O BATEL DA VIDA Rema!... Rema!... rema forte remador, teu batel da vida, não importa se o mar revolto, contrário, ou te bate de frente e ao balançar teu viver é assustador. Mas precisas dar rumo ao teu avançar, a vida é frágil e findar pode de repente. Nem sempre revolto o mar vai estar. Há um porto na linha do horizonte, da crista da onda tu poderás avistar, da vaga pode que a ilusão se desmonte. Então, é preciso o remar com esperança, ter firmeza em uma fé que a tudo alcança. Os ventos que sopram na popa do batel, ajudam é certo, quando bem aproveitados. Toda vez que ocorrerem, nunca os perca, pois somente passam e nunca retornam. Se perdidos, na viagem serão lastimados E em recifes de amarguras se transformam. A duração da viagem é totalmente incerta. Chegar de fato aos portos dos objetivos, é preciso cautela e estar sempre alerta, ter força de vontade e ser muito seletivo. Uma vez atingido o almejado sucesso, trate-o muito bem, pois fácil é o regresso.
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Miscelânea Poética