Revista Abigraf 315

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Clovis Castanho aponta caminhos proporcionados pelo METAVERSO desde ambiente de treinamento até otimização de desempenho

Grande festa comemorativa dos 30 anos do PRÊMIO FERNANDO PINI mostra a excelência e maturidade da indústria gráfica brasileira

Conheça as respostas obtidas por Hamilton Costa em teste feito no CHATGPT : genéricas, sem serem equivocadas, e princípios válidos

REVISTA ISSN 0103•572X ARTE & INDÚSTRIA GRÁFICA • ANO XLVIII • JAN/MAR 2023 • Nº 315

REVISTA ABIGRAF

ISSN 0103-572X

Publicação trimestral

Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 529 (Paraíso)

04103-000 São Paulo SP

Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550

E-mail: abigraf@abigraf.org.br

Home page: www.abigraf.org.br

Presidente da Abigraf Nacional: Sidney Anversa Victor

Presidente da Abigraf Regional SP: João Scortecci

Gerente Geral: Wagner J. Silva

Conselho Editorial: Fábio Gabriel, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Rogério Camilo, Sidney

Anversa Victor, Tânia Galluzzi e Wagner Silva

Elaboração: Gramani Editora Eireli

Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3887.1515

E-mail: editoracg@gmail.com

Editor: Plinio Gramani Filho

Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26897) e Evanildo da Silveira

Colaboradores: Bruno Mortara, Hamilton Terni Costa, João Scortecci, Ricardo Maravalhas e Roberto Nogueira Ferreira

Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli

Editoração Eletrônica e Fechamento de Arquivos: Studio52

Papel do miolo: Printart Plus 83 g/m², da BO Paper

Enobrecimento da Capa: Green Packing (verniz UV e aplicação de hot stamping com fitas da MP do Brasil/ K Laser)

Impressão e acabamento: Elyon Soluções Gráficas

Acesse:

www.abigraf.org.br/revista-abigraf

Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

Sobre Tudo de Você, acrílica, spray, vinílica e posca sobre tela, 160 × 120 cm, 2022

TALY COHEN. A artista da capa

Nascida em 1978, Taly Cohen é uma artista contemporânea radicada na cidade de São Paulo. Sua pesquisa traz fragmentos do espaço urbano em que ela vive, sua herança cultural e poética. A arte de Cohen é reconhecida por criar um diálogo entre a cor e a forma, que contrastam com dinâmicas minimalistas e são usadas para criar um visual intenso, quase emocional, mas, ao mesmo tempo, equilibradas com elementos simples, que criam um ritmo rápido e dinâmico. As fortes linhas sinuosas de seu trabalho, sobrepostas em visões abstratas e oníricas aludem à linhagem de uma pessoa em particular, a própria ancestralidade de Cohen, e suas vertentes estão relacionadas à maneira como a artista conecta os elementos visuais para contar sua história. Ela homenageia a sobrevivência de seus avós durante a 2ª Guerra Mundial e sua paixão e respeito pela vida. Suas pinturas incorporam vinílica, tinta acrílica, tinta spray, colagem e caneta. Já participou de importantes exposições e hoje é representada em galerias de Nova York, Shanghai, Lausanne, Miami, São Paulo e Balneário Camboriú, assim como pela plataforma internacional Artsy.

Desempenho de livros é animador

Setor livreiro fecha 2022 com números ainda mais expressivos do que os atingidos no ano anterior. No total, foram vendidos 58,61 milhões de livros, com faturamento de R$ 2,54 bilhões.

ChatGPT já entrou na nossa vida

FUNDADA

Hamilton Costa revê os impactos das tecnologias digitais na indústria da impressão à luz da inteligência artificial generativa que vem dominando as conversas sobre inovação.

EM 1965
Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)
14 28 4 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

O Metaverso e a indústria gráfica

Especialista em experiências imersivas, Clovis Castanho, que atuou no setor gráfico por mais de 20 anos, fala sobre as oportunidades abertas pelo Metaverso para as empresas do setor.

A grande festa do setor voltou

No dia 29 de novembro aconteceu a cerimônia de entrega da 30ª edição do Prêmio Fernando Pini, na qual 31 gráficas e 10 fornecedores conquistaram 65 conta-fios dourados. P+E, Ipsis e Belton foram as estrelas da noite.

As vantagens da normalização

O setor gráfico conta hoje com 65 normas. Equivalentes nacionais às normas ISO, trazem vantagens como padronização, eficiência, qualidade e conformidade, como detalha Bruno Mortara em seu artigo.

Gestão de dados pessoais na LGPD

Artigo de Ricardo Maravalhas, diretor da DPOnet, aborda os impactos do novo regulamento sobre a dosimetria das sanções da LGPD, que entrou em vigor no dia 27 de fevereiro.

Olhar generoso de Maria Paula

Com seu trabalho, Maria Paula Vieira, fotógrafa e ativista dos direitos das pessoas com deficiência, empodera mulheres oprimidas por uma sociedade que insiste em julgar e desvalorizar o diferente.

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO

Bobst vê o mercado com otimismo

Diretoria fala sobre os passos da companhia no passado recente e se mostra confiante em relação a 2023. Com vários projetos em andamento, a Bobst mantém o foco na conectividade e na automação.

38 42 46 Editorial/Sidney Anversa Victor 6 Rotativa/Noticiário Geral 8 Mercado Editorial 14 Entrevista/Clovis Castanho ............................ 16 30º Prêmio Fernando Pini 18 Gestão/Hamilton Terni Costa 28 Afeigraf/Estratégias para 2023 32 Embalagens/Bobst Brasil 33 Podcast/Ondas Impressas 34 Livro 100 Anos Sindigraf-SP 36 Normas CB-27/Bruno Mortara 38 Enobrecimento/GreenPacking 40 LGPD/Ricardo Maravalhas .............................. 42 Conexão Brasília/Roberto N.Ferreira 44 Fotografia/Maria Paula Vieira 46 Memória/Christian Vorländer 48 Raízes/Virginia Woolf 49 Mensagem/João Scortecci 50
16 18
33 5 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

Sucesso é o resultado do bom trabalho em equipe

A Abigraf Nacional vem atuando em diversas vertentes para defender e unir o setor gráfico brasileiro.

Manifesto meu agradecimento a todos vocês, que nesses quase dois anos de mandato têm apoiado a minha gestão, nos desafios e superações, e sem o que não teria sido possível cumprir a missão essencial da entidade de promover a melhora no ambiente de negócios e o desenvolvimento de seus associados, além de liderar, integrar e representar o setor gráfico brasileiro.

Esse período foi muito produtivo para a nossa indústria, marcado principalmente pelo retorno dos eventos e feiras do setor. Realizamos o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, e em conjunto com outras entidades do setor, o Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil e o 23º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica. Essas ações são fundamentais para se entender o mercado e têm o propósito de aumentar o desenvolvimento econômico e a competitividade da Indústria Gráfica Brasileira. Além disso, com o apoio das gráficas de todo o País e dos demais agentes do mercado, criamos a Abitec – Divisão de Inovação e Tecnologia Gráfica de nossa entidade, com o objetivo de oferecer atividades de capacitação e qualificação profissional e de gestão.

Continuamos disseminando nossa missão e iniciamos as tratativas para instalação da Abigraf Regional Amapá, além da regularização da Abigraf Regional Pará. Mediante Termo de Cooperação assinado com a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, assumimos a coordenação e secretaria do Comitê Brasileiro de Comunicação e Imagem Impressas (CB-027), que atua na elaboração e revisão das normas técnicas do nosso setor.

Tais iniciativas juntam-se ao compromisso de agir permanentemente na defesa dos interesses setoriais, atuando junto ao Congresso Nacional na preservação da obrigatoriedade das bulas impressas nos medicamentos, além da representação

em defesa dos interesses da indústria gráfica brasileira na legislação relacionada à logística reversa de embalagens de papel e papelão.

Acompanhamos o andamento das propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, assim como também desenvolvemos diversas ações parlamentares junto às comissões visando a aprovação de importantes projetos para nosso setor, tais como: PL 10.104/2018 e PLC 137/2018.

Recentemente, elaboramos a quarta edição da Cartilha Vote no Impresso, publicação voltada a auxiliar os candidatos e as gráficas sobre as legislações eleitorais. Não podemos esquecer da nossa participação na revitalização da sede, que passou por uma grande transformação para receber e atender ainda melhor os empresários e profissionais da indústria gráfica e, para finalizar, a TV Abigraf, um canal aberto ao público, que busca valorizar a comunicação impressa trazendo as novidades sobre o setor.

Com a certeza de que estamos no caminho certo, produzindo e trabalhando em equipe para o desenvolvimento da nossa indústria e com olhar atento às inovações, que venham mais desafios e oportunidades!

sidney@congraf.com.br

Sidney Anversa Victor
EDITORIAL
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional)
ESTAMOS TRABALHANDO EM EQUIPE PARA O DESENVOLVIMENTO DA NOSSA INDÚSTRIA 6 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

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Projeto Aliança 360 envolve três grandes marcas

Grupo Fedrigoni faz parceria com

a Konita Brasil

Desde novembro último, a Konita Brasil é Master Distribuidora em todo o território brasileiro dos produtos do Grupo Fedrigoni. Fundada em 1888, a Fedrigoni é tradicional fabricante de papéis finos. Com oito fábricas localizadas na Europa, a empresa produz papéis para embalagens de luxo, publicações premium, rótulos high end e materiais autoadesivos, com presença global em 132 países e 4.500 funcionários. Com a recente aquisição da empresa espanhola Guarro Casas, a Fedrigoni expandiu o seu portfólio ingressando no mercado

de produtos para revestimento de alta qualidade.

A Konita Brasil iniciou suas atividades como Fox Cargo Importação e Exportação, atendendo o mercado nacional desde 1996 com o fornecimento de chapas de impressão offset. Em 2020, ampliando suas atividades, a empresa ingressou no mercado de papéis especiais e se tornou protagonista importante na importação e distribuição de papéis finos e de revestimento.

www.fedrigoni.com

www.konitabrasil.com.br

Novo Centro de Operações da Koenig & Bauer

Parceria inédita no mercado gráfico nacional, a Aliança 360 foi anunciada em fevereiro contando com a colaboração de três grandes empresas Agfa Gevaert, Koenig & Bauer e Toyo Ink , que compartilham mutuamente seus conhecimentos e experiências aos alunos, profissionais e líderes do setor gráfico. O Projeto Gráfico do Futuro – Aliança 360, primeiro fruto dessa iniciativa pela educação e informação, deu o passo inicial em 7 de fevereiro (Dia do Gráfico), na Escola Senai Theobaldo De Nigris, em São Paulo. No dia seguinte, o projeto foi ao Senai José Ephim Mindlin, em Barueri (SP). Quando partir pelo País, o que será anunciado em breve, o projeto abordará as necessidades práticas do cotidiano dos gráficos por meio de palestras e workshops sem custo algum aos participantes.

Paulo Faria, diretor geral da Koenig & Bauer Brasil, destaca: “O Gráfico do Futuro – Aliança 360 nasce no Senai, que é o berço de aprendizado dos alunos que formarão o amanhã da indústria gráfica”. Ele reforça que, nessa primeira edição do projeto, mais de 500 alunos terão a oportunidade de ampliar conhecimento, inclusive com visitas a gráficas de diferentes perfis de impressão. Vlamir Ma ra fiotti, gerente de Produtos, Tecnologia e Mar ke ting da Agfa Gevaert, acrescenta que “os encontros pelo Brasil serão oportunidades para conversarmos sobre sistemas de gestão, impressão e novos insumos”. Para Isao Kameoka, presidente da Toyo Ink Brasil, “o projeto é fonte de informação que, com o passar do tempo, vai formar uma enciclopédia do conhecimento”.

E stá em plena atividade, desde dezembro, o Centro de Operações da Koenig & Bauer, totalmente unificado e com estoque completo de peças e serviços. Ocupando uma área de mil metros quadrados, em Barueri (SP), as novas instalações agregam os departamentos dentro de um ambiente moderno e motivador. “O novo Centro de Operações é a fatia que completa o nosso portfólio de atendimento. A localização aperfeiçoa

reforçando a confiança entre fornecedor e cliente. O local foi desenhado para funcionar sem barreiras, deixando a equipe livre para interagir. Assim, o fluxo de trabalho ganha eficiência e agilidade, afinal nosso foco é atendimento completo. O pós­venda é cada vez mais forte e o setor de peças e serviços tem precisão e amplo estoque”, ressalta Paulo Faria, diretor geral da Koenig & Bauer Brasil. www.koenig‑bauer.com.br

ROTATIVA
8 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
A primeira apresentação do Projeto Aliança 360, na Escola Senai Theobaldo De Nigris, foi feita por (E/D): Vlamir Marafiotti, gerente de Produtos, Tecnologia e Marketing da Agfa Gevaert; Douglas Guedes, gerente nacional de Vendas, e Paulo Faria, diretor geral, ambos da Koenig & Bauer Brasil; e André Nato Machado, gerente offset/inkjet da Toyo Ink Latam

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Santa Catarina sediou o 5º Seminário Sul Brasileiro

Após um hiato de quatro anos, por conta da realização do Congraf, em 2019, e das restrições impostas pela pandemia da Covid ­19, o 5º Seminário Sul Brasileiro da Indústria Gráfica reuniu mais de 280 participantes no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis (SC), no dia 12 de novembro último. Concebido e promovido pelas Abigrafs de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, a 4ª edição do evento havia ocorrido em 2018, no Estado gaúcho.

Sob o tema “Atitude é o que nos conecta”, o Seminário teve palestras voltadas à demonstração de cases de sucesso, perspectivas do mercado gráfico, impulsionamento dos negócios e motivacionais. Evandro Volpato, presidente da anfitriã Abigraf­SC , saudou os presentes, ressaltando a importância de eventos como esse para a troca de conhecimento e o fortalecimento das relações entre os gráficos. Em seguida, falaram os presidentes das Abigrafs do Rio Grande do Sul, Roque Noschang, e do Paraná,

Marcos Dybas do Nascimento; o vice ­ presidente da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna; e o vice ­ presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Fernando Rocha. Na ocasião, foi também exibido um vídeo com as palavras do presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

PREMIAÇÃO – Na véspera do Seminário, no mesmo local, ocorreu a cerimônia de entrega do IV Prêmio Catarinense de Excelência Gráfica, disputado por 332 produtos inscritos em 38 categorias, sob a avaliação da Faculdade Senai – Campus Theobaldo De Nigris (Mooca), de São Paulo. As duas maiores vencedoras foram a Rocha Gráfica e Editora, com 10 troféus, seguida pela Elbert Indústria Gráfica, com 9. Ficaram com 4 troféus a Arcus Embalagens, a Gráfica Natal Editora e a Tipotil Indústria Gráfica; com 3, a 43 Gráfica Editora; e com um, a Grafimax Indústria Gráfica, a M&R Impressões Gráficas, a Sulforms Indústria e Comércio e a Gráfica Willejack.

Nova fábrica de papelão ondulado da WestRock

Fornecedora de soluções sustentáveis de embalagens de papel e papelão ondulado, que acaba de completar 80 anos no Brasil, a WestRock anunciou novos investimentos para eficiência e diversificação em suas unidades de embalagens e uma nova fábrica de papelão ondulado, em Itupeva, a terceira no Estado de São Paulo. Com isso, a empresa consolida o seu ciclo de investimentos dos dois últimos anos, que já somam R$ 660 milhões, para aumento da capacidade de produção em todo o seu negócio integrado. O início de operações da Fábrica de Embalagens de Itupeva está previsto para maio deste ano. A nova unidade vai integrar

Desconto para associados Abigraf na adequação à LGPD

C iente de que a proteção de dados é uma questão crucial para o sucesso de seus associados e comprometida com a iniciativa de trazer soluções para as mudanças necessárias com relação à LGPD, a Abigraf firmou uma parceria estratégica para atender e solucionar as necessidades legais dos seus filiados nessa área.

e converter chapas produzidas nas unidades de Araçatuba e Porto Feliz, bem como chapas de micro ­ ondulado e de papel reciclado, entre outras. “A nova operação terá como característica a flexibilidade para atender a diferentes tipos de pedidos, inclusive fragmentados, produtos simples ou complexos, além de itens que necessitem maior velocidade de resposta”, detalha Vinícius Soares, vice ­presidente Comercial, Marketing e Inovação da WestRock Brasil.

A fábrica de Itupeva contará com tecnologia para impressão na face interna das embalagens, diferencial muito importante para clientes de e-commerce

Vinícius Soares, vice‑presidente Comercial, Marketing e Inovação da WestRock Brasil

Contará também com linhas de montagem, laminação e custo

mização manuais que permiti

rão a produção de itens especiais, acessórios e composição de kits. www.solutions.westrock.com

Trata ­se de parceria celebrada com a DPO net, empresa de soft ware de adequação à LGPD e gestão da proteção de dados pessoais. A DPO net atua para democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD por meio de uma plataforma SaaS completa de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados, com serviço de DPO embarcado, atendimentos de titulares, que utiliza o conceito de Business Process Outsourcing (BPO).

Por meio dessa parceria, os associados da Abigraf terão a possibilidade de adequar­se às exigências da lei beneficiando­se de um desconto de 20% sobre o custo da mensalidade desse serviço. Para saber mais sobre o tema LGPD, veja artigo do diretor da DPO net, Ricardo Maravalhas, na página 42 desta edição.

10 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023 ROTATIVA

Tintas Hubergroup para embalagens de alimentos

Hubergroup Print Solutions acaba de lançar o primeiro conjunto de tintas para impressoras offset rotativas coldset e heatset para embalagens de papel compatíveis com alimentos. São as tintas sem óleo mineral e de baixa migração MGA Food News e MGA Evolution, inicialmente disponíveis na Europa e na Ásia. “Até agora, as tintas offset de baixa migração só eram usadas na impressão plana. Com a ajuda de um aglutinante especial e a cuidadosa seleção de matérias­primas e métodos de produção, desenvolvemos as primeiras tintas de baixa migração e de baixo teor de odor para rotativas offset. Como a segurança e a sustentabilidade são nossas principais prioridades,

trabalhamos em estreita colaboração com nossos especialistas da área de impressão offset plana, que desenvolvem tintas para embalagens de alimentos há muitos anos”, informa Thomas Stumpf, diretor Weboffset do Hubergroup. Além do trabalho de laboratório, a empresa realizou extensos testes práticos em cooperação com conhecidos proprietários de marcas, gráficas e o fabricante de papel especial Drewsen. As novas tintas são ideais para embalagens de papel no setor alimentício, a exemplo de produtos assados, fast food como hamburgueres, produtos da charcutaria, e outras. www.hubergroup.com

Epson atualiza linha de impressão sublimática

AEpson disponibiliza para o mercado brasileiro a nova geração da linha SureColor Série F para impressão sublimática de grandes formatos. São a SureColor F6470, com 4 tintas (CMYK ), e a SureColor F6470H, que inclui o amarelo e o rosa fluorescentes. Elas substituem a F6370 e possuem cabeça de impressão PrecisionCore Micro TFP, de 1,33 polegada, e sistema de verificação de bicos (NVT ). Criadas para produções personalizadas e sob demanda, a F6470 atinge uma velocidade de impressão de até 76 m² por hora, enquanto a F6470H, com tintas fluorescentes, chega a 37 m². Ambas têm 44 polegadas de largura e possuem sistema integrado de pacotes de tinta UltraChrome DS, de 1,6 litro, o

que possibilita fluxos ininterruptos, com alta saturação das cores e contraste. A técnica da sublimação consiste em realizar a impressão por jato de tinta em papel, que depois é aplicado no material por transferência térmica usando uma prensa.

www.epson.com.br

Konica Minolta comemora 150 anos de história

Em fevereiro, Fiery, fornecedor de tecnologia de front-end digital (DFE) para impressões industriais e de produção, anunciou que se separou da Electronics for Imaging (EFI) e se estabeleceu como uma empresa individual que irá operar por conta própria. Ambas as empresas continuam sendo propriedade do Siris Capital Group e mantêm uma estreita parceria, porém agora cada qual com foco em seus mercados específicos.

Tornar­se independente, deixa o Fiery em uma posição melhor para acelerar o investimento e expandir estrategicamente sua presença em outras áreas importantes. Toby Weiss (foto), que há muito tempo exerce o cargo de diretor de operações (CEO) e gerente geral do Fiery, continuará atuando como CEO, enquanto Jeff Jacobson desempenhará o cargo de presidente executivo, tanto da EFI quanto do Fiery.

sediada em Tóquio e criada pela joint venture formada pela Konica (fundada por Rokusaburo Sugiura em 1873) com a Minolta (fundada por Kazuo Tashima em 1928), em um século e meio a Konica Minolta construiu uma sólida reputação no segmento fotográfico e de filmes, evoluindo para o desenvolvimento de outras tecnologias na área óptica e de imagem, com uma gama de produtos que inclui copiadoras e sistemas de impressão de alta qualidade.

35 ANOS DE BRASIL

A empresa iniciou suas operações no Brasil em 1988, em Manaus (AM), dedicando ­ se à fabricação

de copiadoras. No mesmo ano abriu um escritório em São Paulo. Em 2003, após a oficialização internacional da fusão entre a Konica e a Minolta, a marca Konica Minolta passou a atuar fortemente no Brasil, ampliando ano a ano a sua participação no mercado de impressão digital colorida, monocromática e de impressão corporativa através de sua linha de multifuncionais. Ao longo dos anos, construiu uma robusta estrutura de revendas autorizadas no País, totalizando hoje cerca de 60 parceiros para atender todo o território nacional em níveis comercial e técnico.

www.konicaminolta.com.br

Fiery se separa da EFI e agora tem vida própria
12 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023 ROTATIVA

Mercado de livros mantém curva de crescimento

Apresentando um ótimo desempenho em dezembro, o mercado de livros fechou o ano de 2022 com números superiores aos bons resultados que já havia registrado em 2021.

Osetor livreiro encerrou 2022 com ótimas notícias. O excelente desempenho alcançado em dezembro1, com 5,77 milhões de livros comercializados e receita de R$ 270,69 milhões, representou um incremento de 6,16% e 15,18%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2021. Mesmo com um número menor de ISBN o que mostra uma menor bibliodiversidade e a ausência de grandes ações promocionais, o período registrou números expressivos com crescimento em volume de unidades e valor auferido.

Isso contribuiu decisivamente para fechar o ano de forma muito positiva, com desempenho superior aos bons resultados obtidos em 2021, consolidando uma curva de desempenho ascendente do setor. No total, foram vendidos 58,61 milhões de livros em 2022, crescimento de 2,98% sobre os 56,91 milhões do ano anterior. No faturamento, a evolução foi ainda maior com um total de R$ 2,54 bilhões, número 8,33% superior aos R$ 2,35 bilhões de 2021.

Para Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Snel, “2022 iniciou forte, ainda no impulso das boas vendas de 2021 em Ficção, combinadas com a retomada do Educacional. Ao longo do ano, entretanto, a escalada da inflação passou a comprometer o poder de compra das famílias e os custos da indústria, levando a uma desaceleração das

1 Período 13: 2021 (6/12/21 a 2/1/2022)

– 2022 (5/12/2022 a 1/1/2023)

vendas. Felizmente, o último período nos trouxe uma agradável surpresa, levando a um fechamento do ano com crescimento real e superando assim mercados maduros como França, Alemanha e Estados Unidos, que fecharam um pouco abaixo de 2021.”

A pesquisa “13 º Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2022” foi realizada pela Nielsen Book do Brasil e divulgada pelo Snel. Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados do País.

MERCADO EDITORIAL
COMPARATIVO 13º PERÍODO – 2022 x 2021 2021 2022 VARIAÇÃO VOLUME 5.432.792 5.767.600 6,16% VALOR R$ 235.007.166,44 R$ 270.691.679,71 15,18% ISBN 154.292 152.900 – 0,90% PREÇO MÉDIO R$ 43,26 R$ 46,93 8,50% DESCONTO MÉDIO 21,92% 20,79% – 1,13 p.p. T. Mercado – Período 13: 2021 (06/12/2021 a 02/01/2022) x 2022 (05/12/2022 a 01/01/2023). Fonte: Nielsen BookData | Nielsen BookScan. VALOR (acumulado YTD 01/52, em R$ bilhões) Setor livreiro fecha o ano de 2022 com superioridade tanto em valor quanto em volume T. Mercado –
WK01/WK52:
(04/01/2021 a 02/01/2022) x 2022 (03/01/2022 a 01/01/2023).
2,349 2021 2022 2,545 8,33% VOLUME (acumulado YTD 01/52, em milhões de unidades) 56,912 2021 2022 58,607 2,98% 14 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
Acumulado
2021
Fonte: Nielsen BookData | Nielsen BookScan.

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Clovis Castanho

O Metaverso morreu. Viva o Metaverso!

Clovis Castanho é um dos poucos profissionais brasileiros que pode sustentar o título de especialista em artes gráficas 2D e 3D Formado pela Escola Senai Theobaldo De Nigris, atuou como docente da instituição por mais de 10 anos, participando da criação da Faculdade de Tecnologia Gráfica. Depois de uma década de Xerox no Rio de Janeiro, a partir de 2013 passou a se envolver com a área de experiências imersivas. Pioneiro na entrega de projetos que envolvem tecnologias de Realidade Aumentada e Virtual para aumento de performance de pessoas e processos, é hoje diretor comercial da Spot Soluções. Nesta entrevista, Clovis fala sobre as oportunidades abertas pelo Metaverso na indústria gráfica.

Você está lançando um livro sobre o Metaverso, com um capítulo sobre a indústria gráfica. Fale sobre ele e a relação que você faz entre esses dois universos.

O livro deve ser finalizado em maio e o título provisório é O Metaverso morreu. Viva o Metaverso! Muita gente se equivoca ao achar que porque a Meta [ex-Facebook] não está indo muito bem, o Metaverso não vai para frente, quando na verdade o negócio está pegando fogo. No último levantamento que fiz, verifiquei aqui algo em torno de 250 empresas investindo em todas as frentes relacionadas ao Metaverso. O número de projetos em que tenho me envolvido só tem crescido. As empresas buscam soluções de Metaverso para as mais diferentes necessidades, seja para criar um ambiente interno de treinamento até aplicações de melhoria de performance.

Esse é um dos primeiros pontos de conexão da indústria gráfica com o Metaverso, certo?

A coisa mais evidente hoje como oportunidade para o ambiente gráfico são treinamentos realizados em ambientes imersivos. Estamos falando desde simuladores que podem fazer com que você seja treinado numa máquina offset de última geração sem necessariamente ter a máquina na sua frente, até treinamentos gerenciais de soft skills.

Na área gráfica ainda não há treinamentos com essa tecnologia, mas na manutenção dos equipamentos sim. Você acha que esse é o caminho natural para a penetração de tecnologias imersivas no setor?

Com certeza. A HP apresentou isso na ExpoPrint 2022. A Xerox tem uma divisão só de manutenção utilizando Realidade Aumentada e outras tantas empresas estão entrando nisso. Quando você entra nessa temática de manutenção ou de orientação do operador para realizar determinada atividade, a facilidade de o operador colocar os óculos e os hologramas sobre a máquina mostrarem o que deve ser feito agrega um valor enorme. Quanto mais a gráfica conseguir reduzir os tempos de máquina parada maior será a produtividade e o lucro.

Quais são as outras aplicações das ferramentas do Metaverso na indústria da impressão?

ENTREVISTA
Por: Tânia Galluzzi
16 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Falamos da aplicação na parte operacional e agora podemos olhar para as aplicações da Realidade Aumentada no produto gráfico, que eu divido em três categorias. A primeira, é no segmento de embalagens. Uma embalagem pode ser um grande disparador de conteúdos virtuais holográficos, por exemplo, ensinando o consumidor a usar o produto. E essa interação pode gerar dados para o marketing da marca.

O segundo segmento, é dos livros. É possível aplicar inúmeras técnicas em livros de qualquer natureza para o disparo de elementos de Realidade Aumentada, agregando valor através de uma camada digital em cima de um produto. Aí muita gente pode questionar: mas não é a mesma coisa que um QR Code, que também leva o leitor para um conteúdo digital? A questão é que o QR Code transporta o leitor para a Internet. A pessoa se desconecta do impresso. A Realidade Aumentada possibilita que o impresso seja a âncora da informação.

faz muito tempo. Voltar a conversar com a área de marketing ao invés de continuar conversando com a área de compras. O jogo se inverte, o impresso passa a ser visto como solução, não mais como custo.

Mas a Realidade Aumentada não é nova. Todos já ouvimos falar muito sobre isso, mas na prática pouquíssimo foi feito além do Papai Noel em cima do panetone, como você diz. O Metaverso muda algo em relação a esse cenário?

CONTINUAMOS FORMANDO PROFISSIONAIS PARA A ÁREA GRÁFICA COMO SE FAZIA HÁ 20 ANOS. MUDAR ESSE PANORAMA É O PRIMEIRO E TALVEZ

MAIS EFETIVO PASSO PARA ACELERAR A ADOÇÃO DESSA E DE TANTAS OUTRAS TECNOLOGIAS, ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIAS PARA ESSE MERCADO.

Boa parte das pessoas resume o Metaverso ao uso de óculos que nos transportam a um mundo virtual qualquer. Só que o Metaverso não se reduz a isso. Existem várias formas de você se valer desse conceito chamado Metaverso.

No Brasil temos um conjunto de fatores que dificultam a disseminação de projetos de Realidade Aumentada.

E no terceiro segmento, num guarda­chuva bem mais amplo, estão os impressos comerciais em geral, nos quais você pode colocar, por exemplo, campanhas de incentivo. Pouco antes da pandemia desenvolvemos uma campanha para uma grande rede de supermercado.

A partir do aplicativo do varejista, o consumidor apontava para a gôndola e abria­se na sua frente um balão flutuante. Quando o consumidor clicava, explodindo o balão virtual, imediatamente o sistema liberava o desconto de um produto. Mas esse não era um produto qualquer. Por trás, havia um sistema conectado com a área de marketing do supermercado, que identificava qual era a loja em que o consumidor estava, apresentando ali ofertas específicas, dependendo da região, do horário e até da temperatura, a partir de dados do Climatempo. Isso abre uma porta que o gráfico perdeu

O primeiro e maior é o número reduzido de profissionais que realmente conhecem a tecnologia. Raríssimas são as empresas gráficas que oferecem algum tipo de serviço envolvendo a Realidade Aumentada. Número dois: o entendimento de que a aplicação não se restringe a um boneco, um holograma dançando sobre o impresso. A Realidade Aumentada tem de estar conectada a sistemas mais complexos que possibilitem, principalmente, a coleta de dados para as áreas de marketing.

Por que o gráfico é tão refratário à ideia de se aprofundar nesse tipo de tecnologia?

Na minha opinião o problema está, em grande parte, na formação. Continuamos formando profissionais para a área gráfica como se fazia há 20 anos. Mudar esse panorama é o primeiro e talvez mais efetivo passo para acelerar a adoção dessa e de tantas outras tecnologias, absolutamente necessárias para esse mercado.

17 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

Prêmio Fernando Pini

comemora suas trinta edições

P+E repete desempenho de 2018 e 2019, liderando a lista de ganhadores com 10 prêmios. Ipsis leva sete conta-fios dourados e reina no Segmento Livros. Com seis conquistas, Belton foi a terceira mais premiada da noite, seguida pela Corgraf, com cinco, e Malires, Digital Printz e Plural com três troféus cada uma.

Depois de um hiato de dois anos provocado pela pandemia de Covid­19, no dia 29 de novembro aconteceu a cerimônia de entrega da 30 ª edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. O evento foi realizado no Clube Círculo Militar, em São Paulo, com a participação de cerca de 750 pessoas. O concurso nacional registrou a inscrição de 1.227 produtos, ultrapassando os 1.122 de 2019. No total foram distribuídos 65 conta­fios dourados às 30 gráficas premiadas. Entre

os fornecedores, o destaque ficou com a Heidelberg, vencedora em seis categorias. Dez fornecedores receberam os 16 troféus da categoria.

A grande ganhadora da noite, P+E, conquistou dois Grand Prix: Melhor Impressão Digital e Melhor Acabamento Editorial, ambos com o fotolivro Ambar Gallery, do fotógrafo Guto Ambar. A Ipsis levou o Grand Prix em Melhor Impressão Offset Plana, com o livro Cais, de Aderi Costa. Já o prêmio de Melhor Impressão Rotativa Heatset ficou com a Plural, com a edição 149 do jornal Le Monde Diplomatique,

NÚMEROS DO 30º PRÊMIO 65 TROFÉUS São Paulo 40 (61,5%) Outros Estados 25 (38,5%) 30 EMPRESAS PREMIADAS DE 5 ESTADOS São Paulo 18 (60%) Outros Estados 12 (40%) 30º PRÊMIO BRASILEIRO DE EXCELÊNCIA GRÁFICA FERNANDO PINI
18 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
Por: Tânia Galluzzi

CONQUISTADOS POR ESTADO

do Le Monde Diplomatique Brasil. Fechando a categoria Atributo Técnico do Processo, a Salinas Embalagem recebeu o Grand Prix de Melhor Acabamento Cartotécnico com o Cubo Paulistânia Cerveja Artesanal, da Bier Wein.

10 PRÊMIOS

◆ P+E (SP) 7 PRÊMIOS

◆ Ipsis (SP)

6 PRÊMIOS

◆ Belton (PR)

5 PRÊMIOS

◆ Corgraf (PR)

3 PRÊMIOS

◆ Digital Printz (SP)

◆ Malires (PR)

◆ Plural (SP)

2 PRÊMIOS

◆ Laborprint (SP)

◆ Lupagraf (RS)

◆ Ótima (PR)

◆ Pigma (SP)

◆ Primi (SP)

1 PRÊMIO

◆ ACCO (SP)

◆ Antilhas (SP)

◆ Athalaia (DF)

◆ Delta (PR)

◆ Eskenazi (SP)

◆ FTD (SP)

◆ Leograf (SP)

◆ Mais Type (SP)

◆ Midiograf (PR)

◆ O Estado de S.Paulo

◆ Posigraf (PR)

◆ Qualidade (DF)

◆ 43 (SC)

◆ Rami (SP)

◆ Rocha (SC)

◆ Salinas (SP)

◆ Tiliform (SP)

FORNECEDORES VENCEDORES POR

◆ Equipamentos de Impressão Offset ◆ Equipamentos para Pré-impressão, Sistemas e CTPs

SUZANO

Papel Revestido

◆ Papel Não Revestido

AGFA DO BRASIL

Equipamentos para Impressão

Digital em Grandes Formatos

CANOPUS QUÍMICA

Vernizes

COLACRIL

Papel Autoadesivo (Papel)

GMG COLOR

Sistemas de Provas

HENKEL

Adesivos (Cola)

HP BRASIL

Equipamentos para Impressão Digital

IBEMA

Cartão com e sem Revestimento

SUN CHEMICAL

Tintas

O Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica também retornou, produzido pela Gramani Editora. A 23 ª edição foi lançada na festa, com direito a homenagem a Plinio Gramani, editor da Revista Abigraf e do Anuário. Outro produto apresentado na noite de 29 de novembro foi o Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil 2022, feito pela RH Couto Consultoria. Ambos os projetos foram apoiados e realizados graças a um esforço conjunto das entidades representativas do setor da comunicação impressa: Abro, Abigraf Nacional, Abigraf­SP e Sindigraf­SP

TROFÉUS FORNECEDORES VENCEDORES 2022 EMPRESA PRÊMIOS Heidelberg 6 Suzano 2 Agfa do Brasil 1 Canopus 1 Colacril 1 GMG Color 1 Henkel 1 HP Brasil 1 Ibema 1 Sun Chemical 1 RANKING DE FORNECEDORES 1997–2022 EMPRESA PRÊMIOS Heidelberg 56 Suzano 46 Agfa 29 HP 28 Sun Chemical 15 Müller Martini 12 Actega 11 Colacril 10 Epson 9 Cromos 7 Henkel 7 International Paper 7 Day Brasil 6 Goss 6 Kodak 6 Adecol/HB Fuller 5 Fedrigoni 3 Arjo Wiggins 2 Avery Dennison 2 Bottcher 2 Canopus 2 Copygraf 2 IBF 2 Manroland 2 Adobe 1 Apple 1 Artecola 1 Canon 1 Flint Group 1 Fujifilm 1 GMG Color 1 Guarani 1 Papirus 1 Prolam 1 Weilburger 1

O 30 º Prêmio Fernando Pini foi promovido pela Abigraf, com a coordenação técnica a cargo da Faculdade Senai – Campus Theobaldo De Nigris (Mooca).

19 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

EMPRESAS PREMIADAS EM 2022
◆ WGD (SP) ESTADO EMPRESAS PRÊMIOS SP 18 40 PR 7 19 DF 2 2 RS 1 2 SC 2 2 Total 30 65
CATEGORIA HEIDELBERG
Software
de Gerenciamento de Cores ◆ Blanquetas
◆ Chapas para Impressão

Ranking Geral do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini 1991–2022

Empresa 91-10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 22 Total Athalaia 1 1 2 Ativa 1 1 2 Catuaí 1 1 2 Comunicação Impressa 2 2 Divisa 2 2 Edições Loyola 2 2 GH 1 1 2 Hellograf 1 1 2 Idealgraf 2 2 Imagem Brasil 2 2 Imagem MKT 2 2 Imprensa Oficial 2 2 Indimagem 2 2 Jandaia/Bignardi 1 1 2 Matiz 2 2 Miolo 1 1 2 M.W. Barroso 2 2 Neoband 2 2 Nova Fátima 1 1 2 O Globo 2 2 Papéis Amália 1 1 2 Prakolar 2 2 Premier Spell 1 1 2 Printbag 1 1 2 Provisual 1 1 2 Ready Rótulos 1 1 2 Real Steel 1 1 2 São Francisco 1 1 2 Sarapuí 2 2 Tyrex 2 2 Ultrapress/Alpha 2 2 31 ACCO 1 1 Ápice 1 1 Arte & Design 1 1 Bhordo 1 1 Box Print 1 1 Brazicolor 1 1 Caeté 1 1 Claudino 1 1 CMP Metalgraphica Paulista 1 1 Colorpixel 1 1 Cometa 1 1 Contgraf 1 1 Contiplan 1 1 Converplast 1 1 Coppola 1 1 Corset 1 1 Demográfica 1 1 Digital Impressão 1 1 Ediouro 1 1 Editare/Flint Print 1 1 Elbert 1 1 Embalagens Mara 1 1 Emibra 1 1 Fatimense 1 1 Gráfica e Copiadora Nacional 1 1 Grafimax 1 1 Grafon‘s Cards 1 1 Grif Rótulos 1 1 Hesch Editora 1 1 Ideograf 1 1 Impressos Portão 1 1 Indemetal 1 1 Infoglobo 1 1 Intelcav 1 1 Jelprint 1 1 Kroma 1 1 Leitura e Arte 1 1 Lis 1 1 Mācron 1 1 Mércur 1 1 Minister 1 1 Natal 1 1 NB Nova Brasileira 1 1 Nitoli 1 1 Nova Digital 1 1 Novelprint 1 1 OGG 1 1 Orsa/International Paper 1 1 Panorama 1 1 Prosign 1 1 PSP Digital 1 1 Qualidade 1 1 Ral Print 1 1 Ricargraf 1 1 Rocha 1 1 Salinas 1 1 Santa Edwiges 1 1 Suprimax 1 1 Tiliform 1 1 Tuicial 1 1 UBEA 1 1 Unibrac 1 1 Viacode 1 1 Vitagraf 1 1 Vox 1 1 WGD 1 1 Empresa 91-10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 22 Total 1 Pancrom 84 4 88 2 Facform 45 6 4 7 6 5 5 7 1 86 3 P+E 2 4 2 4 3 10 8 6 15 8 10 72 4 Ipsis 17 5 5 3 4 3 3 7 4 5 7 63 5 Log & Print/Globo Cochrane 32 4 4 3 3 3 4 53 6 Burti 47 47 7 Plural 16 2 2 1 5 3 2 4 5 2 3 45 8 Stilgraf 17 4 1 1 4 1 3 2 3 36 9 Brasilgrafica 29 3 2 1 35 10 Ótima 9 2 1 2 4 5 3 4 2 32 11 Corgraf 3 1 1 3 1 1 2 3 6 5 26 12 Escala 7 12 2 2 1 3 2 1 2 25 13 Rami 11 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 22 14 Geo-Gráfica 9 1 1 1 1 1 1 3 2 20 Posigraf 7 1 2 2 2 1 2 1 1 1 20 15 Antilhas 10 1 2 1 1 2 1 18 16 MaisType 6 1 1 1 3 1 2 1 16 17 Belton 1 3 5 6 15 18 Inapel 10 1 2 1 14 O Estado de S. Paulo 8 1 1 1 1 1 1 14 19 Abril 13 13 Grafiset 4 1 2 1 1 1 3 13 Primi 1 1 2 1 1 2 1 2 2 13 20 Degráfica 5 1 2 2 1 1 12 21 43 Gráfica 7 1 1 1 1 11 ABNote/Interprint/Valid 11 11 Laborprint 9 2 11 Leograf/Braspor 1 2 2 2 2 1 1 11 22 Grafdil 1 2 3 1 1 2 10 Impresul 6 1 1 1 1 10 Sky 9 1 10 23 Malires 2 1 2 1 3 9 Oceano 9 9 Santa Inês 8 1 9 24 Congraf 5 1 1 1 8 MMR Comunicação 1 1 1 1 2 1 1 8 Rona 2 1 2 2 1 8 25 Formato 6 1 7 Ibratec 7 7 Peeqflex/Empax 7 7 Sociedade Vicente Pallotti 2 1 1 1 2 7 Tilibra 3 1 1 2 7 Vifran 7 7 26 GSA 1 3 1 1 6 Ipê 4 1 1 6 Lupagraf 1 2 1 2 6 Multipla BR 1 1 1 3 6 Plasc 3 1 2 6 Rosset 5 1 6 UVPack 3 3 6 27 Casa da Moeda 3 1 1 5 Corprint 3 1 1 5 Eskenazi 1 1 1 1 1 5 Folha de S.Paulo 2 1 1 1 5 Forma Certa 1 2 2 5 Gonçalves 5 5 Magistral 5 5 Ogra 4 1 5 28 Águia 4 4 Aro 1 3 4 Automação 3 1 4 Compulaser 1 2 1 4 Dom Bosco 4 4 Efeito Visual 2 2 4 Flink Print 1 2 1 4 FTD 1 1 1 1 4 Gráfica Reúna 1 1 1 1 4 Grafitusa 1 1 1 1 4 Maredi 4 4 Margraf 4 4 Maxigráfica 2 1 1 4 Paper Express 4 4 Print Press 4 4 Santa Marta 4 4 Shellmar 4 4 Sutto 1 1 1 1 4 Vektra 1 1 1 1 4 29 Bartira 2 1 3 Cartonagem Hega 1 1 1 3 Delta Publicidade 1 1 1 3 Digital Printz 3 3 Escola Senai 3 3 Grupo Artes 3 3 Kingraf 3 3 Lisegraff 1 2 3 Litocomp 1 1 1 3 Midiograf 1 1 1 3 Pigma 1 2 3 Printpack 3 3 Prodesmaq 3 3 Qualygraf 1 1 1 3 Rede Editora 1 2 3 Tamóios/Koloro 2 1 3 30 Agdirect/Alphagraphics 2 2 A Notícia 2 2 ANS 1 1 2 Artpress 2 2 20 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Vencedores do Prêmio Fernando Pini 2022

REVISTAS

JORNAIS

Livros de Texto Ipsis Gráfica e Editora

Produto: As Crônicas de Artur – Bernand Cornwell – Rei Artur

Cliente: Cameron Editora e Gráfica

Livros Ilustrados e Livros Técnicos Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Receitas para 110 Anos Doces – União

Cliente: Bullet Promoções

Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais

Eskenazi Indústria Gráfica

Produto: Revista Pop-Se

Cliente: A2 Design Gráfico

Jornais Diários Impressos em Coldset

O Estado de S. Paulo

Produto: O Estado de S. Paulo

– Edição 15/11/2021, n º 46.780

Cliente: O Estado de S. Paulo

Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Raia

Cliente: Arte Ensaio Editora

Livros Didáticos

FTD Educação Gráfica e Logística

Produto: Porta Aberta para o Mundo – Escola e Lazer

Cliente: FTD Educação

Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Elle 2020, vol. 1

Cliente: Papaki Editora

Jornais de Circulação Não Diária

Plural Indústria Gráfica

Produto: Jornal Le Monde Diplomatique n º 149

Cliente: Le Monde Diplomatique Brasil

PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO

Livros Institucionais

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Paixão Sobre Rodas

Cliente: Veteran Car Club

Guias, Manuais e Anuários Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Vampiro – A Máscara – Versão Luxo

Cliente: Editora Galápagos

Revistas Infanto-Juvenis ou de Desenhos

Athalaia Gráfica e Editora

Produto: Revista Onírika-Buum

Cliente: Jorge Alexandre

Rótulos Convencionais com e sem Efeitos Especiais

Gráfica Rami

Produto: Rótulos Balde 4 litros Cônico

Disney Encanto

Cliente: Matrixplast

Livros Infanto-Juvenis

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Monstro do Pântano, vol. 1

Cliente: Panini Brasil

Photobook Digital

P+E Digital

Produto: Photobook Ambar Gallery

Cliente: Guto Ambar

Revistas Institucionais

Malires Gráfica

Produto: Revista Sigep

Cliente: Sigep PR

Rótulos em Autoadesivo sem Efeitos Especiais

Delta Rótulos e Etiquetas

Produto: Rótulo Thann Bier

– Modelo Schwarzbier 500 ml

Cliente: Cervejaria Thann Bier

LIVROS
22 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Seus projetos merecem muito mais que uma gráfica!

Na Elyon você encontra produtos personalizados de alta qualidade para projetos e ações de marketing de alto impacto. Solicite um orçamento!

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CERTIFICATION FAMA
CADRI Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental.
graficaelyon.com.br (11) 3783-6527

Rótulos em Autoadesivo com Efeitos Especiais

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Rótulo Camisas Eternas

Cliente: Alaor

Embalagens Semirrígidas com Efeitos Gráficos Especiais

Laborprint

Produto: Caixa Medmug

Cliente: Medgrupo

Embalagens Flexíveis Impressas em Flexografia

Tiliform Indústria Gráfica

Produto: Stand Up Pouch para Suplemento

Whey 100% Pure

Cliente: IntegralMédica

PROMOCIONAL

Etiquetas

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Tag Camisas e Ternas

Cliente: Alaor

ACONDICIONAMENTO

Embalagens Semirrígidas sem Efeitos Gráficos

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Kit Botik

Cliente: O Boticário

Embalagens de Micro-Ondulados com e sem Efeitos Especiais

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Embalagem Vinho Maria Dolores

Cliente: Maria Dolores

Pôsteres e Cartazes

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Cartaz Putz

Cliente: Putz

Relatórios de Empresas

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Relatório de Administração e Socioambiental

Cliente: BRDE

Folhetos Publicitários

Rocha Gráfica e Editora

Produto: Fôlder Boutique WG2

Cliente: Grupo Formiga

Embalagens Sazonais

Laborprint

Produto: Display Box Dreams Collection

Cliente: Cacau Show

Catálogos Promocionais e de Arte sem Efeitos Gráficos Especiais

MaisType

Produto: Oásis Laguna Goiânia

Cliente: Grupo Tropical

Kits Promocionais

Digital Printz Servicos Gráficos

Produto: Kit John Deere

Cliente: John Deere

Embalagens Semirrígidas com Efeitos Gráficos

43 Gráfica e Editora

Produto: Nescafé Origens + Mel

Cliente: Nestlé

Sacolas

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Sacola Camisas Eternas

Cliente: Alaor

Catálogos Promocionais e de Arte com Efeitos Gráficos Especiais

P+E Digital

Produto: Catálogo Casa Cyrela Ibirapuera

Cliente: Amap Produção / Cyrela

Displays, Móbiles e Materiais de Ponto de Venda de Mesa

Pigma

Produto: Caixa Moça Sorvete

Cliente: Nestlé

24 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Displays e Materiais de Ponto de Venda de Chão

Pigma

Produto: Display de Chão – Lagunitas – Ambev

Cliente: Ambev

Cartões de Visita

Gráfica e Editora Qualidade

Produto: Cartão de Visita Completei – Gisele Silva

Cliente: Numismática Completei

Cadernos em Geral Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação

Produto: Cadernos em Geral – Caderno Fichário Machiatto

Cliente: Machiatto

Catálogos e Folhetos Promocionais Gráfica e Editora Posigraf

Produto: Catálogo Guia Consumidor Final – Eudora – Ciclo 13/2020

Cliente: O Boticário

PRODUTOS PRÓPRIOS

Calendários de Mesa e de Parede Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Calendário Funcional Consultoria

Cliente: Funcional Consultoria

COMERCIAL

Cartões de Mensagem

P+E Digital

Produto: Postais The American Shamecards Collection

Cliente: Produceria

Papelarias, Certificados e Diplomas

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Certificado Camisas Eternas

Cliente: Alaor

Agendas

Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação

Produto: Agendas 2022 – Magna

Cliente: Magna & Co.

Kits Promocionais

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Kit Corgraf “A Vida é como um Passeio”

Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

Impressos de Segurança

Primi Tecnologia

Produto: Ceptis

Cliente: Ceptis

Cardápios Malires Gráfica

Produto: Cardápio King Temaki

Cliente: Qualitá Design

PRODUTOS IMPRESSOS EM ROTATIVA OFFSET HEATSET

Calendários

Leograf Gráfica e Editora

Produto: Display de Parede com Pasta Leograf

Cliente: Leograf

Convites em Geral Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Convite Formatura | PUC PR

Cliente: Associação Paranaense de Cultura

Cadernos Escolares em Conformidade com a Norma ABNT NBR 15733

Acco Brands Brasil

Produto: Caderno Universitário

League of Legends

Cliente: Mercado Nacional

Revistas em Geral Plural Indústria Gráfica

Produto: Revista Casa Vogue n º 414 – Anuário 2020

Cliente: Editora Globo

Impressos Promocionais

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Fôlder Corgraf Paixão

Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

25 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

Sacolas Próprias

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Sacola Corgraf “A Vida É uma Corrida”

Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

SINALIZAÇÃO / COMUNICAÇÃO VISUAL

Impressão Digital em Grandes Formatos

Malires Gráfica

Produto: Quadro Aquarela – Ayrton Senna

Cliente: LM Motors

Promocional e Comercial

P+E Digital

Produto: Press Kit Prident

Cliente: Leo Burnett / Mondelez

DESIGN GRÁFICO

ATRIBUTOS TÉCNICOS DO PROCESSO

Melhor Impressão Digital

P+E Digital

Produto: Photobook Ambar Gallery

Cliente: Guto Ambar

Cartões de Visitas e Papelarias

Digital Printz Serviços Gráficos

Produto: Cartão de Visita Digital Printz

Cliente: Digital Printz

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, COMPLEXIDADE TÉCNICA

Impressão Digital em Pequenos e Médios Formatos

P+E Digital

Produto: Identificação Cadeiras do Estádio Pacaembu / Tok&stok

Cliente: DPZ&T / Tok&Stok

PRODUTOS DE BAIXAS

TIRAGENS

Inovação Tecnológica

WGD Print

Produto: Projeto Jam Delivery

Cliente: Japanese Arts Music

Editorial

P+E Digital

Produto: Book Unwearable

Cliente: Produceria

Design Gráfico

Primi Tecnologia

Produto: Notícias Que Valem

Cliente: Agência África

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Sustentabilidade Ambiental

Antilhas Gráfica e Embalagens

Produto: Stand Up Pouch Ritto

7 Cereais Mãe Terra

Cliente: Unilever

IMPRESSOS DIVERSOS

Melhor Impressão Offset Plana

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Cais – Aderi Costa

Cliente: Aderi Luis Costa

Melhor Impressão Rotativa Heatset

Plural Indústria Gráfica

Produto: Jornal Le Monde Diplomatique n º 149

Cliente: Le Monde Diplomatique Brasil

Complexidade Técnica do Processo

P+E Digital

Produto: Kit Downy Dona Hermínia

Cliente: Momentum Promoções / P&G

Identificação e Acondicionamento

Digital Printz Serviços Gráficos

Produto: Livro Caixa QSF

Cliente: QSF7 Bebidas

Impressos Diversos

P+E Digital

Produto: Dicionário de uma Só Palavra

– Sororidade

Cliente: BETC / Hershey’s

Melhor Acabamento Editorial

P+E Digital

Produto: Photobook Ambar Gallery

Cliente: Guto Ambar

Melhor Acabamento Cartotécnico

Salinas Embalagem

Produto: Cubo Paulistânia Cerveja Artesanal

Cliente: Bier Wein Distribuidora

DO PROCESSO
26 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Novas parcerias de sucesso

Manroland do Brasil agradece às empresas Copag e Ótima

Gráfica pelas aquisições de suas novas impressoras offset planas, modelos R700 EVO Elite ULTIMA e R704 LV EVO Lite respectivamente.

Mais uma máquina R700 Evolution totalmente customizada de acordo com as necessidades do cliente (configuração ULTIMA) e a primeira R700 Evolution Lite a ser instalada no Brasil.

www.copag.com.br www.otima.com.br

Manroland Sheetfed GmbH Manroland do Brasil Serviços Ltda. Rua das Figueiras, 474 – 3º andar, Edifício Eiffel, Bairro Jardim, 09080-300, Santo André, SP. T +55 (11) 4903 9200 E info.br@manrolandsheetfed.com Uma empresa do grupo Langley Holdings plc A Evolução da Impressão.
manrolandsheetfed.com

Os caminhos da gráfica em um mundo cada vez mais digital

Começo este artigo com duas perguntas que fiz no ChatGPT, inteligência artificial generativa da empresa OpenAI (e Microsoft), que geraram, em segundos, as respostas aqui copiadas.

A primeira pergunta foi:

Como se dar bem em uma possível recessão econômica em um mundo com IA (inteligência artificial)?

A economia global está constantemente evoluindo e as empresas, especialmente aquelas na área de impressão, precisam se adaptar às mudanças nas condições do mercado. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a sua gráfica a prosperar durante uma recessão em um mundo com IA:

1. Diversificar suas ofertas: considere oferecer novos produtos e serviços que complementem suas ofertas atuais, como impressão digital, impressão de grande formato e serviços de design gráfico.

2. Abraçar a tecnologia: invista na mais recente tecnologia e software de impressão para melhorar a eficiência e a qualidade, e automatize tarefas repetitivas sempre que possível. Por exemplo, considere usar ferramentas com IA para otimizar seu fluxo de trabalho e simplificar suas operações.

3. Enfocar em qualidade e atendimento ao cliente: manter altos padrões de qualidade

e fornecer um atendimento excepcional ao cliente são ações que podem ajudá-lo a construir uma base de clientes fiéis e mantê-los voltando mesmo durante tempos econômicos difíceis.

4. Ser consciente de custos: dê uma olhada de perto em seus gastos e encontre maneiras de reduzir custos sem sacrificar a qualidade. Por exemplo, você pode negociar melhores preços para materiais, reduzir o uso de energia ou simplificar sua cadeia de suprimentos.

5. Investir em marketing e publicidade: embora possa parecer contraintuitivo gastar dinheiro em marketing durante uma recessão, investir em publicidade e promoções segmentadas pode ajudá-lo a alcançar novos clientes e ficar sempre na mente dos existentes.

6. Acompanhar as tendências da indústria: fique informado sobre as últimas tendências e tecnologias da indústria e adapte seu negócio de acordo. Isso pode ajudá-lo a ficar à frente da curva e manter uma vantagem competitiva.

7. Fomentar parcerias: construir parcerias estratégicas com outras empresas em indústrias complementares pode ajudá-lo a alcançar novos clientes e aumentar sua visibilidade.

Ao implementar essas estratégias, você pode ajudar sua gráfica a enfrentar uma recessão e sair mais forte em um mundo com IA

GESTÃO
28 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
HAMILTON COSTA

E esta foi a segunda pergunta:

Como as novas impressoras com interfaces de IA podem contribuir para aumentar a produtividade e reduzir custos?

As novas impressoras com interfaces de IA podem contribuir para aumentar a produtividade e reduzir custos de várias maneiras:

1. Otimização automática da produção: as interfaces de IA podem analisar dados de produção e ajustar automaticamente as configurações de impressão para maximizar a eficiência e a qualidade da impressão.

2. Prevenção de erros: as interfaces de IA podem identificar e prevenir erros antes que eles aconteçam, o que pode evitar atrasos na produção e eliminar a necessidade de reimprimir trabalhos.

3. Personalização: as interfaces de IA podem ajudar a personalizar a produção de acordo com as necessidades específicas de cada cliente, o que pode aumentar a satisfação do cliente e a fidelidade.

4. Análise de dados: as interfaces de IA podem fornecer análises detalhadas dos dados de produção, o que pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria e aumento de eficiência.

5. Automatização: as interfaces de IA podem automatizar muitos processos de produção, como a preparação de arquivos e a troca de ferramentas, o que pode liberar tempo para tarefas mais importantes e aumentar a eficiência.

Em resumo, as novas impressoras com interfaces de IA podem ajudar a aumentar a produtividade, melhorar a qualidade da impressão e reduzir os custos da empresa, ajudando-a a prosperar mesmo durante tempos difíceis.

Pode­se até dizer que são respostas genéricas, mas não estão equivocadas, ao contrário. Há sugestões e orientações válidas nas respostas da primeira pergunta e uma lista bastante boa das vantagens de equipamentos com IA acoplados. Ou seja, há interessantes usos para essa nova tecnologia que, em menos de três meses do seu lançamento, já está revolucionando os sistemas de busca e mexendo com todas as Big Techs na busca de alternativas e possíveis

novos modelos de negócio advindos do seu uso. E mais virá quando os sistemas de IA avançarem ainda mais e entrarem ainda mais fundo no nosso dia a dia.

Já volto a esse ponto, mas, antes, queria fazer uma pequena revisão do impacto das tecnologias do mundo digital no negócio gráfica, por ser uma das mídias bem afetadas por todo esse processo.

Traduzi e lancei pela AGBooks no início de 2013 o livro Disrupting the Future, de 2010, do amigo e consultor renomado nos Estados Unidos, Dr. Joseph Webb, junto com o Richard Romano, o filho do Frank. Aqui saiu como Rompendo o Futuro (e que ainda pode ser encontrado na AGBooks e no Clube de Autores, impresso e como e-book). Considero esse livro de fundamental importância no entendimento do impacto da comunicação digital na gráfica olhando, claro, o mercado norte­americano, o maior do mundo em produção e consumo de materiais gráficos. E o impacto não foi pequeno e continuou sendo grande nos anos seguintes, até hoje.

Em um livro posterior chamado The Third Wave (Terceira Onda), dos mesmos autores, eles classificaram em três ondas, didaticamente, em períodos de tempo de 10 anos, esse impacto comparativamente à participação do faturamento do setor gráfico em relação ao PIB do país.

A primeira onda seria por volta de 1998, com o início da popularização da Internet. A segunda, a partir de 2008, com o crescimento acelerado das mídias sociais e popularização dos celulares e smartphones. A terceira, que ainda estamos vivenciando, a partir de 2018, com o advento das tecnologias como Internet das coisas, o 5G, a Inteligência Artificial, entre outras. Para se ter uma medida, a participação do que é considerado indústria gráfica no PIB norte­americano caiu de 0,75% em 1998 para 0,35% em 2018. Uma razoável perda de participação. E, se olharmos, a queda no Brasil não foi muito diferente, agravada, sim, pelas recessões que passamos.

Isso não significou o fim da indústria e nem da importância do impresso em suas mais variadas formas e utilizações, embalagens incluídas, como já cansamos de escrever. O meu livro Gráfica: uma Indústria em Transformação (2018, Ed. Scortecci, SP) retrata bem toda essa questão e mostra, assim como os livros do Dr.

AS

A
EMPRESA , AJUDANDO‑A A PROSPERAR MESMO DURANTE TEMPOS DIFÍCEIS. 29 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF
NOVAS IMPRESSORAS COM INTERFACES DE IA PODEM AJUDAR
AUMENTAR A PRODUTIVIDADE , MELHORAR A QUALIDADE DA IMPRESSÃO E REDUZIR OS CUSTOS DA

Joe Webb, as necessárias adaptações internas e externas e de mentalidade e as oportunidades que se abrem às empresas que estão nesse setor. Mas as tecnologias continuam evoluindo, assim como nós, consumidores. Mudamos hábitos, temos novas exigências e posturas, como a questão da sustentabilidade, as questões sanitárias, da personalização do consumo e várias outras. E isso exige uma continua adaptação das empresas, seja na sua visão do negócio, na sua organização, na postura perante o mercado, assim como na incorporação dessas tecnologias em seus processos administrativos e produtivos. E no aproveitamento das oportunidades resultantes disso tudo.

Dentro desses saltos tecnológicos, além da IA e ChatGPT, pudemos trazer um pouco do mundo do metaverso, outro hype tecnológico, em uma boa conversa com o Clóvis Castanho, profissional reconhecido, há muitos anos no setor gráfico, e hoje atuando mais na área de conteúdo, no podcast Ondas Impressas, sempre com a batuta da jornalista Tânia Galluzzi (nesta mesma revista não deixe de ler na página 16 a entrevista que ela fez com o Clóvis a esse respeito e, também, não deixe de ouvir o podcast).

Muito se fala e se espera desse mundo virtual, que gradualmente vai crescendo em diferentes aplicações. Aliás, no Fórum Mundial de Davos, em janeiro deste ano, toda uma sessão sobre Metaverso Industrial foi trazida à tona, o que significa que o conceito e suas aplicações continuam evoluindo. Nada está parado, ao contrário. A junção de pessoas em diferentes empresas através da tecnologia e do mundo virtual promete avançar ainda mais nas demandas e aplicações da indústria 4.0.

Mas o ponto que nos interessa aqui, como fica a indústria de impressão no meio disso tudo, foi bem ressaltado pelo Clóvis na interação de produtos impressos com o metaverso, em que livros, embalagens e outros materiais impressos interagem com o usuário em uma dimensão muito mais ampla do que no mundo em 2D. Através de sensores e códigos embutidos na impressão que levam a essas interações, existem informações em tempo real e medições de interesse do usuário, ou consumidor, e respostas. Uma mensagem adicional sobre uma oferta, por exemplo, a partir dessa conexão, pode não só ter diferentes valores para diferentes clientes em diferentes regiões do país, como pode ser modificada online

e ajustada pelo nível de respostas recebidas. Também com o uso da IA.

As informações e a interatividade, portanto, são exploradas em níveis ainda pouco vistos, mas o serão em futuro próximo, que já está na porta ou na sala de espera. Sem que se abandone ou se deixe de usar materiais impressos em troca só do mundo virtual e totalmente digital. Uma observação importante é a de que a gráfica ou o impressor de conteúdos, pode se antecipar e começar a conversar com clientes sobre essas aplicações. Não esperar para quando for demandado. Pense nisso.

As tecnologias evoluem e nos permitem usá­las da melhor maneira, ainda que o mau uso também prospere. Como no caso do ChatGPT que, pelos seus inputs iniciais baseados no que está publicado na internet, acaba gerando também respostas preconceituosas, racistas e inadequadas. Por outro lado, bem usado, nos fará ganhar tempo em processos repetitivos, no atendimento e orientação a clientes e outras aplicações. Como indicar ao cliente da gráfica, por exemplo, e até executar, o melhor tipo de folheto ou seu próprio cartão de visitas com indicação de matérias­primas, cores e layout. Embalagens, idem. Que podem estar, por exemplo, em sistemas de web-to-print interligados à produção automatizada.

E como comecei esse artigo perguntando ao ChatGPT sobre questões do nosso mercado, perguntei também, sem informar nada, se eu teria a autoridade necessária para isso, ao que me respondeu: “Sim, Hamilton Costa pode ser de grande ajuda para as empresas de impressão que buscam prosperar durante uma recessão em um mundo com IA. Como consultor experiente na indústria de impressão, ele possui uma ampla compreensão dos desafios e oportunidades que as empresas enfrentam neste ambiente em constante mudança ” Certo ou não, olha só!, gostei disso.

Pense, pois, nos seus caminhos e os de sua gráfica nesses tempos de interação digital. Mais que desafios, há oportunidades reais de negócios. Por que não tratar de conhecer e aproveitá­las?

Ondas Impressas AS INFORMAÇÕES E A INTERATIVIDADE SÃO EXPLORADAS EM NÍVEIS AINDA POUCO VISTOS, MAS O SERÃO EM FUTURO PRÓXIMO. SEM QUE SE ABANDONE OU SE DEIXE DE USAR MATERIAIS IMPRESSOS EM TROCA SÓ DO MUNDO VIRTUAL E TOTALMENTE DIGITAL. 30 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
www.ciglat.com Podcast

Afeigraf define estratégias para 2023

PEGADA DE CARBONO

TRENDS OF PRINT 2024

Três projetos estão norteando os esforços da Afeigraf neste ano. O primeiro deles é a discussão sobre o regime de ex­tarifários para peças de reposição. Diante da possibilidade de uma reforma tributária defendida pelo novo governo federal, a Afeigraf quer se aprofundar no cenário atual e em eventuais alterações que podem acontecer a partir da reforma. Essa frente está sendo conduzida dentro da entidade pelo grupo de trabalho coordenado por Marcio Maricate, membro da diretoria. “O sistema é complexo e temos de estar atentos às mudanças que estão por vir”, comenta Jorge Maldonado, presidente da Afeigraf.

Outro grupo, liderado por Maldonado, começa a analisar o que tem sido feito ao redor do mundo com relação ao cálculo da pegada de carbono dos impressos. O objetivo é compreender o papel da indústria gráfica nesse contexto e como a Afeigraf pode ajudar as empresas do setor nessa questão, tarefa na qual a entidade conta com a colaboração de Bruno Mortara, superintendente da ABNT/CB­271 .

O terceiro projeto, encabeçado por Elaine Almeida, responsável pelo marketing da

associação, fará um estudo de viabilidade para a realização da Trends of Print em 2024, conferência quadrienal lançada em 2008 para discutir inovação tecnológica e tendências de mercado. Realizado poucos meses depois da Drupa, resumindo os pontos centrais evidenciados na feira alemã, o evento foi interrompido pela pandemia e a ideia agora é retomá­lo.

Dentre as atividades que já vinham sendo promovidas pela associação e que continuarão em curso vale destacar o Prêmio Literário Afeigraf. Caminhando para sua quinta edição, o concurso visa incentivar a produção literária nacional, homenageando seus autores e descobrindo novos talentos. Organizado pela Afeigraf sob a batuta de Nancy Vieira, coordenadora administrativa da entidade, o prêmio será mais uma vez promovido pela Editora Scortecci.

Segue também um dos mais relevantes serviços prestados pela Afeigraf, o Boletim Econômico. Cada vez mais valorizado pelo mercado gráfico, a publicação trimestral traz os principais indicativos do setor. “O ano começou mais movimentado do que esperávamos. Estamos surpresos com o volume de projetos em andamento”, comenta Maldonado. A 17 ª edição do boletim começou a circular em meados de março e está disponível para download no site da entidade.

EX-TARIFÁRIOS
AFEIGRAF
ex-tarifários. Cálculo
Entidade volta a debruçar‑se na questão dos
da pegada de carbono do produto impresso e a conferência Trends of Print 2024 também compõem a pauta.
1 Comitê da Associação Brasileira de Normas Técnicas que cuida da normalização dentro da indústria gráfica.
32 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Bobst mantém o foco na conectividade e na automação

Uma conjunção de fatores fez dos últimos anos um período de ouro para a Bobst no Brasil. Num curto espaço de tempo, a companhia colocou de pé uma nova planta fabril e meses depois teve de readequá­la, dobrando a capacidade produtiva. Isso em função do aumento na demanda por embalagens cartonadas a partir de meados de 2020, consequência direta da pandemia. Na esteira da Covid, dois outros movimentos se intensificaram: o engajamento da sociedade em relação à sustentabilidade, impulsionando a substituição do plástico pelo papel, e o incremento do e-commerce, que alavancou a produção de embalagens em papelão micro­ondulado.

A decisão da construção da nova fábrica foi tomada em 2019 levando em conta a necessidade da adoção de modernas tecnologias de produção. Pesou também a estratégia do grupo de voltar a abastecer as Américas a partir da unidade brasileira. No início da década passada, a fábrica em Itatiba, interior de São Paulo, deixou de produzir máquinas para o México, Estados Unidos e Canadá, que passaram a ser supridos pelas fábricas na China e Índia. Com a inauguração da nova planta, em julho de 2020, a América do Norte voltou a ser abastecida pela unidade brasileira. “Começamos operando com 100% da capacidade e rapidamente tivemos de duplicar a produção”, afirma Eduardo Petroni, CEO da Bobst Latinoamerica do Sul.

EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS

Assim como em 2018, que já havia sido um bom ano para a Bobst, os carros­chefes dessa alavancagem foram os convertedores que atuam nos segmentos alimentício, farmacêutico e pet, seguidos pelas embalagens para linha branca,

conforme explica Eduardo Pereira, diretor de vendas. Além dos fabricantes de embalagens tradicionais, a Bobst passou a ser procurada por gráficas comerciais e promocionais interessadas no mercado de embalagens e ávidas pela elevação da produtividade. Nesse ponto entram em ação inovações como o sistema de registro das máquinas de corte e vinco Novacut 106 E e ER, o Accuregister. Ao invés de se guiar pela borda da folha, o registro passou a ser feito através da leitura de marcas de impressão na lateral da folha, agregando mais precisão ao sistema, como explica Rafael Mendes, gerente técnico de vendas. Outro exemplo é a tecnologia Speedwave incorporada à dobradeira­coladeira Novafold, a qual teve sua primeira unidade em nível mundial instalada em cliente brasileiro. Voltado à colagem de cartuchos de fundo automático, o dispositivo possibilita uma redução de 70% no tempo de setup da máquina. Para este ano, a Bobst está preparando o lançamento da nova versão da também dobradeira­coladeira Expertfold, com mais recursos de automação visando ao alto rendimento, afora mudanças no design do equipamento privilegiando a ergonomia e o conforto dos operadores. Otimista, Eduardo Petroni afirma que o mercado continua aquecido em 2023, com vários projetos em andamento. Isso não só no Brasil. Atualmente, 50% da produção da fábrica de Itatiba é exportada. Desse volume, 20% destinam­se à Argentina, seguida pelo Chile, México e Estados Unidos. A equipe da Bobst está igualmente animada com a performance da impressora digital jato de tinta LB702­UV, apresentada no Brasil em 2022, focada na produção de rótulos. Uma dezena de máquinas deve aportar por aqui em 2023, investimento impulsionado sobretudo pelo mercado de bebidas.

EMBALAGEM
O objetivo é responder à demanda por flexibilidade e produtividade, além de possibilitar a interligação de toda a cadeia de produção.
BOBST www.bobst.com
(E/D): Eduardo Petroni, CEO da Bobst Latinoamerica do Sul; Eduardo Pereira, diretor de vendas; e Rafael Mendes, gerente técnico de vendas
33 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

Metaverso abre os trabalhos do Ondas Impressas

OBrasil alcançou no ano passado o posto de terceiro país que mais consome podcast no mundo, ficando atrás apenas da Suécia e Irlanda. Por aqui são mais de 30 milhões de ouvintes, segundo a pesquisa realizada pela plataforma CupomValido. com.br com dados da Statista e Ibope. Mais de 40% dos brasileiros escutaram podcast pelo menos uma vez entre março de 2021 e março de 2022, sendo que esse índice chega aos 47% na Suécia, primeira colocada no ranking.

Com relação ao formato, os brasileiros preferem as entrevistas com convidados, com 55% da preferência segundo o estudo. É justamente esse o caminho trilhado pelo Ondas Impressas, o primeiro podcast independente focado na valorização do impresso e no empoderamento dos que trabalham direta ou indiretamente com impressão.

O canal fechou 2022 com números ascendentes. Segundo a retrospectiva do Spotify, plataforma preferida por 61% dos ouvintes do Ondas, dentre todos os podcast disponibilizados pelo tocador, o Ondas Impressas esteve entre os 10% mais seguidos e entre os 5% mais compartilhados do mundo. No levantamento do Buzzsprout, plataforma na qual o Ondas está hospedado, o canal brasileiro sobre impressão está entre os 25% com maior número de downloads nos primeiros sete dias entre todos os seus 118.924 podcast ativos. O Ondas já

é ouvido em 36 países, em lista liderada pelo Brasil, seguido por Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Finlândia. São Paulo é a cidade com mais downloads, com Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte na sequência. No ano passado, o canal, criado em 2020 pela jornalista Tânia Galluzzi e pelo consultor Hamilton Costa, colocou 20 episódios no ar, gerando 896 minutos de conteúdo sobre os mais diversos assuntos. E a quarta temporada já está no ar. O convidado do primeiro episódio, que estreou no dia 8 de março, é Clóvis Castanho. Formado pela Escola Senai Theobaldo De Nigris, com muitos anos de atuação no setor, Clóvis é hoje diretor na Broders, empresa voltada a conteúdo interativo, e acaba de lançar um livro sobre metaverso, com um capítulo dedicado à indústria da impressão (veja entrevista com Clóvis na página 16 desta edição).

No programa de estreia, os âncoras discutem com Clóvis Castanho o conceito de metaverso e, principalmente, avaliam como a indústria da impressão pode tirar proveito desse ambiente, fazendo a conexão entre a realidade e o mundo virtual.

Para ouvir o podcast, acesse o endereço ondasimpressas.com.br ou procure por Ondas Impressas em qualquer tocador de áudio. O canal está presente também no LinkedIn, Instagram e Twitter como @ondasimpressas.

25% TODOS OS PODCASTS
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896 MINUTOS Ondas Impressas PODCAST 34 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
Canal encerra a terceira temporada com audiência crescente. O quarto ano do primeiro podcast dedicado ao universo da impressão começa discutindo oportunidades para a indústria gráfica a partir do metaverso.
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35 PAÍSES 20 EPISÓDIOS

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Por amar o que fazemos há mais de 30 anos é que cuidamos do seu livro com muita dedicação e responsabilidade. Por isso, oferecemos atendimento personalizado desde a entrada dos arquivos até a entrega do produto finalizado. Temos profissionais qualificados e treinados para avaliar sua publicação e acompanhar todas as fases de produção para que, no final, tenhamos orgulho de ter impresso o seu livro e feito jus à oportunidade e confiança a nós concedida.

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BRAINSTORM

Resgate histórico

O Sindigraf‑SP vai comemorar neste ano seu centenário com o lançamento de livro contando sua trajetória.

Em tempos de desinformações e fake news, temos de celebrar ainda mais a produção de obras que se propõem a recuperar a trajetória de pessoas e instituições que deixaram um legado à sociedade.

Esse é justamente o propósito de livro com lançamento previsto para o início do segundo semestre deste ano, em comemoração aos 100 anos da criação do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo.

Trata­se da primeira iniciativa de união das gráficas na região, num período em que São Paulo assistia a explosão populacional com a chegada dos imigrantes e começava a assumir o seu perfil de metrópole industrial. “Esse resgate histórico contribui para que tenhamos elementos para entender o presente e planejar o futuro, algo fundamental para estruturarmos uma gestão focada nas reais demandas do setor”, afirma Ricardo Coube, presidente do Sindigraf­SP

Gestado em 2022, o projeto começou a ser tocado pela Gramani Editora no final do ano, com o início da fase de pesquisa factual e iconográfica. Essa etapa é especialmente importante para que se consiga contar as origens da entidade, contextualizando o movimento que culminou na fundação do Sindigraf­SP

Desenhado o pano de fundo, o livro acompanhará a caminhada do sindicato, seus personagens, desafios e conquistas, confrontando os fatos com a evolução do setor e pontuando acontecimentos históricos que de alguma forma afetaram a indústria gráfica paulista.

O livro trará também depoimentos de ex­presidentes, destacando os desafios enfrentados, além de um capítulo sobre o Sindigraf­SP hoje, suas bandeiras e os projetos que estão por vir. A obra está sendo escrita por Tânia Galluzzi, com direção de arte de Cesar Mangiacavalli, produção digital de João Carlos de Pinho e coordenação de Plinio Gramani

PUBLICAÇÃO
36 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
No centro, em pé, o atual presidente do Sindigraf SP, Ricardo Marques Coube, para a gestão 2022/25, ladeado pelos ex presidentes (E/D): Silvio Roberto Isola (2001/04), Mário César Martins de Camargo (2004/10), Levi Ceregato (2016/22) e Fabio Arruda Mortara (2010/16)

NOSSO PAPEL E

PRESERVAR

O Sistema Ecoline ® conjunto de ações e processos desenvolvidos ao longo dos últimos 10 anos, no qual a empresa aprimorou suas atividades para trazer maior competitividade com o foco em sustentabilidade.

O Ecoline ® inicia-se com a utilização de papel certificado, que garante a rastreabilidade e o manejo adequado das florestas para sua fabricação. Ao longo do processo gráfico a escolha dos insumos como tintas e vernizes é feita priorizando produtos com menor impacto ambiental.

Em todas as etapas produtivas, existe uma ampla preocupação em redução de desperdícios e reciclagem. Este é mais um importante passo em nossa jornada de melhoria contínua.

Saiba mais em www.leograf.com.br nas redes sociais ou pelo

CB-27

Comitê Brasileiro de Comunicação e Imagem Impressas

A indústria gráfica no Brasil e a normalização

Quais são as vantagens de utilizar normas técnicas na indústria gráfica? As normas técnicas podem oferecer inúmeras vantagens na indústria gráfica, incluindo:

◆ padronização, que garante que o trabalho seja realizado de forma consistente e uniforme;

◆ qualidade, que ajuda a garantir que o trabalho final atenda aos requisitos do cliente;

◆ eficiência, que otimiza o uso de recursos e reduz o tempo de produção;

◆ compatibilidade, que garante a compatibilidade entre diferentes equipamentos, softwares e processos de produção;

◆ conformidade, que garante uma produção em conformidade com regulamentações relevantes, incluindo questões de segurança e proteção ambiental.

São estes os pilares de um processo de padronização de uma atividade industrial: padronização do produto final, qualidade no produto final, eficiência no processo, compatibilidade entre diferentes fornecedores (locais ou do exterior) e conformidade a uma especificação técnica objetiva acordada entre gráfica/ convertedor e comprador.

Uma das formas mais efetivas de um setor industrial se afirmar no mercado é através da publicação de suas melhores práticas, sob forma de documentos padronizados, Normas Técnicas, a fim de que os produtores possam garantir conformidade às demandas de compradores e consumidores, assim como atestar que os produtos ali produzidos possuam a qualidade possível e esperada.

NORMAS
MORTARA
BRUNO
Ilustração: br.freepik.com 38 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Apesar de ser senso comum que os consumidores “sabem o que desejam” ou, em última análise, sabem descrever os seus requisitos técnicos para serem plenamente atendidos, para descrever um produto gráfico como um caderno escolar, um passaporte ou um livro é preciso que existam essas boas práticas publicadas para fornecer requisitos, alvos, tolerâncias e amostragens. Essas informações são publicadas sob forma de Normas Técnicas que, no setor gráfico, têm a função de determinar se os produtos foram feitos de acordo com as melhores práticas da indústria ou de forma artesanal sem qualquer controle de qualidade e repetibilidade.

Quem publica as Normas Técnicas do setor gráfico no Brasil é a ABNT e, desde 1993, com o suporte financeiro do Sindigraf­SP, através da Abigraf Nacional, produz as normas de Tecnologia Gráfica com a condução do Comitê Brasileiro de Comunicação e Imagem Impressas, o CB­27. Sou o superintendente do CB­27 há mais de 15 anos, responsável por participar dos encontros do TC130 da ISO, elaborar os votos brasileiros para os projetos internacionais e participar do Conselho Técnico da ABNT. A secretária é Andrea Vichi, responsável pela administração das comissões, atas, convocações etc.

Hoje temos 65 normas publicadas e em vigor (ver https://www.abntcatalogo.com.br). Essas normas são (a maioria) equivalentes nacionais de Normas Internacionais ISO, que orientam compradores, produtores e fornecedores de insumos a proceder de acordo com as melhores práticas do planeta. Além disso, a adoção das normas ISO permite que a indústria gráfica brasileira seja percebida pelos parceiros externos como uma indústria transparente e em linha com níveis de qualidade exigidos internacionalmente.

O CB­27 tem comissões de estudo sobre chapas, offset, flexo, roto, tintas, pré­impressão, impressos de segurança, livros didáticos e materiais escolares. A participação nas comissões

do CB­27 é livre e de caráter voluntário e, além da indústria, governos e universidades e institutos de pesquisa indicam membros para as comissões existentes.

Um aspecto importante do trabalho do CB­27 é a elaboração de normas Nacionais, que por terem um teor ainda não normalizado na ISO, são normas NBR que atendem aos interesses locais das gráficas em regulamentar segurança na impressão, características técnicas de livros didáticos e materiais escolares e envelopes para o correio.

O sucesso do CB­27 é dado pela participação dos seus membros, assim como pela adoção das normas: hoje são impressos milhões de livros didáticos em conformidade com nossas normas técnicas, são impressas milhões de provas do Enem em conformidade com nossas normas técnicas. Todos os cartões de crédito também seguem nossas normas, assim como a maioria do material escolar impresso produzido no Brasil.

Superamos grandes desafios nestes 30 anos e esperamos a colaboração da indústria, fornecedores e entidades neutras (governos, ONGs e universidades) para superarmos juntos os grandes desafios que a indústria gráfica tem pela frente.

Participe você também!

39 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF
Superintendente do CB -27 superintendente.cb27@abigraf.org.br

GreenPacking completa 10 anos

Focada em acabamentos especiais, a empresa viu crescer a procura por serviços de pós-impressão em embalagens em 2022. Para este ano, a expectativa é de aumento na demanda em todas as áreas em que atua.

Em novembro de 2012 José Carlos de Jesus concretizou um sonho antigo. Tornar­se dono da sua própria empresa. Nascia em São Paulo a GreenPacking, voltada ao desenvolvimento de acabamentos especiais para os segmentos editorial, de embalagem e promocional.

A trajetória profissional de José Carlos inicialmente esteve ligada à área de Recursos Humanos. Apesar da expertise em treinamento, ele sempre se identificou com a área industrial, atuando na maior parte do tempo como consultor empresarial na implantação de sistemas de melhorias de desempenho e treinamento gerencial, estratégico e operacional para empresas e entidades do ramo gráfico.

“Com o objetivo de ingressar na área industrial, comecei a trabalhar no grupo Melhoramentos, nos setores editorial, de papel e gráfico. Na esteira da identificação com a produção, me aprofundei na área gráfica, começando pelo setor de qualidade e me envolvi com a pós­impressão, assumindo posteriormente a chefia do acabamento.”

Depois disso, José Carlos acumulou experiência trabalhando em cargo de chefia durante cerca de vinte anos em uma empresa especializada em serviços de acabamento gráfico, até decidir, em 2012, iniciar um voo solo, com o seu próprio negócio.

SONHO CONCRETIZADO

Naquele ano tornou­se empresário, abrindo a GreenPacking. “Temos a missão de

oferecer ao mercado o melhor acabamento. Contando sempre com a experiência de nossos profissionais, proporcionamos um upgrade de excelência e qualidade ao produto dos nossos clientes”, assegura José Carlos.

Localizada no Parque São Domingos, na zona oeste de São Paulo, a GreenPacking está instalada em um prédio com 500 m² e conta atualmente com 20 funcionários, em regime de trabalho de dois turnos. A maior parte do atendimento é feita em São Paulo, mas a empresa tem clientes em outros Estados, disponibilizando o enobrecimento dos produtos com aplicação de vernizes UV especiais, laminação,aplicação de hot stamping e relevo.

Em relação ao faturamento, o empresário diz que 2022 teve uma pequena melhora sobre 2021, mas não apresentou o resultado esperado. A previsão era de um crescimento entre 20% e 30%, mas ficou nos 10%. Ele acredita que isso se deu em função das incertezas políticas do País. “Por conta dessa situação, não concretizamos os projetos de crescimento como havíamos previsto,

mas conseguimos superar dificuldades e conquistar novos clientes.”

Apesar de as expectativas não terem se confirmado, houve pontos positivos. Um deles foi o crescimento no segmento de embalagens, com o aumento na demanda por hot stamping. “Podemos citar como parâmetro a elevação de 15% na receita desse acabamento, enquanto os demais serviços permaneceram no mesmo patamar do ano anterior”, detalha José Carlos.

Para 2023, o empresário acredita que os investimentos sejam retomados e que o mercado volte a crescer em patamares mais altos do que os dos três últimos anos. Ele espera que esse índice seja de 20% ou mais. “Basicamente, aguardamos um incremento na demanda de todos os segmentos em que trabalhamos. A ocupação das máquinas no ano passado ficou na casa dos 65%, mas nosso desejo é que isso ultrapasse 80% em 2023.”

ENOBRECIMENTO
(E/D) Bruno Felipe Marques, diretor comercial, e José Carlos de Jesus, diretor geral da GreenPacking GREENPACKING
jjesus@greenpacking.com.br
40 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
Foto: Cesar Mangiacavalli

Novo regulamento sobre dosimetria das sanções.

Quais os impactos dentro das empresas?

ocê trata dados pessoais? Impossível não tratar! Fique atento, pois agora você já pode saber quanto sua empresa poderá pagar de multa, caso seja condenada pela ANPD, em eventual processo administrativo. Vejamos sobre o que se trata a Resolução n º 4 e quais os maiores impactos, sobretudo práticos, para os agentes de tratamentos.

Dizem que no Brasil o ano só começa depois do carnaval, certo? O ano “novo” mal começou

e a ANPD não perdeu tempo publicando hoje, 27 de fevereiro, o Regulamento de Dosimetria e Aplicação de Sanções Administrativas.

Quem estava presente no DPOday, evento promovido pela DPOnet, no dia 27 de janeiro de 2023, em comemoração ao dia internacional da proteção de dados, não ficou nada surpreso, pois o relator da norma, diretor Arthur Sabbat, presente em nosso evento, já havia adiantado ao público que, em breve, a norma seria publicada.

DIREITOS AUTORAIS
MARAVALHAS
br.freepik.com 42 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
RICARDO
Ilustração:

Também não é novidade para ninguém que acompanha o “mundo” da proteção de dados que a LGPD trouxe como sanções, em caso de descumprimento das obrigações impostas pela lei: advertência; multas simples e diárias; publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência; bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização; eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até a regularização da atividade de tratamento pelo controlador; suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período; proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados. Contudo, a LGPD não trouxe os critérios e parâmetros a serem utilizados na aplicação de cada uma dessas sanções, cabendo à ANPD a regulação do tema.

A Resolução n º 4, publicada em 27 de fevereiro, tem exatamente esse papel: estabelecer as circunstâncias, as condições e os métodos de aplicação das sanções, previstas no artigo 52 da LGPD. Justamente por isso, essa norma foi muito aguardada pelos agentes de tratamento de dados e encarregados, pois visa garantir a proporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade da conduta do agente, além de proporcionar segurança jurídica aos processos fiscalizatórios e garantir o direito ao devido processo legal e ao contraditório.

Qual o maior impacto para os agentes de tratamento? Como o regulamento entra em vigor imediatamente após a sua publicação, a partir de agora, a ANPD poderá aplicar as sanções administrativas com base em requisitos estabelecidos na Resolução nº 4, tais como: gravidade e natureza das infrações e dos direitos pessoais afetados; boa­fé do infrator; vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; condição econômica do infrator; reincidência; grau do dano; cooperação do infrator; adoção de mecanismos e procedimentos internos capazes de minimizar o dano; adoção de política de boas práticas e governança; pronta adoção de medidas corretivas; e proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção.

As sanções somente serão aplicadas após o processo administrativo devidamente ins

taurado, cuja ampla defesa e o contraditório são garantidos.

Diante da complexidade do tema, a norma é extensa, oportunidade em que a ANPD apresenta, inicialmente, as definições de grupo ou conglomerado de empresas (que impactará no cálculo da multa, que tem como um dos fatores o faturamento da empresa ou grupo); infração; infrator; reincidência específica e genérica, que também impactam no cálculo da multa. Além disso, a autoridade apresenta uma importante classificação das infrações em: leve, média e grave. Essa classificação, além de estar relacionada à metodologia adotada na dosimetria, também determina, por exemplo, que para infrações consideradas graves, a advertência não poderá ser aplicada.

Não podemos deixar de nos atentar ao fato de que no cálculo da multa serão levadas em consideração as chamadas atenuantes e agravantes, ou seja, condutas que o agente de tratamento teve que podem ser levadas em consideração pela ANPD para majorar ou diminuir o valor da sanção pecuniária.

◆ Quais são as agravantes? Reincidência específica; reincidência genérica; medidas de orientação e corretivas descumpridas.

◆ Quais são as atenuantes? Cessar a infração; implementação de política de boas práticas e de governança ou de adoção reiterada e demonstrada de mecanismos e procedimentos internos capazes de minimizar os danos aos titulares; comprovar a implementação de medidas capazes de reverter ou mitigar os efeitos da infração sobre os titulares de dados pessoais afetados.

Dessa forma, ter um programa de implementação e adequação à LGPD, acompanhado por um DPO e especialistas na área, reduz (e muito) as chances de cometimento de infrações e, mesmo que elas ocorram, o fato de já terem sido adotados e demonstrados mecanismos capazes de minimizar o risco do tratamento aos titulares, poderão reduzir os valores aplicados a título de multa, pois o agente de tratamento estará apto a demonstrar que se encaixa nos benefícios oferecidos pelas atenuantes previstas na Resolução n º 4.

Ricardo Maravalhas é fundador e CEO da DPOnet, pós-graduado pela Universidade Estadual de Londrina, mestre pela Universidade de Marília e especialista em Direito Digital, Proteção de Dados e Direito das Start-ups, com certificações na FGV/GVLaw, Insper, Opice Blum Academy e Edevo.

43 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

Reforma Tributária: vai ou não vai?

Em Brasília , desde que aqui me encontro, prevalece a sabedoria popular: “Entre o Natal e o Carnaval nada acontece no Planalto Central”. Mas 2023 como a mídia registra e informa veio para desmoralizar a máxima brasiliense. Primeiro, com a posse do presidente Lula. Em seguida, com a intenção do ministro da Fazenda de concretizar, o mais rápido possível, em parceria com o Congresso Nacional, a tão esperada Reforma Tributária. Rezemos e aguardemos!

Há cinco anos em janeiro de 2018 assim comecei uma análise enviada para a Revista Abigraf: “Reforma Tributária: vai ou não vai?

Há mais de duas décadas o setor empresarial espera a modernização do sistema tributário, clamando para que se observem os seguintes e inegociáveis conceitos e premissas: simplicidade; redução da carga tributária global; neutralidade; respeito à capacidade contributiva do cidadão e das empresas, além de segurança jurídica”.

Chegamos em 2023 e as duas propostas de Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional têm como princípio básico “preservar o mesmo nível de carga tributária”. Certamente não é isso que a sociedade quer e requer. Mais que redução do número de tributos, a sociedade deseja redução do tamanho da carga tributária bruta, geral e setorial.

Reconheço que não é trivial fazer uma Reforma Tributária na República Federativa do Brasil, ambiente de convivência de 5.598 entes autônomos: União Nacional + 26 Estados Subnacionais + 1 Distrito Federal + 5.570 Municípios, todos com competências tributárias exclusivas.

As propostas em discussão no Congresso Nacional são fartas em transição e promessas, embora carentes de estudos e projeções de seus efeitos, seja no bolso dos cidadãos, no caixa das empresas ou nos tesouros públicos.

Em respeito à sociedade (empresas, cidadãos, academia, entes federativos) creio ser necessário o conhecimento prévio de alguns aspectos, como: impactos fiscais (perdas e

ganhos dos entes federativos, incluindo partilha dos recursos arrecadados); impactos sobre os contribuintes (grau de complexidade do novo sistema, multiplicidade de alíquotas, bases de cálculo, efeitos diretos e indiretos da carga tributária para Pessoa Física e Pessoa Jurídica). Por fim, mas não menos importante, é de todo aconselhável estimar os impactos nos preços, para não comprometer ainda mais o crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, e a geração de emprego e renda.

E, para não dizerem que não falei dos gráficos, lembremos todos nós do célebre conflito tributário entre ISSQN versus ICMS, que durante anos atormentou a indústria gráfica nacional. Estados e municípios disputavam a mesma base de cálculo tributário, por vez em duplicidade, onerando os prestadores e os usuários de serviços gráficos.

Quando se fala, como se fora uma modernização digna de um Nobel de Tributação, em criar um tributo que absorva todos os demais incidentes sobre produção e circulação de bens e serviços (IPI + ICMS + contribuições Pis e Cofins + ISS), fico a me perguntar: qual seria a dimensão da alíquota resultante da anunciada fusão e seu impacto sobre a prestação de serviços gráficos?

Parece­me óbvio que a diversidade do setor empresarial brasileiro impõe a existência de mais de uma alíquota, respeitando­se as características setoriais e a natureza da produção e da prestação de serviços, sob pena de, ao pretender modernizar, gerar mais conflitos e aumento de carga tributária.

Roberto Nogueira Ferreira

é consultor da Abigraf Nacional em Brasília. Foi auditor fiscal em Minas Gerais e secretário da Fazenda do município de Juiz de Fora. É autor de “A Reforma Essencial I (Análises, sob a Ótica Empresarial, das Propostas de Reforma Tributária)”, 2002, e de “A Reforma Essencial II (Esqueçam a Reforma Tributária)”, 2016. roberto@rnconsultores.com.br

CONEXÃO BRASÍLIA
ROBERTO
44 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
Foto: Joanna Marini
NOGUEIRA FERREIRA

MUITOS BENEFÍCIOS PARA TODOS QUE FAZEM A INDÚSTRIA GRÁFICA PAULISTA

CADA VEZ MAIS FORTE.

Ser um associado da ABIGRAF-SP é ser ouvido e representado por quem mais entende do segmento grá co paulista.

É ter representatividade, participar de tomadas de decisões, que criam oportunidades reais de desenvolvimento e inovação para o setor, elo fundamental na cadeia produtiva de comunicação.

São mais de 80 benefícios entre consultorias, descontos, créditos, infraestrutura, treinamentos, assessoria jurídica, Anuário Brasileiro da Indústria Grá ca, entre outros.

Para associar-se, ligue:

(11)3232-4500 ou envie email para: associativismo@abigraf.org.br

Vieira enfrentou o capacitismo e as próprias inseguranças para seguir a carreira que escolheu e hoje ajuda outras mulheres a terem um olhar mais generoso para si mesmas.

Delicadeza e inclusão

Um ensaio fotográfico transformou a vida de Maria Paula Vieira. Aos 18 anos, no primeiro ano de Jornalismo, aceitou o convite de uma colega para atuar como modelo. O trabalho descortinou uma Maria que ela não conhecia, muito distante daquela menina com a autoestima minada por anos de rejeição e bullying. As imagens revelaram sua verdadeira natureza e o impacto foi tão grande que a fez decidir seguir a trilha da fotografia.

Com suporte da família e estímulo dos amigos, desafiou os olhares enviesados daqueles que duvidavam de seu potencial, tornando­se a primeira fotógrafa cadeirante a se consolidar no mercado artístico brasileiro.

Maria, que sofre de uma doença genética rara, conta que teve o privilégio de conviver com professores inspiradores, sempre incentivando­a a estudar e a aprimorar a sua técnica. Ao concluir o curso, em 2014, deu vazão a uma de suas outras facetas, a empreendedora,

FOTOGRAFIA
Maria Paula Por: Tânia Galluzzi
46 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

transformando o hobby em profissão. Ela já sabia que o foco de sua câmera estaria voltado ao corpo feminino, sobretudo os invisibilizados por fugirem dos padrões estéticos, mas nos primeiros dois anos, buscando firmar seu nome, clicou não só mulheres como casais, famílias, bebês. “Enfrentei o preconceito, a ideia de que pessoas com deficiência não são talentosas, o estranhamento de ver uma fotógrafa em uma cadeira de rodas”, conta Maria.

SUPERAÇÃO

A sua habilidade em retratar as pessoas com delicadeza venceu a discriminação e os prejulgamentos. Ciente de sua função social, somou à sua bagagem o papel de criadora de conteúdo digital e ativista dos direitos das pessoas com deficiência no Brasil, além de modelo e atriz. Com seu trabalho, hoje Maria ajuda a empoderar mulheres oprimidas por uma sociedade que insiste em julgar e desvalorizar o diferente. Lançando mão da sutileza e do afeto, a fotógrafa cria ensaios intimistas, privilegiando a luz natural, os tons frios, os detalhes, os pequenos gestos. “Procuro entender quem é aquela mulher que estou fotografando, criar conexões, trabalhando num ambiente acolhedor para que ela não só se sinta à vontade, quanto se reconheça nas imagens.”

Todo esse cuidado rompeu os limites do trabalho comercial e entre o final de 2020 e o início de 2021 aconteceu sua primeira exposição individual, Mães Invisíveis, que percorreu algumas estações do Metrô em São Paulo. “Uma amiga cadeirante engravidou e me chamou para fotografá­la. Me dei conta de que normalmente a gente vê fotos de mães com filhos deficientes. Vi então a oportunidade de mostrar mães cadeirantes, com deficiência auditiva, visual, autistas, para mostrar a potência dessas mulheres com seus filhos”, diz Maria. No total, 10 mulheres participaram da exposição, com curadoria da própria fotógrafa.

Ainda no começo de 2021 ela foi curadora da mostra coletiva Elas por Elas na estação Trianon­Masp, com 20 fotógrafas clicando umas as outras. A próxima já está engatilhada. Extrapolando o universo feminino, tem como tema cicatrizes, e a expectativa é de que aconteça ainda em 2023.

mpvfotografia.com.br

Instagram: maaria_vieira

MARIA PAULA VIEIRA
47 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF

Setor gráfico se despede de Christian Vorländer

Ele sempre acreditou e trabalhou para o desenvolvimento da indústria gráfica brasileira, deixando como legado uma empresa com 40 anos de parceria com o mercado.

No dia 13 de novembro faleceu em São Paulo, aos 78 anos, Christian Vorländer, fundador da Comprint Máquinas e Materiais Gráficos Ltda. Empreendedor nato, Christian chegou ao Brasil em 1972. Seu plano ao deixar sua terra natal, a Alemanha, era ficar apenas dois anos, seguindo para Hong Kong, onde pretendia abrir um negócio com um amigo. Mas Christian se envolveu tanto com o setor gráfico nacional que acabou fincando os pés por aqui.

Em entrevista para a edição 197 da Revista Abigraf, publicada no início de 1990, Christian contou que, antes de começar sua carreira na Europa, queria conhecer o mundo. “Na procura do que fazer fora da Alemanha, recebi uma proposta para trabalhar como gerente de vendas da Intergrafica (grupo Roland/Ferrostaal) no Rio de Janeiro. Apesar de ter me formado em Administração e Engenharia Eletrônica, achei fascinante a ideia de trabalhar no Rio”, relembrou ele à publicação. Em 1975, Christian assumiu a direção geral da Intergrafica Brasil, mudando­se para São Paulo.

Em 1980, numa associação entre a Man Roland, a Intergrafica, a Funtimod e o próprio Christian, foi criada a Roland Ltda., focada na fabricação no Brasil de uma máquina que

marcaria época: a impressora offset monocolor Roland Practica. O equipamento era eficiente, porém caro, custo que se justificava em virtude das dificuldades de importação que caracterizavam aquele período. Em uma década, 700 máquinas foram vendidas, afora 30 que seguiram para outros países. Com a abertura promovida durante o governo de Fernando Collor, a impressora deixou de ser uma alternativa economicamente interessante.

Em 1982, Christian partiu para voo solo, criando a Comprint. “No início, a empresa era eu, uma secretária e um office boy, e cada nova venda era comemorada com entusiasmo”, afirmava o empresário em 1990. Com a saída da Intergrafica da Roland Ltda., a Comprint assumiu as vendas para São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e a empresa seguiu crescendo e expandindo seu portfólio.

MUDANÇA DE MÃOS

Depois de 35 anos dedicados à indústria gráfica, em 2017, Christian passou o bastão para Raymond Trad, genro e sócio desde então. Em três décadas e meia, muitas foram as vezes em que o empresário precisou manobrar estrategicamente a empresa para responder às mudanças do mercado. Do formulário contínuo à impressão digital, mais de 40 marcas já foram defendidas pela Comprint, além das 17 atuais, algumas de forma tão eficiente que acabaram abrindo filiais próprias no Brasil, como brincou o empresário numa outra participação na Revista Abigraf, desta vez no final de 2012. “Digo para o pessoal. Temos de encontrar o equilíbrio: se formos ruins, o fabricante troca de representante. Se formos bons demais, acaba abrindo uma filial.”

Sempre antenado, Christian afirmava à época sua intenção de investir no segmento de embalagens flexíveis e de cartonagem a partir da evolução da tecnologia digital. “Temos muito orgulho de tudo o que ele construiu e representou no mercado gráfico brasileiro e agora cabe à nossa equipe honrar e continuar esse legado”, afirma Raymond Trad, CEO da Comprint.

MEMÓRIA
48 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023

Virginia Woolf

Woolf foi uma das precursoras do uso do fluxo de consciência, técnica literária em que se procura transcrever o complexo processo de pensamento de um personagem, com o raciocínio lógico entremeado com impressões pessoais momentâneas e exibindo os processos de associação de ideias. Essa técnica literária marcou o estilo de Woolf, James Joyce e William Faulkner.

Em 1941, com o estopim da Segunda Guerra Mundial, a destruição da sua casa em Londres e a fria recepção da crítica à sua biografia do amigo pintor e crítico de arte, Roger Fry (1866–1934), Virginia Woolf caiu em depressão. Em 28 de março de 1941, aos 59 anos de idade, vestiu seu casaco, encheu os bolsos com pedras, caminhou em direção ao rio Ouse, perto da sua casa, em North Yorkshire, no Reino Unido, e se afogou. Seu corpo foi encontrado somente três semanas mais tarde, em 18 de abril de 1941, por um grupo de crianças, perto da ponte de Southease, no sudeste da Inglaterra.

casa editorial britânica Hogarth Press foi fundada, em 1917, pelo casal Leonard Sidney Woolf (1880–1969) e Virginia Woolf (1882–1941). Durante o período entreguerras, a editora deixou de ser um passatempo e se tornou um negócio. Compraram impressoras comerciais e começaram a publicar livros do Grupo de Bloomsbury, formado por artistas e intelectuais britânicos, que existiu entre 1905 e o fim da Segunda Guerra Mundial. Dentre seus membros mais conhecidos estão Virginia Woolf, John Maynard Keynes, Clive Bell, E.M. Forster, Duncan Grant, Desmond MacCarthy e Lytton Strachey.

A Hogarth Press foi a pioneira na publicação de trabalhos sobre psicanálise e obras estrangeiras traduzidas, especialmente da língua russa. Em 1938, Virginia Woolf renunciou aos seus interesses no negócio, que passou a funcionar com uma parceria entre Leonard Woolf e o poeta John Lehmann (1907–1987), fundador dos periódicos New Writing e London Magazine.

A parceria durou até 1946, quando a casa editorial passou a ser administrada pela Chatto and Windus, editora independente de livros, fundada na Era Vitoriana. Desde 1987, Hogarth é um selo da The Crown Publishing Group, parte da Random House Inc., destinado a publicar uma nova geração de escritores. Virginia Woolf estreou na literatura, em 1915, com o romance The Voyage Out, que abriu o caminho para a sua carreira como escritora e uma série de obras notáveis.

Seus trabalhos mais famosos incluem os romances Mrs. Dalloway (1925), To the Lighthouse (1927) e Orlando: a Biography (1928). No final dos anos 1920, tornou­se uma escritora de sucesso, com reconhecimento internacional, mas caiu no ostracismo após a Segunda Guerra. Foi redescoberta por causa do livro­ensaio A Room of One’s Own (1929) Um Teto Todo Seu, na tradução brasileira  , no qual se encontra a famosa citação “Uma mulher deve ter dinheiro e um teto todo seu, se ela quiser escrever ficção”.

RAÍZES
“Uma mulher deve ter dinheiro e um teto todo seu, se ela quiser escrever ficção”
João Scortecci é editor, gráfico e livreiro. scortecci@gmail.com
49 janeiro/março 2023 REVISTA ABIGRAF
Texto: João Scortecci Ingram Image

Ano novo: o carnaval já passou!

máxima de que o ano só começa depois do carnaval tem lá as suas manias de verdade. Dizer que não é bem assim é correr o risco de ficar falando sozinho. No Brasil, tudo é possível. Isso o torna único, exótico e imprevisível.

No mundo “das coisas”, os negócios são assim: mentiras que se tornam verdades, verdades que não se sustentam e mentiras que justificam tudo. Sigamos, então, o caminho das histórias como elas são.

Hoje escrevo o sétimo editorial para a Revista Abigraf. Como gestor das demandas do setor, em cada um deles tenho procurado me posicionar sobre a diversidade do mercado de impressão, o associativismo que represento, o empreendedorismo tecnológico sempre um desafio e a responsabilidade que me ocupa, sempre.

Para 2023, é intensa a programação elaborada com o time da Abigraf. Mais intensa que a de 2022, ano em que realizamos muito. Foi ano de retomadas, de ações

proativas, de reencontros, feiras, anuários, prêmios de excelência gráfica e muito trabalho. Um ano muito produtivo!

Dizer que ficamos plenamente satisfeitos com o que fizemos é uma alegoria que não diz tudo, uma verdade que não se sustenta, não completa o copo, não “arrebenta a boca do balão”. Somos eternos insatisfeitos nos desafios das coisas!

E o que faltou? Pensei e pensei. Faço isso quando acordo, começo o dia e refaço o que é preciso fazer, todos os dias.

Consultei, então, a lista de resoluções para o ano de 2023: melhores condições de trabalho para o setor, regulação da oferta de insumos e matéria-prima, segurança jurídica, diminuição da carga tributária, reforma tributária, controle da inflação e diálogo, muito diálogo.

Tudo continua valendo, mesmo depois do carnaval. Estou em paz? Não. Ao trabalho, então, pensando e construindo o futuro, com alma de Gutenberg!

scortecci@gmail.com

João Scortecci

MENSAGEM
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional São Paulo (Abigraf-SP)
PARA 2023 50 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2023
TEMOS PELA FRENTE UMA INTENSA PROGRAMAÇÃO

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