Fiepa forma GT do “Pré-sal” da Amazônia Para discutir a exploração de óleo e gás na Amazônia, o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) – por meio dos seus Conselhos Temáticos de Infraestrutura e de Meio Ambiente –, e a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) promoveram uma reunião com representantes do setor produtivo da região, governo do Estado, acadêmicos e demais instituições interessadas na descoberta do “Pré-sal” amazonense. O evento contou com a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará (Sedeme), e a participação da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA).
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Petro & Química
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O encontro buscou estabelecer um grupo de trabalho (GT) para ampliar e aprimorar os debates sobre as reservas localizadas em águas profundas e ultraprofundas no litoral do Amapá, Maranhão e Pará, um novo Pré-Sal, tal seu potencial. A TGS fez aquisição de dados sísmicos na margem equatorial brasileira (AM e RN), onde identificou prospectos com elevados indícios de petróleo – um prospecto com as mesmas características na vizinha Guiana é hoje o poço de Lisa, explorado pela Exxon e produzindo 120 mil b/d. De acordo com os estudos, estima-se que existam 10 prospectos, na ordem de 20 a 30 bilhões de barris de óleo no local. O presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, afirmou, durante o evento, que o momento é propício para pensar em novas possibilidades de desenvolvimento para a região. O representante da TGS, João Correa, contou que a empresa investe na região desde 2015, por acreditar no potencial da área, e que os estados que abrigam as reservas de óleo e gás precisam se unir, para que atuem como protagonistas desse desenvolvimento. Durante o encontro, o geólogo, mestre e doutor em energia, Estanislau Luczynski, explicou que as discussões sobre a exploração de óleo e gás natural já existem há mais de 20 anos. Também participou do encontro na FIEPA, o geólogo Allan Kardec Barros, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), um dos autores da nota técnica sobre a margem equatorial brasileira, intitulada “Um novo Pré-Sal no Arco Norte do Território Brasileiro?”. A nota técnica pontua “que a efetiva exploração das bacias sedimentares do Arco Norte do território nacional, em especial a Pará-Maranhão, representa também um efetivo utis possidetis (princípio do direito internacional, segundo o qual os que de fato ocupam um território possuem direito sobre este) do Brasil sobre sua Amazônia Azul. Em especial, o Brasil precisa se apropriar de toda sua Plataforma Continental Estendida, transformando riqueza potencial em realidade. A conclusão principal desta Nota Técnica é a recomendação às autoridades energéticas brasileiras para a colocação de blocos exploratórios da bacia sedimentar Pará-Maranhão nos próximos leilões de concessão da ANP. Ao mesmo tempo, em linha com as definições dos