DIVULGA ESCRITOR
Entrevista com o escritor
Carlos Arinto Carlos Arinto, é natural da beira-serra, no interior de Portugal. Sempre escreveu e sempre foi mentiroso, porque a escrita é a arte de dizer mentiras com a verdade e a seriedade do que foi, do que poderia ter sido, do que inventamos e do que gostaríamos que tivesse sido. Poemas de juventude, crônicas e opiniões nos jornais e participação em alguns projectos coletivos. Como não é possível viver da escrita, fui percorrendo os caminhos da marginalidade sem dar nas vistas. Não foi à televisão, não vou às feiras dos livros, não dou autógrafos, não ando em encontros de escritores e não frequento outros agentes patogénicos. Não sou náufrago nem eremita. Faço o que gosto e o que quero e vivo bem com a escrita que alguns gostam, outros detestam e a maioria ignora. É a vida! Espero ser famoso daqui a duzentos anos, preparem-se para o meu aniversário. Actualmente sou gestor de uma associação cultural e de uma associação de prestação de cuidados sociais a idosos. A minha verdade: misturar os jovens com os velhos, criar o belo, construir um futuro com mais capacidades de deslumbramento. Boa leitura!
Portugal está cheio de prémios literários, das autarquias, ao governo, aos casinos, aos comemorativos, aos livreiros. Ganham os juris, ganham as editoras, ganham as notícias (quando as há) só não ganha o autor que continua a ser dispensável. Fico feliz por não estar contaminado com “prémios”. www.divulgaescritor.com | julho | 2021
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