Urbanismos de Influência Portuguesa

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URBANISMOS DE INFLUÊNCIA PORTUGUESA • [ territórios + planos ]

angola Desde que Diogo Cão aportou à foz do rio Congo, ou Zaire, em 1482, a presença portuguesa no território que constituiu a antiga província ultramarina de Angola limitou-se, até ao século XIX, a uma ocupação assente em feitorias, a partir das quais se fez a penetração para o interior para se efetivarem as trocas comerciais. No período que decorreu desde a chegada de Diogo Cão ao rio Congo até à Conferência de Berlim, em 1855, a ocupação portuguesa procurou garantir pontos de passagem e de abastecimento dos navios que rumavam para a América do Sul, assegurar o transporte de escravos para o Brasil e garantir as relações comerciais com a população local. Com exceção do período do Governador Inocêncio de Sousa Coutinho, que pretendeu libertar a economia angolana da sua dependência do Brasil, a colonização portuguesa em Angola foi acessória da brasileira pois, até à independência daquele território em 1822, Angola foi apenas fornecedora de escravos e a ocupação para o interior limitou-se à realização de trocas comerciais. Após um período de menor investimento no de38

senvolvimento de Angola devido aos problemas políticos ocorridos em Portugal e à independência do Brasil, a abertura de novos portos traduziu-se num surto de urbanização. Contudo, a verdadeira ocupação ocorreu após a legitimação da posse dos territórios portugueses em África que aconteceu com a Conferência de Berlim. Entre 1836 e 1870 destaca-se o papel do Marquês de Sá da Bandeira, que criou um elevado número de municípios, datando deste período o primeiro ensaio de colonização dirigida no planalto da Huíla. Neste esforço destinado a fomentar o povoamento branco, Norton de Matos fundou, em 1913, no planalto central, a cidade que, pela sua localização geográfica, deveria tornar-se a futura capital de Angola e se designou por Nova Lisboa. Após a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de afirmar o controlo territorial fez surgir uma série de centros administrativos, tendo o Governo central procurado incrementar a fixação de população branca como forma de sobrevivência da colónia. Contudo, a conjuntura da África negra não era favorável a este modelo. Após a conferência de Bandoeng1, em 1955, assistiu-se à libertação progressiva dos estados africanos e Portugal, isolado politicamente, ficou sujeito às pressões internacionais que culminaram com a eclosão da guerra colonial em 1961. Para concretizar o sonho do povoamento branco de Angola, durante a década de cinquenta incentivou-se a colonização dirigida, que permitiria assegurar a ocupação efetiva dos

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Designação oficial da cidade durante o período de colonização holandesa.


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