OLHAAA!!!... O PÃO CASEIROOO!!!... Nas décadas distantes desta minha vida lembro os pregões na rua da minha infância a oferecer toda mercadoria na carroça contida, os verdureiros, a servir as donas de casa na lida. Parecendo o fiel de uma balança o ponteiro, ao ombro, vara com um cesto em cada ponta... Camarão!... Linguado!... Tainha!... o peixeiro ia a apregoar e que o preço estava em conta. Um homenzarrão com um grande cesto ao ombro, assim o via, na minha pequenez, um assombro, o espanhol a vender seus pães feitinhos na hora, assim dizia ele, convicto, com apregoação sonora. Olha a cebola!... olha o alho!... lá ia seu Juca, batendo seus tamancos chamando a atenção, résteas ao ombro até à cintura, chapéu à nuca. Pausa no armazém, a cachacinha... sua oração. Olha a laranja!... lima!... o colono na carroça trazia, bergamota, aves, ovos e coisas mais... oferecidas. Para aqui e ali, como feira ambulante até parecia. Assim, as manhãs, pelos pregões eram sacudidas.
Marcos Costa Filho
44