O GIGANTE DESEQUILIBRADO O Gigante troca as pernas, cambaleia, não consegue aprumar-se, tomar rumo, atingido que foi pela inacreditável teia, interesses escabrosos, a borra do sumo. Oh!... que céu, que mares, que florestas. o Senhor o beneficiou em sua natureza para ser um dia o Florão da América e por isso a ele concedeu tanta riqueza. Mas o Gigante, pelo caruncho corroído, não sabe como lidar com tantas mercês, pois tem seu cerne totalmente apodrecido, hombridade e vergonha, terrível escassez. “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste. Criança! Não verás nenhum pais como este.” Ao escrever, Olavo Bilac, em sua brasilidade nunca imaginou esta tragédia da moralidade. Em um poço profundo lá está o Gigante, a afogar-se nas lamacentas negociatas. Peçamos a Deus, que nos dê urgentemente, novas gerações com brios agraciadas.
Marcos Costa Filho
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