porém foi demovida da ideia por amigos da família que propuseram ajudá-la na condução do projeto idealizado pelo marido. Traçaram imediatamente os critérios da retomada. Após estudos criteriosos, foram definidas as metas para instalação do empreendimento na Fazenda Império das Palmeiras, que possui 138 alqueires. A casa sede foi totalmente restaurada. Para adequação ao negócio de criação do cavalo Mangalarga Marchador e do melhoramento genético do gado Tabapuã, foram construídas nove baias para cavalo redondel, doze baias para gado, um mangueiro, um curral para pesagem e manejo sanitário do gado. Além da sede, uma casa para hóspedes e a pequena Capela de Santa Catarina de Sena completam o cená-

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rio da fazenda, que é hoje um dos maiores do Brasil, acumulando vários prêmios tanto para os equinos, quanto para os zebuínos. O Tabapuã é uma raça de alto índice de fertilidade, habilidade materna e docilidade, além de apresentar grande velocidade de ganho de peso, características que vêm sendo trabalhadas na seleção da Império das Palmeiras. O criatório conquistou vários prêmios em importantes exposições. Na ExpoZebu/19, foram três prêmios importantes: Barca FIV da GÊ 05 conquistou a premiação de Grande Campeã Nacional; Rosário do Gregg consagrada, Campeã Fêmea Jovem; e o Cacife FIV GÊ 05 o Reservado Grande Campeão e Campeão Touro Jovem. Com isso, o criatório vem ganhando força no melhoramento genético e gado de pista. Em 2021 a Fazenda Império das Palmeiras adquiriu a também premiada CZT Joalheria, Reservada Grande Campeã da ExpoZebu/19 e bicampeã da ExpoRio Preto, 2018 e 2019, em parceria com o Juliano Garcia. No trabalho de seleção do criatório, Renata conta com o apoio dos filhos Isadora, Matheus, Marcela e Pedro, que é médico, mas tem atuando em conjunto com a mãe na pecuária. Eles seguem em busca de conhecimento, informações e parceiros para selecionar um Tabapuã de alto valor genético. Também contam com o apoio de outros criadores amigos em todos os sentidos. As parcerias e os investimentos em tecnologia e no melhoramento genético têm permitido à Fazenda Império das Palmeiras ser referência nacional na seleção do Tabapuã.


Império das Palmeiras Instagram @fazendaimperiodaspalmeiras +55 12 99777-0516 fazpalmeiraguara@gmail.com

BARCA FIV DA GÊ 05 RADIADO FIV DE TABAPUÃ X PALAS FIV DE TABAPUÃ TVCA 591

CACIFE FIV DA GE 05 (TVCA 825) RADIADO FIV DE TABAPUA X IEIXA DO KEBO (LANHO FIV DA PRATA)

ROSARIO DO GREGG (GREG 3158) GALENO FIV DA GOLY X GELEIA 3 MONTANHAS (MARCIANO DA CINEL.) 225


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