ENTREVISTAS
BEN RITCHIE, ABERDEEN STANDARD INVEST. MIKE RIDDELL, ALLIANZ GLOBAL INVESTORS LEGISLAÇÃO
FUNDOS DE INVESTIMENTO E DE CAPITAL DE RISCO ESTRATÉGIAS
O COLETIVO DOS GESTORES PORTUGUESES SUPERARIA O EUROSTOXX 50? ESTILO
NAMÍBIA, O ESPLENDOR DO DESERTO CLÁSSICOS LITERÁRIOS
MARÇO E ABRIL 21
AS ENTIDADES GESTORAS COM A OFERTA MAIS CONSISTENTE EM PORTUGAL
NÚMERO 37 MARÇO E ABRIL 2021
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AS ENTIDADES GESTORAS COM A OFERTA MAIS CONSISTENTE EM PORTUGAL COMPARÁMOS OS NÚMEROS DE FUNDOS E ATIVOS SOB GESTÃO DOS FUNDOS REGISTADOS EM PORTUGAL, COM AQUELES QUE SE DESTACAM EM 2021 PELA CLASSIFICAÇÃO DE CONSISTENTE DO SELO FUNDSPEOPLE.
SOLUÇÕES DE INVESTIMENTO PARA CONSTRUIR UM FUTURO SUSTENTÁVEL Mais informações sobre nossos recursos na ESG: go.dws.com/pt-esg
The Alphabet of Asset Management.
A DWS é uma das principais entidades gestoras de activos do Mundo. Em Portugal, a entidade responsável pela comercialização dos produtos e serviços da DWS é a DWS International GmbH e autorizado a exercer CEVKXKFCFGU FG KPVGTOGFKCÿQ ʙPCPEGKTC GO 2QTVWICN GO 4GIKOG FG .KXTG 2TGUVCÿQ G 5GTXKÃQU 1U ENKGPVGU RQFGO CEGFGT CQU RTQFWVQU QW UGTXKÃQU FC &95 CVTCXÅU FG WOC QW OCKU GPVKFCFGU SWG UGT¿Q KFGPVKʙECFCU FG acordo com os contratos, acordos, materiais promocionais ou outra documentação relativa aos produtos ou serviços oferecidos. Este documento foi preparado sem considerar as necessidades particulares de investimento, QDLGEVKXQU QW EKTEWPUV¾PEKCU ʙPCPEGKTCU RGUUQCKU FG SWCNSWGT KPXGUVKFQT #PVGU FG VQOCT WOC FGEKU¿Q FG KPXGUVKOGPVQ QU KPXGUVKFQTGU FGXGO EQPUKFGTCT EQO QW UGO C CLWFC FG WO EQPUWNVQT UG QU KPXGUVKOGPVQU G GUVTCVÅIKCU FGUETKVQU QW HQTPGEKFQU RGNC &95 U¿Q CRTQRTKCFQU EQO DCUG PCU UWCU PGEGUUKFCFGU GURGEÉʙECU FG KPXGUVKOGPVQ RGTʙN FG KPXGUVKFQT QDLGEVKXQU G EKTEWPUV¾PEKCU ʙPCPEGKTCU 2QT QWVTQ NCFQ GUVG FQEWOGPVQ VGO CRGPCU C ʙPCNKFCFG FG KPHQTOCT P¿Q EQPUVKVWKPFQ WOC QHGTVC TGEQOGPFCÿQ QW RGFKFQ RCTC EQPENWKT WOC VTCPUCEÿQ G P¿Q FGXG UGT EQPUKFGTCFQ EQOQ CEQPUGNJCOGPVQ RGTUQPCNK\CFQ QW TGEQOGPFCÿQ FG KPXGUVKOGPVQ # &95 P¿Q RTGUVC CEQPUGNJCOGPVQ ʙUECN QW LWTÉFKEQ 1U KPXGUVKFQTGU FGXGO EQPUWNVCT QU UGWU RTÏRTKQU EQPUWNVQTGU ʙUECKU G CFXQICFQU EQPUKFGTCPFQ QU KPXGUVKOGPVQU G GUVTCVÅIKCU UWIGTKFQU RGNC &95 1U KPXGUVKOGPVQU EQO C &95 P¿Q U¿Q ICTCPVKFQU C OGPQU SWG Q EQPVT½TKQ UGLC GZRTGUUCOGPVG GURGEKʙECFQ # OGPQU SWG UGLC PQVKʙECFQ FG QWVTC HQTOC RCTC WOC UKVWCÿQ GURGEÉʙEC QU KPUVTWOGPVQU ʙPCPEGKTQU P¿Q U¿Q ICTCPVKFQU RQT PGPJWOC GPVKFCFG IQXGTPCOGPVCN PGO RGNC &95 'ODQTC CU KPHQTOCÃÑGU EQPVKFCU PGUVG FQEWOGPVQ VGPJCO UKFQ QDVKFCU FG HQPVGU EQPUKFGTCFCU ʙ½XGKU C UWC GZCEVKF¿Q KPVGITKFCFG QW GSWKNÉDTKQ P¿Q RQFG UGT ICTCPVKFC G P¿Q FGXG UGT EQPUKFGTCFC GPSWCPVQ VCN 6QFCU CU QRKPKÑGU G GUVKOCVKXCU EQPVKFCU PGUVG FQEWOGPVQ KPENWKPFQ FGENCTCÃÑGU TGNCVKXCU CQ HWVWTQ TGʚGEVGO Q GPVGPFKOGPVQ FC &95 PC RTGUGPVG FCVC FQ FQEWOGPVQ G GUV¿Q UWLGKVCU C CNVGTCÃÑGU UGO CXKUQ RTÅXKQ G GPXQNXGO WOC UÅTKG FG RTGUUWRQUVQU SWG RQFGO P¿Q UGT X½NKFQU 1U KPXGUVKOGPVQU GUV¿Q UWLGKVQU C X½TKQU TKUEQU KPENWKPFQ ʚWVWCÃÑGU FG OGTECFQ OWFCPÃCU TGIWNCVÏTKCU TKUEQ FG EQPVTCRCTVG RQUUÉXGKU CVTCUQU PQ TGGODQNUQ G RGTFCU FG TGPFKDKNKFCFGU G FQ ECRKVCN KPXGUVKFQ 1 XCNQT FQU KPXGUVKOGPVQU RQFG FKOKPWKT QW CWOGPVCT G Q KPXGUVKFQT RQFG P¿Q TGEWRGTCT Q XCNQT KPKEKCNOGPVG KPXGUVKFQ FWTCPVG Q RGTÉQFQ FG FWTCÿQ FQ KPXGUVKOGPVQ #NÅO FKUUQ RQFGO QEQTTGT ʚWVWCÃÑGU UWDUVCPEKCKU PQ XCNQT FQ KPXGUVKOGPVQ OGUOQ GO EWTVQU RGTÉQFQU FG VGORQ # RTGUGPVG RWDNKECÿQ EQPVÅO FGENCTCÃÑGU TGNCVKXQU CQ HWVWTQ &GENCTCÃÑGU TGNCVKXCU CQ HWVWTQ KPENWGO OCU P¿Q UG NKOKVCO C UWRQUKÃÑGU GUVKOCVKXCU RTQLGEÃÑGU QRKPKÑGU OQFGNQU G CP½NKUG FG TGPFKOGPVQ JKRQVÅVKEQ 1U GXGPVQU HWVWTQU GZRTGUUQU EQPUVKVWGO Q LWNICOGPVQ FC &95 CVÅ C FCVC FC FKXWNICÿQ deste documento. A circulação e distribuição deste documento pode ser restrito por lei ou regulamento em alguns países, incluindo os Estados Unidos da América. Este documento não é dirigido nem deve ser distribuído QW WUCFQ RQT SWCNSWGT RGUUQC QW GPVKFCFG SWG UGLC EKFCF¿Q TGUKFGPVG QW GUVGLC NQECNK\CFQ GO SWCNSWGT NQECNKFCFG GUVCFQ RCÉU QW QWVTC LWTKUFKÿQ KPENWKPFQ QU 'UVCFQU 7PKFQU FC #OÅTKEC QPFG C FKUVTKDWKÿQ RWDNKECÿQ FKURQPKDKNKFCFG QW WUQ Å EQPVT½TKQ C SWCNSWGT NGK QW TGIWNCOGPVQ QW SWG UWLGKVC C &95 C SWCNSWGT TGSWKUKVQ FG TGIKUVTQ QW NKEGPEKCOGPVQ SWG CEVWCNOGPVG P¿Q UG GPEQPVTG PCSWGNC LWTKUFKÿQ 2GUUQCU SWG FGVGPJCO GUVG FQEWOGPVQ RQFGO UGT QDTKICFCU C KPHQTOCT UG UQDTG G C TGURGKVCT CU TGHGTKFCU TGUVTKÃÑGU 'UVG FQEWOGPVQ P¿Q RQFG UGT FKUVTKDWÉFQ PQ %CPCF½ PQ ,CR¿Q PQU 'UVCFQU 7PKFQU FC #OÅTKEC PGO LWPVQ FG SWCNSWGT RGUUQC SWG UGLC EKFCF¿Q TGUKFGPVG QW NQECN FQU 'UVCFQU 7PKFQU FC #OÅTKEC 4GPVCDKNKFCFGU RCUUCFCU P¿Q U¿Q ICTCPVKC FG TGPVCDKNKFCFGU HWVWTCU 0CFC FQ SWG Å TGHGTKFQ PQ RTGUGPVG FQEWOGPVQ EQPUVKVWK WOC TGRTGUGPVCÿQ QW ICTCPVKC SWCPVQ C TGPVCDKNKFCFGU HWVWTCU 1 2TQURGEVQ G QW CU +PHQTOCÃÑGU (WPFCOGPVCKU &GUVKPCFCU CQU +PXGUVKFQTGU +(+ CQU SWCKU FGXG UGT CPGZCFQ Q ÖNVKOQ TGNCVÏTKQ CPWCN CWFKVCFQ G Q EQTTGURQPFGPVG TGNCVÏTKQ UGOGUVTCN UG GUVG HQT OCKU TGEGPVG FQ SWG Q ÖNVKOQ TGNCVÏTKQ CPWCN EQPVÆO C KPHQTOCÿQ EQORNGVC UQDTG Q HWPFQ 1U TGHGTKFQU FQEWOGPVQU EQPUVKVWGO C ÖPKEC DCUG NGICN PC SWCN QU KPXGUVKFQTGU FGXGO CRQKCT C UWC FGEKU¿Q FG KPXGUVKOGPVQ RCTC C CSWKUKÿQ QW UWDUETKÿQ FG WPKFCFGU FG RCTVKEKRCÿQ CEÃÑGU FQ HWPFQ 5G WO KPUVTWOGPVQ ʙPCPEGKTQ Å FGPQOKPCFQ PWOC FKXKUC FKHGTGPVG FC FQ KPXGUVKFQT SWCNSWGT ʚWVWCÿQ PC VCZC FG E¾ODKQ RQFG CHGEVCT PGICVKXCOGPVG Q RTGÃQ QW Q XCNQT FQ KPUVTWOGPVQ ʙPCPEGKTQ QW C UWC TGPVCDKNKFCFG FG OQFQ SWG Q KPXGUVKFQT CUUWOG KPVGITCNOGPVG Q TKUEQ ECODKCN 1 KPUVTWOGPVQ ʙPCPEGKTQ FGUETKVQ PGUVG FQEWOGPVQ RQFG P¿Q UGT CRTQRTKCFQ CQ RGTʙN FG KPXGUVKFQT FG VQFQU QU KPXGUVKFQTGU G CPVGU FG FGEKFKT RGNQ KPXGUVKOGPVQ Q KPXGUVKFQT FGXG CUUGIWTCT UG SWG GPVGPFG ECDCNOGPVG CU EQPFKÃÑGU ECTCEVGTÉUVKECU G TKUEQU FC VTCPUCEÿQ G SWG TGCNK\QW WO GUVWFQ KPFGRGPFGPVG FC CFGSWCÿQ FC QRGTCÿQ CQU UGWU QDLGEVKXQU G EKTEWPUV¾PEKCU RGUUQCKU KPENWKPFQ QU RQUUÉXGKU TKUEQU G DGPGHÉEKQU FC TGCNK\CÿQ FC TGHGTKFC QRGTCÿQ # KPHQTOCÿQ OGPEKQPCFC CPVGTKQTOGPVG RQFG UGT QDVKFC GO HQTOCVQ FKIKVCN QW HÉUKEQ UGO SWCNSWGT EWUVQ LWPVQ FQ EQPUWNVQT ʙPCPEGKTQ FC &95 +PVGTPCVKQPCN )OD* QW PQ GPFGTGÃQ YYY FYU EQO 6TCPUNCVGF HTQO %4%
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EDI TO RIAL NÃO PRECISA DE IR ATRÁS DE RÉPLICAS OU DA INFORMAÇÃO DE TERCEIROS. É MAIS UM ANO EM QUE DAMOS A CONHECER OS SELOS FUNDSPEOPLE, DESENVOLVIDOS PELO SEXTO ANO CONSECUTIVO.
BORDAR À MÃO A INFORMAÇÃO
D
eve ser seguramente ignorância minha: nunca tinha ouvido falar da camisola poveira! Nada como me informar na fonte mais fidedigna, ou seja, no website da própria região que a produz, no caso a Póvoa de Varzim. Ora parece que a camisola – pode ler-se – “era inicialmente feita em Azurara e Vila do Conde e bordada (ou marcada) na Póvoa pelos velhos pescadores”. Interessante, não é? Mas mais interessante ainda é a forma como adquirimos conhecimento sobre algo, o gatilho que nos faz desenfreadamente correr para o Google em busca de respostas. Nunca a estilista Tory Burch pensou que uma imitação mal-amanhada de uma camisola (mexicana?!) fosse trazer tanta e (tão boa) publicidade a este conhecidíssimo artefacto... que eu desconhecia... desculpem!
Não deixemos a publicidade do que é nosso em mãos alheias. Poderia ser um repto ou slogan inventado assim em cima do joelho, mas que parece adequado ao que vos trazemos nesta edição da FundsPeople. Para que não apareça por aí ninguém de nome estrangeiro a apregoar - ainda que inadvertidamente - o que é nosso, damos-lhe a conhecer as entidades gestoras com a oferta mais Consistente em Portugal. Tratam-se de 557 fundos, havendo lugar de destaque para algumas entidades gestoras nacionais. Não precisa de ir ao Google: aqui poderá perceber como é que se reflete esta consistência no número de fundos e património em fundos consistentes das entidades que operam no nosso país. Dito isto, já desvendámos um pouco do que está para vir: esta revista está bordada a Selos FundsPeople 2021, atribuídos pelo sexto ano consecutivo. Não falamos apenas das gestoras com a gama mais Consistente. Há espaço para que obtenha, sem grande esforço, informação sobre os fundos favoritos dos Analistas do sul da Europa, ou seja, os que têm Selo A. Há espaço para a crème de la crème: os fundos ABC neste ano de incertezas que é 2021. Num momento em que a regulação SFDR rompeu Europa dentro, na secção de ISR mostramos-lhe também quão desafiante será 2021 para o investimento sustentável. Contemplando ainda a sigla ISR, nas próximas páginas encontrará igualmente algumas reflexões sobre a perplexidade da diversidade, ou sobre como o gap de género pode repercutir-se em Wall Street. Não precisa, efetivamente, da publicidade de terceiros para chegar à melhor informação. Aqui não há falácias, não vilipendiamos o que é dos outros. Pelo contrário: queremos enaltecer uma indústria que ainda tem muito para mostrar, mesmo que muitos ainda a desconheçam, como eu desconhecia a camisola poveira. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 3
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IN DI CE 90
PANORAMA 12 A atividade concentra-se nos EUA 14 A nova carteira Smart Consensus para 2021 18 Barómetro ABC 22 Fórum APFIPP: A gestão de ativos e as finanças sustentáveis 26 Ranking Selo FundsPeople 36 Mercado europeu de fundos de investimento entra em 2021 com o pé direito
74
TENDÊNCIAS 40 As entidades com a oferta mais Consistente em Portugal 44 Morningstar Awards 2021 48 Os fundos favoritos dos selecionadores do sul da Europa 52 Sabedoria do coletivo dos gestores portugueses superaria o Eurostoxx 50? 56 Os fundos ABC do Selo FundsPeople 60 Fundos de investimento e fundos de Capital de Risco – alternativa ao boom imobiliário 62 Tempos de mudança para os fundos perfilados nacionais 66 Gap de género - como algo algo que afeta Main Street tem repercussão em Wall Street 70 As grandes tendências que vão marcar o futuro das profissões de finanças e investimentos
ENTREVISTAS 74 James Stuttard 78 Ricardo Almeida 80 Mike Riddell 84 Pedro Rodrigues 86 Ben Ritchie 90 José Miguel Marques, CFA
80
84
PRODUTOS 92 Os vencedores dos vencedores da pandemia 98 High yield global 102 O que vale nos emergentes 106 Desafios para o investimento sustentável em 2021 110 Quem manda na gestão passiva? 114 Diversidade -boas intenções nem sempre conduzem a bons resultados 117 O valor do valor escondido
ESTILO DE VIDA 120 Da distopia de Aldous Huxley a um clássico sobre os mercados 122 Namíbia, o esplendor do deserto 4 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
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Dê valor aos seus investimentos.
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A nossa jornada em investimentos sustentáveis iniciou-se há mais de 30 anos com o nosso primeiro produto ASG. Na Nordea, retornos e responsabilidade importam. Retornos e Responsabilidade. É o nosso ADN Nórdico.
Soluções Nordea ASG STARS Estratégia Global Gender Diversity Estratégia Global Social Empowerment Os fundos Nordea 1 de ações Emerging Stars, Global Stars, European Stars e North American Stars foram reconhecidos pelos principais selos ESG1
LuxFLAG, Towards Sustainability, Forum Nachhaltige Geldanlagen, ISR e obtiveram o European SRI Transparency Code2 1) Forum Nachhaltige Geldanlagen (FNG-Siegel) reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund (3 estrelas) e Nordea 1 – European Stars Equity Fund (3 estrelas) durante 2021. Towards Sustainability reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund, Nordea 1 – Global Stars Equity Fund, Nordea 1 – European Stars Equity Fund e Nordea 1 – North American Stars Equity Fund de 11.2020 a 11.2021. LuxFLAG ESG Label reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund, Nordea 1 – Global Stars Equity Fund e Nordea 1 – North American Stars Equity Fund de 01.10.2020 a 30.09.2021 e do fundo Nordea 1 – European Stars Equity Fund de 01.07.2020 a 30.06.2021; Label ISR reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund, Nordea 1 – Global Stars Equity Fund e Nordea 1 – North American Stars Equity Fund de 22.11.2019 a 21.11.2022. 2) O logo European SRI Transparency significa que a Nordea Investment Funds S.A. está comprometida em fornecer informações precisas, adequadas e oportunas para permitir que as partes interessadas, em particular os consumidores, entendam as políticas e práticas de Investimento Socialmente Responsável SRI (Socially Responsible Investment) relacionadas ao fundo. Informações detalhadas sobre as Diretrizes Europeias de Transparência SRI podem ser encontradas no site www.eurosif.org. As Diretrizes de Transparência são geridas pela Eurosif, uma organização independente. O logo Europeu de Transferência SRI reflete o comprometimento do gestor do fundo conforme detalhado acima e não deve ser considerado como um endosso sobre qualquer companhia, organização ou indivíduo em particular. Os fundos mencionados fazem parte da Nordea 1, SICAV, uma sociedade de investimento de capital variável sediada em Luxemburgo (Société d’Investissement à Capital Variable), legalmente constituída conforme as leis de Luxemburgo e com a Diretiva2009/65/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009. Este documento é material publicitário e não divulga todas as informações pertinentes relativas aos subfundos apresentados. Qualquer decisão de investimento nos subfundos deve ser feita com base no Prospecto em vigor e no documento de Informações Fundamentais Destinadas ao Investidor (KIID), que estão disponíveis, juntamente com os relatórios anual corrente e semi-anual do sub-fundo, por via electrónica em inglês e na língua local do mercado onde o mencionado OICVM está autorizado para distribuição, e poder ser solicitado, sem ônus, junto a Nordea Investment Funds S.A., 562, rue de Neudorf, PO Box 782, L-2017 Luxemburgo, representantes locais, agentes de informação, ou nossos distribuidores. Nosso distribuidor em Portugal é BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., devidamente constituído sob as leis de Portugal e registado na CMVM como intermediário financeiro. Publicado pela Nordea Investment Funds S.A., sita em 562, rue de Neudorf, P.O. Box 782, L-2017 Luxembourg, que é autorizado pela Comission de Surveillance du Secteur Financier.
CO LABO RA DO RES CONTRIBUTOS DO MÊS
60
98
ISABEL PINHEIRO TORRES E MAFALDA MARTINS LOURENÇO
PILAR TELLEZ
Associada sénior e consultora, Abreu Advogados Investimento em fundos de investimento e fundos de capital de risco – a alternativa ao boom imobiliário
Analista, Allfunds High yield global
117
114
ABRAHAM HERNÁNDEZ, FILIPE BELLO E FERNANDO GALINDO
HUSSEIN SACOOR E TIAGO BENTO
Presidente, senior analyst e membro do comité de investimentos, Vitalis As perplexidades da diversidade: boas intenções nem sempre conduzem a bons resultados
CIO e head of Investment Analysis, SIG Capital O valor do valor escondido
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Nota de redação ✡ Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades
6 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
ALEXANDRE MOTA, CFA
ARTUR VIEIRA, CFA
Partner, Partners2u Da distopia de Aldous Huxley a um clássico sobre os mercados
Senior investment analyst, Mercer Namíbia, o esplendor do deserto
de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com ✡ FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profi ssionais do sector fi nanceiro e, em particular, a
entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profi ssionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos fi nanceiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fi ns informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos fi nanceiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.
JUAN SAN PIO Diretor comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina
A importância do engajamento na gestão ESG
Estamos a testemunhar um aumento de investimentos que levam em consideração critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) tanto na gestão ativa quanto na gestão passiva. Na Europa, mais de 70 novos ETFs sustentáveis foram lançados em 2020 e mais de 28 milhões de euros foram investidos. Estes representam aumentos de, respectivamente, 45% e 300%, se comparados aos dados de 20191. ABORDAGEM DUPLA PARA INCORPORAR OS CRITÉRIOS ESG Investidores tem duas formas de integrar critérios ESG em suas estratégias de investimento. O primeiro modo, e mais comum, é utilizar todo o espectro de índices sustentáveis para encontrar um que se alinhe com seus valores e objetivos. Esta poderia ser uma
abordagem simples de exclusão, ou com um índice best in class mais rigoroso. No entanto, desta maneira, os investidores podem estar a perder a oportunidade de aumentar o seu impacto. Para a maioria dos investidores em ETF, a prioridade na escolha de um fundo é a seleção do índice. Garantir que o índice esteja alinhado com seus objetivos e verificar se o ETF segue o índice de forma consistente é essencial, bem como encontrar uma solução com o preço adequado. No entanto, e no que diz respeito ao provedor de ETF, quais parâmetros devem ser levados em conta? ENCONTRAR O PROVEDOR QUE RESPEITE SEUS OBJETIVOS Os ativos investidos por meio de fundos passivos têm os mesmos direitos acionistas que os títulos
VOTAÇÃO POSITIVA EM QUESTÕES CLIMÁTICAS E SOCIAIS POR REGIÃO ■ OVERALL
■ CLIMATE
■ SOCIAL
80%
63%
67% 59%
60%
40%
32%
36% 29%
20%
0%
EMEA
Fonte: ShareAction 2020 Voting Matters Report.
US
geridos ativamente. Usar esses direitos são formas valiosas para que os gestores de fundos promovam mudanças sustentáveis e garantam que os objetivos dos investidores sejam cumpridos. Por exemplo, um investidor pode escolher um ETF que siga um índice relativo ao clima porque acredita na importância do Acordo de Paris. Mas e se o provedor de ETF estiver a usar os seus direitos de acionista para votar contra as resoluções climáticas? OLHAR PARA ALÉM DO SUPERFICIAL Com os ETFs ESG disponíveis atualmente, é importante para os investidores alcançar o máximo de impacto com a seus investimentos. Por exemplo, quais são as políticas de voto e engajamento dos gestores de ativos? Será que seus votos correspondem aos valores essenciais dos investidores? Há muitas maneiras de fazer esta análise já que a maioria das gestoras publicam estas informações em seus websites. Mas uma análise de experts também é valiosa. Por exemplo, uma organização que relata a atividade de voto de grandes gestores de ativos é a ShareAction. Em sua última publicação a ShareAction analisa 60 gestoras de ativos, suas atividades de voto e o nível do impacto social e climático gerado. O relatório destaca a diferença entre os gestores de ativos europeus e americanos, com a Europa a dominar a implementação de
uma abordagem engajada de voto no que se refere aos temas sociais e climáticos. Analisando os maiores fornecedores de ETF, notamos uma grande disparidade na abordagem de voto, com a Amundi a votar a favor de resoluções climáticas e sociais em 89% das vezes, enquanto outros gestores votaram apenas em 12% a favor de das mesmas resoluções. Isto mostra a necessidade dos investidores fazerem a devida due dilligence de forma a garantir que o ETF que estão a comprar tem mais impacto do que o índice que ele segue. Qualquer gestor de ativos experiente deverá ser capaz de seguir um índice ESG. Mas um líder confiável em gestão ESG será capaz de dar um passo à frente e demonstrar o impacto do seu engajamento e da sua política de voto. A Amundi tem uma abordagem abrangente de acordo com os valores de seus clientes, tanto em seus fundos passivos como em seus investimentos ativos. Estamos muito orgulhosos do nosso histórico de engajamento e voto, e convidamos todos investidores à descobrirem mais detalhes em nosso relatório anual disponível no nosso site. Se você gostaria de ler o relatório
"ShareAction Voting Matters 2020" completo, visite shareaction.org Para saber mais sobre a extensa gama de ETFs sustentáveis da Amundi, que beneficiam da nossa política de voto e engajamento visite amundietf.com
1 Source: Bloomberg Finance LP - Amundi ETF
Informação Importante Documento dirigido a clientes profissionais, incluindo intermediários financeiros, e não se destina nem deve ser fornecido ao público. Promoção emitida pela Amundi (UK) Limited, sede registada: 41 Lothbury, Londres, EC2R 7HF. Amundi (UK) Limited é autorizada e regulamentada pela Autoridade de Conduta Financeira sob o número 114503. Este documento não está dirigido a cidadãos ou residentes nos EUA ou a qualquer pessoa de nacionalidade americana tal como está definido na regulação “US Securities Act de 1933” e como se encontra definido no prospecto da Amundi Index Solutions (o "Fundo"). . A definição de cidadãos ou residentes nos EUA encontra-se nas menções legais do nosso site www.amundi.com. Amundi Euro Istoxx Climate Paris Aligned PAB OICVM ETF, Amundi MSCI Europe Climate Paris Aligned PAB OICVM ETF, Amundi MSCI World Climate Paris aligned Pab OICVM ETF, Amundi Index MSCI Global Climate Change - OICVM ETF e Amundi Index MSCI Europe Climate Change - OICVM ETF são subfundos (o "Subfundo") do Fundo, e são um esquema reconhecido para efeitos de S. 264 of the Financial Services and Markets Act 2000. Documento de natureza publicitária, simplificado, reservado para os investidores portugueses e sem valor contratual. Não constitui em nenhum caso uma recomendação, pedido, oferta ou aconselhamento financeiro sobre investimentos. A Amundi não aceita qualquer responsabilidade, direta ou indireta, que possa resultar da utilização de qualquer informação aqui contida, nem será responsável por qualquer decisão tomada com base nesta informação. Investir implica riscos, os participantes do fundo podem perder a totalidade ou parte do capital inicialmente investido. Rentabilidades passadas não são garantia de resultados futuros. O valor patrimonial líquido (VPL) dos Fundos é publicado nos mercados bolsistas. De um modo geral, as participações dos Fundos adquiridas no mercado secundário não podem ser diretamente vendidas aos Fundos. Os investidores devem comprar e vender participações num mercado secundário através de um intermediário (por exemplo um corretor), podendo incorrer em despesas. Os investidores poderão pagar um valor superior ao VPL em vigor ao comprarem as suas participações e poderão receber um valor inferior ao VPL em vigor quando as venderem. A compra de unidades de participação deverá ter como suporte o último folheto informativo, KIID, estatutos e relatórios anual e semestral registados na CMVM. Para mais informação, consulte a documentação legal vigente, disponível gratuitamente sob solicitação prévia à Amundi Iberia SGIIC, SAU registada na CNMV com o número 31 (Paseo de la Castellana 1, Madrid 28046), ou no endereço www. amundi.pt ou através dos distribuidores autorizados em www.cmvm.pt. Antes de realizar qualquer subscrição, as pessoas interessadas devem assegurar-se que essa operação está permitida segundo a legislação vigente, comprovar as implicações fiscais e consultar os documentos legais em vigor. Deve garantir-se a devida adequabilidade dos riscos associados ao produto com os potenciais investidores, que devem ainda assegurar-se que entenderam o conteúdo do documento informativo. Está proibida a reprodução sem o consentimento prévio e por escrito da Sociedade Gestora. Os ETF estão registados no registo de organismos de investimento coletivo estrangeiros da CNMV nº 1495. Amundi Iberia SGIIC SAU: comercializadora principal em Espanha, supervisionada pela CNMV e inscrita com o nº 31. Amundi ETF designa a atividade de ETF da Amundi Asset Management, SAS (“Sociedade por ações, regime simplificado”), com um capital social de 1.086.262.605€ e aprovada pelo regulador francês (Autorité des Marchés Financiers - AMF) com o número GP 04000036 na qualidade de sociedade gestora de carteiras, Bd Pasteur 90 - 75015 Paris - França - 437 574 452 RCS Paris.
DI RE TÓ RIO ÍNDICE DE EMPRESAS 37 I MARÇO E ABRIL 2021
CEO GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com
Carmignac 18, 26, 40 Carregosa SGOIC 90 Casa de Investimentos 22 CGD Pensões 22 Columbia Threadneedle Investments 18, 26, 40 CPR AM 18 Credit Suisse 18, 26, 40, 44, 110 Crédito Agrícola Gest 22, 106
DEF DCI 40 DNB AM 26, 40 DPAM 26, 48 Dunas Capital - Gestão de Activos 22 DWS 18, 26, 40, 110 Eaton Vance 12 ECS - SGFII 22 Edmond De Rothschild AM 18, 26, 40, 52 Eleva 18, 26, 48 Epsilon Capital 14, 18, 26 Eurizon 18, 26, 40 Evli 18 Federated Hermes 26 Fidelidade - SGOII, S.A. 22 Fidelity International 12, 18, 26, 36, 40, 44, 48, 52, 92 First Fund Box 22 Floresta Atlântica 22 Flossbach von Storch 14, 18, 26, 36, 40, 48, 56 Franklin Templeton Investments 18, 26, 40 Fundger 22 Fundiestamo 22 Fundsmith 26, 40, 48 Futuro 22
GHI ABC Aberdeen Standard Investments 18, 26, 40, 86 Acatis 14, 18, 40, 48, 56 Aegon Asset Management 40 Ageas Pensões 22 Alger 40 AllianceBernstein 18, 26, 40, 52 Allianz Global Investors 18, 26, 36, 40, 48, 52, 80 Alves Ribeiro 26 AMP Capital 40 Amundi 12, 18, 26, 36, 40, 52, 102, 110 Atlantic 22 Aviva Investors 36, 110 AXA IM 14, 18, 26, 40 Azimut 12 Bankinter GA 22, 62 Banque de Luxembourg 26, 40 Barclays 26, 40 Bison Bank 84 BIZ Capital - SGOIC 22 BlackRock 18, 26, 36, 40, 48, 52, 56, 98, 110 Bluebay AM 18, 26, 40, 48, 56 BMO GAM 26, 48 BMO Portugal 22 BNP Paribas AM 18, 26, 36, 40, 110 BNY Mellon IM 18, 26, 36, 40 BPI Gestão de Activos 22, 26, 40, 44, 62 BPI Vida e Pensões 22 Brown Advisory 18, 26, 40, 48, 56 Caixa Gestão de Ativos 22, 26, 40, 44, 62 Cambridge Associates 12 Candriam 18, 26, 40, 44, 52, 98 Capital Group 18, 26, 40, 44, 48, 102
GAM 18, 26 Gef 22 Generali 12 Gesfimo 22 GFM Capital 22 GNB - SGFP 22 GNB - SGP 22 GNB Fundos Mobiliários 22 GNB Gestão de Ativos 26, 40, 44, 62, 102 GNB Real Estate 22 Goldman Sachs AM 18, 26, 40, 66, 98 GTCR 12 Hermes Fund Managers 40 HSBC 26, 36, 40, 52, 110 IM Gestão de Ativos 22, 26, 62 iM Global 12 Imofundos 22 Imopolis 22 Imorendimento 22 Institutional Investment Partners GmbH 22 Insula Capital 22 Interfundos 22 Invesco 18, 26, 36, 110 Investec 22 iShares 36, 110
Litman Gregory LYNX Asset Managers Lyxor
12 22 36, 110
MN M&G Investments 18, 26, 40, 98, 102 Man Group 14, 18, 26, 36, 40 Marshall Wace 26 Mediolanum 12 Mercer 26, 36, 40, 52 MFS IM 18, 26, 36, 40, 44, 48, 56 Mirabaud 18, 26, 40 Mirae Asset 18, 40, 92 Montepio Gestão de Activos 22, 62 Montepio Valor 22 Moonfare 12 Morgan Stanley IM 12, 18, 26, 36, 40, 48, 56, 92, 116 Muzinich 18, 26, 40 Neuberger Berman 18, 26, 40 Nevastar Finance 40 Ninety One Fund Managers 18, 26, 40 NN IP 18, 26, 40 Nomura AM 36 Nordea AM 18, 26, 40 Northern Trust AM 110 NZS Capital 12
OPQ Oddo BHF Asset Management
18, 26, 40, 48, 52 OFI AM 18 Optimize Investment Partners 22, 44, 62 Pictet AM 18, 26, 36, 40, 102 PIMCO 14, 18, 26, 36, 40, 48, 56, 98 Polar Capital 18, 26, 40 Popular Gestão de Activos 22, 62 Previsão 22 Profile - SGFIM 22
RST
JKL
RAM Active Investments 26, 40 Real Vida Seguros 22, 78 Refundos 22 Reverence Capital Partners 12 Robeco 18, 26, 36, 48, 74, 102 Ruffer 14, 18, 36, 48 S.G.F.P. Banco de Portugal 22 Santander AM 22, 26, 44, 62 Santander Pensões 22 Schroders 18, 26, 40, 48, 52, 56, 66, 92, 102 Seilern 18, 48 SFS - Gestão de Fundos 22 SGA 12 SGF 22 Silar - SICAFI, SA 22 Sixty Degrees 22 SKY Harbor Global Funds 26, 40 Square Asset Management 22 State Street 110 Swisscanto 110 T. Rowe Price 12, 14, 18, 26, 40, 44, 48, 92, 98 TF Turismo Fundos 22
14, 18, 26, 36, 40, 48, 52, 56, 92 Janus Henderson 14, 18, 26, 36, 40, 52, 66 Jupiter AM 18, 26, 40, 48, 56 KAAN Capital 12 La Financiere De L’Echiquier 26, 40 La Française 26 Lazard AM 18, 26 Legal & General IM 110 LGT Capital Partners 36
UB Asset Management 18, 26, 98 UBS AM 18, 26, 36, 40, 52, 66, 110 Vanguard 18, 26, 36, 40, 110 Victoria - Seguros de Vida, SA 22 Violas Ferreira - SICAFI, SA 22 Vontobel AM 26, 40, 48, 102 Wellington Management 40 Wells Fargo AM 12, 40
J.P. Morgan AM
8 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
UWXYZ
REDAÇÃO NACIONAL MARGARIDA PINTO, Editor - Portugal margarida.pinto@fundspeople.com CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com INTERNACIONAL ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com ANA PALOMARES, Reporter ana.palomares@fundspeople.com REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com DAVIDE MOSCA, Reporter davide.mosca@fundspeople.com FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com ANÁLISE Diretora MARÍA FOLQUÉ, Global Head of Analysis mfolque@fundspeople.com MIGUEL RÊGO, CFA, Head of Analysis - Portugal miguel.rego@fundspeople.com SAMUEL CAPUCHO, Fund Analysis Intern samuel.capucho@fundspeople.com MONTSERRAT FORMOSO, Senior Fund Analyst mformoso@fundspeople.com SIMONE VIDOTTO, Senior Fund Analyst simone.vidotto@fundspeople.com MARKETING RAQUEL ALONSO, Marketing Manager raquel.alonso@fundspeople.com IÑIGO IMBERT, Business Development Manager iimbert@fundspeople.com BORJA ANTÓN, Marketing & Business Development borja.anton@fundspeople.com AIDA CISNEROS, Events Manager - Iberia aida.cisneros@fundspeople.com GEMA VELASCO, Branded Content Manager - Iberia gema.velasco@fundspeople.com DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com GIOVANNA VAGALI, Events & Branded Content Manager - Italy giovanna.vagali@fundspeople.com CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL. PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: RIVADENEYRA EDITADO por © Primer Decil Consultores y Editores S.L. Todos os direitos reservados. SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008 REDAÇÃO MADRID Velázquez, 126. 4 Izquierda. 28006 Madrid Tel. (+34) 91 755 35 58 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com REDAÇÃO LISBOA Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com
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0.6
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2.6
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3.1
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2.1
Eurozone France Germany Italy Spain Greece Ireland Sweden Switzerland UK US Japan China Indonesia Korea Taiwan India Brazil Mexico Russia
1.5
1.4
1.5
1.4
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1.3
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1.0
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-0.3
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2020 Sep
Apr 2.3
Aug
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Global economy Eurozone Developed Emerging
1.9
1.6
Emerging
0.9 0.4 1.7
-0.3
-0.3
0.2
0.0
0.1
0.2
0.0
-0.2
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-0.3
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1.6
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0.9
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0.6
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1.0
1.1
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0.2
0.4
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0.2
-0.3
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1.1
1.1
0.4
0.2
-0.9
-0.7
-1.9
-2.1
-2.3
-2.3
-2.0
-2.1
0.8
0.8
0.7
1.1
1.7
1.0
1.1
0.5
0.6
0.6
0.6
0.8
1.1
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0.9
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-1.0
2.2
2.0
1.9
1.8
2.1
2.1
1.6
1.5
1.3
1.3
1.6
1.8
1.7
1.5
1.3
0.8
-0.2
0.1
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1.0
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0.8
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0.7
0.7
1.1
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0.7
0.4
0.5
0.1
-0.3
-0.3
-0.1
0.2
-0.2
-0.4
-1.0
-1.0
-1.3
-1.2
-1.4
-1.1
-0.9
-0.8
2.1
1.8
1.9
1.9
2.1
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2.0
2.1
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1.7
1.5
1.5
1.3
1.8
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1.0
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1.9
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1.7
1.8
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0.1
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1.2
1.2
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0.7
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-0.4
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0.8
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2.5
2.5
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2.8
2.8
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2.8
2.8
0.7
0.9
0.6
0.9
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3.1
3.1
0.0
-0.4
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3.8
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4.5
2.7
0.0 0.4
5.4
2.6
0.2
0.7
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5.2
2.7
4.3
3.0
1.5
1.1
1.9
-0.2
3.3
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2.4
2.7
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2.2
2.7
2.0
2.4
1.5
0.7
1.7
1.3
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1.0
0.1
-0.3
0.0
0.3
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1.0
0.1
0.0
-1.0
-1.2
-0.7
-0.5
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-0.6
-0.3
1.6 0.6 0.1
2.1
2.0
2.6
2.9
3.0
3.0
3.2
3.1
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4.0
4.6
5.5
7.4
7.6
6.6
5.8
7.2
6.3
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6.7
7.3
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6.9
3.7
3.8
3.9
4.6
4.9
4.7
3.4
3.2
3.4
2.9
2.5
3.3
4.3
4.2
4.0
3.3
2.4
1.9
2.1
2.3
2.4
3.1
3.9
4.3
4.8
4.4
3.9
4.0
4.4
4.3
4.0
3.8
3.2
3.0
3.0
3.0
2.8
3.2
3.7
3.3
2.2
2.8
3.3
3.6
4.1
4.0
4.1
3.3
4.3
5.0
5.2
5.3
5.2
5.1
4.7
4.6
4.3
4.0
3.8
3.5
3.0
2.4
2.3
2.5
3.1
3.0
3.2
3.4
3.6
3.7
4.0
4.4
Source: Bank of Mexico, DGBAS, ECB, Goskomstat of Russia, IBGE, India Ministry of Statistics & Programme Implementation, Japan Ministry of Internal Affairs & Communication, Korean National Statistical Office, National Bureau of Statistics China, ONS, Refinitiv Datastream, Riksbank, Statistics Indonesia, Swiss National Bank, US Federal Reserve, J.P. Morgan Asset Management. Figures shown are for headline inflation and are % change year on year. Heatmap colours are based on the respective central bank target inflation rates. Blue is below target, white is at target and red is above target. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
6
Global inflation expectations Global economy
Simplify the complex with Market Insights
2019
2.1
| 6
GTM – UK
2018
Global Developed
| 7
GTM – UK
Headline inflation
Market-based inflation expectations
% change year on year
%, 5y5y inflation swap
4
4
Forecast
US UK
UK Headline inflation target
Eurozone
3
Japan
3 US
2
2
1
1 Eurozone
0
0 Japan
-1
-1 '15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
'22
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
Source: (Left) Bank of Japan, BLS, Eurostat, ONS, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Headline inflation is measured using Consumer Price Index (CPI). Japan CPI has been adjusted down by two percentage points from April 2014 to March 2015 to remove the estimated impact of the consumption tax hike over this period. Forecasts are from Bloomberg contributor composite. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 5y5y inflation swap represents the market’s expectation of five-year average inflation, starting in five years’ time. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
7
Global earnings expectations and equity valuations Global forward price-to-earnings ratios x, multiple
77x
80x 40x
625 EM
Equities
Current
35x
Japan
550
Range since 1990
US
Average since 1990
30x
Europe ex-UK
475
| 48
GTM – UK
Consensus estimates for global earnings per share Index level, next 12 months’ EPS in GBP rebased to 100 at Jan 2000
UK 400
25x
325
20x
15x
250
10x
175
5x
100
0x
25 '00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
Europe ex-UK
US
'20
UK
Japan
EM
Source: (Left) FTSE, IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, TOPIX, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for Europe ex-UK and EM. UK is FTSE All-Share, US is S&P 500 and Japan is TOPIX. EPS is earnings-per-share. (Right) IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for all regions/countries (due to data availability), except for the US, which is represented by the S&P 500. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
48
Global income Equity
% yield
Fixed income
Equities
10.6
Alternatives
10
Convertibles
8
7.2
Average UK inflation: 0.9% (12 months to November 2020)
6
0.1
0.2
UK cash
UK Gilts
1.4
1.8
2.0
UK IG
DM equity
EM equity
4.9
4.3
4.3
4.6
Global REITs
EM debt
DM high yield
3.4
4 2
| 49
GTM – UK
Asset yield comparison 12
0 FTSE AllShare
Global Global convertibles infrastructure
Global transport
Equity index yields % yield
Buyback yield
5
Dividend yield
4 3 2 1 0 MSCI World
S&P 500
FTSE All-Share
49
MSCI Japan
MSCI Europe ex-UK
MSCI EM
Source: (Top) Bloomberg Barclays, BofA/Merrill Lynch, Clarkson, Drewry Maritime Consultants, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Additional yield often comes with associated capital and/or liquidity risk. Global transport yield is as of September 2020 and global infrastructure yield is as of June 2020. Yields for the bond indices are yield to worst and dividend yields for the equity indices. Global transport levered yield is rental income minus operating expenses, debt amortisation and interest expenses, expressed as a percentage of equity value. Global convertibles: Bloomberg Barclays Global Convertibles; DM equity: MSCI World; EM equity: MSCI EM; UK Gilts: UK 10-year yield; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Agg. – Corporates; Global REITs: FTSE NAREIT Index; DM high yield: BofA/Merrill Lynch Developed Markets High Yield Constrained; EM debt: J.P. Morgan EMBI Global; Global infrastructure: MSCI Global Infrastructure Asset Index – Low risk. (Bottom) Bloomberg, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. Buyback yield is last 12 months’ buybacks divided by the market cap of the index. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
Fixed income yields
| 69
GTM – UK
Fixed income yields % 8
Developed market government bonds
Investment-grade bonds
High yield bonds
Emerging market bonds
7 6 5
Fixed income
4 3 2 1 0 Return beta to MSCI World
-1
-0.1
0.0 -0.1
0.1 -0.2
0.1
0.2
0.3
0.2
0.2
0.2
0.2
0.4
0.5
0.4
0.5
0.5
0.3
0.0
0.3
0.1
0.4
0.5
-2
69
Source: Bloomberg, Bloomberg Barclays, ICE BofA, J.P. Morgan Economic Research, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Beta to MSCI World is calculated using monthly total returns since 2008. Indices used are as follows: Euro IG: Bloomberg Barclays Euro-Aggregate – Corporate; Global IG: Bloomberg Barclays Global Aggregate – Corporate; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Aggregate – Corporate; US IG: Bloomberg Barclays US Aggregate – Corporate; Euro HY: ICE BofA Euro Developed Markets Non-Financial High Yield Constrained Index; Global HY: ICE BofA Global High Yield Index; US HY: ICE BofA US High Yield Constrained Index; EMD corporate: CEMBI Broad Diversified; EMD local: GBI-EM Global Diversified: EMD local – China: GBI-EM China: EMD sovereign: EMBI Global Diversified; EMD sov. IG: EMBI Global Diversified IG; EMD sov. HY: EMBI Global Diversified HY. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
Global government bond yields and inflation expectations Nominal 10-year government bond yields
% 4.5 US
UK
UK
6
US
4.0
Germany
Germany 3.5
5
Fixed income
| 70
GTM – UK
10-year government bond breakeven inflation rates
% yield 7
3.0 4 2.5 3 2.0 2 1.5 1
1.0
0
0.5
-1
0.0 '98
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
'98
'20
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
'20
Source: (All charts) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 10-year government bond breakeven inflation rates are the difference in yield between nominal and inflation-protected government bonds, and are a market-based measure of average inflation expectations over the next 10 years. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
70
Oil
160
| 78
GTM – UK
WTI crude oil price and US rig count
Crude oil production by country
USD/barrel (LHS); number of rigs (RHS)
Million barrels per day
Oil price
1,800
Rigs
25
1,600
140
1,400
120
OPEC (ex-Saudi Arabia & Iraq) 20
1,200 100
15 1,000
US
Other assets
80
Russia
800 10
60 600 40
400
20
Saudi Arabia 5
200
0
Iraq 0
0
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Source: (Left) Baker Hughes, Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. (Right) EIA, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
78
Metals
GTM – UK
Gold vs. real US 10-year Treasury yield
Index level, rebased to 100 in Jan 2007
2,200
-1.5
31 Dec 2020
2,000
| 79
Metal prices
$ per Troy ounce (LHS); %, inverted (RHS)
Gold (LHS)
$1,898
Real 10-year yield (RHS)
-1.1%
200
175 -1.0 150
1,800
Copper
-0.5 125 1,600
Other assets
0.0
100
1,400
Aluminium 75 0.5
1,200
Zinc
50 1.0
1,000
Nickel
25
800
1.5 '12
'13
'14
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
0 '07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Source: (Left) Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Real yield is the US 10-year Treasury inflation-protected security yield. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
79
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37 I MARÇO E ABRIL 2021 NOTÍCIAS 1. Carta anual de Warren Buffett: “as obrigações não são ativos onde estar investidos. Os retornos são patéticos”
O MAIS
2. Bitcoin: cinco dos maiores especialistas da AXA IM dão a sua opinião sobre a criptomoeda
VISTO EM
3. Os vencedores dos Morningstar Awards 2021 4. Vitalis, a consultora de fundos de pensões que quer ser mais do que isso em portugal
/
5. Carregosa SGOIC entra no mercado 6. Mais de dois terços das aplicações em produtos financeiros em Portugal em soluções muito conservadoras 7. Fundos mais subscritos de janeiro: os diferentes cenários no Banco Best e Banco Carregosa 8. Os 20 fundos portugueses melhor posicionados na sua categoria no rating histórico de sustentabilidade da morningstar
Período de recolha de dados: 23/02/2021 - 24/03/2021 em fundspeople.com/pt/
PERFIS
José António de Mello MFO e MFW
José Maria Cazal Ribeiro Julius Baer
Jorge Silveira Botelho BBVA Asset Management
Emanuel Silva IM Gestão de Ativos
Artur Vieira, CFA Mercer
Guilherme Piedade Caixa Gestão de Ativos
Carim Habib Dolat Capital
Jorge Sousa Teixeira, CFA BPI Gestão de Ativos
Nordea Asset Management
BMO Global Asset Management
Casa de Investimentos
IM Gestão de Ativos
Banco BEST
Santander Asset Management
FIM Aberto Santander Acções América CA
NB Obrigações Europa – FIM Aberto de Obrigações
FIM Aberto Santander Select Moderado A
Caixa Seleção Global Moderado – FIM Aberto
Alves Ribeiro PPR/OICVM – FIM Aberto de Poupança Reforma
PIMCO GIS Dynamic MultiAsset Fund E Class EUR Accumulation
EMPRESAS
Interfundos
GNB Gestão de Ativos
PRODUTOS
Caixa Ações Líderes Globais – FIM Aberto de Ações
BlackRock Global Funds – World Technology Fund A2
10 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
THE VALUE OF ACTIVE MINDS An active mind is agile and responsive. It sparks new ideas. It challenges convention and takes a hands-on approach. We give our people the freedom to nurture investment ideas and opportunities as they arise, allowing their individual styles to shine through. The result is a diversity of thought, something we believe will always win out in the long term. We call this human advantage "the value of active minds". As with all investing, your capital is at risk. www.jupiteram.com
For Investment Professionals Only. Not for use by Retail Investors. This advert is for informational purposes only and is not investment advice. Jupiter Asset Management International S.A., authorised and regulated by the Commission de Surveillance du Secteur Financier, Luxembourg. JAM001867-001-0321
PANORAMA RADAR INTERNACIONAL
EUA Nova aliança da iM Global Partner A iM Global Partner chegou a um acordo para comprar a Litman Gregory, uma boutique de gestão de fortunas dos EUA com 4.000 milhões em ativos sob gestão e 2.200 milhões em mandatos de consultoria. Graças a esta união, as duas empresas vão oferecer um leque único de soluções de investimento dirigidas a clientes institucionais e privados no mercado americano, mas também internacional.
EUA MIFL amplia a sua rede internacional EUA Morgan Stanley completa a compra da Eaton Vance Morgan Stanley (MS) finalizou a compra da Eaton Vance, financiada com ações e dinheiro. Após a fusão, a MS administrará 5,4 biliões de dólares em ativos por meio das suas divisões de Wealth Management e Investment Management. Thomas E. Faust Jr., presidente e CEO da Eaton Vance, passará a presidir à Morgan Stanley IM.
A Mediolanum International Funds (MIFL), a plataforma europeia de gestão de ativos do Grupo Mediolanum, assinou dois novos acordos com as boutiques americanas SGA e NZS Capital. O acordo com a SGA prevê que a MIFL contribua com 80 milhões de euros para o lançamento de uma estratégia emergente de ações. Por sua vez, o acordo com a NZS Capital implica um mandato de 300 milhões de euros numa estratégia de investimento em ações de tecnologia.
EUA Wells Fargo vende a sua divisão de gestão de ativos O banco norte-americano Wells Fargo vendeu a sua divisão de gestão de ativos à GTCR e Reverence Capital Partners, duas empresas de capital de risco que pagarão 2.100 milhões pelos 603.000 milhões de ativos da Wells Fargo Asset Management. Quando a operação for concluída, provavelmente no segundo semestre de 2021, a nova gestora passará a operar sob uma nova marca.
MÉXICO Azimut adquire a KAAN Capital
ITÁLIA Generali suporta a recuperação
A Azimut assinou um acordo para adquirir 51% do capital da KAAN Capital, uma empresa independente de consultoria e gestão de ativos especializada em ações mexicanas. Composto por um grupo de gestores séniores e analistas com um forte histórico, a KAAN fornece serviços de gestão e consultoria para clientes de alto património e instituições (HNWI). Após a conclusão da operação, a KAAN será renomeada como Azimut-KAAN.
Por ocasião do 190º aniversário da sua fundação, a Generali lançou o Fenice 190, um plano de investimento quinquenal de 3,5 mil milhões de euros com o qual apoiará as economias europeias atingidas pela pandemia. O projecto, que terá início na Itália, França e Alemanha, e que posteriormente será alargado a todos os países onde a Generali está presente, será realizado através da plataforma multiboutique Generali Investments.
A ATIVIDADE CONCENTRA-SE NOS
ESTADOS UNI
12 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
ALEMANHA Fidelity cresce em mercados privados A Fidelity International assinou um acordo com a Moonfare, uma plataforma de investimento digital especializada em mercados privados. Graças a este acordo, os clientes institucionais e de grossistas da Fidelity poderão aceder a novas estratégias de investimento neste tipo de fundos alternativos. A Fidelity também adquiriu uma participação minoritária na fintech nascida na Alemanha.
FRANÇA Amundi reforça nos serviços digitais A Amundi lançou a sua nova linha de negócios Amundi Tecnologia (Alto), que visa oferecer soluções tecnológicas para gestores de ativos e empresas do setor de investimentos. O serviço, baseado em software na nuvem, pode ser adaptado às necessidades específicas do cliente. A empresa pretende gerar 150 milhões de euros em lucros nos próximos cinco anos.
CHINA T. Rowe Price desembarca na China A T. Rowe Price abriu um escritório em Xangai. Com esta abertura, a gestora pretende alargar e aprofundar os seus conhecimentos sobre o universo de investimento chinês em rápido crescimento, bem como contratar analistas locais que cubram empresas chinesas. O objetivo final é fortalecer a plataforma analítica do grupo que apoia as decisões de investimento de todas as estratégias globais.
HONG KONG Cambridge Associates expande-se na Á sia A Cambridge Associates abriu uma filial em Hong Kong. A empresa de investimentos com sede em Boston oferece serviços a mais de 230 grandes patrimónios em todo o mundo. Com presença em Singapura e Pequim, pretende fortalecer seu peso na região com esta nova filial.
NIDOS
Em março, o mercado norte-americano apresentou o maior número de movimentações corporativas. Sem esquecer o interesse da indústria em aumentar a sua presença nos países emergentes.
A OPINIÃO DE SETH MEYER Gestor de portefólios de high yield, Janus Henderson Investors
COLABORAÇÃO ATIVA NA ANÁLISE DE AÇÕES E OBRIGAÇÕES No ambiente atual, e com a trajetória da pandemia global ainda desconhecida, analisar toda a estrutura de capital de uma empresa pode ser fundamental para identificar empresas com fortes modelos de negócio e oportunidades de crescimento sustentável. Um aspeto da gestão ativa que raramente é discutido - e que pode ser extremamente valioso para esta pesquisa fundamental e para o processo de análise - é a colaboração entre as equipas de obrigações corporativas e as equipas de ações. Recentemente, exploramos como esse processo colaborativo funciona na Janus Henderson e descobrimos que há muito mais maneiras dos gestores fornecerem insights uns aos outros do que imaginávamos. Também aprendemos que tudo se resume a algo que todos concordam que é essencial: trabalho em equipa. Como o research corporativa da Janus Henderson é baseado na análise fundamental bottom-up, é lógico que haja alguma sobreposição no research feita pelos nossos analistas de ações e obrigações. Embora focos diferentes possam levar a oportunidades diferentes, às vezes uma oportunidade passa de um mercado (como o das obrigações) para outro (como o das ações). Portanto, os analistas de obrigações high yield podem ser capazes não apenas de identificar uma oportunidade, mas também saber quando passá-la para a equipa de ações. Independentemente da oportunidade - simplesmente olhar para a mesma empresa ou setor dos diferentes pontos de vista agregou valor tangível ao entendimento da oportunidade e capacidade de encontrar uma maneira de expressar esse ponto de vista. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 13
PANORAMA SMART CONSENSUS por María Folqué
A NOVA CARTEIRA
SMART CONSENSUS PARA 2021 Apresentamos a nova carteira Smart Consensus desenhada para seguir a evolução da distribuição de ativos e áreas de investimento dos melhores fundos multiativos.
esde maio de 2017 o objetivo da Carteira Smart Consensus é ser a referência para poder seguir a evolução dos fundos multitativos com as melhores classificações do Selo FundsPeople, quanto à sua distribuição por classe de ativos, zonas geográficas e setores. A carteira Smart Consensus é a mesma para Portugal, Espanha e Itália. Para a seleção de fundos que a compõem, a equipa de Análise da FundsPeople procura produtos que tenham Selo FundsPeople nos três países. Recordamos que as classificações do selo são A, de favorito dos Analistas; B de Blockbuster, para os fundos supervendas, e C de Consistente, para aqueles que alcançam determinados níveis de retorno e volatilidade relativamente à média da sua categoria Morningstar. Desde 2019 não se incluem fundos alternativos na carteira, já que devido ao facto das suas posições em derivados muitas vezes se refletirem
D
FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2021 (*) FUNDO
CATEGORIA MORNINGSTAR
SELO FUNDSPEOPLE 2021
AXA WF Optimal Income
Mistos Flexíveis
DABC DABC
Epsilon Fund Enhanced Constant Risk Contribution
Mistos Flexíveis
DABC
Mistos Flexíveis
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
Acatis Gané Value Event Fonds
FvS Multiple Opportunities II
Mistos Moderados
Janus Henderson Balanced
Mistos Moderados
JPM Global Balanced
Mistos Moderados
Man AHL TargetRisk
Mistos Moderados
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset
Mistos Flexíveis
Ruffer Total Return Intl
Mistos Moderados
T. Rowe Price Global Allocation
Mistos Moderados
14 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Capitalizando no trabalho que envolve o Selo FundsPeople, a nossa equipa de Análise construiu uma carteira de consenso Smart Consensus, que será a mesma para Espanha, Portugal e Itália. A carteira Smart Consensus é composta pelos fundos das categorias mistos moderados e mistos flexíveis que tiveram selo nos três países. O resultado é uma carteira formada por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis moderados e quatro flexíveis. Fonte: elaboração própria com dados da Morningstar. Dados de 29 de fevereiro de 2021. (*) Carteira Smart Consensus FundsPeople 2020, com Selos FundsPeople 2021.
DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS)
70% 60% 50%
na parte da liquidez, produzir-se-ia uma distorção considerável na informação sobre a distribuição de ativos. Depois de recompilar as listas de fundos com Selo para 2021 nos três países, voltámos a construir a carteira Smart Consensus, que será a vigente até fevereiro de 2022.
40% 30% 20% 10% 0%
F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F 2019
CARTEIRA 2021 A nova carteira Smart Consenus, tal como a de 2020, é composta por 10 fundos com o mesmo peso. Na eleição dos fundos demos primazia aos que têm alguma classificação do Selo FundsPeople em 2021 em Portugal, Espanha e Itália, e pertencem às categorias da Morningstar de fundos multiativos flexíveis e moderados. Acreditamos que estas duas categorias são as mais indicadas para mostrar as mudanças que possam haver na alocação de ativos de uma carteira composta por ações, liquidez, obrigações e outros ativos. O resultado é uma carteira constituída por seis fundos multiativos moderados (Acatis Gané Value Event Fonds, Janus Henderson Balanced, JPM Global Balanced , Man AHL TargetRisk, Ruffer Total Return International e T. Rowe Price Global Allocation) e quatro flexíveis (AXA Global Optimal Income, Epsilon Fund Enhanced Constant Risk Contribution, e o PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset). Dos dez fundos há quatro que se repetem (AXA Global Optimal Income, Acatis Gané Value Event Fonds, Flossbach von Storch – Multiple Opportunities II e Ruffer Total Return International), e seis novidades. De entre os que se repetem, o AXA Global Optimal Income, aparece pelo terceiro ano consecutivo. Na seleção dos fundos para a carteira tenta-se primar o maior número
2020
2021
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES EUROPA (INCLUI REINO UNIDO) AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ) EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS) JAPÃO E AUSTRÁLIA
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F 2019
2020
2021
ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS
SOBERANAS
CASH
OUTRAS
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F 2019
2020
2021
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 15
P
AR
P
R
TNE R
PANORAMA SMART CONSENSUS
AR
TNE
A OPINIÃO DE COLIN MOORE Responsável de Investimento global, Columbia Threadneedle Investments
EQUILÍBRIO RESTAURADO ENTRE EXPETATIVAS E RESULTADOS
NA CARTEIRA DE 2021 HÁ QUATRO FUNDOS QUE SE REPETEM E SEIS NOVIDADES. SEIS FUNDOS SÃO MULTIATIVOS MODERADOS E QUATRO FLEXÍVEIS possível de classificações. Este ano, destacam-se o Acatis Gané Value Events e o PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset pela sua tripla classificação ABC em Portugal e Espanha e dupla AC em Itália. Na carteira de 2021, quatro fundos têm uma única classificação nos três países, os restantes têm pelo menos uma dupla classificação em algum dos três países. Sete dos dez fundos selecionados têm um património superior a 2.000 milhões de euros. Apenas um supera os 10.000 milhões de euros sob gestão a dezembro de 2019, o Flossbach von Storch – Multiple Opportunities II que supera os 11.000 milhões de euros, abaixo dos 4.655 do ano passado.
DISTRIBUIÇÃO A carteira Smart Consensus de 2020 terminou o ano com um peso das ações de 50,1%, o máximo num ano muito estável em que a ponderação mínima desta classe de ativos foi de cerca de 47%. No exercício anterior o peso máximo das ações também se registou no final de dezembro, embora em menor medida. Confirma-se a tendência de crescimento das ações na carteira 16 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Smart Consensus, já que em anos anteriores a sua ponderação chegou a cair até aos 30%. O peso das outras classes de ativos também foi bastante estável ao longo do exercício. A ponderação das obrigações situou-se numa média de 35,1% e a da liquidez em cerca de 7,9%, significativamente abaixo dos 14,59% com que terminou 2019. Quanto à distribuição geográfica das ações, o peso das ações norte-americanas superou as europeias durante todo o 2020 (48,4% face à média de 34,1%). Na distribuição das obrigações, houve uma clara preferência pela dívida soberana e pela liquidez, enquanto que o peso das obrigações corporativas que alcançou um máximo de 18,15% no final de abril, terminou o ano em cerca de 11,88%. Nos meses seguintes continuaremos a fazer um acompanhamento pontual da evolução das principais posições da carteira agregada Smart Consensus e contaremos com a visão dos gestores dos distintos fundos. A composição da carteira será revista anualmente, em função das classificações do Selo FundsPeople.
O aumento rápido das yields das treasuries recentemente perturbou os mercados de ações. Durante o 4.º trimestre de 2020, a liderança de setores nos mercados mudou dramaticamente de empresas orientadas para o crescimento para as empresas que beneficiam de um ressurgimento da atividade económica de forma mais ampla. No início da pandemia a nossa tese era de que a atividade económica norte-americana voltaria aos níveis pré-COVID depois de 10 trimestres. Esperávamos que o mercado se começasse a parecer com o antes da pandemia. Isso aconteceu, embora mais cedo e fortemente do que tínhamos antecipado. Se tudo o resto se mantiver inalterado, quanto maior for a taxa livre de risco e/ou o desconto da incerteza, mais o valor do mercado de ações deve cair. À medida que os investidores se tornaram mais confiantes no final de 2020 sobre a taxa e o timing da recuperação global, a incerteza descontada diminuiu, impulsionando as ações. As yields das treasury subiram, mas não acompanharam a queda na taxa de incerteza implícita na recuperação das ações. Consequentemente, as yields avançaram em força de forma a restaurar um equilíbrio, refletindo confiança na recuperação. Os setores e as regiões que beneficiarão mais da recuperação é provável que continuem a apresentar o melhor desempenho em 2021. Continuo confiante de que o risco de queda é leve em relação aos ganhos recentes. A realidade da recuperação económica global no segundo semestre de 2021 provavelmente restaurará o equilíbrio entre as expetativas e os resultados.
Pedra angular Em mercados instáveis, são fundamentais alicerces sólidos. O fundo de ações globais BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund pode atuar como pedra angular, fornecer estabilidade no longo prazo a qualquer carteira, para melhor resistir às forças do mercado, que se lhe podem deparar.
BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund gerido por:
O valor dos investimentos pode cair. Os investidores podem não reaver a quantia investida. Apenas para clientes profissionais. Isto é uma promoção financeira e não constitui um conselho de investimento. Para uma lista completa de riscos aplicáveis a este fundo, por favor consulte o Prospeto ou outros documentos disponíveis. Antes de subscrever, os investidores devem ler o Prospeto mais recente e os KIID para cada fundo em que desejam investir. Visite www.bnymellonim.com. O Prospeto e os KIID estão disponíveis em inglês e numa língua oficial da jurisdição na qual o Fundo está registado para venda ao publico. O Fundo é um sub-fundo do BNY Mellon Global Funds, plc, uma sociedade aberta de capital variável (SICAV), com responsabilidade segregada entre sub-fundos. Constituída com responsabilidade limitada segundo as leis da Irlanda e autorizada pelo Banco Central da Irlanda como um Fundo UCITS. A Empresa Gestora é o BNY Mellon Fund Management (Luxemburgo) S.A. (BNY MFML), regulado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). Endereço registado: 2-4 Rue Eugène Ruppert L-2453 Luxemburgo. Emitido na (em) Europa (ex-Suíça) pelo BNY Mellon Fund Management (Luxemburgo) S.A. (BNY MFML), uma sociedade anónima (société anonyme) constituída e existente segundo as leis do Luxemburgo sob o número de registo B28166 e tendo o seu endereço registado em 2-4 Rue Eugène Ruppert L-2453 Luxemburgo. O BNY MFML é regulado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). 351900 Exp. 21/07/21 T9619 03/21
PANORAMA BARÓMETRO
DESCUBRA OS FUNDOS COM SELO São produtos que contam com a preferência dos analistas, se destacam pela sua consistência ou por serem blockbuster.
um mercado como o português, que conta com mais de 2.555 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Selo FundsPeople 2021. São 557 produtos com selo, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:
N
DA Favoritos dos Analistas. Fundos que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este selo.
D B Blockbuster.
São os ‘super-vendas’ do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: cerca de 405 fundos alcançam esta classificação.
tegoria, a partir da base da Morningstar Direct, com referência ao final do último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise. De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no se-
gundo, dados individuais dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 213 fundos com classificação Consistente FundsPeople. Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.
PRODUTOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 FUNDO Acatis Gané Value Event Fonds BlackRock Global Funds - World Technology Fund BlueBay Funds - BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond F. Brown Advisory US Equity Growth Flossbach von Storch - Bond Opportunities JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund
CATEGORIA Moderate Allocation Technology Sector Equity Europe Fixed Income US Equity Large Cap Growth Global Fixed Income Global Emerging Markets Equity
Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond
Global Fixed Income
MFS Meridian Funds - European Value Fund
Europe Equity Large Cap
MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund
Aggressive Allocation
Morgan Stanley Investment Funds - Asia Opportunity Fund
Asia ex-Japan Equity
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond
Flexible Allocation Europe Fixed Income
DC Consistentes. A equipa de Aná-
Nordea 1 - Global Climate and Envir. Fund
Global Equity Mid/Small Cap
lise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada ca-
Oddo BHF Avenir Europe
Europe Equity Mid/Small Cap
18 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Pictet-Multi Asset Global Opportunities
Cautious Allocation
PIMCO GIS Income Fund
Global Fixed Income
Schroder Internat. Sel. F. EURO Corp. Bond
Europe Fixed Income
Dívida corporativa dos mercados emergentes: desconstruir mitos
DIOGO GOMES
Senior CRM UBS AM Iberia
A dívida corporativa dos mercados emergentes é relativamente recente. Na verdade, os índices da J.P.Morgan que cobrem esta classe de ativos só aparecem nas últimas duas décadas. Esta classe de ativos faz lembrar a história do irmão mais novo que cresceu, tornou-se mais forte e mais resistente, mas que vive na sombra do irmão mais velho, a dívida soberana. Chegou a altura de desconstruir os principais mitos sobre esta classe ativos:
Não se pode chamar “nicho” a um mercado que inclui no seu universo emissões de algumas das maiores empresas do mundo. Tais como o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), o maior banco do mundo com 4,3 biliões de USD em ativos, quase o dobro do JP Morgan Chase, e do Saudi ARAMCO, o maior produtor mundial de petróleo. Gigantes da Internet como Baidu, Alibaba e Tencent, bem como a Teva Pharmaceuticals, a maior fabricante mundial de medicamentos genéricos, emitem obrigações neste mercado.
MITO 1: A DÍVIDA CORPORATIVA DOS MERCADOS EMERGENTES É UMA CLASSE DE ATIVO “NICHO”. Este mito podia ser verdade há uma década, mas entre 2009 e 2019, o volume da dívida corporativa dos mercados emergentes cresceu 294%. Atualmente, a dívida corporativa dos mercados emergentes denominada em USD, representa uma classe de ativos de 2,5 biliões de USD, duas vezes o tamanho do mercado “High Yield” dos EUA, o dobro do mercado de dívida soberana dos mercados emergentes, equivalente ao mercado europeu de dívida corporativa de qualidade creditícia “Investment Grade”.
MITO 2: NOS MERCADOS EMERGENTES, A DÍVIDA CORPORATIVA É MAIS ARRISCADA DO QUE A SOBERANA. Os dados sugerem justamente o contrário. Os investidores em obrigações dos mercados emergentes estão sujeitos essencialmente a dois riscos: crédito e duração. Em termos de duração, a dívida soberana tende a ser mais longa. O JPM EMBI Global Diversified Index, que representa a dívida soberana dos mercados emergentes denominada em USD, tem uma duração de 8,3 anos, o seu equivalente para a dívida corporativa, o JPM
GROWTH IN EM EXTERNAL CORPORATE DEBT STOCK (2008-2020, USD MILLION) 3.000 2.000 1.000
561
605
709
2009
2010
860
1.106
1.379
1.634
1.692
1.814
2014
2015
2016
2.075
2.161
2017
2018
2.383
2.513
0 2008
2011
2012
2013
2019
2020
FUENTE: JP MORGAN. DATA AS OF DECEMBER 2020. 1 SOURCE: JP MORGAN, SIFMA. DATA AS OF JUNE 2020 2 SOURCE: JP MORGAN. DATA AS OF JUNE 2020
AVERAGE CREDIT QUALITY OF EM CORPORATE BONDS VERSUS EM SOVEREIGN BONDS A ABBB+ BBB BBBBB+ BB BBB 2016
2017
2018
2019
BBB- RATING AND ADOVE FOR INVESTMENT GRADE QUALITY EM CORPORATE BONDS
EM SOVEREIGN BONDS
2020
2021
CEMBI Diversified Index, tem uma duração de 5,1 anos. Do ponto de vista do risco de crédito, a dívida corporativa é essencialmente classificada como de qualidade creditícia “Investment Grade”, enquanto que a dívida soberana dos mercados emergentes tem oscilado entre “Investment Grade” e “High Yield”. No início da crise da pandemia global COVID-19, quando os spreads se alargavam, a um maior ritmo do que tínhamos assistido na Crise Financeira Global, a dívida corporativa dos mercados emergentes teve um melhor desempenho do que praticamente todas as classes de ativos comparáveis, com uma exceção, a dívida corporativa americana “Investment Grade” que teve um apoio fiscal direto da Reserva Federal. Por último, a dívida corporativa dos mercados emergentes tem historicamente uma menor taxa de incumprimento que a dívida soberana. MITO 3: A QUALIDADE CREDITÍCIA DE UMA OBRIGAÇÃO DE UMA EMPRESA DE UM MERCADO EMERGENTE ESTÁ RELACIONADA COM O PAÍS EM QUE ESSA EMPRESA ESTÁ DOMICILIADA. Isso é só parcialmente correto. Existem vários fatores que determinam até que ponto um emissor corporativo pode desviar-se do país soberano subjacente. Por exemplo, de acordo com a Fitch Ratings, fatores como a proporção do EBITDA que provém de fontes estrangeiras versus fontes locais, a importância estratégica da empresa para o país e a forma como está legalmente constituída ajudam a determinar até que ponto existe uma “restrição país”. Por exemplo, a FEMSA, uma empresa de bebidas, e América Móvil, uma operadora de telecomunicações, estão ambas domiciliadas no México. Por causa da grande diversificação dos seus negócios e da sua presença global, os respetivos ratings de crédito destes emissores são de “A” e “A-”, respetivamente, em comparação com o rating soberano do México que é de “BBB-”. Não há dúvida que a dívida corporativa dos mercados emergentes madurou e tornou-se uma classe de ativos por direito próprio. Na nossa opinião, esta é uma classe de ativos que representa uma melhor opção que a dívida soberana dos mercados emergentes ou a dívida corporativa de mercados desenvolvidos, uma boa alternativa para quem procura o desejável trinómio: qualidade acima da média, risco moderado de duração e um maior rendimento.
PANORAMA BARÓMETRO
OS FUNDOS INTERNACIONAIS ‘SUPER-VENDAS’ NA PENÍNSULA IBÉRICA Para ter o selo de Blockbuster (B), os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras.
01 FIXED INCOME
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02 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS
500 1.000 BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR DWS FLOATING RATE NOTES LC MUZINICH ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A CARMIGNAC PF SÉCURITÉ F EUR ACC MS INVF EURO CORPORATE BOND I FIDELITY EURO SHORT TERM BOND Y-ACC-EUR JUPITER DYNAMIC BOND I EUR Q INC AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR PIMCO GIS INCOME INSTITUTIONAL USD ACC SCHRODER ISF EURO CORP BD I ACC EUR UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BI EUR MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I FVS BOND OPPORTUNITIES IT GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING B. USD C VONTOBEL EUR CORP BD MID YLD B EUR AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD JPM US AGGREGATE BOND D (ACC) USD JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD CARMIGNAC PF UNCONS EURO FI F EUR ACC GS EM MKTS DBT BASE ACC USD NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED B. BP EUR AXAWF EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR JANUS HENDERSON HRZN E. CORP BD I2 EUR INVESCO EURO SHORT TERM BOND C EUR ACC JPM GLOBAL STRAT BD A PERF (ACC) EURH MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD NEUBERGER BERMAN SHRT D. DBTUSD I ACC NN (L) US CREDIT P CAP USD INVESCO EURO CORPORATE BOND C EUR ACC PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC VONTOBEL TWENTYFOUR STRAT. HI HDG EUR MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I ALLIANZ ENHANCED SHRT TRM EURO I13 EUR GS EM CORP BD I ACC USD BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC ROBECO EURO CREDIT BONDS FH € CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH SLI EUROPEAN CORPORATE BD D ACC EUR JPM GLOBAL SHORT DURAT. BD A(ACC)EURH PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I USD MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z
DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR SC JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR BSF FIXED INCOME STRATEGIES I2 EUR PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR JANUS HENDERSON UK ABS RET R£ ACC JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN D2 EUR INVESCO PAN EUROPEAN HI INC C EUR ACC BGF GLOBAL ALLOCATION A2 NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR M&G (LUX) OPTIMAL INCOME C EUR ACC PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION C EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA I EUR MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 EUR MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE IT BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR MAN GLG ALPHA SELECT ALT ILH EUR ACC BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC
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500 1.000 SCHRODER ISF EURO CRDT CON. C ACC EUR JPM EU GOVERNMENT BOND C (ACC) EUR INVESCO GLOBAL TTL RET EUR BD C EUR ACC AS SICAV I EM CORP BD X ACC USD EDRF BOND ALLOCATION A EUR ACC BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD B EUR INVESCO GLOBAL INV GRD COR. C EURH ACC JPM INCOME A (ACC) USD FIDELITY US DOLLAR BOND A-DIS-USD AB AMERICAN INCOME C INC BGF US DOLLAR BOND A2 USD AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS BGF EURO BOND A2 EUR MUZINICH EUROPEYIELD HEUR ACC S FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD Y-ACC-EUR H NN (L) GREEN BOND I CAP EUR SCHRODER ISF EURO BOND I ACC EUR TEMPLETON GLOBAL BOND W(MDIS)USD SLI EUROPEAN CORPORATE BD SRI D ACC EUR JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2 USD BGF EURO CORPORATE BOND A2 EUR AMUNDI FDS EURO CORP BD I EUR C AMUNDI FDS PIONEER US BD A2 USD C NORDEA 1 - EMERGING MARKET BOND BP EUR BNP PARIBAS EURO MEDIUM TERM BD C C MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR H.ACC S FRANKLIN EUROPEAN TTL RET W(ACC)EUR NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT S ACCEUR AMUNDI FDS EM MKTS BD C EUR C BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR GS GLBL HI YLD BASE INC USD GS GLOBAL FIXED INC (HDG) I INC EUR UBAM DYNAMIC EURO BOND AC EUR BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C ALLIANZ EURO OBLIG COURT TERME ISR I C/D DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC ALLIANZ EURO CREDIT SRI IT EUR PICTET-USD SHORT MID-TERM BONDS I VONTOBEL TTFR ABS RET CRDT HI HDG EUR FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD CANDRIAM SST BD GLBL HIYLD I € ACC DWS INVEST ASIAN BONDS USD IC JPM EMERG MKTS CORP BD A (ACC) USD DWS INVEST EURO-GOV BONDS FC UBAM ABS RET LOW VOL FXD INC IPC EUR
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FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)EUR-H1 PICTET TR - ATLAS I EUR FIDELITY GLOBAL MLT AST INC A-ACC-USD NINETY ONE GSF GLB MA INC I ACC USD FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL RU-C FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II IT JPM GLOBAL CONVERT (EUR) D (ACC) EUR CANDRIAM RISK ARBITRAGE C PICTET TR - AGORA I EUR CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR LEGG MASON WA MCR OPPBD PR USD ACC MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR MAN AHL TARGETRISK I USD ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15 IT EUR BSF AMERICAS DIV EQ ABS RET D2 EUR H SCHRODER GAIA EGERTON EQ I ACC EUR UBS (LUX) SF BALANCED (EUR) Q-ACC ALLIANZ STRATEGY 15 IT EUR
■■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■
500 1.000
20 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
500 1.000 MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD ACC R VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD FIDELITY EUROPEAN HI YLD Y-EUR MUZINICH AMERICAYIELD HEUR ACC R MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z TEMPLETON GLOBAL TTL RET W(ACC)USD ALLIANZ FLOATING RATE NOTES+ I EUR FRANKLIN US GOVERNMENT W(MDIS)USD NINETY ONE GSF EM LCL CCY DBT I ACC EUR ODDO BHF EURO CREDIT SHORT DUR DP-EUR BGF FIXED INCOME GLOBAL OPPS D2 EUR HDG SCHRODER ISF EM DBT ABS RT I ACC USD MS INVF EURO STRATEGIC BOND I THREADNEEDLE (LUX) EUROPEAN STRAT BD AE AMUNDI FDS PINR STRAT INC A USD C AMUNDI RSPNB INVESTING IMP GR BDS DP C AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP EUR H AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD CARMIGNAC PF UNCONS CREDIT A EUR ACC EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC EVLI SHORT CORPORATE BOND B GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC LAZARD CREDIT FI PVC EUR M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC M&G (LUX) EURO CORP BD CI EUR ACC MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR PIMCO GIS CAPITAL SCS INSTL USD ACC PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC PIMCO GIS DYNAMIC BD INSTL ACC PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC PIMCO GIS EM MKTS BD INSTL USD ACC PIMCO GIS EURO BOND INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO CREDIT INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO INCOME B. INSTL EUR ACC PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC PIMCO GIS TTL RET BD INSTL USD ACC PIMCO GIS US HI YLD BD INSTL USD ACC T. ROWE PRICE DYN GLB BD IH GBP UBAM EURO CORPORATE IG SOLUTION IC EUR UBAM MEDIUM TERM US CORP. BD AC USD
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MAN GLG INNOVATION EQ ALT IN USD ACC JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD UBS (LUX) SF YIELD (EUR) Q-ACC ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 IT EUR BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR EDRF INCOME EUROPE IA EUR SCHRODER GAIA SIRIOS US EQ E ACC EUR HDG AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV M2 EUR C AMUNDI RENDEMENT PLUS I C EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC FVS MULTI ASSET - BALANCED IT LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR ACC NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS GBP I5 ACC OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
500 1.000
500 1.000
03 AÇÕES
500 1.000
■■■■■■■■■■ ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS D € ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL BRANDS A ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL OPPORTUNITY Z ■■■■■■■■■■ MS INVF US ADVANTAGE I ■■■■■■■■■■ CAPITAL GROUP NEW PERS (LUX) ZL ■■■■■■■■■■ FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY Y-DIS-EUR ■■■■■■■■■■ ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH IT EUR FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■■■■■ MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR ■■■■■■■■ ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC WT4 EUR ■■■■■■■■ FRANKLIN TECHNOLOGY W ACC USD ■■■■■■■■ NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR ■■■■■■■■ ROBECO BP US PREMIUM EQUITIES IH € ■■■■■■■ SCHRODER ISF EM MKTS I ACC USD ■■■■■■■ VONTOBEL US EQUITY I USD ■■■■■■■ BGF WORLD TECHNOLOGY A2 USD ■■■■■■■ PICTET-SECURITY I USD ■■■■■■■ FIDELITY CHINA CONSUMER Y-ACC-USD AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ FIDELITY INSTL EURP LARGERCOMS R-ACC-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ PICTET - ROBOTICS I EUR ■■■■■■ INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC ■■■■■■ INVESCO JAPANESE EQ ADV A JPY ACC ■■■■■■ AMUNDI FDS PINR US EQFDM GR A EUR C INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ FRANKLIN US OPPORTUNITIES W(ACC)USD JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR ■■■■■■ BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2 EUR ■■■■■■ SEILERN WORLD GROWTH CHF H R ■■■■■■ PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL I EUR ■■■■■■ UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) Q USD ACC ■■■■■■ JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD ■■■■■■ MS INVF US GROWTH I ■■■■■ DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST W CAP ■■■■■ VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS I USD ■■■■■ FIDELITY EM MKTS Y-DIST-USD ■■■■■ MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z ■■■■■ BROWN ADVISORY US EQ. GROWTH $ P ACC ■■■■ PICTET-DIGITAL PUSD ■■■■ SCHRODER ISF EURO EQUITY I ACC EUR ■■■■ SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS I ACC USD MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■■ MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD ■■■■ GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ GBP ACC ■■■■ ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR CREDIT SUISSE (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY ■ ■ ■ ■ ■■■■ CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC ■■■■ PICTET-WATER I EUR ■■■■ PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS I EUR ■■■■ DWS INVEST TOP DIVIDEND IC BGF NEXT GENERATION TECHNOLOGY I2 USD ■ ■ ■ ■ ■■■■ AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY A EUR C ■■■■ GS EM CORE® EQ I ACC USD CLOSE MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■ JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD ■■■ JPM EUROPE STRATEGIC VALUE C (DIST) EUR ■■■ JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR ■■■ BNP PARIBAS AQUA C C ■■■ GS US CORE® EQUITY BASE ACC USD SNAP
500 1.000 SCHRODER ISF EMERGING ASIA I ACC EUR BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC JPM GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD PICTET-CLEAN ENERGY I USD PICTET-USA INDEX P USD THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS ZU BGF SUSTAINABLE ENERGY D2 JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD LM CLEARBRIDGE INFRAS VAL PR EUR ACC CANDRIAM EQS L BIOTECH R USD CAP BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C C JANUS HENDERSON HRZN GLBTECH. H2USD GS JAPAN EQUITY BASE ACC JPY SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ I ACC USD FIDELITY WORLD Y-DIS-EUR POLAR CAPITAL GLOBAL TECH INC AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) EUR PICTET-EUROPE INDEX P EUR FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD C (DIST) EUR AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C AB AMERICAN GR PTF C ACC LEGG MASON CB US LG CP GR X USD ACC M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI EUR ACC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR MS INVF GLOBAL PROPERTY I SCHRODER ISF JAPANESE EQ I ACC JPY BGF WORLD MINING D2 JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSI2USD JPM US VALUE A (DIST) GBP DWS DEUTSCHLAND IC FIDELITY GLOBAL DIVIDEND Y-ACC-USD JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF USD PICTET-NUTRITION I EUR FRANKLIN INDIA I(ACC)USD AB SUSTAINABLE GLB TMTC AXXUSDACC CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR UBS (LUX) EF GREATER CHINA (USD) Q AB EUROZONE EQ PTF IX ACC DWS INVEST GLOBAL INFRAS FC ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH IT EUR JUPITER EUROPEAN GROWTH D EUR ACC BGF WORLD GOLD A2 USD JPM GLOBAL FOCUS D (ACC) EUR PICTET-JAPANESE EQUITY OPPS PJPY GS GLOBAL CORE® EQ I INC USD SNAP NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P CAP USD AB INTERNATIONAL HC AX USD ACC THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH AU USD GS EMERGING MARKETS EQ BASE ACC USD TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD FIDELITY ASIA FOCUS Y-DIS-USD SCHRODER ISF CHINA OPPS I ACC USD BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C FIDELITY AMERICA A-DIS-USD
■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
500 1.000
■ JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD ■ GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND H2 EUR ■ BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2 EUR ■ ■ DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND IC ■ SCHRODER ISF US LARGE CAP I ACC USD ■ EDRF BIG DATA N EUR ■ JPM CHINA A (DIST) USD MIRABAUD SUSTAINABLE GLBL FCS A USD ACC ■ UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC USD ■ ■ ALLIANZ THEMATICA WT4 EUR ■ SCHRODER ISF ASIAN TTL RET C ACC USD ■ BNP PARIBAS SMART FOOD I CAP ■ FIDELITY EUROPEAN GROWTH Y-DIS-EUR JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO A2 USD ■ ■ BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR ■ ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD ■ FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-USD ■ AS SICAV I ASIA PAC EQ X ACC USD ■ BGF EURO-MARKETS A2 EUR ■ VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY B EUR ■ INVESCO PAN EUR STRUCTEQ C EUR ACC LEGG MASON CB US EQ SUST L. PR EURHACC ■ ■ ODDO BHF AVENIR EURO CR-EUR JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH C (DIST) EUR ■ ■ MS INVF GLOBAL QUALITY Z ■ PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR ■ AS SICAV I CHINA A SHARE EQ I ACC USD ■ FIDELITY EUROPEAN LGR COMS Y-DIS-EUR ■ AS SICAV I EUROPEAN EQ A ACC EUR ■ CAPITAL GROUP INV CO OF AMER(LUX) Z ■ LEGG MASON RY US SMCP OPP X USD ACC ■ UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ Q-ACC ■ INVESCO ASIA CONSUMER DEM. C USD ACC ■ PICTET SMARTCITY I EUR ■ UBS (LUX) ES L/T THMS $EUR H P ■ AS SICAV I JAPANESE EQ X ACC JPY ■ ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE B EUR ■ BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D ■ BNP PARIBAS US SMALL CAP CLASSIC R ■ CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC ■ JPM EUROLAND EQUITY C (DIST) EUR ■ AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC ■ ■ AXAWF FRAM ROBOTECH I CAP USD AXAWF FRAMLINGTON DGTL E. I CAP EURHDG ■ ■ BROWN ADVISORY US SUST GR USD C ACC CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE F EUR ACC ■ ■ ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC LAZARD GLOBAL LSTD INFRAS EQ A ACC EUR H ■ MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ I USD ■ ■ MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ I USD CAP NEUBERGER BERMAN US MLTCP O. USD1 IACC ■ ■ NORDEA 1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR ■ POLAR CAPITAL BIOTECH S INC ■ POLAR CAPITAL NORTH AMERICAN S ■ T. ROWE PRICE US EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD TEMPLETON GLB CLIMATE CHANGE A(YDIS)EUR ■
Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.
OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2021 Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO Jupiter Dynamic Bond (25) Morgan Stanley US Advantage Fund (16) Morgan Stanley Global Opportunity (15) Robeco Global Consumer Trends (13) Capital Group New Perspective Fund (12) Fundsmith Equity (9) Flossbach von Storch Bond Opportunities II (9) PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund (9) MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund (8) Seilern World Growth (8) T. Rowe Price Japanese Equity Fund (8) DPAM Equities NewGems Sustainable (7)
CATEGORIA Obrigações Ações Ações Ações Ações Ações Obrigações Multiativos Multiativos Ações Ações Ações
FUNDO Flossbach von Storch Multiple Opportunities II (7) BMO Real Estate Equity Market Neutral (7) Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund (7) Morgan Stanley INVF US Growth Fund (7) Acatis Gane Value Event Fonds (6) Brown Advisory US Equity Growth (6) Allianz Global Artificial Intelligence (6) BlackRock BGF World Technology Fund (6) JP Morgan Emerging Market Equity (6) BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond Fund (5) Eleva Absolute Return Europe (5) Eleva European Selection (5)
CATEGORIA Multiativos Alternativos Ações Ações Multiativos Ações Ações Ações Ações Obrigações Alternativos Ações
FUNDO Fidelity Funds European Dynamic Growth (5) MFS Meridian European Value (5) Oddo Avenir Europe (5) Ruffer Total Return International (5) Schroder EUR Corporate Bond (5) Vontobel MTX Sustainable Emerging Mark. Lead. (5) BlackRock BSF European Absolute Return (5) BlackRock BSF Global Event Driven (5) Brown Advisory US Sustainable Growth Fund (5) Fidelity Funds Euro Short Term Bond (5)
CATEGORIA Ações Ações Ações Multiativos Obrigações Ações Alternativos Alternativos Ações Obrigações
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 21
PANORAMA FÓRUM APFIPP
TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PATRIMÓNIO
FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
16000
PATRIMÓNIO 400 300 200 100 0 -100 -200 -300 -400 -500 -600
14750
13500
12250
11000
FEVEREIRO 2020
FEVEREIRO 2021
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2200
150 120
1925
90 60
1650
30 0
1375
-30 -60
1100
-90
FEVEREIRO 2020
FEVEREIRO 2021
A GESTÃO DE ATIVOS E AS
FINANÇAS SUSTENTÁVEIS O investimento sustentável não constitui uma novidade introduzida pelos recentes Regulamentos Europeus, mas encerra em si um conjunto relevante de desafios para os investidores profissionais. 22 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
uito se tem escrito e falado ultimamente, no âmbito da gestão de ativos e de fundos de pensões, sobre finanças sustentáveis, fatores e riscos ESG e, sobretudo, sobre os Regulamentos UE 2019/2088 e 2020/852, relativos, respetivamente, à divulgação de informações relacionadas com a sustentabilidade no sector dos serviços financeiros (SFDR no acrónimo inglês), e ao estabelecimento de um regime para a promoção do investimento sustentável (comummente designado por Taxonomia). O investimento sustentável, contudo, não constitui uma novidade introduzida pelos mencionados regula-
M
mentos europeus. De facto, há muito que existem instrumentos e serviços financeiros desenhados com políticas e decisões de investimento baseados em critérios éticos, sociais e/ou ambientais que têm vindo a ser disponibilizados um pouco por todo o mundo, a par de outras iniciativas e standards, de que são exemplos os Princípios para o Investimento Responsável, das Nações Unidas (UN-PRI), criados em 2006, ou mais recentemente, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela ONU, em 2015, no âmbito da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Dados recentemente divulgados pela EFAMA – European Fund and Asset Management Association, reve-
FUNDOS DE OBRIGAÇÕES PATRIMÓNIO
FUNDOS MISTOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2500
120
PATRIMÓNIO
FUNDOS DE AÇÕES CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
6000
200
90
150
60
100
30
5000
50
1500
FEVEREIRO 2020
4000
-100
-90
-150
-120
-200
-150
FEVEREIRO 2021
lam um crescimento sustentado do número de Fundos ESG (Environmental, Social and Governance) na Europa, atingindo um total de 2.873, no final de 2020, e uma subida significativa dos seus montantes sob gestão, especialmente em 2019 e 2020, em que cresceram, respetivamente, 40,7% e 37,1%, atingindo, no final do ano passado, um montante global de 1,2 biliões de euros.
DESAFIOS Não sendo um tema novo, as Finanças Sustentáveis encerram em si um conjunto relevante de desafios para os investidores profissionais, na medida em que, enquanto agentes de financiamento da economia, têm um papel determinante na canalização dos valores que lhes são confiados, para empresas e projetos que contribuam para os objetivos definidos na Agenda 2030, ou seja, “a transição para uma economia hipocarbónica, mais sustentável, eficiente em termos de recursos e circular”. É, hoje, absolutamente claro para os gestores de ativos financeiros que os riscos ambientais, sociais e de governação empresarial (ESG na terminologia anglo-saxónica) devem ser devidamente ponderados nas decisões de investimento, como se de outro risco de mercado se tratasse. Exemplo recente desta necessidade, é
2500
60 40 20
2000
0 -20
-50
-30 -60
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
0
0
2000
PATRIMÓNIO
3000
-250
FEVEREIRO 2020
FEVEREIRO 2021
o escândalo relacionado com a manipulação dos resultados das emissões de gases poluentes, protagonizado por alguns dos maiores construtores automóveis mundiais, que implicou perdas muito significativas para as empresas e para os seus investidores. Não se pense que o novo enquadramento europeu vem impor que as decisões de investimento se pautem por critérios ESG e pela prossecução de um ou mais dos 17 ODS. O que este quadro regulatório vem impor é que os riscos em matéria de sustentabilidade sejam devidamente integrados nos processos de tomada de decisões de investimento e, essencialmente, que a informação prestada aos investidores seja verdadeira e completa, no sentido de identificar de que forma tal integração é realizada e, também, se são tidos em consideração os principais impactos negativos nos fatores de sustentabilidade que resultem das decisões de investimento adotadas.
-40
1500
-60 -80
1000
-100
FEVEREIRO 2020
FEVEREIRO 2021
O QUE ESTE QUADRO REGULATÓRIO VEM IMPOR É QUE OS RISCOS EM MATÉRIA DE SUSTENTABILIDADE SEJAM DEVIDAMENTE INTEGRADOS NOS PROCESSOS DE TOMADA DE DECISÕES DE INVESTIMENTO
MAIS RIGOR A Taxonomia da UE e o SFDR visam, particularmente, eliminar comportamentos de greenwashing, em que existe uma apropriação indevida do label ESG (entre outros similares) para promover instrumentos financeiros como sendo sustentáveis, sem uma atuação consentânea em matéria de política e decisões de investimento. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 23
PANORAMA FÓRUM APFIPP
Assim, e para além de deveres de informação que se aplicam a quaisquer gestores de ativos, o SFDR, em concreto, estabelece critérios mais rigorosos para produtos que promovam características ambientais e/ou sociais e que respeitem as práticas de boa governação (os chamados produtos Artigo 8.º) e para os produtos financeiros que prossigam objetivos de investimento sustentável (os designados produtos Artigo 9.º). O mencionado Regulamento entrou em vigor no passado dia 10
ENCONTRAM-SE POR DEFINIR AS NORMAS TÉCNICAS DE EXECUÇÃO
AS GESTORAS EM FEVEREIRO DE 2021
ORGANIMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
(Dados em Milhões de euros) GESTÃO DE PATRIMÓNIOS
FEVEREIRO 2021
BMO Portugal Caixa Gestão de Ativos Santander Asset Management GNB - SGP BPI Gestão de Activos Montepio Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest Bankinter G. Activos - Suc. Portugal Optimize Investment Partners Dunas Capital - Gestão de Activos LYNX Asset Managers Total
14.489,92 9.690,40 5.680,65 4.926,50 3.536,45 1.617,46 1.306,47 595,94 95,86 26,37 17,52 41.983,53
QUOTA (%) 34,51 23,08 13,53 11,73 8,42 3,85 3,11 1,42 0,23 0,06 0,04
DEZEMBRO 2020 14.762,92 9.791,52 5.795,08 5.136,82 3.453,23 1.607,07 1.367,44 564,55 90,16 23,18 7,02 42.598,98
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
34,66 22,99 13,60 12,06 8,11 3,77 3,21 1,33 0,21 0,05 0,02
-1,85 -1,03 -1,97 -4,09 2,41 0,65 -4,46 5,56 6,31 13,75 149,53 -1,44
Nota: Amostra = 87,2% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em Dezembro de 2020)
FUNDOS DE PENSÕES Ageas Pensões CGD Pensões BPI Vida e Pensões GNB - SGFP S.G.F.P. Banco de Portugal Futuro Santander Pensões BBVA Fundos Real Vida Seguros SGF Previsão Victoria - Seguros de Vida Total
DEZEMBRO 2020 6.427,66 4.434,82 3.160,32 2.463,10 2.108,48 1.829,83 1.143,83 569,96 240,24 87,75 79,86 16,30 22.562,16
QUOTA (%) 28,49 19,66 14,01 10,92 9,35 8,11 5,07 2,53 1,06 0,39 0,35 0,07
DEZEMBRO 2019 5.975,90 4.099,88 3.095,33 2.340,93 2.048,88 1.723,12 1.161,31 506,94 251,23 79,60 79,45 16,58 21.379,13
QUOTA (%)
VAR. (%) 2020
27,95 19,18 14,48 10,95 9,58 8,06 5,43 2,37 1,18 0,37 0,37 0,08
7,56 8,17 2,10 5,22 2,91 6,19 -1,51 12,43 -4,37 10,24 0,52 -1,70 5,53
Nota: Amostra = 97,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em Dezembro 2020) * - Dados Provisórios (Fonte: ASF)
24 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Interfundos Square Asset Management GNB Real Estate Caixa Gestão de Ativos Norfin BPI Gestão de Activos Montepio Valor Silvip SFS - Gestão de Fundos GEF Santander Asset Management LYNX Asset Managers Imofundos Libertas Insula Capital Fundiestamo Institutional Investment * Fidelidade - SGOIC First Fund Box * Violas Ferreira - SICAFI, SA * Profile TF Turismo Fundos Atlantic Imopolis ECS - SGFII Refundos Vila Gale Gest Gesfimo - Espírito Santo Irmãos Crédito Agrícola Gest Imorendimento Floresta Atlântica Invest Gestão de Activos Silar - SICAFI, SA * Total
de março, mas o quadro regulatório ainda não está completo. Neste quadro, encontram-se por definir as normas técnicas de execução (RTS) essenciais para a correta aplicação das medidas de nível 1 contidas no SFDR, por exemplo, em matéria de definição dos indicadores de sustentabilidade para aferição e divulgação dos Principais Impactos Negativos, ao abrigo do artigo 4.º do SFDR, ou ainda em matéria da divulgação de informação que é exigida, ao nível
FEVEREIRO 2021 1.245,05 1.164,26 1.060,43 931,66 555,67 527,74 430,96 413,84 397,71 372,29 368,57 353,70 293,55 287,59 276,81 276,14 256,21 245,43 189,29 170,27 167,72 160,05 129,96 104,02 102,90 81,76 60,95 58,40 31,31 31,09 24,28 17,21 12,08 10.798,89
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
FEVEREIRO 2021
Caixa Gestão de Ativos IM Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Santander Asset Management GNB Fundos Mobiliários Bankinter Gest. Activos - Suc. Portugal Montepio Gestão de Activos Optimize Investment Partners Invest Gestão de Activos Dunas Capital - Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest LYNX Asset Managers BIZ Capital - SGOIC Casa de Investimentos - GPFIM Sixty Degrees -SGFIM GFM Capital - SICAF IAF Total
5.068,63 3.332,35 2.800,45 2.688,24 667,08 210,90 156,29 147,94 124,88 36,89 19,97 17,24 14,98 9,01 8,55 5,43 15.308,82
QUOTA (%) 11,53 10,78 9,82 8,63 5,15 4,89 3,99 3,83 3,68 3,45 3,41 3,28 2,72 2,66 2,56 2,56 2,37 2,27 1,75 1,58 1,55 1,48 1,20 0,96 0,95 0,76 0,56 0,54 0,29 0,29 0,22 0,16 0,11
QUOTA (%) 33,11 21,77 18,29 17,56 4,36 1,38 1,02 0,97 0,82 0,24 0,13 0,11 0,10 0,06 0,06 0,04
DEZEMBRO 2020 1.269,80 1.148,07 1.066,43 931,22 551,74 531,68 424,03 405,94 394,20 376,37 418,17 352,74 296,58 285,30 274,71 274,32 255,31 242,64 188,57 175,64 198,33 161,46 128,35 103,17 102,95 42,03 61,93 57,43 31,55 31,06 24,33 17,22 12,06 10.835,34
DEZEMBRO 2020 4.798,01 3.200,07 2.741,19 2.558,42 664,71 191,60 158,66 144,66 115,02 37,84 20,03 16,75 3,92 5,70 7,04 5,20 14.668,82
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
11,72 10,60 9,84 8,59 5,09 4,91 3,91 3,75 3,64 3,47 3,86 3,26 2,74 2,63 2,54 2,53 2,36 2,24 1,74 1,62 1,83 1,49 1,18 0,95 0,95 0,39 0,57 0,53 0,29 0,29 0,22 0,16 0,11
-1,95 1,41 -0,56 0,05 0,71 -0,74 1,63 1,95 0,89 -1,08 -11,86 0,27 -1,02 0,80 0,76 0,67 0,35 1,15 0,38 -3,06 -15,43 -0,88 1,25 0,83 -0,05 94,52 -1,59 1,70 -0,79 0,09 -0,21 -0,03 0,17 -0,34
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
32,71 21,82 18,69 17,44 4,53 1,31 1,08 0,99 0,78 0,26 0,14 0,11 0,03 0,04 0,05 0,04
5,64 4,13 2,16 5,07 0,36 10,07 -1,50 2,27 8,57 -2,50 -0,32 2,94 282,33 57,94 21,46 4,34 4,36
P
AR
P
R
TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE
dos sítios da internet, das informações pré-contratuais e dos relatórios periódicos, relativamente aos produtos “Artigo 8.º” e aos produtos “Artigo 9.º”. Adicionalmente, no que respeita ao Regulamento da Taxonomia, publicado em junho do ano passado, o mesmo veio especificar os critérios para determinar se uma atividade económica é qualificada como sustentável do ponto de vista ambiental e em que grau, Regulamento este que será, também,
ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros
1.500 1.250
complementado através de medidas de nível 2 e deverá, naturalmente, ser tido em consideração na aplicação do SFDR. O desafio é enorme, mas os gestores de ativos e de fundos de pensões nacionais estão seguramente empenhados em cumprir com as novas exigências, como o demonstra o facto de diversas Associadas da APFIPP serem signatárias dos UN-PRI ou mesmo do United Nations Global Compact. Bons Investimentos (sustentáveis)!
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
DESDE INÍCIO DO ANO
ÚLTIMOS 12 MESES
Caixa Gestão de Ativos
225,572
225,572
382,512
Santander Asset Management
130,860
130,860
187,222
124,567
124,567
717,551
BPI Gestão de Activos
71,887
71,887
113,891
Bankinter G. Activos - Suc. Portugal
18,743
18,743
48,191
BIZ Capital - SGOIC
11,284
11,284
14,972
IM Gestão de Ativos
Invest Gestão de Activos
9,558
9,558
31,157
GNB Fundos Mobiliários
6,864
6,864
67,154
Casa de Investimentos - GPFIM
2,902
2,902
8,543
Optimize Investment Partners
2,823
2,823
5,268
LYNX Asset Managers
0,177
0,177
2,921
Crédito Agrícola Gest
0,000
0,000
0,000 0,000
GFM Capital - SICAF IAF
0,000
0,000
Dunas Capital - Gestão de Activos
-0,663
-0,663
-5,817
Montepio Gestão de Activos
-3,540
-3,540
-27,760
Sixty Degrees -SGFIM Popular Gestão de Activos
1.000
JANEIRO E FEVEREIRO 2021
Total
n.a.
n.a.
n.a.
0,000
0,000
-5,553
601,034
601,034
1.540,252
* Não inclui as subscruções líquidas ocorridas em Dezembro de 2020
750 500 250 0
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO * F. Multi-Activos Defensivos
-500 -750 -1000 -1.250 -1.500
JANEIRO E FEVEREIRO 2021
DESDE INÍCIO DO ANO
ÚLTIMOS 12 MESES
211,190
211,190
418,863
Fundos PPR
146,943
146,943
452,790
Fundos de Curto Prazo Euro
122,349
122,349
343,347
81,043
81,043
219,426
Fundos Flexíveis
49,171
49,171
127,576
F. Multi-Activos Equilibrados
25,914
25,914
15,162
Outros FIA
3,892
3,892
-49,242
Outros F. Acções Internacionais
-250
JANEIRO E FEVEREIRO 2021
Fundos de Obrigações Internacional
3,464
3,464
-23,444
F. Acções da América do Norte
2,838
2,838
-39,817
F. Mercado Monetário Internacional
1,170
1,170
5,380
F. Multi-Activos Agressivos
1,160
1,160
-5,602
FIA Flexíveis
0,185
3,624
F. Obrigações Taxa Indexada Euro
0,185
0,185
-21,857
Fundos PPA
0,002
0,185
0,002
-0,160
FIA de Retorno Absoluto
0,000
0,000
-0,016
F. Acções da U.E., Suíça e Noruega
-0,221
-0,221
-17,868
Fundos de Acções Ibéricas
-0,375
-0,375
-2,847
FIA de Obrigações
-0,524
-0,524
-2,463
Fundos de Acções Sectoriais
-0,780
-0,780
-9,567
Fundos de Obrigações Euro
-2,536
-2,536
116,148
Fundos de Acções Nacionais
-7,022
-7,022
-8,315
F. Mercado Monetário Euro
-7,185
-7,185
179,750
Outros Fundos
-29,828
-29,828
-160,616
Total
601,034
601,034
1.540,252
* - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra = 99,95%)
BEGOÑA GOMEZ Responsável de Vendas, Invesco
O VALUE AINDA TEM UM LONGO CAMINHO A PERCORRER Passaram cinco meses desde que começou a rotação setorial a favor dos setores mais value do mercado. O início da campanha de vacinação provocou uma melhoria imediata das previsões económicas, o que se traduziu numa saída de capital das empresas growth em busca das valorizações mais atractivas que mostravam muitos setores value, mais dependentes do ciclo económico. Não é estranho pensar que no ranking de maiores revalorizações tanto desde novembro como já em 2021 destaquem setores como o bancário, energia e materiais (matérias-primas). A grande dúvida a partir de agora é se este movimento será sustentável. Pensamos que sim por várias razões. A primeira é que apesar do seu recente melhor comportamento, as valorizações das empresas value continuam em níveis que pensamos que são mais atrativos do que as growth. Segundo, porque estes setores continuam subponderados nas carteiras, que continuam a ter um excessivo viés a favor do growth que provavelmente vão compensar em algum momento para não ficarem muito atrasados face ao mercado. E, finalmente, porque acreditamos que os resultados corporativos em 2021 vão reforçar a nossa visão a favor do value graças às boas previsões dos setores favoráveis ao ciclo. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 25
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
ASIA FIXED INCOME Schroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD DWS Invest Asian Bonds USD IC Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc EMERGING MARKETS FIXED INCOME MFS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD Jupiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc GS EM Corp Bd I Acc USD GS Em Mkts Dbt Base Acc USD AS SICAV I Frntr Mkts Bd X Acc USD AS SICAV I EM Corp Bd X Acc USD Jupiter Global EM Sht Dur Bd I USD Acc Nordea 1 - Emerging Mkt Debt TR BC EUR PIMCO GIS Em Mkts Bd Instl USD Acc PIMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc JPM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc Neuberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C Pictet-Short Term Em Corp Bds I USD Candriam Sst Bd Em Mkts R $ Acc M&G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc JPM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH Nordea 1 - Emerging Market Bond BP EUR Vontobel Emerging Mkts Dbt I USD Amundi Fds Em Mkts Bd C EUR C Muzinich EmergingMktsShrtDur HEUR Acc S NN (L) Em Mkts Corp Dbt X Cap EUR H i Schroder ISF EM Dbt Abs Rt I Acc USD Capital Group EM Lcl Ccy Dbt(LUX) Z T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD Epsilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc Ninety One GSF EM Lcl Ccy Dbt I Acc EUR GAM Multibond Local Emerging Bond USD C BGF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 Ninety One GSF EM LclCcyTlRtDt S AccEUR EUROPE FIXED INCOME Carmignac Pf Credit A EUR Acc NB Obrigações Europa FIMAO NB Euro Bond BNP Paribas Euro High Yld Bd I C BlueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap Schroder ISF EURO Corp Bd I Acc EUR BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc BlueBay High Yield Bond R EUR Lazard Credit Fi SRI PVC EUR Schroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR Carmignac Pf Flexible Bond F EUR Acc Nordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR Allianz Euro Credit SRI IT EUR Fidelity European Hi Yld Y-EUR Franklin European Ttl Ret W(acc)EUR Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc JPM EU Government Bond C (acc) EUR MS INVF Euro Strategic Bond I Schroder ISF EURO Bond I Acc EUR BlueBay Investment Grade Bd B EUR T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR NN (L) Green Bond I Cap EUR Nordea 1 - European High Yld Bd BI EUR Muzinich Europeyield HEUR Acc S PIMCO GIS Euro Bond Instl EUR Acc Threadneedle (Lux) European Strat Bd AE DWS Invest Euro-Gov Bonds FC ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR Janus Henderson Hrzn Euro Corp Bd I2 EUR Vanguard € Govt Bd Idx € Acc Invesco Euro Corporate Bond C EUR Acc DWS Invest Euro Corporate Bds FC MS INVF Euro Bond I BNP Paribas Euro Government Bd Privl C MS INVF Euro Corporate Bond I Vanguard €z Infl-Lnkd Bd Idx € Acc Robeco Euro Credit Bonds FH € PIMCO GIS Euro Credit Instl EUR Acc Vontobel EUR Corp Bd Mid Yld B EUR
26 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 26-3-21
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
DABC DABC DABC
3,59 5,95
5,41 4,83 4,26
-2,71 -6,20 -0,55
6,66 9,12 6,31
USD USD EUR
Chow Yang Ang, Julia Ho Osvaldo Kwan, Henry Wong -
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
7,46
11,96 7,11 6,64 6,37 5,84 5,72 5,64 5,29 5,21 5,11 4,87 4,64 4,38 4,19 4,14 4,07 4,06 3,50 3,17 2,90 2,55 2,23 2,17 2,08 1,27 0,81 0,75 0,36 0,26 -2,06
-6,59 -3,02 -4,60 -8,74 -6,03 -6,92 -4,58 -6,10 -7,37 -7,43 -3,32 -6,50 -6,03 -7,89 -5,99 -8,59 -6,25 1,90 -9,65 -9,46 -7,25 3,92 2,41 -3,00 -6,21 -4,15 2,06 -4,64 -5,27 -6,98 -3,12
16,49 9,64 10,21 21,49 12,31 11,48 8,32 7,49 10,13 9,78 8,98 11,08 7,69 11,03 6,18 8,49 11,71 7,00 13,52 14,09 13,75 7,18 9,45 5,68 11,10 11,32 3,57 11,63 11,06 12,62
USD USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD USD EUR EUR USD EUR EUR EUR USD USD USD EUR EUR USD USD EUR
Ward Brown, Matthew W. Ryan Alejandro Arevalo Angus Bell Angus Bell — — Alejandro Arevalo Ida Andreasen, Thede Rüst, Anna Tandstad Ege Javier Romo, Pramol Dhawan, Michael A. Gomez Javier Romo, Yacov Arnopolin, Pramol Dhawan Pierre-Yves Bareau, Scott D. McKee Warren Mar, Jens Nystedt, Sahil Tandon, Budi Suharto, Bart van der Made, Nish Popat, Jennifer Gorgoll Rob Drijkoningen, Gorky Urquieta, Bart van der Made, Mike Reyes Luke Chua, Alain Nsiona Defise Magda Branet, Diliana Deltcheva, Christopher Mey Claudia Calich Pierre-Yves Bareau, Emil Babayev, Scott D. McKee Cathy L. Hepworth Wouter Van Overfelt, Luc D’hooge Ray Jian, Yerlan Syzdykov Warren Hyland Joep Huntjens, Martijn Kleiberg Abdallah Guezour Luis Freitas de Oliveira, Kirstie Spence, Robert H. Neithart Andrew J. Keirle Luca Sibani Antoon de Klerk, Werner Gey van Pittius Paul McNamara Sergio Trigo Paz, Michal Wozniak, Laurent Develay Antoon de Klerk, André Roux
11,00 6,53 6,49 4,64 4,43 4,37 4,30 4,18 4,12 4,09 4,07 4,05 4,02 3,85 3,69 3,66 3,63 3,61 3,52 3,51 3,39 3,38 3,35 3,34 3,34 3,33 3,28 3,22 3,17 3,14 3,07 2,85 2,82 2,73 2,72 2,63 2,58 2,58 2,48 2,46
11,09 4,35 1,42 7,37 3,25 6,81 3,95 0,77 7,09 5,48 4,29 9,08 3,74 3,00 4,66 3,59 1,48 -0,11 1,37 1,29 3,80 2,49 -1,04 4,12 3,33 0,23 5,07 -0,78 5,62 2,52 -0,64 1,91 1,96 -0,42 -1,03 2,40 1,53 2,07 -0,23 1,38
10,70 8,52 8,50 9,00 4,65 6,58 6,30 4,41 8,73 9,43 7,13 5,21 10,91 7,42 10,46 4,79 4,56 4,25 4,95 4,35 6,00 5,55 5,30 9,67 9,72 4,06 5,16 4,64 8,17 5,27 3,92 5,67 6,09 3,41 4,17 6,14 5,86 5,42 5,14 7,01
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Pierre Verlé, Alexandre Deneuville Vasco Teles Vasco Teles Olivier Monnoyeur, Gilles Caraguel Kaspar Hense, Mark Dowding Nicolas Jullien, Thomas Joret, Philippe Noyard Patrick Vogel Kaspar Hense, Mark Dowding Justin Jewell, Rajat Mittal François Lavier Patrick Vogel Guillaume Rigeade, Eliezer Ben Zimra Jacob Topp Hervé Dejonghe, Laetitia Talavera-Dausse Peter Khan, Andrei Gorodilov, James Durance Sonal Desai, Rod MacPhee, John W. Beck, David Zahn Iain T. Stealey, Séamus Mac Góráin Marco Spaltro, Richard Class, Richard Ford, Leon Grenyer James Ringer, Paul Grainger Andrzej Skiba, Thomas Moulds, Marc Stacey David X Stanley Alfred Meinema, Bram Bos, Jovita Razauskaite Torben Skødeberg, Laust Johnsen, René Kallestrup, Mikkel Sckerl, Thomas Samson Andrew Thomas Balls, Lorenzo Pagani, Andrew Bosomworth Ryan Staszewski Moritz Rieper, Ernest Maul, Jakob Fink, Ulrich Willeitner, Janis HECK, Frauke Wolkewitz, Alexis Renault Thomas Ross, Tim Winstone — Julien Eberhardt, Tom Hemmant, Paul Read Oliver Krenn, Karsten Rosenkilde Marco Spaltro, Richard Class, Richard Ford, Leon Grenyer Cedric Scholtes, Alberto Talero Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer — Victor Verberk Eve Lagrellette Tournier, Andreas Berndt Mondher Bettaieb, Claudia Wyss
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,98 4,61 7,10 5,02
5,24 4,58 3,59 4,41 2,03 4,73 1,67 4,85 3,11 3,45 5,02 2,73 2,58 4,13 2,60 3,53 3,90 1,13 3,13 3,21 1,97
7,24 6,79 5,46 4,52 5,48 5,02 3,94 5,22 6,19 5,39 2,94 7,18 4,00 5,75 3,01 2,29 3,60 3,02 3,50 3,73 5,37 5,39 3,00 2,52 2,23 4,79 3,43 1,83 3,30 3,35 2,07 1,67 3,72 2,61 2,95 2,88 2,91
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR BGF Euro Bond A2 SLI European Corporate Bd D Acc EUR Franklin European Corp Bd I(acc)EUR PIMCO GIS Euro Income Bond Instl EUR Acc Caixa Obrigações LP FIMAO NN (L) Euro Fixed Income P Cap EUR SLI European Corporate Bd SRI D Acc EUR BGF Euro Corporate Bond A2 Vanguard SRI € Invm Grd Bd Idx € Acc Amundi Fds Euro Corp Bd I EUR C M&G (Lux) Euro Corp Bd CI EUR Acc EdRF Bond Allocation A EUR Acc Caixagest Oportunidades FIAMA NB Corporate Euro A Nordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BI EUR AXAIMFIIS Europe Short Dur HY A Cap EUR Carmignac Pf Sécurité F EUR Acc Evli Short Corporate Bond B Fidelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR ODDO BHF Euro Credit Short Dur DP-EUR Invesco Euro Short Term Bond C EUR Acc Pictet-EUR Short Term Corp Bds I Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR GS ESG Enh Euro Shrt Du Bd Plus I Acc € AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR IMGA Rendimento Semestral FIMA BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C BNP Paribas Euro Medium Term Bd C C DWS Invest ESG Euro Bonds (Short) FC IMGA Rendimento Mais FIMA
SELO
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
2,24 1,88 2,76 2,97 4,30 1,47 1,23 2,63 2,67 2,96 2,79 3,21 3,00 2,29 2,07 1,21 1,49 1,08 1,42 0,76 0,69 0,39 0,62 0,53 0,83 0,43 0,09 0,40 1,21
DADOS A 26-3-21
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
2,45 2,37 2,33 2,32 2,29 2,26 2,25 2,22 2,21 2,01 1,87 1,84 1,59 1,52 1,50 1,16 1,16 1,09 1,01 0,98 0,72 0,42 0,31 0,30 0,29 0,28 0,18 0,16 0,13 0,11 0,05
0,15 -0,36 1,03 1,51 2,29 -1,53 -1,11 0,91 1,15 0,11 0,35 0,87 4,38 -0,14 2,35 1,29 1,53 2,80 1,20 1,87 1,54 0,79 0,79 0,29 0,19 0,33 0,36 1,22 -0,27 0,90 -0,04
2,21 4,28 5,77 4,99 5,41 3,75 4,52 6,10 5,20 3,96 6,72 5,29 5,26 3,17 6,01 1,04 7,59 9,92 4,99 1,97 4,64 2,10 2,71 1,77 2,14 2,38 3,56 2,71 1,89 1,93 4,33
AB Sustainable Global Thematic e AB Sustainable US Thematic
Gestão sustentável baseada nos ODS das Nações Unidas
DIVISA BASE
GESTOR
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Henrik Stille Michael Krautzberger, Ronald van Loon Felix Freund, Craig MacDonald Marc Kremer, Emmanuel Teissier, David Zahn Ketish Pothalingam, Eve Lagrellette Tournier, Alfred T. Murata Joel Carvalheira Hans van Zwol, Jaco Rouw, Sylvain De Ruijter Josef Helmes Jozef Prokes, Tom Mondelaers Alexandra Van Gyseghem, Hervé Boiral Stefan Isaacs Julien Tisserand, Nicolas Leprince — Hugo Custódio Henrik Stille Yves Berger, James Gledhill Marie-Anne Allier Juhamatti Pukka Rick Patel, Ario Emami Nejad Haiyan Ding, Alexis Renault Luke Greenwood, Lyndon Man Jon Mawby, Mathieu Magnin, Charles-Antoine Bory Ralf Jülichmanns, Maxence-Louis Mormede Richard Mulley, Jacqueline Leary Anne Velot, Thomas Coudert, Boutaina Deixonne Aitor Zubeldia, Ana Aguiar Fadi Berbari, Eric Plantier Arnaud-Guilhem Lamy, Eric Plantier Carsten Weins, Daniel Kittler Duarte José, Ana Aguiar
AB Sustainable Global Thematic y AB Sustainable US Thematic são dois fundos temáticos sustentáveis, sendo o primeiro global e o segundo focado nos E.U.A.. O objetivo destes fundos é o de contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Para isso, a equipa escolhe unicamente empresas cujos produtos e serviços permitam atingir um ou vários desses objetivos, como por exemplo: + Objetivo n°3: saúde e bem-estar + Objetivo nº7: energia limpa e económica + Objetivo nº12: consumo e produção responsáveis Com a nossa abordagem pretendemos combinar desenvolvimento sustentável e retorno do investimento. Para obter mais informações sobre os fundos AB Sustainable Thematic e sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas,
Visita www.alliancebernstein.com/go/sostenible *OGPSNB§µFT FYDMVTJWBT QBSB QSPƘTTJPOBJT EF JOWFTUJNFOUP 0 WBMPS EPT JOWFTUJNFOUPT QPEF TPGSFS PTDJMB§µFT QPTJUJWBT PV OFHBUJWBT QFMP RVF PT JOWFTUJEPSFT QPEFS£P O£P SFBWFS P DBQJUBM JOWFTUJEP PSJHJOBMNFOUF 0 DBQJUBM FTU¡ FN SJTDP Estas informações foram disponibilizadas por AllianceBernstein (Luxembourg) S.à r.l. Société à responsabilité W * & ' +Ǐ ĕǏ 3 ?@ ?=A >Ľ@ Ǐ "Ǐ X *Ǐ +Ľ>@A? +Ǐ Ǐ ĕ #Ǐ ĕ 5ǟ ǟ ĕ Luxemburgo e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). O logótipo [A/B] é uma marca registada de AllianceBernstein e AllianceBernstein® é uma marca registada utilizada com autorização do seu proprietário, AllianceBernstein L.P. © 2021 AllianceBernstein IC2021479
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
IMGA Euro Taxa Variável FIMA DWS Floating Rate Notes LC Allianz Enhanced Shrt Trm Euro I13 EUR MS INVF Short Maturity Euro Bond I JPM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR Allianz Euro Oblig Court Terme ISR I C/D Allianz Floating Rate Notes+ I EUR BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR UBAM Dynamic Euro Bond AC EUR MS INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z UBAM Euro Corporate IG Solution IC EUR FIXED INCOME MISCELLANEOUS PIMCO GIS Capital Scs Instl USD Acc GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc GLOBAL FIXED INCOME Vanguard Global Credit Bond Ins USDH Acc Legg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD PIMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc SKY Harbor Global Sust HY A USD Acc Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap MFS Meridian Global Oppc Bd I1 USD JPM Global Corp Bd A (acc) USD M&G (Lux) Global HY ESG Bd L USD Acc T. Rowe Price Glb High Inc Bd I USD PIMCO GIS Income Institutional USD Acc PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc FvS Bond Opportunities IT PIMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc GS Glbl Hi Yld Base Inc USD GS Global Fixed Income R Acc USD Vanguard Glb Bd Idx $ H Acc Muzinich Global Tact Crdt HUSD Acc R Fidelity Global Bond A-Dis-USD BGF Global High Yield Bond C1 USD MS INVF Global Fixed Income Opps Z Candriam Sst Bd Glbl HiYld I € Acc UBAM Global High Yield Solution AC USD M&G (Lux) Glb Corp Bd C H EUR Acc AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H PIMCO GIS Dynamic Bd Instl Acc Muzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A GS Global Fixed Inc (Hdg) I Inc EUR Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C Pictet Global Sustainable Crdt HZ EUR Vontobel TwentyFour StratInc HI Hdg EUR Jupiter Dynamic Bond I EUR Q Inc Invesco Global Inv Grd CorpBd C EURH Acc Amundi Rspnb Investing Imp Gr Bds DP C Invesco Global Ttl Ret EUR Bd C EUR Acc AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR T. Rowe Price Dyn Glb Bd Ih GBP BGF Fixed Income Global Opps D2 EUR Hdg Fidelity Global Infl-Link Bd Y-Acc-EUR H Nordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR AXAWF Global Infl Sh Dur Bds I Cap EUR H JPM Global Strat Bd A perf (acc) EURH UBAM Abs Ret Low Vol Fxd Inc IPC EUR JPM Global Short Duration Bd A(acc)EURH Templeton Global Bond W(Mdis)USD Templeton Global Ttl Ret W(acc)USD LONG/SHORT CREDIT RAM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn J STERLING FIXED INCOME Vontobel Ttfr Abs Ret Crdt HI Hdg EUR US FIXED INCOME NN (L) US Credit P Cap USD Capital Group US Corp Bd (LUX) Z Fidelity US Dollar Bond A-Dis-USD BNY Mellon US Muncpl Infras Dbt USD WAcc PIMCO GIS US Hi Yld Bd Instl USD Acc AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis Schroder ISF US Dllr Bd C Acc USD JPM Income A (acc) USD
28 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
SELO
RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 26-3-21 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
0,33 0,06 -0,20 0,14 -0,30 -0,15 -0,08 0,03 -0,23
-0,05 -0,25 -0,25 -0,25 -0,27 -0,27 -0,28 -0,34 -0,49
0,15 -0,25 -0,14 -0,09 -0,63 -0,22 -0,15 0,13 -0,27 4,66 -0,28
2,65 2,38 0,47 1,50 0,82 0,89 1,01 1,94 2,25
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Aitor Zubeldia, Ana Aguiar Torsten Haas, Christian Reiter Klaus Kusber, Lars Dahlhoff, Florian Urbschat Sarah Singh, Richard Class, Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer Iain T. Stealey, Séamus Mac Góráin Ali Ozenici, Vincent Tarantino Ali Ozenici, Guillaume Zilliox, Vincent Tarantino Christopher Allen, Jozef Prokes, Michael Krautzberger Philippe Gräub Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer Philippe Graub
DABC DABC
6,19 1,54
6,28 2,92
-2,99 -7,73
11,18 11,89
USD USD
Philippe Bodereau, Matthieu Loriferne, Michael Bogecho Tom J. Mansley
-3,33 0,00 -5,28 -3,01 -3,60 -1,19 9,95 -7,46 -7,21 -4,63 -4,87 -3,41 2,27 5,35 -6,51 -3,93 -3,73 -9,10 -5,11 -3,50 -3,47 -6,90 7,53 -6,99 4,28 1,95 -3,51 -5,96 2,04 -8,79 2,39 6,92 1,02 0,54 0,39 1,79 0,47 8,48 3,74 0,89 -0,46 2,56 3,21 0,33 0,00 7,80 -15,38
7,31 6,61 7,49 9,70 8,25 7,99 5,79 6,45 7,37 9,25 12,02 6,78 15,91 6,41 6,05 55,57 13,09 6,56 6,75 4,99 8,77 7,62 5,18 7,96 5,82 6,66 5,95 7,26 44,78 7,44 6,51 7,18 4,72 6,98 4,50 4,32 5,21 5,38 5,57 2,49 1,97 1,71 3,25 0,88 1,49 41,08 8,95
USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD USD USD EUR EUR USD EUR GBP USD USD EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR GBP EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR USD USD
Anujeet S. Sareen, Jack P. McIntyre, Brian L. Kloss, Tracy Chen Eve Lagrellette Tournier, Alfred T. Murata, Sonali Pier, Michael Della Vedova, Rodney M. Rayburn Sonali Pier, David Forgash, Andrew Jessop Hannah H. Strasser Nicolas Jullien, Thomas Joret, JC Tamavakis, Philippe Noyard David P. Cole, Ward Brown, Joshua P. Marston, Robert Spector, Lorenzo Napolitano, Andreas Michalitsianos, Usman Naeem, Stefan Isaacs, James Tomlins Michael Della Vedova, Mark J. Vaselkiv Alfred T. Murata, Daniel J. Ivascyn, Joshua Anderson Jelle Brons, Mohit Mittal, Mark R. Kiesel Frank Lipowski Andrew Thomas Balls, Lorenzo Pagani, Sachin Gupta Robert Magnuson Hugh Briscoe — Michael L. McEachern Rick Patel, Ario Emami Nejad James Keenan, David Delbos, Mitchell S. Garfin, Jose Aguilar, James Caron, Utkarsh Sharma, Christian G. Roth, Nicolas Jullien, Thomas Joret, JC Tamavakis, Philippe Noyard Philippe Graub Ben Lord Nick Hayes, Nicolas Trindade Mohsen Fahmi, Daniel J. Ivascyn, Marc P. Seidner Tatjana Greil-Castro Hugh Briscoe Laurent Crosnier, Myles Bradshaw Philipp Buff, Frédéric Salmon Gary Kirk, Eoin Walsh, Felipe Villarroel, Mark Holman, Ariel Bezalel Luke Greenwood, Lyndon Man Alban de Faÿ Julien Eberhardt, Jack Parker, Paul Read Jonathan Baltora, Elida Rhenals Arif Husain Rick Rieder, Bob Miller, Aidan Doyle Timothy Foster, Ian Robert Fishwick Søren Brogaard Lolle, Karsten Bierre, Caroline Henneberg Jonathan Baltora, Elida Rhenals Iain T. Stealey, Diana Kiluta Amoa, Andrew Headley, Jeff Hutz, Philippe Graub Iain T. Stealey, Roger Hallam, Linda Raggi, Andreas Michalitsianos, Calvin Ho, Michael J. Hasenstab Calvin Ho, Michael J. Hasenstab
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
3,54 2,52 -0,63 2,17 1,13 1,21 0,44 1,36 0,43 -0,42 -0,20 -0,68
8,29 7,67 6,71 6,28 6,01 5,87 5,86 5,86 5,70 5,69 5,67 5,62 5,58 5,54 5,41 5,19 5,08 4,94 4,92 4,92 4,71 4,69 4,67 4,57 4,42 4,31 4,29 4,27 3,89 3,88 3,79 3,75 3,28 3,22 3,17 2,97 2,57 2,34 1,55 1,44 1,40 0,87 0,57 -0,03 -0,13 -0,52 -2,50
DABC
1,45
1,62
2,77
2,93
EUR
Clement Perette, Gilles Pradere
DABC
2,36
1,11
1,27
2,40
EUR
Chris Bowie
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,14 3,89 1,93
7,66 7,51 6,82 6,37 6,08 6,08 5,96 5,87 5,52
-4,74 -5,32 -6,31 -9,51 -2,55 -1,52 -6,12 -5,48 -6,43
8,00 7,28 6,78 7,65 8,62 7,73 6,95 6,21 7,99
USD USD USD USD USD USD USD USD USD
Anil Katarya, Travis King Scott Sykes, Karen Choi Rick Patel, Ario Emami Nejad Jeffrey Burger, Thomas C. Casey Sonali Pier, Andrew Jessop Carl Whitbeck, Michael P. Graham Frank Olszewski, Guillaume Arnould Lisa Hornby, Neil G. Sutherland J. Andrew Norelli, Andrew Headley, Thomas G. Hauser
4,79 5,37 6,10 5,09 5,85 5,85 2,73 6,19 4,02 3,24 6,08 2,55 4,81 2,21 1,29 1,95 2,22 4,01 3,57 3,64 4,83 2,29 2,85 2,11 2,42 1,57 3,11 5,47 3,13 3,63
5,56 5,91 2,27 2,13 3,72
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
PIMCO GIS Ttl Ret Bd Instl USD Acc DABC BGF US Dollar Bond A2 DABC Amundi Fds Pioneer US Bd A2 USD C DABC Fidelity US High Yield A-Dis-USD DABC UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD DABC AB American Income C Inc DABC JPM US Aggregate Bond D (acc) USD DABC GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD DABC Amundi Fds Pinr Strat Inc A USD C DABC AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD DABC Pictet-USD Short Mid-Term Bonds I DABC Franklin US Government W(Mdis)USD DABC GS US Dollar Short Dur Bond I Acc USD DABC JPM US Short Duration Bond A (acc) USD DABC PIMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc DABC Muzinich Americayield HEUR Acc R DABC UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD DABC Muzinich ShortDurationHY HEUR Acc A DABC JPM Income Opp A perf (acc) EURH DABC ASIA EQUITY JPM Pacific Equity A (dist) USD DABC ASIA EX-JAPAN EQUITY MS INVF Asia Opportunity Z DABC Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR DABC Schroder ISF Emerging Asia I Acc EUR DABC JPM Asia Growth A (acc) USD DABC Mirae Asset Asia Great Consumer Eq I USD DABC Schroder ISF Asian Opports I Acc USD DABC T. Rowe Price Asian Opp Eq I USD DABC GS Asia Equity R Acc USD DABC Fidelity Sustainable Asia Eq Y-Dis-USD DABC Threadneedle Asia Ins Acc GBP DABC AS SICAV I Asia Pac Eq X Acc USD DABC JPM Asia Pacific Equity A (acc) EUR DABC Schroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD DABC UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc DABC Mirae Asset Asia Sect Ldr Eq I USD Cap DABC CONSUMER GOODS & SERVICES SECTOR EQUITY Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc DABC BNP Paribas Consumer Innovtr Cl C DABC Fidelity Global Cnsmr Inds A-Dis-EUR DABC Pictet-Premium Brands I EUR DABC Invesco Asia Consumer Demand C USD Acc DABC BNP Paribas Smart Food I Cap DABC ENERGY SECTOR EQUITY BGF Sustainable Energy D2 DABC Pictet-Clean Energy I USD DABC EQUITY MISCELLANEOUS BNP Paribas Aqua C C DABC Pictet-Water I EUR DABC Pictet-Nutrition I EUR DABC EUROPE EMERGING MARKETS EQUITY Schroder ISF Emerging Europe C Acc EUR DABC EUROPE EQUITY LARGE CAP DNB Fund Nordic Equities retail A DABC Threadneedle Pan Eurp Focus Ins Acc GBP DABC Fidelity FAST Europe A-ACC-EUR DABC Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap DABC BGF Continental Eurp Flex E2 EUR DABC Carmignac Pf Grande Europe F EUR Acc DABC Allianz Europe Equity Growth IT EUR DABC Fidelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR DABC AS SICAV I European Eq A Acc EUR DABC AXAWF Fram Switzerland A Cap EUR DABC BSF European Opps Extension A2 EUR DABC Threadneedle European Sel Ins Acc GBP DABC Echiquier Positive Impact Europe A DABC NN (L) European Sust Eq P Cap EUR DABC Jupiter European Growth D EUR Acc DABC BGF European Special Situations A2 DABC Allianz Euroland Equity Growth IT EUR DABC MFS Meridian European Value A1 EUR DABC JPM Europe Strategic Growth C (dist) EUR DABC MGI Eurozone Equity M1 EUR DABC T. Rowe Price Eurp Eq I EUR DABC GAM Star Continental Eurp Eq GBP Acc DABC
30 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 26-3-21
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
2,07 1,07 1,77 5,08 1,42 2,41 0,51 0,58 2,27 2,14 -0,07 -0,44 -0,24 0,05 3,63 -0,55 1,69 1,18
5,51 5,12 4,92 4,90 4,90 4,86 4,62 4,59 4,58 4,50 3,57 3,48 3,42 3,37 2,82 2,59 1,85 1,25 -0,73
-7,07 -7,69 -6,56 -3,45 -7,31 -8,27 -8,70 -7,34 -5,02 -5,38 -6,33 -8,06 -7,41 -6,61 -8,06 6,41 -9,14 3,11 0,25
6,22 6,87 7,15 9,55 6,67 8,28 6,56 5,99 8,29 6,41 5,79 6,15 5,82 5,83 5,75 8,83 6,25 5,64 2,99
USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD EUR USD EUR EUR
Mohit Mittal, Mark R. Kiesel, Scott A. Mather Rick Rieder, Bob Miller Bradley Komenda, Kenneth J. Taubes, Timothy D. Rowe Alexandre Karam, Harley Lank Philippe Gräub Scott A. DiMaggio, Matthew S. Sheridan, Gershon M. Distenfeld, Richard D. Figuly, Justin Rucker — Kenneth J. Taubes, Jonathan Scott, Andrew Feltus Carl Whitbeck, Peter V. Vecchio Jon Mawby, Mathieu Magnin, Charles-Antoine Bory Neil Dhruv, Paul Varunok Richard Mulley, Jacqueline Leary Cary J. Fitzgerald, Toby Maczka Jerome M. Schneider, Scott A. Mather — Philippe Gräub David A. Bowen William H. Eigen, Jeffrey Wheeler
17,04
13,83
33,13
15,23
USD
Aisa Ogoshi, Robert Lloyd
17,61 20,94 19,93 15,88 18,99 17,16 16,90 16,78 16,65 14,48 16,43 14,33 11,52 13,51
23,99 17,57 16,69 16,03 14,44 14,06 13,68 13,67 13,24 13,15 11,77 11,64 11,60 10,21 8,46
53,05 37,05 42,53 39,41 31,27 36,23 29,91 42,64 33,85 41,49 31,04 35,70 37,01 28,71 34,74
18,35 18,69 17,52 17,03 15,83 18,28 16,26 16,95 16,37 18,00 16,07 17,35 16,21 16,11 17,96
USD EUR EUR USD USD USD USD USD USD GBP USD EUR USD USD USD
Anil Agarwal, Kristian Heugh Anthony Srom Louisa Lo Joanna Kwok, Mark Davids Joohee An, Sol Ahn Toby Hudson Eric C. Moffett Sumit Mangal Dhananjay Phadnis George Gosden, Soo Nam Ng — Oliver R. Cox, Alice Wong, Mark Davids Robin Parbrook, King Fuei Lee Raymond M. Wong, Projit Chatterjee, Shou-Pin Choo Rahul Chadha, Wei Wei Chua
21,93 16,38 12,95 12,57 14,83 8,55
21,96 18,64 14,74 14,33 10,06 8,29
74,66 46,35 31,02 34,84 35,19 21,41
25,03 18,45 13,67 19,22 17,32 16,19
USD EUR EUR EUR USD EUR
Ido Cohen, Juan R. Hartsfield Pamela J. Woo Aneta Wynimko Caroline Reyl, Laurent Belloni Shekhar Sambhshivan, Mike Shiao, William Yuen Michael Landymore
15,77 16,49
20,61 19,63
48,16 47,66
17,22 20,25
USD USD
Alastair Bishop, Charlie Lilford Xavier Chollet, Christian Roessing
12,11 10,87 9,46
11,81 11,47 10,44
19,39 12,09 23,83
17,71 15,58 13,71
EUR EUR EUR
Bruce Jenkyn-Jones, Hubert Aarts Louis Veilleux, Cédric Lecamp, Peter Rawlence Gertjan Van der Geer, Mayssa Al Midani, Alex Howson
12,88
3,13
5,68
26,41
EUR
Mohsin Memon, Rollo Roscow
14,13 9,13 9,83 11,70 12,75 12,24 11,55 10,56 10,64 11,67 12,04 9,75 11,45 9,90 9,71 9,33 10,60 8,24 10,36 11,50 7,34 8,34
16,79 14,01 13,82 13,35 13,10 13,06 12,22 11,39 11,25 10,90 10,50 10,30 9,81 9,76 9,72 9,46 9,05 8,44 8,27 8,12 8,01 7,80
41,70 20,77 5,89 25,41 33,57 21,72 26,97 5,65 15,68 14,38 23,80 19,62 19,11 20,19 9,91 19,25 23,14 8,75 17,57 16,73 14,38 27,43
17,29 14,78 15,07 14,22 18,27 14,74 17,62 15,54 14,64 12,91 17,61 16,08 14,66 15,61 14,74 16,09 18,93 14,30 15,78 17,09 15,47 17,71
EUR GBP EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR GBP EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR GBP
Øyvind Fjell Frederic Jeanmaire Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg Geoffroy Goenen, Antoine Hamoir Alister M. Hibbert, Giles Rothbarth Mark Denham Robert Hofmann, Marcus Morris-Eyton, Thorsten Winkelmann Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg Ben Ritchie, Jonathan Allison, Sanjeet Mangat Guillaume Robiolle, Hervé Mangin David Tovey, Christopher Sykes Benjamin Moore Adrien Bommelaer, Luc Olivier Pieter Schop, Oskar Tijs, Ivo Luiten, Jeroen Bos Mark Heslop, Mark Nichols Stefan Gries Andreas Hildebrand, Darina Valkova Florence Taj, Gabrielle G. Gourgey, Benjamin Tingling Ben Stapley, Michael Barakos Dean Tenerelli Nial Gallagher
DIVISA BASE
GESTOR
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
Fidelity Sustainable Euroz Eq E-Acc-EUR UBS (Lux) EF Euro Countrs Oppo (EUR) P Candriam Sst Eq EMU R € Acc Eleva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc MFS Meridian European Research A1 EUR HSBC GIF Euroland Growth M1C EdR SICAV Euro Sustainable Eq A EUR Pictet-Quest Europe Sust Eqs I EUR Pictet-Europe Index P EUR BGF Euro-Markets A2 DWS Aktien Strategie Deutschland IC DWS Invest II Eurp Top Div XC Fidelity Germany A-Dis-EUR CS (Lux) European Div Plus Eq EB EUR Amundi Fds Euroland Equity A EUR C Fidelity European Lgr Coms Y-Dis-EUR Fidelity European Growth Y-Dis-EUR JPM Euroland Equity C (dist) EUR Janus Henderson Hrzn Euroland H2 EUR Schroder ISF EURO Equity I Acc EUR DWS Deutschland IC AB Eurozone Eq Ptf IX Acc JPM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc Invesco Pan Eur StructEq C EUR Acc Fidelity Iberia A-Dis-EUR Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc€ Q-acc AB European Eq Ptf C Acc Invesco Pan European Equity A EUR Acc JPM Europe Strategic Value C (dist) EUR Fidelity Instl Eurp LargerComs R-Acc-EUR EUROPE EQUITY MID/SMALL CAP Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE Candriam Eqs L Europe S&M Cp C EUR Cap Echiquier Agenor SRI Mid Cap Eurp A T. Rowe Price Eurp Smlr Cm Eq I EUR Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR BNP Paribas Europe Small Cap I C MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR Oddo BHF Avenir Euro CR-EUR BPI Portugal FIAA FINANCIALS SECTOR EQUITY Jupiter Financial Innovt D GBP Acc GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY Threadneedle Global EM Eq Ins Acc GBP Nordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR JPM Emerging Markets Equity A (dist) USD Wellington EM Development D USD Acc UnH Capital Group New World (LUX) Z Wells Fargo (Lux) WF EM Eq I EUR Acc Fidelity Em Mkts Y-DIST-USD Capital Group Em Mkts Gr (LUX) Z Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc Schroder ISF Em Mkts I Acc USD GS Emerging Markets Eq Base Acc USD Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD Federated Hermes Glb Em Mkts R EUR Acc GS EM CORE Eq I Acc USD Close JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf USD GLOBAL EQUITY LARGE CAP GS Global Millennials Eq I Acc USD MS INVF Global Opportunity Z DPAM INVEST B Eqs NewGems Sust W Cap CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc Robeco Global Consumer Trends D € AMP Capital Global Companies I USD Acc Schroder ISF Glb Clmt Chg Eq I Acc USD Allianz Thematica WT4 EUR Threadneedle (Lux) Global Focus ZU AB SICAV I Stbl Gl Tmtc PtflAXXUSDAcc Seilern World Growth CHF H R Capital Group New Pers (LUX) ZL Pictet - Global Envir Opps I EUR Fundsmith Equity T Acc Legg Mason MC Glb L-T Uncons A USD Acc Pictet-Security I USD
SELO
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 26-3-21 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
7,30 7,63
7,76 6,97 6,90 6,68 5,73 5,49 5,45 5,18 4,86 4,29 4,13 3,98 3,77 3,25 3,16 2,93 2,93 2,79 2,77 2,43 1,76 1,31 0,84 0,72 0,37 0,34 -0,06 -0,59 -0,81 -1,78 -2,68
15,86 18,10 14,51 18,62 6,59 13,47 14,03 9,02 10,68 19,96 19,85 9,78 10,72 1,95 12,27 2,24 2,19 13,73 13,28 12,95 17,62 7,00 6,52 11,29 1,62 -2,49 8,90 -1,14 2,86 6,67 5,43 3,45
17,36 16,49 18,75 18,48 14,67 18,37 16,56 16,60 16,94 19,42 25,53 15,84 19,60 14,11 20,74 18,39 18,29 21,04 21,28 20,58 25,50 21,52 18,81 21,32 15,82 18,67 24,88 15,47 20,41 22,58 24,18
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Vincent Durel Jeremy Leung, Maximilian Anderl Geoffroy Goenen, Laurent Milliat Eric Bendahan Gabrielle G. Gourgey Patrick Gautier, Abderrahman Belcaid Marc Halperin, Jean-Philippe Desmartin Laurent Nguyen Jean−Michel Piuz, Roland Riat Andreas Zoellinger, Tom Joy Tim Albrecht, Hansjörg Pack Stephan Werner, Marc Althaus Christian Von Engelbrechten Felix Maag, Nicola Nolè Fabio Di Giansante, Lorenzo Angelini Matt Siddle, Helen Powell Matt Siddle, Helen Powell Zenah Shuhaiber, Philippa Clough, Richard Webb Nick Sheridan Martin Skanberg Christoph Ohme, Tim Albrecht Tawhid Ali, Andrew Birse Nicholas Horne, Ben Stapley, Michael Barakos Richard Halle Thorsten Paarmann, Michael Fraikin Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg, Mac Elatab Andreas Wosol, Roberto Campani Ian Paczek, Patrick Zimmermann, Urs Räbsamen Tawhid Ali, Andrew Birse Tim Marshall, John Surplice, Martin Walker Ian Butler, Thomas Buckingham, Michael Barakos Matt Siddle, Helen Powell
30,20 29,92 16,79 45,79 17,92 11,98 7,67 16,42 3,34
19,12 19,33 14,91 20,87 17,82 19,81 17,34 19,42 18,70
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Philip Dicken, Mine Tezgul Geoffroy Goenen, Christian Solé José Berros, Guillaume Puech, Stéphanie Bobtcheff Ben Griffiths Pascal Riegis, Sébastien Maillard, Grégory Deschamps, Fiona Wills, Damien Kohler Sandeep Mehta, Peter F. Fruzzetti Pascal Riegis, Sébastien Maillard, Grégory Deschamps, Pedro Maruny
9,63 6,70 8,63 8,30 6,12 6,72 7,27 9,86 6,03 6,71 4,47 6,21 5,47 5,56 7,81 5,91 7,48 8,84 7,68 4,36 4,88 3,51 3,29 6,43 3,04 4,31 3,18 4,17
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,75 14,20 10,57 8,22 6,95 9,88 2,48
12,65 12,03 10,61 10,01 7,55 6,41 6,40 4,98 -2,74
DABC
14,52
12,79
28,84
22,06
GBP
Guy de Blonay
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
13,81 18,45 17,61 16,28 13,22 14,93 14,31 15,71 16,17 16,22 14,63 16,96 14,93 14,22 11,54
13,69 13,24 12,68 12,39 11,59 10,54 10,53 10,44 10,28 9,94 9,53 9,03 8,88 7,15 6,40
41,19 37,36 33,12 34,97 25,34 28,04 34,98 27,80 39,24 30,40 34,32 23,92 28,95 32,87 21,33
20,14 18,14 17,80 17,76 16,00 17,73 18,05 16,84 17,41 17,73 17,54 15,81 18,25 16,90 18,25
GBP EUR USD USD USD EUR USD USD EUR USD USD USD EUR USD USD
Dara J. White Juliana Hansveden, Emily Leveille Leon Eidelman, Austin Forey Daire T. Dunne, Simon Charles Henry Jonathan Knowles, Nicholas J. Grace, Akira Shiraishi, Jerry Zhang, Derrick Irwin, Richard Peck Nick Price, Amit Goel Victor D. Kohn, Chapman Taylor, Eu-Gene Cheah Philip Screve, Mohamed Lamine Saidi, Jan Boudewijns Robert Davy, Tom Wilson Basak Yavuz, Hiren Dasani Roger Merz, Thomas Schaffner Gary Greenberg Len Ioffe, Osman Ali, Dennis Walsh, James Park Amit Mehta, Austin Forey
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
21,81 24,63 20,23
26,12 23,59 23,35 21,88 21,37 21,07 20,65 19,26 18,48 17,45 17,23 16,69 15,71 15,31 15,26 15,20
57,68 50,65 43,43 45,65 37,67 32,57 49,52 33,38 21,43 32,67 26,30 30,59 32,86 21,73 19,94 24,50
17,06 18,53 16,70 20,02 15,52 15,40 17,62 16,27 14,56 16,18 16,56 16,79 16,85 14,63 13,68 17,24
USD EUR EUR EUR EUR USD USD EUR USD USD CHF USD EUR GBP USD USD
Nathan Lin, Alexis Deladerrière, Laura Destribats Kristian Heugh Alexander Roose, Dries Dury, Quirien Lemey, Tom Demaecker Wesley Lebeau, Estelle Ménard Richard Speetjens, Jack Neele Neil Mitchell, Andy Gardner, David Naughtin, Simon Steele Simon Webber, Isabella Hervey-Bathurst Andreas Fruschki, Gunnar Miller Dave Dudding Daniel Charles Roarty Marco Lo Blanco, Michael Faherty Jonathan Knowles, Brady L. Enright, Noriko H. Chen, Andraz Razen, Gabriel Micheli, Luciano Diana, Yi Du Terry Smith Zehrid Osmani, Yulia Hofstede Yves Kramer, Alexandre Mouthon, Rachele Beata
13,47
19,57 18,97 16,12 16,92 15,85 15,90 15,34 15,01 13,52
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 31
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 26-3-21
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
15,45 36,09 18,30 15,44 22,33 28,17 15,83 26,52 14,41 24,95 12,08 26,05 22,98 22,67 22,42 14,95 8,18 8,93 13,78 14,01 25,57 7,38 19,82 18,79 29,11 18,80 22,21 14,34 36,12 6,59 4,96 2,96 3,22 1,65 8,25
14,85 17,61 14,12 15,03 14,63 16,76 14,31 13,85 14,77 16,34 14,39 15,54 17,18 15,89 14,28 15,84 13,73 13,18 15,18 15,05 18,41 11,62 20,73 15,25 18,55 22,62 18,71 17,85 19,83 14,16 15,13 10,02 13,90 12,27 16,70
USD EUR EUR USD EUR EUR USD USD USD EUR EUR EUR EUR EUR USD EUR EUR USD EUR EUR EUR USD USD EUR EUR EUR USD USD EUR USD USD EUR USD EUR EUR
Martin Moeller, Fares Benouari Pascal Dudle, Stephan Eugster Terry Smith — — Hans Peter Portner Anu Narula, Paul Middleton Aneta Wynimko, Alex Gold, Oliver Hextall — Christian Derold, Bruno Paulson, Vladimir A. Demine, Nathan Wong, Amit Lodha Jamie Peter Harvey, Jeremy Philip Elliot Podger Allan Foll, Theany BAZET Ivo Weinoehrl, Lucia Macaccaro Christian Derold, Bruno Paulson, Vladimir A. Demine, Nathan Wong, Clyde Rossouw, Abrie Pretorius Rui Araújo Rui Araújo Rajesh Tanna, Timothy Woodhouse, Helge Skibeli Daniel Roberts Roger M. Morley, Ryan P. McAllister Fatima Só Maarten Bloemen, Craig Cameron, Tina M. Sadler Stuart Rhodes Len Ioffe, Osman Ali, James Park, Takashi Suwabe — Joseph R. Elegante, Alix Foulonneau, Bruno Bertocci Anu Narula, Paul Middleton Jonathan Bell, Paul Flood, Ilga Haubelt, Robert Hay Jérémie Fastnacht, Guy Wagner Felix Maag, Aude Scheuer Thomas Schüssler, Stephan Werner Peter M. Moeschter, Herbert J. Arnett, Warren Pustam
DIVISA BASE
GESTOR
UBAM 30 Global Leaders Equity AHC USD Vontobel Clean Technology B EUR Fundsmith Equity T EUR Acc NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD Caixa Ações Líderes Globais FIMAA Pictet-Global Megatrend Sel I EUR Mirabaud Sustainable Glbl Fcs A USD Acc Fidelity Glb Dmgrphcs Y-Acc-USD BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc MGI Global Equity M-7 € Acc MS INVF Global Quality Z Fidelity Global Focus E-Acc-EUR Fidelity World Y-Dis-EUR Candriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap Mercer Sustainable Glbl Eq M-2$ Pictet SmartCity I EUR MS INVF Global Brands A Ninety One GSF Glb Qual Eq Inc IX Inc $ BPI Ações Mundiais FIAA BPI GIF Opportunities R JPM Global Focus D (acc) EUR Fidelity Global Dividend Y-Acc-USD MFS Meridian Global Equity A1 USD NB Momentum Sustentável FIMAA Templeton Glb Climate Change A(Ydis)EUR M&G (Lux) Glb Dividend CI EUR Acc GS Global CORE Eq I Inc USD Snap AXA Rosenberg Glb Eq Alpha A USD Acc UBS (Lux) ES L/T Thms $EUR H P Mirabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc BNY Mellon Global Equity Inc USD C Inc BL-Equities Dividend B EUR CS (Lux) Global Div Plus Eq EB USD DWS Invest Top Dividend IC Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,20 13,34 14,71 14,23 12,49 13,66 12,81 12,69 12,20 13,40 11,22 12,34 12,97 11,68 8,72 10,57 7,91 11,77 11,98 11,57 7,33 9,56 9,47 9,95 11,03 10,95 9,95 12,45 7,37 6,81 6,57 6,71 4,00 5,47
14,85 14,68 14,59 13,96 13,89 13,83 13,60 13,42 13,05 12,87 12,69 12,39 12,05 11,80 11,55 11,55 11,53 10,77 10,42 10,01 9,63 9,58 9,07 8,99 8,96 8,48 8,24 7,96 7,59 7,52 7,42 7,25 5,68 4,43 1,72
GLOBAL EQUITY MID/SMALL CAP BNP Paribas Energy Transition C C BNP Paribas Climate Impact I C Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR Vanguard Global Small-Cap Idx USD Acc
DABC DABC DABC DABC
24,30 16,28 17,54 12,26
36,88 17,71 15,61 10,73
179,88 35,45 35,28 27,27
38,70 17,79 18,12 21,56
EUR EUR EUR USD
Ulrik Fugmann Bruce Jenkyn-Jones, Jon Forster Thomas Sørensen, Henning Padberg —
GREATER CHINA EQUITY Allianz China A Shares AT USD JPM China A (dist) USD AS SICAV I China A Share Eq I Acc USD BNP Paribas China Eq Cl C UBS (Lux) EF Greater China (USD) Q Schroder ISF China Opps I Acc USD UBS (Lux) EF China Oppo(USD) Q USD acc Fidelity China Consumer Y-Acc-USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
26,27 25,43 24,62 22,54 23,51 20,84 22,25 18,39
25,52 22,57 19,90 19,17 17,95 15,92 15,90 12,31
54,27 61,32 49,54 48,75 30,17 44,59 23,92 38,89
21,06 21,03 19,48 17,70 17,89 18,72 16,94 17,94
USD USD USD USD USD USD USD USD
Anthony Wong, Chao-Yang Sunny Chung Howard Wang, Rebecca Jiang — David Choa, Maxwell Yang Denise Cheung, Morris Wu, Bin Shi Louisa Lo Denise Cheung, Morris Wu, Bin Shi Raymond Ma, Hyomi Jie
HEALTHCARE SECTOR EQUITY Polar Capital Biotech S Inc JPM Global Healthcare C (acc) USD AB International HC AX USD Acc BGF World Healthscience A2 Candriam Eqs L Biotech R USD Cap NN (L) Health Care X Cap USD Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
20,70 10,85 11,49 10,72 12,94 8,58
20,78 15,85 13,52 13,42 12,74 10,99
42,01 21,29 12,96 11,86 15,74 9,44 24,53
21,86 15,78 13,45 14,37 20,69 13,04
USD USD USD EUR USD USD USD
David Pinniger, Gareth Powell Anne Marden, Laurence McGrath, Matthew G. Cohen Vinay Thapar, John H. Fogarty Erin Xie Rudi Van den Eynde, Servaas Michielssens Jeff Meys, Tjeerd van Cappelle, Anastasia Naymushina Rudi Van den Eynde, Servaas Michielssens
INDIA EQUITY Schroder ISF Indian Opports C Acc USD Franklin India I(acc)USD
DABC DABC
11,92 9,87
8,58 4,66
9,66 10,63
22,74 24,26
USD USD
— Sukumar Rajah
INFRASTRUCTURE SECTOR EQUITY LM ClearBridge Infras Val PR EUR Acc DWS Invest Global Infras FC Lazard Global Lstd Infras Eq A Acc EUR H
DABC DABC DABC
5,66 4,95 5,27
7,11 6,72 2,52
-3,59 -6,13 -7,02
14,76 14,25 13,71
EUR EUR EUR
Nick Langley, Charles Hamieh, Shane Hurst Manoj H. Patel, Francis X. Greywitt John Mulquiney, Warryn Robertson, Bertrand Cliquet,
JAPAN EQUITY T. Rowe Price Japanese Equity I EUR JPM Japan Equity A (dist) USD Threadneedle Japan Ins Acc GBP Jupiter Japan Select D USD Acc GS Japan Equity Base Acc JPY Invesco Japanese Eq Adv A JPY Acc Schroder ISF Japanese Eq I Acc JPY Vanguard Jpn Stk Idx $ Acc AS SICAV I Jpn SmlrComs X Acc JPY AS SICAV I Japanese Eq X Acc JPY
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
14,62 12,62 12,58 10,88 9,37 10,55 9,84 8,65 9,56 7,34
11,92 11,43 10,95 6,78 6,61 6,38 5,30 5,18 4,93 4,71
35,63 38,50 36,71 17,33 20,95 20,20 18,72 16,06 19,06 18,90
17,28 18,24 15,98 15,55 14,35 15,82 14,38 14,17 16,63 15,70
EUR USD GBP USD Yen Yen Yen USD Yen Yen
Archibald A. Ciganer Nicholas Weindling, Shoichi Mizusawa, Miyako Urabe Daisuke Nomoto Dan Carter, Mitesh Patel Ichiro Kosuge Tadao Minaguchi Kazuhiro Toyoda — — —
32 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
Pictet-Japanese Equity Opps PJPY Janus Henderson Hrzn Jpn Smr Coms A2 USD LATIN AMERICA EQUITY DWS Invest Brazilian Equities LC DWS Invest Latin American Eqs NC NATURAL RESOURCES SECTOR EQUITY BGF World Mining D2 PRECIOUS METALS SECTOR EQUITY BGF World Gold A2 REAL ESTATE SECTOR EQUITY Janus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR MS INVF Global Property I TECHNOLOGY SECTOR EQUITY JPM US Technology A (dist) USD Allianz Global Artfcl Intlgc WT4 EUR BGF World Technology A2 Franklin Technology W Acc USD Fidelity Global Technology Y-Dis-EUR Polar Capital Global Tech Inc Threadneedle (Lux) Global Tech AU USD Janus Henderson Glb Tech&Inno A2 USD BNP Paribas Disrpt Tech Cl D Pictet - Robotics I EUR AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap EURHdg Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs H2USD AXAWF Fram Robotech I Cap USD JPM Europe Dynamic Techs Fd C (dist) EUR Pictet-Digital PUSD EdRF Big Data N EUR BGF Next Generation Technology I2 Echiquier Artificial Intelligence B EUR UK EQUITY LARGE CAP Ninety One GSF UK Alpha IX Inc GBP US EQUITY LARGE CAP BLEND Wells Fargo (Lux) WF USAllCpGr I USD Acc Franklin US Opportunities W(acc)USD Ninety One GSF American Fran A Inc USD BL-Equities America B USD JPM US Select Equity A (acc) USD Amundi IS MSCI North America IE-C Schroder ISF US Large Cap I Acc USD Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc Pictet-USA Index P USD AXA Rosenberg US Enh Idx Eq Alp A $ Acc T. Rowe Price US Eq I USD Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc GS US CORE Equity Base Acc USD Snap NN (L) US Enh Cr Concntr Eq P Cap USD Polar Capital North American S Capital Group Inv Co of Amer(LUX) Z US EQUITY LARGE CAP GROWTH MS INVF US Growth I MS INVF US Advantage I Brown Advisory US Sust Gr USD C Acc Wells Fargo (Lux) WF USLrgCpGr IEUR Acc T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD AB Sustainable US Tmtc A USD Brown Advisory US Equity Growth $ P Acc AB American Gr Ptf C Acc Legg Mason CB US Eq Sust Ldrs PR EURHAcc Legg Mason CB US Lg Cp Gr X USD Acc Amundi Fds Pinr US EqFdm Gr A EUR C Vontobel US Equity I USD US EQUITY LARGE CAP VALUE AXA Rosenberg US Equity Alpha A USD Acc DWS Invest CROCI US Dividends USD LC JPM US Value A (dist) GBP NN (L) US High Dividend P Cap USD MFS Meridian US Value A1 USD Robeco BP US Premium Equities IH € Fidelity America A-Dis-USD US EQUITY SMALL CAP Alger Small Cap Focus I US T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD
RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 26-3-21
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DABC DABC
9,90 9,24
4,51 4,34
20,86 20,69
15,55 17,75
Yen USD
Adrian Hickey Yun Young Lee
DABC DABC
21,84 11,64
9,09 3,27
-5,80 -2,70
38,03 32,05
EUR EUR
— —
DABC
19,24
13,55
60,82
25,72
USD
Olivia Markham, Evy Hambro
DABC
5,60
11,75
9,05
32,94
USD
Thomas Holl, Evy Hambro
DABC DABC DABC
6,57 8,14 0,99
10,26 8,24 0,68
-1,46 -3,68 -8,48
16,99 19,27 21,37
USD EUR EUR
Guy Barnard, Tim Gibson, Greg Kuhl Guy Barnard, Nicolas Scherf Desmond Foong, Laurel Durkay, Michiel te Paske,
35,25
20,43 18,55 18,19
36,22 35,66 34,91 31,06 28,46 27,98 26,60 25,98 24,54 22,66 22,01 21,98 19,23 19,20 15,93 15,17
79,55 104,08 73,65 54,88 51,55 45,86 51,17 39,69 39,11 55,04 56,28 42,65 47,88 43,74 36,68 33,65 113,80 67,78
24,30 25,58 21,69 20,28 19,58 18,03 23,53 18,44 18,93 21,78 20,80 19,07 20,83 20,63 16,46 19,90
USD EUR USD USD EUR USD USD USD EUR EUR EUR USD USD EUR USD EUR USD EUR
Joseph Wilson, Timothy RV Parton Sebastian Thomas Tony Kim Jonathan Curtis, Matthew Cioppa, Dan Searle HyunHo Sohn Ben Rogoff, Nick Evans, Fatima Lu Paul H. Wick Denny Fish Pamela J. Woo, Pamela Hegarty John Gladwyn, Peter Lingen Tom Riley, Jeremy Gleeson Graeme Clark, Richard Clode, Alison Porter Tom Riley, Jeremy Gleeson Jonathan Ingram, John Baker, Alex Whyte Sylvie Sejournet, Olivier Djopwouo, Stanislas Effront Xiadong Bao, Jacques-Aurélien Marcireau Tony Kim Rolando Grandi
DABC
3,06
2,91
3,67
17,60
GBP
Simon Brazier
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
22,83 18,97 16,42 13,09 14,14 13,74 13,96 13,50 13,27 13,00 11,72 13,12 12,47 11,46 12,48 10,84
25,09 20,85 15,90 14,58 14,45 14,10 13,91 13,57 13,42 13,26 12,15 11,20 10,80 10,52 10,34 9,74
43,05 31,02 16,30 17,23 26,49 19,87 28,53 18,12 18,30 19,68 17,49 14,75 20,61 13,58 19,47 16,08
21,08 18,93 15,28 17,09 18,24 17,85 17,72 17,17 17,17 17,18 16,57 19,18 17,70 17,81 20,67 15,88
USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD
Joseph M. Eberhardy, Robert Gruendyke, Thomas C. Ognar Sara Araghi, Grant Bowers Paul Vincent Luc Bauler, Henrik Blohm Steven G. Lee, Scott Davis Arnaud Choblet Frank Thormann — David Billaux, Stéphane Cornet — Jeffrey Rottinghaus Richard S. Nackenson Len Ioffe, Osman Ali, Dennis Walsh Vincent J. Costa Andrew Holliman, Richard Wilson Joyce E. Gordon, James B. Lovelace, Grant L. Cambridge,
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
33,22 25,21 20,59 21,22 18,26 16,63 16,81 17,45 16,28 13,60 13,80
38,22 29,50 23,63 21,97 19,91 19,51 19,49 18,48 17,54 17,39 16,61 13,78
99,29 67,72 30,85 26,62 37,10 31,20 19,55 22,95 36,70 22,82 19,57 13,89
24,86 20,75 16,34 17,72 18,89 16,93 17,13 15,35 17,02 17,62 16,52 16,16
EUR EUR USD EUR USD USD USD USD EUR USD EUR USD
Alexander T. Norton, Jason C. Yeung, Armistead B. Nash, Alexander T. Norton, Jason C. Yeung, Armistead B. Nash, David B. Powell, Karina Funk Michael T. Smith, Christopher J. Warner Taymour R. Tamaddon Daniel Charles Roarty Kenneth M. Stuzin Vinay Thapar, Frank V. Caruso, John H. Fogarty Mary Jane McQuillen, Derek J. Deutsch Peter Bourbeau, Margaret B. Vitrano Andrew Acheson, Paul Cloonan Matthew Benkendorf, Chul Chang, Edwin Walczak
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
11,53 10,81 8,36 8,12 7,13 10,25 4,94
10,72 9,48 7,26 6,25 5,53 4,50 3,97
16,48 15,75 14,96 5,19 5,18 27,45 12,84
18,62 20,44 20,06 16,42 17,45 22,17 17,48
USD USD GBP USD USD EUR USD
— Julien Boulliat, Shinil Balakrishnan Andrew Brandon, Clare A. Hart, David Silberman — Nevin P. Chitkara, Steven R. Gorham Duilio R. Ramallo Angel Agudo, Ashish Bhardwaj
DABC DABC
26,76 18,19
29,62 20,69
43,69 36,91
24,15 19,79
USD USD
Amy Y. Zhang Curt J Organt
SELO
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
5 ANOS
34,39 29,99 27,70 30,57 25,40 27,53 24,13 24,82 24,25
DIVISA BASE
GESTOR
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 33
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
Legg Mason RY US SmCp Opp X USD Acc BNP Paribas US Small Cap Classic R JPM US Smaller Companies A (dist) USD CONVERTIBLES Lazard Convertible Global PC EUR Schroder ISF Glb Convert Bd C Acc USD JPM Global Convert (EUR) D (acc) EUR BNP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C COMMODITIES BROAD BASKET PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc COMMODITIES SPECIFIED Ofi Fincl Inv Precious Metals I ALTERNATIVE MISCELLANEOUS BSF Global Event Driven Z2 USD Candriam Risk Arbitrage C GLOBAL MACRO Nordea 1 - Alpha 10 MA BP EUR JPM Global Macro D (acc) USD JPM Global Macro Opps A (acc) EUR LONG/SHORT CREDIT Pictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD Legg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc NR DCI Market Netrl Crdt UCITS A Fndr USD BSF Fixed Income Strategies I2 EUR Allianz Credit Opportunities IT13 EUR LONG/SHORT EQUITY Pictet TR - Mandarin I USD Man GLG Innovation Eq Alt IN USD Acc JPM US Hedged Equity A (acc) USD Schroder GAIA Egerton Eq I Acc EUR Eleva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc Pictet TR - Atlas I EUR Janus Henderson UK Abs Ret R£ Acc Pictet TR - Corto Europe I EUR Schroder GAIA Sirios US Eq E Acc EUR Hdg MARKET NEUTRAL Aegon Global Eq Mkts Netrl EURH C Acc MW Systematic Alpha UCITS B USD Pictet TR - Agora I EUR BSF European Absolute Return D2 EUR Man GLG Alpha Select Alt ILH EUR Acc BMO Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR BSF Americas Div Eq Abs Ret D2 EUR H MULTIALTERNATIVE BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc NN (L) Alternative Beta I Cap USD DWS Concept Kaldemorgen EUR SC Neuberger Bm Uncrltd Strats GBP I5 Acc Pictet TR - Div Alpha I EUR Franklin K2 Alt Strats I(acc)EUR-H1 Eurizon Absolute Prudent R Acc AGGRESSIVE ALLOCATION MFS Meridian Prudent Wealth I1 USD MFS Meridian Prudent Capital I1 EUR Barclays GlobalBeta Port 5 A Acc GBP Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 I EUR Barclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP BSF Managed Index Port Growth A2 EUR First Eagle Amundi International RU-C BL-Global 75 B EUR ALLOCATION MISCELLANEOUS HSBC GIF Mgd Solu Asia Focsd Inc AC CAUTIOUS ALLOCATION GS Global MA Cnsv I Acc USD Amundi Fds Global MA Cnsrv M2 EUR C Ninety One GSF Glb MA Inc I Acc USD Invest Alves Ribeiro PPR FIMA Pictet-Multi Asset Global Opps I EUR Invesco Pan European Hi Inc C EUR Acc Caixa Seleção Global Moderado FIMA ODDO BHF Polaris Moderate CR EUR Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 IT EUR JPM Global Income Cnsrv C (acc) EUR Caixa Inv Socialmente Resp FIMA
34 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 26-3-21
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DABC DABC DABC
18,17 14,90 12,86
16,34 13,78 12,09
56,08 32,04 26,14
31,14 23,61 22,51
USD USD USD
Bill Hench, Robert Kosowsky, Suzanne Franks Geoffry V. Dailey, Pamela J. Woo Don San Jose, Daniel J. Percella, Jon Brachle
DABC DABC DABC DABC
13,83 7,50 8,07 4,54
14,55 11,23 9,64 3,30
26,82 16,94 37,75 10,75
10,51 8,30 12,27 7,61
EUR USD EUR EUR
Arnaud Brillois Peter Reinmuth, Chris Richards Paul Levene, Hart Woodson Caroline de Bourleuf, Eric Bouthillier
DABC
3,40
2,57
14,70
15,20
USD
Mihir P. Worah, Lorenzo Pagani, Greg E. Sharenow,
DABC
11,37
13,48
23,92
15,43
EUR
Benjamin Louvet, Olivier Daguin
DABC DABC
3,63 0,33
7,07 0,22
-1,09 0,15
7,43 2,03
USD EUR
Mark McKenna Stéphane Dieudonne, Fabienne CRETIN-FUMERON
DABC DABC DABC
3,95 0,44 2,86
2,29 2,26 1,45
7,02 -3,77 10,37
6,34 6,42 5,52
EUR USD EUR
Asbjørn Trolle Hansen, Claus Vorm, Karsten Bierre, Per Walter Shrenick Shah, Josh Berelowitz, Benoit Lanctot Shrenick Shah, Josh Berelowitz, Benoit Lanctot
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
1,61 5,05 2,07 0,86 1,80
4,68 4,53 3,07 2,30 1,33 0,95
-7,69 -6,22 6,02 -9,64 4,52 0,90
5,86 9,15 3,08 5,96 3,61 1,86
USD USD EUR USD EUR EUR
Ella Hoxha, Andres Sanchez Balcazar — Brian Lieberman Johan Sjogren, Michael Krautzberger, Tom Mondelaers Hervé Dejonghe, Grégoire Docq
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,38
-0,80 2,61 3,64
10,76 8,34 7,99 6,79 6,27 5,38 1,99 1,10 0,67
20,60 6,63 9,19 12,58 10,83 14,36 1,87 6,66 4,33
7,49 5,94 8,63 13,04 4,31 3,17 6,66 4,04 11,01
USD USD USD EUR EUR EUR GBP EUR EUR
Lan Wang-Simond Priya Kodeeswaran Hamilton Reiner, Raffaele Zingone John C. Armitage Eric Bendahan Matthieu Fleck Luke Newman, Benjamin Wallace Phillipe Sarreau John F. Brennan
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,12 1,81 5,23 2,19 -0,47
5,94 5,25 4,54 4,07 3,97 2,72 -3,05
22,36 0,06 7,16 5,04 3,20 3,59 -4,30
5,56 7,15 5,58 4,35 3,29 2,38 5,81
EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR
David Pringle Elif Aktug, Benoît Capiod, Vincent Ijaouane David Tovey, Stefan Gries Charles Long, Nick Judge Alban Lhonneur, Marcus Phayre-Mudge Travis Cooke, Raffaele Savi
6,83 6,55 4,43 1,48 1,44 1,24 0,78
9,38 7,13 4,44 -0,48 7,70 6,75 1,17
7,21 6,31 7,14 5,82 3,44 6,04 1,79
EUR USD EUR GBP EUR EUR EUR
Andrew Warwick, Suzanne Hutchins, Aron Pataki Willem van Dommelen, Stan Verhoeven, Daan van Gemert, Henning Potstada, Christoph-Arend Schmidt, Klaus Kaldemorgen Fred Ingham, Jeffrey Majit, David Kupperman, Ian Haas Philippe de Weck, Federico Canè Anthony Zanolla, Brooks Ritchey, Robert Christian Roberto Bianchi
5,51 1,16 14,66 14,25 12,16 16,46 8,24 2,71
5,55 5,76 14,67 13,58 13,61 13,85 13,19 7,55
USD EUR GBP EUR GBP EUR USD EUR
Edward Dearing, Barnaby M. Wiener David P. Cole, Edward Dearing, Barnaby M. Wiener — Cordula Bauss, Andreas de Maria Campos, Marcus Stahlhacke — Stephen Walker, Christopher Downing, Rafael Iborra Kimball Brooker, Julien Albertini, Matthew B. McLennan Joël Reuland
SELO
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
10,17 7,19
3,49 4,18 4,93 2,36 2,62 0,53
DIVISA BASE
GESTOR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
8,31 9,42 7,22 7,95 5,44 4,56
9,35 7,62 7,46 7,22 6,74 6,40 5,71 5,35
DABC
5,51
5,66
3,29
7,41
USD
Denis James Gould
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,09 5,28 3,03 7,09 3,36 5,19 3,61 2,70 2,91
6,02 5,58 4,71 4,05 3,47 3,22 3,06 2,93 2,91 2,75 2,61
0,43 10,99 -2,75 4,03 6,80 5,27 6,84 5,05 2,15 3,57 3,11
7,69 5,39 6,13 8,84 4,64 9,35 7,18 5,15 4,98 5,52 7,76
USD EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Christopher Lvoff, David Copsey, Shoqat Bunglawala Enrico Bovalini, Francesco Sandrini, Luigi Cesari Jason Borbora-Sheen, John Stopford Paulo Monteiro Andrea Delitala, Marco Piersimoni Thomas H. Moore, Stephanie Butcher, Paul Read, Paul Causer — Peter Rieth Cordula Bauss, Andreas de Maria Campos, Marcus Stahlhacke Michael Schoenhaut, Eric J. Bernbaum —
7,03
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 SELO
FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 26-3-21
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
6,78 -2,81 4,84 -0,52 4,78 6,55 1,48 3,03 -0,03 2,31 0,06
8,67 6,73 7,30 4,62 7,46 4,49 3,28 6,38 4,83 3,59 8,64
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Roland Kramer, Sebastian Richner, Daniel Rudis Elmar Peters Richard Woolnough Cordula Bauss, Massimiliano Pallotta, Alistair Bates Miguel Taledo de Sousa Eduardo Monteiro Søren Brogaard Lolle, Karsten Bierre, Caroline Henneberg Alexandre Burgues, Yannick Quenehen Carmen Borondo — Julien de Saussure
DIVISA BASE
GESTOR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
3,80 2,87 4,03 1,85 1,65 1,21 2,74 1,03 1,32 2,98
2,57 2,15 1,91 1,79 1,78 1,71 1,65 1,62 0,87 0,72 0,18
FLEXIBLE ALLOCATION Ninety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc FvS Multiple Opportunities II IT Epsilon Fund Enh Const Rk Contrib I€ Acc AXAWF Optimal Income E Cap EUR pf M&G (Lux) Dynamic Allocation C EUR Acc
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
8,48 6,63 6,26 3,63 3,19 5,06
8,18 6,94 6,48 2,44 1,23 0,19
12,67 16,36 4,40 5,04 8,98 7,61
9,36 5,44 8,88 5,57 10,34 13,01
USD EUR EUR EUR EUR EUR
Iain Cunningham, Jimmy Elliot Mihir P. Worah, Geraldine Sundstrom Bert Flossbach Maria Bruna Riccardi Stéphane Castillo-Soler, Serge Pizem Juan Nevado, Craig Moran
MODERATE ALLOCATION Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc Janus Henderson Balanced A2 USD Allianz Income and Growth I H2 EUR T. Rowe Price Glb Alloc I USD BGF Global Allocation A2 Acatis Gané Value Event Fonds A Ruffer Total Return Intl I GBP Cap Capital Group Global Allc (LUX) Z Man AHL TargetRisk D H EUR Jupiter Merlin Intl Bal D EUR Acc MFS Meridian Global Total Ret A2 USD Caixa Seleção Global Arrojado FIMA JPM Global Balanced A (acc) EUR Fidelity Global Mlt Ast Inc A-Acc-USD Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 IT EUR Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc UBS (Lux) SF Balanced (EUR) Q-acc FvS Multi Asset - Balanced IT BPI Dinâmico FIAF JPM Global Income A (div) EUR M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc Nordea 1 - Stable Return BP EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
9,82 9,78 9,74 9,47 8,69 8,58 7,45 7,29 6,90 5,73 5,41 5,17 4,80 4,65 4,58 3,97 3,46 3,28 3,22 2,29 2,16 0,80
19,42 5,70 31,36 12,23 15,55 15,94 22,14 7,01 6,19 10,04 3,47 11,17 14,84 -3,96 8,45 15,99 10,66 -2,48 10,90 6,24 2,88 2,29
6,89 10,67 13,64 10,66 10,49 13,00 9,52 8,38 7,92 8,70 11,94 11,01 9,48 8,39 9,55 7,32 11,16 8,69 7,30 9,79 11,38 5,51
EUR USD EUR USD USD EUR GBP EUR EUR EUR USD EUR EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Keith Ney, Mark Denham Greg J. Wilensky, Jeremiah Buckley, Michael Keough, E. Marc Pinto David J. Oberto, Douglas G. Forsyth, Justin M. Kass, Michael E. Yee Charles M. Shriver Russ Koesterich, David Clayton, Rick Reider Henrik Muhle, Uwe Rathausky Jacques Hirsch, Alex Lennard Paul Flynn, Andrew A. Cormack, Tomonori Tani, Thomas H. Høgh, Russell Korgaonkar Algy Smith-Maxwell, John Chatfeild-Roberts, Amanda Sillars, Jonathan W. Sage, Nevin P. Chitkara, Robert Spector, — Katy Thorneycroft, Gareth Witcomb, Jonathan M. Cummings Eugene Peter Philalithis, George Efstathopoulos, Becky Qin Cordula Bauss, Marcus Stahlhacke David Older, Rose Ouahba Roland Kramer, Sebastian Richner, Daniel Rudis Elmar Peters Eduardo Monteiro Michael Schoenhaut, Eric J. Bernbaum Steven Andrew Asbjørn Trolle Hansen, Claus Vorm, Kurt Kongsted
P
R
TNE
AR
AR
R
P
UBS (Lux) SF Yield (EUR) Q-acc FvS - Multi Asset - Defensive IT M&G (Lux) Optimal Income C EUR Acc Allianz Strategy 15 IT EUR Bankinter 25 PPR/OICVM B FIMA BPI Moderado FIAF Nordea 1 - Balanced Income BP EUR Amundi Rendement Plus I C Santander Poupança Prudente FPR FIAA Caixa Seleção Global Defensivo FIMA EdRF Income Europe Ia EUR
TNE
A OPINIÃO DE JUSTIN KEW Analista ESG, Carmignac
A NECESSIDADE DA INDÚSTRIA MINEIRA EM ESG Em todo o mundo, a urgência para atenuar as alterações climáticas e nos adaptarmos a estas é cada vez mais evidente. A década de 2020 exigirá medidas drásticas para manter o aumento da temperatura mundial abaixo de 1,5 ºC.
8,45 11,17 7,10 7,88 4,89 7,08 6,65 4,65 5,47 5,95 4,01 5,84 3,50 5,36 4,52 3,16 4,17 5,75 0,91
Na Carmignac, acreditamos que ainda que seja nosso dever compreender e apoiar os setores que possibilitam o avanço das tecnologias verdes, consideramos que não se deve investir unicamente em empresas centradas exclusivamente em atividades verdes e excluir as empresas que as tornam possíveis, como as mineiras, não obstante o aumento das emissões de CO2 ou das controvérsias do passado. A extração de minerais tais como o cobre, níquel, cobalto, prata, alumínio, lítio e neodímio, entre outros, será necessária em maior escala para as células fotovoltaicas, os aerogeradores, o armazenamento em baterias e as cablagens condutoras necessárias
para garantir a conetividade se quisermos possibilitar esta transição. Criticam-se as empresas mineiras pelas suas más práticas ambientais, mas poucos estão conscientes de que existe um conjunto importante e crescente de empresas à escala mundial que está a desenvolver novas tecnologias para tornar a mineração mais eficiente, melhor para o planeta e mais segura para os trabalhadores e as comunidades locais. Como investidores, é importante darmos um passo mais além para compreendermos questões desta envergadura. Devemos investir em empresas vitais para a transição verde, mas não apenas nas mais óbvias. A colaboração com as empresas mineiras nestas questões conduz a uma maior sensibilização e à resolução de preocupações ambientais e sociais. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 35
PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS
DEZEMBRO E JANEIRO
MERCADO EUROPEU DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ENTRA EM 2021 COM O PÉ DIREITO
na Europa
Barómetro
por Catarina Vinagre
A indústria europeia de fundos continua a crescer e está maior do que nunca. Em apenas dois meses aumentou 928 milhões de euros.
FUNDOS INTERNACIONAIS QUE MAIS CAPTAM (PRODUTOS EUROPEUS DISTRIBUÍDOS EM VÁRIOS PAÍSES)
EM JANEIRO 2021
EM AÇÕES
FUNDO
EM MULTIATIVOS E OUTROS
VOL.
UBS (Lux) IF - Eq. Eu. (ex UK ex Switz.) Passive II
1.515
BlackRock Global Funds - China Bond Fund
982
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset DABC
UBS (Irl) ETF plc - MSCI ACWI ESG U. UCITS ETF
1.269
iShares China CNY Bond UCITS ETF
853
Allianz GIF - Allianz Inc. and Growth DABC
361
Allianz Global IF - All. China A-Shares DABC
1.096
Aviva Investors - Em. Mkts Local Curr. Bond
416
Invesco Physical Gold ETC
344
BNP Paribas Funds Energy Transition DABC
883
Mercer Global Inv. - Abs. Return Fixed Income
375
Mercer GI - Mercer Investment Fund 19
246
Amundi Index MSCI USA SRI (ETF)
872
HSBC GIF Global Government Bond
364
Flossbach von Storch SICAV - M. Opportunities
232
UBS (Lux) IF - Eq. Eu. (ex UK ex Switz.) Passive
868
Nomura Funds Ireland - Global Dynamic Bond
334
Amundi Physical Gold ETC
228
JPMorgan Funds - China A-Share Opp. Fund
853
BlackRock FI Sel. - iShares Green Bond IF
320
Amundi 12 M
184
BlackRock GF - N. Gen. Tech. Fund DABC
830
Flossbach von Storch - Bond Opp. DABC
315
UBS (Lux) K. Sel. Sicav - China All. Oppor. (USD)
176
JPMorgan Funds - China Fund DABC
827
HSBC GIF Asian High Yield Bond
310
iShares Physical Gold ETC
175
iShares Core MSCI World UCITS ETF
806
iShares $ High Yield Corp. Bond UCITS ETF
305
iShares Bloomberg Roll Sel. C. Swap UCITS ETF
165
FUNDO
EM DEZEMBRO 2020
EM OBRIGAÇÕES
FUNDO
VOL.
FUNDO
VOL.
VOL.
FUNDO
FUNDO
VOL. 532
VOL.
iShares Core S&P 500 UCITS ETF (USD)
997
Mercer Passive Euro Corporate Bond Fund
955
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset DABC
501
iShares MSCI World Small Cap UCITS ETF
956
Multi Units Lux. - Lyxor US TIPS (DR) UCITS ETF
688
Man Funds VI plc - Man AHL T. Risk DABC
383
HSBC S&P 500 ETF
922
Vanguard Inv. Series Plc - V. Glob. Bond I. Fund
652
Multiflex Sicav - Olympium Ins. Multi-Asset
300
Amundi Index MSCI Emerging Markets (ETF)
730
PIMCO GIS Global Inv. Grade Credit DABC
640
MFS Meridian - Prudent Capital Fund
256
iShares Global Clean Energy UCITS ETF
726
iShares China CNY Bond UCITS ETF
627
Ruffer Sicav R. Total Return International DABC
245
iShares Core MSCI World UCITS ETF
717
BlackRock Global Funds - China Bond Fund
590
BlackRock Str. F. - G. Event Driven Fund DABC
244 197
Vanguard Funds Plc - V. FTSE 250 UCITS ETF
670
Fidelity Funds - Euro Short Term Bond F. DABC
519
Flossbach von Storch SICAV - Multiple Opp.
Morgan Stanley-Global Opp. Fund DABC
637
iShares J. P. Morgan ESG $ EM Bond UCITS ETF
488
Janus Henderson Cap. F. - Balanced Fund DABC
173
iShares MSCI World ESG Enhanced UCITS ETF
626
JPM BetaBuilders US Tre. Bond 0-1 yr UCITS ETF
444
LGT Premium Strategy GIM
149
Allianz GIF - Allianz G. Artificial Int. DABC
612
Mercer Global Inv. - S. Dur. Glob. Bond Fund 1
438
BNP Paribas Flexi III Signature EUR
138
Fonte: Broadridge FundFile e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.
36 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
A
Corporate Bond Fund. O produto da Mercer conseguiu captar 955 milhões de euros, quase 300 milhões acima da média do conjunto.
2021 Janeiro foi um mês mais calmo para os mercados, mas, ainda assim, não esteve isento de acontecimentos. Christine Lagarde continuou a oferecer o seu apoio sem gastar de uma vez todas as suas balas. Do outro lado do ocea-
no, nos Estados Unidos, temia-se um novo taper tantrum, mas Powell procurou acalmar os ânimos, não através de ações, mas de palavras. O mês também ficou marcado pela vitória democrata no senado americano e pelo início do mandato do presidente Joe Biden. Embora mais timidamente, no primeiro mês de 2021, a indústria europeia de fundos de investimento manteve a tendência de crescimento. Face a dezembro subiu 116,769 milhões de
DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA EM JANEIRO MERCADO Internacional (*)
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
TOTAL
1.932.051
2.541.896
145.803
582.428
960.936
6.163.113
Reino Unido
281.160
870.633
41.393
195.453
134.782
1.523.421
Alemanha
102.395
205.049
59.377
62.620
281.836
711.276
127.173
217.533
161.357
180.533
14.195
700.791
Suíça
199.285
264.210
55.859
68.283
25.453
613.091
Itália
201.887
89.874
13.107
217.198
26.183
548.249
Suécia
62.667
328.021
3.024
58.070
19.314
471.097
Espanha
86.083
40.369
17.892
41.123
6.730
192.196
3.267.745
4.873.642
539.317
1.543.494
1.517.973
11.742.172
França
TOTAL
DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA, EM DEZEMBRO E JANEIRO MERCADO Internacional (*) Reino Unido Alemanha França
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
TOTAL
34.451
86.168
1.287
509
5.427
3.662
560
-717
68
-2.737
127.842 835
34
1.125
515
-370
8.921
10.225
80
3.883
552
2.158
-493
6.180
Suíça
3.320
886
177
552
-309
4.627
Itália
1.132
1.720
-413
-883
357
1.913
Suécia
1.563
6.305
18
341
-509
7.718
Espanha TOTAL
1.387
418
-161
142
168
1.955
45.629
101.065
1.259
2.516
10.825
161.294
O MERCADO EUROPEU DE FUNDOS VALE ATUALMENTE 11,7 BILIÕES DE EUROS MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 37
*Inclui Luxemburgo e Dublin. Dados em milhões de euros
pesar de todas as adversidades de 2020, a verdade é que o mercado europeu de fundos de investimento conseguiu acabar o ano em beleza e entrar em 2021 com o pé direito. Novembro pode ter marcado o ponto de viragem para o mercado europeu de fundos de investimento, altura em que, após a gradual recuperação, a indústria saiu finalmente da sombra da pandemia, mas a verdadeira surpresa veio em dezembro. No último mês do ano, do lado dos bancos centrais, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, confirmava que a política de taxas zero e as compras do programa QE se mantinham até que a economia mostrasse uma maior recuperação. Também Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, anunciava uma nova ronda de estímulos. Além disso, após longos quatro anos de intensas negociações, a União Europeia e o Reino Unido selavam em véspera de Natal um acordo sobre o Brexit. Se foi influenciado pelo apoio dos bancos centrais ou por finalmente ser conhecido o desfecho do Brexit, não sabemos, mas o mercado respondeu com a maior subida mensal desde que fazemos esta análise: 811, 290 milhões de euros. Com este aumento, passou a valer 11,7 biliões de euros. Em termos de subscrições líquidas, também se registou outro recorde: o maior número de ETF entre os fundos de ações que mais captam. Os fundos da iShares, o braço de gestão passiva da BlackRock, foram os grandes impulsionadores desta tendência, já que ocupam metade do top. Com apenas estes cinco fundos, a entidade encaixou 4,022 milhões de euros em captações. A presença da gestão passiva também se fez notar entre os fundos de obrigações, mas neste segmento o destaque vai para o Mercer Passive Euro
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PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS
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A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Diretora de Estratégia, J.P. Morgan AM
TRÊS FUNDOS DE AÇÕES CONSEGUIRAM CAPTAÇÕES LÍQUIDAS ACIMA DE MIL MILHÕES DE EUROS euros, passando a valer 11,7 biliões de euros. Este, que é o valor mais elevado de sempre, ganha ainda mais importância se recuarmos a março de 2020, quando o mercado caiu para 9,4 biliões. Em menos de um ano, o mercado cresceu 2,2 biliões de euros. Relativamente às captações, os três fundos de ações que ocupam o pódio conseguiram subscrições líquidas acima dos mil milhões de euros, dois dos quais pertencem à UBS AM. O derradeiro lugar foi alcançado pelo Allianz Global Investors Fund - Allianz China A-Shares, um fundo que conta com Selo FundsPeople 2021 pela sua classificação de Blockbuster e Consistente. Nos três segmentos – ações, obrigações e multiativos e outros – verifica-se uma curiosidade interessante: a incidência
de fundos que têm a China como universo de investimento.
CASAS DE INVESTIMENTOS Quanto às casas gestoras, não há grandes novidades. A BlackRock, dominou completamente em dezembro com captações que deixam a concorrência a anos-luz. O segmento que inclui os monetários obteve 24,617 milhões de euros, mais do triplo do obtido pela Amundi. No segmento sem monetários, quer em dezembro, quer em janeiro, conseguiu subscrições líquidas superiores a 10 mil milhões de euros. No grupo que inclui os monetários, em janeiro, o volume de captações foi mais equilibrado com uma média de 3,394 milhões de euros. A UBS AM foi a que mais se destacou ao obter captações na ordem dos 5.680 milhões de euros.
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM JANEIRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
UBS
5.680
BlackRock
JP Morgan AM
3.992
UBS
4.616
Allianz GI
2.828
JP Morgan AM
3.391
Robeco/ORIX
2.272
Allianz GI
2.945
Pictet
2.198
Robeco/ORIX
2.272
12.103
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM DEZEMBRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
BlackRock
24.617
BlackRock
Amundi
7.840
PIMCO
3.216
BNY Mellon
6.357
Vanguard
2.545
Morgan Stanley
4.199
Fidelity
2.381
Fidelity
3.470
JP Morgan AM
2.297
38 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
16.981
QUANDO VÃO AS VACINAS PERMITIR UMA RECUPERAÇÃO ECONÓMICA SUSTENTÁVEL? Durante meses, a pergunta que todo a gente se fazia era: “Quando poderemos voltar à normalidade?”. A resposta breve é: “Quando as pessoas vulneráveis tenham sido vacinadas e os sistemas de saúde possam tratar mais facilmente os casos de COVID-19”. Mas a resposta completa é mais complexa. Ainda que proteger as pessoas vulneráveis facilite o processo de uma reabertura sustentável, continuará a ser necessário aplicar medidas de precaução até que um grupo mais vasto de pessoas tenha sido vacinado, e os prazos vão variar em todo o mundo. A nossa perspetiva base para as principais economias desenvolvidas é que o processo de uma reabertura sustentável comece na primavera e que nos últimos meses do ano vejamos uma subida na atividade económica à medida que a procura vá despertando. O forte aumento da atividade económica deverá suportar os ativos de risco e, em particular, veremos uma recuperação dos setores que mais sofreram durante a pandemia. Obviamente, existem riscos como, por exemplo, o atraso na vacinação ou se se demonstrar que a eficácia da vacina é inferior. Não obstante, continuamos a achar que apesar de enfrentarmos estes riscos, estes em vez de frustrar a recuperação completamente, vão provocar apenas uma demora até que se encontrem novas soluções.
APENAS PARA CLIENTES PROFISSIONAIS E INVESTIDORES QUALIFICADOS.
ORES INVESTIMENTO ÉTICO ÁG UNDOS INVESTIMENTOS ATIVO TEGRAÇÃO DE RELATÓRIOS ES DAÇÕES SUSTENTÁVEIS VERDES SRI STEWARDSHIP RISCO CLIM IÁTICO EXCLUSÃO AMBIENTAL OCIAL COM GOVERNAÇÃO OTI MIZAÇÃO DA INTEGRAÇÃO ESG S MUDANÇA CLAREZA PEGADA CARBONO FATORES AMBIENTA iShares. Sustentável, simplificado. A indexação pode dar-lhe a clareza de necessária para construir uma carteira mais sustentável. Invista em algo maior. Capital em risco. O valor dos investimentos e a renda que você obtém podem diminuir e aumentar, e o valor inicial investido não pode ser garantido. Informação importante Até 31 de Dezembro de 2020, emitido pela Investment Management (UK) Limited, autorizada e regulamentada pela Financial Conduct Authority. Sede registada: 12 Throgmorton Avenue, Londres, EC2N 2DL. Tel: +44 (0)20 7743 3000. Registada em Inglaterra e no País de Gales, n.o 00796793. Para sua protecção, as chamadas telefónicas são normalmente gravadas. Consulte o site da Autoridade de Conduta Financeira para obter uma lista das actividades autorizadas realizadas pela BlackRock. A partir de 1 de Janeiro de 2021, caso o Reino Unido e a União Europeia ¬ ¨ ¥ ¯ Ğ ¬ ı é o Reino Unido: (i) BlackRock BlackRock Investment Management (UK) Limited para todos os países fora da União Europeia; e (ii) BlackRock (Países Baixos) B.V. para na União Europeia, Ť È ť İ İ ¶ ¢ Ğ İ Þ Ɓı ƁƀƉƆ ı ¬ ı IJ ƀƂƀ Ř ƅƄƉ ƅƂƀƀı IJ ƃƁŠƂƀŠƅƄƉŠƅƂƀƀİ İċ ƁƇƀƆƈƃƁƁ ¯¬ ı Þ ¬ İ Ğ ¬ ¶ quaisquer fundos BlackRock e não foi elaborado em relação a qualquer oferta deste tipo. © 2021 BlackRock, Inc. Todos os direitos reservados. 1485044
TENDÊNCIAS CAPA por Miguel Rêgo, CFA
AS ENTIDADES GESTORAS
COM A OFERTA MAIS CONSISTENTE EM PORTUGAL Comparamos os números de fundos e ativos sob gestão dos fundos registados em Portugal, com aqueles que se destacam em 2021 pela classificação de Consistente do Selo FundsPeople.
S
ão já seis anos em que o Departamento de Análise da FundsPeople calcula e divulga os fundos com Selo FundsPeople. Um rating que agrega informação exclusiva e que capitaliza na proximidade da FundsPeople com o universo de gestão de ativos e patrimónios nacional e internacional. São três as vertentes que compõem o Selo e que refletem as diferentes
40 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
perspetivas que validam o sucesso de um fundo. A letra A de Favorito dos Analistas classifica aqueles fundos que surgem no top of mind dos selecionadores do sul da Europa quando questionados acerca dos seus fundos favoritos. A letra B, por seu lado, destaca aquelas estratégias com maior sucesso comercial na Península Ibérica. Mais especificamente, aqueles fundos que maior património agregam e atraem. Por fim, a letra
GESTORAS COM MAIOR OFERTA
GESTORAS COM MENOR OFERTA
OFERTA DE FUNDOS COM ANTIGUIDADE SUPERIOR A TRÊS ANOS SUPERIOR A 35
OFERTA DE FUNDOS COM ANTIGUIDADE SUPERIOR A TRÊS ANOS IGUAL OU INFERIOR A 10
ENTIDADE GESTORA
T. Rowe Price
NÚMERO DE FUNDOS CONSISTENTES
OFERTA COM MAIS DE 3 ANOS
% FUNDOS CONSISTENTES NA OFERTA + 3 ANOS
PATRIMÓNIO FUNDOS CONSISTENTES NA OFERTA + 3 ANOS
10
38
26%
31%
7
56
13%
6%
Columbia Threadneedle
7
57
12%
20%
PIMCO
5
41
12%
55%
Pictet
9
80
11%
23%
NN IP
5
49
10%
5%
Goldman Sachs AM
ENTIDADE GESTORA
NÚMERO DE FUNDOS CONSISTENTES
OFERTA COM MAIS DE 3 ANOS
% FUNDOS CONSISTENTES NA OFERTA + 3 ANOS
PATRIMÓNIO FUNDOS CONSISTENTES NA OFERTA + 3 ANOS
AMP Capital
1
1
100%
100%
Fundsmith
1
1
100%
100%
Hermes Fund Managers
1
1
100%
100%
Acatis
1
2
50%
100%
Sky Harbor
1
2
50%
5%
La Financière de l'Echiquier
2
5
40%
59%
Alger
1
3
33%
59%
DCI
1
4
25%
9%
5
20%
43% 75%
JPMorgan AM
9
104
9%
16%
Nordea
5
61
8%
19%
Aberdeen Standard Investments
3
38
8%
4%
Brown Advisory
1
BNP Paribas
5
66
8%
12%
Nevastar Finance
1
5
20%
Schroders
8
113
7%
23%
DNB AM
1
6
17%
8%
AllianceBernstein
3
43
7%
9%
Flossbach von Storch
1
7
14%
23% 56%
DWS
5
75
7%
3%
Polar Capital
1
8
13%
Morgan Stanley
3
46
7%
10%
Aegon AM
1
9
11%
5%
BlackRock
5
93
5%
15%
Muzinich
1
9
11%
3%
Allianz Global Investors
4
80
5%
41%
RAM
1
10
10%
20%
UBS
4
80
5%
27%
Vontobel
4
38
11%
37%
Fidelity
5
107
5%
4%
Eurizon
2
49
4%
1%
Franklin Templeton
4
100
4%
7% 3%
HSBC
2
62
3%
AXA IM
2
78
3%
2%
Amundi
1
96
1%
2%
GESTORAS COM OFERTA INTERMÉDIA OFERTA DE FUNDOS COM ANTIGUIDADE SUPERIOR A TRÊS ANOS ENTRE UM Nº DE 11 E 35 ENTIDADE GESTORA
NÚMERO DE FUNDOS CONSISTENTES
OFERTA COM MAIS DE 3 ANOS
% FUNDOS CONSISTENTES NA OFERTA + 3 ANOS
PATRIMÓNIO FUNDOS CONSISTENTES NA OFERTA + 3 ANOS
Vanguard
8
28
29%
Carmignac
3
11
27%
39% 9%
Candriam
9
35
26%
54%
Capital Group
5
20
25%
14%
Wells Fargo
3
13
23%
51%
Mercer Global Investments
3
14
21%
21%
Man Group
3
16
19%
57%
Jupiter Asset Management
6
34
18%
54%
Oddo BHF AM
2
13
15%
16%
Janus Henderson
5
35
14%
14%
Ninety One
5
35
14%
9%
Banque de Luxembourg
3
22
14%
25%
M&G
4
30
13%
91%
BlueBay
3
24
13%
36% 28%
Caixa Gestão de Ativos
2
18
11%
BPI Gestão de Ativos
3
28
11%
4%
MFS
3
32
9%
38%
Edmond De Rothschild
1
11
9%
6%
Mirae Asset
1
11
9%
51%
BNY Mellon IM
3
34
9%
26%
GNB Gestão de Ativos
1
14
7%
21%
Mirabaud AM
1
14
7%
2%
Wellington
1
14
7%
1%
Credit Suisse
2
30
7%
3%
Barclays
2
32
6%
3%
Neuberger Berman
1
32
3%
14%
Fonte: Elaboração própria com dados da Morningstar Direct. Os fundos consistentes são comparados com a oferta que tem um histórico de mais de três anos, eliminando as categorias de garantidos, monetários, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade objetivo. Dados a 31 de dezembro de 2020.
A CONSISTÊNCIA É CARACTERÍSTICA DE CERCA DE 9,3% DA OFERTA COM MAIS DE TRÊS ANOS, MAS NO CÁLCULO CONSIDERANDO OS ATIVOS SOB GESTÃO ESTA MÉDIA ASCENDE AOS 21,5%
SAIBA MAIS SOBRE A METODOLOGIA DO SELO FUNDSPEOPLE https://bit.ly/3qPc6ML MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 41
TENDÊNCIAS CAPA
A CAIXA GESTÃO DE ATIVOS E BPI GESTÃO DE ATIVOS TÊM 11% DA SUA OFERTA COM MAIS DE TRÊS ANOS CLASSIFICADA COMO CONSISTENTE, E A GNB GESTÃO DE ATIVOS 7%
C é o reconhecimento quantitativo dos bons resultados de retorno e risco a longo prazo em comparação com a oferta disponível em Portugal na mesma categoria. É precisamente neste terceiro pilar do Selo FundsPeople 2021, a classificação de Consistente, que este artigo se foca. Mais especificamente, nas entidades gestoras que criaram e nutriram estas estratégias no caminho da consistência.
CONSISTÊNCIA Com dados a 31 de dezembro de 2020 são 557 fundos que obtiveram a classificação de Consistentes do Selo FundsPeople 2021. Como sempre, excluímos da análise fundos com um histórico de rentabilidade inferior a três anos e todos os que se enquadram na categoria de fundos do mercado monetário, com capital garantido, ren42 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
tabilidade ou maturidade-objetivo e obrigações de muito curto prazo. Estes 557 fundos representam menos de 10% da oferta disponível em Portugal. Ou seja, segundo o nosso modelo, menos de um décimo da oferta de fundos registada para comercialização no nosso país (com mais de três anos) se posiciona entre a nata da nata no que ao comportamento consistente diz respeito, segundo os nossos critérios. Será interessante - e é o objetivo deste artigo - ver como se reflete esta consistência no número de fundos e património em fundos consistentes das entidades que operam no nosso país. Uma análise que nos permitirá, em termos gerais, ver que entidades dispõem de uma oferta mais sólida em comparação com a sua concorrência. Para esse efeito, comparamos o número de fundos consistentes de cada entidade com o número total de fundos que integram a sua oferta com mais de três anos de histórico em Portugal. Se tivermos em consideração todas as entidades com pelo menos um fundo consistente em Portugal, vemos que, em média, a Consistência, pelas nossas definições, é característica de cerca de 9,3% da oferta dessas mesmas entidades com mais de três anos. No entanto, se repetirmos o cálculo levando em consideração os ativos sob gestão em fundos consistentes
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A OPINIÃO DE MÁRIO PIRES Diretor de clientes institucionais e do mercado português, Schroders
4 RAZÕES QUE TORNAM AS OBRIGAÇÕES CHINESAS ATRATIVAS
- ao invés do número de produtos esta média ascende aos 21,5%. Um atestado de reconhecimento da qualidade de consistência por parte dos investidores.
SEGMENTAÇÃO Para demonstrar como se distribui a consistência entre as entidades gestoras representadas em Portugal separamos o universo em três segmentos: entidades com uma oferta reduzida - 10 fundos ou menos -, com uma oferta intermédia - entre 11 e 35 fundos - e as entidades maiores - com mais de 35 fundos disponíveis. Assim equilibramos a comparação e ultrapassamos algumas das limitações estatísticas da análise. Entre as entidades com maior oferta é a T. Rowe Price que lidera com mais de um quarto da sua oferta a ostentar a classificação de Consistente do Selo FundsPeople 2021 em Portugal. É acompanhada no pódio pela Goldman Sachs AM, com 13% da oferta, e ex aequo na terceira posição, a Columbia Threadneedle e Pimco, com 12%. Em termos de património em fundos consistentes, no entanto, as entidades destacadas mudam, com a PIMCO a liderar, com 55% de património concentrado em fundos consistentes, seguida da Allianz Global Investors, com 41%. A entidade líder em percentagem de produtos ocupa,
por esta métrica, a terceira posição, com 31% de património em fundos consistentes. No caso das entidades com uma oferta intermédia, sobressai a Vanguard, com oito dos seus 28 fundos (29%) com mais de três anos disponíveis em Portugal classificados como Consistentes no Selo FundsPeople 2021. A Carmignac, com 27%, ocupa a segunda posição e a Candriam, com 26%, a terceira. No que concerne o património em fundos Consistentes, é a M&G que mostra o valor mais elevado - 91% -, seguida da Man Group, com 57% e da Candriam e Jupiter Asset Management, com 54%. De realçar que é neste conjunto de entidades que surgem as três entidades portuguesas destes rankings: a Caixa Gestão de Ativos e BPI Gestão de Ativos, com 11% da sua oferta com mais de três anos classificada como Consistente, e a a GNB Gestão de Ativos com 7%. Por último, entre as entidades com a menor oferta em Portugal, vemos que o ranking fica muito condicionado pelo número de produtos disponíveis. A AMP Capital, Fundsmith, e Hermes têm toda a sua (pequena) oferta de fundos com mais de três anos em Portugal classificada como Consistente. No entanto, a Acatis, Sky Harbor, LFDE e Alger também surgem destacadas com mais de 40% da oferta.
A apetência dos investidores pelo mercado de obrigações chinesas tem-se mantido elevada nos últimos meses e este interesse ficou a deverse, em parte, ao desempenho que a classe conseguiu durante os piores tempos da crise pandémica na China. Na Schroders acreditamos, no entanto, que há pelo menos mais quatro razões que justificam a sua atratividade: 1. Os spreads das obrigações soberanas chinesas são os mais amplos da última década face aos mercados desenvolvidos de dívida governamental e também as suas obrigações empresariais oferecem rendimentos atrativos, com margens mais amplas e riscos de duração mais baixos do que outros mercados de crédito; 2. Por serem principalmente detidos por tomadores internos, os títulos governamentais têm menor exposição à volatilidade dos fluxos de capitais e à pressão do financiamento externo; 3. O crescendo de obrigações chinesas em índices mundiais e a apreciação do renminbi têm levado muitos investidores a diversificar para além do dólar; 4. As obrigações chinesas mantêmse menos correlacionadas com as ações e obrigações mundiais e mais desacopladas dos ciclos económico-monetários externos. Apoiadas por fundamentais sólidos, as obrigações chinesas desempenham, assim, um papel protetor e diversificador, com um perfil de risco-retorno favorável e avaliações atrativas, que as distinguem num contexto global de taxas de juro muito baixas e elevada volatilidade. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 43
TENDÊNCIAS GESTÃO por Samuel Capucho
MORNINGSTAR AWARDS 2021
OS PREMIADOS DA ERA COVID-19 Em ano de crash, máximos históricos e elevada volatilidade, quais foram as entidades gestoras e os fundos nacionais e internacionais que mereceram a distinção da empresa de análise Morningstar?
E
mbora 2020 tenha sido o ano mais atípico de que temos memória, a tradição de entrega dos prémios Morningstar continua com o mesmo afinco, selecionando o que melhor se faz na indústria de gestão de ativos. A empresa de análise independente anunciou os fundos e as entidades gestoras nacionais e internacionais distinguidas pelo seu desempenho no ano que ficou marcado pela pandemia, fator que marca ainda mais a relevância e significado desta edição. Os vencedores nacionais são reconhecidos em seis categorias e determinados por uma combinação de análise qualitativa, desempenho histórico de médio e longo prazo ajustado ao risco e desempenho no ano civil de 2020. Pela força das circunstâncias, a edição deste ano, à semelhança do ano anterior, ocorreu digitalmente... daí a falta das habituais fotografias no palco da entrega de prémios.
44 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Assim, quem viu oportunidade e teve capacidade de mostrar um foco sem igual, obteve retornos acima da média – fazendo jus à sua distinção pela Morningstar. Deste modo, apresentamos-lhe de seguida os fundos e entidades nacionais e internacionais galardoados este ano.
MELHOR FUNDO NACIONAL DE ALOCAÇÃO: OPTIMIZE INVESTIMENTO ACTIVO DA OPTIMIZE INVESTMENT PARTNERS A cargo de Carlos Pinto e Pedro Lino, este fundo segue uma estratégia de cariz flexível, caracterizada por uma combinação equilibrada entre ações e obrigações de empresas americanas ou europeias com valor de mercado superior a 1000 milhões de euros. Contudo, tratando-se de um fundo misto, esta composição de ativos pode variar a qualquer momento de 0% a 100% em ações, dívida, ativos monetários e inclusivamente até 10% em fundos de investimento.
MELHOR FUNDO NACIONAL DE AÇÕES PORTUGAL: SANTANDER ACÇÕES PORTUGAL DA SANTANDER ASSET MANAGEMENT
MELHOR FUNDO NACIONAL DE OBRIGAÇÕES: NB OBRIGAÇÕES EUROPA DA GNB GESTÃO DE ATIVOS Este fundo gerido por Vasco Teles, enquanto fundo de obrigações europeu, investe direta ou indiretamente mais de 70% dos seus ativos em obrigações de taxa fixa e até um máximo de 30% em obrigações de taxa indexada de dívida pública, de empresas ou de entidades supranacionais. Segundo o próprio gestor, “a gestão da carteira não tem como principal preocupação a diluição de riscos, mas a maximização da rentabilidade esperada”. Atualmente, os principais títulos da carteira do fundo são obrigações do tesouro portuguesas e gregas. Esta estratégia conta com Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Blockbuster.
Constituído em 2013 e gerido por Lola Solana, o objetivo desta estratégia de investimento é uma exposição a ações portuguesas, nomeadamente, empresas nacionais com capitalização bolsista significativa e elevado grau de liquidez. O limite mínimo de investimento em ações portuguesas é de 70% do património do fundo e não pode investir mais de 10% do seu valor líquido global em unidades de participação de fundos de investimento. De momento, a equipa de gestão atribui um maior peso a ações de setores menos dependentes do ciclo económico, tais como matérias-primas e consumo cíclico.
NA EDIÇÃO DE 2021 DOS MORNINGSTAR AWARDS, HÁ VÁRIOS PRODUTOS ESTREANTES A NÍVEL NACIONAL
MELHOR ENTIDADE GESTORA NACIONAL DE FUNDOS DE AÇÕES: BPI GESTÃO DE ATIVOS A distinção deste ano para a melhor casa gestora de fundos de ações vai para a BPI Gestão de Ativos. A BPI GA tem uma posição cimentada no mercado nacional, sendo das maiores gestoras em território nacional. Segundo a Morningstar, na matéria de comercialização de produtos de ações a nível nacional, a entidade gestora conta com dez estratégias de ações. Alguns dos seus produtos mais destacados entre os primeiros lugares dos rankings como os mais rentáveis de 2020 foram o BPI América, tanto na classe hedged como não hedged, o BPI Ações Mundiais, ou o BPI Ásia Pacífico.
MELHOR ENTIDADE GESTORA NACIONAL DE FUNDOS GLOBAL E MELHOR ENTIDADE GESTORA DE OBRIGAÇÕES: CAIXA GESTÃO DE ATIVOS A Caixa Gestão de Ativos conseguiu uma dupla distinção ao arrecadar dois prémios da edição deste ano dos Morningstar Awards. De facto, já é o terceiro ano consecutivo que a Caixa GA consegue arrecadar os prémios de melhor entidade gestora nacional de fundos global e de obrigações. A Caixa GA, com atividade iniciada já em 1990, assumiuse desde então como uma das principais intervenientes no mercado nacional. Hoje, domina as captações e os ativos sob gestão em várias classes de ativos nos fundos mobiliários nacionais.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 45
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TENDÊNCIAS GESTÃO MELHOR FUNDO INTERNACIONAL DE OBRIGAÇÕES: NB EURO BOND DA GNB GESTÃO DE ATIVOS
MELHOR FUNDO INTERNACIONAL DE ALOCAÇÃO: MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH DA MFS INVESTMENT MANAGEMENT Edward Dearing e Barnaby Wiener são os gestores do MFS Meridian Prudent Wealth, vencedor da categoria de melhor fundo internacional de alocação. Esta estratégia de investimento obteve a distinção do Selo FundsPeople 2021 pela sua tripla classificação ABC. É Favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente. A equipa de gestão define-o como um fundo de ações e tem uma abordagem conservadora. Neste sentido, investe em empresas de elevada qualidade que tenham uma vantagem competitiva sustentável e que negoceiem a valorizações que deixem uma certa margem de segurança.
46 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Na categoria melhor fundo internacional da classe obrigacionista, o fundo NB Euro Bond da GNB Gestão de Ativos surge pelo segundo ano consecutivo como vencedor. De facto, este é um produto já conhecido entre os investidores nacionais e internacionais pelos retornos alcançados ano após ano. Toda uma estratégia encabeçada por Vasco Teles, muito parecido ao seu produto parente – o NB Obrigações Europa. Este produto que tem como filosofia privilegiar o potencial de retorno, flexibilidade e velocidade de reação, desfruta também de Selo FundsPeople 2021 com a dupla classificação de Blockbuster e Consistente.
UM FUNDO DE GESTÃO PORTUGUESA ESTÁ ENTRE OS PREMIADOS NAS CATEGORIAS INTERNACIONAIS MELHOR FUNDO INTERNACIONAL DE AÇÕES EUROPEIA: CANDRIAM EQUITIES L EUROPE INNOVATION DA CANDRIAM Este fundo da Candriam procura empresas que demonstrem uma grande capacidade de inovação. Criado em 2011, este fundo tem uma filosofia que é muito peculiar, na medida que parte do princípio de que a inovação é a melhor estratégia para criar uma vantagem competitiva, impulsionar o crescimento e os lucros. Como tal, o fundo investe em empresas inovadoras em termos de organização, produtos e marketing. O fundo conta ainda com Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Consistente.
MELHOR FUNDO INTERNACIONAL DE AÇÕES GLOBAIS: FIDELITY FUNDS – GLOBAL FOCUS FUND DA FIDELITY INTERNATIONAL O Fidelity Funds – Global Focus Fund encontra as melhores oportunidades de investimento em empresas que apresentem vantagens de crescimento estrutural e poder de fixação de preços. O seu processo de investimento baseia-se numa compreensão aprofundada das cadeias de valor globais, em função da colaboração que o gestor, Amit Lodha, tem com a equipa de research. Assim, as empresas que apresentem balanços sólidos e operem com margens de elevada sustentabilidade, são vistas como um potencial investimento. Este fundo conta também com Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Consistente.
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Veja em português o vídeo onde Sofia Rebelo, associate data research analyst at Morningstar e Miguel Rêgo, CFA, head of Analysis da FundsPeople em Portugal, falaram da metodologia dos prémios, e dos destaques do desafiante ano de 2020.
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A OPINIÃO DE JUAN CARLOS DOMÍNGUEZ Responsável de Vendas, AXA IM
https://bit.ly/3fdIA14
AXA WF FRAMLINGTON EVOLVING TRENDS MELHOR ENTIDADE GESTORA INTERNACIONAL DE FUNDOS DE AÇÕES: CREDIT SUISSE ASSET MANAGEMENT A Credit Suisse Asset Management foi uma das entidades gestoras que mais entradas líquidas registou na Europa no ano de 2020. Esta instituição, a 30 de junho de 2020, contava com 398 mil milhões de euros em AuM. Um dos seus fundos de ações disponível em Portugal para comercialização e mais rentável de 2020 foi o Credit Suisse Digital Health. Na componente acionista, a entidade gestora oferece uma ampla seleção de produtos que vão desde a indexação passiva até produtos de ações long e long/short geridos ativamente, com o objetivo de superar os seus respetivos benchmarks no longo prazo.
MELHOR ENTIDADE GESTORA INTERNACIONAL GLOBAL: T. ROWE PRICE A T. Rowe Price é uma velha conhecida entre os Morningstar Awards pois é a terceira vez consecutiva que recebe o prémio de melhor entidade gestora internacional global. Para além disso, conta com mais de 80 anos de experiência na indústria de gestão de ativos e mais de 1 bilião de dólares de ativos sob gestão. Segundo dados da Morningstar, alguns dos seus fundos com rentabilidades acima de 10% em 2020 foram o T. Rowe Price Global Allocation Fund, o T. Rowe Price Global Allocation Ext ou o T. Rowe Price Global Technology Equity Fund.
MELHOR ENTIDADE GESTORA INTERNACIONAL DE FUNDOS DE OBRIGAÇÕES: CAPITAL GROUP A Capital Group foi fundada no ano de 1931 nos Estados Unidos e é hoje uma das maiores e mais antigas gestoras do mundo. A 30 de junho de 2020, a Capital Group geria mais de 1,9 biliões de dólares. A própria desenvolveu, nos seus mais de 80 anos de história, uma das maiores redes globais de analistas da indústria, um pilar básico do seu estilo de investimento. Adicionalmente, detém 15 estratégias globais com Selo FundsPeople 2021, das quais seis são fundos de obrigações.
Gostaria de vos apresentar o nosso fundo estrela de fundos multi-temáticos. É gerido pela Framlington Equities que é uma das duas unidades de ações da AXA IM. A Framlington fundou-se em 1975 em Londres e desde 2005 está plenamente integrada na AXA IM gerindo pouco mais de 50.000 milhões de euros. O seu estilo de elevada convicção, carteiras concentradas e viés GARP, facilitou que há seis anos a nossa oferta de fundos se tenha orientado para temáticas de investimento (Robótica, Consumidor conectado, Longevidade, Clean Economy e Sociedades em transição). Investimos em temáticas amplas, não nichos, com suficiente universo de investimento. Isto permite que a pureza dessa temática de investimento seja mais elevada, ao ser maior o universo. O fundo em questão não é um fundo de fundos. O seu gestor principal Mark Hargraves, com 25 anos de experiência, é para além disso o máximo responsável da Framlington. A sua posição permite-lhes selecionar as melhores ideias em cada temática, com uma carteira entre 50 ou 60 ações, tendo total flexibilidade em sobreponderar uma temática face a outra. Na verdade, das cinco principais temáticas de investimento, o seu peso costuma mover-se entre cerca de 10 e 30%, dependendo do momento e das suas convicções. Em resumo, este fundo permitenos delegar gestão entre as temáticas seculares de crescimento que nos calharam viver neste século XXI. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 47
TENDÊNCIAS GESTÃO por María Folqué
OS FUNDOS FAVORITOS
DOS SELECIONADORES DO SUL DA EUROPA 34 fundos obtiveram a classificação A de Favoritos dos Analistas do Selo FundsPeople 2021. Destacam-se de entre um total de 544 fundos, votados por 108 selecionadores de Portugal, Espanha e Itália.
A
classificação de Favoritos dos Analistas, o A do Selo FundsPeople, é o resultado da eleição dos analistas de fundos de Portugal, Espanha e Itália. Há seis anos que consultamos os selecionadores de fundos destes três países sobre quais os seus produtos favoritos. A cada analista é solicitada uma lista
48 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
com um máximo de 10 fundos, pelo que o número de votos por analista pode variar. Em 2021, 108 selecionadores de 87 entidades votaram em 544 fundos diferentes. Com estas votações é elaborada a lista dos fundos favoritos do sul da Europa, sendo que para obter a classificação A de Favorito dos Analistas no nosso selo, o fundo deve acumular um mínimo de cinco votos.
OS 34 FUNDOS COM CLASSIFICAÇÃO A DE FAVORITO DOS ANALISTAS DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 FUNDO
1 Jupiter Dynamic Bond 2 Morgan Stanley US Advantage Fund 3 Morgan Stanley Global Opportunity 4 Robeco Global Consumer Trends 5 Capital Group New Perspective Fund 6 Fundsmith Equity 7 Flossbach von Storch Bond Opportunities II 8 PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund 9 MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund 10 Seilern World Growth 11 T. Rowe Price Japanese Equity Fund 12 DPAM Equities NewGems Sustainable 13 Flossbach von Storch Multiple Opportunities II 14 BMO Real Estate Equity Market Neutral 15 Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund 16 Morgan Stanley INVF US Growth Fund 17 Acatis Gane Value Event Fonds 18 Brown Advisory US Equity Growth 19 Allianz Global Artificial Intelligence 20 BlackRock BGF World Technology Fund 21 JP Morgan Emerging Market Equity 22 BlueBay Investment Grade Euro Government Bond Fund 23 Eleva Absolute Return Europe 24 Eleva European Selection 25 Fidelity Funds European Dynamic Growth 26 MFS Meridian European Value 27 Oddo Avenir Europe 28 Ruffer Total Return International 29 Schroder EUR Corporate Bond 30 Vontobel MTX Sustainable Emerging Markets Leaders 31 BlackRock BSF European Absolute Return 32 BlackRock BSF Global Event Driven 33 Brown Advisory US Sustainable Growth Fund 34 Fidelity Funds Euro Short Term Bond
SELO 2021
TOTAL VOTOS
VOTOS ESPANHA
VOTOS ITÁLIA
VOTOS PORTUGAL
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
25 16
PAÍSES COM VOTOS
9
5
11
3
Sim
Obrigações
2
5
9
3
Sim
Ações
FSGBR06HXX
15
3
10
2
3
Sim
Ações
FSUSA0B7LH
13
10
3
2
Sim
Ações
FSGBR058MG
12
7
2
3
3
Sim
Ações
FS0000C519
9
1
1
7
3
Sim
Ações
FS00009JQM
9
3
3
3
3
Obrigações
FSUSA09XO9
REPETE
ATIVO
FUND ID
FS00009ICU
9
5
1
3
3
Multiativos
FS0000CDIR
8
5
2
1
3
Sim
Multiativos
FSUSA08SD2
8
4
1
3
3
Sim
Ações
FSUSA081ME
4
4
2
Ações
FSGBR06OLL
8 7
7
7
1
2
7
5
1
7
5
7
1
4
6
3
1
6
2
1
Sim
Ações
FSBEL078QQ
4
3
Sim
Multiativos
FS0000ADVX FS00009W61
1
3
Alternativo
2
2
Ações
FS0000CFPU
2
3
Ações
FSGBR05CEW
2
3
Sim
Multiativos
FSUSA09NKP
4
2
Sim
Ações
FSUSA0A9XI FS0000D6OE
6
1
3
2
3
Ações
6
2
3
1
3
Ações
FSGBR05CJJ
6
2
2
2
3
Ações
FSGBR05015
5
2
1
2
3
Sim
Obrigações
FSUSA0BALL
5
1
2
2
3
Sim
Alternativo
FS0000CBIW
5
3
2
2
Sim
Ações
FS0000BOKI
5
1
1
3
3
Sim
Ações
FSGBR050WV
5
1
1
3
3
Sim
Ações
FSGBR05AJ8
5
2
1
2
3
Sim
Ações
FSGBR04PPG
5
2
3
2
Sim
Multiativos
FS00008L2D
1
3
Sim
Obrigações
FSGBR050PO
1
2
Sim
Ações
FS00008LOW
3
3
Alternativo
FSUSA09RL0 FS0000C1SK
5
2
5
4
2
5
1
1
5
2
3
5
4
5
3
1
2
Alternativo
1
2
Ações
FS0000D62G
1
3
Obrigações
FSUSA08QFJ
Fonte: elaboração própia.
FORAM 544 OS FUNDOS VOTADOS POR 108 SELECIONADORES DE PORTUGAL, ESPANHA E ITÁLIA MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 49
TENDÊNCIAS GESTÃO
DISTRIBUIÇÃO DE VOTOS POR CLASSES DE ATIVOS
11%
18%
ALTERNATIVO MULTIATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES
60%
19%
Fonte: elaboração própria.
DAS 13 NOVIDADES DE 2021, SETE SÃO FUNDOS DE AÇÕES, TRÊS ALTERNATIVOS, DOIS DE OBRIGAÇÕES E UM MULTIATIVOS 50 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Em 2016 a lista era composta por 19 fundos, número que subiu para 23 em 2017, 26 em 208, 31 em 2019, 50 em 2020 e, por fim, 34 em 2021. Uma maior ou menor dispersão de votos a cada ano resulta numa maior o menor amplitude do conjunto dos fundos com a classificação A, pelo que não há muito que se possa ler nesta evolução. Destes 34 fundos, 24 foram votados nos três países, nove em dois e apenas um obteve votos de somente um país (Espanha). Por classe de ativos, as ações são as que acumulam maior número de fundos com esta classificação
- 20 fundos e 60% dos votos - seguidas pelas obrigações - cinco fundos e 19% dos votos. Os multiativos e alternativos contam com cinco e quatro fundos e 18% e 11% dos votos, respetivamente. A variação mais significativa nestes números foi a descida do peso dos fundos de fixed income no total de votos e a subida dos fundos de ações, que com 60% dos votos fecham 2020 com o maior peso da história do Selo FundsPeople. Pelo segundo ano consecutivo, o Jupiter Dynamic Bond encabeça a lista dos mais votados, com 25 votos, mais
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A OPINIÃO DE NINA PETRINI Responsável ETF e investimento passivo na UBS AM Iberia
IGUALDADE DE GÉNERO, FONTE DE SUCESSO PARA AS EMPRESAS FUNDOS FAVORITOS EM 2021, 2020 E 2019 1 Capital Group New Perspective Fund 2 Eleva European Selection 3 Fidelity Funds European Dynamic Growth 4 MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund 5 MFS Meridian Europe Value 6 Morgan Stanley US Advantage Fund 7 Oddo Avenir Europe 8 Seilern World Growth
FUNDOS FAVORITOS EM 2021, 2020, 2019 E 2018 1 Capital Group New Perspective Fund 2 Eleva European Selection 3 MFS Meridian Europe Value Fonte: elaboração própria.
um que no ano passado. Seguem-se o Morgan Stanley US Advantage, com 16 votos, e o Morgan Stanley Global Opportunity, no terceiro posto, com 15. Completam o Top 5 o Robeco Global Consumer Trends e o Capital Group New Perspective Fund, com 13 e 12 votos, respetivamente. Estes cinco fundos obtiveram já a classificação A na edição de 2020. A Morgan Stanley, com quatro fundos nesta lista, é a entidade gestora com mais fundos favoritos. A BlackRock conta com três e a Brown Advisory, Fidelity, Flossbach von Storch e MFS IM contam com dois.
PERSISTÊNCIA E NOVIDADE Encontramos 21 fundos que obtiveram a classificação no ano passado e que repetem este ano. Além disso, oito fundos com a classificação A dos Selo FundsPeople permaneceram com esta classificação nos últimos três anos: Capital Group New Perspectives, Eleva European Selection, MFS Meridian European Value, Fidelity Funds European Dynamic Growth,
MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund, Morgan Stanley US Advantage Fund, Oddo Avenir Europe y Seilern World Growth. Os três primeiros conseguem este feito pelo quarto ano consecutivo, mas nenhum manteve o destaque a cinco ou seis anos. Relativamente às novas entradas, a maioria - sete de 13 - são fundos de ações. Destaca-se o regresso de um fundo que investe em ações japonesas (T.Rowe Price Japanese Equity Fund), o interesse pelo setor tecnológico (Allianz Global Artificial Intelligence e BlackRock BGF World Technology Fund) e a presença de fundos emergentes (Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund e JP Morgan Emerging Market Equity). O investimento sustentável ocupa este ano três posições, com a incorporação do Brown Advisory US Sustainable Growth Fund. Entre os alternativos destaca-se a rotatitivade, sendo que dos quatro fundos destacados pela classificação A, três são novos. Entre os multiativos apenas há uma novidade: PIMCO GIS Dynamic Multi Asset Fund. Em suma, continua a acentuar-se a preferência por fundos de ações, uma classe de ativos que ganha em diversidade geográfica e temática. Há 19 fundos entre aqueles que conseguiram a classificação A do Selo FundsPeople que obtiveram também a tripla classificação ABC. Além de serem Favoritos dos Analistas, são fundos Consistentes e Blockbuster. 13 obtêm a combinação de classificações AB e três a AC. Em mais um ano queremos agradecer a todos os selecionadores de fundos de Portugal, Espanha e Itália que votaram e colaboraram na elaboração da classificação A de Favorito dos Analistas do Selo FundsPeople.
É cada vez mais evidente o papel da mulher na transformação da sociedade e a importância da igualdade na participação da mesma nos negócios e na atividade profissional. A diversidade de género é uma das questões de governance que se consideram nos processos de análise e decisão de investimento ESG, Environmental, Social and corporate Governance, e é o objetivo número 5 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Uma análise posterior sugere várias razões para isso. Alcançar o equilíbrio de género em todos os níveis de uma organização aumenta a inteligência coletiva da empresa e a sua capacidade de navegar com eficácia por situações complexas. A competitividade também depende da capacidade de recrutar e reter uma força de trabalho diversa para entender e atender às necessidades de uma base de clientes heterogénea. Da mesma forma, um alto grau de diversidade de género é indicativo da capacidade de uma organização em administrar as políticas necessárias para atrair os talentos certos e criar as condições para uma maior produtividade. Considerando todos estes aspetos, a inclusão das mulheres contribui e agrega valor às empresas, como confirmam as estatísticas. Por outro lado, é fundamental manter um diálogo aberto com as empresas nas quais se investe e transmitir a relevância da diversidade de género. A diversidade de género nas empresas não é uma teoria, mas um facto baseado em dados que constitui certamente uma vantagem competitiva para as empresas. Fontes: UBS Gender Equality ETF Whitepaper 2021 e https://www.ubs.com/global/en/asset-management/ insights/etf/2020/gender-equality.html
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 51
TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS por Samuel Capucho e Miguel Rêgo, CFA
A SABEDORIA DO COLETIVO DOS GESTORES PORTUGUESES SUPERARIA O EUROSTOXX 50? Já pensou qual seria a performance de um fundo de investimento composto pelas ações europeias mais procuradas pelos gestores nacionais ao longo dos últimos anos? Será que esse fundo superaria o Eurostoxx 50?
52 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
A
sabedoria da multidão, ou se preferir The Wisdom of the Crowd (WOTC), refere-se à teoria de que a média das suposições, opiniões ou inclinações de um grupo é provavelmente melhor do que qualquer suposição, opinião ou inclinação particular escolhida do grupo. Um termo popularizado por James Surowiecki, no seu livro The Wisdom of Crowds, cujo princípio é uma teoria que pode ser rastreada à teoria do colective judgment desenvolvida por Aristóteles. Este filósofo clássico concluía na sua teoria que um grupo de indivíduos consegue organizar um banquete para um grande número de pessoas com maior facilidade e de forma mais satisfatória do que aquele que um indivíduo sozinho poderia fazer.
Esta, apesar de ser uma teoria com alguns (muitos) anos, serve exatamente para apresentar o exercício teórico que exibimos com este artigo. Isto é, de que forma a sabedoria do coletivo dos gestores nacionais (a multidão) superaria o Eurostoxx 50? Para responder a esta questão, construímos uma carteira teórica de onde constam as ações europeias - excluindo ativos cotados em moedas que não o euro - entre as 10 mais investidas no coletivo de fundos do mercado português ao longo dos últimos 15 anos, com base nos dados divulgados a cada fecho de exercício pela CMVM. A cada ano assumimos como posição inicial os títulos da Zona Euro com maior peso nas carteiras dos fundos nacionais ponderados por esse mesmo peso. No final do ano, a carteira voltaria a ser ajustada com os respetivos
200%
PERFOMANCE DA CARTEIRA TEÓRICA VS EUROSTOXX 50
150%
CARTEIRA
BENCHMARK
Fonte: Elaboração própria e CMVM.
100%
50%
AÇÕES COTADAS EM EUROS COM MAIOR PONDERAÇÃO NAS CARTEIRAS ANOS
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
L.V.M.H. Siemens
1,8%
2,1%
2,1%
2,1%
BASF
2016
2017
2018
2019
2020
3,0%
3,6%
5,5%
7,4%
9,0% 8,4%
2,7%
2,3%
1,9%
2,2%
2,3%
2,8%
3,7%
3,3%
5,2%
6,9%
1,6%
1,8%
2,1%
1,8%
2,0%
2,1%
3,2%
3,1%
3,4%
5,5%
7,3%
1,6%
2,0%
2,4%
4,6%
6,0%
7,0%
4,4%
7,7%
L’Oréal Inditex ASML Holding SAP
1,3%
ING Groep
1,6%
1,6%
1,6%
Santander
1,8%
Danone Total EFINA
2,0% 3,8%
3,0%
2,9%
3,7%
3,1%
Bayer AXA
1,8%
2,3%
3,2%
3,5%
3,1%
2,7%
2,1%
1,7%
1,8%
2,1%
2,3%
2,2%
1,9%
2,1%
2,4%
1,7%
1,7%
1,6%
1,9%
BNP Paribas
2,4%
1,9%
2,0%
1,8%
1,9%
1,6% 1,9%
1,9%
2,3%
2,1%
1,6%
1,7% 1,7%
Telefonica
1,7%
Unicrédito Italiano
1,5%
Nokia
1,5%
BBVA
1,5%
Sanofi
1,5%
1,6%
1,9%
3,1%
3,1%
3,6%
1,9%
2,0% 1,9% 1,8%
1,8% 1,7%
Bankia
2,9% 1,9%
2,6%
1,7% 2,2%
2,2%
1,8%
1,4%
6,4% 2,0%
1,4%
1,8%
2,8%
GDF Suez
2,1%
France Telecom
2,0%
ENI
1,6%
Royal Dutch Shell
1,8%
1,8% 2,0%
Banca Intesa Sanpaolo
E. ON
2,1%
1,8% 2,3%
Daimler Chrysler Allianz
7,0% 2,0%
2,4%
2,6%
3,5%
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 53
TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS
FUNDOS DE AÇÕES DA ZONA EURO COM SELO FUNDSPEOPLE 2021 NOME
ENTIDADE GESTORA
CATEGORIA MORNINGSTAR
SELO FUNDSPEOPLE 2021
AB - Eurozone Equity Portfolio
AllianceBernstein
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
Allianz Euroland Equity Growth
Allianz Global Investors
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
Amundi Funds - Euroland Equity
Amundi
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
BlackRock Global Funds - Euro-Markets Fund
BlackRock
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
Candriam Sustainable Equity EMU
Candriam
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
EdR SICAV - Euro Sustainable Equity
Edmond De Rothschild
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
Fidelity Funds - Sustainable Eurozone Equity Fund
Fidelity
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
HSBC Global Investment Funds - Euroland Growth
HSBC
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
Janus Henderson Horizon Euroland Fund
Janus Henderson
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
JPMorgan Funds - Euroland Equity Fund
J.P. Morgan AM
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
MGI Eurozone Equity
Mercer Global Investments
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
Oddo BHF Avenir Euro
Oddo BHF Asset Management SAS
Eurozone Mid-Cap Equity
DABC
Schroder International Selection Fund EURO Equity
Schroders
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
UBS (Lux) Equity Fund - Euro Countries Opportunity (EUR)
UBS
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
UBS (Lux) Equity SICAV - Euro Countries Income (EUR)
UBS
Eurozone Large-Cap Equity
DABC
pesos de final do ano. Um exercício puramente teórico que não considera qualquer custo de transação ou comissão de gestão, nem as restrições a que qualquer fundo harmonizado e até alternativo poderia estar sujeito. A seleção do índice também terá a sua influência nos resultados, e o critério para a escolha do Eurostoxx 50? Baseou-se apenas na facilidade com que os dados são disponibilizados.
OS RESULTADOS Tal como podemos observar pelo gráfico, constatamos que a sabedoria da multidão de gestores nacionais - a carteira teórica - superaria este benchmark durante vários anos, com mais ênfase a partir de 2010. Num período 54 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
de 15 anos, a rentabilidade acumulada desta carteira teórica seria de 87%, enquanto a do Eurostoxx 50 seria de -3%. De facto, podemos dividir o gráfico em dois períodos diferentes. Um período antes de 2010 e outro período depois de 2010. Antes de 2010, a performance desta carteira bateria poucas vezes a rentabilidade do benchmark. Já depois desse ano, é visível que a estratégia de investimento teórica adicionaria recorrentemente alfa face ao índice de referência. Mas o que mudou entre as ações com maior representatividade antes e após esses períodos? No período antes de 2010, as empresas que, durante esses anos, mais vezes se encontravam no top 10 com
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A OPINIÃO DE ANA CARRISSO Senior sales manager, Fidelity International
É CURIOSO VER COMO EM TEORIA A SABEDORIA DO COLETIVO DE GESTORES DE FUNDOS PORTUGUESES TERIA TÃO BOM RESULTADO AO LONGO DA ÚLTIMA DÉCADA maior peso nas carteiras dos fundos nacionais eram a Siemens, a Total EFINA, a Allianz e a Telefonica. Já no período depois de 2010, observamos uma mudança nas preferências dos gestores nacionais, principalmente no que diz respeito à preferência pela Allianz e Telefonica, ao passo que, entre 2010 e 2020, a Allianz apenas constou mais três anos entre o top 10 e a Telefonica apenas mais um ano. Deste modo, a partir de 2010, os gestores nacionais começaram a procurar empresas como a BASF, L’Oréal ou SANOFI. Enquanto a Siemens e a Total EFINA se mantinham líderes nas preferências.
E EM CADA ANO? Adicionalmente, observámos os anos em que o retorno relativo desta carteira teórica seria negativa e quais seriam as empresas com maior peso nas carteiras dos fundos nacionais desses anos. Assim sendo, verificámos que em 2006, 2009 e 2014, o retorno relativo da carteira era negativa. Ou seja, em apenas três dos 15 anos, a sabedoria do coletivo de gestores portugueses não adicionaria alfa face ao Eurostoxx 50. E quais foram as empresas que, entre esses três anos, mais contribuíram para a pior performance desta carteira teórica? Em 2006, foi a SANOFI que obteve pior rentabilidade na carteira, mas, em 2009, foi a GDF Suez. Já em 2014, a ação do BNP Paribas foi responsável pela pior performance em carteira.
Relativamente aos restantes anos em que os resultados da carteira teórica superam em mais de 10% o índice de referência, podemos destacar três momentos: 2013, 2016 e ainda 2020. Assim, em 2013, era a AXA que obtinha a maior rentabilidade na carteira e, já em 2016, era a vez da BASF. Por fim, em 2020, o título da ASML Holding foi o que obteve maior relevância. Destes anos, o melhor ano para a carteira teórica com as ações europeias que mais pesavam nos fundos nacionais foi 2016 – ano em que superou o benchmark em 18%. Por outro lado, o ano cuja carteira teve uma performance mais aquém do Eurostoxx 50 foi em 2009 – ano em que não acompanhou a recuperação do índice e ficou abaixo do benchmark em 6%.
UMA VISÃO GERAL No agregado destes 15 anos em análise, o top 3 de ações europeias que mais pesavam nos fundos nacionais foram as ações da Siemens, seguidas da Total EFINA e BASF. A maior discrepância entre a rentabilidade da carteira teórica e do Eurostoxx 50 tem vindo a crescer com maior incidência nos últimos cinco anos. É curioso ver como a teoria da sabedoria da multidão de gestores de fundos portugueses teria tão bom resultado ao longo da última década. Quiçá se o popular exemplo de Aristóteles fosse realmente aplicável nesta indústria, o banquete organizado pelos gestores nacionais seria notável.
AÇÕES: O RISCO DE ADOTAR UMA POSTURA BEARISH DEMASIADO CEDO A procura por dispositivos eletrónicos tecnológicos e as renovações nas habitações impulsionaram o crescimento durante os confinamento e em breve será apoiado pela subida de um setor de serviços atrasado. As vacinas injetam moral nas bolsas e, ainda que a velocidade e eficácia da sua distribuição varie de país para país, a confiança aumenta e os programas desenvolvem-se sem grandes contratempos. Os mercados estão a planear a reabertura da sociedade para quando as compras e as viagens “de desforra” forem permitidas e os consumidores troquem as compras de dispositivos por jantar fora e ir de férias. O gasto encontrará apoio na situação favorável que mostram as finanças dos consumidores pelo aforro forçado e pelas ajudas públicas diretas. Uma combinação de consumidores com finanças viáveis, baixa inflação, baixas taxas de juro e alta liquidez cria uma sólida conjuntura para as ações. Ainda que o sentimento de mercado pareça demasiado otimista, a realidade é que quando as economias reabrirem totalmente podemos ter dois dos três trimestres com as maiores taxas de crescimento do PIB de mercados desenvolvidos. Perante o incómodo que suscitam valorizações quase em máximos históricos, o verdadeiro risco para os investidores é tornarem-se bearish demasiado cedo. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 55
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO por María Folqué
OS FUNDOS
DO SELO FUNDSPEOPLE Há 12 fundos que obtiveram a tripla classificação ABC do Selo FundsPeople 2021 em Portugal. A tripla classificação combina consistência na gestão, sucesso de vendas e a preferência dos selecionadores de fundos no sul da Europa.
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elo sexto ano, a FundsPeople reviu os fundos que obtêm o Selo FundsPeople com classificações A, B e C em Portugal. A classificação A refere-se aos Favoritos dos Analistas, uma classificação que é decidida pelos selecionadores de fundos de Portugal, Espanha e Itália com os respetivos votos. Para obter uma classificação A, um mínimo de cinco votos devem ser acumulados nos três países. A B refere-se a fundos Blockbuster ou best-sellers e é concedida com base no volume de ativos distribuído na Península Ibérica. Finalmente, a C de Consistente é baseada no processo de seleção definido pelo departamen-
56 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
to de Análise da FundsPeople com base no desempenho e na volatilidade dos fundos em relação à categoria Morningstar em cada país. Um total de 557 fundos apresentam alguma das três qualificações do Selo FundsPeople 2021 em Portugal. Existem 34 fundos com classificação A de Favoritos, 578 com classificação B de Blockbuster e 213 com classificação C de Consistente. No entanto, são apenas 12 os fundos que recebem a tripla classificação ABC.
ABC EM DETALHE Em 2021, 12 fundos obtiveram a tripla classificação do Selo FundsPeople em Portugal, seis a menos que o nú-
mero recorde de 18 em 2020, mas ainda acima dos sete em 2019, nove em 2018 e sete em 2017. Pelo o segundo ano consecutivo, a categoria com mais representatividade é a de ações, com cinco fundos. Seguem-se as obrigações com quatro e os multiativos com três. Em ações a diversidade é grande. Ações europeias, norte-americanas, asiáticas e de mercados emergentes, a par de um fundo de ações globais de tecnologia, compõem o ramalhete. Em obrigações, são dois os fundos flexíveis, um focado em dívida pública em euros e outro de dívida corporativa em euros. Nenhum fundo recebeu a tripla classificação ABC de forma re-
OS 12 FUNDOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 EM PORTUGAL FUNDO
ENTIDADE GESTORA
Acatis Gané Value Event Fonds
Acatis
ISIN
CATEGORIA MORNINGSTAR
CATEGORIA
DE000A0X7541
AUM A DEZEMBRO DE 2020 EM EUROS
SELO FUNDS PEOPLE 2021
Alocação
EUR Moderate Allocation - Global
4.814.524.868
DABC
8.763.949.713
DABC
BlackRock Global Funds - World Technology Fund
BlackRock
LU0056508442
Ações
Sector Equity Technology
BlueBay Funds - BlueBay Investment Grade Euro Government Bond Fund
BlueBay
LU0549539178
Obrigações
EUR Government Bond
4.304.081.673
DABC
Brown Advisory
IE00B4M05337
Ações
US Large-Cap Growth Equity
1.662.662.690
DABC
Flossbach von Storch
LU1481584016
Obrigações
Global Flexible Bond
5.278.728.938
DABC
Ações
Global Emerging Markets Equity
10.370.898.723
DABC
Brown Advisory US Equity Growth Flossbach von Storch - Bond Opportunities JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund
J.P. Morgan AM
Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond
Jupiter AM
MFS Meridian Funds - European Value Fund
MFS IM
MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Morgan Stanley Investment Funds - Asia Opportunity Fund PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond
2
LU0053685615 LU0750223520
Obrigações
Global Flexible Bond
9.650.241.874
DABC
LU0125951151
Ações
Europe Large-Cap Blend Equity
4.579.338.321
DABC
USD Aggressive Allocation
4.212.765.059
DABC
MFS IM
LU0337787088
Alocação
Morgan Stanley
LU1378878604
Ações
Asia ex-Japan Equity
5.818.737.705
DABC
IE00BYQDND46
Alocação
EUR Flexible Allocation - Global
5.117.730.296
DABC
LU0134346039
Obrigações
EUR Corporate Bond
11.151.407.674
DABC
PIMCO Schroders
OS FUNDOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO ABC EM PORTUGAL POR 2 ANOS CONSECUTIVOS FUNDO
Acatis Gané Value Event Fonds Brown Advisory US Equity Growth MFS Meridian Funds - European Value Fund MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond
3
OS FUNDOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO EM PORTUGAL, ESPANHA E ITÁLIA
SELO FUNDS PEOPLE 2021
DABC DABC DABC DABC DABC
MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund MFS Meridian Funds European Value Fund JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund BlackRock GF World Technology Fund Schroder ISF EURO Corporate Bond
OS FUNDOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO ABC EM PORTUGAL POR 3 ANOS CONSECUTIVOS FUNDO
MFS Meridian Funds - European Value Fund MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund
SELO FUNDS PEOPLE 2021
FUNDO
Jupiter Dynamic Bond
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
SELO FUNDS PEOPLE 2021
DABC DABC
Fonte: elaboração própria e Morningstar Direct.
EXISTEM SETE FUNDOS QUE SÃO ABC EM PORTUGAL, ESPANHA E ITÁLIA MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 57
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TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
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A OPINIÃO DE ANA CLAVER GAVIÑA, CFA Responsável de negócio para a Península Ibérica e Chile, Robeco
POR UMA DESCARBONIZAÇÃO COM CABEÇA
EM 2021, 12 FUNDOS OBTIVERAM O TRIPLO RATING ABC DO SELO FUNDSPEOPLE EM PORTUGAL. PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO, A CATEGORIA COM MAIS REPRESENTATIVIDADE É A DE AÇÕES, COM CINCO FUNDOS corrente nos seis anos em que o Selo FundsPeople foi atribuído em Portugal. Nem em cinco anos. Nos últimos quatro anos, esse feito foi alcançado apenas por um fundo, o MFS Meridian Funds European Value Fund. Num período consecutivo de três anos, junta-se o MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund. Três outros fundos recebem a tripla classificação ABC em 2021 pelo segundo ano consecutivo: o Acatis Gané Value Event, o Brown Advisory US Equity Growth Fund e o Schroder ISF EURO O Corporate Bond, Apenas uma entidade gestora, a MFS IM, tem dois fundos ABC em 2021.
ABC NO SUL DA EUROPA O Selo FundsPeople também é atribuído em Espanha e Itália. Em 2021, 18 fundos em Espanha e nove em Itália obtiveram a tripla classificação. Se compararmos os nomes que são comuns entre os três países, obtemos sete fundos que são ABC em Portugal, Espanha, e Itália, seis a menos que o recorde de 13 fundos em 2020. Em 2019 eram três e oito em 2018. Estes 58 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
sete fundos obtêm a tripla classificação em triplicado. Há três fundos que repetem o ABC nos três países pelo segundo ano consecutivo: o MFS Meridian Funds European Value Fund, o MFS Prudent Wealth e o Schroder Euro Corporate Bond. Um fundo de ações europeias de grandes empresas, um fundo multiativo agressivo e um fundo de obrigações corporativas europeias. Os dois primeiros conquistam o ABC nos três países pelo terceiro ano consecutivo. A gestora americana MFS IM, com dois, é a única que possui mais de um fundo entre os que obtêm o triplo rating ABC nos três países em que o Selo FundsPeople é concedido. No próximo ano voltaremos novamente a classificar o universo de fundos disponível em cada país, esperamos nós sem máscaras. Entretanto, parabéns aos gestores que obtiveram o triplo rating ABC para qualquer um dos seus fundos; combina consistência na gestão, sucesso de vendas e a preferência dos selecionadores de fundos no sul da Europa.
Seriam três os motivos para descarbonizar as carteiras de investimento: o primeiro, a mera motivação investidora, a que procura diminuir o risco do investimento; o segundo, colaborar para diminuir o impacto, contribuindo para um mundo melhor; e o terceiro, o regulatório, onde a pressão do regulador para uma redução da pegada meio-ambiental nos próximos anos impulsionará o investimento em empresas que melhor transitem para as energias limpas. Sobre a forma de enfocar a descarbonização nos investimentos, evoluiu-se desde o simples desinvestimento, para uma análise muito mais complexa que inclui os alcances 1,2 e 3 de emissões, e nos aproxima do verdadeiro sentido do desenvolvimento sustentável onde se atende aos riscos e oportunidades de transição e aos riscos físicos, para de esta maneira entender o risco climático a 10 ou 20 anos. A maneira mais eficaz de ser ativos na luta contra a crise climática é através do engagement, impulsionando as empresas contaminantes a que adotem modelos de negócio e práticas menos intensivas em carbono. Para a Robeco a descarbonização é um dos principais temas de engagment, alinhados com a nossa ambição de conseguir zero emissões líquidas de gases de efeito de estufa em todos os nossos ativos sob gestão para o ano 2050.
Insights Portugal
Tudo o que precisa de saber sobre a gestão de ativos em Portugal O Insights Portugal recolhe todas as ideias sobre o negócio da gestão de ativos em Portugal: conversas entre players da indústria nacional e provedores de estratégias de cariz internacional, opiniões de reguladores e associações da indústria sobre o atual contexto, abordando ainda as tendências que vão marcar o futuro da gestão de ativos, bem como aquelas que têm vindo progressivamente a modelar a forma de se fazer negócio em Portugal
Descubra-o aqui! https://fundspeople.com/monographic/Insights-portugal/
TENDÊNCIAS LEGISLAÇÃO por Isabel Pinheiro Torres e Mafalda Martins Lourenço
FUNDOS DE INVESTIMENTO E FUNDOS DE CAPITAL DE RISCO
A ALTERNATIVA AO BOOM IMOBILIÁRIO Em 2022 só serão elegíveis para efeitos de atribuição de autorização de residência o investimento em fundos que impliquem a transferência igual ou superior a 500.000,00 euros... mas a atratividade mantém-se.
A
lei que prevê a atribuição de autorizações de residência com base em investimento, desde a sua primeira versão (2012), estipulava já a possibilidade de investimento através de fundos de investimento, concretizando-se com a transferência de capitais no montante igual ou superior a 350 000 euros, destinados à aquisição de unidades de participação em fundos de investimento ou fundos de capitais de risco vocacionados para a capitalização de empresas que sejam constituídos ao abrigo da legislação portuguesa, cuja maturidade, no momento do investimento, seja de, pelo
60 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
menos, cinco anos e, pelo menos, 60% do valor dos investimentos seja concretizado em sociedades comerciais sediadas em território nacional. Contudo, só nos últimos tempos, e em grande parte devido ao aumento exponencial do preço dos imóveis, é que esta opção de investimento tem vindo a sobressair como uma das opções principais de investimento para obtenção da autorização de residência. Começando a ser uma escolha preferencial, principalmente junto de mercados/culturas para quem Portugal é mais desconhecido (como é o caso dos americanos, árabes, etc.). Note-se que a opção por investimento para aquisição de imóveis situa-
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A OPINIÃO DE MIGUEL LUZARRAGA Responsável na Península Ibérica, AllianceBernstein
-se nos 500.000,00 euros ao passo que a opção por investimento em fundos situa-se nos 350.000,00 euros. Com a vantagem, no caso dos fundos, de não ter os custos associados à sua aquisição (IMT, IS) e manutenção dos imóveis. Contudo, o legislador, sempre muito atento às tendências de investimento para efeitos de atribuição de autorizações de residência, alterou o acesso às mesmas, quer a nível do investimento imobiliário, quer a nível do investimento através de fundos. Ou seja, a partir de 1.01.2022 só serão elegíveis para efeitos de atribuição de autorização de residência o investimento em fundos que impliquem a transferência de capitais no montante igual ou superior a 500.000,00 euros destinados à aquisição de unidades de participação em fundos de investimento ou fundos de capitais de risco vocacionados para a capitalização de empresas, mantendo-se de resto os restantes requisitos. Apesar do aumento do requisito de capital inicial, antecipa-se que o recurso a esta figura permaneça atrativa, muito por força do forte escrutínio regulatório a que os fundos de investimento se encontram sujeitos e a segurança que daí advém para os investidores estrangeiros e a base europeia da legislação o que poderá tornar o investimento um terreno familiar aos investidores pouco impactado por regras específicas locais. De facto, os fundos de investimento são regulados em Portugal e a respetiva constituição, gestão e comercialização supervisionadas pela CMVM, sendo informação pública a lista dos fundos e sociedades gestoras registados junto da mesma. A gestão dos fundos de investimento é da competência de sociedades ges-
A VANTAGEM VIA FUNDOS DE INVESTIMENTO É NÃO EXISTIREM CUSTOS ASSOCIADOS À SUA AQUISIÇÃO (IMT, IS) E À MANUTENÇÃO DOS IMÓVEIS
toras, cujo propósito único é a gestão de organismos de investimento coletivo. As sociedades gestoras encontram-se sujeitas a autorização e registo junto da CMVM e são sujeitas ao cumprimento de apertadas regras de conduta. Cada fundo possui um regulamento de gestão, onde se encontram estabelecidas as regras, direitos e deveres de cada um dos participantes no fundo, e que contém a política de investimento do mesmo. A sociedade gestora encontra-se adstrita a realizar as operações de investimento em cumprimento do regulamento de gestão em nome e sempre no interesse dos participantes. Aquando da escolha do fundo é muito importante que seja feita uma adequada due diligence por parte dos assessores legais do investidor, pois com o aumento de procura deste tipo de investimento também aumentou a oferta de produto, sendo que nem todos os fundos apresentados como elegíveis para efeitos de autorização de investimento o são realmente. É assim essencial o conhecimento e a segurança na capacidade da sociedade gestora do fundo bem como a assunção do risco associado ao investimento.
A SUA CARTEIRA ESTÁ PREPARADA PARA A INFLAÇÃO? Já há muito tempo que os investidores não precisam de se preocupar com a inflação. Mas uma forte recuperação económica da pandemia poderá desencadear uma inflação mais alta, exigindo que os investidores pensassem em ajustes de portefólio e reconsiderassem algumas classes de ativos evitadas na última década. As pessoas tendem a pensar na próxima crise em termos de crises anteriores. Mas, assim como essa recessão inspirada na pandemia não é a crise financeira global de 2008, essa rodada de inflação não será como a dos anos 1970. Embora esperemos que a inflação aumente no curto prazo, não acreditamos que será a maior preocupação que era há 50 anos. A nossa expectativa é de inflação de 2,1% no final de 2021, com tendência lateral a partir de então. Ainda assim, com o crescimento real do PIB global esperado ultrapassar 5% em 2021 e programas de estímulo fiscal massivos em andamento, especialmente nos Estados Unidos, as expectativas de inflação estão a aumentar contra um conjunto incomum de condições económicas e de mercado. No entanto, como a recessão teve curta duração, acreditamos que as restrições de oferta que impulsionam a inflação devem diminuir de forma relativamente rápida. E, à medida que a economia dos EUA começa a recuperar, o núcleo da inflação deve diminuir à medida que a oferta alcança a procura. Embora algumas medidas populares sugiram que as expectativas de inflação anualizada para os próximos cinco anos tenham atingido 2,4%, esse nível ainda é moderado, apesar de ser o mais alto numa década. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 61
TENDÊNCIAS ADVISORY por Catarina Vinagre
TEMPOS DE MUDANÇA PARA
OS FUNDOS PERFILADOS NACIONAIS Em cinco anos muita coisa pode mudar. E no universo nacional de fundos de investimento perfilados as mudanças foram mais do que muitas, mas o caminho não se fez sem algumas adversidades pelo meio.
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s últimos cinco anos foram tempos de mudança e sobretudo de evolução para os fundos perfilados nacionais. Em 2015, o universo destes produtos era composto por 22 fundos de oito entidades. Apenas cinco anos depois, no fecho de 2020, já existiam 42 fundos perfilados divididos entre 14 gamas e das quais fazem parte 15 62 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
PPR/OICVM. Durante esse período, a GNB Gestão de Ativos entrou no negócio dos perfilados e a Popular Gestão de Ativos passou a fazer parte da Santander AM. Mas, além das novas gestoras e novos fundos neste universo, para realmente termos uma ideia da evolução por que passaram interessa perceber como terá sido realmente o desempenho destes produtos. Como tal, faze-
mos uma análise profunda: olhamos para captações, rentabilidades e o património deste braço da gestão de ativos, que atualmente já ocupa mais de 20% da indústria nacional de fundos de investimento.
SOBE E DESCE No quinquénio, os fundos perfilados nacionais captaram cerca de 3.390 milhões de euros, com uma média
CAPTAÇÕES DOS PERFILADOS POR GESTORAS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS ENTIDADES
2015
2018
2019
2020
-548.589
1.870.121
43.467.719
43.055.841
16.647.438
30.636.321
135.128.851
377.577.902
14.710.724
375.957.776
-104.391.423
43.973.981
85.897.718
793.726.678
150.512.742
104.222.934
131.606.537
283.278.738
551.213.633
467.623.394
1.688.457.978
—
—
—
—
17.398.016
11.899.731
29.297.747
173.423.791
-129.307.852
-87.190.856
55.087.799
820.220
39.652.678
52.485.780
Montepio Gestão de Activos
-1.648.572
-2.250.234
-55.399
-530.362
1.391.768
-2.188.834
-5.281.632
Optimize Investment Partners
11.861.596
19.111.612
16.598.964
4.875.912
5.296.013
7.153.255
64.897.353
Bankinter GA BPI Gestão de Ativos Caixa Gestão de Ativos GNB Gestão de Ativos IM Gestão de Ativos
2016
2017
TOTAL 5 ANOS
Santander Asset Management
380.378.260
-58.164.914
343.847.938
31.187.242
-34.913.260
-30.188.402
632.146.864
Total
1.091.557.130
-49.807.609
824.232.681
312.563.747
601.827.809
610.485.862
3.390.859.618
Fonte: Morningstar Direct. Dados de dezembro de 2020. Em milhões de euros.
OS MAIS RENTÁVEIS EM CADA UM DOS PERÍODOS DEFENSIVOS 2020
DEFENSIVOS A 3 ANOS
RENT. ABSOLUTA
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
Caixa Wealth Defensivo
3,84
0,37
Optimize Cap Ref PPR/OICVM Moderado
Santander Private Defensivo
2,57
0,54
DABC
2,51
Média do conjunto
FUNDO
Bankinter 25 PPR/OICVM
Média do conjunto
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
1,97
0,42
Optimize Cap Ref PPR/OICVM Moderado
Santander Popular Global 25
1,4
0,21
0,21
IMGA Alocação Conservadora
1,15
1,71
0,14
Média do conjunto
1,71
0,14
FUNDO
Média do conjunto
MODERADOS 2020 RENT. POR UNIDADE DE RISCO
Caixa Wealth Moderado A FIMA
7,45
0,56
Caixa Moderado PPR/OICVM FIA
5,49
2,3
0,56
Santander Popular Global 25
2,26
0,41
0,16
IMGA Alocação Conservadora
1,47
0,35
0,86
0,16
Média do conjunto
1,41
0,3
0,86
0,16
1,41
0,3
RENT. ABSOLUTA
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
Média do conjunto
MODERADOS A 5 ANOS RENT. POR UNIDADE DE RISCO
Caixa Seleção Global Moderado FIMA DABC
2,89
0,40
Santander Popular Global 50 FIMA
3,6
0,44
0,51
Santander Popular Global 50 FIMA
2,56
0,29
Optimize Selecção Base A FIAF
3,05
0,43
1,92
0,27
Caixa Seleção Global Moderado FIMA DABC
2,73
0,36
1,58
0,19
Média do conjunto
2,19
0,3
0,86
0,16
1,41
0,3
RENT. ABSOLUTA
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
Santander Popular Global 75
4,82
0,4
5,05
0,46
Montepio Multi Gestão Equilibrada FIMA
Média do conjunto
2,54
0,22
Média do conjunto
1,71
0,14
AGRESSIVOS 2020
Média do conjunto
FUNDO
Média do conjunto
AGRESSIVOS A 3 ANOS
RENT. ABSOLUTA
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
Caixa Wealth Arrojado
8,8
0,47
Caixa Seleção Global Arrojado DABC
Caixa Arrojado PPR/OICVM
7,77
0,46
Santander Popular Global 75
FUNDO
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
RENT. ABSOLUTA
FUNDO
Caixa Seleção Global Moderado FIMA DABC
Média do conjunto
RENT. ABSOLUTA
FUNDO
MODERADOS A 3 ANOS
RENT. ABSOLUTA
FUNDO
DEFENSIVOS A 5 ANOS
RENT. ABSOLUTA
FUNDO
AGRESSIVOS A 5 ANOS
RENT. ABSOLUTA
RENT. POR UNIDADE DE RISCO
4,8
0,43
3,79
0,27
Optimize Selecção Agressiva
4,24
0,39
3,84
0,38
3,26
0,3
FUNDO
Caixa Seleção Global Arrojado DABC
7,69
0,46
Bankinter 75 PPR - OICVM
2,94
0,27
Caixa Seleção Global Arrojado DABC
Média do conjunto
4,24
0,24
Média do conjunto
2,55
0,21
Média do conjunto
Fonte: Morningstar Direct. Dados em percentagem. Risco definido como o desvio padrão anualizado a cada um dos períodos.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 63
TENDÊNCIAS ADVISORY
EVOLUÇÃO DO PATRIMÓNIO DOS PERFILADOS ENTRE 2015 E 2020 CAPTAÇÕES
PATRIMÓNIO
CAPTAÇÕES
PATRIMÓNIO
1.200.000.000
6.000.000.000
1.000.000.000
5.000.000.000
800.000.000
4.000.000.000
600.000.000
3.000.000.000
400.000.000
2.000.000.000
200.000.000
1.000.000.000
0
0
-200.000.000
-1.000.000.000 2015
2016
2017
2018
2019
2020
Fonte: Morningstar Direct. Dados de dezembro de 2020. Em euros.
anual na ordem dos 565 milhões de euros. Porém, o caminho não se fez sem alguns altos e baixos. Embora a trajetória destes cinco anos tenha começado em 2015 com captações de 1.091 milhões de euros, quase o dobro da média do quinquénio, em 2016 as subscrições líquidas resvalaram e o ano terminou em terreno negativo. Ainda assim, os fundos perfilados nacionais conseguiram recuperar no ano seguinte. Embora não tendo atingido os números de 2015, 2017 foi um ano de recuperação para a maioria das gestoras, em particular para a BPI Gestão de Ativos e para a Santander AM que no seu conjunto agregaram mais de 87% das captações. Em 2018, as subscrições líquidas voltaram a cair. Ainda assim, as quedas não foram suficientes para deixar o ano a vermelho. Nos dois anos seguin64 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
tes, a maioria das gestoras não atingiu captações muito elevadas ao contrário da Caixa Gestão de Ativos, que se destacou, e muito. A entidade conseguiu captações de 551 milhões em 2019, o que corresponde a 91% do total obtido por estes fundos. Muito embora 2020 tenha sido um ano complicado a todos os níveis, não foi de todo o pior dos cinco anos e uma vez mais a Caixa GA brilhou ao captar 467 milhões de euros. Relembramos que foi nos anos 2018 e 2019 que nasceram, respetivamente, as gamas Caixa Wealth e os perfilados PPR/OICVM da Caixa GA, produtos que atraíram um relevante fluxo de investimento.
OS MAIS RENTÁVEIS Olhando para as rentabilidades em 2020, em termos absolutos, os fundos da gama Caixa Wealth, lançada no fim
de 2018, foram os mais rentáveis nos três perfis de risco. Os produtos da Caixa GA apresentaram rentabilidades absolutas bastante acima das médias dos conjuntos de fundos perfilados no ano passado. Alargando a análise a três e a cinco anos, o pódio dos fundos conservadores mais rentáveis mudou totalmente face a 2020. Os três mais rentáveis nos dois períodos foram, respetivamente, o Optimize Cap Ref PPR/OICVM Moderado, da Optimize IP, o Santander Popular Global 25, da Santander AM, e o IMGA Alocação Conservadora FIMA, da IM Gestão de Ativos. A três anos, o fundo moderado mais rentável, em termos absolutos, foi o Caixa Seleção Global Moderado e, da mesma gama, o Caixa Seleção Global Arrojado foi o mais rentável no conjunto dos fundos com um perfil de
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A OPINIÃO DE LAURA DONZELLA Responsável de distribuição institucional e de retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM
OS PERFILADOS COM MAIOR PATRIMÓNIO FUNDO
CATEGORIA GLOBAL
PATRIMÓNIO
Caixa Seleção Global Moderado DABC
Cautious Allocation
881.836.630,00
BPI Reforma Obrigações PPR/OICVM
Europe Fixed Income
765.496.960,00
BPI Reforma Investimento PPR/OICVM
Cautious Allocation
610.594.264,00
IMGA Alocação Conservadora
Cautious Allocation
566.368.476,00
Santander Select Moderado
Moderate Allocation
368.163.882,00
Caixa Seleção Global Defensivo DABC
Cautious Allocation
355.094.034,00
Santander Select Defensivo
Cautious Allocation
258.891.951,00
Caixa Seleção Global Arrojado DABC
Moderate Allocation
219.525.493,00
Caixa Wealth Moderado
Moderate Allocation
183.396.041,00
Santander Private Moderado
Moderate Allocation
176.606.924,00
Caixa Wealth Defensivo
Cautious Allocation
163.110.545,00
Caixa Moderado PPR/OICVM
Moderate Allocation
123.869.021,00
BPI Reforma Valorização PPR/OICVM
Moderate Allocation
121.414.164,00
IMGA Alocação Moderada
Moderate Allocation
110.385.007,00
Santander Select Dinâmico
Aggressive Allocation
102.325.958,00
Caixa Defensivo PPR/OICVM
Cautious Allocation
76.270.982,00
Santander Private Defensivo
Cautious Allocation
60.680.616,00
Cautious Allocation
52.903.358,00
Bankinter 25 PPR/OICVM
DABC
IMGA Alocação Dinâmica
Aggressive Allocation
43.168.257,00
Bankinter 75 PPR - OICVM
Moderate Allocation
39.309.393,00
Fonte: Morningstar Direct. Dados de dezembro de 2020. Em euros.
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, OS FUNDOS PERFILADOS NACIONAIS CAPTARAM CERCA DE 3.390 MILHÕES DE EUROS risco mais agressivo. Curiosamente, a cinco anos aconteceu um fenómeno semelhante, mas, desta feita, com os fundos Santander Popular 50 e Santander Popular 75.
MAIS RISCO, MENOS AUM Colocando sob o microscópio o património dos perfilados nacionais, podemos perceber outro dado interessante: a mudança na distribuição do património em função do perfil de risco. Isto é, em 2015, dos 20 fundos com maior património,
faziam parte sete moderados, sete arrojados e seis defensivos. Atualmente, os fundos mais agressivos, indicados para investidores com maior apetite pelo risco, quase nem se assomam entre os produtos com maior património. De um modo geral, o património do conjunto de fundos perfilados nacionais foi crescendo ao longo destes cinco anos. Movimento que se verificou particularmente a partir de 2018, tendo fechado 2020 com 5,6 mil milhões de euros.
OS NOVOS LÍDERES DO AMANHÃ À medida que o mundo atravessa uma importante mudança na criação de riqueza e competitividade relativa, os mercados esperam que os novos protagonistas globais provenham das economias emergentes. Os cash-flows da “próxima geração” de empresas líderes nos mercados emergentes serão impulsionados por tendências de longo prazo com origem nas mudanças tecnológicas, demográficas, globalização e sustentabilidade. Uma das maiores diferenças entre os mercados emergentes, em contraste com os mercados desenvolvidos, são os seus baixos níveis de penetração ao nível de bens e serviços, e a velocidade a que estes níveis de penetração estão a crescer. Com o aumento do nível de riqueza disponível, os indivíduos passam a ter maior acesso à tecnologia; a procura por produtos de maior qualidade para as suas famílias; e o acesso a serviços financeiros. Além disso, com o envelhecimento da população, a procura por mais e melhor acesso a cuidados de saúde aumenta bem como a procura pelo planeamento e preservação da riqueza através do recurso a produtos financeiros mais sofisticados. Estes são apenas alguns dos exemplos de tendências estruturais que criam oportunidades para que as empresas gerem valor para os consumidores e os seus acionistas. Com um histórico de quase dez anos, a estratégia Nordea Emerging Stars Equity apresentase como uma das soluções mais atrativas e com maior histórico dentro do universo de investimento ESG em ações dos mercados emergentes. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 65
TENDÊNCIAS I+D por Ana Palomares
GAP DE GÉNERO
COMO ALGO QUE AFETA A MAIN STREET TEM A SUA REPERCUSSÃO EM WALL STREET Impulsionar a igualdade de género desde a escola até à vida laboral pode levar consigo uma melhoria substancial do PIB que se repercute também nos mercados de valores. 66 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
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ste ano cumpriu-se o V aniversário do início dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que cada vez mais gestoras estão a integrar na hora de levar a cabo os seus processos de investimento. O número 5 é o que aplica a diversidade, não só no que diz respeito ao género, mas também à raça ou orientação sexual. E uma prova de que este objetivo está a ganhar cada vez mais importância nos conselhos de investimento vê-se no facto de, segundo explica Martina Álvarez, diretora de Vendas para Península Ibérica da Janus Henderson, “a diversidade ser um
dos três temas mais comentados nas nossas discussões de compromisso ao nível de empresa”. “De facto, aumentámos o número de compromissos sobre este tema em 2020 em comparação com 2019”. Confirmam-no também a partir da Schroders: “Desde o primeiro trimestre de 2015 até à data, envolvemo-nos com mais de 180 empresas em temas relacionados com a diversidade. Embora ainda haja muito terreno por recuperar, temos conseguido um certo progresso que sugere que as mudanças estão a acontecer. 21% das empresas implementaram completamente as mudanças que lhes tínhamos pedido que realizassem”.
DISPERSÃO EM % DO GAP SALARIAL NOS MERCADOS DESENVOLVIDOS Dados de 2019 no Canadá, Japão, Noruega, Suécia, Reino Unido e EUA, os restantes são dados de 2018.
SUÉCIA 7,6
CANADÁ 17,6 NORUEGA 5,0
REINO DINAMARCA UNIDO 4,9 16,0 HOLANDA 14,1 ALEMANHA FRANÇA 15,3 13,7 SUÍÇA 15,1
EUA 18,5
JAPÃO 23,5
PORTUGAL 9,6 ESPANHA 11,5
AUSTRÁLIA 11,7
ITÁLIA 5,6
Fonte: OECD, Goldman Sachs Global Investment Research.
Quiçá duas das grandes batalhas para conseguir essa maior diversidade estão em fechar o gap de género que continua a existir nos salários que recebem homens e mulheres pelo mesmo emprego, e em romper esse teto de cristal que enfrentam as mulheres para aceder a postos de relevância dentro das empresas. Segundo os dados da OCDE, o conhecido como gender pay gap ascende agora a 13,2% de média e apenas na Europa se situa entre 12% e 18%. Uma diferença que tem uma repercussão direta no crescimento económico. De facto, um estudo da consultora McKinsey Global Institute realizado em 2015, no mesmo
ano em que os ODS da ONU viram a luz do dia, cifrava em 12 biliões de dólares o crescimento do PIB que se poderá obter até 2025 se se conseguir reduzir o gap, e em 28 biliões, para o seu fecho total. “É um cenário de pleno potencial em que as mulheres desempenham um papel idêntico nos mercados laborais dos homens, até 28 biliões de dólares, ou 26% poderiam ser acrescentados ao PIB anual mundial para 2025”, dizia a consultora. No entanto, e apesar de nos últimos anos se estar a ver um estreitamente deste diferencial que tem de se observar se se continuará a ver depois da crise de COVID-19, o certo é que se está ainda muito longe de
ELIMINAR O GAP DE GÉNERO LEVARÁ 99,5 ANOS, SEGUNDO OS DADOS DO BANCO MUNDIAL. NA EUROPA REDUZ-SE AOS 54 ANOS
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 67
TENDÊNCIAS I+D
QUANTO DEMORARÁ A FECHAR ESSE GAP DE GÉNERO? Número de anos por regiões
EUROPA OCIDENTAL
54,4
AMÉRICA DO NORTE
AMÉRICA LATINA E CARIBE
151,4
59
107,3
EUROPA ORIENTAL E ÁSIA CENTRAL
163,4
ESTE ASIÁTICO E PACÍFICO
95,1
ÁFRICA SUBSARIANA
SUL DA ÁSIA
71,5
139,9
MÉDIO ORIENTE E NORTE DE ÁFRICA
Fonte: Global Gender Gap Report 2020 (Banco Mundial).
alcançar essa igualdade plena. Assim o afirma o Global Gender Gap Index que elabora anualmente o Banco Mundial e que cifra em 99,5 os anos que restam de média para que se elimine esse gap de género nos 107 países que analisam. No caso da Europa essa espera reduz-se até aos 54 anos. Fechar o gap de género não é, para além disso, o único aspecto relativo à igualdade que pode impactar positivamente o crescimento económico. 68 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Um estudo recente do Citi e Plan International sublinha a importância da igualdade de género, já não só quando se acede ao mercado laboral, mas também na infância. De facto, conclui que “as economias emergentes que consigam que 100% das raparigas finalize a educação secundária em 2030 poderão registar um aumento do PIB de cerca de 10%”. Mas é que além disso, avançar em igualdade de género não só representa um investimen-
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A OPINIÃO DE ERIK SWORDS Gestor do fundo BNY Mellon Blockchain Innovation, BNY Mellon IM
BLOCKCHAIN, ALÉM DA CRIPTOMOEDA
AVANÇAR EM IGUALDADE DE GÉNERO NÃO SÓ REPRESENTA UM INVESTIMENTO DE HOJE, MAS TAMBÉM GERA UM IMPACTO POSITIVO DO PONTO DE VISTA FINANCEIRO to de hoje que tem uma repercussão positiva no futuro do ponto de vista económico, mas também gera um impacto positivo do ponto de vista financeiro, numa nova demonstração de que investir acrescentando fatores sociais não implica ter que sacrificar a rentabilidade da carteira.
MAIOR RENTABILIDADE Um exemplo disso é o da Goldman Sachs no seu recente relatório Wonemics. “O facto de ter mais mulheres em cargos de direção ou nos conselhos de administração está associado a uma rentabilidade superior da empresa em relação ao seu setor”, afirma a gestora depois de ter analisado o comportamento registado pelas empresas durante uma década (2008-2019). E avisa que isto se deve a uma série de fatores, entre eles o foco que os grandes investidores começam a colocar nesse número 5 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. “A atenção dos investidores e o setor dos fundos de investimento centra-se cada vez mais nos fatores ESG, o que significa que não melhorar a diversidade de género poderá ser prejudicial, acrescentando um prémio de risco ao preço das ações ou, diretamente, levando o investidor a não investir nelas. Para além disso, existe o tailrisk geral e a publicidade
adversa que poderá provocar não ter uma força laboral diversa”, afirmam. Nina Petrini, responsável de ETF e Investimento Passivo da UBS AM na Península Ibérica, dá outro exemplo. “A rentabilidade a longo prazo de uma carteira com diversidade de género, usando o índice Solactive Equileap Global Gender Equality 100 Leaders, mostra um melhor comportamento no período 20122020 (+152 pontos base ao ano), em comparação com o índice de referência standard (MSCI World). Este resultado sugere uma relação potencialmente positiva entre as empresas melhor governadas e mais equilibradas quanto ao género, e uma maior rentabilidade financeira”, afirma. Nesse sentido, e como costuma acontecer quando se fala de investimento responsável, a Europa volta a estar nos primeiros lugares da lista quanto à igualdade de homens e mulheres nos postos de responsabilidade das empresas. Segundo os dados da Goldman Sachs AM, a percentagem de mulheres nos conselhos de administração passou de 9% em 2005 para os 31% atuais, e no que respeita às empresas cotadas a percentagem de mulheres nos conselhos é já superior às europeias do que nos EUA.
A blockchain ainda é comumente associada às criptomoedas, apesar desta tecnologia ir mais além. Há outras áreas promissoras especificamente dentro do espaço da empresa, onde a blockchain pode ser aplicada, tais como o retalho e o setor da saúde. A blockchain também pode ser uma tecnologia extremamente ESG orientada que pode ser aplicada em áreas ambientalmente benéficas tais como redução de carbono, gestão de resíduos e proteção de espécies em perigo. A sua tecnologia oferece elevados níveis de transparência e pode tornar o trabalho dos reguladores muito mais fácil se todos os dados relevantes que adquirem forem documentados num registo (ledger) que não pode ser alterado. Mais à frente, a blockchain pode funcionar em conjunto com outras tecnologias emergentes tais como a inteligência artificial (IA) e a internet das coisas (IoC). Também funciona com uma infraestrutura fundamental como a tecnologia que pode também desbloquear valor noutras áreas da tecnologia interessantes e em desenvolvimento como a análise avançada e outras oportunidades relacionadas com a IA. A amplitude das aplicações continua a crescer e há muito otimismo entre investidores sobre a tecnologia. Do nosso ponto de vista, a tecnologia de um registo distribuído tem potencial para ser um dos maiores impulsionadores de mudança das tecnologias disponíveis hoje graças à crescente diversidade de casos de uso e testes em setores, ao investimento e implementação de protocolos de blockchain. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 69
TENDÊNCIAS FUNDSSERVICES por Miguel Rêgo, CFA
AS GRANDES TENDÊNCIAS QUE VÃO MARCAR O
FUTURO DAS PROFISSÕES DE FINANÇAS E INVESTIMENTOS A regulação e a inovação estão sistematicamente a exigir adaptação na indústria. Perante esta inevitabilidade, há que olhar para as exigências como uma oportunidade e não como um obstáculo.
O
mundo das finanças e dos investimentos está em constante evolução. Há umas décadas, por exemplo, poderíamos estar a discutir de que forma a internet poderia revolucionar ou não a imagem do trader a vociferar preços e quantidades da ação X ou Y no floor da NYSE. A verdade é que ainda existem estes traders, mas o verdadeiro volume de transações acontece hoje em dia em zeros e uns entre terminais de trading e
os respetivos mercados. O que se quer com isto dizer é que a indústria enfrenta muitos desafios, mas estes são constantes, e quando alguns se ultrapassam raramente se fica num vácuo onde apenas a gestão de ativos ocupa as preocupações dos líderes do setor. Com isto em mente, a FundsPeople e os responsáveis pelas principais associações profissionais em Portugal juntaram-se no projeto Insights Portugal. Em vídeo, partilharam as suas opiniões sobre alguns dos desafios que
As grandes tendências que vão marcar o futuro das profissões de finanças e investimentos www.fundspeople.com https://bit.ly/3ch2qFN 70 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
pairam sobre o setor financeiro e de gestão de ativos, nomeadamente a regulação, o crescimento da gestão passiva, a sustentabilidade e os fatores ESG e, por fim, a tecnologia.
REGULAÇÃO Com o foco na questão da regulação, Manuel Puerta da Costa, CFA, presidente da direção da Associação Portuguesa de Analistas Financeiros, destaca o quanto a “regulação permite o equilíbrio de todas as forças em presença, procurando que todos tenham o máximo de quantidade e qualidade de informação nas decisões de investimento”. Contudo, fala também do “aumento dos níveis de regulação que se registou na Europa, quer na gestão de ativos, quer nos bancos, no pós grande crise financeira”, o que tornou “mais difícil algumas das atividades de banca de investimento e banca comercial relacionadas com os ativos financeiros”.
“A REGULAÇÃO PERMITE O EQUILÍBRIO DE TODAS AS FORÇAS EM PRESENÇA, PROCURANDO QUE TODOS TENHAM O MÁXIMO DE QUANTIDADE E QUALIDADE DE INFORMAÇÃO NAS DECISÕES DE INVESTIMENTO.”
MANUEL PUERTA DA COSTA, CFA O profissional refere-se, em particular, à distribuição de produtos complexos e à atividade de research de ações. Perante isto, e tendo feito uma avaliação de impacto de MiFID II, Manuel Puerta da Costa comenta que a Comissão Europeia deveria promover uma revisão, “em virtude dos resultados contraproducentes em vários países mais pequenos e empresas de menor capitalização. Estes prejuízos estenderam-se também à não construção de uma Capital Markets Union, um projeto já iniciado em 2015 pela comissão europeia”. Para o presidente da APAF, será de esperar que a revisão da regulação venha a representar “uma maior integração das empresas europeias nos mercados de capitais, permitindo o acesso a fontes de financiamento alternativos a longo prazo”.
GESTÃO PASSIVA Já no que se refere ao crescimento do peso da gestão passiva no universo de gestão de ativos europeu e mundial, Marcos Soares Ribeiro, CFA, presidente da CFA Society Portugal, encara o tema como um copo meio cheio. “Os produtos de gestão passiva surgem
como alternativas de investimento mais baratas e mais acessíveis, o que vem democratizar o acesso a carteiras de investimento diversificadas”. Mesmo perante a potencial quebra das receitas da indústria como um todo, como resultado da expansão de ativos em estratégias mais baratas como os ETF e fundos indexados, o profissional mostra-se otimista ao afirmar que, independentemente dessa quebra, esta evolução do mercado veio “alargar a base de clientes e de ativos da indústria”- “No fundo, se pensarmos do ponto de vista do profissional de investimentos, este fica com acesso a uma base de clientes mais alargada com que trabalhar”. Por outro lado, destaca, tem também como positivo o acesso a estas novas “ferramentas e instrumentos de trabalho”. Marcos Soares Ribeiro é contundente: “Há sempre muito valor a acrescentar pelos profissionais de investimento”.
SUSTENTABILIDADE E ESG Aquele que Manuel Puerta da Costa chama de “provavelmente o maior desafio que a indústria financeira e de gestão de ativos enfrentou nos
“A ADOÇÃO DE UMA AGENDA ESG […] PERMITE GARANTIR QUE OS CIDADÃOS E OS INVESTIDORES SE SINTAM MAIS PRÓXIMOS DA INDÚSTRIA.”
“ACREDITAMOS QUE A FORMAÇÃO PERMITIRÁ AOS ANALISTAS FINANCEIROS NUNCA VIREM A SER SUBSTITUÍDOS PELAS MÁQUINAS E USAREM, ANTES, A TECNOLOGIA EM SEU FAVOR.”
últimos anos” é também uma oportunidade para que esta se torne “reconhecidamente, numa indústria em que os cidadãos confiam plenamente”. “A adoção de critérios ESG permite, independentemente de qualquer resultado, garantir que os cidadãos e os investidores se sintam mais próximos da indústria e mais confiantes que os seus investimentos e poupanças irão contribuir para um futuro mais sustentável e não sejam só para o proveito de alguns”, acrescenta o presidente da APAF. De acordo, Marcos Soares Ribeiro acrescenta assertivamente uma questão: “Não deveriam todos os investimentos ser responsáveis?” Acrescenta também que a sustentabilidade não é um “exclusivo da indústria financeira” e sim um “esforço que está a ser conduzido por todas as vertentes da sociedade”, sendo que acredita que os “critérios ESG serão um sustentáculo das decisões de investimento no futuro”. Alerta, no entanto, para alguns riscos, como o são a aplicação de critérios que se traduzem meramente em estratégias de MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 71
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TENDÊNCIAS FUNDSERVICES
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A OPINIÃO DE NED NAYLOR-LEYLAND diretor de Estratégia, Ouro e Prata, Jupiter Asset Management
“[COM A GESTÃO PASSIVA] O PROFISSIONAL DE INVESTIMENTOS TEM ASSIM UMA BASE MAIS ALARGADA DE CLIENTES PARA TRABALHAR, MELHORES FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS. HÁ SEMPRE MUITO VALOR A ACRESCENTAR PELOS PROFISSIONAIS NA GESTÃO DE INVESTIMENTOS.”
“ACREDITO QUE OS CRITÉRIOS ESG VÃO SER UM SUSTENTÁCULO DAS DECISÕES NO FUTURO.”
MARCOS SOARES RIBEIRO, CFA “[A TECNOLOGIA] É CADA VEZ MAIS IMPORTANTE NA CONSTRUÇÃO DE SOLUÇÕES APROPRIADAS PARA O CLIENTE DO FUTURO.”
marketing e a falta de uniformidade de metodologias e critérios ESG.
PROFISSIONAL DO FUTURO T-Shaped Skills, é como Marcos Soares Ribeiro define o portefólio de competências do profissional do futuro, imune à disrupção. “Isto representa, no fundo, a necessidade de combinar um conhecimento profundo e vertical dos investimentos e finanças, com uma grande sensibilidade (horizontal) de trabalhar e lidar com questões que estão conexas dentro das organizações onde trabalham”, onde estão incluídas competências tecnológicas, explica. “Isto é cada vez mais importante na construção de soluções apropriadas ao cliente 72 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
do futuro”, acrescenta o presidente da CFA Society Portugal. Já para Manuel Puerta da Costa, “o ser humano, por mais inteligente que seja, nunca poderá bater os robôs na velocidade e quantidade de informação que é capaz de processar”. Não obstante, acrescenta que o ser humano tem características que não são incorporáveis em algoritmos: “a intuição e a antecipação de dados, assim como a maior compreensão de detalhes que podem ser diferenciadores”. “Desta forma, não acredito que alguma vez os robôs vão substituir os profissionais desta área”, comenta. Acredita, isso sim, que a “formação contínua permitirá aos analistas financeiros nunca virem a ser substituídos, mas antes, usar a tecnologia em seu favor”.
A ECONOMIA VERDE SERÁ DE PRATA Para atingir net zero emissions até 2050, o Laboratório Nacional de Energias Renováveis estimou recentemente que, só nos EUA, se espera que os veículos elétricos cheguem a 186 milhões na estrada, cerca de 66 % da totalidade dos carros. O que é que isto tem a ver com a prata? Efetivamente, cada veículo elétrico contém cerca de 85 gramas de prata, portanto, dadas estas estimativas, serão necessárias cerca de 28 000 toneladas de prata para construir esta frota de carros. Além de ser usada em veículos elétricos, a prata é necessária para outros elementos fundamentais da economia verde, de painéis solares a baterias – é o metal da economia moderna. São extraídas cerca de 23 000 toneladas de prata por ano, e, atualmente, 70 a 80 % destina-se a uso industrial. Tendo em conta a escassez estrutural de prata disponível, bem como o papel fundamental que vai desempenhar na economia verde em expansão, parece inevitável que a prata atinja preços substancialmente mais elevados. Em todo o mundo, as minas de prata estão a atingir a maturidade, os custos de produção estão a aumentar (especialmente a mão de obra, que representa cerca de 40 a 50% dos custos operacionais), e a pureza da prata extraída está a diminuir (a prata mais pura encontra-se mais perto da superfície). Ainda há uma quantidade significativa de prata no solo, mas os preços teriam de subir consideravelmente para os mineiros de prata otimizarem a extração e a recuperação.
Fundspeople.com, uma nova web, uma oferta completa de serviços Apresentamos o novo fundspeople.com, uma plataforma que recolherá toda a oferta de serviços que sob o conceito FundsPeople, evolving together definem a nossa cultura, baseada em seis áreas estratégicas: News, Community, Events, Analysis, Learning e Data.
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ENTREVISTAS GURU por Regina R. Webb
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Quando um barco costuma inclinar-se demasiado, costuma ser melhor optar por ser um pouco contrarian. Para James Stuttard, se há um claro consenso em 2021 é em matéria de inflação. Entre os grandes gestores de obrigações, 90% espera uma subida nas yields das obrigações este ano. E não só o veem no buy side. O problema é que os fatores estruturais que empurram para baixo os preços não desaparecem com a pandemia. Para o gestor da Robeco, muitos dos argumentos para um cenário de queda nas obrigações não são sustentados. TNE
GESTOR DO ROBECO GLOBAL TOTAL RETURN BOND FUND, ROBECO MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 75
ENTREVISTAS GURU
A SUSTENTABILIDADE COMO FONTE DE ALFA Como em todos os fundos da Robeco, o investimento sob critérios sustentáveis é mais uma capa da estratégia. Não só por convicção, conta Stuttard. Também como fonte adicional para gerar um plus de rentabilidade. “Detetar debilidades na sustentabilidade de países como a África do Sul ou Brasil ajudou-nos a evitar o risco da sua divisa”, conta. Não se trata apenas do nível de compromisso com a sustentabilidade, mas sim de vigiar também a tendência. Para além disso, a equipa aumentou os seus esforços de engagement com os países soberanos em matéria ESG.
nflação, inflação, inflação. Para James Stuttard, gestor do Robeco Global Total Return Bond Fund, não há dúvida de que é o tema número um no debate macroeconómico para 2021. Uma subida de preços na segunda metade do ano que empurrará em queda a cotação das obrigações. Segundo ressalta o gestor da Robeco, de entre os grandes gestores de obrigações, 90% espera um incremento da inflação neste ano. A maioria estão posicionados para isso com uma duração inferior ao índice. “E não apenas no buy side. O sell side também tem essa postura”, conta Stuttard. A grande maioria vê yields mais elevadas nas obrigações no final do ano. “Quando um barco parece inclinar-se demasiado, costuma dar melhor resultado optar por ser um pouco contrarian”, avisa. Não é que Stuttard não veja uma subida da inflação. Pelo contrário. Em março e abril, apenas pelo efeito base, será difícil falar de risco deflacionário. Os preços do petróleo terão subido cerca de 20%-30% interanualmente; a produção industrial em alguns países disparou cerca de 40% de um ano para o outro. “Mas isso só nos fala do passado. Conta-nos que no segundo trimestre de 2020 houve um choque na procura em várias partes da economia com vários setores congelados e que isso já não está a acontecer”, analisa. Para Stuttard, muitos dos argumentos para um cenário de bear market nas obrigações não têm sustentação. Porque para o gestor, os fatores estruturais, a demografia, a globalização, a desaceleração da produtividade, não desapareceram. “Trata-se de fazer os trabalhos de casa. Trata-se de analisar quando é que os mercados foram demasiado longe com o seu posicionamento”, explica. E este é o cenário com que apresenta a carteira
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do Robeco Global Total para 2021. Algo a ter claro é que a gestão do fundo é relativa ao índice. Neste caso, o Barclays Global Aggregate Index. Tem um mandato de objetivo de geração de 150 pontos base de alfa ao longo de um ciclo de mercado. “Este é um fundo para investidores que queiram uma clara exposição a rendimento fixo”, assinala. Dito isto, a equipa gestora tem algumas liberdades. Podem estar defensivos de duração, até três anos, ou estar subponderados em países de baixo beta como a Suíça ou Japão.
FONTES DE RETORNO Num fundo com estas caraterísticas, a decisão mais importante é decidir as fontes de retorno. A alocação de ativos. Quando estar mais positivos em dívida investment grade ou high yield. Quando optar por soberanos da zona euro ou mergulhar em emergentes. “São decisões absolutamente chave para um gestor local”, insiste Stuttard. E 2020 foi um grande exemplo disso. A carteira começou o ano com uma sobreponderação a governamentais. Mas à medida que os mercados de crédito começaram a refletir no preço a expansão do vírus nos EUA e na Europa começaram a fechar essa posição a favor de uma sobreponderação a obrigações corporativas. Concretamente, títulos norte-americano de investment grade e algumas obrigações BB. “Esta rotação ajudou-nos a proteger o capital dos nossos investidores no primeiro trimestre”, assegura o gestor. É também o que lhes permite capitalizar na recuperação e apreciação dos mercados no segundo e terceiro trimestre. Uma segunda fonte importante de retorno está nas taxas de juro globais. “Nós, por outro lado, acreditamos que a duração é um mercado bastante eficiente”, conta.
“PREFIRO ASSUMIR RISCO COM UMA DIVISA AAA DO QUE COM CRÉDITO BBB” “Há literalmente milhares de pessoas sentadas à frente do ecrã da sua Bloomberg tentando averiguar até onde se vão mover os 10 anos norte-americanos. Para mim não há janela para ineficiências aí”. Onde se vê oportunidades para gerar alfa é na curva de taxas com apostas cross markets (entre distintos mercados). “Há muito dinheiro cativo”, explica. “Muitos cujo mandato apenas permite investir numa divisa. Fundos de pensões, seguradoras, bancos centrais, etc.”. São fatores técnicos que criam nichos de ineficiência. Stuttard dá um exemplo: alguém pode vender uma obrigação alemã a 30 anos e comprar uma japonesa a 30 anos para gerar 80 pontos base de yield adicional. “Isto é incomum porque nos últimos 20 anos a obrigação japonesa negociou 100 pontos base abaixo da alemã. É uma
consequência das ações do BCE. Distorceu a curva das bund”, explica. Uma terceira etapa do processo de gestão cimenta-se sobre as divisas. E Stuttard não se refere ao par euro/dólar, outro mercado muito eficiente na sua opinião. É nas moedas de países emergentes onde vê potencial para obter rentabilidade. “As divisas permitem expressar apostas com um perfil de risco distinto daquele que ofereceria uma obrigação”, afirma. Pensemos, por exemplo, no petróleo. Se alguém pensasse que o preço do crude ia subir poderia comprar tesouro norte-americano ligado à inflação ou uma obrigação high yield do setor energético norte-americano com rating CCC. “Ou poderia comprar coroas norueguesas”, planeia o gestor. E tem-no claro: “Prefiro assumir risco com uma divisa AAA do que com crédito BBB”. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 77
ENTREVISTAS GESTOR PORTUGUÊS por Margarida Pinto
Ricardo Almeida RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DAS CARTEIRAS DE ATIVOS DOS FUNDOS DE PENSÕES, REAL VIDA SEGUROS
“TEMOS UM ENVIESAMENTO VISÍVEL PARA O TEMA DO VALUE” A Real Vida Seguros já suporta a gestão de uma gama considerável de fundos de pensões abertos. Sem dogmas e com muita praticidade na gestão, o investimento direto é uma das preferências da casa. ode apelidar-se de vasta a oferta que a Real Vida Seguros apresenta atualmente ao nível dos fundos de pensões. Gere quatro fundos de pensões abertos de adesão coletiva ou individual e um fundo de pensões aberto de adesão coletiva. Isto em nome próprio, pois é ainda a entidade responsável pela gestão administrativa dos fundos de pensões da Optimize Investment Partners. Ricardo Almeida, gestor responsável pelos fundos de pensões da entidade, começa por desmistificar algum tipo de doutrina que possam ter ou seguir na gestão. “Não temos nenhum dogma em termos de filosofia de investimento”, inicia. De forma prática, explica que a gestão dos fundos de pensões está, claro, condicionada pela política de investimentos definida por cada fundo. Mas, acrescenta, “de um modo geral o intervalo de alocação permitido para cada classe de ativos é suficientemente amplo para se conseguir uma flexibilização das carteiras adequada a enquadramentos de risco diferenciados”. Dito isto, o viés da entidade é apenas um: “Temos um enviesamento visível para o tema do value”, sublinha. Um enviesamento justificado pelas “preferências setoriais e geográficas no atual enquadramento económico”. Na organização da gestão existe apenas um gestor dedicado em exclusivo às carteiras dos fundos de pensões, neste caso o profissional. O suporte, adianta, é feito “pelos recursos técnicos e analíticos da direção de gestão de ativos
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da Real Vida”. De acordo com o mandato em causa, é no comité de investimentos - que tem “carácter executivo” onde “são definidas as bases gerais de atuação em matéria de investimento”. Um comité bastante diverso, já que é “constituído por elementos oriundos de diferentes unidades orgânicas da Real Vida Seguros”.
INVESTIMENTO DIRETO Na gestão dos portefólios é dada primazia ao investimento direto, e este é o método “preponderante”. Como explica Ricardo Almeida, “a utilização de fundos é feita em circunstâncias específicas”. Nomeadamente em uma de duas situações: “Quando o nosso know-how não nos parece suficiente para replicar o foco do investimento do fundo ou quando o investimento direto não permite uma adequada diversificação”, diz. A política de compra e venda de ativos não segue uma regra específica. “A gestão das carteiras é feita de forma dinâmica e atenta às circunstâncias do mercado”, afiança o gestor, para quem é difícil falar de uma “métrica de turnover constante de ano para ano”. Assim, enquadra a maioria dos anos num intervalo de turnover entre os 20% e os 40%. A gestão do risco das carteiras, ainda para mais quando falamos de um fundo de pensões, é um ponto que a equipa não descura. Por isso, “existem vários níveis de gestão de risco das carteiras”. O primeiro, conta Ricardo Almeida, “está relacionado com as políticas de investimento de cada carteira”. O segundo é mais complexo, e está “relacionado com limites específicos para posições individuais”. “Dentro de cada uma das principais classes de ativos temos à nossa disposição instrumentos derivados que permitem uma cobertura de risco global para a classe de ativo respetiva. A gestão do risco de investimento de nomes individuais é feita através do dimensionamento da sua posição em carteira”, explicita. Porque o tema da sustentabilidade é também caro aos fundos de pensões, Ricardo Almeida atesta que “o processo de investimento inclui fatores de investimento ambiental, social e responsável”. O responsável assegura que são considerados “não só a expectativa de retorno financeiro de cada investimento selecionado, como também o impacto mensurável de dimensões não-financeiras relacionadas com preocupações sociais, ambientais e do governo das sociedades”. A integração dos fatores ESG é feita em várias fases. Incluem-se “a identificação das principais tendências temáticas, a pesquisa e avaliação da exposição a cada um desses temas por parte dos vários investimentos selecionados ou considerados na gestão do fundo de pensões, e o impacto das decisões das várias entidades detentoras dos instrumentos financeiros selecionados ao nível dos referidos fatores ESG”, conclui o profissional.
ECLÉTICO Para lá da gestão, Ricardo Almeida é eclético nos seus gostos. Aprecia pintura, cinema e música.
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ENTREVISTAS GURU por Samuel Capucho
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Há quem diga que é um produto todo o terreno para rendimento fixo, que atinge bons retornos mesmo quando a economia está a cair e é conhecido pela sua flexibilidade. Consegue adivinhar qual é? Estamos a falar do Allianz Strategic Bond. O seu gestor, Mike Ridell, aborda a filosofia de investimento por detrás desta estratégia, bem como o que a diferencia dos demais concorrentes. TNE
GESTOR DO FUNDO ALLIANZ STRATEGIC BOND, ALLIANZ GLOBAL INVESTORS MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 81
ENTREVISTAS GURU
FLEXIBILIDADE TRADUZIU-SE EM RENTABILIDADE Foi por meio da alta flexibilidade inerente ao fundo que esta estratégia de obrigações globais conseguiu render mais de 28,92% em ano de pandemia. As suas principais áreas de investimento foram: crédito, inflação e divisas.
m ano de pandemia, o Allianz Strategic Bond atingiu com muito sucesso os seus três objetivos, no meio de condições de mercado muito variadas e desafiantes: desempenho superior, baixa correlação com as ações e assimetria de risco e retorno. Falamos de sucesso porque o produto de obrigações flexível da Allianz Global Investors rendeu mais de 28,92% em 2020. Sendo, deste modo, o fundo de obrigações registado para comercialização em Portugal mais rentável de 2020. De facto, os resultados robustos resultaram de uma estratégia e filosofia de investimento que o gestor do fundo, Mike Ridell, contou em pormenor à FundsPeople. Lançado em 2016, este veículo de investimento apresenta ideias base diferenciadoras desde então. Assim, Mike Ridell, começa por destacar nesta conversa a diferenciação do fundo para com os demais concorrentes. O gestor da Allianz Global Investors, acredita que esta estratégia de investimento é diferenciada da concorrência devido a dois pontos-chave. O primeiro é que, apesar de poder ter uma exposição a obrigações corporativas, na maior parte do tempo não está exposto e pode, inclusive, adotar posições curtas. Além disso, tem um outro objetivo bem explícito de não só oferecer uma rentabilidade superior ao seu benchmark, como também almejar não estar correlacionado com as ações num período de três anos – comportamentos que muitos produtos flexíveis globais de rendimento adotam. Como resultado, o profissional explica que “a maior parte da concorrência segue uma estratégia de investimento em que só adota posições longas em crédito e não são flexíveis”, enquanto os gestores do Allianz Strategic Bond não adotam apenas posições longas e são flexíveis.
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UMA MENTALIDADE SEM RESTRIÇÕES Uma estratégia de rendimento fixo global sem restrições, com flexibilidade total. É desta forma que o gestor Mike 82 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Ridell a caracteriza. Adicionalmente, procura as melhores alternativas de investimento em quatro áreas principais: curva de juros, crédito, inflação e divisas, para que seja capaz de oferecer aos investidores uma elevada diversificação da carteira. Com efeito, importa perceber a filosofia de investimento que Mike Ridell e a equipa gestora adotaram desde a criação do produto em 2016. “A filosofia que seguimos desde o início é bem diferente do que a concorrência adotou, bem como a diversificação na construção do portefólio”, apresenta o profissional. Na prática, o profissional assume que tanto ele, como a equipa, são investidores de valor e top-down. Para além disso, “a flexibilidade que o fundo tem não apenas a posicionar a carteira, mas também nos mercados em que se posiciona, foram pontos fundamentais para uma boa performance em 2020”, conclui o profissional.
REAÇÃO À CRISE O Allianz Strategic Bond não deixou que os acontecimentos menos bons que ocorreram logo no início de 2020 afetassem a sua performance. De facto, provavelmente até ajudaram, porque, como nos conta o gestor, “quando a economia está a cair, nós conseguimos ter boas rentabilidades porque nós não adotámos uma posição longa permanente em ativos de risco e, adicionalmente, conseguimos adotar uma estratégia altamente flexível”. Isto é, a estratégia teve um bom desempenho em períodos de choque devido à antecipação correta das mudanças de volatilidade e, dependendo do cenário, a equipa vai ajustando para posições mais defensivas ou agressivas. Por isso, no primeiro e segundo trimestre de 2020, mas também no primeiro trimestre de 2019 e no quarto trimestre de 2018, que “foram períodos muito desafiantes para os ativos de risco”, refere o gestor, o fundo conseguiu ter uma boa performance. Neste contexto, de um modo geral,
NÓS ACHAMOS, UMA VEZ MAIS, QUE O CRÉDITO ESTÁ A FICAR MUITO CARO, O QUE SIGNIFICA QUE NO NOSSO PORTEFÓLIO ESTAMOS PREOCUPADOS COM PRODUTOS DE SPREAD E CRÉDITO NO GERAL os grandes drivers de retorno do Allianz Strategic Bond em 2020 foram as áreas de crédito, inflação e divisas. Logo no primeiro trimestre de 2020, o fundo adotou uma posição mais defensiva em mercados de divisas e obrigações corporativas, essencialmente devido “às avaliações excessivas com que os títulos corporativos estavam a ser negociados”, diz. Por isso, o peso em rendimento fixo, quando começou a pandemia do COVID-19, foi diminuído ao máximo, o que “ajudou a superar bem o período de venda massiva do primeiro trimestre”, coloca o profissional. Já no segundo trimestre de 2020, quando a equipa adotou uma posição mais de risk-on devido às boas perspetivas económicas traçadas, a exposição a obrigações corporativas foi também assinalável. “Encontrámos pontos de entrada que não se viam desde os mínimos do mercado de rendimento fixo em 2009”, destaca o gestor. Além disso,
um outro driver estava presente neste período: a inflação. Portanto, houve aqui alterações de carteira que decifraram a boa performance do fundo. A carteira deixou de estar quase toda exposta a obrigações governamentais antes da queda do mercado e passou a ter uma exposição mais elevada a obrigações corporativas. Em relação a futuras alterações de alocações, Mike Ridell comenta algo que já têm vindo a verificar. “Nós achamos, uma vez mais, que o crédito está a ficar muito caro, o que significa que no nosso portefólio, estamos preocupados com produtos de spread e crédito no geral”, indica. Portanto, as obrigações corporativas são uma preocupação para o gestor e para a sua equipa, mas este destaca uma vez mais a filosofia de investimento do fundo. Isto é, “se estivermos errados, não vamos perder muito; mas, se acontecer algo realmente negativo a nos próximos nove meses, então provavelmente vamos ganhar muito”, aborda o gestor. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 83
ENTREVISTAS DISTRIBUIDOR por Miguel Rêgo, CFA
Pedro Rodrigues MANAGING DIRECTOR E HEAD OF WEALTH MANAGEMENT, BISON BANK
“O SUCESSO DA ESTRATÉGIA DO BISON BANK CENTRASE NO FATOR DIFERENCIADOR DOS SERVIÇOS DE WEALTH MANAGEMENT” O responsável pela área de Wealth Management do banco apresenta esta instituição financeira como sendo capaz de criar pontes, nos dois sentidos, entre a Europa e a Ásia, entre os países de língua oficial portuguesa e a Europa e entre a Europa e os restantes países. omo instituição financeira europeia de capital chinês e domicílio português, o Bison Bank tem mantido um enfoque na prestação de serviços financeiros a clientes internacionais, mas alicerçado numa base de clientes nacionais. Para Pedro Rodrigues, responsável pela gestão de patrimónios, o importante segmento que lidera suporta-se na gestão o património de clientes individuais, empresas e institucionais, nacionais e internacionais, “através de uma seleção criteriosa de instrumentos financeiros de forma a procurar atingir o melhor retorno
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esperado, de acordo com as diversas ocorrências macro e micro económicas na economia global”. Com uma equipa dividida entre os dois serviços nucleares, a gestão discricionária de carteiras e a consultoria para investimento, a área de wealth management alavanca-se nas capacidades e expertise da área de especialista de produto para providenciar um serviço de elevada qualidade. Como esclarece Pedro Rodrigues, os serviços de wealth management “centram-se numa abordagem global sem restrições, com elevada flexibilidade e diversificada entre as diferentes classes de ativos, orientada para produzir resultados”. Para o profissional, o Bison Bank é um banco diferente em Portugal, no sentido de que é capaz de “criar pontes, nos dois sentidos, entre a Europa e a Ásia, entre os países de língua oficial portuguesa e a Europa, como o Brasil, por exemplo, e entre a Europa e outros países”. Isto proporciona aos seus clientes “um tratamento profissional e personalizado, em cumprimento do ambiente regulatório europeu”, esclarece. Para Pedro Rodrigues, estas qualidades fazem do Bison Bank uma instituição que “melhor procura servir os clientes internacionais que veem oportunidades para aplicação dos seus investimentos, desfrutando da estabilidade económica, política e regulatória”. No sentido oposto, aponta que estas mesmas qualidades “permitem aos clientes nacionais o acesso a toda esta experiência internacional”, explica.
MÉTODO O Bison Bank coloca à disposição um conjunto de carteiras perfiladas, carteiras personalizadas, carteiras com 100% de exposição ao mercado chinês e carteiras com foco ESG. “Todos os portefólios têm exposição às diversas classes de ativos, geridos por uma equipa com elevada experiência acumulada ao longo dos anos e em diversas instituições financeiras”, introduz Pedro Rodrigues. “Na seleção de ativos está sempre presente uma abordagem temática para tirar partido das principais tendências, numa base não independente. Os níveis de risco e alocação de ativos são continuamente revistos, monitorizados e avaliados pelo comité de wealth management do banco”. Já no que se refere ao serviço de consultoria para investimento este centra-se, segundo o profissional, numa abordagem de “trabalhar com o investidor”. “O nosso objetivo é criar uma proposta de investimento com a finalidade de atingir retornos de curto a médio prazo e refletir, não só os objetivos dos nossos clientes, mas também a sua visão e personalidade”, complementa.
EXPERIÊNCIA ALARGADA A equipa de Pedro Rodrigues é composta também por Luís Bravo e Frederico Antão, profissionais com uma extensa experiência em gestão de ativos e patrimónios, assim como em consultoria para investimento.
A área de especialistas de produto é parte integrante do processo, sendo “responsável pela avaliação e seleção dos melhores instrumentos e soluções de investimento para os diferentes serviços e carteiras, definindo três grupos de ativos principais: obrigações, ações e alternativos (matérias-primas e imobiliário). Para cada classe de ativos selecionamos geografias e segmentos específicos refletindo as nossas visões táticas e estratégicas para o mercado, alavancando as sinergias de acesso ao mercado asiático. Finalmente, são definidos os instrumentos financeiros mais indicados para obter a exposição desejada para cada classe de ativos, de modo a atingir um grau de diversificação ideal: investimento direto através de obrigações e ações, fundos de Investimento de terceiros das melhores gestoras de fundos nacionais e internacionais e ETF”, detalha.
FUNDOS DE INVESTIMENTO Segundo Pedro Rodrigues, a abordagem a veículos geridos por terceiros passa pelo alinhamento com o objetivo de proporcionar aos clientes a “distribuição de fundos de investimento nacionais e internacionais” que consideram ser “o melhor investimento de acordo com os diversos perfis de risco e respetivo período de investimento”. “Para além de termos a plataforma de distribuição de fundos de investimento da Allfunds como nossos parceiros, realizámos parcerias com gestoras de ativos nacionais e internacionais para comercialização de fundos de investimento que consideramos ser uma mais-valia para os nossos clientes. Destacamos ainda a capacidade de distribuirmos fundos PPR e fundos capital de risco como complemento muito importante da nossa oferta para os clientes internacionais e nacionais”, conclui. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 85
ENTREVISTAS GURU por Margarida Pinto
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Um novo advento pode estar para vir na Europa, à medida que a indústria se digitaliza no continente. É a convicção de Ben Ritchie, responsável de ações europeias da Aberdeen Standard Investments, para quem investir em empresas com drivers de lucro estruturais fortes continua a ser o grande mantra na gestão do Aberdeen Standard European Equity. TNE
RESPONSÁVEL DE AÇÕES EUROPEIAS, ABERDEEN STANDARD INVESTMENTS MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 87
ENTREVISTAS GURU
FOCO NO LONGO PRAZO Na perspetiva de Ben Ritchie o importante continua a ser o foco em negócios fantásticos com perspetivas de retorno sustentáveis e atrativos.
ritmo e a duração da recuperação. Passaram-se alguns meses desde que a FundsPeople falou com Ben Ritchie, mas estas duas preocupações mantêm-se na mente do responsável de Ações europeias da Aberdeen Standard Investments. “O mercado avançou, assumindo uma recuperação global sustentada e significativa”, consegue agora ver e apontar com mais clareza. Nesse sentido, vê também o que já seria de esperar: “O apetite por risco recuperou e os investidores focaram-se mais nos segmentos de mercado onde veem um maior potencial de recuperação”. No seu terreno de análise – a Europa – pouco mudou face a junho. “Neste contexto, acredito que as avaliações das empresas europeias de maior qualidade continuam pouco exigentes, com perspetivas de longo prazo atrativas e bons retornos de longo prazo implícitos”, aponta. Embora o investidor esteja neste momento muito focado na “inflação crescente”, e na “subida das yields das obrigações”, para Ben Ritchie a “sustentabilidade da recuperação da economia é também um fator de longo prazo importante”. Para aqueles que têm uma perspetiva de longo prazo – como é o caso da própria equipa gestora da casa – o foco deveria continuar a ser apenas um: “Investir em empresas com drivers de lucro estruturais fortes”, ao invés de apenas “beneficiar de tail winds cíclicos de curto prazo”.
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PERFORMANCE DESAFIANTE Neste sentido, e como já explicava na última ocasião sobre o assunto, a gestão do Aberdeen Standard SICAV I- European Equity , fundo com Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Blockbuster e Consistente, foca-se muito no fator qualidade. Ben Ritchie ia mais longe na altura, e apelidava-o de uma carteira de “convicção na qualidade a longo prazo”. Em 2020 o fundo teve “um ano muito bom”. Embora a performance relativa do fundo tenha sido “desafiante” logo após o desenvolvimento das vacinas em novembro, em nada fugiu àquilo que se espera do produto. 88 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Para o responsável, decorrente do estilo desta carteira deve esperar-se “uma forte performance durante os tempos mais difíceis, e uma liderança de mercado em segmentos mais cíclicos e anteriormente mais problemáticos”, salienta. Por isso, tem a noção de que o fundo no curto prazo terá uma performance relativa mais complicada dadas as dinâmicas de mercado. Dado o contexto no final de 2020, a equipa gestora – da qual fazem parte 15 membros da equipa continental de ações europeias – fez uma mudança estratégica na carteira. “Acrescentámos exposição a entidades financeiras e do setor da indústria, de forma a adicionarmos mais ciclicidade à carteira, bem como uma maior exposição às taxas de juro”, recorda. No médio prazo, Ben Ritchie diz-se muito confiante sobre as perspetivas que o fundo poderá oferecer. Uma opinião fundamentada, já que elenca três drivers dos lucros fortes e impulsionadores, que estarão por detrás das posições assumidas na carteira em títulos europeus.
OPORTUNIDADES COM DIGITALIZAÇÃO Em primeiro lugar, fala da “liderança europeia na prática do capitalismo responsável”. Segue-se, na sua opinião, o impulso dado “pela força real da propriedade intelectual, desde o setor da saúde até à propriedade de muitas das mais desejáveis marcas a nível mundial, não esquecendo a liderança no setor da engenharia”. Por fim, “o expertise histórico da Europa na indústria, deixou o continente numa posição mais forte no setor B2B de tecnologia”. Embora seja conhecida a dor que a Europa carrega por “ficar atrás” das ações FAANG dos Estados Unidos da América, Ben Ritchie está esperançoso, como se um novo advento estivesse para chegar. “Vemos verdadeiras mudanças a chegar, à medida que a indústria se digitaliza de forma crescente, abrindo-se um leque de oportunidades significativas”, perspetiva. A rotação recente entre o growth e o value nas ações é inevitavelmente tema de conversa. De facto, no entender do profissional, é provável que “as taxas de juro de longo
prazo continuem a crescer, especialmente nos EUA, dada a mais vigorosa recuperação que lá existe, com um fantástico suporte monetário e fiscal”. Neste contexto, acrescenta, “é provável que exista apoio para a rotação no curto prazo, particularmente nas empresas financeiras e de materiais”. Tal como já tinha referido, as mudanças no portefólio foram ao encontro destas expetativas. “Inclinámos o nosso portefólio em direção a algumas empresas de elevada qualidade, que tenham exposição tanto às elevadas taxas de juro, como à subida dos preços dos materiais”, relata. Ainda assim, não há um desvio daquele que é o mantra do portefólio. “No entanto, no longo prazo, acreditamos que o foco em negócios fantásticos com perspetivas de retorno sustentáveis e atrativas fazem mais sentido para os investidores em ações europeias”, sublinha. Com a regulação europeia sobre ESG a fervilhar na Europa, da conversa não pode ficar de fora o tema, já que é um portefólio de ações europeias que está em causa. “Esperamos que a regulação europeia continue a movimentar capital em direção a empresas com caraterísticas ESG superiores”, pontualiza. “Nos nossos portefólios, as caraterísticas ESG têm sido uma parte core, como parte integrante do nosso research detalhado das empresas. Cada empresa que analisamos é avaliada em termos ESG pelo respetivo analista, e
“ESPERAMOS QUE A REGULAÇÃO EUROPEIA CONTINUE A MOVIMENTAR CAPITAL EM DIREÇÃO A EMPRESAS COM CARATERÍSTICAS ESG SUPERIORES”
isso permite-nos considerar plenamente os riscos e as oportunidades resultantes”, aborda. Mas a abordagem ESG da casa não se fica por aí. “Temos também envolvimento como proprietários. Descobrimos que as melhores empresas são também geralmente líderes em ESG, pois estão cientes da necessidade de uma boa gestão da força de trabalho e dos fornecedores, de estruturas de governance robustas, e de um foco nos benefícios ambientais como requisitos para um desempenho superior no longo prazo”, concluiu. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 89
ENTREVISTAS 5 MINUTOS por Margarida Pinto
AMBIÇÃO No futuro próximo, a entidade não coloca de parte a hipótese de gerir fundos mobiliários.
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José Miguel Marques, CFA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, CARREGOSA SGOIC
CARREGOSA SGOIC,TAILORMADE NO IMOBILIÁRIO Nasceu em novembro de 2020, mas é um projeto pensado pelo menos desde 2018, altura em que se tornou imperativo para a marca Carregosa acompanhar de forma mais próxima o destino de alguns fundos imobiliários que havia ajudado a promover e, ao mesmo tempo, dar forma a novos projetos. ssistir à tendência da bancada ou participar efetivamente nela e ser atores da mesma. Esta foi a escolha que o Banco Carregosa teve de tomar em 2018, quando se começaram a aperceber que num contexto de taxas de juro muito baixas os clientes alocavam cada vez mais espaço nas suas carteiras a imobiliário. Perante essa tendência, conta agora José Miguel Marques, CFA, presidente do conselho de administração da Carregosa SGOIC, o caminho a seguir era um de dois: “Ou ajudávamos os clientes a encontrar soluções fora, ou poderíamos nós fazer parte da solução”, recorda. Assim foi. Decidiram fazer parte da solução há praticamente três anos, quando pediram a licença para gerir Organismos de Investimento Imobiliário (OII). Encaixando perfeitamente no repto que o banco tem de “ser uma referência em wealth management em Portugal”, a decisão de começarem a gerir OII tinha por detrás a decisão de “tranquilizar” os clientes com a marca forte que a instituição tem desde há muito. “O banco já era comercializador de fundos de investimento imobiliário, que havia ajudado a promover, mas enquanto comercializador e participante de alguns desses fundos vinha a sentir a necessidade de ele próprio [o banco] estar ligado à gestão desses
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fundos”, explica o administrador da entidade. Assim, a autorização de criação da Carregosa SGOIC chegou no início de novembro de 2020, com o banco a representar o maior acionista (96%), e os restantes 4% a estarem divididos por outros dois acionistas de referência da instituição e por dois administradores executivos da Carregosa SGOIC.
FUNDOS FECHADOS E SICAFI Em termos de produto, são três os fundos fechados que inauguram o trabalho da entidade. “Efetivamente, o nosso plano de negócios prevê que, num primeiro momento, a sociedade assuma a gestão de alguns fundos já existentes. Está atualmente em curso o processo de substituição de entidade gestora relativamente a três fundos imobiliários fechados, tendo as substituições já sido deliberadas em assembleia de participantes (com mais de 90% relativamente a um deles e por unanimidade relativamente aos outros dois), pelo que esperamos que, em breve, estes três fundos iniciais estejam sob gestão da Carregosa SGOIC”. Falamos de um fundo ligado ao retalho alimentar, outro ligado a escritórios e, por fim, um produto dedicado aos armazéns e logística”. Três fundos fechados que abarcam, para já, as áreas em que a entidade se pretende enfocar. A estratégia da Carregosa SGOIC passa então pela constituição e gestão de OII fechados. Para além dos três fundos referidos, José Miguel Marques garante que “há espaço para a constituição de fundos novos”, havendo também áreas para as quais já olham com interesse. As residências sénior e a logística moderna são duas delas, mas admite também o interesse em “continuar a procurar oportunidades interessantes” nas três áreas dos fundos core da casa. Paralelamente, o administrador vislumbra outro segmento de negócio que será chave: a constituição de SICAFI ou a transformação de sociedades anónimas em SICAFI. “Existem family offices e outro tipo de investidores que têm o seu património organizado de uma determinada forma, mas que percebem que as SICAFI podem ser interessantes fiscalmente e em termos regulatórios”, diz o administrador. Sente que “uma gestão profissional conferida por uma entidade gestora não só aliviará os clientes de uma gestão diária associada aos investimentos, como seguramente lhes pode permitir ter mais deal flow para os seus investimentos”, assinala. Mais uma vez, esta aposta nas SICAFI também vai ao encontro do ADN de wealth management do banco, ou seja, como elucida o profissional, está diretamente relacionada com “a vontade de fazer algo à medida do cliente e perceber as suas necessidades”. “Essa necessidade de ser tailor-made faz parte de uma entidade que há muitos anos que se dedica ao wealth management e à banca privada; nesse sentido, a gestão de OII encontra aqui a sua expressão”, rematou. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 91
PRODUTOS COMPARAÇÃO por Regina R. Webb
DOS VENCEDORES DA PANDEMIA Os gestores de ações asiáticas (ex Japão) desfrutam de uma combinação favorável no seu mercado: reativação do consumo que impulsiona as valorizações e fluxos ainda desfasados.
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FIDELITY FUNDS SUSTAINABLE ASIA EQUITY FUND
JPMORGAN FUNDS ASIA GROWTH FUND
MIRAE ASIA GREAT CONSUMER EQUITY
GESTORA: FIDELITY LANÇAMENTO: 1/10/90 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 3.234 ISIN: LU0048597586
GESTORA: J.P. MORGAN AM LANÇAMENTO: 9/11/05 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 1.685 ISIN: LU0169518387
GESTORA: MIRAE ASSET LANÇAMENTO: 7/6/11 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 1.387 ISIN: LU0593848566
RENTABILIDADE 1 ANO: 45,25 RENTABILIDADE 3 ANOS: 12,15 RENTABILIDADE 5 ANOS: 18,43
RENTABILIDADE 1 ANO: 54,04 RENTABILIDADE 3 ANOS: 15,85 RENTABILIDADE 5 ANOS: 22,62
RENTABILIDADE 1 ANO: 45,05 RENTABILIDADE 3 ANOS: 14,25 RENTABILIDADE 5 ANOS: 18,47
RENTABILIDADE
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2018
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2016
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52,94 2018
2019
2020
2016
2017
2018
1,05
-16,91
-11,21
6,63
-12,51
4,16
-11,91
6,95
26,33
24,05
41,76 3,20 2016
RENTABILIDADE
48,17
RENTABILIDADE
2019
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Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 28 de fevereiro de 2021. Dados de património em milhões de euros.
OS VENCEDORES
umpriu-se um ano da dupla crise sanitária desencadeada pela expansão do COVID-19. Com consequências muito díspares, em linha com a diversidade na resposta dos países. As economias asiáticas foram as primeiras a sentir o impacto do vírus, mas também as primeiras a recuperar. Esse renascimento precoce notou-se nas valorizações. No entanto, de um ponto de vista do investidor, a alocação de ativos do mercado é limitada, e concentrada na China, em particular. Vemo-lo no mercado de ações asiáticas ex Japão, objeto desta análise. Por
um lado, temos a bolsa chinesa que está a despertar interesse: apenas no primeiro mês de 2021 entraram quase 5.000 milhões de euros em fundos na Europa, se somarmos as ações da China e China A-Shares. Estes dados contrastam com a procura de estratégias focalizadas na região, mas mais diversificadas. Concretamente, a categoria da Ásia ex Japan Equity, que apenas assistiu a entradas de 880 milhões no mesmo período. Não é um número fora do comum. Poderia mesmo dizer-se que a categoria teve uns 12 meses bons em captações. Desde 2012, os fluxos líquidos tenderam mais para as saídas
do que para as entradas. O seu melhor período na última década foi 2018, quando entraram 6.500 milhões em 12 meses. Para contextualizar, é um número próximo do captado pelas ações chinesas em janeiro de 2021.
CLARO OTIMISMO NA ÁSIA Esta moderação da procura é curiosa se tivermos em conta que nas carteiras dos fundos analisados há uma forte exposição a China. Em alguns casos, chegam a representar mais de metade do investimento. Mais do que têm a Taiwan e Hong Kong. Para além disso, diversificam com economias que
também apresentam potencial de crescimento, como a Índia. Esses fluxos latentes chocam com o forte otimismo de todos os gestores entrevistados para esta comparativa. É o caso de Eric Moffett, gestor do T. Rowe Price Funds Asian Opportunities Equity Fund, que nos conta que cerca de 75% das oportunidades que encontram, e que se concentram no norte da Ásia, estão a voltar lentamente à atividade económica normal. “Enquanto que a maioria das regiões do mundo continuam a lutar contra novas ondas de COVID-19, a situação na Ásia, à exceção do sudeste asiáti-
MS INVF ASIA OPPORTUNITY FUND
SCHRODER ISF ASIAN OPPORTUNITIES
T. ROWE PRICE FUNDS ASIAN OPPORTUNITIES EQUITY FUND
GESTORA: MORGAN STANLEY LANÇAMENTO: 31/3/16 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 7.638 ISIN: LU1378878604
GESTORA: SCHRODERS LANÇAMENTO: 29/10/93 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 7.756 ISIN: LU0048388663
GESTORA: T. ROWE PRICE LANÇAMENTO: 21/5/14 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 445 ISIN: LU1044871900
RENTABILIDADE 1 ANO: 69,12 RENTABILIDADE 3 ANOS:: 23,79 RENTABILIDADE 5 ANOS:: -
RENTABILIDADE 1 ANO: 47,88 RENTABILIDADE 3 ANOS:: 11,86 RENTABILIDADE 5 ANOS:: 19,52
RENTABILIDADE 1 ANO: 43,55 RENTABILIDADE 3 ANOS:: 13,50 RENTABILIDADE 5 ANOS:: 19,78
2019
2017
2018
2019
2020
4,95
-10,54
3,41
2016
8,36
22,79 2020
-15,75
5,60
2018
8,15
2017
24,89
50,92 41,66 -14,68
2016
RENTABILIDADE 44,06
RENTABILIDADE
74,92
RENTABILIDADE
2016
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2018
2019
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PRODUTOS COMPARAÇÃO
FIDELITY FUNDS SUSTAINABLE ASIA EQUITY FUND
GESTOR DHANANJAY PHADNIS
JPMORGAN FUNDS ASIA GROWTH FUND
GESTORES JOANNA KWOK E MARK DAVIDS
MIRAE ASIA GREAT CONSUMER EQUITY
GESTORA JOOHEE AN
COMPONENTE DO UNIVERSO ISR
CAPITALIZAÇÃO DAS MUDANÇAS
À CAÇA DA PROCURA DOMÉSTICA
Estamos perante o renascimento ESG do Asia Focus Fund da Fidelity. A estratégia original já aplicava alguns valores ISR, mas agora faz parte da família de fundos sustentáveis. Assim, há novidades no seu processo de investimento. No mínimo, 70% do seu património líquido estará em títulos com características altamente sustentáveis. Além de uma alta classificação ESG, procura uma série de características: devem ser empresas vencedoras nos seus setores com receitas sustentáveis e capacidade de reinvestir. Também têm de estar subvalorizadas em relação ao seu potencial de longo prazo. O portefólio atual é um reflexo de perspetivas otimista para a Ásia. “Economias tão diversas como a China ou a Coreia do Sul têm mostrado as vantagens de uma contenção precoce e contínua da pandemia”, destaca. O braço ESG também é um catalisador positivo. Poderá até acelerar-se à medida que a Ásia alcança, e até ultrapassa, outras regiões ocidentais.
Retornos sustentáveis elevados com perspetivas de crescimento. Estas são as duas qualidades que a equipa de gestão procura numa empresa. Procuram formar convicções sólidas em empresas com caraterísticas de crescimento com qualidade. A abordagem é baseada em vários elementos: é fundamental, bottom up, focada em empresas individuais e dirigida pelo research. “Investimos com base na convicção, não no índice”, insistem. A seleção de ações bottom-up é impulsionada pelo conhecimento do mercado local e por uma investigação rigorosa das empresas. É um ponto em que insistem muito. Só investem em títulos em que os seus especialistas de cada país e analistas do setor tenham grande convicção. Essa abordagem baseada na investigação para cada título está desenhada para capitalizar as mudanças estruturais de longo prazo que estão a impulsionar o crescimento da Ásia. Principalmente, são melhorias no estilo de vida, desenvolvimento do setor financeiro e mudanças demográficas.
O fundo tem um claro objetivo de beneficiar de uma temática muito atrativa de crescimento secular: a procura interna na Ásia. O processo de investimento enfatiza a análise bottomup com uma perspetiva de longo prazo. A maior parte do alfa vem do processo de seleção de títulos. Procuram empresas que beneficiam da referida temática, porém, não têm por que ser empresas diretamente ligadas a produtos de consumo. O foco principal é encontrar negócios com vantagens competitivas sustentáveis, descobrir o seu valor intrínseco e comparar com o preço de mercado. Isto reflete-se no portefólio atual. Os setores que mais pesam são logicamente os relacionados ao consumo. No entanto, o fundo também tem exposição ao setor financeiro e fá-lo com ênfase na banca de consumo. É um produto que tende à concentração de posições, que costumam rondar os 30 valores. São ideias muito seletas baseadas na experiência na região dos mais de 170 analistas locais da Mirae Asset.
94 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
MS INVF ASIA OPPORTUNITY FUND
GESTOR KRISTIAN HEUGH
SCHRODER ISF ASIAN OPPORTUNITIES
T. ROWE PRICE FUNDS ASIAN OPPORTUNITIES EQUITY FUND
GESTOR TOBY HUDSON
GESTOR ERIC MOFFETT
PRINCÍPIOS DE WARREN BUFFETT
O VALOR DAS EQUIPAS LOCAIS
OS VENCEDORES DO CONSUMO
É a incursão no mercado asiático da equipa de Kristian Heugh; o mítico gestor por detrás do Global and European Opportunity. A sua filosofia é simples: os princípios de investimento de Warren Buffett aplicados a empresas em crescimento. Defendem que aplicar uma disciplina de preços a empresas de alta qualidade pode capturar melhores oportunidades e otimizar a gestão do risco. Neste caso, mergulhando em empresas estabelecidas e emergentes de alta qualidade na Ásia (ex-Japão). Como todas as estratégias lideradas pela equipa do Global Opportunity, as apostas concentradas são uma marca de identidade. As 10 principais posições representam mais de 50% do portefólio, com um active share que costuma ser de 80% ou superior. Geograficamente, estão muito presentes na Ásia emergente (84%), enquanto a região da Ásia desenvolvida pesa 17%. Por setores, há uma clara aposta na recuperação do consumo. As empresas de consumo cíclico defensivo representam mais de metade do fundo.
Para o gestor, as ações asiáticas apresentam ineficiências. Defende que muitas das melhores ideias de investimento não estão bem analisadas. E para ele, a melhor abordagem para gerar alfa a longo prazo é concentrar-se na análise bottom-up. O portfólio é um reflexo de dois requisitos. O primeiro, a elevada qualidade, definida tanto pela vertente dos lucros como da gestão. O segundo, a procura por perfis de rentabilidade estruturalmente superiores; empresas com uma rentabilidade sobre o capital investido superior ao custo médio ponderado do capital. Um dos pontos diferenciadores da estratégia é o valor que eles dão às equipas locais. Para eles, esta forte presença na região garante profundidade e amplitude de cobertura. E o mais importante, a capacidade de identificar oportunidades únicas. A nível setorial, as maiores apostas são em tecnologia da informação (23,7%), consumo discricionário (23,1%) e financeiras (18%). Geograficamente, o portefólio está concentrado na China, Hong Kong e Coreia.
A sua filosofia resume-se a investir em empresas de alta qualidade lideradas por equipas de gestão experientes. Apostam nos líderes de setor capazes de ganhar quota de mercado e consolidar a indústria; as empresas que serão vencedoras. procuram elevada qualidade com um crescimento visível e duradouro dos lucros, negócios suscetíveis de impulsionar fiavelmente o seu negócio ano após ano ou entidades com uma estrutura de capital sólida. Estas também serão capazes de lidar com uma desaceleração potencialmente prolongada da atividade económica. Seguem um enfoque ativo de diversificação e eleição do tamanho das posições para gerir o risco das empresas e dos setores, ao mesmo tempo que oferecem posições ativas substanciais. O processo de investimento favorece as posições em empresas com fortes fluxos de caixa, lucros altamente visíveis, crescimento sustentável e balanços sólidos. Na Ásia, ex Japão, tendem a concentrar-se nos setores de consumo. Daí a grande sobreponderação da carteira em bens de consumo básico e discricionários.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 95
FIDELITY FUNDS SUSTAINABLE ASIA EQUITY FUND
JPMORGAN FUNDS ASIA GROWTH FUND
PATRIMÓNIO
PATRIMÓNIO
645
2.141
512 1.727
2018
1.387
1.334
1.477
2.834
2017
PATRIMÓNIO 1.685
3.234
1.866
MIRAE AGDF ASIA GREAT CONSUMER EQUITY
92
88 2019
2020
2021
2017
569 441
2018
2019
2020
2021
2017
2018
2019
2020
2021
Fonte: Morningstar Direct. Dados de património em milhões de euros.
PRODUTOS COMPARAÇÃO
21
5
4
MAPA RISCO/RENTABILIDADE
2 19
1
6
18
3 17
10
1
Fidelity Funds Sustainable Asia Equity Fund
2
JPMorgan Funds Asia Growth Fund
3
Mirae Asia Great Consumer Equity
4
MS INVF Asia Opportunity Fund
5
Schroder ISF Asian Opportunities
6
T. Rowe Price Funds Asian Opportunities Equity Fund
Divisa base (dólar)
20
15
25
Rentabilidade anualizada três anos (%)
FIDELITY FUNDS SUSTAINABLE ASIA EQUITY FUND
RENT. ANUAL A TRÊS ANOS
JPMORGAN FUNDS ASIA GROWTH FUND
MIRAE ASIA GREAT CONSUMER EQUITY
MS INVF ASIA OPPORTUNITY FUND
SCHRODER ISF ASIAN OPPORTUNITIES
T. ROWE PRICE FUNDS ASIAN OPPORTUNITIES EQUITY FUND
12,15
15,85
14,25
23,79
11,86
13,50
VOLATILIDADE A TRÊS ANOS
18,82
19,33
17,51
20,20
20,21
18,12
QUEDA MÁXIMA TRÊS ANOS
-19,85
-17,92
-23,60
-27,02
-21,26
-17,88
0,63
0,78
0,77
1,09
0,59
0,71
RÁCIO SHARPE TRÊS ANOS ALFA TRÊS ANOS
1,42
4,55
4,93
12,35
0,30
2,63
BETA TRÊS ANOS
0,77
0,79
0,63
0,72
0,85
0,76
96 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 28 de fevereiro de 2021.
Volatilidade três anos (%)
20
MS INVF ASIA OPPORTUNITY FUND
T. ROWE PRICE FUNDS ASIAN OPPORTUNITIES EQUITY FUND
SCHRODER ISF ASIAN OPPORTUNITIES
PATRIMÓNIO
PATRIMÓNIO 7.638
PATRIMÓNIO 7.756
5.819
445
6.822
311
6.083 5.515
1.311 262
110
622
4
3
5.043 2017
2018
2019
2020
2021
co, continua a estar em grande medida controlada”, ressalta Moffett. Joanna Kwok e Mark Davis, gestores do JPMorgan Funds Asia Growth Fund, coincidem em ver um plano macro benigno. E destacam dois factores. Primeiro, que a China começou o ano passado com sólidos dados de atividade macroeconómica. Segundo, o crescimento forte dos Estados Unidos, impulsionado por um grande estímulo fiscal. Este último será útil para as economias e para as indústrias asiáticas que dependem da procura norte-americana. No mercado asiático também se está a falar de uma rotação nas bolsas. Mas como ressalta Toby Hudson, os mercados têm seguido liderados predominantemente pelos vencedores de 2020. As empresas de grande capitalização especializadas em hardware tecnológico, as empresas chinesas com bem-sucedidos negócios online, as relacionadas com a cadeia de fornecimento para veículos elétricos e as empresas do setor sanitário têm liderado as subidas. O gestor do Schroder ISF Asian Opportunities teme pelas valorizações de alguns setores. “Os investidores parecem estar mais centrados em temas de crescimento secular do que
2017
2018
2019
2020
2021
no potencial cíclico de setores como o financeiro”, deduz. E é precisamente nos nichos mais latentes ou castigados onde os gestores estão a encontrar oportunidades. A aposta pelo consumo é o grande laço que une estas estratégias- Vemo-lo em ideias como as de Kristian Heugh no Morgan Stanley INVF Asia Opportunity Fund. O gestor tem quase cerca de 10% do fundo em Meituan, uma plataforma chinesa de comércio eletrónico especializado em alimentação. Uma mistura de Uber Eats, Glovo e Amazon Prime. Cerca de 32% da carteira estava em consumo discricionário no final de janeiro. É uma aposta não só pela qualidade, mas na qual Heugh vê potencial de revalorização.
CATALISADORES NA ÁSIA Os gestores desta comparativa estão muito positivos com a recuperação do consumo na Ásia. Joohee An, gestor do Mirae Asia Great Consumer Equity, vê catalisadores a curto e longo prazo. No futuro imediato, a região beneficia, em geral, de uma situação muito favorável em relação ao controlo do vírus. A médio prazo, continuará a beneficiar de um crescimento potencial claramen-
2017
2018
2019
2020
2021
te superior ao da média dos países desenvolvidos. Num contexto onde, para além disso, as elevadas taxas de aforro permitirão, previsivelmente, rácios de crescimento do consumo privado inclusive superiores aos do PIB dos seus respetivos países. Mas também existem histórias mais longas neste mercado, mais além do ruído da recuperação. Dhananjay Phadnis destaca o boom do ESG na Ásia. O ênfase na sustentabilidade em todas as suas vertentes (desde a reconfiguração das cadeias de fornecimento até uma via económica mais ecológica) parece que vão continuar em toda a região, afirma o gestor do Fidelity Funds Sustainable Asia Equity Fund. Na verdade vaticina que poderá acelerar à medida que a Ásia se equipare, e até possa estar mais à frente, de outras regiões ocidentais.
A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento. A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 97
PRODUTOS CARTEIRAS por Pilar Téllez
EMBORA AS VALUATIONS CONTINUEM APERTADAS, A ESPERADA RECUPERAÇÃO ECONÓMICA TRADUZIR-SE-Á NUMA SITUAÇÃO MELHOR PARA AS EMPRESAS E TAXAS DE INCUMPRIMENTO MAIS FAVORÁVEIS DO QUE AS ATUAIS. ALÉM DISSO, UMA YIELD ATRATIVA, EM TORNO DE 5%, CRIA UM CENÁRIO FAVORÁVEL PARA MERCADO DE HIGH YIELD GLOBAL DISTRIBUIÇÃO POR SUB-CLASSE DE ATIVOS % FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE 2021
GOVERNOS
CORPORATIVA
LIQUIDEZ
DERIVADOS
BlackRock Global Funds - Global High Yield Bond Fund
DABC
2,77
92,44
2,46
0,16
Candriam Bonds Global High Yield
DABC
0,19
84,45
13,52
1,84
Candriam Sustainable Bond Global High Yield
0,22
85,65
14,01
0,11
12,45
84,53
2,19
0,52
M&G (Lux) Investment Funds 1 - M&G (Lux) Global High Yield ESG Bond Fund
DABC DABC DABC
0,43
96,07
3,93
-0,43
PIMCO GIS Global High Yield Bond Fund
DABC
2,88
91,32
4,10
-3,76
T. Rowe Price Funds SICAV - Global High Income Bond Fund
DABC
2,11
94,23
3,12
-
T. Rowe Price Funds SICAV - Global High Yield Bond Fund
DABC
-
93,87
3,96
0,24
UBAM - Global High Yield Solution
DABC
97,30
-
-7,61
10,19
Goldman Sachs Global High Yield Portfolio
Fonte: Fundos de obrigações high yield globais com Selo FundsPeople em 2021. Dados da Morningstar Direct a 25 de março de 2021.
98 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
DISTRIBUIÇÃO POR RATING DE CRÉDITO % SELO FUNDSPEOPLE 2021
FUNDO
A
AA
AAA
B
BB
BBB
ABAIXO DE B
NÃO CLASSIFICADO
BlackRock Global Funds - Global High Yield Bond Fund
DABC
0,36
-
-
37,00
39,10
4,53
13,50
5,51
Candriam Bonds Global High Yield
DABC
-
-
-
17,45
57,95
3,47
0,87
20,25
Candriam Sustainable Bond Global High Yield
2,21
-
-
13,73
62,08
5,11
-
16,87
-
-
-
34,60
45,47
2,30
15,75
1,88
M&G (Lux) Investment Funds 1 - M&G (Lux) Global High Yield ESG Bond Fund
DABC DABC DABC
-
-
-
30,85
54,11
7,68
7,24
0,12
PIMCO GIS Global High Yield Bond Fund
DABC
-
7,00
2,00
28,00
49,00
8,00
6,00
-
T. Rowe Price Funds SICAV - Global High Income Bond Fund
DABC
-
-
3,20
42,96
33,68
3,49
13,90
2,77
T. Rowe Price Funds SICAV - Global High Yield Bond Fund
DABC
-
-
3,97
40,65
31,05
5,38
15,99
2,96
Goldman Sachs Global High Yield Portfolio
Fonte: Fundos de obrigações high yield globais com Selo FundsPeople em 2021 e informação disponível. Dados da Morningstar Direct a 25 de março de 2021.
O
mercado de obrigações high yield registou um ligeiro ganho de + 0,23%, a 10 de março de 2021, após ter atingido uma rentabilidade de 6,28 % em 2020 com base no índice ICE BofA Global High Yield (HW00). Em fevereiro, o mercado experimentou duas metades muito diferentes, com uma primeira muito boa que foi encoberta por uma segunda marcada por máximas de um ano atingidas pelas yields do tesouro americano. O mercado europeu de high yield é o que mais tem contribuído para o desempenho do índice global, após registar uma subida 1,08% neste ano com base no índice ICE BofA, enquanto o mercado de high yield americano contribuiu com apenas 0,37%. O comportamento negativo dos títulos do Tesouro americano, cujas yields recuperaram devido às perspetivas de rápida recuperação económica e aos novos pacotes fiscais aprovados nos EUA, afetaram negativamente o comportamento da parte americana do índice global, compensando em grande medida a boa trajetória dos spreads de crédito nos primeiros meses do ano, que diminuiu cerca de 30 pontos base. Ao contrário, na parte europeia o estreitamento dos spreads de crédito pesou mais. Por último, importa referir
que o índice tem uma componente significativa de dívida emitida por países emergentes (mais de 20%), o que também tem contribuído negativamente até ao momento este ano.
TAXAS DE INCUMPRIMENTO Devido às classificações de crédito, as tranches de menor qualidade (CCC) sofreram um estreitamento dos spreads de crédito maior do que as tranches de melhor qualidade (BB e B) e, portanto, um melhor desempenho. O mercado primário continua bastante ativo, tendo como principal destino o refinanciamento. Em relação ao incumprimento, embora seja maior que nos anos anteriores, espera-se que se mantenha em níveis bastante aceitáveis no próximo ano. Casas como a JP Morgan reduziram as suas expectativas de incumprimento e esperam números próximos a 2% do mercado americano em 2022 (em comparação ao atual, que é de 6,6%, incluindo empresas que faliram). No entanto, neste ano, as taxas de incumprimento foram limitadas. Em termos setoriais, energia e transporte lideram os ganhos do mercado americano. A esperada recuperação económica, que se traduzirá em melhor situação para as empresas e taxas de falência mais favoráveis que as atuais, bem como a rentabilidade atrati-
O MERCADO EUROPEU DE HIGH YIELD É O QUE MAIS TEM CONTRIBUÍDO PARA O DESEMPENHO DO ÍNDICE GLOBAL, APÓS TER REGISTADO UMA SUBIDA DE 1,08% ATÉ AO MOMENTO ESTE ANO
MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 99
P
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PRODUTOS CARTEIRAS
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TNE
A OPINIÃO DE CRISTINA CARVALHO Manager de vendas Corporativas & Institutionais e responsável pelo Mercado Português, Amundi
UM MULTIATIVO CONSERVADOR COMO ALTERNATIVA ÀS OBRIGAÇÕES
A ESPERADA RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E AS YIELDS ATRATIVAS REPRESENTAM UM CENÁRIO FAVORÁVEL PARA ESTA CATEGORIA DE ATIVOS va oferecida pelo mercado (cerca de 5%), representam um cenário favorável para este tipo de ativo, apesar das avaliações médias permanecerem em níveis apertados. Os fundos notáveis nesta categoria incluem o AXA WF Global High Yield Bonds e o Janus Henderson Horizon Global High Yield Bond Fund.
FUNDOS EM DESTAQUE Lançado em 2001, o AXA WF Global High Yield Bonds investe em emissões de baixa qualidade de crédito emitidas principalmente por entidades europeias e americanas, sendo a exposição a mercados emergentes muito residual. A AXA tem uma equipa de sete gestores analistas de high yield e 10 analistas dedicados, divididos por setor e distribuídos entre os EUA e a Europa. Com mais de 18 anos de experiência, a equipa é liderada pelo americano Carl Pepper, junto com James Gledhill, com foco no lado europeu e com sede em Londres. O objetivo é superar o índice de high yield global ICE BofA ML num ciclo de mercado, sem seguir um objetivo formal de erro de rastreamento. Gerido em equipa, busca identificar empresas com fundamentais sólidos e a aprimorar as suas métricas de crédito, procurando obter receitas recorrentes e evitando perdas de capital. O fundo caracteriza-se pela sua estratégia barbell, investindo nos seg100 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
mentos de pior qualidade nas suas tranches mais curtas, equilibrando-se com as de maior qualidade em high yield e no longo prazo. Não apresenta risco cambial, pois a carteira está protegida na sua moeda base, o dólar. Por seu lado, o Fundo Janus Henderson Horizon Global High Yield Bond, lançado em 2010, procura obter um elevado nível de yield, juntamente com uma potencial valorização do capital, investindo em empresas com baixa qualidade de crédito a nível mundial. O fundo é avaliado em relação ao ICE BofAML Global High Yield Constrained USD Hedged Index, representativo da sua estratégia e que inclui emissões de mercados emergentes. No mínimo 80% do fundo será investido em emissões com qualidades equivalentes a BB+ ou inferiores, com um máximo de 20% em emissões de alta qualidade ou outros tipos. A duração pode divergir no máximo de dois anos da duração do índice. Co-administrados por Tom Ross e Seth Meyer desde o lançamento, fazem parte de uma equipa de Crédito Global que inclui oito gestores, dois analistas gestores e 18 analistas de crédito do setor (10 nos Estados Unidos e oito em Londres). Tentam dividir o portefólio em posições estáveis de geração de rendimento, potencial de high yield e títulos oportunistas. O fundo não apresenta risco cambial ao fazer cobertura para a sua moeda base, o dólar.
Perante uma maior volatilidade nas diferentes classes de ativos, menores retornos e crescentes riscos em obrigações, propomos uma solução multiativos conservadora que oferece potencial para mitigar as possíveis quedas. Com um baixo orçamento de risco (volatilidade em torno dos 5%-7%) o Amundi Funds Global Multi Asset Conservative proporciona uma alocação flexível entre os diferentes setores de obrigações, gere ativamente a duração e o risco de crédito pondo o foco na liquidez, e abre uma janela às ações com um máximo de 30% conforme as oportunidades que o mercado oferece. Procurando reduzir a concentração, o processo aloca o orçamento de risco em quatro pilares pouco correlacionados entre si: estratégia macro (para gerar ideias de elevada convicção); estratégia de cobertura (para proteger face aos cenários alternativos); estratégias satélite (para gerar alfa e valor relativo) e estratégias de seleção (para identificar títulos de elevada qualidade que possam gerar rentabilidade estável aumentando a diversificação).
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Um Padrão Global de Sustentabilidade para Fundos Os investidores estão atualmente a ser confrontados com o crescente interesse em investimentos sustentáveis. A Morningstar disponibiliza serviços como investigação, ferramentas e análises para ajudar os investidores a entender estes fatores de sustentabilidade, realizar operações de due diligence, avaliar o risco e oportunidades de ESG. Morningstar Sustainability Rating™ e Morningstar Portfolio Carbon Metrics™ foram desenvolvidos para ajudar os investidores a avaliar o desempenho das empresas através de fatores ambientais, sociais e de governança, para que possam construir os seus planos de investimento de uma forma mais responsável. Descubra como pode integrar estes valores sustentáveis na sua estratégia de investimento a longo prazo. Para mais informação: global.morningstar.com/SustainableInvesting ou envie um correio eletrónico para sales.esp@morningstar.com
Morningstar Sustainability Rating™
Above Average Percentage Rank in Category: 23 Sustainability Score: 48
PRODUTOS EMERGENTES por Ana Palomares
OS EMERGENTES LIDERAM O CRESCIMENTO MUNDIAL 2021
Perspetivas do crescimento do PIB nas distintas regiões (%).
-5,8 -4,4
+5,2
+3,9
-1,7
2020
+8,0
ECONOMIAS AVANÇADAS ÁSIA EMERGENTE E EM VIAS DE DESENVOLVIMENTO
MUNDO
-3,0 +3,1 -8,1
+3,6
-3,3
+6,0
ÁFRICA SUBSARIANA
AMÉRICA LATINA E CARAÍBAS
ECONOMIAS EMERGENTES E EM VIAS DE DESENVOLVIMENTO
Fonte: Bond Vigilantes (M&G Investments).
O QUE VALE NOS EMERGENTES Os mercados emergentes converteram-se no grande objeto de desejo dos investidores para este ano. Analisamos as causas e os segmentos de mercado que apresentam as melhores oportunidades. 102 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
ASSIM EVOLUIU O PESO DOS EMERGENTES AO LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS Evolução em % da distribuição das receitas corporativas globais por regiões EMERGENTES
PACÍFICO
EMEA
Evolução do peso dos emergentes no MSCI ACWI (em %).
AMÉRICA DO NORTE
14
100 12
80
10
8
60
6 40 4 20 2
0
0 2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2020
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2020
Fonte: MSCI.
É
um clássico que durante as últimas semanas do ano e as primeiras do ano seguinte as gestoras de ativos internacionais mostrem as suas carteiras, antigamente em reuniões presenciais e agora através de Zoom, indicando em que tipo de mercados e ativos veem as melhores oportunidades. Para este 2021 existe um amplo consenso na hora de estabelecer a área geográfica que apresenta os maiores tailwinds: os mercados emergentes. De facto, segundo os dados do Institute of International Finance que recolhe o Financial Times, os mercados de ações e de obrigações destes países (recolhem dados das 63 maiores economias emergentes) registaram fluxos no valor de 180.000 milhões de dólares no quarto trimestre de 2020. Isto elevou as entradas
MERCADOS DE AÇÕES E DE OBRIGAÇÕES DOS EMERGENTES REGISTARAM FLUXOS DE 180.000 MILHÕES DE DÓLARES NO QUARTO TRIMESTRE DE 2020 totais de março a dezembro para mais de 360.000 milhões de dólares. As razões que apoiam este regresso do apetite investidor pela região são várias. Por um lado, está a previsão da sua recuperação económica superior e mais rápida do que a dos mercados desenvolvidos. Na sua última revisão, o FMI melhorou em três décimas a expansão destas economias em 2020 até cerca de 6,3%. E nessa melhoria tiveram que ver tanto a maior resiliência ao COVID, que
muitos países asiáticos têm mostrado, como beneficiar da recuperação económica global. “As economias emergentes, historicamente, têm uma sensibilidade duas vezes superior às desenvolvidas no que toca à recuperação do comércio mundial”, afirma Luca Paolini, estratega da Pictet. “À medida que o crescimento mundial recupere em 2021 e os países desenvolvidos procurem reabastecer as suas cadeias de fornecimento, os países ricos em matérias primas MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 103
PRODUTOS EMERGENTES
O DESTINO FAVORITO DOS INVESTIDORES PARA 2021 GESTORES QUE ESTÃO SOBREPONDERADOS (%)
RENT. RELATIVA ENTRE MSCI EM VS. MSCI WORLD 100
80
RECORD
90
60 80 40 70
60
20
50 0 40 -20 30
20
-40 01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Fonte: BofA Global Fund Manager Survey.
OPINIÃO
SUSANA VICENTE responsável pelo departamento de Investimentos, GNB Gestão de Ativos
No contexto atual domina uma perspetiva de crescimento económico que tende a ser favorável aos mercados emergentes. A maior circulação das pessoas e dos bens permitirá a estas economias capitalizar na sua oferta de matérias primas e serviços, na sua qualidade e capacidade de exportadores. Na verdade, o ponto de partida é construtivo quando vemos a generalidade destes países com contas orçamentais mais equilibradas, moedas longe de estarem sobrevalorizadas e crescimento potencial de resultados superior a 25%. Dentro desta convicção, vemos como interessante um enviesamento para a região asiática.
104 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
beneficiarão, já que os metais industriais e outras commodities são muito utilizadas nas infraestruturas básicas, assim como os componentes tecnológicos e bens de consumo”, pontualizam do Capital Group. Também têm a seu favor outros aspetos de caráter interno (o apoio fiscal e monetário que estão a receber em linhas gerais tanto dos seus governos como dos seus bancos centrais), como externo. Dentro destes últimos está a vitória de Joe Biden nos EUA, que implica, em teoria, uma certa distensão nas relações comerciais com os emergentes em geral e com a China, em particular. “Espera-se um marco
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A OPINIÃO DE ÁLVARO ANTÓN LUNA Responsável de negócio para Portugal e Espanha, Aberdeen SI
AS TENDÊNCIAS QUE DEVEM ORIENTAR OS MERCADOS ACIONISTAS EUROPEUS da política mais baseado na opinião de especialistas, em vez de reações instintivas e tweets às tanta da noite. As relações entre EUA e China continuarão a ser um tema de grande relevância”, apontam da M&G Investments. Sem esquecer a previsível debilidade do dólar. Tudo isto levou os investidores a posicionar as suas carteiras em consequência. Segundo o questionário de janeiro de BofA Securities, 62% dos gestores de fundos sobreponderam nas suas carteiras ações de mercados emergentes, record histórico, e é isso que o questionário publica desde 2001 (ver gráfico). Ações que, para além disso, têm cada vez mais peso no mercado.
OPORTUNIDADES Onde estão agora as melhores oportunidades? Essa é a pergunta que lançámos aos gestores de alguns dos fundos com Selo FundsPeople 2021 que investem em mercados emergentes a nível global, tanto de ações como de obrigações. “A longo prazo, e agora também a curto e médio, os dois setores de mercados emergentes mais promissores do ponto de vista do retorno estão relacionados com o consumo: os serviços de comunicação e o consumo discricionário”, afirma Wim-Hein Pals, responsável da Equipa de Mercados Emergentes da Robeco. Roger Merz, gestor da Vontobel AM, cujo fundo Vontobel Fund Sustainable Emerging Markets, que conta com Selo FundsPeople 2021 pela sua classificação AB, foca-se em analisar mais a empresa do que um grupo setorial ou região. “Interessam-nos os fatores específicos de uma determinada empresa, especialmente os seus pontos fortes e débeis de um ponto de vista da
NEM AS AÇÕES NEM AS OBRIGAÇÕES SE SALVAM DA ELEVADA DISPERSÃO “Existem diversas razões que explicam a diferença de rentabilidade entre mercados emergentes, como a debilidade dos sistemas de saúde, a rapidez da resposta governamental ou a capacidade de proporcionar apoio fiscal. Isto serve-nos de recordatório de que os mercados emergentes não devem ser vistos como um bloco homogéneo”, avisa David Rees, economista sénior de mercados emergentes da Schroders. Segundo dados da Morningstar, o gap entre a rentabilidade anualizada a três anos do melhor fundo de ações globais emergentes e o pior é de 32 pontos porcentuais. No caso dos fundos de obrigações globais emergentes, essa diferença é de 20 pontos percentuais.
concorrência, e como pode transformar em rendimento financeiro as vantagens que possui face aos seus rivais”. Mas essa preferência pelo emergente não se vê só nas ações. As obrigações figuram cada vez mais nas recomendações de investimento para este ano devido, entre outras coisas, à maior dificuldade dos investidores em conseguir rentabilidades reais positivas num contexto de taxa 0%. Para além disso, tal como explica Yerlan Syzdykov, diretor de Mercados Emergentes da Amundi, “as divisas locais têm todos os ingredientes para obter bons resultados em 2021: baixa inflação, bancos centrais num contexto de taxas baixas e uma recuperação cíclica”. Também neste caso, os setores com mais potencial são aqueles ligados a negócios que beneficiem desse aumento da economia doméstica, para além de algumas emissões de dívida pública que tão bem funcionaram como alternativa aos bunds ou T-Notes nos piores momentos da crise.
Começamos por dividir as nossas perspetivas em perspetivas de curto prazo (próximos meses), médio prazo (até ao final de 2021) e longo prazo (2022 e anos seguintes). No curto prazo, a nossa visão não é muito diferente da maioria, isto é, antevemos um cenário difícil com a persistência, ou até intensificação, dos confinamentos em vários países europeus. As perspetivas a médio prazo são mais animadoras, à medida que o ano de 2021 avançar. Mais pessoas já estarão vacinadas e as restrições devem ser atenuadas. Como consequência, esperamos assistir a uma retoma significativa nas previsões de crescimento económico e de lucro das empresas, incluindo em alguns dos setores mais afetados do mercado. E 2022? Neste caso, a imprevisibilidade torna mais difícil determinar a forma e a robustez de uma recuperação duradoura. Sabemos que o contexto de muitas empresas será diferente à medida que vão emergindo da crise. O que é que isto significa para os investidores? No geral, as perspetivas a longo prazo para as ações europeias parecem mais interessantes do que na última década, com três tendênciaschave que jogam a favor da região. Primeiro, a Europa é líder no capitalismo responsável. Segundo, as empresas europeias orgulham-se de contar com algum do melhor capital intelectual do mundo. E o mais importante é que são capazes de utilizar esse capital de forma global, sobretudo nos mercados emergentes em rápido crescimento. Por fim, muitas empresas europeias continuam bem posicionadas para tirarem partido da digitalização contínua da indústria. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 105
PRODUTOS ISR por María Folqué
O IMPACTO DOS CENÁRIOS CLIMÁTICOS NO UNIVERSO DE AÇÕES INVESTÍVEIS OBJETIVO
TEMPERATURA
AÇÕES REQUERIDAS
4.0oC Não fazer nada
Compromissos já assumidos depois da COP21
Nenhuma
3.0oC Medidas contempladas em COP21
2ºC
2.0oC
Redução das emissões muito mais acentuada do que a prevista na COP21 para alcançar zero emissões líquidas antes do fim do século
1,5ºC
1.5oC
Redução de cerca de 15% de emissões de CO2 ao ano para alcançar zero emissões líquidas em 2050
Fonte: Climate Analytics, New Climate Institute, MSCI ESG Research.
DESAFIOS
PARA O INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL EM 2021 A redução do universo investível, o auge da S, a preocupação pela biodiversidade, o debate sobre as valorizações e a onda regulatória são alguns dos desafios que aguardam o investimento sustentável em 2021.
106 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
IMPACTO NO UNIVERSO INVESTÍVEL
Não há nenhum impacto no universo investível
100% Se se eliminam os investimentos nos emissores mais intensivos calcula-se uma redução do universo investível de 15%
85% Muitas empresas ficariam de fora por não tomarem as medidas necessárias. Calcula-se uma redução do universo investível de 60%
40% O universo investível reduzir-se-ia dramaticamente (em cerca de 90%). As carteiras teriam que ser muito concentradas
10%
E
m dezembro de 2020 Linda-Eling Lee, Megin Thwing Eastam e Arne Klug, analistas do MSCI, publicaram um relatório sobre as tendências que dominarão o investimento sustentável em 2021 (2021 ESG Trends to Watch). Neste artigo resumimos as mensagens mais relevantes.
UNIVERSO MINGUANTE O acordo de Paris sobre o clima tem sido a referência para uma rota de escape da catástrofe climática, esboçando os passos necessários para evitar que o mundo supere um cenário de aquecimento de 2°C. Agora, embora muitas empresas tenham reduzido as suas emissões de gases de efeito estufa, nos próximos anos os esforços terão que ser muito maiores. Surge então um dilema: salvo se acontecerem avanços drásticos
em matéria de políticas e tecnologia e se adotem medidas empresariais, a disponibilidade de oportunidades de investimento alinhadas com Paris será cada vez mais limitada a cada ano que passa, à medida que as reduções necessárias para alcançar as emissões líquidas zero sejam cada vez mais profundas. O que podem fazer os investidores para enfrentar o problema de um universo de investimento minguante? Em primeiro lugar está o ativismo corporativo. Para que as empresas de uma carteira se descarbonizem numa média de 8% a 10% anualmente, tal e como requere o objetivo de 2°C, é fundamental que se façam esforços intensivos para comprometer as empresas. Mas esse será um trabalho árduo, tendo em conta que apenas 472 empresas do MSCI ACWI IMI, ou 5%, se tinham comprometido com um
EM SETEMBRO DE 2020, APENAS 472 EMPRESAS DO MSCI ACWI IMI, CERCA DE 5%, SE TINHAM COMPROMETIDO COM O OBJETIVO DE REDUÇÃO DE CARBONO REQUERIDO PARA CUMPRIR COM O OBJETIVO DOS 2°C MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 107
PRODUTOS ISR
A PRIMEIRA EMISSSÃO DE UMA GREEN BOND SOBERANA NA ALEMANHA, EM SETEMBRO DE 2020, ARRECADOU 6.500 MILHÕES DE EUROS COM UMA PROCURA CINCO VEZES SUPERIOR À OFERTA
objetivo de redução de carbono que as pôs no caminho requerido até aos 2°C em setembro de 2020. A segunda alternativa é optar por carteiras mais concentradas. As simulações do estudo mostram que o número de empresas alinhadas numa trajetória de 2°C se reduziria numa média de 5% ao ano entre 2020 e 2030. Para 2030, isto deixaria um universo elegível de cerca de 32% das empresas originais, que representam apenas 40% da capitalização total do universo atual. E, por último, pode-se ampliar o universo de ativos. Haverá que olhar mais além das ações. Segundo o relatório, alguns fundos de pensões dinamarqueses e britânicos já estão a investir em ativos privados, como infraestruturas ecológicas que podem dar lugar a soluções para uma transição com zero emissões de carbono, ao mesmo tempo que reduzem a temperatura total da carteira. Outros investidores olham para as green bonds. A primeira emissão de um ativo deste tipo soberano na Alemanha, em setembro de 2020, arrecadou 6.500 mi-
lhões de euros com uma procura cinco vezes superior à oferta.
BOLHA? Nalgumas análises refere-se que as empresas com melhores classificações ESG têm valorizações mais elevadas, o que faz temer que a rentabilidade dos fundos ESG em geral possa esconder uma bolha nos preços. Os autores do estudo comparam as empresas com as melhores classificações do MSCI ESG com os seus pares de menor classificação durante um período de estudo desde 31 de maio de 2013 até novembro de 2020. Durante esse período, o terço superior das empresas segundo as classificações ESG reordenadas semestralmente superou o terço inferior em cerca de 2,56% anual. Este retorno superior deveu-se a um maior prémio que os investidores estavam dispostos a pagar, já que os investimentos ESG ficaram na moda? A resposta curta parece ser não. Dividindo os fatores que explicam a diferença de rentabilidade, descobrem que foi impulsionado principalmente pelo maior crescimento dos lucros das empresas com maior classificação du-
OPINIÃO
JOSÉ VALENTE, CESGA Gestão de ativos, CA Gest
O principal desafio no investimento sustentável advém da necessidade de cooperação e consenso intergovernamental, pelo que um eventual compromisso na adoção de regras comuns terá de extravasar diferenças ideológicas. Decorrente da própria transição ESG está a criação de restrições ao investimento impostas pela pressão regulatória, o que poderá criar dificuldades de financiamento a países, setores/empresas que assim se veem incapazes de processar qualquer transformação necessária ao seu modelo de negócio. Se todos os financiadores se moverem de forma drástica, estaremos a precipitar um conjunto de danos colaterais irreversíveis nos setores discordantes da sustentabilidade em ESG? Em alguns casos estarão estes recursos a ser eficientemente reabilitados ou apenas desperdiçados? O balancear destas sensibilidades é crucial para alcançar o resultado pretendido. Tenderá o investidor a majorar o seu portefólio tendo como objetivo um valor absoluto ESG mais positivo, ou premiar países/setores e/ou empresas em que se perspetivam maiores avanços relativos nesse mesmo score?
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A OPINIÃO DE JULIEN BRAS, CFA Gestor do fundo Allianz Green Bonds, Allianz Global Investors
COMO INCLUIR GREEN BONDS NA CARTEIRA rante este tempo, seguido pela maior rentabilidade de reinvestimento dos pagamentos dos dividendos e pelas recompras das ações.
BIODIVERSIDADE Em 2021, a XV Conferência das Partes do Convénio sobre a Diversidade Biológica celebrar-se-á em Kunming (China) com o objetivo de adotar um marco de biodiversidade mundial posterior a 2020, com objetivos mensuráveis a nível mundial e nacional. Kumming tem o potencial de marcar um ponto de inflexão para a biodiversidade como aconteceu com o Acordo de Paris para o Clima em 2015. Tudo isto tem consequências para os investidores. Compreender o que poderá significar para uma carteira pode ser complicado, mas começa com um mapeamento das empresas individuais ou em duas dimensões: impacto e dependência. Algumas empresas têm um impacto de maior envergadura na biodiversidade (mineiras, energia), outras empresas dependem dela para as suas receitas e operações (viagens, consumo) e outras fazem ambas as coisas (alimentação).
A LETRA S A S de investimento ESG está a ganhar relevância por causa das mudanças trazidas pela pandemia. Muitos investidores perguntam-se como enfatizar mais a componente social dos seus investimentos. Alguns estão a recorrer aos ODS como enquadramento para desenvolver o seu enfoque para abordar as desigualdades. Embora apenas o ODS 10 as aborde explicitamente, muitos dos outros objetivos centram-se nas questões relacionadas com a pobreza (ODS 1),
a fome (ODS 2), a saúde (ODS 3), a educação (ODS 4), a igualdade de género (ODS 5) e o trabalho decente (ODS 8). Seja por mitigar riscos ou por sentido de injustiça, os investidores veem o alinhamento destes ODS como um primeiro diagnóstico sobre a sua posição e o seu impacto. Em segundo lugar, tem existido uma explosão de ofertas de obrigações sociais no último ano. Em outubro de 2020, a União Europeia emitiu 17.000 milhões de euros, a maior colocação deste tipo de obrigações até à data, com o objetivo de proporcionar alívio à pandemia, explicitamente vinculados ao ODS 3 (boa saúde e bem-estar) e ao ODS 8 (trabalho decente e crescimento económico).
DADOS E MAIS DADOS O volume da procura de informação ESG continua a crescer. Este aumento deve-se ao facto de estarem a entrar em vigor novas regulações e as normas de informação voluntária estão a tornar-se obrigatórias nalguns países. Por exemplo, a apresentação de relatórios do Grupo de Trabalho sobre Divulgação Financeira relacionada com o Clima (TCFD) passou a ser obrigatória para os signatários dos PRI das Nações Unidas em 2020 e prevê-se que seja obrigatória nos próximos anos no Reino Unido, Nova Zelândia e talvez nos EUA. E o regulamento sobre a divulgação financeira sustentável da União Europeia (SFDR), exige que as instituições de investimento tenham informado (a 10 de março) sobre se as empresas nas quais investem operam em zonas de elevado valor de biodiversidade ou nos seus arredores. A onda regulatória já se vê a partir a costa.
Com as green bonds, assistimos ao nascimento de uma nova classe de ativos. Enquanto investidores neste novo segmento desde 2015, temos acompanhado com interesse a sua evolução e estamos satisfeitos com o seu rápido crescimento. Mas não devemos perder a perspetiva. Ainda há muito a fazer e, se queremos que o financiamento da transição energética seja uma realidade, necessitamos que se juntem mais emissores, de mais setores e de diferentes regiões. As green bonds já não são um nicho de mercado. Constituem uma classe de ativos por direito próprio, comparável em tamanho, por exemplo, ao mercado europeu de obrigações high yield. E o progresso tem sido muito rápido. No final de 2015, as green bonds apenas representavam 0,1% de um índice de obrigações internacional, percentagem que ascendeu a 1%, com um volume que ronda os 500 mil milhões de euros. O interesse atual pelas green bonds é notável entre os investidores europeus, que assistiram ao auge dos fundos de investimento especializados nesta classe de obrigações nos últimos anos. O fenómeno começa a estender-se aos Estados Unidos e à Ásia. É provável que a eleição de Joe Biden, comprometido com a reintegração dos EUA no Acordo de Paris, exerça uma influência positiva. Na Ásia, principalmente na China, a crise sanitária está a servir para impulsionar os projetos voltados para o ambiente e, portanto, o uso das green bonds. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 109
PRODUTOS ETF por Óscar R. Graña
QUEM O MANDA NA GESTÃO PASSIVA? Fundos indexados versus ETF, BlackRock versus Vanguard... Pequenas grandes batalhas que se travam na Europa, no mundo da indexação.
110 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
crescimento da gestão passiva na Europa continua a acelerar. No ano passado um em cada três euros captados pelo setor dirigiram-se a um veículo indexado. Segundo dados da Refinitiv, dos 182.000 milhões de euros que atraíram os produtos de gestão passiva, 91.000 foram parar a ETF e outros 91.000 a fundos indexados. Em 2020, o equilíbrio de forças foi total, já que cada um arrecadou 16% dos fluxos líquidos captados pela indústria de gestão de ativos em conjunto (68% aproximadamente dirigiu-se a produtos de gestão ativa). Os fundos indexados são hegemónicos na indústria europeia de gestão passiva. Dos 2,26 biliões de euros que há atualmente investidos nestes veículos, 1,27 biliões estão em fundos indexados, enquanto que em fundos cotados o património move-se em torno do bilião. Os primeiros representam 56% do volume que existe em produtos passivos, face aos 44% que recolheram os ETF. As ações são a classe de ativos sobre a qual se cimenta a pujança tanto de uns como de outros. Neste momento existem 1,55 biliões em fundos indexados e ETF que replicam índices de ações. A maior parte do dinheiro (876.000 milhões) está nos primeiros. Existem mais 200.000 milhões investidos em fundos indexados de ações do que em fundos cotados sobre a mesma classe de ativos. Em nenhuma classe de ativos os ETF são preponderantes (ver gráfico seguinte). Por gestoras, a BlackRock continua a ganhar a partida na Europa. É
MONETÁRIOS ALTERNATIVOS 2.000 6.250
MATÉRIAS PRIMAS
MISTOS
1.266.250
9.000 11.000
ATIVOS SOB GESTÃO NA INDÚSTRIA DE GESTÃO PASSIVA NA EUROPA
53.000
Património em milhões de euros. OUTROS
Fonte: Refinitiv Lipper, a 31 de dezembro de 2020.
MISTOS MONETÁRIOS OBRIGAÇÕES
309.000
993.000
3.000
a entidade que lidera o ranking por ativos, tanto no âmbito dos fundos indexados como no dos fundos cotados. No que respeita aos ETF, a sua liderança é indiscutível. Gere quase metade do património que existe nestes veículos. 12 dos 20 fundos cotados com mais património na Europa são da iShares. A gestora também é líder na frente dos fundos indexados, com um volume de ativos geridos superior a 200.000 milhões de euros. No entanto, aqui a distância dos seus mais imediatos concorrentes (neste caso a Vanguard e o Credit Suisse AM) é mais estreita do que no negócio de ETF (ver tabela página 112). Dos 20 produtos com mais património, unicamente quatro são da entidade de Larry Fink.
CONCENTRAÇÃO No segmento dos fundos indexados, o grau de concentração é menor do que no dos ETF. Os 10 principais provedores concentram 64,6% da quota de mercado na Europa. É uma percentagem muito inferior àquela que se vê no mundo dos fundos cotados, onde o Top 10 aglutina 93,2% dos ativos. Por perfil de cliente não se pode afirmar que os investidores institucionais europeus prefiram automaticamente um produto face a outro nas suas preferências. E o mesmo pode dizer-se dos clientes wealth management. Tudo depende de quais são as necessidades e quão bem ou mal as cobre o produto, já que as caraterísticas dos fundos indexados e dos ETF são distintas.
2.000
36.000 5.000 ALTERNATIVOS MATÉRIAS PRIMAS
AÇÕES
271.000
OBRIGAÇÕES
676.000
AÇÕES
876.000
FUNDOS INDEXADOS
ETF MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 111
PRODUTOS ETF
AS GESTORAS COM MAIS ATIVOS EM FUNDOS INDEXADOS E ETF NA EUROPA Património em milhões de euros.
926.000 12.000 13.000
BNP PARIBAS AM ZUERCHER KANTONALBANK
29.000
INVESCO
41.000
STATE STREET
54.000
VANGUARD
62.000
AMUNDI
67.000
UBS AM
Fonte: Refinitiv Lipper, a 31 de dezembro de 2020.
818.000 STATE STREET
30.000
HSBC GLOBAL AM
30.000
NORTHERN TRUST
41.000
AVIVA
49.000
SWISSCANTO
52.000
LEGAL & GENERAL
54.000
UBS AM
93.000
CREDIT SUISSE AM
122.000
VANGUARD
143.000
77.000
LYXOR
117.000
DWS
454.000
BLACKROCK
204.000
FUNDOS INDEXADOS 112 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
ETF
BLACKROCK
A primeira coisa que costuma fazer o investidor europeu com predisposição para apostar na gestão passiva é determinar o índice que quer replicar. No caso de existirem ambos os veículos, analisam as limitações regulatórias de cada um, por exemplo se é UCITS ou não. Se ambos são aptos, é quando entram em jogo as restrições operacionais (custo de ter que operar no mercado secundário ou ao NAV, ou a liquidez de cada um...). A partir daí a análise do investidor centra-se na eficiência da réplica (análise do tracking error, tracking difference, custos de entrada e de saída, qual ganha mais pelo empréstimo de títulos, qual retém menos no pagamento de dividendos...). Para uma exposição estrutural a longo prazo os investidores costumam encontrar o fundo indexado como um veículo mais eficiente, enquanto que para posições táticas ou operações intradiárias tendem a ver como mais apropriado o ETF. A razão é simples: os fundos indexados tendem a ter um TER menor e um maior custo de transação do que os fundos cotados, que apresentam um TER maior e um menor custo de entrada e de saída. Embora em Portugal isso não aconteça, já aqui ao lado, em Espanha, os fundos indexados contam com uma clara vantagem face aos ETF. “Gozam do diferimento fiscal”, recorda Juan San Pío, responsável de Gestão Inde-
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A OPINIÃO DE AITOR JAUREGUI Responsável da BlackRock para Espanha, Portugal e Andorra
OS 10 FUNDOS INDEXADOS COM MAIS PATRIMÓNIO NA EUROPA FUNDO INDEXADO
1 BlackRock ACS US Equity Tracker X1 GBP Acc
CATEGORIA
Ações USA
PATRIMÓNIO (MILHÕES DE EUROS)
16.353
2 Vanguard Global Bond Index Investor USD Hedged Acc
Ações global
15.947
3 ACS UK Equity Tracker X1 GBP ACC
Ações UK
13.583
4 Vanguard FTSE UK AllShareIdx UnitTr A GBP Acc
Ações UK
13.125
5 iShares UK Equity Index (UK) A Acc
Ações UK
12.662
6 ACS World ex UK Equity Tracker X1 Acc
Ações globais ex UK
12.418
7 iShares Emerging Markets Index Flex Acc USD
Ações globais EM
11.348
8 CSIF (CH) Equity Switzerland Total Market Blue FB
Ações Suíça
9 Vanguard Emerging Markets Stock Index Inv EUR
Ações emergentes
10.844
Ações USA
10.814
10 Vanguard US Equity Index GBP Inc
11.014
OS 10 ETF COM MAIS PATRIMÓNIO NA EUROPA ETF
CATEGORIA
PATRIMÓNIO (MILHÕES DE EUROS)
1 iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD (Acc)
Ações USA
36.132
2 iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc)
Ações global
24.504
3 Vanguard S&P 500 UCITS ETF USD
Ações USA
23.653
4 iShares Core MSCI EM IMI UCITS ETF USD Acc
Ações globais EM
14.795
5 iShares Core € Corp Bond UCITS ETF EUR Dist
Obrig. corporativas europ.
6 Xetra-Gold
Matérias primas
11.537 10.665
7 iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD (Dist)
Ações USA
8 iShares JP Morgan $ EM Bond UCITS ETF USD Acc
Obrig. emergentes
9.531
9 iShares Core FTSE 100 UCITS ETF GBP Dist
Ações UK
9.519
RV USA
8.803
10 Invesco S&P 500 UCITS ETF Acc
9.636
Fonte: Refinitiv Lipper, a 31 de dezembro de 2020.
xada e Smart Beta da Amundi para a Península Ibérica e Latam. Isto faz com que, tal como aponta Nina Petrini, os fundos índice, que não são cotados, sejam mais habituais entre os investidores privados por estarem isentos da fiscalidade do regime de transferências. “No entanto, os ETF que sim, são cotados, são mais comuns entre os investidores institucionais para criar posições táticas e estratégicas no seu asset allocation de building blocks”, explica a responsável de ETF e Gestão passiva da UBS para a Península Ibérica.
A BLACKROCK TEM NA EUROPA UMA QUOTA DE MERCADO EM ETF DE 45%. NOS FUNDOS INDEXADOS TAMBÉM É LÍDER, MAS COM COM 16%
AÇÕES PARA AVANÇAR PARA UM MODELO DE ZERO EMISSÕES LÍQUIDAS Há um ano, o nosso CEO, Larry Fink, alertava na sua carta anual aos CEO das empresas em que investimos a necessidade de incorporar o risco das alterações climáticas na gestão das suas empresas. Este ano, a carte chegou acompanhada de uma série de ações destinadas a reforçar o compromisso da BlackRock com a luta contra as alterações climáticas, destacando entre elas: Avaliação e transparência: os dados e as métricas têm de eliminar barreiras ao correto desenvolvimento do investimento sustentável, como tal, pusemos ao serviço da comunidade investidora ferramentas com a Aladdin Climate. Gestão dos investimentos: os critérios ESG integraramse plenamente na nossa plataforma de investimento, o que acarreta o alinhamento com os propósitos de zero emissões líquidas e com impulsionar a transição energética. Investimento responsável: tornaremos efetivo o nosso papel de acionista para nos assegurarmos de que as empresas nas quais investimos se alinham com os modelos de zero emissões líquidas. Este compromisso materializar-se-á com a nossa atividade nos conselhos de acionistas, pondo sob vigilância ou votando contra as empresas, ou direções que vejamos que não cumprem com estes requisitos. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 113
PRODUTOS INSTITUCIONAL por A. Hernández, F. Bello, F. Galindo
AS PERPLEXIDADES DA DIVERSIDADE
BOAS INTENÇÕES NEM SEMPRE CONDUZEM A BONS RESULTADOS A noção de diversidade não corre o risco de se tornar discriminatória em muitos casos? O compromisso com a diversidade traz à tona perplexidades que vale a pena considerar.
O
esforço para uma maior inclusão e a celebração da pluralidade humana sob o nome de diversidade é admirável. Vários governos pressionaram, através de legislação e persuasão, para a inclusão de mais mulheres nos conselhos de administração e em cargos de alta direção em grandes corporações. Em linha com a investigação feita pela Knight Foundation em 2019, somente 1,3% dos AuM (USD 69 mil milhões de dólares) da indústria são geridos por mulheres e minorias. Entretanto, não existe, estatisticamente,
114 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
uma lacuna de desempenho que justifique a escassez de capital alocado a esses fundos. Estas iniciativas tiveram algum impacto - não o suficiente - e estão na direção certa. Esta insuficiência é particularmente visível na indústria de gestão de ativos. Quando se fala a favor da diversidade nos conselhos de administração, são mencionados estudos que mostram uma correlação positiva entre os conselhos com mais mulheres diretoras e o bom desempenho da empresa.Este compromisso com a diversidade traz à tona perplexidades que vale a pena considerar. Primeiro, há a ressalva: a correlação não é a causa. Os estudos apontam
principalmente para algumas corporações no índice S&P 500; podemos considerar, por outro lado, o que acontece com as seis corporações que dominam a imaginação dos empresários: Amazon, Google, Microsoft, Apple, Facebook e Tesla. Nem todas essas empresas de sucesso são notadas pela sua diversidade nos seus respetivos conselhos. Algumas delas funcionam como monarquias - são governadas por um único homem; nenhuma é governada por uma única mulher. Esta é a primeira perplexidade. A segunda decorre de uma lição histórica: nos negócios não devemos subestimar o poder da narrativa; o
ATIVOS SOB GESTÃO Em biliões de USD
MULHERES E MINORIAS
1,3%
$0,9 OUTROS
98,7%
$69,1 OUTROS
MULHERES E MINORIAS
60
98,0%
92,8%
95,8%
80
98,8%
100
0
MUTUAL FUNDS
HEDGE FUNDS
PRIVATE EQUITY
2,0%
7,2%
4,2%
20
1,2%
40
REAL ESTATE
Fonte: Professor Josh Lerner (Harvard Business School) e Bella Research Group.
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PRODUTOS INSTITUCIONAL
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A OPINIÃO DE ÁLVARO FERNÁNDEZ E MÁRIO GONZÁLEZ Diretores de desenvolvimento de negócio, Capital Group
O SETOR FINANCEIRO TAMBÉM É SUSCETÍVEL A CONTOS DE FADAS COMO OUTROS. A DIVERSIDADE DE HOJE PODE DECECIONAR AMANHÃ
poder sedutor e manipulador de uma boa história. O setor financeiro é tão suscetível a contos de fadas quanto qualquer outro setor empresarial. E algumas das empresas que exemplificam a diversidade hoje, podem decepcionar amanhã.O caso da Satyam é um bom exemplo, uma empresa líder da Índia que recebeu inúmeros prémios por melhores práticas. A administração era invejada por outras empresas indianas porque, de acordo com uma publicação da Asia Case Research Centre, o quadro de Satyam incluía luminárias referências. Na realidade, a empresa era dirigida por um homem, Ramalinga Raju, fundador e CEO, que se dedicava rotineiramente a alterações fraudulentas nas demonstrações financeiras da empresa e, por fim, a levou à falência. A diversidade pode ser benéfica para uma empresa, mas nas finanças, como na vida, nem tudo o que reluz é ouro. Uma terceira perplexidade deriva de uma análise da noção de diversidade: O que é diversidade? O termo está agora na boca de todos, mas isso não o torna menos ambíguo. Que tipo de diversidade queremos dizer: género, cognitivo e geográfico, ou também de idade, etnia, religião, crenças e costumes?
PROBLEMA DA IDENTIDADE Nós promovemos a diversidade porque pensamos que é justo... mas é legítimo classificar uma pessoa com base no sexo, idade, educação, origem profissional ou tipo étnico?A cor da pele ou género, ou mesmo a preferência sexual 116 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
determina a integridade e a competência profissional de uma pessoa? A noção de diversidade não corre o risco de se tornar discriminatória em muitos casos? A única maneira justa de avaliar a aptidão de uma pessoa para fazer parte da administração de uma empresa é fazer o esforço de escutá-la, avaliar o seu histórico, o seu desempenho e o seu potencial pessoal, sem reduzir de antemão a um tick numa caixa num questionário por causa da sua idade, etnia, sexo, religião, etc. Honestidade e competência profissional não são virtudes exclusivas de homens ou mulheres; velhos ou jovens; ou de qualquer etnia ou tipo físico. Portanto, mesmo que seja mais caro e menos vistoso, não é suficiente julgar aspetos externos e, em muitos casos, acidentais de uma pessoa. É justo dar a oportunidade a qualquer pessoa, independentemente do seu tipo de diversidade, para aspirar a um cargo de alta direção e de fazer parte de um conselho de administração. Mas o importante não é que a pessoa seja diversa ou exótica, que pareça diferente no quadro; é que ela seja competente e honesta. E isso depende pouco da sua aparência e do que é mais frequentemente entendido por diversidade. A mesma lógica também se aplica às equipas de investimento dos administradores de fundos de pensões. Esta é mais uma das perplexidades da diversidade. Como diria Deng Xiaoping, “não importa se o gato é preto ou branco, desde que cace os ratos”.
RAZÕES QUE PODEM IMPULSIONAR A DÍVIDA EMERGENTE É provável que a evolução da pandemia da COVID-19 e o contexto macroeconómico mundial se tornem em catalisadores-chave da rentabilidade da dívida dos mercados emergentes nos próximos meses. De facto, este tipo de dívida é um dos poucos ativos de obrigações que ainda oferece rendimentos decentes numa faixa de entre 4% e 6%, e o número de investidores institucionais que optaram pelo mesmo foi escasso nos últimos anos. Algo que poderá variar à medida que o tempo passa. Evidentemente, o contexto é propício para estes ativos graças a fatores como a política monetária acomodatícia dos bancos centrais. Além disso, é possível que os países emergentes beneficiem dos estímulos fiscais dos governos que vão incentivar a construção de infraestruturas, o que elevará a procura de matérias-primas. E isso, certamente, poderá elevar os preços, algo benéfico para os países produtores. Por outro lado, os nossos especialistas preveem que se produza um aumento no ciclo de fabricação à medida que a economia global recupera, o que também será positivo. Por último, é previsível que a tensão entre os EUA e a China se reduza sob a nova administração de Joe Biden e isso também beneficiará os ativos emergentes e as carteiras que neles investem.
PRODUTOS ALTERNATIVOS por Hussein Sacoor e Tiago Bento
O VALOR DO VALOR ESCONDIDO Diante de um mundo New Abnormal distorcido por estímulos que já representam mais de 30% do PIB global e com uma variedade de indicadores de mercados frágeis a invadirem o decil superior, torna-se perentório que o investidor se foque em segmentos de mercado que exibam uma exposição mais reduzida a movimentos direcionais.
O
ano de 2020 foi um ano atípico marcado por distintos fatores nos mercados financeiros globais cujas características são incomparáveis por precedente histórico: a velocidade da correção de março de 2020 e recuperação recorde, e mais recentemente, por exemplo, a magnitude da rotação intra-mercados de novembro de 2020 onde, de acordo com a Goldman Sachs, o movimento relativo entre momentum/ non-momentum em 9 de novembro atingiu um pico de 23%, uma rotação
2.4 vezes, a mais alta dos 22 anos anteriores e um evento 11-sigma. Numa demonstração de enorme resiliência do mercado de ações perante choques desta grandeza, os fundamentos financeiros parecem estar de pé atrás e desempenhar um papel secundário numa obra orquestrada pela inundação de liquidez sem precedentes e pela consequente volatilidade dos prémios de risco implícitos. As ações globais (independentemente do seu rating de risco ser A+ ou C&D) continuam a movimentar-se de forma unidirecional, impulsionada por influxos hot money
(transbordamento de mais de $25 biliões provenientes da política monetária nível 3). Com a escola de narrative economics a ganhar cada vez mais força em relação a abordagens que têm por base fundamentos económicos, e pensamento competitivo racional, assistiu-se a uma apreciação nos últimos 12 meses de mais de 15% em 80% das empresas do Morgan Stanley World Index, representando o maior aumento percentual sequencial de valorizações nos últimos 62 anos e refletindo a forma um tanto indiscriminada dos avanços da valorização dos mercados financeiros. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 117
PRODUTOS
O PE RATIO DO S&P 500 O índice transaciona agora a 27x os resultados estimados, um máximo de 40 anos
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P/E RATIO: 27,0355 I MÁXIMO EM 09/02/2020: 27,2303 I MÉDIA: 17.1173 I MÍNIMO EM 11/20/2008: 9.9506
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Fonte: Bloomberg, março de 2021.
Com uma abundância de títulos corporativos já a descontar um cenário Nirvana para os próximos anos, as valorizações numa perspetiva top-down deixam pouco espaço para uma apreciação significativa vis-à-vis a taxa histórica de retornos anualizados, mesmo que a recuperação económica se mantenha robusta e as margens operacionais voltem aos níveis de 2019. Enquanto por um lado temos notícias encorajadoras, desde vacinação até ressurgimento de CapEx e guidance corporativo floreado, o índice de referência americano S&P 500 está valorizado a 26x forward PE. Este é um dos mais altos múltiplos desde 2000, aumentando a plausibilidade de um evento de mean reversion levando a uma contração de múltiplos. Com desequilíbrios desta magnitude e erráticos padrões de risco nos meses que se sucederam ao crash covid, somos levados a pensar que as proba118 FUNDSPEOPLE I MARÇO E ABRIL
bilidades de enfrentar outro mercado de sentido único em 2021 são bastante reduzidas e ter um intervalo mais normal de dispersão de retornos nas médias históricas seria propício para a geração de alfa por parte dos hedge funds, que têm visto as correlações diárias das suas estratégias absolute return com o índice de ações globais Morgan Stanley World Index atingir máximos históricos de 62% em fevereiro de 2021.
RETORNO SUSTENTÁVEL Diante deste cenário de diminuição da diversidade entres investidores, distinguido por uma resposta homogénea contínua a métricas simplificadas (como é o caso de relative market cap) e amplificado pelos efeitos de desqualificação provenientes da indexação, é crítico para o investidor direcionar o foco para casos menos correlacionados, ou seja, cantos escondidos do mercado
definidos pela sua maior ineficiência, que estejam em fase de pricing discovery e com grandes variações de valor potencial propícias a gerar oportunidades com maior margem de segurança e payoffs assimétricos. Este tipo de situações mais esotéricas e menos compreendidas - como merger arbitrage, deSPACs, recapitalizações, revisões estratégicas, ações regulatórias, spin-offs, titularidade ativa, stubs, HoldCo Arbitrage, mudanças na equipa de gestão, broken IPOs para citar alguns - tanto em mercados desenvolvidos como em mercados emergentes, são tipicamente caracterizados por uma mistura de alta dispersão de ações individuais, poucas ou discrepantes estimativas por parte do sellside, baixa aglomeração de hedge funds, um free-float menor e uma predominância de investidores de retalho da base acionista que consideramos serem fatores conducentes à geração de
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A OPINIÃO DE ISABEL DE LINIERS Senior sales, DWS Iberia
INUNDANDO O SISTEMA
O RISCO DA ÁGUA, CHAVE PARA OS INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS
A oferta de moeda em 12 das maiores economias mundiais explodiu em 2020 BLOOMBERG GLOBAL MONEY SUPPLY INDEX $100.0
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Fonte: Bloomberg, março de 2021, dados em biliões de dólares.
Alpha via gestão ativa sistematizada. Uma prova disto mesmo encontra-se num conjunto de índices de estratégias event-driven – por exemplo, o Bloomberg Spinoff Index - que produziu um retorno cumulativo de 388% nos últimos dez anos contra apenas 256% do S&P 500. Há bastante Alpha então para ser colhido por quem procura oportunidades assimétricas no mercado, que tenham valor impulsionado principalmente por um evento catalisador, ou mudança fundamental nas circunstâncias, tendo sofrido deslocamentos de preço devido à complexidade inerente. Exemplos deste tipo de oportunidades non-beta incluem Kaleyra (processo irregular de deSPAC), Prosus (clássico arbitragem HoldCo proveniente de uma ação spin-off mal executada), Upland Software (estágio inicial de monetização de fusões e aquisições),
ACM Research (dissipando ameaças regulatórias perante uma outlook de China self sufficiency), Arco Platform (aquisições transformadoras acretivas no fragmentado mercado de EdTech na America do Sul) e Alteryx (nova equipa de gestão, segundo ato na consolidação da cadeia de valor de big data). As circunstâncias idiossincráticas destes negócios e a almofada de segurança, implícitas pelas valorizações mais atrativas quando comparados com outras alternativas de perfil similar e especialmente a nível intrínseco, devem permitir a essas ações, e do género, superar uma eventual expansão dos prémios de risco numa base relativamente incólume, minimizar a volatilidade sistemática da carteira e providenciar um fluxo de receitas distinto e diversificado no duration spectrum para os investidores inteligentes. A procura por yield (justificável) continua!
A água é um recurso escasso. 2/3 do planeta Terra estão cobertos de água, mas apenas 2,5% é limpa e potável. Hoje esse recurso também pode ser uma oportunidade de investimento. O setor da água apresenta características defensivas e oferece a oportunidade de obter uma rentabilidade estável. Do ponto de vista do investidor, há uma vantagem neste setor: muitas empresas conseguem um investimento sustentável graças ao seu modelo de negócio. Na DWS analisamos os riscos e oportunidades em torno da água e desenvolvemos a nossa própria metodologia para identificar esse risco hídrico. Identifica-se que as empresas com melhores pontuações na redução das emissões de carbono e melhor gestão do consumo de água obtiveram uma rentabilidade relativamente maior do que o mercado em geral durante os primeiros 10 meses de 2020. O principal objetivo da análise é saber como muitos riscos hídricos podem afetar o desempenho financeiro na prática. Investidores e gestores de ativos concentram-se em investimentos ESG, especificamente os ODS, para causar um impacto positivo no planeta. Com isso, fundos como o DWS SDG Global Equities, que investem em ações globais que obtêm receitas geradas nas atividades dentro do que é definido pelos ODS das NU, ganham importância na construção de carteira. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 119
ESTILO DE VIDA LIVROS por Alexandre Mota, CFA
DA DISTOPIA DE ALDOUS HUXLEY A UM CLÁSSICO SOBRE OS MERCADOS Duas sugestões de leitura numa altura de recolhimento. Um livro sobre distopias, com reflexões muito válidas para o momento que vivemos, e outro sobre tempos passados nos mercados financeiros. oje em dia, a presença crescente do estado é tolerada ou mesmo exigida por muitos para resolver problemas em nome do chamado bem comum. Pelo caminho sacrificam-se direitos até então vistos como inalienáveis. Neste contexto, o romance distópico de Aldous Huley, lido hoje, quase 100 anos após a sua publicação, soa a mau agoiro, um aviso sério para aqueles que prezam a liberdade. Por sua vez, a crescente digitalização das atividades humanas retirou o glamour de outros tempos, mesmo nos mercados financeiros. É neste contexto que as entrevistas de Jack Schwaeger a investidores de sucesso do tempo em que a tecnologia não era tão preponderante são verdadeiros clássicos.
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O Admirável Mundo Novo Aldous Huxley
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romance distópico de Aldous Huxley, escrito há quase 100 anos, contém elementos com os quais podemos construir analogias com a sociedade do nosso tempo. Numa carta dirigida a George Orwell, autor de 1984, o autor do Admirável Mundo Novo analisou a evolução da sociedade desde a publicação destes dois ensaios distópicos, designadamente em que medida uma ou outra distopia estavam a concretizar-se no mundo real. Para Huxley corríamos um risco maior de vermos concretizadas as profecias do Admirável Mundo Novo do que as de 1984. Huxley argumentou que embora a eficácia dos métodos totalitários, como por exemplo a vigilância permanente através do Big Brother, fossem eficazes a curto prazo, era inverosímil que essa eficácia fosse sustentável a longo prazo quando apli-
The Market Wizards Jack Schwager
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ack Schwager é um analista de mercados que ficou conhecido pelos seus livros da série The Market Wizards, especialmente o primeiro The Market Wizards – interviews with top traders, publicado em 1989. O fascínio do livro, sobre o qual de vez em quando passo os olhos para uma releitura rápida, decorre, em primeiro lugar, de um sentimento nostálgico sobre um mundo que acabou, designadamente o
cada sobre a maioria da população. Por conseguinte, uma sociedade do tipo do Admirável Mundo Novo, asséptica, anestesiada, condicionada no pensamento livre e, sobretudo, com provisões certas de felicidade para as várias castas, seria uma sociedade mansa, pouco dada a rupturas sociais e, por isso, mais concretizável e duradoura. Na verdade, nas sociedades ocidentais do nosso tempo os elementos das duas distopias surgem interligados numa espécie de síntese diabólica. Hoje é possível assistirmos a um caminho para a violência intrusiva do estado ao estilo do livro de Orwell, embora aquilo que sustenta essa intrusão no longo prazo seja o facto desta se aplicar sobretudo sobre uma parte da população, em benefício de curto prazo da outra parte. Para que tal resulte, o ambiente cultural e o condicionamento do mundo ficcionado por Huxley têm de veicular mensagens, via governo e comunicação social, que mais não são do que doses de soma, a droga que nos mantém num estado letárgico e que nos afasta das agruras da infelicidade, do risco, do desamor e da dúvida. A droga que, de tanto nos condicionar, nos destrói a liberdade em nome da segurança e da boa cidadania.
mundo dos velhos pits das bolsas de futuros. Em segundo lugar, o livro é, talvez involuntariamente, um ensaio sobre a natureza humana, a sorte ou o azar, os erros ou os acertos, o plano ou a ausência dele, o talento ou a inépcia. O formato é original dentro do género financeiro. Trata-se de entrevistas a um conjunto de investidores que tiveram extremo sucesso nas décadas anteriores à publicação do livro (a década de 70, caracterizada por níveis nunca mais vistos de inflação nos países desenvolvidos, e a década de 80, em que houve mais um choque petrolífero e um crash monumental em outubro de 1987). No meio de tanta diversidade de experiências, o livro tem vários méritos e destinatários a quem pode ser útil a leitura. Para o jovem interessado nos mercados, trata-se de uma espécie de torrente de dicas, conselhos e mesmo, aqui e ali, mini-aulas de funcionamento dos mercados, com uma sofisticação que obriga a leituras adicionais. Já para o profissional ou investidor experiente, trata-se de um clássico. Deve ser guardado, acarinhado e revisitado de vez em quando.
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ESTILO DE VIDA VIAGEM por Artur Vieira, CFA
ESPLENDOR No país é possível apreciar paisagens compostas pelas cores avermelhadas das dunas, pelo branco do sal ou por árvores que secaram há centenas de anos.
NAMÍBIA
O ESPLENDOR DO DESERTO
Natureza, paisagens infinitas, céus de cores pouco convencionais e uma linha do horizonte que se torna eternamente inalcançável... Para quem nunca explorou o sul do continente africano, a Namíbia é uma boa forma de começar.
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uando fui desafiado por uma grande amiga para visitar a Namíbia, sabia muito pouco sobre este país africano e esta viagem não constava da minha lista de preferências. Contudo, não costumo deixar este tipo de desafio sem resposta. Como o meu pai gosta de afirmar, eu estou sempre pronto para viajar - ainda por cima, nessa altura estava a viver mesmo ali ao lado, na África do Sul. Como dizer que não? As minhas expectativas eram baixas. O meu desconhecimento e crenças, faziam-me acreditar que um país essencialmente constituído por enormes desertos iria revelar-se pouco interessante. Felizmente, fui surpreendido desde o primeiro momento. Comprovei com os cinco sentidos que a beleza da natureza revelava-se, muitas vezes, fora de pré-conceitos. Comecei em Windhoek, capital do país e cidade mais populosa. Guardo na memória de outras viagens por países
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africanos, que as capitais são normalmente o que de menos interessante há para visitar. Talvez seja a perceção de um citadino, mas África fascina-me sobretudo pela natureza, paisagens infinitas, por céus de cores pouco convencionais, e por uma linha do horizonte que se torna eternamente inalcançável.
EM BUSCA DA AVENTURA Escolhemos um jipe para nos deslocarmos e apetrechados de água e mantimentos, fizemos a primeira etapa de 400 km até Sossusvlei. Apesar da sua enorme extensão, a Namíbia tem poucas estradas alcatroadas, sendo a maioria dos pisos cobertos de gravilha e de sal (junto à costa). Apesar de tudo são estradas com boas condições. Este primeiro contacto com o deserto, foi-se revelando surpreendente a cada quilómetro que palmilhava. A sensação de conduzir numa estrada só minha por longas horas, tendo como cenário uma planície infinita e despida de vida, revelou-se tranquilizante.
Sossusvlei foi a região que mais gostei de visitar na Namíbia. Um dos sítios a visitar é Deadvlei (traduzido de Afrikaans significa charco morto) onde é possível apreciar paisagens compostas por cores avermelhadas das dunas (devido à concentração de ferro na composição da areia), pelo branco do sal, em áreas onde outrora houve água, árvores que secaram há algumas centenas de anos e se mantêm erguidas, tudo coberto por um céu azul de perder de vista. Qualquer foto é sempre digna de um postal. Vale também a pena visitar e escalar as dunas que nos foram apresentadas como as maiores do mundo. Deixando o deserto vermelho para trás, fomos em direção a norte. Mais uma pequena viagem de centenas de quilómetros, tendo com destino final a cidade costeira de Swakopmund. Ao percorrê-la é demasiado evidente a influência alemã na arquitetura da cidade. Vale a pena explorar os recantos! Aqui aproveitei para experimentar sanboarding e quad bikes nas dunas. Diversão garantida!
Skeleton Coast Road é uma estrada de sal e porventura uma das mais impressionantes que já percorri. A Costa do Esqueleto recebe este nome devido a enormes ossadas de baleia que outrora ocupavam os areais. Presentemente é apenas possível encontrar destroços de navios naufragados, que de certa forma também parecem esqueletos. Chegados a Cape Cross encontramos um padrão em pedra, com uma cruz no topo. Deixado ali no fim do mundo por Diogo Cão em 1486, para marcar o ponto mais meridional alcançado pelos europeus em África. Como se isso não fosse suficiente para me levar até lá, é também casa da maior colónia de focas do mundo. Para quem nunca explorou o sul do continente africano, a Namíbia é uma boa forma de começar. Para além do deserto, é possível equacionar uma visita ao Parque Natural de Etosha, para um contacto direto com a vida selvagem, incontornável no imaginário de quem quer conhecer África. MARÇO E ABRIL I FUNDSPEOPLE 123
Fidelity Funds Future Connectivity Fund
Uma selfie desde Marte. A sério? A sério.
Fidelity Funds Future Connectivity Fund A tecnologia mudará a nossa forma de conectar-nos… e não só a partir deste este planeta. Graças à inovação constante que vive este setor, amanhã também poderemos conectar-nos à internet desde Marte. Invista no futuro da conectividade pela mão da Fidelity e do fundo Fidelity Funds Future Connectivity Fund.
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O valor dos investimentos gerados podem subir ou descer, razão pela qual o investidor poderá não recuperar o montante investido. Os investimentos devem ser efetuados tendo em conta a informação no prospeto vigente e no documento de informações fundamentais para o investidor (DFI) que estao disponiveis a titulo gratuito juntamente com os relatorios anuais e semestrais através dos nossos distribuidores e do nosso Centro Europeu de Atenção ao Cliente: FIL (Luxembourg) S.A. 2a, rue Albert Borscette BP 2174 L-1021 Luxemburgo, assim como em https://www.fidelity.pt/fundos/documentoslegais. A Fidelity/FIL e a FIL LImited e as suas respetivas subsidiarias e empresas afiliadas. A Fidelity Funds é uma sociedade de investimento coletivo de capital variavel constituida no Luxemburgo. A comercialização CS1051 em Portugal está autorizada pela CMVM. Fidelity, Fidelity International e o logotipo da Fidelity International e o simbolo F são marcas da FIL Limited. Emitido por FIL (Luxembourg) S. A.
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