Básica
MISSÃO ADVENTISTA
Texto Marcelo Dias Ilustração Thiago Lobo
A crença no retorno de Cristo à Terra é o centro da mensagem adventista
O surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia é entendido por seus adeptos como providencial e profético. Isso significa que eles se sentem vocacionados a pregar a “verdade presente” (Ap 14:6-12) para este tempo, a fim de ajudar os demais cristãos e toda a humanidade a se prepararem para a volta de Jesus. Essa autopercepção dos adventistas se desenvolveu logo nas primeiras décadas do movimento, por meio do estudo da Bíblia e da orientação profética de Ellen White, cofundadora da igreja. Na compreensão de missão do movimento adventista, Jesus ocupa papel central. Além de ser o único Salvador (Jo 14:6), o ministério de Cristo é o modelo de engajamento de Seus discípulos modernos. Guiados pelo Espírito Santo, os adventistas entendem que devem servir a humanidade e pregar o evangelho a todo o mundo (Mc 16:15, 16; Ap 10:11). E o objetivo maior dessa tarefa missionária é colaborar com Deus na restauração da imagem Dele no ser humano, condição que foi perdida depois da queda moral no Éden (Gn 3:9). Nesse contexto, a guarda do sábado é uma experiência semanal dessa reconciliação entre Criador e criatura e uma antecipação da restauração plena e futura. Para tanto, os adventistas se esforçam para comunicar sua mensagem de modo culturalmente inteligível, a fim de que o evangelho gere transformação nas pessoas e no contexto em que vivem. Por considerar o ser humano indivisível, sem a clássica separação entre alma e corpo (Gn 2:7), durante mais de 150 anos de organização, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem empregado uma abordagem missionária integral, formada por quatro principais frentes de ação: educação, saúde, publicações/comunicação e o estabelecimento de sedes administrativas. Confiantes de que a missão é primariamente de Deus (Mt 24:14), e que a salvação e o juízo da humanidade dependem de Sua soberania, os adventistas acreditam na possibilidade real de verem Jesus voltando à Terra em breve. Oportunidade em que poderão dar seu testemunho de fé diante do Universo que aguarda pelo desfecho do conflito milenar entre Deus e Satanás (Fp 2:10, 11). Fontes: Declarações da Igreja (CPB, 2012) e Nisto Cremos (CPB, 2018).
Curiosa
Texto Julie Grüdtner
COMER PARA VIVER Se você acha que relacionar alimentação saudável com doenças crônicas é apenas papo furado de mãe e avó, está enganado. Pesquisas têm mostrado que os hábitos alimentares de muitos jovens são bastante nocivos. No ano passado, por exemplo, a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, publicou um estudo com universitários do Centro-Oeste brasileiro. Mais da metade deles informou que consumia álcool regularmente e que não praticava exercícios físicos na quantidade adequada. Além disso, uma boa parcela deles comia carne com excesso de gordura. Detalhe: os entrevistados eram estudantes da área de saúde. O padrão se repetiu numa universidade pública do Nordeste do Brasil. A dieta dos universitários era marcada por alta ingestão de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal. De acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, esses dados são preocupantes e devem levar os jovens a repensar seu estilo de vida. Mas, por quê? Diabetes, câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares são as principais causas de morte ao redor do mundo. Em 24 |
JUL-SET
2020
2015, 71% dos brasileiros perderam a batalha pela vida contra uma dessas enfermidades. E como elas podem ser evitadas? De acordo com os especialistas, adotando hábitos saudáveis, o que inclui mudanças no cardápio. O ponto é que se a mera informação resolvesse o problema, muita gente não estaria acima do peso, comendo mal, vivendo de modo sedentário ou flertando com drogas lícitas, como o álcool. Quando se trata de saúde, temos que reconhecer que nosso corpo é uma máquina complexa e cheia de regrinhas. Por isso, não levar essa
questão a sério, é se expor a consequências negativas de curto, médio e longo prazos. Um dos princípios da boa nutrição pode ser resumido naquele conhecido ditado: “comer para viver e não viver para comer.” É claro que mudar hábitos alimentares não é fácil, mas vale a pena. Fontes: Dietary Guidelines for the Brazilian Population (2015), p. 7-9 (bvsms. saude.gov.br); Monteiro LZ e outros, “Weight status, physical activity and eating habits of young adults in Midwest Brazil”, em Public Health Nutrition de outubro de 2019, nº 22, p. 2.609-2.616 (cambridge. org/core/journals/public-health-nutrition); e Silva e outros, “Frequency of healthy eating habits among students of a public university in Northeastern Brazil”, em Revista Brasileira em Promoção da Saúde de abril-junho de 2016, p. 227-234 (periodicos.unifor.br/rbps).
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