NEM DE PEALO SE DERRUBA Deste colosso Gigante, eternamente, deitado em seu berço esplêndido, teve o Rio Grande sua maior chance, de desprender-se, ter o elo rompido, tornar-se uma republica independente, dar a si novo sol e à vida, nova nuance. Tingiram-se as coxilhas de sangue tanto e as verdejantes planícies dos pampas ainda resguardam memórias de valentes, que em ferrenhas peleias foram crentes ao ferirem-se batalhas, sabe-se quantas. Este rincão estava de pé em cada canto. Dez anos durou a epopeia inglória. Página virada, na História, registrado os motivos da revolta daquele tempo. Mas bah!... coragem, bravura, agora não é importante na ponta da lança, cerrar o tempo e repetir tal façanha. O Gigante balança meio sem rumo. Fervilha a pilhagem e solta pinoteia. Ninguém segura tal potro indomável, a corrupção em matizes se permeia, dificultando recolocá-lo no prumo. Derrubá-lo? Nem de pealo... provável!
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Miscelânea Poética