Revista Abranet . edição 35 . agosto/setembro/outubro 2021

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NEGÓCIOS

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Roberta Prescott

MUITO ALÉM DA

última milha O atendimento das empresas de internet deixou de ir apenas até o conector fixo do cabo nas instalações do cliente e passou a incorporar outras funcionalidades. Os provedores ampliaram o portfólio de atuação – e também o faturamento. ESTÁ FICANDO PARA TRÁS o tempo em que as prestadoras de serviços de internet ofereciam apenas conexão. Os provedores avançaram e, hoje, estão presentes dentro das residências e das empresas. Ao mesmo tempo em que passaram a oferecer mais funcionalidades, expandindo o portfólio de atuação, eles vislumbraram um faturamento que, antes, não era fácil de imaginar. Para chegar a esse ponto, as empresas de internet ouviram os usuários e alinharam seus produtos e serviços à demanda de mercado. Se inovar é palavra de ordem para as empresas bem-sucedidas, apostar em produtos que solucionem problemas é o motor propulsor da inovação. Foi assim na Life, que iniciou suas atividades na época da internet discada, evoluiu, em 2003, para fornecimento via rádio e migrou para cabo e fibra ótica. “Em 2010, fizemos a primeira cidade 100% de fibra ótica, mas, na época, não tinha GPON. Comprávamos switches óticos e colocávamos armários nos postes para chegar com a fibra ótica à casa do cliente e depois Ethernet. Fizemos em Garça e depois Marília [ambas cidades no estado de São Paulo]”, conta o diretor-administrativo, Alair Mendes Fragoso. Em 2011, após o governo liberar para as empresas o provimento de telefonia fixa, a Life deu mais um passo ao obter licença para STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) e começar a operar com telefonia fixa. A licença para SeAc (Serviço de Acesso Condicionado) veio em 2014, quando o provedor expandiu o portfólio, incluindo

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IPTV. “Fomos uns dos primeiros a trabalhar com IPTV no Brasil”, ressalta. De dois anos para cá, a Life decidiu mudar a estratégia e ofertar outros serviços. “Vimos que passar cabo não estava dando mais, porque toda cidade tem provedores e lugares que não têm mais onde passar cabo no poste”, aponta Fragoso. Antes da pandemia, a empresa lançou um serviço de monitoramento de câmeras, começando pelo setor público, com as prefeituras. A ideia da oferta surgiu a partir da observação do mercado. “Percebemos que o pessoal que instala câmera IP vendia o serviço, mas não fazia a manutenção, não tinha suporte”, conta, explicando que o modelo da Life é por assinatura e que, conforme o plano, os clientes podem acessar as imagens das câmeras, que ficam armazenadas em servidores da Life. A Life não parou aí. Olhando para o mercado doméstico, a provedora lançou um serviço de gerenciamento das redes internas. Com o aumento de dispositivos conectados ao Wi-Fi, a configuração é chave para que a velocidade contratada seja a percebida pelos clientes dentro de suas casas. “Lançamos um produto de configuração e suporte para cuidarmos da rede da casa da pessoa. Por exemplo, há casas que precisam de mais de um roteador ou de redes mesh. É o Home Life, e temos planos diferentes, de acordo com a quantidade de equipamentos ou suporte que o cliente precisa”, detalha.


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