Despertar do Guerreiro

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CONVIDADOS

despertar do guerreiro

diálogos possíveis Além da leitura do conto Cangoma, as atividades iniciais de exploração do tema incluíram ouvir o episódio “Afrofuturismo” (#227), do podcast Mamilos, e assistir aos TEDs “O que é Afrofuturismo”, de Fábio Kabral, e “Afrofuturismo: a Necessidade de Novas Utopias”, de Nátaly Neri. Nessas produções, foi possível verificar que, mais do que um gênero de ficção científica, o Afrofuturismo é um movimento entrelaçado a questões como racismo, genocídio, sobrevivência, desigualdade, privilégio, opressão, lugar de fala e identidade. Em um grupo majoritariamente branco, numa escola de elite, situada num bairro de elite, os alunos não tinham vivência e conhecimento de causa para tratar dessas questões com a profundidade que elas exigem. Com o objetivo de atenuar essa falta de representatividade na sala e criar possibilidades de diálogo, já estava no planejamento do professor Anderson Penha convidar uma série de profissionais negros ligados ao universo das artes para expandir a conversa com a turma, abrir perspectivas e contribuir com ideias para o desenvolvimento do projeto. O artista visual Michel Cena7 acompanhou a turma em todas as aulas (e fora delas, com intervenções muito pertinentes no grupo de WhatsApp da disciplina) e se tornou um coorientador do trabalho. As demais convidadas (Arlete Freitas, Carla Andrade, Ester Lopes, Patricia Abòrisá e Silmara Alves) compareceram de forma esporádica, mas sempre com contribuições valiosas. Nas entrevistas a seguir, é possível conhecer um pouco da trajetória de cada um deles.

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