ENS - Carta Mensal 533 - Abril/Maio 2020

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Ano LX • abril • 2020 • n° 533

CARTA EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A

MENSAL

Domingo de Ramos: uma reflexão sobre o caminho que queremos

Tema do Ano Capítulos I e II Págs. 6 e 8

Dom da Ciência Pág. 31


Índice Editorial

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Super-Região

ACESSE CARTA MENSAL SONORA:

A importância do sim verdadeiro...................................................................... 2 É função das ENS também formar agentes da Boa Nova......................................4 Tema do ano – capítulo II Caminho de Santidade em Casal..................................6 A alegria que brota do encontro com o ressuscitado!.......................................... 7 Tema do ano – capítulo III Fragilidades: cultura atual e desigualdades sociais.........8 Visitação da Virgem Maria...............................................................................9 Intercessores................................................................................................10 A primeira visita do Padre Caffarel ao Brasil...................................................... 11

Igreja Católica

Diretrizes gerais da CNBB.............................................................................. 12 Palavra do Papa............................................................................................. 13 Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.......................................................14

Raízes do Movimento

Pecado de ignorância..................................................................................... 15

CNSE

Felizes os que sofrem pois serão consolados......................................................16

Testemunho

Vida de casal e santidade................................................................................ 17 O valor do PCE Meditação..............................................................................18 Bodas de Diamante.......................................................................................19 A beleza do EACRE....................................................................................... 20 Missão é Amor, Alegria e Serviço...................................................................... 21 A meditação e a nossa santidade.....................................................................22 Pensando em Deus........................................................................................23 “Semeador”. Adaptado às ENS*.................................................................... 24 Gerar vidas...................................................................................................25

Partilha e PCE

Meditação.................................................................................................. 26 O perdão como fruto de um retiro.................................................................. 27 Falar amigavelmente com o Senhor................................................................ 28

Formação

Dons do Espírito Santo ................................................................................. 29

Contos e Reflexões

As duas joias................................................................................................ 30

Errata

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no 533 abril/2020

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. ­Rejowski - Imagens: (Capa: Web) Pixabay / Can Stock Photos \ Freepik \ Freeimages; Tiragem desta edição: 31.120 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3 o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Reflexão


EDITORIAL

Amados irmãos em Cristo! Nesta edição, encontraremos subsídios para nossas reuniões de abril e maio, como também os assuntos da Igreja relativos a esses meses. Assim será, de agora em diante, a estruturação de nossa revista, bimestral! Esperamos que as alterações gráficas e a leveza tenham tornado a leitura tranquila e agradável. Vamos aos destaques... A palavra do nosso CRSRB enfatiza a importância de vivermos nossa missão, e que, ninguém ocupa o lugar de ninguém, somos seres únicos amados e criados por Deus. Também nos recordam que maio será muito especial, comemoraremos os 70 anos da ENS no Brasil! Por isso devemos aguçar ainda mais o espírito de pertença ao nosso movimento, para sermos continuadores da nossa bonita e próspera história. Os CRP Leste e Centro-Oeste nos presentearam com reflexões belíssimas acerca do tema de 2020. O capítulo II, sobre a santidade em casal, nos diz: “Amar é o nosso trabalho e ser santo é a nossa missão” e que a santidade em casal é o caminho que fazemos na simplicidade das ações diárias. O Capítulo III, sobre as fragilidades, diz que é através da observância e da prática das bem-aventuranças que encontraremos a verdadeira felicidade, e não há atalhos neste caminho... Dentro desta temática, recomendamos

a leitura do artigo sobre a segunda bem-aventurança: Felizes os que sofrem pois serão consolados. Na perspectiva da autora, a tristeza foi banida do falso mundo das redes sociais, onde tudo é perfeito e lindo na aparência. Na situação de pessoas sós, perde-se o direito de chorar, porque quem vive o luto sente-se excluído da convivência “feliz” do mundo. Assim esquecem-se que a real beleza é que serão consolados! Com nossa Igreja, aproveitemos os artigos sobre o Domingo de Ramos, Páscoa, Visitação da Virgem Maria, a palavra do Papa, a leitura orante da palavra e as Diretrizes da CNBB, para nos abastecermos e enriquecermos, sendo todos eles “lâmpada para nossos pés, luz para nossos caminhos”. Neste ano em que somos convocados a ser santos, percebemos que faz parte dessa missão o que a bonita poesia diz: “Semeias, semeias sempre cada vez com mais amor, neste imenso campo do mundo, Tu és, equipista, um semeador!”. Como meta de santificação, trabalhemos em nós o dom da ciência e façamos uma reflexão profunda sobre nossos filhos motivados pela fábula “As duas jóias”. Abraço fraterno, Débora e Marquinho CR Carta Mensal

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SUPER-REGIÃO

A importância do sim verdadeiro

Diletos equipistas, amadas e amados de Deus, Deus é Bom! Deus é muito Bom sempre! Nosso Movimento é eclesial, centrado em Jesus Cristo, e consciente de sua pertença à Igreja, como uma célula da mesma. Seu carisma está ligado à realidade sacramental da Igreja e, por isso, tem sua responsabilidade com a Igreja e na Igreja. Através das Equipes de Nossa Senhora a Igreja evangeliza os casais ajudando-os a compreenderem, acolherem e viverem o chamado à santidade que o Senhor dirige a todos e a cada um dos batizados, no seu estado de vida específico e na vivência de sua missão na vida pessoal, na família, na comunidade e na sociedade. Maria é para todos os cristãos, e de forma especial para os equipistas, o grande modelo de fidelidade ao projeto salvífico de Deus para a humanidade. O Senhor tem um projeto para cada

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batizado em sua realidade, e quando este o acolhe com seu sim e o assume com coragem, tal projeto torna-se um elemento importante na realização do projeto universal de salvação e santificação de Deus para todos. Santa Irmã Dulce dos Pobres dizia: “O que faço é apenas uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela o oceano seria menor”. O sim de Maria na pequena vila de Nazaré, um pequeno lugarejo na Palestina, trouxe uma transformação que envolveu o mundo todo. Tudo sempre começa com um sim verdadeiro: a vida, a fé, o matrimônio, a ordem, a santificação. Cada equipista deve pensar sua presença e atuação no Movimento e na Igreja a partir do seu sim fundamental ao chamado de Deus à santidade no seu estado de vida, e na sua participação na vida da Igreja e da sociedade. A força do seu sim pessoal, conjugal, familiar e equipista (como leigos e

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Quando vemos o sim de uma mulher, chamada a participar da obra criadora de Deus através da maternidade, tomamos consciência do bem que ela traz ao mundo

leigas, religiosos e religiosas, diáconos ou sacerdotes) ao chamado de Deus para a santidade será um caminho a mais para a santificação do mundo e a construção do Reino de Deus. Quando vemos o sim de uma mulher, chamada a participar da obra criadora de Deus através da maternidade, tomamos consciência do bem que ela traz ao mundo não apenas através dos filhos(as) gerados, mas sobretudo através de seu ato de amor, de fé e de esperança. Pois todo sim à vida é um sim a Deus e um ato de amor, de fé e de esperança! Assim, é o sim de um homem e uma mulher a construírem um relacionamento afetivo santificado pelo matrimônio; o sim de homens e mulheres a viverem uma fecundidade espiritual pela consagração e ordenação. No sim dado e no chamado feito reconhecemos a bondade de Deus que nos torna participante da sua obra

salvadora através do cuidado e transformação da vida e da realidade produzidos por tal chamado e tal resposta. Neste tempo que celebramos a maternidade, que celebramos o cuidado com a vida através da Campanha da Fraternidade, que celebramos Maria, cantemos com ela: “Quero dizer meu sim, como tu, Maria, como tu, um dia, como tu, Maria”. A Páscoa que celebramos é a vida nova, que brota nesta terra em direção ao Céu, concretizada pelo sim total de Cristo, dado na encarnação, confirmado nos gestos de seu ministério, concretizado na Cruz e continuado nos sacramentos da Igreja e em sua ação evangelizadora. Como poderíamos dizer não para quem só nos disse SIM? Coragem sempre! D. Moacir Arantes SCE Super-Região

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É também função das ENS formar agentes da Boa Nova Olá, queridos amigos! Neste mês gostaríamos de refletir com vocês um assunto que este ano vai permear nosso itinerário equipista: a missão. E faremos a partir do texto de nosso querido amigo Frei Venildo Trevisan: “A vida de cada ser segue a certas normas próprias. Possui suas fases, seu ritmo e seus segredos. O básico de tudo isso consiste em gerar, desenvolver, reproduzir e morrer. Para quem se orienta pela razão tudo acontece por uma lei física e por um princípio biológico. Mas o ser humano não é apenas razão. Ele é também espírito. Tem consciência de que sua origem biológica tem sua fonte de vida em Deus. Tudo o que conseguir pensar, desenvolver e reproduzir é graça de Deus.E ele próprio se sente engrandecido por fazer parte dessa família humana e,ao mesmo tempo,divina. Nessa família todos nascem e se desenvolvem. Todos geram vida, esperança, amor e criatividade. Formam a grande harmonia do universo com seus mais variados tons, as mais seletas cores e os mais ricos sabores. E dentro desse maravilhoso universo cada qual tem seu lugar e sua missão. Ninguém ocupa o lugar de ninguém.Todos são amados por um só e mesmo Deus que faz o sol nascer sobre bons e maus; e faz a chuva cair sobre justos e injustos. Pois, para ele, todos são filhos e filhas muito amados e destinados à perfeição em seu viver,bem como em gozar de todos

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os benefícios de quem acolhe e fortalece através de suas bênçãos generosas. E surge uma expressão muito especial que diz: todos são filhos de um mesmo pai e de uma mesma mãe,isto é,da Trindade santa. Todos são alimentados na mesma verdade. Todos são organizados pela mesma lei do amor. Todos são acolhidos no mesmo gratuito abraço de carinho e de misericórdia. Todos são integrantes do grande povo de Deus a caminho da eternidade. É bom esclarecer que essa concepção é muito pessoal. Cada qual tem direito de pensar, planejar e exercer sua missão da maneira que julgar correto. Afinal, somos adultos tanto no pensar quanto no agir, tanto no crer quanto no viver. O que não é bom é apenas aceitar seguir naquilo que outros sugerem.” Nós, casais, escolhemos seguir Jesus e seus ensinamentos através da pertença ao movimento das ENS, por isso temos que saber exatamente o que buscamos e no que acreditamos, saber qual a nossa identidade como Movimento e o que nos motiva. “Vem e segue-me.” Cristo dirige esse apelo a cada batizado, convidando-o a se abrir sempre mais ao seu amor e a ser testemunha. Esse apelo Cristo dirige também ao casal cristão. Os cônjuges são chamados a encontrar Deus no coração de seu amor conjugal. Assim, o amor humano se torna uma imagem do amor divino. As Equipes de Nossa CM 533


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“Vem e segue-me.” Cristo dirige esse apelo a cada batizado, convidando-o a se abrir sempre mais ao seu amor e a ser testemunha Senhora, Movimento de “espiritualidade conjugal”, são consideradas como um dom de Deus a todos os casais que delas fazem parte. A espiritualidade conjugal: A vida do casal, pelo casamento cristão, é marcada pelo sacramento, sinal profundo de engajamento recíproco dos esposos e sinal da Graça de Deus. O amor conjugal e o amor de Deus se completam.É no cerne da união entre esses dois amores que nasce a espiritualidade conjugal. O desejo de conhecer e de fazer a vontade de Deus em todas as circunstâncias comuns da vida e a busca da sua presença ajudam a desenvolver e a aprofundar a espiritualidade conjugal. O amor divino se expressa no amor humano quando a vida cotidiana é preenchida com a atenção e a solicitude dos esposos, um em relação ao outro, a ajuda e a fidelidade absoluta, a compreensão e o respeito mútuo, a harmonia de coração e de espírito. Quando as mais simples tarefas são impregnadas de amor, o Senhor lá está, no coração do casal; a espiritualidade é, então, uma realidade vivida. No próximo mês (maio), o movimento no Brasil completa 70 anos, isto se deu porque tivemos ao longo dos anos casais que doaram seu tempo, seu amor, seu serviço, sua vida para que ele pudesse CM 533

se fortalecer e se expandir. Hoje, graças a estes casais pioneiros temos a graça de pertencer a esse Movimento. Mas pertencer não basta, temos que ter espírito de pertença, temos que nos sentir continuadores desse trabalho levando avante a outros essa experiência tão enriquecedora para a vida dos casais e consequentemente para as famílias. Como diz o documento Vocação e Missão: A Missão do Movimento é formar,orientar e motivar os casais a serem agentes da Boa Nova no mundo em que vivemos para anunciar os valores do evangelho no seio do casal e da família. Enfim, temos que procurar descobrir qual o verdadeiro sentido de nossas vidas e de modo especial o que Deus espera de nós como pessoa e como casal. E encerramos com a frase do nosso querido fundador: “Mais amor nos lares,mais caridade nas equipes e mais dinamismo missionário”. Grande abraço a todos.

Lu e Nelson CR Super-Região

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Tema do ano – capítulo II Caminho de Santidade em Casal “O Senhor quer-nos santos e espera que não nos resignemos com a vida medíocre, superficial e indecisa. ” Caminhamos junto com a Igreja, um caminho de amor e de santidade, em que buscamos, como casal, os mesmos objetivos, amar sempre mais e melhor.

“Não somos chamados por mero acaso,o Senhor escolheu cada um de nós” para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor” (Ef 1.4). Diariamente, somos convidados a testemunhar através de nosso comportamento,a viver o chamado do Senhor,com simples ações, mas que fazem a diferença, como no querer amar ao cônjuge e aos filhos, ajudar aos mais necessitados e ser missionário, são alguns dos propósitos de testemunho de fé, de amor e de caridade, e levam a uma busca da santidade, cada um por seu caminho, sem abandonar o objetivo principal, “sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11, 45; 1 Ped 1,16). “Amar é nosso trabalho e ser santo é nossa missão.” Para sermos santos, não é necessário que nos afastemos de nossas ocupações, mas sim que a vivamos com amor, como no sacramento do matrimônio, quando nos prometemos amar e respeitar, na alegria e na tristeza, e passamos a ser uma só carne, como Cristo fez com a Igreja. Mas reconhecemos que somos frágeis, que precisamos de apoios para seguir na vida cristã, que desperte em nós novas atitudes, como a prática dos PCEs propostos por Padre Caffarel, uma característica

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essencial das ENS, que ajudam na nossa santificação, deixando que Cristo viva em nós e nós vivamos n’Ele.

Papa Francisco nos fala que o caminho da santidade é uma fonte de paz e alegria que o Espírito nos dá, mas, ao mesmo tempo, exige que estejamos com “as lâmpadas acesas” (Lc 12,35) e permaneçamos vigilantes. E o caminho de Santidade em Casal é um caminho que se deve percorrer a dois, onde cada cônjuge seja um instrumento para a santificação e para o crescimento espiritual do outro. Portanto, não deixemos que empecilhos como a fadiga e as dificuldades diárias nos afastem de Deus e nos afastem do amor, mas que busquemos em nosso dia a dia, através da Escuta da Palavra, da meditação (do estar a sós com Ele e escutá-Lo), da oração conjugal e do esforço diário de discernimento à luz do Espírito Santo, a certeza de que: “Manter o coração limpo de tudo o que mancha o amor: isto é santidade”. “Que as palavras do Senhor sejam farol para nossos passos, luz para nosso caminho” (Sl 105,118 e 119). Leila e Fernando CRP Leste CM 533


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A alegria que brota do encontro com o ressuscitado! “Ó noite de alegria verdadeira.” Com essa exaltação, proclamada pela Igreja no Anúncio Pascal, os cristãos expressam aquilo que de fato simboliza o Mistério da Ressurreição do Senhor: a alegria verdadeira pela vitória de Jesus sobre o pecado e a morte e manifestação da Salvação para toda a humanidade. Tal qual Maria Madalena, diante do sepulcro vazio e do suposto “jardineiro” brotam a angústia e o medo decorrentes da ausência de Cristo: “Senhor,se foste tu que o tiraste dize-me onde o puseste e eu irei buscar” (Jo 20,15). Esta procura verdadeira e profunda leva Maria Madalena a superar suas fraquezas e misérias que poderiam impedi-la de ir ao encontro do seu Senhor, sentido da sua vida. Também nós, na experiência do cotidiano, se não O buscarmos com a mesma intensidade de Maria Madalena podemos correr o risco de não encontrá-Lo, pois o grande perigo é de não reconhecê-Lo nos sinais que nos conduzem à sua presença. Nas experiências das Equipes de Nossa Senhora, através dos PCEs temos uma possibilidade concreta de estarmos sempre alertas à procura de Jesus. Na oração pessoal, conjugal e comunitária encontramo-Lo e dialogamos com Ele de coração a coração e somos capazes de reconhecê-Lo na certeza de que Ele vive entre nós. CM 533

“A oração contém o segredo de uma vida feliz, fecunda e plena. Devemos nos alimentar de Deus, pela oração, antes de nos lançarmos na nossa missão apostólica” (Pe. Henri Caffarel, Cadernos de Oração). A consequência dessa busca vigilante a partir da vida de oração e Escuta de Sua Palavra (depois de superados os desafios e obstáculos) é a certeza de que o Cristo está vivo, ressuscitado e, portanto, vence e reina em nós. “Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, disseram-lhes eles (anjos): ‘Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui,mas ressuscitou!’ ” (Lc 24, 5-6). Brota, portanto, uma alegria contagiante do encontro com esse Cristo ressuscitado que nos impulsiona a anunciá-Lo (como Maria Madalena e as outras mulheres do Evangelho após o encontro com Jesus). Desejo que essa experiência pascal possa levar todos nós ao encontro pessoal com Cristo e a irradiar a sua alegria a todos quantos o Senhor nos der a graça de encontrar. Que a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, nos ajude a conservar esta alegria e a transmiti-la. Faço votos que tenham uma Feliz e Santa Páscoa! Pe. Rogério Dias da Silva SCEP Leste

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Tema do ano – capítulo III Fragilidades: cultura atual e desigualdades sociais

“...a misericórdia, pela qual socorremos as carências alheias, ao favorecer mais diretamente a utilidade do próximo, é o sacrifício que mais agrada a Deus” (São Tomás de Aquino). O matrimônio é um sacramento que foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo e é o caminho natural de santificação da humanidade. No matrimônio, Deus une homem e mulher de maneira que, formando “uma só carne” (Gn 2,24), possam transmitir a vida humana: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1,28). Particularmente temos no e pelo matrimônio uma oportunidade de fazer a diferença neste mundo tão carente de testemunho e exemplos de vida cristã. Somos convocados, na nossa condição de casados, a respeitar e promover os direitos fundamentais de cada ser humano, na concretude da vida, vivendo neste contexto de desigualdades sociais, desencontros e injustiças. O matrimônio é um sacramento de amor, porque é um sacramento que nos leva a negar a nós mesmos, ao nosso egoísmo, nossos caprichos,para viver para a salvação de nosso cônjuge,de nossa família,e para o bem dos outros,principalmente diante de

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um mundo assolado por problemas sociais e econômicos de toda a natureza. Assim, somos chamados a agir no meio em que vivemos,fazendo a diferença com nossas atitudes de amor e misericórdia. As bem-aventuranças (Mt 5, 1-12) nos propõem desinstalarmos de nosso confortável estilo de vida, nos propõem aperfeiçoar-nos e curar-nos de nossas fragilidades, preparando-nos para sair sem medo pelo mundo, onde nossa fé e testemunho haverão de gerar nas pessoas o desejo de Deus e de também comprometer-se com a Igreja em busca de um mundo onde reinam os valores do Evangelho. Jesus nos anunciava com alegria o Reino de Deus e sua presença entre nós, e quer ainda hoje nos mostrar que o caminho da verdadeira felicidade está na prática das bem-aventuranças, e quer que tornemos estas belas palavras escritas no papel em verdadeiras mudanças reais de vida em nosso dia a dia, no nosso trabalho, na igreja, na família, na comunidade. A santidade a que todos somos chamados passa pela observância das bem-aventuranças, e não há atalhos neste caminho. Devemos estar atentos ao que na cultura atual incomoda nosso caminho para a santidade. Estamos preparados para isto? Então, não tenhamos medo, saiamos para cumprir fielmente nossa missão. “... Caso contrário, a santidade não passará de palavras” (Papa Francisco - GE, 66). Meire e Gilson CRP Centro-Oeste CM 533


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Visitação da

Virgem Maria

Esse tema traz à nossa mente uma das cenas mais interessantes do Novo Testamento: a visita de Maria à sua prima Isabel, por isso seria muito bom se pudéssemos ler o texto de Lc 1, 39-45 antes dessas breves anotações. Logo depois de receber a visita do Anjo Gabriel, Maria parte para a região montanhosa, “dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá”. Há uma expressão muito necessária: “naqueles dias”, que nos dá uma ideia de que o tempo daquela viagem foi posterior a uma série de outros fatos, cuja narração não é feita, mas que se pode intuir. São duas histórias que acolhem bem o poder e a força divina. São duas experiências diversas da intervenção de Deus, cuja referência é a maternidade.Ventres preenchidos de duas crianças muito especiais. Isabel traz o precursor. Maria o Redentor. Quem move a cena, quem promove o encontro é o Espírito Santo. A mulher frágil e submissa da cultura judaica desaparece diante do protagonismo dessas duas profetisas do Novo Israel. Arauta da Boa Nova, Maria vai apressadamente ao encontro de sua prima. Existe aqui uma cumplicidade espiritual entre essas duas mulheres. Num grito embargado pelo Espírito Santo, Isabel saúda a Maria com palavras de bem-aventuranças reconhecendo em sua prima uma mulher agraciada, CM 533

corajosa, obediente e profundamente envolta no mistério de Deus. É uma visita luminosa, cheia de encantos e certezas, após a longa espera pelo Salvador. “Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1, 45). Como um quadro pintado com muitos retoques, Lucas descreve a cena como uma magistral obra de arte. A sensibilidade da alma feminina ganha luzes e matizes. O que ainda não se pode ver, que são aquelas crianças que estão sendo geradas nos ventres de suas mães, pode se imaginar o que elas (Jesus e João) serão a partir delas. Também homens fortes, corajosos e cheios do Espírito Santo. Mães fortes, filhos fortes... Mães dóceis, filhos dóceis... A Festa da Visitação de Nossa Senhora começou a ser celebrada no século XIII, pelos Franciscanos, e por meio dela aprendemos a acolher o Plano de Deus em nossa vida a exemplo de Maria. Como Isabel, precisamos reconhecer a ação divina que intervém na história humana. Celebrar esse acontecimento é proclamar as maravilhas de nosso Deus-Redentor. Que a Virgem Maria e Santa Isabel roguem por nós peregrinos nesta caminhada de fé! Pe. José Oslei de Souza SCEP Centro-Oeste

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Intercessores Leitura orante da Palavra de Deus com os passos da Lectio Divina A leitura da Sagrada Escritura deve ser feita de forma diferente de outros escritos. Ela inspira o leitor à mudança de vida. A melhor forma de fazê-lo é por meio de uma leitura orante. Deve ser feita diariamente para que penetre no coração do leitor e produza os efeitos necessários. A Lectio Divina possui quatro passos: Leitura, Meditação, Oração, Contemplação. Comece com a oração do Espírito Santo para pedir sua ajuda. LEITURA - O que diz o texto? Ler na Bíblia, reler, sem interpretações precipitadas, sem achar que já conhece o texto. A Sagrada Escritura é como uma fonte de água. A cada instante brota uma água nova, é sempre atual. É importante procurar descobrir os detalhes que estão no texto: as repetições, o jeito da escrita, quem está no texto, o lugar, o que fazem, o que falam. MEDITAÇÃO - O que esse texto diz para mim? Este é o momento de refletir, até mesmo ruminar o texto, use a imaginação, palavras, a repetição mental ou oral de uma palavra, uma frase, um versículo do que foi lido e compreendido. Buscar um sentido novo, colocar-se diante da Palavra como quem seja o destinatário da mensagem.

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ORAÇÃO - O que o texto me faz dizer a Deus? Entre em diálogo, em comunhão amorosa com Deus. Quando você se colocar diante da Palavra, a oração virá naturalmente. A oração é fruto dessa meditação, que deve se transformar em súplica, em louvor ao Senhor. É o momento de clamar a Deus para que você dê uma resposta concreta a Ele, com a sua vida. É um momento entre você e Deus, deixe Ele te ouvir. É importante que você se sinta livre. Deixe que o Espírito Santo conduza a oração, seja uma súplica, uma intercessão ou um louvor. Não se prenda a orações formuladas ou busque palavras bonitas. CONTEMPLAÇÃO - Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? Este é o momento de ouvir ao Senhor, em silêncio e em paz. Contemplar não é algo intelectual, mas é um agir novo que envolve todo o ser. Ele dará a resposta aos seus questionamentos. Permita que o Espírito Santo de Deus te conduza neste momento de contemplação, sinta a presença d’Ele contigo e permaneça na presença d’Ele. Desejamos que o Espírito Santo esteja presente na sua leitura orante. Sonia e Eiyti Baseado no site: http://www.irmaspaulinas.org.br/news/ leitura-orante-da-palavra/ CM 533


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A primeira visita do Padre Caffarel ao Brasil A primeira visita do Padre Caffarel ao Brasil é, sem dúvida, a coroação da iniciativa e da persistência do casal Nancy e Pedro Moncau em buscar,depois de ouvir falar da existência na França dos “Grupos de Casais do Pe. Henri Caffarel”, maiores informações a respeito.A partir daí,inicia-se uma troca de ricas correspondências que culmina na realização da primeira visita do fundador das ENS ao Brasil. A visita ocorreu em julho de 1957. Havia, na época, 13 equipes no Brasil: 8 em São Paulo (capital e interior), 1 em Curitiba, 1 em Florianópolis e 1 em Porto Alegre. Quando o Pe. Caffarel chegou, o casal Moncau tinha acabado de voltar de Montevidéu, onde participara de um Congresso do Movimento Familiar Cristão (MFC), representando aí as ENS. Lá tinha sido discutido o aparente impasse entre o MFC que precisava de um aprofundamento como um apelo forte para uma vida de ação e as ENS que necessitavam de um apostolado como complemento de sua vida espiritual. O Pe. Caffarel logo percebeu o dilema e após longa reflexão concorda com a organização pelas ENS de um apostolado familiar e de uma Ação Apostólica. De fato, alguns anos depois viriam as iniciativas de Cursos de Preparação para o Casamento e os Círculos Familiares (estes últimos seriam os precursores das Experiências Comunitárias). Porém,Pe.Caffarel,ao mesmo tempo em que aponta para a necessidade de um claro apostolado,adverte com veemência para os perigos da ação.Diz ele: “Só há apóstolos na medida em que há almas de oração,de estudo e de meditação”.E ainda: CM 533

“Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá”. Foram vários dias de reuniões e palestras no Colégio Santa Cruz. Diz Pe. Caffarel ao final de um dia de estudos: “Eu vos conclamo a empreender, a levar avante uma ação sistemática e organizada de fundar uma equipe em todos os pontos principais do Brasil, lançar sobre vossa Pátria uma imensa rede de que as equipes sejam os nós”. Proferiu ainda uma palestra com o tema “A Ecclesia”, sempre ligando o sentido de Ecclesia=Igreja à reunião e à vida de equipe. Outra palestra abordaria o tema “A Assembléia Missionária”,cujo conteúdo soa surpreendentemente familiar nesse momento em que o Movimento foca o chamado da Vocação e da Missão. Ainda durante a visita, instalou-se o primeiro Setor em São Paulo, tendo o Padre Lionel Corbeil como SCE. Após o Brasil, Pe. Caffarel seguiu viagem para a Colômbia e o Canadá, onde o Movimento estava se iniciando. Pedro Moncau resumiu assim o significado da sua primeira visita: um verdadeiro “Pentecostes”! Fontes consultadas: 1. Carta Mensal, set. de 1957. 2. Equipes de Nossa Senhora no Brasil, ensaio sobre seu histórico, de Nancy Cajado Moncau, 2000. 3. Memórias e Histórias...Para Aqueles que Têm as Equipes no Coração, de Maria Regina e Carlos Eduardo Heise, 2017. Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil

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IGREJA CATÓLICA

Diretrizes gerais da CNBB Lâmpada para meus pés, luz para o meu caminho A Palavra de Deus é lembrada, nas Diretrizes para Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, como o primeiro pilar que sustenta a casa dos discípulos-missionários. A Palavra de Deus, aqui entendida como o conteúdo da Bíblia, é fonte de vida espiritual para os cristãos. O salmo 119 nos apresenta expressões lindas sobre a Palavra de Deus: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para meus caminhos” (Sl 119,105). Na verdade, a Igreja cresceu em torno da Palavra de Deus, mesmo quando ainda se reunia em casas e ainda não existia a Palavra escrita. Nela, observa-se como Deus ouve as necessidades do homem e seus apelos. É um livro de encontro, de diálogo, no qual está dirigida aos homens e também a palavra dos homens dirigida a Deus, como observamos nos Salmos. Sabe-se bem que a Bíblia também apresenta uma certa dificuldade para sua compreensão e por isso é importante evitar as interpretações exageradamente pessoais, embora não se possa jamais menosprezar as inspirações do Espírito Santo (Cf 1Ts 5,19). O compreender a Palavra de Deus pode ser comparado com o abrir de um coco para saciar-se de sua água, por fora é duro e exigente, mas por dentro é doce e agradável ao paladar. É a Palavra de Deus que nos reúne, que nos instrui e nos forma comunidades fraternas, por

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isso é um pilar de nossa vida espiritual, orientando-a para Deus. Nosso Movimento é privilegiado por possuir como um dos PCEs a Escuta da Palavra, praticada diariamente, em geral seguindo a liturgia do dia. Embora não seja uma regra, é uma maneira de estar em sintonia com a Palavra. Outros preferem ir lendo, em casal, um pequeno trecho todos os dias, podendo assim, aos poucos, percorrer todas as páginas da Sagrada Escritura. Na verdade, tudo é válido, o que não pode faltar é a Palavra de Deus para nos orientar. Lembrando que não basta ler e estudar a Palavra de Deus, é preciso intimidade com Deus que se manifesta na oração, tudo está em função da vida. Gostaria de concluir com uma frase de São Paulo, na Carta a Timóteo sobre a importância e utilidade da Palavra de Deus: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça.Assim,a pessoa que é de Deus estará capacitada e bem preparada para toda boa obra” (2Tm3,16-17). O encontro com a Palavra muda a vida e lhe dá novo sentido, conformando nosso modo de ser, de pensar e agir ao de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus abençoe. Pe. Antônio Xavier Batista Eq. 101-C - Região BSB I Província Centro-Oeste CM 533


IGREJA CATÓLICA

Palavra do Papa Pela estrada com Maria

Na homilia da festa de Maria Santíssima Mãe de Deus (1/1/2020) o Papa Francisco celebrou as “núpcias entre Deus e o homem,inauguradas no seio de uma mulher”, Maria, onde “Deus e a humanidade uniram-se para nunca mais se deixarem” [...] “N’Ela, Deus uniu-Se a nós e, se queremos unir-nos a Ele,temos de passar pela mesma estrada: por Maria,mulher e mãe”. A santidade do matrimônio, espelhada na vida de Maria e no amor de José, que ela guardava no seu coração, como nos apresenta o Sumo Pontífice, nos estimula a viver cada vez mais o nosso Carisma: a Espiritualidade Conjugal. Pe. Caffarel já nos convidara a um grande amor a Maria, no seu primeiro editorial, de 1945: “Que Nossa Senhora seja em seu lar uma Mãe honrada e querida.”1 Em 1949, na Carta Mensal, Pe. Caffarel escreveu: “Vocês se agrupam para procurar Cristo, imitá-lo, servi-lo. Não o conseguirão sem um guia. E não existe nenhum melhor do que a Virgem. Gostaria que nossas equipes se exercitassem na fé, na todo-poderosa ternura da Virgem, que cada casal sinta a confiança e a segurança que habitam o coração dos pequeninos quando sua mãe está perto. Gostaria que fosse uma de nossas características. Então sentirei uma grande segurança para o futuro.”2 Futuro

que vivemos hoje e que confirma a fé e esperança de nosso fundador! Lemos em nosso Estatuto: “As equipes colocam-se sob o patrocínio de Nossa Senhora. Com isto acentuam o desejo de servi-la e afirmam que não há melhor guia para levar a Deus do que a própria Mãe de Deus.”3 Ainda o Papa Francisco: “Aproximando-se de Maria, a Igreja reencontra-se: encontra o seu centro,encontra a sua unidade.” Nosso Movimento encontra sua unidade em Maria, ao recitarmos diariamente o Magnificat, “o canto de louvor de Maria para seu Senhor, mas (que) pode tornar-se o ‘nosso’ canto de louvor, porque o próprio Deus, por meio de sua Palavra e a Palavra das Escrituras, pede que o louvemos cada dia.”4 E mais, aqui no Brasil temos a felicidade de adotar uma invocação de Nossa Senhora nomeando cada uma de nossas Equipes de Base! Clamemos com o Santo Padre: “Ó Mãe, gerai em nós a esperança,trazei-nos a unidade. Mulher da salvação, confiamo-Vos este ano,guardai-o no vosso coração.” Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém-PA

Padre Caffarel, Centelhas de sua Mensagem, pág. 16 Idem, Das Equipes de Nossa Senhora à Casa de Oração, pág. 176 3 Guia das Equipes de Nossa Senhora, edição 2018, pág. 119 4 Maria-Carla e Carlo Volpini, Orar o Magnificat em Boletim dos Amigos do Pe. Caffarel, nº 10, janeiro/2012 1 2

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IGREJA CATÓLICA

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

A Semana Santa nos insere no mistério da Paixão, morte e ressurreição de Cristo e esse tempo se abre com o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. Para deixar claro a esse povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, Cristo entrou montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena, pois Ele não é um rei deste mundo! Dessa forma, o Domingo de Ramos é o início da semana que mistura os gritos de “Hosana” com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.

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O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro. Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda pela casa do Pai. A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo, que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado. O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado e contra o mal, a desobediência à Lei sagrada de Deus que, hoje, é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um cristianismo light, adaptado aos seus gostos e interesses. Infelizmente, “impera em nossos dias a ditadura do relativismo” (Papa Bento XVI). Permitamos que a Celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor nos ajude a mergulhar no mistério do amor de Deus, conscientes de que “Ele nos amou até o fim”. Pe. Luiz Fabiano Reginat SCE Setor Triângulo Mineiro CM 533


RAÍZES DO MOVIMENTO

Pecado de ignorância1 Ecumenismo, palavra até bem pouco tempo ignorada pela maioria dos cristãos e que hoje lhes desperta no íntimo profundo eco e esperança – por vezes ingênua, é bem verdade – de ver dentro em breve restaurada em sua unidade a grande família cristã. É realmente de se desejar a união dos cristãos e é uma felicidade que as relações entre eles cada vez mais fraternais se façam. Não deveríamos, entretanto, esquecer que a atual desunião dos discípulos de Cristo não foi motivada somente por razões de ordem meramente afetiva ou passional; poderiam ser superadas por meio de relações afetuosas e compreensivas. Questões graves de doutrina estão aqui implicadas. Bem sei que não seria o caso de, ­tratando-se de simples leigos, buscar um diálogo em terreno doutrinário: ser-lhes-ia preciso uma cultura teológica, que lhes falta. Não obstante, os católicos que estejam em contato, ou entrem em contato com seus irmãos separados, deveriam estar possuídos da ambição do poder ao menos dar explicações do porquê de suas convicções e de suas práticas religiosas. Neste campo, como, aliás, em tantos outros, muitos são, infelizmente, os que vemos lançarem-se à ação, tão ricos de coração e boa vontade quanto pobres de doutrina. E espantam-se de que seja infecunda a sua ação! É aflitiva a ignorância religiosa dos católicos, começando pelos que se dizem de meio culto. Disto tive eu, recentemente, 1.

prova característica: Certo casal protestante, tendo ouvido um sacerdote falar nas Equipes de Nossa Senhora por ocasião de um encontro ecumênico, interessou-se pelo Movimento. Desejoso de o conhecer de perto, aceitou o convite de uma equipe: antiga, estável, cujos membros, em sua maioria, reservavam seu tempo para a meditação diária e iam à missa diversas vezes por semana. Tamanho zelo impressionou os visitantes, que se puseram a interrogá-los a respeito do Sacrifício Eucarístico. Confusão absoluta.A tal ponto que o casal protestante – conforme relatou ao padre que o encaminhara para a equipe –, sentindo-se pouco à vontade por ter provocado aquela situação embaraçosa, tentou desviar o assunto. Os outros, porém, ao invés de admitirem com simplicidade a própria ignorância, teimaram em prolongar o diálogo, de que, mais tarde, se envergonharam. Nas reuniões de equipe, cuida, cada um, de apresentar, na coparticipação, a própria atuação, nos engajamentos temporais e apostólicos: muito louvável! Têm, porém, os equipistas demonstrado o mesmo zelo em auxiliarem-se uns aos outros no aprofundamento de seus conhecimentos religiosos? Pe. Henri Caffarel Colaboração: Ma. Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário – Piracicaba-SP

Editorial da Carta Mensal nº XI, 3 de Maio de 1963.

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CNSE

Felizes os que sofrem pois serão consolados A tristeza foi banida de nosso falso mundo de redes sociais, onde tudo é perfeito e lindo na aparência. Na situação de pessoas sós, perdemos o direito de chorar, porque quem vive o luto sente-se excluído da convivência “feliz” do mundo. No entanto, não é assim que se enfrenta a realidade às vezes dura, cheia de perdas. E é essa a situação para a qual Jesus profere sua segunda bem-aventurança. Felizes também são as pessoas que, como nós, por exemplo, vivem o luto pela perda do ente querido, sem focar egoisticamente em torno de si mesmas, de sua dor, como se fossem os únicos! Sofrer, chorar, falar sobre a pessoa falecida, assumir o luto e a tristeza são processos dolorosos, porém nos levam a descobrir a riqueza de nossa alma e de inúmeras possibilidades de nos reinventarmos. Quem evita esses processos, fica estagnado.A lamentação é péssima companheira. Não precisamos ser fortes o tempo todo, fazer algo especial ou sobressair na minha comunidade. Jesus proclama: felizes aqueles que estão dispostos a viver seu luto e sua tristeza e enfrentam suas limitações e a finitude da vida terrena. Deixam-se experimentar pela frustração e pelo

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desalento que levam, se bem aceitos, ao amadurecimento pessoal. Jesus também chorou pelo amigo. Quando se achegou diante do túmulo de Lázaro, ficou assim registrado: Jesus chorou (João 11, 35). O menor versículo da Bíblia revela o maior coração da humanidade. Jesus chorou porque sofreu. Não ignorou sua dor. Jesus chorou porque se aproximou dos que choravam, viu a dor com seus próprios olhos, ­comoveu-se pela família e compadeceu-se pela comunidade que sofria a morte. Chorou, pois chora com os que choram. Chorou, pois era amigo. Chorou, pois era irmão. Chorou a perda. Chorou o luto. Chorou, pois não evitou sentir nossa dor. Chorou, pois é natural chorar. A felicidade dessa aventurança é o consolo: “pois serão consolados”. Consolo é firmeza, nova determinação, resiliência. É, portanto, feliz aquele que tem o coração sensível para chorar pela perda de alguém amado. Faça de suas lágrimas uma oferta agradável a Deus,sejam elas exteriores ou interiores. Oferte-as para Deus. E será consolado! Maria Inês Eq. 4 CNSE Regional de Limeira-SP CM 533


TESTEMUNHO

Vida de casal e santidade Em meio a tantos papéis assumidos e a velocidade em que a maioria de nós casais vivemos nosso cotidiano, muitas vezes, num momento de cansaço, pensamos: para onde estamos indo? O fato é que ao assumirmos nossos compromissos diários e nossa rotina de vida, acabamos, muitas vezes, por entrar no modo “piloto automático” e assim deixamos de viver melhor a missão para a qual dissemos o nosso SIM. Tudo é importante e faz parte de nossas escolhas,porém percebemos hoje,com a caminhada,que nada deve sobrepor-se ao que realmente é essencial à vida do casal e da família que Deus nos confiou. O matrimônio à luz do Evangelho é fonte inesgotável de transformação e purificação, crescimento na fé, é caminho que nos direciona à busca da santidade e nos ajuda a desenvolver as riquezas do amor de Deus em nós. Porém, devemos viver vigilantes na oração e na eucaristia para que nos mantenhamos sóbrios aos desafios do mundo. Somos casados há 26 anos, temos 3 filhos, verdadeiros presentes de Deus em nossas vidas, e esse ano de 2020 completaremos 17 anos caminhando nas ENS. Essa trajetória vem nos transformando de forma suave e discreta, amorosa, singular e muito nos tem mostrado CM 533

a riqueza do amor conjugal e em comunidade. A vivência dos PCEs, cada um deles, nos fortaleceu muito e nos fortalece a cada dia, e quanto mais nos lançamos a essas divinas ferramentas, mais nos tornamos cúmplices do projeto de Deus para nós. Momentos de fraqueza nos remetem a reflexões,mas aprendemos que perseverar na fé é de Deus,pois tudo passa,mas o amor Dele por nós nunca! Isso para nós é manter–nos no caminho de conversão, com nossas fragilidades e imperfeições, mas sempre buscando e querendo um caminho santo,com passos firmes,porque a vida cristã é luta constante que se transforma a cada acontecimento e desafios que a vida coloca.Com coragem e discernimento poderemos transpô-las, pois temos um ao outro para comungar a vida e sem desistir do que realmente Deus quer de todos nós e de todos os casais equipistas em 2020: que sejamos a alegria da Igreja e testemunho para o mundo. Que não sejamos passivos, mas sim fiéis ao carisma fundador das ENS que nos convida a progredir sempre, como verdadeiros cristãos. Louvado seja Deus por tanto Amor!! Lucinéa e Roberto CRS C – Dourados Região Mato Grosso do Sul

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TESTEMUNHO

O valor do PCE Meditação É na oração meditada que o casal se fortalece e se oferece a Deus, dedicando a Ele seu matrimônio e sua família. Meditação é deixar Deus visitar nosso interior todos os dias, através de uma prece silenciosa, que, ao se expressar em um exercício da mente e do corpo, entra em comunhão com a Palavra de Deus. As famílias e o mundo estão carentes de silêncio. No silêncio o Senhor fala conosco. Somos chamados à meditação, a ter uma intimidade com Deus, sentir a sua presença em nosso meio. É um dos PCEs que nos fazem crescer na espiritualidade conjugal, pois leva à família sua compreensão, para que possa operar à luz da mesma Palavra. A busca pela santidade é nosso dever de cristãos, com esse entendimento,

aproximar-se de Deus através da oração é um reforço diário, precisa de dedicação, ser persistente para adquirir uma intimidade com Ele. É através da profunda experiência da meditação que compreendemos que onde falta a oração tudo perece; onde há oração tudo renasce, tudo amadurece.Assim,somos um “Movimento de Oração”. Diante do desejo de sentir a intimidade com o nosso criador, nós decidimos fazer a meditação de manhã, após levar as nossas filhas na escola; assim, reservamos um momento do nosso dia para estar a sós com Ele.Enfrentamos muitas dificuldades para sermos fiéis a essa decisão, acreditávamos que essa hora era a mais oportuna, porém tudo parecia colaborar para que o momento reservado não acontecesse. Aprendemos com Santo Agostinho: “Você precisa de um lugar para rezar? Reze em seu coração. Seja você mesmo um lugar onde Deus habita, e Ele ouvirá as suas orações”. Com persistência e a vontade de ter Deus tão próximo de nossas vidas, fazemos a meditação de manhã. Sentimos uma necessidade do amor de Deus, começando então pela leitura do Evangelho. Hoje sentimos uma proteção sobre nossa família e somos gratos à intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe em participar e acreditar na pedagogia e mística das ENS. Erliene e Uedimilson Eq. N. S. de Guadalupe Setor Uruaçu – Região Goiás Centro

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TESTEMUNHO

Bodas de Diamante Aos nossos familiares e amigos que acompanharam a nossa história que começou cedo. Eu conheci o Zé no dia do meu aniversário, 7 de agosto de 1955, eu com 14 anos ele com 18, e começamos a namorar dia 13 de agosto do mesmo ano. Dia feliz para nós, namoramos, noivamos e casamos dia 24/12/1959 no civil e dia 26/12 do mesmo ano na Igreja Bom Jesus. Hoje comemoramos uma história que começou há 60 anos. Os encantos daquele dia não se apagaram e continuam até hoje para mostrar a todos que nos rodeiam o quanto é bonito saber cultivar o amor. Naturalmente, muitas foram as dificuldades, desde os primeiros anos de matrimônio, fase de adaptação e de experiência conjugal, mas o bom senso, os diálogos, a compreensão, a lealdade e, sobretudo, a fé e a confiança em Deus, fizeram de nós vencedores. A cada desafio, o amor se renova e as sementes lançadas germinaram e cresceram, como nossos filhos. Pouco a pouco cada filho construía sua história. Cada filho um destino e todos edificando suas vidas na firmeza da fé, do amor e dos bons exemplos dos pais que, mesmo diante de obstáculos e dificuldades, alegrias e vitórias, jamais se negaram a cumplicidades, companheirismo, compartilhando suas vivências com parceria e ajuda mútua de nossas noras. Logo vieram os netos para somar as alegrias e nunca medimos esforços CM 533

para estarmos juntos. Quantas lembranças estão guardadas em nossos corações! Dizem que os avós estragam os netos e que os netos fazem o que querem com os avós. Coincidência ou não, eu acredito que o amor puro – livre de cobranças e exigências – somente é encontrado nesses seres. Fizemos a renovação de votos, na presença do Pe. Carlinhos, SCE da nossa equipe, com o objetivo de compartilhar todo o amor que cresceu e transbordou. Essa foi a confirmação da certeza que nos uniu pela primeira vez . Essas Bodas de Diamante demonstram a todos nossos amigos e familiares o quanto valeram a pena a serenidade, a firmeza e a determinação com que enfrentamos as dificuldades da vida. Hoje, podemos perceber no brilho do olhar o sentimento de felicidade pela sabedoria de ter preservado tão grande amor. Que a nossa união, respeito, comprensão e paciência contagiem as demais gerações, a fim de que possam seguir esse nosso exemplo, pois nenhum outro acontecimento envolvendo vidas humanas é tão significativo. A nossa vida foi uma bênção de Deus, escolhemos esse versículo para nos representar. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor!” Ivone e José Sanches Eq. 1C Sorocaba Região SP Sul II

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TESTEMUNHO

A beleza do EACRE O EACRE, que tem como definição Encontro Anual de Casais Responsáveis de Equipe, poderia ser: Esplêndido Aperfeiçoamento para Casais Revitalizados com Espiritualidade, tendo em vista que recebemos uma missão, e precisamos seguir o exemplo de Luís e Zélia Martin (pais de Santa Terezinha), casal santo que doou a vida para Deus. É fundamental estarmos encorajados e entusiasmados para viver os temas abordados nesta formação. Já diziam: “Não há vida cristã sem fé viva, não há fé viva sem a progressividade da reflexão, da oração”.A verdade é que quando há oração conjugal ou em equipe o amor e a presença de Deus nos auxiliam em nossas necessidades, pois Jesus nos fala: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. Na missão vivemos o auxílio em nossa pequena Ecclesia com o coração aberto, fazendo a diferença na vida dos casais, simplesmente pelo fraterno gosto de servir ao próximo no caminho de Deus. No EACRE foi-nos dito: “Tire as sandálias dos teus pés, porque o lugar onde estás é solo sagrado”.Pudemos associar este solo sagrado ao nosso coração,uma “terra” onde poucos andam, onde segredos e mistérios só são revelados ao nosso Deus, que cheio de misericórdia nos acolhe, cuida de nossa família e coloca a Sua criação nas mãos de um casal.

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Precisamos ser coparticipantes do Reino de Deus, estarmos enraizados no Deus da misericórdia, “uma árvore não cresce em altura nem estende os seus ramos se não estiver profundamente enraizada”. Portanto, precisamos fazer de tudo para buscar um lugar no paraíso, na terra, somos peregrinos de fato, o nosso lugar é o céu, é lá onde quero morar! A compreensão da nossa missão aqui permite que não tenhamos medo, saiamos evangelizando, motivando outros casais, fomentando nos cônjuges a centelha da santidade, e que eles possam ser a Alegria da Igreja e Testemunho para o Mundo. Andreia e Tiago Eq. 12 - N. S. do Desterro Setor Morrinhos - Região Ceará II CM 533


TESTEMUNHO

Missão é Amor, Alegria e Serviço Ao participar das ENS nos deparamos constantemente com várias missões, e a grandeza de cada uma é única, sempre ao dizermos nosso SIM, em nosso entendimento, é dizer SIM a Deus. No momento de cada missão, lembramos o quanto esse Movimento salva famílias e para nós é a base de tudo o cuidado de uns pelos outros. Sentimos que em cada missão fortalecemos nosso amor e relacionamento, pois dentro do nosso matrimônio,com a graça de Deus e a metodologia das ENS, estamos a crescer, todos os dias; junto com nossos dois queridos e amados filhos Taís e Eduardo, que nos apoiam. Para nós, missão é amar mais nossos irmãos, e nos preocupa muito que cada casal, ao receber uma missão, a conduza com alegria e leveza, para que sinta saudade deste tempo bom, cheio de bênçãos e graças, em que fomos escolhidos por Deus. Nós, que estamos em missão, precisamos pedir a Deus que nos dê sabedoria com as palavras, para isso precisamos de muita oração, inspiração do Espírito Santo e fé. Pois, CM 533

conforme nossas atitudes, ao invés de ajudar nossos irmãos crescerem, podemos ocasionar descontentamentos. A metodologia das ENS é muito sábia, não existe hierarquia, existe sim colegiados que tomam decisões conjuntas em busca de melhorias e cuidados, não há dono de equipe, de setor, de região e assim por diante. Estamos apenas de passagem em cada missão. Lembrar sempre o que Deus nos fala na Bíblia: “Confia, meu filho, não tenhas medo”, “Tenha fé, eu cuido de ti”. As nossas palavras como casais em missão, precisam ser de encorajamento, de amor, alegria e fé. Necessitamos ter linguagens de encorajamento baseadas em relacionamentos horizontais, e não verticais; ou seja, não existe de cima para baixo, e sim lateralidade. Relacionamentos fortalecidos com palavras de gratidão, respeito e alegria, pois só assim, em nosso entendimento, nosso querido e amado Movimento das ENS ficará cada dia mais fortalecido em CRISTO. Nádia e Welington CR Setor A - Ituiutaba-MG

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TESTEMUNHO

A meditação e a nossa santidade Somos da Equipe Nossa Senhora da Guia, há 13 anos. Uma vez ao ano tiramos férias e vamos nos refugiar à beira do rio Piracanjuba, onde tivemos a oportunidade de refletir mais sobre nossos PCEs. Lá, posso dizer que meditamos não só a Palavra de Deus, mas também Sua criação. Ao observar o leito do rio, pude fazer uma analogia com a nossa vida e com o nosso objetivo, a santidade através da nossa vida matrimonial. Vimos que assim como as águas do rio seguem um percurso não muito fácil até chegar a sua foz, enfrentando obstáculos como rochas, curvas, assoreamento no leito e muito lixo. Assim é a nossa vida e o nosso caminhar em busca de uma vida santa e agradável a Deus. Ao longo de nossos 33 anos de vida matrimonial, já recebemos muito lixo, vivemos muitas dificuldades, nos distanciamos e nos aproximamos muitas vezes do caminho certo... E hoje vemos que também nós vencemos muitos obstáculos. E assim como as águas que passam por cima de tudo e seguem o seu curso, nós também

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o fizemos e nos aproximamos cada vez mais da tão sonhada santidade. Além dos lixos, já recebemos muitas alegrias com a graça de Deus! Por exemplo, um casal de filhos, que são nosso orgulho e também a bênção de ser equipista. Como agradecimento, sempre nos colocamos à disposição do Movimento e das comunidades. Ao meditarmos, nos aproximamos do que Jesus quer de nós, que sejamos santos como o Pai que está no céu. Isso nos faz perceber que as dificuldades que vivenciamos a cada dia nada mais são que degraus que temos que galgar, para então permanecermos na graça e assim realizar a vontade do Pai, que pedimos todos os dias na oração do Pai Nosso. Desejamos que todos os equipistas possam sentir o que sentimos, viver como vivemos nossas dificuldades e alegrias, pois tudo é bênção que vem do Pai. Myrian e Heliomar Eq. N. S. da Guia Setor B - Rio Verde-GO CM 533


REFLEXÃO

Pensando em Deus São João, em sua Primeira Carta, ­capítulo 4, versículos 8 e 16, nos ensina que Deus é amor. Esta verdade nos leva a pensar sobre o significado do amor. Esta palavra é tão rica de sentidos, possui tão grande significado que, muitas vezes, nos embaralhamos e não a entendemos. Amar é querer o bem do outro. Querer, por sua vez, é um ato da vontade. A vontade é fruto da razão. Eu quero, eu posso. Parece que está tudo explicado, mas estará mesmo? Até agora não se falou em sentimento. Sentimento não é amor? Amor é uma verdade absoluta, e a verdade é imutável, não muda nunca. Já o sentimento não, é maleável, muda a todo instante, ora é positivo, ora é negativo, ora é pura paixão, depende das circunstâncias. O homem foi feito à imagem de Deus, pelo amor, no amor e para amar. Amar inclui o sentimento como um instrumento que capta o exterior e o traz para dentro para integrar o amor e colori-lo. Quando a razão comanda o sentimento e, de fato, o integra ao amor, então o mundo fica maravilhoso. Mas sem o amor, razão e todos os sentidos que também o integram, tudo perde o sentido, a vida vira um inferno, e o inferno atinge e afeta todos os que se encontram por perto: cônjuge, filhos, CM 533

parentes, empregados, etc. Já se nos submetemos ao amor, nossa vida vira um céu, e o céu também atinge e afeta todos os que se encontram por perto, pois o amor se difunde e entra em todas as portas abertas. Deus é amor, e se fez carne para vir ao mundo e nos ensinar o amor e a amar, para nos ensinar a vida, o caminho, a verdade. Se achamos difícil seguir o caminho – Jesus Cristo – é porque nos apegamos demais ao mundo e de menos ao amor. E como ser feliz fora do amor? Como ser feliz fora de Deus? Sem Deus não há amor, não há felicidade, não há vida. Sem Deus não há o outro, há somente eu. E o eu é o reverso do amor, é o desamor, é o egoísmo. Nós não nascemos de nós mesmos e para nós mesmos. Nascemos dos outros para os outros. E é aos outros que devemos amar sempre, pois Deus está sempre presente no outro, seja ele quem for. Querer o bem do outro, fazer o bem ao outro é, por reflexo, querer e fazer o bem a si mesmo. Mas com o esquecimento do outro não há reflexo, não há felicidade, pois não há amor, não há Deus, e Deus é o amor. Cida e Hélis Eq. N. S. do Carmo Ituiutaba-MG

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REFLEXÃO

“Semeador” Adaptado às ENS* Neste imenso campo do mundo, Tu és, equipista, um semeador, Semeias, equipista, semeias cada vez com mais amor, Não digas que o solo é mau, e que chove constantemente, Ou que o sol castiga a terra, e que não serve a semente, Enfrentas as dificuldades, Não podes desanimar, Neste imenso campo do mundo, O teu dever é semear, Tua palavra é semente, Teu exemplo, teu perdão são sementes a todo momento com os quais dás a tua lição, São sementes o teu sorriso, o teu aperto de mão, É semente tudo... tudo o que sai do teu coração, Não esperas recompensa, mas recompensa terás, Nem pensas em riqueza, mas rico sei que serás, Porque trabalhas num reino, Onde perder é ganhar, Onde dar é receber, Vamos, equipistas, semear, Semeias, semeias sempre, Cada vez com mais amor, neste imenso campo do mundo, Tu és, equipista, um semeador. Meury e Zezinho Eq. 4B - N. S. do Diálogo São Paulo-SP *Autor desconhecido

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REFLEXÃO

Gerar vidas Chegou o resultado! O tão esperado por tempos! ­Abriu-se o papel, ou viu-se no teste caseiro ou o telefonema da assistente social veio - e a alegria tomou conta da casa, do lar, da família, do coração! Assim nasce uma mãe. Será? Penso que já nascemos mães! Desde cedo,brincamos de casinha,bonecas,de cuidar de alguém “dodói” – geralmente a mamãe ou o papai.Crescemos e começamos a cuidar dos amigos de escola,da vida.Seja nas festas,em casa, na Igreja.Aprendemos a cuidar daqueles que fazem parte da nossa “tribo”.Quando saímos de casa,aprendemos a cuidar do canto onde habitaremos,das pessoas com quem dividiremos a vida por algum tempo ou pela vida inteira. No trabalho, há quem precise de uma palavra, um colo, um remédio, um “socorro”, e as mãos se fazem maternas e ali estão, de novo, acolhendo. Vizinhos, amigos, familiares. Não há onde as mãos e o coração materno não alcancem. Mulher – menina, moça, adulta – carrega em si este dom, esta força, esta natureza própria que a faz ser especial neste planetinha: gerar vidas! Vidas através do seu ventre,do seu coração,do seu jeito acolhedor, da sua compaixão. Gerar vidas através de um gesto ou de um sorriso para alguém que se desenganava. Gerar vidas através do seu trabalho diário – em casa ou no mercado profissional ou ambos. Gerar vida através do seu jeito de temperar a comida, a vida! Mães de fato, de afeto. Algumas choram ainda não terem encontrado seus filhos e vivem a angústia de Ana e Isabel. Algumas buscam seus filhos que nasceram de outras. Outras choram seus filhos que já estão com o Pai e tornam-se mães de anjos. Tantas veem seus filhos crescerem no ventre e na vida. Muitas ajudam outras a cuidarem dos seus. São mães! Coração materno nasce desde que começa a bater! E aprende a se alargar para acolher “todos os filhos que Deus lhe confiar”. Débora e Marcio Dias Eq. 23 – N. S. Imaculada Conceição Setor B - Barbacena-MG CM 533

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PARTILHA E PCE

Meditação “O chamado universal à santidade é a missão que todos nós recebemos quando emergimos das fontes batismais, não é dom para privilegiados,mas uma vocação para todos. Cada um por seu caminho ou no estado de vida que se encontra, como assim expressa o Papa Francisco: És consagrada ou um consagrado? Sê santo,vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa,como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho a serviço dos irmãos...” O texto acima introduziu o tema de estudo da 1ª Reunião Formal de 2020: PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO: CAMINHO DE SANTIFICAÇÃO. Ao longo dos nossos dez anos de pertença às ENS inúmeras vezes ouvimos casais partilharem suas dificuldades com relação ao exercício do PCE Meditação. Casados há quase 31 anos, já praticávamos esse PCE,embora tenhamos conhecido as ENS só em 2009. Percebemos que sempre que se fala em meditação as pessoas associam essa prática à Palavra de Deus. Nas ENS isso talvez se deva ao fato de estar quase

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sempre ligada à Escuta da Palavra. Mas como no chamado à santidade, devemos exercê-la segundo nosso estado de vida: “Estás casado? Sê santo,amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho a serviço dos irmãos...” A partir do nosso ingresso nas ENS passamos a meditar sobre todos os fatos, acontecimentos e experiências do nosso dia a dia, como sempre o fizemos, mas agora considerando as três atitudes de vida: procura assídua da vontade de Deus; procura da verdade sobre nós mesmos; e experiência do encontro e da comunhão. Podemos afirmar: a Meditação é base para os demais PCEs e para nosso crescimento espiritual. Ela nos ajuda a manter sempre unidas as dimensões de fé e vida. “Quem não te aceita, quem te rejeita pode não crer por ver ‘cristãos’ que vivem mal...”. Senhor, piedade... Lúcia e Osvandir Eq. 8, N. S. Desatadora dos Nós Setor Anápolis Região Goiás Centro CM 533


PARTILHA E PCE

O perdão como fruto de um retiro Sou Graça Manfrini, casada há 46 anos com Francisco Manfrini, juntos participamos das ENS há 40 anos. Começamos no Movimento no início de 1980 e posso garantir que a perseverança na vivência dos PCEs muito nos ajudou e nos ajuda a nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus, a desenvolver a capacidade para a verdade e a aumentar a capacidade de encontro e comunhão. A participação nos Retiros em casal, nesses anos todos, foram para nós momentos de muita oração, reflexão, revisão de vida e acima de tudo de agradecimento a Deus por nossa vida e procurando sempre valorizar a presença de Deus em família. Sempre nos preparamos para viver o Retiro e nos abastecermos através da Liturgia, das leituras mais profundas, dos textos, das orações e das palavras proferidas pelo sacerdote.Apesar de ter um diálogo aberto com meu marido e procurar ajuda com outras pessoas, não conseguia perdoar o pai que tive. Nasci em Manaus, tenho cinco irmãs e um irmão, numa infância e adolescência marcadas por muito sofrimento, pois meu pai era alcoólatra; gastava todo o salário com bebidas. Passei fome e inúmeras vezes ajudei minha mãe a buscá-lo caído pelas ruas da cidade. Sentia vergonha. Apanhei e vi minha mãe apanhar. Meu sofrimento parecia não ter fim. Minha mãe conviveu com ele até a sua morte. Mulher CM 533

forte, guerreira e cheia de fé, que me ensinou o poder da oração. Devota de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rezava sem cessar. No final de sua vida, alcançou a graça de ver meu pai parar de beber. Cresci com grande mágoa no coração, não conseguia perdoá-lo. Dia dos Pais para mim era triste, pois não conseguia rezar nem agradecer por ter um pai. Carregava uma grande angústia, que me fazia muito mal. No ano de 2000, durante um Retiro, cujo pregador era padre e psicólogo, no segundo dia tive oportunidade de conversar particularmente com o sacerdote. Foi uma conversa longa em que pacientemente me ouviu com muita atenção e fez colocações que tocaram meu coração de uma forma inexplicável. Após muito choro, conselhos e ponderações, senti algo estranho saindo de dentro do meu coração, senti uma força libertadora dentro de mim e, aos poucos, fui me acalmando. Senti-me renovada. Naquele momento, o milagre do perdão aconteceu. O perdão nos liberta e dá asas para voar, criando condições para crescermos e vivermos melhor; pedir perdão a Deus e confiar na sua misericórdia. O perdão nasce do amor e o amor liberta,tudo em seu tempo! Agradeço e louvo a Deus por esse Retiro e por pertencer às ENS. Graça e Francisco Região Minas I Província Leste

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PARTILHA E PCE

Falar amigavelmente com o Senhor

O tema do ano nos chama a ser casal santo. Partindo desse princípio nos perguntamos: o que era mais importante para os santos? O que os santos mais prezam e o que mais buscam é estar na presença de Deus exercendo com o Pai uma intimidade profunda. As ENS, em seu guia, nos convidam a “encontrar-se todos os dias, com o Senhor, numa prece silenciosa: meditação! Padre Caffarel, entusiasta e divulgador da importância da oração pessoal na vida cristã, nos lembra: “A oração é um face a face com Deus, num diálogo bem amoroso com Ele”. Mais um questionamento... por que um PCE que nos chama à meditação/ oração pessoal dentro de um movimento para casais? Pensamos que se não somos capazes de uma conversa pessoal sincera com o Pai, também não conseguiremos realizar com o

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cônjuge o Dever de Sentar-se, nem a oração conjugal... Como casal equipista também encontramos obstáculos e dificuldades de nos retirar da vida corrida e falar amigavelmente com o Pai. Porém buscamos não perder as oportunidades e acima de tudo construir uma rotina que seguimos de forma fiel. Nesses 16 anos de Movimento muitas formas já tentamos... Após ouvirmos a Palavra, elevamos a Deus nossas preces, é um momento que reservamos para nós e o Senhor. Percebemos que quanto mais intensa é a nossa meditação/oração pessoal mais fácil é nos conectarmos e realizarmos os demais PCEs. O diálogo é um ato de amor, orar é amar a Deus. Marli e Delfim Eq. 1 Setor Planaltina-DF CM 533


FORMAÇÃO

Dons do Espírito Santo Dom da ciência Como sabemos através do ensinamento da Igreja, as criaturas são um reflexo do amor de Deus. E a realidade que revela esta verdade de modo mais completo é o matrimônio. Porém, esta não é uma verdade assim tão evidente, sobretudo para aqueles que não têm fé. Mesmo para os que creem é necessário o auxílio do Espírito Santo, com o dom da ciência, para que se possa compreender esta verdade em toda a sua profundidade. O dom da ciência ajuda-nos a entender que o matrimônio reflete o amor de Deus, mesmo que imperfeitamente, em vários aspectos: na comunhão, na sua fecundidade, na geração da vida, no amor, na doação. De modo que, assim como a partir do Criador compreendemos o autêntico valor das criaturas, por semelhança da relação esponsal de Deus com o seu povo, podemos compreender o valor sagrado da aliança matrimonial como caminho de santificação. Pelo dom da ciência chegamos a conhecer que as criaturas não têm um fim em si mesmas. Também o matrimônio não tem um fim em si mesmo, é um caminho pensado por Deus, elevado à condição de sacramento por Jesus Cristo, a fim de que homem e mulher zelem com amor pelo bem um do outro, bem como CM 533

para a geração e educação dos filhos. O maior bem que um cônjuge pode dar ao outro é o de conduzi-lo para Deus, que é a finalidade última de todas as suas criaturas e a única fonte da verdadeira alegria. Assim, sendo iluminados pelo Espírito Santo e orientados pelo dom da ciência os esposos cristãos chegam à compreensão de que também sua união matrimonial é para a glória de Deus. Pois a união matrimonial vivida segundo o Espírito de Jesus Cristo glorifica a Deus. Sobretudo quando o esposo compreende que sua esposa é um reflexo do Criador, um reflexo de Deus, e vice-versa, terá razões muito mais sólidas e duradouras para amá-la muito além dos seus interesses pessoais ou das satisfações momentâneas. Por fim, quando marido e mulher entendem que o seu cônjuge não é um rival de Deus, antes é alguém que o leva para Ele, o amor vivido entre os dois se pereniza. O matrimônio pode até ter fim, como de fato terá, com a morte de um dos dois, mas se o amor vivido entre os dois procurou ser um reflexo do amor de Deus, este permanecerá para sempre. Porque o amor de Deus semeado no coração do homem não morre nunca. Pe. Hélio Cordeiro E-mail: cordeiro-80@hotmail.com

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CONTOS E REFLEXÕES

As duas joias Narra antiga lenda árabe que um rabino, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família, esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por imperativos da religião, o rabino empreendeu longa viagem, ausentando-se do lar por vários dias. No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.A mãe sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura. Mas uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia? Sabendo que ele tinha o coração fraco, temia que não suportasse tamanha comoção. Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão. Alguns dias depois, num final de tarde, o rabino retornou ao lar. Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos. Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços. Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos. A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: – Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave. O marido, já um pouco preocupado, perguntou: – O que aconteceu? Notei você abatida! Fale e resolveremos isso

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juntos, com a ajuda de Deus. – Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas. Jamais vi algo tão belo e o problema é esse. Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz? – Ora, mulher! Não estou entendendo o seu comportamento. Você nunca cultivou vaidades. Por que isso agora? - É que nunca havia visto joias assim! São maravilhosas! - Podem até ser, mas não lhe pertencem. Terá que devolvê-las.

CM 533


- Mas eu não consigo aceitar a ideia de perdê-las! E o rabino respondeu com firmeza: - Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo. Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo. – Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito. As joias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram... O rabino compreendeu a mensagem. Agradeceu a Deus por ter uma esposa tão sábia, abraçou-a e, juntos, derramaram muitas lágrimas.

CM 533

Filhos: presentes de Deus às nossas vidas! Do livro Histórias e Fábulas, de Albigenor e Rosa Militão. A serenidade pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós… O dom da ciência nos leva a ver as pessoas e o mundo com olhos de Deus, e nos permite enxergar os vestígios d’Ele em todos os lugares. Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a compreender e aceitar a vontade de Deus em nossas vidas. Colaboração Lázara e Edison Eq. 2 A – Goiânia Região Goiás Centro

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ERRATA

Republicamos parte da entrevista em função de correções efetuadas na versão digital, portanto recomendamos a leitura total, pelo site das ENS da mesma edição Carta Mensal Edição 532 - página 21. Entrevista com Monique e Gérard Duchêne, equipistas há mais de 60 anos Existiram no Brasil equipes de língua francesa? Sim, em 1961, uma em São Paulo e outra em São José dos Campos, pois o capelão da colônia francesa estava muito interessado em formar equipes, e assim, fomos levados a lançá-las e pilotá-las. Os membros não eram forçosamente franceses, mas de língua francesa. Havia casais belgas e suíços, só que, como a maioria tinha vindo ao Brasil a trabalho, essas equipes eram efêmeras quase que por natureza. A de São Paulo não durou quase nada, a de São José dos Campos só não teve a mesma sorte por ter integrado casais brasileiros - gente bacana como o Cury e o grande apóstolo que foi o Moacyr, que idealizou entre outros trabalhos um para atender casais em dificuldade, e outros membros, alguns ainda vivos e ativos. Essa Equipe 1 alguns anos atrás comemorou seus 50 anos, e estivemos lá rememorando os tempos em que, como Casal Regional do Interior do Estado, a lançamos e pilotamos. Tratava-se naqueles primórdios de uma pilotagem relâmpago, que consistia em apenas 3 reuniões, ou seja o tempo necessário para os casais estudarem os Estatutos e decidirem pedir a sua “filiação” ao Movimento.

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Como foi feito o convite para o Padre Caffarel retornar ao Brasil? Por ocasião de uma de suas muitas viagens à França,pois integrava vários movimentos internacionais, Peter Nadas tratou de estar com o Padre Caffarel para tentar fazê-lo voltar atrás na resposta negativa que dera ao convite dos Moncaus para vir de novo ao Brasil. Foi de fato ao sentar-se ao lado dele num almoço que conseguiu convencê-lo a fazer essa terceira visita – façanha da qual Peter se orgulhava muito, e com razão! Vocês providenciaram um tradutor? Vocês preparam o tradutor? Depois de a ECIR combinar o programa da visita, prevendo duas Sessões de Formação, foi de fato convidado um tradutor para as palestras, ao qual de fato se explicou a terminologia das Equipes. Não fomos nós que providenciamos nem preparamos o tradutor: já que não fazíamos parte da nova ECIR formada em 1969, não tínhamos mais nada a ver com nada, e só bem mais tarde soubemos que, minutos antes do início da Sessão de São Paulo, o tradutor “deu no pé”e Peter se viu obrigado a assumir todas as traduções, em São Paulo como em Florianópolis... Ouvimos falar dessa história muitas vezes depois, porque era também uma coisa que tinha marcado muito o Peter. CM 533


NOTÍCIAS

BODAS DE PRATA

29

outubro 2019

Denise e Eduardo Eq. N. S. de Lourdes - Osório - RS

17

dezembro 2019

Silvia e Lima Eq. N. S. Rainha da Paz - Osório - RS

22

janeiro 2020 Ana Karla e Jailton Eq. N. S. da Saúde - Pão de Açúcar - AL

22

janeiro 2020 Roselma e Roberto Eq. N. S. da Penha - Pão de Açucar - AL

22

janeiro 2020

28

janeiro 2020

Glécia e Sérgio Eq. N. S. dos Espinhos - Capitão Poço - PA

28

janeiro 2020

Mônica e Ailton Eq.N.S.Imaculada Conceição - Itaúna - MG

18

março 2020

Edilaine e David Eq. N. S. do Rosário - Rio Verde - GO

21

abril 2020

Sandra e Cícero

Edna e Gilberto

Eq. N. S. da Penha - Pão de Açúcar - AL

Eq. N. S. de Lourdes - Londrina - PR

CM 533

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NOTÍCIAS

22

07

abril 2020

janeiro 2020

Isabel e Glauber

Ocimária e Fábio

Eq.N.S.Desatadora dos Nós - São Paulo - SP

Eq. N. S. Rainha da Paz - Capanema - PA

07

25

março 2020

março 2020

Simone e Elídio

Rose e Marco Aurélio

Eq. N. S. Desatadora dos Nós - Niterói - RJ

Eq. N. S. da Esperança - Belém - PA

BODAS DE OURO

14

dezembro 2019

10

janeiro 2020

Brasília e Armando

Suzana e Naná

Eq. N. S. de Fátima - Sorocaba – SP

Eq. N. S. das Montanhas - Pesqueira – PE

27

dezembro 2019

11

janeiro 2020

Juraci e Zezinho

Graça e Juarez

Eq. N. S. dos Navegantes - Osório – RS

Eq. N. S. Aparecida - Niterói - RJ

34

CM 533


NOTÍCIAS

17

janeiro 2020

Neuza e Hélio

13

fevereiro 2020

Eq. N. S. da Paz - Varginha - MG

25 janeiro

Marilda e João Carlos Eq. N. S. de Fátima - Piracicaba - SP

2020

Vera e Elio Neponuceno Eq. N. S. Aparecida

24

dezembro 2019

30

janeiro 2020

Vera e Dinézio Eq. N. S. de Brotas - Salvador – BA

Maria De Lourdes e Antônio Herculano Eq. N. S. do Perpétuo Socorro - Olinda – PE

07

21

fevereiro 2020

fevereiro 2020

Rosa e Aragão

Eq. N. S. Rainha da Paz - São Miguel do Guamá - PA CM 533

Lenita e Ivan Eq. N. S. do Carmo - Niterói – RJ

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NOTÍCIAS

06

Yvone e Octacílio

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Ivone e José Sanches

03

Lourdinha e Manoel

dezembro 2019

dezembro 2019

janeiro 2020

17

janeiro 2020

36

Eq. N. S. Mater Salvatori São Carlos – SP

Eq. N. S. das Graças Sorocaba - SP

Eq. N. S. Rainha da Paz Salvador - BA

Edite e Gregório Eq. N. S. das Vitórias Parelhas – RN

CM 533


NOTÍCIAS

ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO

07

Pe. Adilson Colombi Eq. N. S. de Fátima Brusque – SC

dezembro 2019

JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES

16

Eq. N. S. da Esperança

dezembro 2019

Belém – PA

02

Eq. N. S. Aparecida

fevereiro 2020

Salinópolis - PA

VOLTA AO PAI Cesário da Luiza 06.01.2020 Eq. N. S. da Divina Providência - Belém - PA Pedro da Fátima 17.01.2020 Eq. N. S. Mãe E Rainha da Paz - Bálsamo-SP Cícero Monteiro da Jurandir Lira 29.01.2020 Eq. N. S. do Pilar - Pesqueira-PE CM 533

Monsenhor Floriano de Oliveira Garcês Sce 07.03.2020 Sce – Eq. N. S. do Bom Conselho

Patrícia Andreia 09.03.2020 AE – Equipes 04 e 07

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MEDITANDO EM EQUIPE

São muitos os caminhos, mas apenas uma meta: a santidade A Palavra de Deus - “Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro e amável, honroso, virtuoso ou que

de qualquer modo mereça louvor.” Fl 4, 8 - “Com efeito, não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero.” Rm 7, 19

Reflexão - Como temos visto no tema deste ano, a santidade é o chamado de Deus a todos nós. A santidade, com o auxílio da graça de Deus, é possível. A cada equipista Deus tem feito essa exortação: “Sede santos!” A santidade para o casal se dá na vivência do matrimônio, sendo dom um para o outro, sendo caminho que leva o outro para mais perto de Deus. Não existe santidade para o casal fora da vida a dois, do exercício da unidade e da entrega um pelo outro. - A partir de uma vida matrimonial vivida com profundidade e esperança, o casal busca sua santificação sendo auxiliado por preciosos instrumentos: a Palavra de Deus, a oração diária, a devoção a Nossa Senhora, os retiros espirituais, a busca constante pelos sacramentos, de forma especial a confissão e a eucaristia. Através desta vivência, da busca pelo sobrenatural, a graça

de Deus é derramada sobre o coração da pessoa. Isso não quer dizer que a santidade é efeito mágico, existem momentos em que a fragilidade humana aparece, se sente fraco, como São Paulo expressa no versículo acima. Neste exato momento é necessário contar ainda mais com a graça de Deus e seu divino amor. - Cada pessoa, para fazer esse caminho de santificação,precisa conhecer suas próprias fraquezas e debilidades,pois é a partir deste conhecimento que se pode vencê-las.Caro equipista, quais são as fraquezas que mais têm lhe afastado de Deus? Quando você se depara com suas falhas e pecados, como tem feito para superá-los? O caminho da santificação tem sido algo constantemente buscado por você em sua vida matrimonial e familiar? Você já conhece com segurança o caminho que o conduzirá à santidade?

Oração espontânea - Retome o versículo citado,da Carta aos Filipenses 4, 8, e peça a Deus a graça de sempre ocupar sua vida com aquilo que é bom, justo,santo e agradável ao Senhor.Pense em tudo aquilo que possa ser instrumento de santificação e faça um compromisso pessoal

de vivê-lo – talvez se tornará regra de vida. - Agradeça pelas dificuldades e pecados já superados, pelo caminho de santificação trilhado em seu matrimônio e por ter encontrado nas ENS um instrumento de santificação matrimonial.

Oração Litúrgica Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e para vós termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo nosso Senhor. Amém CM 533

Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal

33


SANTIDADE

1a Reunião: Santidade 2a Reunião: Santidade em Casal

FRAGILIDADES 3a Reunião: Social / Cultural

OBSTÁCULOS

4a Reunião: Inimigos da Santidade: Gnosticismo e Pelagianismo

FERRAMENTAS 5a Reunião: Oração 6a Reunião: Eucaristia a 7 e 8a Reunião: Ser Casal Santo PEDAGOGIA DAS ENS

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 - cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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Formação

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Falar amigavelmente com o Senhor

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Meditação

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Gerar vidas

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O perdão como fruto de um retiro

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Semeador”. Adaptado às ENS

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A meditação e a nossa santidade

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Pensando em Deus

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Missão é Amor, Alegria e Serviço

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A beleza do EACRE

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Vida de casal e santidade

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O valor do PCE Meditação

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Bodas de Diamante

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Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

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CNSE

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Palavra do Papa

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Raízes do Movimento

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Diretrizes gerais da CNBB

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Intercessores

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Tema do ano – capítulo II Caminho de Santidade em Casal

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Visitação da Virgem Maria

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É função das ENS também formar agentes da Boa Nova

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Tema do ano – capítulo III Fragilidades: cultura atual e desigualdades sociais

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A alegria que brota do encontro com o ressuscitado

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A primeira visita do Padre Caffarel ao Brasil

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A importância do sim verdadeiro

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pages 4-5
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