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REPORTAGEM

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endo como objetivo geral criar uma plataforma de diálogo e busca de consensos estratégicos para a promoção do alinhamento da agenda de desenvolvimento entre o setor público e o setor privado, no que respeita ao Comércio, realizou-se no passado

mês de Outubro, nos Paços do Concelho de Lisboa, o 1º Fórum do Comércio, organizado pela CCP, contando com intervenções de empresários de vários ramos de atividade, entidades prestadoras de serviços ao comércio e instituições de formação de profissionais do setor.

Deste dia de intenso debate destacam-se 5 conclusões principais: APOSTAR EM MARCAS NACIONAIS Portugal e Lisboa estão na moda. Os turistas visitam-nos, querem conhecer a nossa gastronomia e cultura, valorizam a segurança e simpatia do povo português, entre outros. A imagem externa do made in Portugal cresce e o comércio tem um papel determinante de mostrar a todos o que de bom se faz por cá. Apostar na conceção, promoção e venda das marcas nacionais reforçará a nossa identidade, criando valor para os stakeholders e condições para que Portugal e as marcas portuguesas aumentem a sua reputação à escala global. COMPRAS SEM LIMITAÇÕES E COM ENTREGA GRATUITA Um dos principais problemas que se colocam a quem nos visita, independentemente do tipo de transporte utilizado, é a limitação (volume e peso) da bagagem no regresso aos seus Países de origem. Normalmente há vontade de comprar mais, mas os clientes acabam por comprar, quase sempre, o que podem levar em mão. A criação de um serviço de entrega, partilhado pelos comerciantes, permitará a quem nos visitam comprar sem limitações, com a garantia de que todos os bens lhe chegarão rapidamente e em segurança. Esta medida aumentará o volume de negócios das empresas envolvidas. PLATAFORMA DIGITAL DE AVALIAÇÃO DO COMÉRCIO Uma plataforma deste tipo, à semelhança do que já existe na restauração e hotelaria (TripAdvisor, The Fork e Zomato) permitirá aos clientes avaliarem online a qualidade do atendimento, entre outros, contribuindo para a melhoria do padrão qualitativo geral da atividade. 56

DEZ 19 JAN FEV 20

MARKETPLACES Tendo uma lógica digital, os marketplaces constituem mais uma montra à escala global de venda dos produtos e serviços. Assim, os marketplaces podem ajudar a aumentar o volume de negócios das empresas do setor que queiram atuar numa lógica multicanal. MENOS IRC PARA QUEM REINVESTE OS LUCROS NO NEGÓCIO De acordo com a OCDE (2018), Portugal tem a oitava taxa mais alta de IRC no conjunto de 76 países analisados. Fruto do crescimento económico e das vantagens competitivas que o país apresenta, a carga fiscal tem aumentado nos últimos anos, não sendo alheio o contributo do Turismo e do Comércio para o aumento das receitas fiscais de forma significativa. É imperioso, que o Governo incentive as empresas a dinamizarem e modernizarem a sua atividade, baixando a taxa de IRC às que reinvistirem na sua atividade, os lucros gerados. Esta medida permitirá reforçar os capitais próprios, reduzindo-se o nível de endividamento e criando-se condições para a modernização em aspetos em que ainda somos pouco competitivos, como é o caso da criação de marcas e a digitalização dos negócios.


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