hip-hop
PROJETO NATIVO MARGINAL BATALHA DO MITITI “ONDE NÃO HÁ ATIVIDADES CULTURAIS, A VIOLÊNCIA VIRA ESPETÁCULO”.
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endo essa concepção, o projeto nativo marginal Batalha do Miriti foi pensado com intuito de criar opções de entretenimento cultural e interação social para moradores de bairros periféricos, estimulando a busca por conhecimento políticos e acadêmicos através de diálogos, poesias, músicas e batalha de rimas. A idealização do projeto começou em outubro de 2018 e logo após, em novembro, caracterizou-se a primeira Batalha do Miriti na praça da Bandeira. Desde então, o projeto realizou no mínimo uma batalha por mês, as quais ocorrem sempre em locais públicos distintos e está crescendo tanto em número de participantes quanto em nível de conhecimento debatido a cada edição, 1 ano e 11 meses depois de ter ousado sonhar de forma coletiva, a batalha do Mirití alçou voos mais altos. A soma das energias de cada Mc, cada pessoa que cola nas nossas rodas de rimas, somadas à dedicação do grupo organizador e de indivíduos que acreditam na arte e na cultura como ferramentas de transformação de seres humanos levou o integrantes do projeto para a batalha Estadual de Mcs (que representa o caminho para o Nacional) - trabalho em Mutirão fomos representadxs pelo jovem Adrilan de apenas 16 anos e que começou a rimar depois de conhecer a BDM além dos movimentos culturais o projeto
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conta também com trabalhos sociais, como a coleta de 1 quilo de alimento não perecível como inscrição dos MC’s que batalham, e todo o alimento coletado é doado para o projeto social compaixão, através desses movimentos sociais a BDM é convidada para participar em eventos, seja palestrando ou recitando poesias. A Batalha do Miriti, ao longo do seu período de existência, tem se configurado como um espaço de diálogos de resistência baseados na auto-gestão e livre expressão. O caráter crítico, característica inerente ao Hip Hop, é mantido na Batalha de maneira bastante empenhada e com objetivo essencial de realizar um espaço onde o conhecimento e a poesia sejam protagonistas expressados pela juventude periférica do município de Abaetetuba. Considerando o mesmo município como um lugar de poucas oportunidades de cultura para a juventude, associado ao alto índice de criminalidade e os baixos índices de escolaridade, a importância da Batalha do Miriti torna-se ainda mais evidente. Sendo um espaço onde a juventude interessada no rap se encontra e dialoga, a Batalha é um espaço de resistência nesse contexto. Dando protagonismo a juventude periférica e dando importância para a sua voz, a sua poesia, a sua livre expressão. Juntamente disso, a Batalha se processa em si mesma, ou seja,
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