DWS Invest Top Dividend
Porque a seleção de empresas que mantêm elevadas rentabilidades por dividendo e dividendos crescentes sustentados, pode ser uma das bases fundamentais de um portefólio de sucesso, mesmo em tempos de volatilidade.
Os investimentos estão sujeitos a risco
Mais informação
Apenas para investidores profissionais (Directiva MiFID 2014/65/UE Anexo II).
A distribuição a investidores privados/retalhistas é proibida. Este documento destina-se a ser uma comunicação de marketing. DWS é a marca sob a qual o DWS Group GmbH & Co. KGaA e as suas filiais desenvolvem a sua actividade. filiais fazem negócios sob. Os clientes receberão produtos e/ou serviços DWS através de uma ou mais entidades jurídicas identificadas na documentação relevante. Não pode haver garantías que qualquer meta ou objectivo de investimento pode ser alcançado. As previsões baseiam-se em hipóteses, estimativas, opiniões e modelos ou análises hipotéticas, que podem revelar-se imprecisas ou incorrectas ou incorrecta. As previsões não são um indicador fiável do desempenho futuro. Detalhes completos do fundo podem ser encontrados no prospecto e/ou identificação do prospecto, ao qual deve ser anexado o último relatório anual auditado e o relatório anual relevante. O último relatório anual auditado e, se mais recente do que o último relatório anual, o relatório semestral correspondente. Estes documentos são a única base vinculativa para a compra de unidades do fundo, compra de unidades do fundo. Se um produto financeiro for denominado numa moeda diferente da moeda do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do produto financeiro ou o rendimento do mesmo. valor do produto financeiro ou dos rendimentos dele derivados, pelo que o investidor suporta o risco cambial total. O produto descrito neste documento pode não ser adequado para todos os investidores e antes da data deste documento pode não ser adequado para todos os investidores. Todos os investidores e antes de qualquer negociação ou transacção deverá
EDI TO RIAL
10 ANOS DE MUDANÇA
DE 2012 A 2022 CRIÁMOS UMA COMUNIDADE À QUAL QUEREMOS, ACIMA DE TUDO, AGRADECER. ESPERAMOS QUE OS PRÓXIMOS 10
ANOS TRAGAM PROSPERIDADE E SUCESSO A ESTE MERCADO.
Em setembro de 2012, a indústria de gestão de ativos nacional não sonhava ver-se refletida - e principalmente representada - numa publicação cuja capa não deixava margem para grandes dúvidas: FundsPeople. Era com as pessoas dos fundos de investimento que queríamos comunicar, mas queríamos sobretudo conhecer e dar a conhecer o seu trabalho, o seu negócio e as suas ambições.
10 anos depois podemos dizer que conseguimos. Todos juntos. Colocámos em contacto gestores de fundos, selecionadores, distribuidores, advoga dos, consultores, reguladores… Desse modo, a única coisa que hoje temos de importante a fazer é agradecer a todos os que ajudaram a trilhar este cami nho: os que apoiaram das mais variadas formas, os que contribuíram, os que aconselharam, e os que leram: a todos um agradecimento muito especial!
Não quisemos transformar esta edição especial da revista num epi táfio ou coisa que tal - pois ainda há muito para viver nesta indústria - mas quisemos, sobretudo, lembrar o caminho feito nestes 10 anos. Maiores ou mais pequenas, fomos sempre apoiando as entidades que apareciam no mercado, e tentando, também nós, dar o nosso con tributo para uma gestão de ativos mais transparente, independente, moderna e competitiva. Nas próximas páginas encontrará reflexões de muitos desses players nacionais, passando também pelos próprios reguladores e instituições que entram neste ecossistema.
Quisemos também colocar os holofotes sobre os profissionais mais destacados ao longo destes anos da nossa existência: os responsáveis de vendas de fundos de gestoras internacionais e os selecionadores de gestoras locais. Por isso, dedicamos-lhes um lugar de destaque nesta edição, lembrando os profissionais destacados pelo mercado nas votações que fizemos ao longo deste período. E como uma déca da é motivo mais do que suficiente para fazer importantes reflexões, mostramos-lhe como é que o mercado evoluiu e que produtos se des tacam numa retrospetiva de 10 anos.
Em 2012, a ambição da FundsPeople era ser a comunidade de referência da indústria de gestão de ativos em Portugal. Sem grande pretensão, creio que podemos dizer que o conseguimos: chegamos a mais de 3.000 pes soas com a nossa newsletter diária, a 3.500 pessoas com a nossa revista, criámos uma área de Redação & Análise que serve o mercado nacional e não só, criámos os eventos FundsPeople Talks… mas queremos mais.
A FundsPeople quer posicionar-se para lá do mundo das notícias e, por isso, cada vez mais nos afirmamos como uma plataforma de comunicação, mar keting e comercial para as gestoras. Contamos consigo por mais 10 anos?
Mais de 3.000 newsletters todas as manhãs
Mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão*
*Soma global dos websites, segundo dados da Google Analytics.
Obrigado aos nossos partners... ...e a todos os que nos apoiaram nestes 10 anos
IN DI
PANORAMA
Rede de comunicação e influência com 20.000 profissionais
As caras da distribuição de fundos
O que é nacional é (muito) bom
A crème de la crème internacional
Década de expansão
Smart consensus – a roda viva dos gestores multiativos numa década
Barómetro do Rating FundsPeople
O que mudou no mercado de gestão de ativos e de fundos de pensões
Ranking do Rating FundsPeople
Uma década de crescimento no mercado europeu de fundos de investimento
TENDÊNCIAS
1 0 anos da melhor seleção de fundos em Portugal
Uma década de proximidade com o cliente
A s mudanças na estrutura de mercado dos fundos mobiliários portugueses
A s histórias da gestão de patrimónios nacional
Portugal - Um mercado titã em fundos estrangeiros, à sua própria escala
E tudo os bancos centrais mudaram...
Os fundos portugueses que melhor superaram os desafios da última década
V iagem ao universo dos fundos de pensões em Portugal
Os ventos que sopraram em torno da consultoria para investimento
Resiliência, propósito e inovação
Oportunidade única de dinamizar o panorama de gestão de ativos
3.600 dias de depositários
ENTREVISTAS
Mike Gitlin
Fernandes
Obe Ejikeme
Gabriela Figueiredo Dias
Michael Krautzberger
PRODUTOS
Tudo o que mudou em terras de Sua Majestade
Os movimentos das grande placas tectónicas que compõem os mercados emergentes
O boom do investimento sustentável
breve resumo da indústria de ETF na Europa
A arte de navegar num atribulado mar de conceitos
S ob que alicerces se construiu o mercado de fundos imobiliários nos últimos 10 anos?
ESTILO DE VIDA
Festa FundsPeople
de ativos
Volta ao mundo
o ponto de encontro da
Investir num mundo melhor
Foco nos fatores ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) para melhorar os resultados dos clientes e impulsionar mudanças positivas. Agimos de acordo com o princípio de que onde investimos hoje vai determinar o mundo no qual viveremos amanhã.
Capital em risco.
abrdn.com
The power of investment
Portugal. Produzido pela abrdn Investment Management Limited, registada na Escócia (SC123321) com sede em 1 George Street, Edimburgo EH2 2LL e autorizada e regulada pela Financial Conduct Authority no Reino Unido. Exceto indicação em contrário, este conteúdo refere-se apenas às visões de mercado, análises e capacidades de investimento da entidade citada à data da publicação. Emitido pela abrdn Investments Ireland Limited. Registadana República da Irlanda (com o n.º 621721) com sede em 2-4 Merrion Row, Dublin D02 WP23. Regulada pelo Banco Central da Irlanda.
CO LABO RA DO RES
SÉRGIO BRITO
Analista, APFIPP
que mudou no mercado de
ativos
JOÃO PRATAS
Presidente, APFIPP
de fundos
MARCOS SOARES RIBEIRO
Presidente, CFA Society Portugal
se vai
FERNANDO MARTIN DEL AGUA
líder
prática de
Espanha, McKinsey
Portugal
propósito
ISABEL UCHA
Euronext Lisbon
anos de informação
inovação
investimento
os últimos 10 anos
projeção dos próximos
EMANUEL SILVA
executivo, IMGA
fatores que vão afetar a
de ativos nos próximos
PEDRO SIMÕES COELHO,
FILIPE COUTO E DIOGO BORDEIRA NEVES
Bancário & Financeiro, Vieira de Almeida e Associados
única de dinamizar
panorama de gestão de ativos
JORGE SILVEIRA BOTELHO
de Investimentos, BBVA AM
FundsPeople!
PUERTA DA COSTA,
direção, Associação
Analistas
RUI PINTO
Administrador, CMVM
Dez anos de fundos de investimento mobiliário –retrospetiva e um olhar sobre o futuro
CRISTINA BRÍZIDO
Responsável de Investimentos e administradora, Caixa Gestão de Ativos Últimos 10 anos de gestão de ativos em Portugal – mudanças e desafios
Nota de redação
• Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades
JORGE SOUSA TEIXEIRA
BPI Gestão
GUERRA
de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamen to e oposição dos seus dados pessoais mediante comunica ção individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com
• FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a
VALDEMAR DUARTE
Diretor geral, Ageas Pensões
fundos de pensões em Portugal
DETLEF GLOW
pelo Research Lipper
Research, Refinitiv
breve resumo da indústria de
na Europa
PEDRO COELHO
Square Asset
década de transformações
indústria
entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação apli cável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins in formativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvol vimentos a que se faz referência.
Uma selfie desde
TÓ
RIO
ÍNDICE DE EMPRESAS
46 I SETEMBRO E OUTUBRO 2022 ABC
BNY Mellon IM 32, 42, 50, 92
BPG 170
BPI Gestão de Ativos 44, 50, 67, 74, 83, 98, 118, 161, 163, 170
BPI Vida e Pensões 44, 83, 163
Brown Advisory 42, 50, 92
Caixa Central de Crédito Agrícola 118
Caixa Económica Montepio Geral 118
Caixa Geral de Depósitos 118
Caixa Gestão de Ativos 30, 44, 50, 74, 83, 99, 118, 163
Caixabank Asset Management 83, 99
Candriam 42, 50, 92
Capital Group 32, 42, 50, 90, 124
Capital Strategies 170
Carmignac 42, 50, 59, 90, 130
Carne Global Financial Services 50
Casa de Investimentos 44, 74, 84, 170
Cecabank 120
CGD Pensões 44, 153, 163
Columbia Threadneedle Investments 42, 50, 118
CPR AM 42
Credit Suisse AM 42, 50, 153
Crédito Agrícola Gest 44, 84, 170
DEF
DNCA Investments 42, 50
DPAM 42
Dunas Capital - Gestão de Activos 44
DWM - Millennium BCP 44, 67
DWS 32, 42, 50, 62, 90
E.I. Sturdza 92
Edmond De Rothschild AM 42, 50, 84, 92, 106
Eleva 40, 42, 50, 90
Epsilon Capital 42 Eurizon 40, 42, 50 Eurobic 118 Euronext Lisbon 113 Evli 42, 50
Fibeira Fundos 44 Fidelidade 44, 84
Fidelity International 42, 50, 73, 90, 153
First Eagle Investment Management 42 First Fund Box 44
Floresta Atlântica 44 Flossbach von Storch 40, 42, 50, 90
Første 107
Franklin Templeton Investments 42, 50, 90, 153 Fund Box - SGFII 44 Fundger 44 Fundiestamo 44 Fundsmith 42 Futuro 44
GHI
GAM 42, 50, 90
GAMCO Investors 90 Gesfimo 44
GFM Gestão de Ativos 44
GNB 84
GNB - SGFP 163
GNB Fundos Mobiliários 163
GNB Gestão de Ativos 42, 50, 67, 74, 98, 118, 153, 170
GNB Real Estate 44, 163 Golden Broker 84
Golden Wealth Management 82 Goldman Sachs AM 42, 50, 90
GQG Partners 50 Groupama AM 90 GSA Group 92 Haitong Bank 84, 170
Heed Capital 44, 84, 118, 126 IBCO 84
IM Gestão de Ativos 44, 50, 74, 95, 99, 163 IMGA 67, 118, 170 Imofundos 44 Imopolis 44 Imorendimento 44 Institutional Investment 44 Insula Capital 44 Interfundos 44, 163 Invesco 42, 50, 153 Invest Gestão de Activos 44, 74, 98, 118 iShares 62, 153
JKL
J.P. Morgan AM 32, 40, 42, 50, 73, 90, 153
Janus Henderson 42, 50, 90
Jupiter AM 40, 42, 50, 90
La Financiere De L’Echiquier 42, 50 La Française 92
Lantern Structured AM 62
Lazard AM 42, 50, 92
Legal & General IM 153 Libertas 44 Lifento 44
Liontrust AM 50, 138
LM Capital Wealth Management 42, 50, 84
Lonvia Capital 42, 50
Lumyna Investments 42, 50
LYNX Asset Managers 44, 84, 118 Lyxor 151
MN
M&G Investments 42, 50, 90
Main First AM 42 Man Group 42, 50, 92
Marshall Wace 42
MCH Investments Strategies 73 McKinsey 110 Mercer 42 Merrill Lynch 151 MFS IM 32, 40, 42, 50, 90 Millennium bcp 120, 170 Millennium Gestão de Ativos 74, 118 Mirabaud AM 50, 92 Mirae Asset 42, 92
Mobius Capital Partners 144 Montepio Gestão de Activos 44, 50, 84, 98, 118, 170 Montepio Valor 44
Morgan Stanley IM 40, 42, 50, 62, 90 Muzinich 42, 50, 90
Natixis IM 90 Neuberger Berman 42, 50 New Capital Funds 50 Ninety One Fund Managers 42, 50, 90 NN IP 42, 50 Nordea AM 42, 50, 90 Norfin 44 novobanco 84, 118
OPQ
Oddo BHF Asset Management 32, 50, 92 OFI AM 42, 93
Optimize Investment Partners 44, 74, 84, 98, 118, 170 Patris Gestão de Ativos 44, 84, 118 Pictet AM 42, 50, 73, 90 PIMCO 40, 42, 50, 90
Capital 42, 50
RST
Refundos 44 Robeco 40, 42, 50, 90 Ruffer 42, 50, 93
Fund 93
Santander AM 44, 50, 74, 84, 118, 163, 170
Santander Pensões
Seilern
Totta 120, 170
50 Selecta
- SICAFI,
UWXYZ
CEO
GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com
REDAÇÃO & ANÁLISE
MARGARIDA PINTO, Editor Portugal margarida.pinto@fundspeople.com
NACIONAL
CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com
INTERNACIONAL
ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com
REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com
FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com
GRETA BISELLO, Reporter greta.bisello@fundspeople.com
ANÁLISE
MIGUEL RÊGO, CFA, Global Head of Analysis miguel.rego@fundspeople.com
DIOGO VERDE, Fund Analyst diogo.verde@fundspeople.com
SAMUEL CAPUCHO, Fund Analyst samuel.capucho@fundspeople.com
SOLUÇÕES E INOVAÇÃO
CATARINA VINAGRE, Newsletter Content catarina.vinagre@fundspeople.com
MARIA FOLQUE, Head of Sustainability mfolque@fundspeople.com
LAURA REY, Learning Irey@fundspeople.com
COMERCIAL
IÑIGO IMBERT, Head of Sales iimbert@fundspeople.com
BEATRIZ DIEZ-BARTUREN, Senior Sales beatrizdiez@fundspeople.com
JORGE ROMERO, Senior Sales
DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com
DATA
RAQUEL ALONSO, Head of Data raquel.alonso@fundspeople.com
CAROLINA PÉREZ, Data carolina.perez@fundspeople.com
ADMINISTRAÇÃO administracion@fundspeople.com
ALICIA FRAGIO alicia.fragio@fundspeople.com
SANTIAGO FRANCO santiago.franco@fundspeople.com
CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL.
PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO
TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: MONTERREINA
EDITADO por © Primer
Consultores y Editores
SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com
DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008
REDAÇÃO MADRID
Paseo de la Castellana, 91, planta 2 (Madrid, 28046) Tel. (+34) 917 014 040 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com
REDAÇÃO LISBOA
Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com
PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com
DE TRANSFORMAÇÃO
UMA REDE DE COMUNICAÇÃO E INFLUÊNCIA, COM 20.000 PROFISSIONAIS NACIONAIS
Nestes 10 anos, a FundsPeople consolidou-se como uma referência no sul da Europa, mas também se reorganizou para ir ao encontro das expetativas e necessidades da nossa comunidade.
Nos últimos 10 anos, a FundsPeople afir mou-se como a rede de referência na co municação e serviços para o desenvolvimento da comuni dade de empresas e profissionais da gestão de ativos. Comprometidos em ajudar a criar conexões e relações de investimento, colocámos em contacto pessoas e interesses, desenvolvendo oportunidades num ecossistema vivo, diverso, aberto e sustentável.
Nestes anos, e nos três países em que a FundsPeople está presente atualmente - Portugal, Espanha e Itá lia - chegámos a uma rede de referência que liga 200.000 profissionais euro peus, 20.000 deles portugueses.
Nesta rede de comunicação, a FundsPeople afirmou-se como o es paço de informação que mantém os profissionais informados e atualizados. Em pt.fundspeople.com - o nosso web site - registámos na última década mais de 13 milhões de páginas vistas. A nos
sa Newsletter dá a conhecer as novida des da gestão de ativos a mais de 3.100 profissionais diariamente, enquanto as revistas físicas e digitais levaram in formação a mais de 3.500 pessoas. No nosso website, os utilizadores podem encontrar informação em português sobre mais de 3.100 profissionais, 430 empresas e mais de 1.000 fundos.
Em plena pandemia, quisemos li gar ainda mais a nossa comunidade e criámos o projeto Insights Portugal. Um portal com as principais ideias da gestão de ativos nacional, e onde pode encontrar uma fotografia simples, mas completa, de como se estrutura o negó cio no nosso país.
ALÉM DA NOTÍCIA
Mas as nossas soluções e serviços vão hoje em dia muito para lá das notícias.
A FundsPeople passou a ser uma pla taforma de comunicação, marketing e comercial para as gestoras. Em Portugal, temos vindo a conectar os profissionais da gestão nacional com profissionais in
ternacionais, através dos eventos Funds People Talks que já contam com seis edições e uma média de 60 profissionais reunidos por evento.
Por outro lado, em eventos mais inti mistas, colocamos em contacto gestoras internacionais e locais, através de busi ness breakfast com várias temáticas sub jacentes. Já são cerca de 35 nestes últimos 10 anos.
INOVAÇÃO E NOVAS ÁREAS
No último ano, a FundsPeople reorga nizou-se precisamente com o objetivo de oferecer soluções num sentido mais amplo, a partir do campo da inovação. Nesse trabalho está a ser essencial Ja vier Blanco, novo diretor de Talento e Desenvolvimento Organizacional da FundsPeople.
Constituímos a divisão de Redação & Análise, formada por quatro pessoas em Portugal, onde o trabalho de análise se estende à redação. A equipa é formada por Margarida Pinto, editora e responsá vel de Conteúdos, e Catarina Vinagre, re datora e responsável pela Newsletter. A equipa de Análise é liderada por Miguel Rêgo, que ocupa a posição de responsá vel global de Análise da FundsPeople.
À sua equipa juntou-se em junho Diogo Verde, como analista de fundos, vindo da gestora Golden Wealth Management.
Uma das principais novidades da FundsPeople é o departamento de Soluções & Inovação, onde vários especialistas em diferentes temas e ti pologias se encarregam de desenvolver soluções conjuntas com a indústria, tanto em termos de produtos comer ciais, como de produtos dirigidos à Redação & Análise. É o centro de ino vação da FundsPeople. María Folqué é a responsável global de Sustentabi lidade, uma área chave para o setor, e na qual está a desenhar novos serviços. Laura Rey é a responsável de soluções de Learning, tendo a seu cargo o desen volvimento do Glossário, uma área de dicada à literacia financeira. Catarina Vinagre, para além de redatora, é ainda a responsável por desenvolver soluções em torno da nossa Newsletter.
SERVIÇOS A FundsPeople tem-se vindo a consolidar com vários serviços. Destaque, por exemplo, para a Newsletter diária que chega a mais de 3.000 pessoas, os eventos FundsPeople Talks, que já vão na sexta edição, ou os mais de 30 pequenos-almoços que temos vindo a realizar ao longo dos últimos 10 anos.
AS CARAS DA
DISTRIBUIÇÃO DE FUNDOS
por uma revolução no seu negócio com a entrada em vigor da MiFID II, mas adaptaram-se e continuaram centrados em providenciar o melhor serviço possível aos seus clientes.
SEQUEIRA
HELENA SERUCA
CARREGOSA
VICTOR BAROSA
EUROPA
HUGO CORREIA
BEST
PEDRO LUCAS COELHO
INVEST
RICO
ANTÓNIO CARNEIRO
TOTTA
OLO
LOURENÇO VIEIRA DE CAMPOS
TOTTA
JOÃO PINA GOMES
RAÚL PÓVOA
LUÍS NASCIMENTO
BBVA, SUCURSAL EM PORTUGAL
PEDRO RODRIGUES
BISON BANK
ALEXANDRE MOTA E EMANUEL VIEIRA
LUIZ ESTRADA
BANCO ITAÚ
RUI COIMBRA
GONÇALO CÂMARA PESTANA
O QUE É NACIONALÉ(MUITO) BOM
Embora o mercado nacional não seja grande, os fundos de domícilio português ou geridos por equipas com ADN nacional não ficam atrás dos internacionais, e o mesmo acontece com a gestão de carteiras. Mostramos-lhe algumas das entrevistas a estes profissionais.
JOSÉ VALENTE
PAULO FIGUEIREDO
VASCO
RICARDO SEIXAS
VIRGÍLIO
RUI ARAÚJO E LUÍS
MIGUEL TALEDO DE SOUSA
ATIVOS PORTUGAL
RINA GUERRA
PEDRO COELHO E LUÍS DIAS
ASSET MANAGEMENT
RICARDO ALMEIDA
SEGUROS
MARTA PÉREZ
ASSET MANAGEMENT
EMÍLIA VIEIRA
INVESTIMENTOS
Um histórico consistente focado nos líderes mundiais do mercado europeu
Uma carteira de ações europeias das melhores ideias que investe em empresas de crescimento de qualidade com vantagens competitivas duradouras e a capacidade de gerar um rendimento sólido e sustentável.
n Centrado em empresas de elevada qualidade com vantagens competitivas comprovadas n Seleção de ações orientada em uma análise com vista a construir uma carteira de alta convicção
n Uma equipa experiente de ações europeias que administra ativos com valor de 41 bilhões de euros*
Riscos à ter em conta Este fundo está sujeito a uma série de riscos resultantes dos títulos em que investe e das técnicas que utiliza para atingir o seu objetivo. Os investidores deverão ler o Prospeto para obterem uma descrição completa de todos os riscos.
Riscos de investimento
O fundo está sujeito a riscos associados ao investimento em ações, concentração de carteiras e volatilidade.
Perfil do investidor típico
Este fundo é adequado para investidores que possam tolerar elevados níveis de risco e volatilidade e que tenham um horizonte de investimento a longo prazo.
fiáveis, mas a sua exatidão ou integralidade não podem ser garantidas. Os parâmetros concretos de investimento são acordados e estabelecidos no prospeto ou no contrato formal de gestão de investimento. Este material inclui declarações prospetivas, incluindo projeções de futuras condições económicas e financeiras. Nenhum dos administradores, diretores ou funcionários da Columbia Threadneedle Investments oferece garantias de qualquer natureza no sentido de assegurar que estas declarações prospetivas se revelem precisas. No EEE: Emitido pela Threadneedle Management Luxembourg S.A., matriculada no Registo do Comércio e das Sociedades (Luxemburgo), N.º de matrícula B 110242, 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo. No Reino Unido: Emitido pela Threadneedle Asset Management Limited. Registada em Inglaterra e País de Gales, N.º de matrícula
de Conduta Financeira do Reino Unido. No Médio Oriente: Este documento é distribuído pela Columbia Threadneedle Investments (ME) Limited, que
Sede Social:
Threadneedle (Lux) European SelectMARK MOBIUS
YERLAN SYZDYKOV
PIONEER INVESTMENTS
ÁNGEL AGUDO
FRÉDÉRIC DUPRAZ
PICTET
BERNAR D HUNTER
A CRÈME DE LA
Ao longo destes 10 anos, os gestores com maior prestígio internacional partilharam com a FundsPeople as suas visões, perspetivas... e até algumas confissões.
HENRIK STILLE
AMUNDI
WOOLNOUGH
JAMES CLUNIE
KLAUS KALDEMORGEN
JÖRG DE VRIES-HIPPEN
JAN
SHANE HURST
NICOLAS JANVIER
HEMANT BAIJAL
RICHARD CARLYLE
GROUP
DIDIER SAINT-GEORGES
DEZ ANOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIORETROSPETIVA E UM OLHAR SOBRE O FUTURO
A poupança captada pela indústria de gestão de ativos não está a ser canalizada em proporção satisfatória para o financiamento da economia portuguesa. Reverter essa situação é uma das preocupações da CMVM.
Os últimos dez anos de atividade dos fun dos de investimento mobiliário (FIM) foram marcados por um crescimento significativo (55%) do seu valor sob gestão e por uma diminuição do número de fundos ativos, resultando numa obtenção de economias de escala e su bida da capitalização média dos fundos. O crescimento do valor sob gestão tem, em grande parte, resultado no investimento em unidades de participação de outros fun dos, em especial estrangeiros, que causou uma cascata de comissões para os mais de um milhão de participan tes, em grande parte de retalho. Apesar do crescimen to dos ativos sob gestão, é notória a reduzida expressão dos ativos nacionais, em especial das ações, nas carteiras dos FIM. Tal significa que a poupança captada pela in dústria de gestão de ativos não está a ser canalizada em proporção satisfatória para o financiamento da economia portuguesa. Espera-se que esta situação possa ser gra dualmente revertida, fruto da implementação de medi das resultantes das recomendações da OCDE de 2020 para a redinamização do mercado de capitais, nas quais a CMVM participou ativamente, ou do recente pacote fiscal de incentivo à poupança de longo prazo, proposto pela CMVM ao Ministério da Finanças.
Em 2020 a CMVM assumiu a supervisão prudencial das sociedades gestoras de fundos de investimento (SG), abandonando um regime prudencial fragmentado e me nos eficaz, com maiores custos regulatórios e demora no arranque de atividade, fruto da divisão de competências. No âmbito da transferência de competências, a CMVM bateu-se pela eliminação dos entraves a um maior dina mismo de mercado, seguindo princípios de simplificação, proporcionalidade, clareza, e remoção do gold-plating, assegurando a proteção dos investidores. Importa desta car a criação das Sociedades Gestoras de Organismos de Investimento Coletivo (SGOIC) e a implementação de um procedimento único de autorização, com prazos e formas de avaliação de idoneidade dos titulares de órgãos sociais e de participações qualificadas, alinhados com o regime europeu. Esta simplificação e calibragem regulatória re
fletiu-se num maior dinamismo do mercado e num au mento de novas entidades. De facto, se em dez anos fo ram autorizadas quatro SGOIC, no período de dois anos e meio, após a transferência de competências, o número de autorizações ascendeu a onze.
Nesta sequência, a CMVM procurou imprimir o mesmo ímpeto reformista na vertente dos Organismos de Inves timento Coletivo (OIC), o que culminou com a consulta ao mercado de 2022 sobre o projeto de um novo Regime da Gestão de Ativos (RGA), a qual recebeu um número elevado de respostas. Assim, foi proposta uma fusão en tre o Regime Geral dos Organismos de Investimento Co letivo e o diploma que disciplina atualmente a atividade de investimento em capital de risco, empreendedorismo social e investimento alternativo especializado.
O projeto de RGA reforça a competitividade e a atrativi dade do mercado nacional, gera coerência e proporcio nalidade no sistema e simplifica a regulação da atividade de gestão de ativos. Para tal, propõe-se uma mudança de paradigma, passando a dar primazia à supervisão à pos teriori, ficando essencialmente reservada, para os OIC de retalho, a supervisão ex ante. Ao nível dos gestores, propõe-se a criação de um regime simplificado para as sociedades gestoras de pequena dimensão, em linha com o regime europeu.
As medidas adotadas e as futuras, perspetivadas no pla no de ação da CMVM 2022 -2024, visam criar as condi ções para o desenvolvimento de um mercado de gestão de ativos competitivo, robusto e que represente uma al ternativa sustentável para a aplicação de poupança dos aforradores nacionais. Contudo, a responsabilidade últi ma pelo contributo que o setor tem a dar à economia na cional reside nos agentes de mercado. Apenas através da adoção de modelos de negócio viáveis e que se adaptem a um mercado em constante evolução, com destaque para a procura de investimento sustentável, bem como de um alinhamento com as melhores práticas de gover nação interna e de gestão do negócio, poderá o setor da gestão de ativos desenvolver-se de forma sustentável.
DE TRANSFORMAÇÃO
EUA Janeiro de 2013
Legg Mason Capital Management integra boutique Clearbridge Julho de 2013
iShares chega a acordo para comprar negócio de ETF do Credit Suisse Outubro de 2014
BNY Mellon acorda compra da Cutwater Asset Management Agosto de 2015
BlackRock compra FutureAdvisor Fevereiro de 2016
J.P. Morgan lança plataforma centrada no ISR Maio de 2016
Columbia Threadneedle adquire a boutique de smart beta Emerging Global Advisors Outubro de 2016
Janus Capital e Henderson anunciam fusão Outubro de 2017
Invesco compra negócio de ETF da Guggenheim Partners Outubro de 2017
J.P. Morgan entra no mundo dos ETF Novembro de 2017
BNY Mellon IM funde três das suas boutiques (Mellon Capital Management, Standish e The Boston Company) Fevereiro de 2018
Invesco unifica todas as suas marcas sob o nome Invesco Março de 2018
NAM passa a chamar-se Ostrum AM Maio de 2018
Mark Mobius apresenta sua sociedade, a Mobius Capital Partners Abril de 2020
Morningstar anuncia a compra de 100% da Sustainalytics Agosto de 2021
Goldman Sachs compra NN Investment Partners Julho de 2020
Franklin Templeton compra a Legg Mason Junho de 2019 Nasce a NZS Capital Junho de 2020
Legg Mason funde as suas filiais Clearbridge e RARE Março de 2021
Morgan Stanley completa a compra da Eaton Vance Novembro de 2021
Wells Fargo AM inicia o seu caminho independente sob o novo nome Allspring Global Investments Novembro de 2021
Columbia Threadneedle fecha a compra de gestão de ativos da BMO na região EMEA
DÉCADA DE
CANADÁ
Maio de 2014
BMO completa aquisição da F&C Asset Management
AMSTERDÃO
Abril de 2021
Allfunds entra na bolsa Euronext Amsterdam
PENÍNSULA IBÉRICA
Setembro de 2014
Capital Group abre escritório ibérico Março de 2015
Muzinich abre escritório ibérico em Madrid Setembro de 2015
Neuberger Berman abre escritório na Península Ibérica Setembro de 2017
SYZ AM abre escritório na Península Ibérica Agosto de 2018
AllianceBernstein abre escritório na Península Ibérica
Dezembro de 2018
La Financière de L’Echiquier abre escritório na Península Ibérica Outubro de 2019
Hermes IM abre escritório na Península Ibérica Fevereiro ce 2022
Bluebay AM abre sucursal Ibérica
EXPANSÃO
FINLÂNDIA
Abril de 2021
Evli e EAB assinam pré-acordo para a sua possível fusão
ALEMANHA
Dezembro de 2017
Deutsche AM muda de marca e passa a DWS
SUÍÇA
Março de 2015
Vontobel AM compra 60% da Twenty Four AM
LUXEMBURGO Outubro de 2015 Bank Degroof e Petercam fundem-se
REINO UNIDO
Maio de 2012
Man Group completa compra da FRM Março de 2013
Schroders Compra Cazenove Capital Julho de 2014
Standard Life Investments compra Ignis IM Abril de 2017
Schroders compra Adveq Agosto de 2017
Aberdeen e Standard Life fundem-se Fevereiro de 2020 Jupiter compra Merian GI Setembro de 2020
Kames Capital passa a ser Aegon Asset Management Junho de 2021
Schroders unifica as suas capacidades em ativos privados sob a marca Schroders Capital Setembro de 2021
Aberdeen Standard Investments passa a chamar-se abrdn
ESPANHA
Abril de 2015
Allfunds Bank converte-se na maior plataforma de fundos europeia Janeiro de 2018
Allfunds compra a tecnológica Finametrix Agosto de 2022 MCH IS muda de nome para AMCHOR IS
FRANÇA Dezembro de 2016
Amundi compra Pioneer Investments Agosto de 2021
Natixis IM unifica vários dos seus negócios sob a divisão da Natixis Invesment Managers Solutions Dezembro de 2021
Amundi fecha a compra da Lyxor Março de 2022
Natixis IM e H2O AM acordam dissolver a sua parceria
ÁFRICA
Julho de 2018
AUSTRÁLIA
Novembro de 2017 ETF Securities vende o seu negócio de ETF europeus à Wisdom Tree
Old Mutual transforma-se em Merian Global Investors
EXPANSÃO
Fusões e compras foram a grande tónica da última década no negócio da gestão de ativos internacional. Em Portugal, o mercado redifiniu-se, mas não deixou de se expandir.
PORTUGAL
Julho de 2012
Patris compra BPN GA Maio de 2013
Patris compra Real Vida Seguros Dezembro de 2014
Resolução do banco BES Meados de 2014
MCH Investments Srategies passa a ter presença em Portugal
Setembro de 2015
Haitong compra BESI Novembro de 2015
Sócios espanhóis entram no capital da Dunas Capital Maio de 2015
Millennium bcp vende Millennium GA ao Grupo CIMD Setembro de 2015
Bankinter compra operações do Barclays em Portugal Dezembro de 2015
Venda do Banif ao Santander Abril de 2016
Dunas Capital chega acordo para adquirir 100% da Selecta Dezembro de 2016
Patris entra na Alternext Abril de 2017
Gestão dos fundos mobiliários da CA Gest passa para a esfera da IMGA Fevereiro de 2017
Banco BPI passa a ser detido em 84,51% pelo CaixaBank Novembro de 2017
CaixaBank compra o segmento de gestão de ativos do Banco BPI
Dezembro de 2017
Santander compra Popular Março de 2018
Deutsche Bank vende operação em Portugal ao Abanca Meados de 2018
Bison Bank estabelece-se em Portugal Meados de 2018
Corum AM abre sucursal em Portugal Fevereiro de 2019
Golden Wealth Management assume posição maioritária na SGF
Agosto de 2019
Nasce a Sixty Degrees AM Novembro de 2019
Casa de Investimentos passa a ter licença para gerir fundos mobiliários
Agosto de 2020
BiG abre sucursal em Espanha Outubro de 2020
Nasce a Biz Capital Novembro de 2020
Nasce a Carregosa SGOIC Março de 2021
BMO Portugal deixa de gerir carteiras da Ageas Maio de 2021
APAX compra GNB Vida Outubro de 2021
Dunas Capital passa a designar-se Heed Capital Maio de 2022
Azimut abre escritório em Portugal Maio de 2022
Nordea AM oficializa abertura de hub em Portugal
A OPINIÃO DE
Co-gestor do JH Balanced Fund, Janus Henderson Investors
30 ANOS DE RESEARCH BOTTOM-UP E ALOCAÇÃO ATIVA
Juntamo-nos à celebração da FundsPeople porque a nossa estratégia JH Balanced Fund está também a celebrar o seu aniversário, o 30º. Desde 1992, esta estratégia tem navegado numa série de ambientes de mercado desafiantes, incluindo a bolha das dotcom, no início dos anos 2000, a crise financeira global em 2008, e a pandemia de COVID-19 em 2020.
Ao longo destas décadas, e através desses tempos desafiantes, a nossa equipa tem proporcionado aos clientes retornos semelhantes aos das ações americanas com uma volatilidade significativamente menor.
O nosso foco na seleção fundamental combinada com a alocação dinâmica de ativos tem sido fundamental para estes resultados, e a nossa abordagem tem três vertentes: gerimos ativamente o risco e as exposições dentro das alocações individuais de ações e de obrigações, e temos a capacidade de ajustar o nível global de alocação de ativos entre ações e obrigações. Esta flexibilidade permitiu-nos não só participar em mercados de valores mobiliários, mas também posicionarmonos defensivamente durante os drawdowns do mercado.
Estamos orgulhosos da nossa abordagem e estilo de gestão.
A nossa abordagem colaborativa combina ações e obrigações para construir uma das nossas principais estratégias - uma carteira central, diversificada de multiativos com a flexibilidade necessária para atingir através de mercados em mudança e ajudar a alcançar os seus objetivos a longo prazo.
PHIL GRONNIGER+0,92% -1,38%
publicitário destinado somente para investidores qualificados de acordo com a definição da MiFID. Fonte (salvo indicação em contrário): Nordea Investment Funds S.A. Período em análise (salvo indicação em contrário): 29/01/2019 - 31/08/2022. Retorno calculado NAV a NAV (líquido de taxas e impostos em Luxemburgo) na -moeda de referência da respectiva classe do sub-fundo, rendimento bruto e dividendos reinvestidos, excluindo as taxas de entrada e saída em (data). Comissões ou encargos de subscrição e resgate podem afetar o desempenho do sub-fundo. A rentabilidade apresentada é histórica. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e investidores podem não recuperar o montante total investido. O valor do seu investimento pode subir ou descer e poderá perder uma parte ou a totalidade do seu dinheiro investido. Se a moeda da respectiva classe de ações diferir da moeda do país onde o investidor reside, o retorno apresentado pode variar devido flutuação cambial. Os fundos mencionados fazem parte da Nordea 1, SICAV, uma sociedade de investimento de capital variável sediada em Luxemburgo (Société d’Investissement à Capital Variable), legalmente constituída conforme as leis de Luxemburgo e com a Diretiva2009/65/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009. Este documento é material publicitário e não divulga todas as informações pertinentes relativas aos subfundos apresentados. Qualquer decisão de investimento nos subfundos deve ser feita com base no Prospecto em vigor e no documento de Informações Fundamentais Destinadas ao Investidor (KIID), que estão disponíveis, juntamente com os relatórios anual corrente e semi-anual do sub-fundo, por via electrónica em inglês e na língua local do mercado onde o mencionado OICVM está autorizado para distribuição, e poder ser solicitado, sem ônus, junto a Nordea Investment Funds S.A., 562, rue de Neudorf, PO Box 782, L-2017 Luxemburgo, representantes locais, agentes de informação, ou nossos distribuidores. Nosso Agente Pagador em Portugal é BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., devidamente constituído sob as leis de Portugal e registado na CMVM como intermediário financeiro. Os documentos mencionados estão também disponíveis em português no site www.bancobest.pt. Publicado pela Nordea Investment Funds S.A., sita em 562, rue de Neudorf, P.O. Box 782, L-2017 Luxembourg, que é autorizada pela Comission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). O presente documento não poderá ser reproduzido ou divulgado sem autorização prévia, tal como não poderá ser cedido a investidores privados. Este documento contém informações destinadas apenas a investidores profissionais e consultores financeiros e não se destina para divulgação pública.
ÚLTIMOS 10 ANOS
GESTÃO DE ATIVOS EM PORTUGAL - MUDANÇAS E DESAFIOS SUPERADOS
Em balanço, pode dizer-se que os eventos da última década tornaram a indústria de gestão de ativos nacional mais forte e preparada para o que está para vir.
Nos últimos dez anos, a atividade de gestão de ativos em Portugal teve como pano de fundo um ambiente de mercado positivo para os ativos de risco, consubstanciado numa valorização anual média dos índices acionistas mundiais em torno de 13%. Nesse período, os ativos mobiliários detidos por Organismos de Gestão Coletiva em Portugal cresceram de um valor de 10.835 milhões de euros, no final de 2011, para 19.859 milhões de euros, no final de 2021. O crescimento anual médio desta rubrica foi de 6%, em linha com o crescimento apresen tado pelos ativos geridos por fundos de investimento na União Europeia .
Apesar deste panorama positivo e aparentemente está vel, nesse período, a indústria de gestão de ativos na cional navegou numa conjuntura económico-financeira inédita e exigente e enfrentou desafios estruturantes na sua forma de operar.
Em termos de envolvente económica e financeira, a última década iniciou-se com a crise da dívida soberana no seio da Europa, no rescaldo da recessão mais longa desde a transição para o Euro em 2002. A consequente adoção de políticas monetárias expansionistas por parte dos bancos centrais e uma melhoria das condições de financiamento culminaram numa recuperação económica nos anos se guintes, assente sobretudo na procura interna, e num mo vimento inédito de descida de taxas de juro com a yield a 10 anos da Alemanha a atingir valores negativos em 2016.
Em 2020, a pandemia COVID-19 marcou o fim de uma das maiores fases de expansão económica da história, tendo como resposta uma atuação extremamente acomodatícia por parte dos bancos centrais, visível nos cortes de ta xas de referência e nos programas de compra de ativos, e uma intervenção célere e robusta das autoridades fiscais.
Já em 2022, a eclosão do conflito militar na Ucrânia e a trajetória ascendente da taxa de inflação impuseram dificuldades acrescidas à gestão de carteiras.
Neste enquadramento, de níveis baixos de taxas de juro e em que a taxa de poupança das famílias teve uma su bida expressiva, houve uma aposta na inovação e me lhoria contínua de soluções de investimento que fossem ao encontro das necessidades dos nossos clientes. Tanto numa perspetiva de binómio rendibilidade/risco, com a construção de carteiras perfiladas, diversificadas e com controlo de risco, mas também integrando fatores de Sustentabilidade (ESG) na seleção dos nossos ativos e gestão das nossas carteiras de modo a que em cada elo de atuação do nosso processo de investimento estas con siderações estejam presentes.
Estas apostas exigiram naturalmente o investimento na formação das equipas e em desenvolvimentos tecnoló gicos, com uma atualização e integração dos nossos sis temas operacionais. Tudo isto, num contexto de aumen to de custos decorrente da cada vez maior exigência regulatória (com alterações ao nível de enquadramentos de referência, como a MiFID II, a UCITS ou a AIFMD) e de um movimento de descida das comissões de gestão.
Em balanço, podemos dizer que os eventos da última década tornaram a indústria de gestão de ativos nacio nal mais forte, preparada para os desafios futuros e com o seu papel reforçado de mecanismo de canalização eficiente das poupanças dos aforradores para os inves timentos das empresas, contribuindo para a satisfação das necessidades financeiras de ambos.
Good
SMART CONSENSUS A RODA VIVA DOS GESTORES MULTIATIVOS NUMA DÉCADA
Desde 2014 que a FundsPeople traz aos leitores a análise de uma carteira conjunta, constituída por alguns dos fundos mistos mais influentes do mercado internacional. O objetivo: manter os leitores a par dos novos movimentos de mercado e das opiniões dos gestores.
DISTRIBUIÇÃO
carteira e processo utilizados no Smart Consensus já sofreram alterações. Inicialmen te, a carteira era sele cionada e atualizada pelos analistas da Allfunds. Na nossa revista número 17, no 2º trimestre de 2017, alteramos esta dinâmica e começou a ser a equipa FundsPeople a construir a carteira de destaque. Para isso fizemo-nos va ler do desenvolvimento da equipa de Análise FundsPeople e dos Ratings FundsPeople
Posto isto, em revista de comemo ração de uma década de existência, pegamos na carteira Smart Consensus atual e analisamos os últimos 10 anos. Falamos com a grande maioria dos gestores dos fundos que incorporam a carteira e pedimos um comentário sobre os últimos 10 anos e perspetivas para os próximos 10.
Ao longo dos últimos 10 anos, a classe que reuniu sempre maior des taque nos fundos analisados foi, sem dúvida, a acionista. O gestor do BGF Global Multi-Asset Income Fund, Michael Fredericks, justifica este fe nómeno: “Os últimos 10 anos foram marcados por yields historicamente baixas e eventos macroeconómicos impactantes, como uma pandemia global e eventos geopolíticos de rele vo, e foi necessária uma diversificação do investimento e uma análise de
DE TRANSFORMAÇÃO
Michael Fredericks
Gestor do BGF Global Multi-Asset Income Fund
“Os últimos 10 anos foram marcados por yields historicamente baixas e eventos macroeconómicos impactantes”
Peter Rieth
Gestor do ODDO BHF Polaris Moderate
“A gestão da alocação no segmento acionista foi decisiva”
risco muito atenta para gerar retorno para os investidores”.
A mesma interpretação é partilha da por Peter Rieth, gestor do ODDO BHF Polaris Moderate, mas este des taca os ajustes feitos em alturas de maior stresse. “Num cenário de bai xas taxas de juro, a gestão da alocação no segmento acionista foi decisiva. Utilizamos derivados para reduzir a exposição a ações em alturas de maior turbulência, como este ano, assim con seguimos flexibilidade para não perder uma recuperação”, explica o gestor.
Destacamos também uma outra época, em que os gestores foram pos tos à prova num cenário de stresse. Na segunda metade de 2018, os mercados acionistas passaram por momentos mais atribulados, parcialmente justi
ficados pela tensão entre os EUA e a China, o que levou a uma diminuição da exposição ao setor acionista. Outro fenómeno importante - que os gráficos não são capazes de reve lar - , foi o surgimento das políticas ESG. Para Joerg Moshuber, gestor do Amundi Multi-Asset Sustainable Future, os últimos 10 anos foram o pilar dos investimentos sustentáveis e responsáveis. Estes foram marcados por dois grandes eventos em 2015. “O Acordo de Paris e o nascimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Na ções Unidas”, recorda. O impacto nos mercados financeiros foi evidente, ex plica: “Por um lado, criou-se a neces sidade das empresas reorganizarem os seus negócios e práticas ambientais e,
Joerg Moshuber
Gestor do Amundi Multi-Asset Sustainable Future
“O Acordo de Paris e o nascimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU foram dois marcos importantes”
Justin Kass
Co-gestor do Allianz Income and Growth
“Apesar da queda dos ativos de risco e das ações high yield, continua a haver boas oportunidades de investimento”
por outro, os investidores passaram de um foco puramente financeiro para uma prática de investimentos muito mais holística”.
Olhando para a distribuição geo gráfica da componente mais represen tativa dos portefólios, podemos des tacar o confronto entre a Europa e os EUA. Na primeira metade da década anterior, o destaque estava do lado dos mercados europeus. Apesar de contes tado, este domínio manteve-se até ao início de 2019, altura em que o merca do norte-americano ultrapassou o eu ropeu. O co-gestor do Allianz Income and Growth, Justin Kass, confirma a mais recente tendência no seu porte fólio: “Ao nosso principal objetivo, o de pagar uma elevada distribuição de dividendos dependente da classe de
ativos, juntámos o da apreciação do capital a longo prazo através do inves timento em ativos norte-americanos”.
Quanto ao estilo e setor de inves timento, podemos observar algumas mudanças de tendência, fruto da fle xibilidade dos instrumentos em aná lise. Catherine Doyle, parte da equipa do BNY Mellon Global Real Return, aponta a flexibilidade para se aprovei tar de oportunidades em vários setores e geografias como “a vantagem com petitiva do fundo”. Deixa ainda um exemplo: “Após o segundo bear mar ket mais rápido da história - durante o primeiro trimestre de 2020 - o fundo rapidamente identificou e investiu em empresas que iam sair beneficiadas do ciclo em questão, garantindo retornos para os investidores”.
A NÍVEL GEOGRÁFICO, PODEMOS DESTACAR O CONFRONTO ENTRE A EUROPA E OS EUA
Catherine Doyle
Parte da equipa do BNY Mellon Global Real Return
“O nosso portefólio encontra-se posicionado defensivamente, no entanto, estamos atentos a uma inversão de tendência”
Katy Thorneycroft, Joe Cummings e Gareth WitcombGestores do JPM Global Balanced Fund
“Ao longo dos últimos 10 anos estendemos o nosso espectro de investimento a diferentes tipos de dívida”
DE TRANSFORMAÇÃO
ESTA DINÂMICA OBRIGOU OS GESTORES A
SEREM MAIS CRIATIVOS AUMENTANDO RISCO E INVESTINDO
EM SUBCLASSES MENOS CONVENCIONIAS
Atualmente, os investidores tendem a preferir empresas core, de grande capitalização e estão tendencialmen te mais investidos no setor tecnológi co e financeiro.
Como vimos anteriormente, o mercado de dívida passou por uma década, na sua generalidade, muito complicada. Com a forte intervenção dos bancos centrais, as taxas de juro desceram para níveis nunca vistos,
alcançando inclusive terreno negati vo. Esta dinâmica obrigou os gesto res a serem criativos na forma como obtiveram exposição a esta classe, aumentando risco e investindo em subclasses menos convencionais. Para a equipa de gestão do JPM Glo bal Balanced Fund, esta mudança de paradigma “só reforçou a necessida de de ser flexível e ter um portefólio diversificado”. “Ao longo dos últi mos 10 anos, alterámos a forma de investir neste mercado, aumentamos as regiões em que investimos e esten demos o nosso espectro a diferentes tipos de dívida”, explica o gestor.
Também para Justin Kass, o au mento de risco neste segmento foi uma necessidade: “Dadas as circuns tâncias de mercado e as nossas perspe
Klaus Kaldemorgen
Gestor do DWS Concept Kaldemorgen
“Muitas vezes o avião funciona bem em piloto automático, mas ocasionalmente é necessária a experiência dos pilotos”
tivas de longo prazo, focamos o nosso investimento em três classes de ativos: ações, obrigações high yield e obriga ções convertíveis”.
OPORTUNIDADES
Resta apenas olhar para o futuro, onde os gestores se mostram confiantes, ape sar dos novos desafios que esperam. Michael Fredericks espera um am biente “de volatilidade elevada, fruto das expectativas de inflação, políticas monetárias e confrontos geopolíticos”. No entanto, mantém-se confiante que vão surgir oportunidades: “A nossa abordagem pode levar os investidores a encontrar novas oportunidades de re torno enquanto mantêm um portefólio diversificado e com risco controlado”. O gestor da Allianz, por sua vez, con
corda que apesar do “contexto de que da dos ativos de risco e das ações high yield, continuam a haver boas oportu nidades de investimento”.
A representante da BNY Mellon revela: “O nosso portefólio encontra -se posicionado defensivamente, com proteção através de derivados e cober turas indiretas, no entanto, estamos atentos a uma inversão de tendência e prontos para exercer a flexibilidade que nos é concedida”.
O consenso dos gestores é que cada um dos seus portefólios está prepa rado para os tempos difíceis que aí se aproximam, mas Klaus Kaldemorgen deixa um aviso: “Muitas vezes o avião - a carteira - funciona bem em piloto automático, mas ocasionalmente é ne cessária a experiência dos pilotos”.
A ENERGIA NUCLEAR, PRONTA PARA REVERTER A SUA IMAGEM NEGATIVA
A energia nuclear oferece uma série de vantagens face a outras tecnologias de energia limpa: proporciona uma energia de carga base - o nível mínimo de procura numa rede elétrica durante um determinado períodolimpa e fiável, algo que as fontes renováveis, que são menos fiáveis, podem ter dificuldades em fornecer. Também pode fornecer energia de forma fiável independentemente do dia e da meteorologia e necessita de menos materiais do que outras tecnologias de transição. Estas vantagens são essenciais para poder transformar por completo os nossos sistemas energéticos em energia livre de carbono. No entanto, a energia nuclear também é controversa. Resíduos radioativos e incidentes como o desastre da central nuclear de Fukushima em 2011 levaram à desconfiança em relação a esta tecnologia. O urânio enriquecido também pode ser utilizado no campo das armas nucleares, o que explica porque é que os programas nucleares de países como a Coreia do Norte, Irão e, claro, a Rússia suscitam tantas preocupações.
Contudo, os fatores positivos parecem ter mais peso do que os negativos, uma vez que a energia nuclear está a voltar a ganhar protagonismo.
JESS WILLIAMS Analista de carteiras, Investimento Responsável, Columbia Threadneedle InvestmentsAlimente as inovações que impulsionam a economia limpa
Material publicitário. Exclusivamente para
AXA WF ACT Clean Economy
Investir numa economia limpa faz sentido não só em termos ecológicos, como também em termos financeiros. As empresas que selecionamos estão na vanguarda dos transportes de baixo carbono, da energia inteligente, da tecnologia agrícola e da preservação de recursos. Estas empresas inovadoras podem ajudá-lo a conseguir retornos sustentáveis à medida que evoluímos para um mundo mais limpo.
O Investimento implica riscos, incluindo a perda de capital.
Invista num futuro melhor. Invista agora num futuro sustentável.
AXA-IM.COM/ACT-CLEAN-ECONOMY
DESCUBRA OS FUNDOS COM RATING
São produtos que contam com o destaque dos analistas, sobressaem pela sua consistência ou se distinguem por serem blockbuster.
Num mercado como o português, que con ta com mais de 3.000 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Rating Funds People 2022. São 687 produtos com o rating, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:
Favoritos dos Analistas. Fundos que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus pro dutos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este Rating.
Blockbuster. São os super-vendas do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuí dos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacio nais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: 493 fundos al cançam esta classificação.
Consistentes. A equipa de Análise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os pro dutos mais consistentes em cada cate goria, a partir da base da Mornings tar Direct, com referência ao final do
último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise.
De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria atra vés de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabi lidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no segundo, dados individuais
dos últimos cinco anos civis. Em am bos os casos, a rentabilidade e a vola tilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 274 fundos que cumprem os critérios.
Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado mone tário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.
•
table par
when
client
We are proud to have been awarded by
needed
mos
t ar in Por tugal:
Best Asset Manager, Portugal
Best EUR Allocation Fund Capital Group Global Allocation Fund (LUX)
Best Global Equity Fund
Capital Group New World Fund (LUX) Morningstar Awards 2022 ©. Morningstar, Inc. All rights reserved
algroup.com
FOR PROFESSIONAL INVESTORS ONLY
This material is a marketing communication. Past results are not a guarantee of future results.
This material, issued by Capital International Management Company Sàrl (“CIMC”), 37A avenue J F Kennedy, L 1855 Luxembourg, is distributed for information purposes only CIMC is regulated by the Commission de Surveillance du Secteur Financier (“CSSF” Financial Regulator of Luxembourg) and manages the fund(s), which is a (are) sub fund(s) of Capital International Fund (CIF), organised as an investment company with variable capital (SICAV) under the laws of the Grand Duchy of Luxembourg and authorised by the CSSF as a UCITS
A full list of Paying Agents and Distributors is located on the website stated Facilities to investors (tasks according to Article 92 of the Directive 2019/1160, points b) to f ) are available at www eifs lu/CapitalGroup
The list of countries where the Fund is registered for distribution can be obtained at all times from CIMC
A
elping people chieve their financial oals since 1931.
OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA
Para
CAPITAL GROUP
ROBECO
NORDEA
ROBECO
PERS
GLOBAL
JANUS HNDRSNABSOLUTE
MFS
MS INVF GLOBAL
FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY
ALLIANZ EUROPE
ROBECO
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR
CS (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY SB USD
AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY E2 EUR C
ROBECO QI EUROPEAN CNSRV EQS €
PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR
PICTET-USA INDEX P USD
JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD
MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR
EDRF BIG DATA N EUR
JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD A (DIST) EUR
POLAR CAPITAL GLOBAL TECH I INC
GLOBAL
US ADVANTAGE I
VANGUARD U.S. 500 STK IDX $ ACC
FRANKLIN TECHNOLOGY A ACC USD
PICTET TR - ATLAS I EUR
ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC
ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC W EUR
PICTET-SECURITY I EUR
INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC
BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2
SEILERN WORLD GROWTH CHF H R
INVESCO JAPANESE EQ ADV C JPY ACC
BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR
JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD
PICTET - ROBOTICS DY EUR
BNP PARIBAS AQUA C C
SCHRODER ISF EM MKTS A DIS USD AV
DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST A DIS
FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR
ROBECO NEW WORLD FINANCIALS D €
PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR
PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL USD
AB SELECT US EQUITY A EUR H ACC
BGF WORLD TECHNOLOGY A2
MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC
WELLINGTON GLBL QUALITY GR USD S AC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMLRCOMS 3E
PICTET-WATER EUR
ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC
MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR
T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD
PICTET-CLEAN ENERGY I USD
AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C
JPM US VALUE C (DIST) USD
FIDELITY EUROPEAN LGR COMS A-DIS-EUR
PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS EUR
FIDELITY GLOBAL FINANCIAL SVCS A-DIS-EUR
FUNDSMITH EQUITY EUR ACC
SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ C ACC USD
GS US CORE EQUITY BASE INC USD SNAP
JPM EUROPE STRATEGIC VALUE A (DIST) EUR
FRANKLIN US OPPORTUNITIES A(ACC)USD
ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR
ROBECOSAM SMART MATERIALS EQS I EUR
GS JAPAN EQUITY R INC GBP SNAP
JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD
BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC
ROBECOSAM SMART ENERGY EQS D EUR
BGF SUSTAINABLE ENERGY A2
VONTOBEL US EQUITY A USD
FIDELITY EM MKTS A-DIST-USD
SCHRODER ISF EMERGING ASIA C ACC EUR
SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS A DIS USD AV
MS INVF US GROWTH
MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z
GS EM CORE EQ I ACC USD CLOSE
VANGUARD EUROPEAN STOCK IDX USD ACC
JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSA2USD
VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS USD
PICTET-DIGITAL PUSD
BROWN ADVISORY US EQUITY GROWTH $ B
FIDELITY CHINA
BGF
DWS
DWS
SCHRODER
AB
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
BGF WORLD MINING A2
MAN GLG JPN COREALPHA EQ I JPY
FIDELITY WORLD A-DIS-EUR
JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND A2 EUR
PICTET-NUTRITION I USD
CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC
UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) P USD ACC
AMUNDI IS S&P 500 ESG IE-C
M&G (LUX) GLOBAL LISTED INFRAS L USD ACC
VANGUARD GLB STK IDX $ ACC
LM CLEARBRIDGE INFRAS VALPRGBPHDISAPH+E
MS INVF GLOBAL PROPERTY
CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE A EUR ACC
JPM EUROLAND EQUITY A (DIST) EUR
THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE
ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH W EUR
SCHRODER ISF JAPANESE EQ A DIS AV
BGF FUTURE OF TRANSPORT Z2 USD
VANGUARD PAC EX-JAPAN STK IDX USD ACC
AB INTERNATIONAL HC A ACC
JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF EUR VANGUARD EMERG MKTS STK IDX INV EUR ACC ROBECO BP US LARGE CAP EQUITIES I $
JPM GLOBAL FOCUS A (DIST) EUR
AMUNDI MSCI EMU ESG LDRS SEL IE-C
BNP PARIBAS SMART FOOD CAP
MS INVF GLOBAL SUSTAIN Z USD ACC ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD
GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD
M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI USD ACC
JPM GLOBAL NATURAL RESOURCES A (ACC) EUR
AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC
MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ USD CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC
AB AMERICAN GR PTF C ACC AMUNDI FDS PIO US EQFUNDMGR M2 EUR C
AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C
BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C D
MS INVF EUROPE OPPORTUNITY Z
FIDELITY GLOBAL DIVIDEND I-ACC-EUR
SCHRODER ISF US LARGE CAP A DIS
FRANKLIN INDIA I(ACC)USD
ROBECOSAM SUSTAINABLE WATER EQS F EUR
PICTET-EUROPE INDEX P EUR
NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P DIS USD
BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D
BNP PARIBAS CLIMATE IMPACT
AB SELECT ABS ALPHA S1 USD ACC
BNY MELLON MOBILITY INNOVATION USD E ACC
PICTET TR - MANDARIN I USD
FIDELITY AMERICA A-DIS-USD
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
JPM THEMATICS GENETIC THRPS C2 ACC USD
SCHRODER GAIA EGERTON EQUITY C ACC EUR
PICTET SMARTCITY DM GBP
DWS INVEST ESG EQUITY INCOME LC
FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-GBP
UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ P-ACC
AXAWF FRAM ROBOTECH G CAP USD
BMO RESPONSIBLE GLOBAL EQUITY INC EUR
DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND LC
CPR INVEST EDUCATION E EUR ACC
JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD
JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO H2 USD
THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS
THREADNEEDLE (LUX) UK EQS IG GBP ACC
JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD
AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC
FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR
T. ROWE PRICE US EQ USD
GS EMERGING MARKETS EQ R INC GBP
AXAWF FRAMLINGTON DGTL ECOY CAP USD
FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR
AB EUROZONE EQ PTF IX ACC
UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC EUR
BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C
BGF EMERGING MARKETS A2
FIDELITY GLOBAL HEALTH CARE A-DIS-EUR
ROBECO EMERGING STARS EQUITIES D €
LEGG MASON CB US LG CP GR B USD DIS(A)
ABRDN JAPANESE EQUITY A ACC JPY
LEGG MASON RY US SMCP OPP A USD DIS(A)
THEMATICS SAFETY H-R/A GBP
JPM AMERICA EQUITY A (DIST) USD
JANUS HNDRSNCONTINEN EURP I2 EUR
GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ INSTL £ ACC
AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC
JPM CHINA A (DIST) USD
VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY I EUR
BGF WORLD GOLD A2
THREADNEEDLE (LUX) EUR SMLR COM 9E EUR
AMUNDI IS MSCI JAPAN IE-C EUR
FIDELITY EUROPEAN
JANUS
MAINFIRST
NORDEA
JPM
CARMIGNAC
MUZINICH
PIMCO
JUPITER
BSF GLOBAL
AXAWF
SCHRODER
EURO
VONTOBEL EURO CORPORATE
JPM US AGGREGATE
JPM GLOBAL
NEUBERGER
FIDELITY EURO SHORT
VONTOBEL TWENTYFOUR STRATINC
CANDRIAM
CANDRIAM
EURO
MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD
JANUS HENDERSON HRZN EURO CORP BD A2 EUR
AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP USD
INVESCO EURO SHORT TERM BOND Z EUR ACC
EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC
GS EM CORP BD I ACC EUR HDG
EVLI SHORT CORPORATE BOND A
VANGUARD € GOVT BD IDX € ACC
MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z
ROBECO FINANCIAL INSTITUTIONS BDS I €
CARMIGNAC PF FLEXIBLE BOND A EUR ACC
AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS
NN (L) US CREDIT P CAP USD
UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD AEGON EUROPEAN ABS B EUR ACC
FVS BOND OPPORTUNITIES EUR I
MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z
CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP
NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED BOND BP EUR
PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I DY USD
ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR
DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC
JPM INCOME A (ACC) USD
BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD R EUR
AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR
AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD
BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C
NOMURA FDS US HIGH YIELD BOND I USD
PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I
ROBECOSAM EURO SDG CREDITS I EUR
JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD
BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR
PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC
MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 USD
DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR FC
M&G (LUX) OPTIMAL INCOME CI EUR ACC
JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR
PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR
BGF GLOBAL ALLOCATION A2
JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR
NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR
INVESCO PAN EUROPEAN HI INC A EUR QD
MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD
BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD
PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA J EUR
BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN A2 EUR AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV C EUR C BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC MAN GLG ALPHA SELECT ALT DLH EUR
■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
ROBECO EURO CREDIT BONDS D €
INVESCO EURO CORPORATE BOND Z EUR ACC
ROBECO HIGH YIELD BONDS DH €
AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD
DNCA INVEST - ALPHA BONDS
MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR HUSD ACC S
CARMIGNAC PF CREDIT FW EUR ACC
FIDELITY EUROPEAN HI YLD A-DIS-EUR
DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC
AMUNDI FDS PIO US BOND A2 EUR C
UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD
CANDRIAM LONG SHORT CREDIT CLASSIQUE
ALLIANZ EURO CREDIT SRI W EUR
M&G (LUX) GLB FL RT HY CI USD ACC
T. ROWE PRICE DYN GLB BD I USD
LAZARD CREDIT FI SRI PVC EUR
AMUNDI RSPNB INVEST IMP GREEN BDS I C
JPM GLOBAL SHORT DURATION BD A(ACC)USD
AMUNDI FDS GLB SUBRDNTD BD I2 EUR C
BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD
CANDRIAM SST BD GLBL HI YLD R € ACC
JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD
BGF US DOLLAR SHORT DURATION BD A1 USD
JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH
AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C
PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC
NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR
NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT I ACC$
GS EM MKTS DBT BASE INC USD
JPM GLOBAL CONVERT (EUR) A (DIST) EUR
GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC
BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2
FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD A-ACC-USD
MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR
BGF CHINA BOND D3 USD
BNY MELLON GLB SHRTDTD HY BD USD W ACC
FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD
PIMCO GIS TTL RET BD INV USD ACC BGF EURO CORPORATE BOND A1 EUR
ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR
AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H VANGUARD U.S. GOVT BD IDX $ ACC
LSF-ARCANO LW VOL EURP INC-ESG SEL CE-A
UBAM MEDIUM TERM US CORPORATE BD AC USD
EDRF BOND ALLOCATION B EUR INC
UBS (LUX) BS SHT TERMUSDCORPSST$P-ACC
JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR
PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC
AMUNDI FDS EM MKTS BD E2 EUR C
ABRDN EM CORP BD A ACC USD
GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING BOND USD C
FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE I
FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II RT
JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR
NINETY ONE GSF GLB MA INC A ACC USD BMO REAL ESTATE EQ MKT NETRL B ACC EUR ACATIS GANÉ VALUE EVENT FONDS A
FIDELITY GLB MLT AST INC A-ACC-USD
FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)USD
CANDRIAM RISK ARBITRAGE C
FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL AU-C
JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR
M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION CI EUR ACC
OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I
RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP
NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS USD I5 ACC
MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD
MAN AHL TREND ALTERNATIVE DNY H EUR ACC
ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2022
INVESCO GLOBAL INV GRD CORPBD C USD AD
ROBECOSAM SDG CREDIT INCOME I USD
AB AMERICAN INCOME C INC
LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR
ABRDN EURO CORPORATE BD D ACC EUR
BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C
BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC
AB SHORT DUR HI YLD S1 USD ACC
GS GLBL HI YLD BASE INC USD
NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR
M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC
PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC
LEGG MASON WA MCR OPPBD S USD ACC
AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR
DWS INVEST EURO HIGH YIELD CORP LD
NN (L) GREEN BOND I CAP EUR
AMUNDI FDS PIO STRAT INC A USD C
NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C
VONTOBEL TWENTYFOUR ABS RETCRDT G GBP
AXAWF GLOBAL INFL BDS REDEX I ACC EUR
PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC
MUZINICH LONGSHORTCREDITYLD HEUR ACC E
BLUEBAY FINANCIAL CPTL BD I USD
MERCER SHORT DUR GLBL BD 1 M-1 NOK HDG
SCHRODER ISF EURO BOND C DIS AV
JPM EMERG MKTS LCL CCY DBT A (ACC) USD
MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD INC FNDR
PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC
FRANKLIN US GOVERNMENT A(MDIS)USD
SCHRODER ISF EURO CRDT CONVCT C ACC EUR
NEUBERGER BERMAN CORP HYB BD EUR I5 ACC
VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD
EDR SICAV FINANCIAL BONDS I EUR
JANUS HENDERSON HRZN EURO HY BD I2 EUR
FRANKLIN EURO SHORT DUR BD I(ACC)EUR
TEMPLETON GLOBAL BOND A(MDIS)USD
JANUS HENDERSON HRZN GLB HY BD I2 USD
ROBECOSAM GLOBAL SDG CREDITS IH $
BGF EURO BOND A2
NEW CAPITAL WLTHY NTN BD USD INST INC
NEUBERGER BERMAN ULTR S/T ER BD I EURINC
MS INVF GLOBAL ASSET BACKED SECS Z USD
PICTET-EMERGING LOCAL CCY DBT I USD
TEMPLETON GLOBAL TTL RET A(ACC)USD
MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z
PICTET-EUR SHORT TERM HIGH YIELD I EUR
NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR
ABRDN EUCPBDS&RINV D ACC EUR
MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD
ROBECO ALL STRATEGY EURO BONDS D €
FRANKLIN EUROPEAN TTL RET A(ACC)EUR
EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC
BGF ESG MULTI-ASSET E2 EUR
LUMYNA-MW TOPS (MN) UCITS USD B (ACC)
MAN AHL TARGETRISK D H EUR
LUMYNA PSAM GLOBAL EVENT EUR A
JPM GLOBAL MACRO A (ACC)
MW SYSTEMATIC ALPHA UCITS A
JPM GLOBAL BALANCED A (ACC)
BGF GLOBAL MULTI-ASSET INC
ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15
GS ABSOLUTE RET TRKR I
M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR
ALLIANZ STRATEGY
ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 W EUR
AMUNDI FDS MLT ASST SUST FUT I EUR C
CAPITAL GROUP GLOB ALLOC (LUX) Z
EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC
NINETY ONE GSF GLB MAC
FVS MULTI ASSET -
NORDEA 1 -
IX ACC
I
FUNDO CATEGORIA
sua visão
olha
FUNDOS DE
FUNDOS DE AÇÕES
FundsPeople celebra o seu décimo aniversário
e este é o pretexto para fazer um ponto de situa ção sobre o que mudou no mercado nacional de gestão de ativos e de fundos de pensões.
Em termos globais, o montante ge rido por Organismos de Investimento Coletivo Mobiliário e Imobiliário, por fundos de pensões e sob a forma de car teiras de gestão discricionária (gestão de patrimónios) recuou 6,1% para 83,8 mil milhões de euros (89,3 mil milhões de euros, em junho de 2012).
No entanto, ao analisar individual mente cada um dos segmentos represen tados pela APFIPP, é possível identificar diferenças significativas entre eles.
OIC MOBILIÁRIO
Tendo sido um dos setores mais preju dicados com a crise financeira de 20072008 e com as ondas de choque que se lhe se seguiram, os OIC Mobiliário geriam, em junho de 2012, pouco mais de 11 mil milhões de euros. O mercado era domi nado por entidades gestoras que integra vam os cinco maiores grupos financeiros
em Portugal e que, em conjunto, eram responsáveis por mais de 83% dos mon tantes geridos. Apenas três entidades não estavam inseridas em grupos bancários, representando 1,3% do total.
Uma década depois, as diferenças são notórias. No que diz respeito aos mon tantes geridos, verificou-se um cresci mento acumulado de 56%, para 17,3 mil milhões de euros.
No que respeita aos agentes neste segmento, desapareceram cinco gesto ras, duas gestoras mudaram de mãos: a IM Gestão de Ativos (anterior Mil lennium BCP Gestão de Activos) e a Bankinter Gestión de Activos (que substituiu a Barclays Wealth Mana gers Portugal) e surgiram quatro novas gestoras, todas independentes de gru pos bancários. No total, existem atual mente oito gestoras independentes,
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
OIC Mobiliário
OIC Imobiliário
Fundos de Pensões
Gestão de
TOTAL
que representam 22,8% dos montantes geridos por OIC Mobiliário.
Ainda assim, aumentou a concen tração dos montantes geridos nas cinco maiores entidades, que em conjunto re presentam quase 95% do mercado.
No que respeita à estrutura do mer cado, nota-se um aumento significativo do peso dos fundos de ações e dos fun dos multiativos. Em 2012, estes fundos pesavam 8,4% e 13,5%, respetivamente, passando para 17,7% e 36,2%, em 2022, ou seja mais de metade dos ativos sob gestão. Também os fundos PPR tive ram um incremento substancial, pas sando de 8,8% para 21,3%.
Em sentido inverso, evoluíram os fundos alternativos (designados por fundos especiais, em 2012), que repre sentavam 36,0% do total de OIC Mobi liário em 2012, e que, atualmente, não
JUNHO-2022
(%)
17.309,7 56,0%
10.797,1 -11,2%
21.822,6
33.907,7 -35,7%
83.837,1 -6,1%
Fundger 1.551,92 12,76 1.564,99 13,09 -0,84
Interfundos 1.213,25 9,98 1.129,42 9,45 7,42
ESAF - FI 1.012,79 8,33 1.108,43 9,27 -8,63
Fimoges 1.000,51 8,23 1.019,86 8,53 -1,90
Banif Gestão de Activos 755,39 6,21 716,54 5,99 5,42
Square Asset Management 755,09 6,21 586,97 4,91 28,64
BPN Imofundos 688,24 5,66 748,38 6,26 -8,04
Norfin 639,71 5,26 565,16 4,73 13,19
Santander Asset Management 591,75 4,87 629,02 5,26 -5,92
Gesfimo 587,00 4,83 502,50 4,20 16,82
Sonaegest 441,67 3,63 429,82 3,60 2,76
Finivalor 422,78 3,48 424,84 3,55 -0,49
MillenniumBCP Gestão de Activos 375,27 3,09 384,97 3,22 -2,52
Silvip 293,44 2,41 288,94 2,42 1,56
Selecta 253,03 2,08 253,16 2,12 -0,05
Fund Box - SGFII 237,73 1,96 257,03 2,15 -7,51
BPI Gestão de Activos 195,74 1,61 199,85 1,67 -2,06
Fundiestamo 189,48 1,56 186,21 1,56 1,76
TF Turismo Fundos 113,24 0,93 112,73 0,94 0,45
TDF 104,38 0,86 100,57 0,84 3,79
Refundos 94,23 0,77 94,03 0,79 0,21
Gef 90,34 0,74 82,16 0,69 9,96
Popular Gestão de Activos 90,03 0,74 100,91 0,84 -10,78
Imorendimento 89,93 0,74 89,12 0,75 0,91
Atlantic 69,62
FUNDOS
PensõesGere 3.733,75
S.G.F.P.
GESTÃO DE PATRIMÓNIOS JUNHO 2012 QUOTA (%) DEZEMBRO 2011 QUOTA (%) VAR. (%) 2012
Caixagest 17.374,85 36,62 16.671,28 32,94 4,22
F & C Portugal 13.232,48 27,89 14.491,28 28,64 -8,69
ESAF - Esp. Santo G.P. 5.262,94 11,09 7.401,15 14,62 -28,89
Santander Asset Management 4.786,80 10,09 4.446,41 8,79 7,66
BPI Gestão de Activos 4.288,40 9,04 5.043,55 9,97 -14,97
Crédito Agrícola Gest 1.221,57 2,57 1.122,24 2,22 8,85
Montepio Gestão de Activos 969,53 2,04 1.030,74 2,04 -5,94
BPN Gestão de Activos 211,07 0,44 307,87 0,61 -31,44
Orey Financial 58,03 0,12 54,02 0,11 7,43
MNF Gestão de Activos 17,56 0,04 17,55 0,03 0,05
BMF - SGP 14,65 0,03 14,95 0,03 -2,05
Dunas Capital - Gestão de Activos 8,94 0,02 5,38 0,01 66,18
Total 47.446,81 50.606,43 -6,24
EM AGOSTO DE
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO AGOSTO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022
Caixa Gestão de Ativos 6.335,69 36,06 6.951,38 35,00 -8,86
IM Gestão de Ativos 3.720,65 21,17 4.306,14 21,68 -13,60
BPI Gestão de Ativos 2.977,63 16,95 3.404,78 17,14 -12,55
Santander Asset Management 2.817,97 16,04 3.287,60 16,55 -14,28
GNB Fundos Mobiliários 760,10 4,33 896,84
Bankinter
Optimize
Casa
Heed
FUNDOS
PENSÕES
Ageas - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões 6.139,28 28,46 6.657,80 27,92 -7,79
CGD Pensões 4.220,21 19,56 4.554,62 19,10 -7,34
BPI Vida e Pensões - Companhia de Seguros 3.084,88 14,30 3.389,71 14,21 -8,99
GNB - SGFP 2.271,26 10,53 2.633,34 11,04 -13,75
S.G.F.P. Banco de Portugal 1.888,02 8,75 2.231,57 9,36 -15,40
Futuro 1.798,61 8,34 1.943,21 8,15 -7,44
Santander Pensões 1.040,91 4,83 1.165,07 4,89 -10,66
BBVA Fundos 519,69 2,41 597,25 2,50 -12,99
Crédito Agrícola Vida - Companhia de Seguros 216,83 1,01 248,83 1,04 -12,86
Real Vida Seguros 206,30 0,96 237,46 1,00 -13,12
SGF 120,32 0,56 110,23 0,46 9,16
Previsão 65,61 0,30 78,96 0,33 -16,92
Victoria - Seguros de Vida 14,89 0,07 16,78 0,07 -11,26
Total 21.586,80 23.864,83 -9,55
Nota: Amostra = 98,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em junho 2022).
Square Asset Management 1.298,70 11,84 1.224,14 11,03 6,09
Interfundos 1.116,64 10,18 1.180,52 10,63 -5,41
GNB Real Estate 989,23 9,02 1.082,85 9,75 -8,65
Caixa Gestão de Ativos 888,20 8,10 891,75 8,03 -0,40
BPI Gestão de Ativos 631,40 5,76 631,60 5,69 -0,03
Silvip 563,47 5,14 510,34 4,60 10,41
LYNX Asset Managers 415,02 3,78 379,71 3,42 9,30
GEF 410,35 3,74 400,29 3,61 2,51
Montepio Valor 395,38 3,60 400,18 3,60 -1,20
Imofundos 347,87 3,17 367,39 3,31 -5,31
Sierragest 340,91 3,11 331,66 2,99 2,79
Libertas 328,83 3,00 334,56 3,01 -1,71
Fidelidade 306,75 2,80 286,08 2,58 7,23
Santander Asset Management 305,43 2,78 344,56 3,10 -11,36
Fundiestamo 283,85 2,59 275,17 2,48 3,16
Insula Capital 279,08 2,54 280,16 2,52 -0,38
Norfin 240,49 2,19 365,78 3,29 -34,25
First Fund Box 207,06 1,89 220,48 1,99 -6,08
Institutional Investment 190,15 1,73 248,13 2,24 -23,37
Violas Ferreira 183,03 1,67 178,21 1,61 2,71
TF Turismo Fundos 161,93 1,48 161,19 1,45 0,46
TIKEHAU Investment Management 149,48 1,36 139,91 1,26 6,84
Atlantic 110,76 1,01 50,49 0,45 119,38
ECS 105,40 0,96 102,37 0,92 2,97
Imopolis 103,66 0,95 100,49 0,91 3,16
Profile 98,36 0,90 115,13 1,04 -14,57
Imorendimento 79,83 0,73 74,80 0,67 6,73
Refundos 76,71 0,70 84,47 0,76 -9,18
Carregosa 71,68 0,65 63,24 0,57 13,35
Vila Gale Gest 66,58 0,61 62,45 0,56 6,61
Gesfimo 56,88 0,52 58,72 0,53 -3,14
GFM Gestão de Ativos 38,45 0,35 38,50 0,35 -0,11
Lifento, SAS 28,25 0,26 30,71 0,28 -8,01
Valadim Investimentos SICAFI Especial 26,36 0,24
Invest Gestão de Activos 22,79 0,21 22,20 0,20 2,66
Crédito Agrícola Gest 17,68 0,16 24,60 0,22 -28,11
Floresta Atlântica 17,42 0,16 23,80 0,21 -26,80
Silar 14,66 0,13 15,05 0,14 -2,58
Total 10.968,75 11.101,66 -1,20
GESTÃO DE PATRIMÓNIOS AGOSTO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022
Caixa Gestão de Ativos 8.451,61 33,33 9.476,19 33,40 -10,81
Santander Asset Management 5.288,78 20,86 5.900,22 20,80 -10,36
BPI Gestão de Ativos 4.066,12 16,04 4.315,52 15,21 -5,78
GNB - Gestão de Patrimónios 3.999,34 15,77 4.696,84 16,55 -14,85
Montepio Gestão de Activos 1.497,34 5,91 1.640,21 5,78 -8,71
Crédito Agrícola Gest 1.238,02 4,88 1.381,89 4,87 -10,41
Bankinter Gestion de Activos 700,52 2,76 769,73 2,71 -8,99
Optimize Investment Partners 77,12 0,30 148,71 0,52 -48,14
Heed Capital SGOIC 19,77 0,08 25,26 0,09 -21,70
LYNX Asset Managers 15,75 0,06 18,67 0,07 -15,64
Total 25.354,37 28.373,24 -10,64
Nota: Amostra = 74,2% do total de ativos da Gestão de Patrimónios (Em agosto de 2022).
-8,346 -3,941
-1,883 -5,200
580,2 -103,8 1.158,7
Crédito
Optimize
-17,9
-0,3 -228,2 -285,8
20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 311,3
1,2 4,4 12,2 14,6 29,7 32,1 60,0 18,8 175,3
n.d. n.d. n.d. 16,7 18,6 17,3 5,1 6,7 9,1 -13,1 8,2 68,5
Casa de Investimentos 5,2 22,0 13,6 40,7
Bankinter G. Activos - Suc. Port. 8,2 78,9 -283,9 -79,5 8,6 61,4 12,3 15,7 53,8 156,9 -4,8 27,6
BIZ Capital 3,7 16,3 -2,9 17,1
GFM Gestão de Ativos 13,2 0,0 13,2
Heed Capital 34,3 36,8 8,9 -41,8 -17,4 -3,6 1,2 -2,3 -6,2 -4,9 0,4 5,6
LYNX Asset Managers 13,5 -4,8 -6,3 3,3 -13,6 -13,5 -6,7 -1,1 2,9 2,1 -0,2 -24,4
Montepio Gestão de Activos 64,7 -21,1 9,3 -140,3 -41,1 -16,8 -21,9 39,2 -26,7 6,7 6,9 -141,0
GNB Fundos Mobiliários 364,6 -917,4 -1.102,8 -629,8 -54,2 10,5 36,2 177,8 79,3 204,0 -52,2 -1.884,1
GFM Capital 5,0 0,0 0,0 5,0
Popular Gestão de Activos -16,4 31,7 39,7 19,1 -13,3 18,0 -38,0 -38,8 -13,1 -11,1
MCO2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -15,5 -15,5
BBVA Gest -35,1 38,1 16,4 -154,8 -135,4
Patris Gestão de Activos -2,2 -10,1 -158,0 0,3 -8,1 -178,0
Profile -12,8 14,4 -32,7 -48,0 -312,8 -53,0 0,0
-7,8 2,6 1,7 102,8 -38,1 76,6 108,6 163,4 11,7 291,9 8,6 722,0
Fundos de Curto Prazo Euro 235,3 465,5 -265,7 -21,8 414,4 434,8 -603,0 -388,1 193,6 319,2 -216,0 568,3
Fundos de Obrigações Euro 4,7 17,9 20,1 -121,2 -1,5 134,1 17,9
Fundos
F. Multi-Activos
F. Merc. Monetário
F. Acções
-6,5 -21,2
América
Fundos de Acções
-22,4 -12,5
0,0 2,0 -1,6 0,0 3,0 0,2 -25,1
6,2 -54,9
-38,5
-0,4 -21,4 -8,6
-7,2 -7,3 -9,6 -6,5 -1,6 -7,6
-2,6 -1,4 -281,4
-0,1 -342,5
-7,3 -466,9
chegam aos 2%. Destaque, ainda para os fundos com proteção de capital, que em 2012 representavam mais de 14%, sem que, em 2022, exista qualquer OIC com essas características.
OIC IMOBILIÁRIO
No segmento dos OIC Imobiliário, veri ficou-se uma redução de 11,2% nos mon tantes geridos: em junho de 2012, o total sob gestão ascendia a 12,2 mil milhões de euros, que compara com os 10,8 mil mi lhões de euros, em junho de 2022.
O mercado dos OIC Imobiliário sempre foi caracterizado pela existên cia de um maior número de entidades gestoras e por uma maior dispersão dos ativos sob gestão. Em 2012 existiam 35 entidades gestoras, sendo que as cinco maiores representavam apenas 45,5% do mercado. Em 2022, o número de gestoras ascendia a 38 e as cinco maiores representavam 44,8%.
O segmento do OIC Imobiliário, ape sar da redução dos montantes, tem evi denciado um grande dinamismo, desde logo ao nível das entidades gestoras. Na última década oito entidades cessaram a sua atividade e existem 11 novas en tidades gestoras, das quais três gestoras estrangeiras e três SICAFI auto-geridas.
Tem-se assistido a um aumento ex pressivo do número de OIC Imobiliário
constituídos sob a forma societária (SI CAFI). Para além das três SICAFI au togeridas, há mais 35 em atividade (em junho de 2022) e várias outras em pipeli ne para serem constituídas.
FUNDOS DE PENSÕES
No que respeita aos Fundos de Pensões, a última década fica marcada por uma su bida acentuada dos montantes sob gestão (mais de 63%).
Em 2012, estava-se na ressaca da pas sagem de parte dos montantes afetos aos Planos de Pensões da Banca para a Segu rança Social, o que significou a saída de mais de 6 mil milhões de euros, fazendo os montantes cair para 13,3 milhões de euros. Atualmente, o montante gerido ascende a 21,8 mil milhões de euros.
GESTÃO DE PATRIMÓNIOS
O segmento da gestão de patrimónios foi severamente afetado na última década, em resultado, essencialmente, de alguns grandes clientes de gestão de patrimó nios terem decidido internalizar a gestão das suas carteiras. Assim, o montante ge rido por este segmento reduziu-se mais de 35%, para 33,9 mil milhões de euros (52,7 mil milhões de euros, em 2012) e uma das maiores gestoras a atuar no mercado nacional cessou a sua atividade (BMO Portugal).
COMPANHEIROS DE VIAGEM
Antes de mais, parabéns à FundsPeople pelo seu 10.º aniversário em Portugal! Neste período, tornou-se o meio de informação de referência para a indústria da gestão de ativos do país e um companheiro de viagem imprescindível para as gestoras internacionais.
Curiosamente, há 10 anos eu próprio assumia a direção da Invesco em Espanha e Portugal. Talvez por isso tenha testemunhado em primeira mão a revolução que temos vivido: a indústria portuguesa de hoje não é nada parecida com a que a FundsPeople viu nascer há uma década.
A concorrência multiplicou-se e, com ela, houve uma importante redução das margens das gestoras. A gestão indexada ganhou presença nas carteiras e os mandatos discricionários cresceram em importância até gerirem dois terços dos ativos totais da indústria, especialmente entre os investidores institucionais (dados da EFAMA).
Do ponto de vista dos investidores também temos vivido um período histórico, com taxas de juro próximas de zero ou mesmo negativas, um facto que teve um impacto muito significativo num mercado dominado pelas ações como a classe de ativos favorita para investimento. Tudo isto impulsionou a eficiência e competitividade do setor, o que beneficiou, sem dúvida, os clientes. Abrem-se agora novos desafios, derivados de um cenário económico desconhecido na última década e da implementação definitiva da regulamentação ESG na Europa.
IÑIGO ESCUDERO Diretor para Espanha, Portugal, América Latina e Israel, InvescoAsia Fixed Income
Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc 8,03 11,36 6,05
BGF China Bond D3 USD 5,99 5,78 5,27 0,54 5,43
Schroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD 3,48 4,25 1,72 2,33 6,74
Emerging Markets Fixed Income
Pictet-Short Term Em Corp Bds I dy USD 4,34 2,46 7,18 8,46
Muzinich EmergingMktsShrtDur HUSD Acc S 4,59 2,33 4,90 8,89
Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc 4,14 1,84 4,85 8,49
Jupiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc 4,10 0,60 (3,78) 10,52
Nordea 1 - Emerging Mkt Corp Bd BP EUR 4,74 3,56 0,35 (6,65) 13,21
MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z 5,02 2,60 (0,58) (3,64)
abrdn EM Corp Bd A Acc USD 4,42 2,67 (0,99) (4,15) 12,16
Pictet-Emerging Local Ccy Dbt I USD 0,22 0,81 (1,11) 0,95 9,97
abrdn SLI EmMkLclC D D Acc USD (0,43) (1,17) (3,23) 10,08
Capital Group EM Local Debt (LUX) Z 1,05 0,86 (1,62) (3,46) 10,22
M&G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc 4,78 1,83 (1,90) (7,07) 10,92
Capital Group EM Debt (LUX) Z 2,27 1,13 (1,96) (7,67) 10,66
Nomura Fds Emerging Market LC Debt I USD 0,38 (2,15) (1,54) 9,42
JPM Emerg Mkts Lcl Ccy Dbt A (acc) USD -0,28 0,03 (2,40) (2,29) 9,20
abrdn Frntr Mkts Bd X Acc USD 2,33 (2,44) (12,25) 13,57
Ninety One GSF EM LclCcyTlRtDt I Acc$ 0,91 (2,59) (5,78) 8,09
T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD 0,55 (0,01) (2,74) (4,56) 9,72
Amundi Fds Em Mkts Bd E2 EUR C 4,10 1,16 (2,79) (9,38) 14,32
MFS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD 2,43 0,88 (2,88) (9,60) 10,81
BGF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 -0,28 (1,51) (2,98) (3,72) 11,02
GAM Multibond Local Emerging Bond USD C 0,60 (0,07) (2,98) (1,48) 9,72
New Capital Wlthy Ntn Bd USD Inst Inc 3,80 1,76 (3,48) (12,37) 9,56
PIMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc 2,99 0,89 (3,89) (13,18) 10,92
Epsilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc -0,39 (2,76) (3,99) (14,77) 5,77
BlueBay EMkt Inv Grd Corp Bd I EUR (AID) -0,29 (2,06) (4,05) (16,69) 8,42
Allianz Em Mkts Shrt Dur Bd AM H2 EUR (2,53) (4,40) (16,12) 7,47
GS EM Corp Bd I Acc EUR Hdg 1,26 (1,99) (4,41) (19,29) 11,49
GS Em Mkts Dbt Base Inc USD 2,24 (0,59) (4,87) (13,30) 13,23
GlobalAccess EM Lcl Ccy Dbt A Dis EUR H (4,98) 6,67 13,04
Vontobel EM Debt I USD (0,40) (5,18) (15,87) 15,01
Neuberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C (0,20) (5,30) (15,91) 12,53
BlueBay Emerging Mkt Aggt Bd M EUR (5,78) (21,05) 12,20
JPM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH -0,83 (3,15) (6,37) (21,62) 8,67
Europe Fixed Income
BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C
BNP Paribas Euro Government Bd Privl C
MS INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z
NB Subordinated Debt I EUR Inc (15,19)
BlueBay Financial Cptl Bd I USD 6,45 2,93 (8,38) 14,49
Carmignac Pf Credit FW EUR Acc 4,58 (0,23) (15,59) 11,50
Pictet-CHF Bonds P 1,72 1,10 (0,55) (1,48) 7,00
Lazard Credit Fi SRI PVC EUR 3,84 0,85 (0,57) (12,28) 9,69
Nordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BC-EUR (0,61) (3,16) 1,15
Franklin Euro Short Dur Bd I(acc)EUR (0,46) (0,71) (3,23) 2,09
Allianz Credit Opportunities IT13 EUR (0,22) (1,12) (4,25) 2,44
Carmignac Pf Sécurité
Vanguard
IMGA Euro
Infl-Lnkd
AXAIMFIIS Europe
Neuberger
DWS
NB
Carmignac
Bankinter
LSF-Arcano
MS
Scor
Invesco Euro Short Term Bond Z EUR Acc 0,28 (1,05) (1,99) (6,69) 2,72
ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR 3,08 (0,44) (2,02) (12,63) 9,79
BNP Paribas Euro High Yld Bd I C 2,89 (0,25) (2,11) (16,04) 10,76
Fidelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR 0,29 (1,01) (2,12) (7,36) 2,98
Pictet-EUR Short Term High Yield I EUR 1,27 (1,00) (2,15) (8,43) 8,95
Evli Short Corporate Bond A 0,72 (1,01) (2,28) (8,55) 5,69
Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR (1,23) (2,32) (7,12) 2,66
Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap 3,78 (0,07) (2,35) (14,06) 8,59
EdRF Bond Allocation B EUR Inc 1,61 (1,39) (2,39) (12,61) 6,34
BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR -0,15 (1,67) (2,48) (6,55) 2,53
Pictet-EUR Short Term Corp Bds I (1,48) (2,58) (8,20) 3,62
IMGA Rendimento Semestral A FIMA 0,21 (1,50) (2,66) (8,34) 4,09
DWS Invest Euro High Yield Corp LD 3,23 (1,03) (2,77) (14,44) 11,58
BGF European High Yield Bond A2 EUR (0,64) (2,91) (17,16) 10,99
EdR SICAV Financial Bonds I EUR 3,45 (0,74) (3,13) (15,81) 10,24
Nordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR 5,18 (0,38) (3,22) (17,24) 11,54
Schroder ISF EURO Crdt Abs Rt C Acc EUR (1,35) (3,27) (13,89) 6,96
Amundi Fds Glb Subrdntd Bd I2 EUR C (0,44) (3,33) (18,18) 12,55
Janus Henderson Hrzn Euro HY Bd I2 EUR (0,51) (3,40) (16,67) 11,57
T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR 2,06 (0,68) (3,54) (13,66) 6,90
NB Rendimento Plus FIMAO 2,48 (0,75) (3,57) (12,77) 7,24
Fidelity European Hi Yld A-Dis-EUR 2,49 (1,34) (3,61) (16,89) 11,53
Nordea 1 - European High Yld Bd BI EUR 3,63 (1,01) (3,64) (16,01) 11,23
NB Corporate Euro A 1,17 (1,83) (3,78) (14,15) 7,11
Invesco Euro Corporate Bond Z EUR Acc 1,63 (1,05) (3,78) (14,51) 7,36
Neuberger Berman Corp Hyb Bd EUR I5 Acc (1,29) (3,99) (17,27) 9,78
BNY Mellon Rspnb Hrzn Euro Corp Bd X€Acc (1,16) (4,03) (15,20) 7,37
Robeco Financial Institutions Bds I € 3,42 (1,14) (4,27) (17,07) 9,17
IMGA Rendimento Mais FIMA 0,17 (2,51) (4,45) (12,95) 5,53
BlueBay Investment Grade Bd R EUR 0,82 (1,59) (4,50) (17,11) 8,08
Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR 1,43 (1,28) (4,65) (13,82) 4,06
RobecoSAM Euro SDG Credits I EUR 0,91 (1,84) (4,80) (15,77) 7,27
Schroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR (1,48) (4,84) (19,15) 9,29
Robeco Euro Credit Bonds D € 0,83 (1,98) (4,87) (15,72) 7,25
Franklin European Ttl Ret A(acc)EUR 1,36 (1,79) (4,90) (16,06) 6,56
abrdn Euro Corporate Bd D Acc EUR 1,04 (1,91) (4,98) (15,79) 7,57
Schroder ISF EURO Corp Bd C Acc EUR 1,93 (1,65) (5,03) (18,59) 8,62
MS INVF Euro Corporate Bond A 1,19 (2,16) (5,05) (16,90) 7,97
Janus Henderson Hrzn Euro Corp Bd A2 EUR 0,91 (1,95) (5,06) (16,59) 7,14
DWS Invest Euro Corporate Bds FC 1,31 (1,83) (5,07) (17,06) 7,97
Franklin European Corp Bd I(acc)EUR 1,05 (2,06) (5,08) (16,60) 7,04
abrdn Euro Corp Sus Bd D Acc EUR (2,07) (5,24) (16,12) 7,83
BlueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR 2,73 (0,94) (5,27) (17,46) 6,99
Vontobel Euro Corporate Bond A EUR 1,23 (2,36) (5,57) (18,26) 8,55
Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc (1,50) (5,61) (17,72) 6,91
BGF Euro Corporate Bond A1 EUR 0,77 (2,28) (5,62) (17,09) 7,51
Robeco All Strategy Euro Bonds D € 0,64 (2,11) (5,80) (17,61) 6,13
Allianz Euro Credit SRI W EUR 1,60 (2,08) (5,82) (21,32) 9,99
BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc 2,60 (0,99) (6,07) (16,89) 6,23
MS INVF Euro Bond I 0,82 (2,19) (6,28) (17,02) 5,97
0,72 (0,55) (1,24) (6,89) 3,81
2,26 0,91 (1,30) (10,06) 8,46
0,51 (0,89) (1,44) (4,47) 2,70
1,82 (0,49) (1,49) (7,05)
(1,52) (8,16)
(1,53) (5,41)
(1,56) (12,61)
(1,56) (13,43) 6,85
(1,02) (1,57) (4,54) 4,07
(1,62) (9,90) 8,75
-0,05 (0,95) (1,62) (4,73)
3,25 (0,13) (1,64) (13,83) 10,54
JPM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR -0,10 (1,02) (1,72) (3,79) 1,13
AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR 0,34 (0,97) (1,79) (5,77) 3,07
NB Euro Bond 6,32 3,86 (1,84) (11,16) 8,51
BlueBay High Yield ESG Bond R EUR 2,45 (0,06) (1,87) (13,93) 9,94
Candriam Bds Euro Short Term C EUR Cap -0,06 (1,17) (1,91) (4,66) 1,92
Vanguard € Govt Bd Idx € Acc 1,01 (1,94) (6,43) (17,05) 6,27
Invesco Euro Bond Z EUR Acc 1,48 (2,17) (6,44) (19,42) 7,56
BGF Euro
Schroder
Caixa
NN
Alcentra
0,84 (2,53) (6,69) (17,69) 6,43
0,90 (2,44) (6,87) (19,85) 6,70
0,57 (2,58) (6,89) (17,36) 6,41
(2,80) (7,97) (21,34) 8,54
China
Um Eldorado para as estratégias de valor relativo
Estamos a assistir a uma transição fundamental no mercado de capitais chinês historicamente este mercado caracterizou-se pela sua volatilidade e rentabilidades, mas atualmente este mercado oferece grandes oportunidades para gerar valor através de estratégias de valor relativo. Acreditamos que as estratégias de ações que utilizam posições longas e curtas, conhecidas como estratégias Long Short, estão numa posição privilegiada para tirar partido desta nova conjuntura.
COMO É QUE AS RECENTES REFORMAS REGULATÓRIAS NA CHINA ESTÃO A AFETAR O MERCADO?
As autoridades chinesas concentraram-se nos últimos anos na reforma do seu sector financeiro, o que está a criar oportunidades que eram inexistentes até agora para os investidores. As novas reformas facilitam a negociação de posições curtas e promovem um aumento significativo da liquidez no mercado onshore (também conhecido como mercados domestico ou ações A). Estas novas reformas permitem explorar as ineficiências no mercado não só através de posições longas mas também através de posições curtas.
Estas reformas mudaram as regras do jogo para os investidores. Historicamente, o investimento em estratégias de valor relativo na China limitava-se à exposição a empresas chinesas cotadas nos mercados ocidentais, também conhecido como o mercado offshore, e produtos de gestão indexados, ETFs, cujo desempenho depende mais das dinâmicas do mercado a curto prazo do que propriamente dos fundamentais das empresas. Esta situação mudou radicalmente com o aumento da flexibilidade na negociação no mercado onshore, hoje em dia é possível aos investidores negociar posições curtas numa série de ativos que não estavam disponíveis até agora.
O MERCADO ONSHORE CHINÊS CARACTERIZA-SE PELA PREDOMINÂNCIA DO PEQUENO INVESTIDOR?
Sim, e esse é um fator determinante na atratividade do mercado onshore chinês.
A predominância do pequeno investidor favorece comportamentos em massa, mudanças dramáticas no mercado e desvios importantes nas valorizações, esta instabilidade por ser arbitrada por gestores profissionais para gerar valor, usando posições longas e curtas, concentrando-se nos fundamentais das empresas e não assumindo necessariamente uma exposição com risco de mercado. Além do mais a rotação no mercado onshore, e consequente liquidez, está a crescer, o que também beneficia as estratégias de valor relativo.
COMO É QUE A FALTA DE COBERTURA DE ANALISTAS INFLUI NAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NA CHINA?
Atualmente não há uma grande cobertura por parte dos analistas financeiros no mercado “onshore”, particularmente no que se refere a empresas de pequena e media capitalização. De acordo com a Reuters, quase 70% das empresas são cobertas por três analistas ou menos, um nível muito inferior se compararmos com os mercados ocidentais. Além disso, apenas uma pequena parte dessa análise é feita em inglês, cerca de 400 empresas, o que representa uma percentagem muito baixa em relação ao mercado total. Acreditamos que as sociedade gestoras locais, familiarizadas com a língua e a cultura, vão ter uma vantagem competitiva importante para acaparar todo o potencial deste mercado.
EM CONCLUSÃO
Os fatores:
- Elevada participação de pequenos investidores; - Melhor liquidez; - Reformas que permitem posições curtas; - Baixa cobertura por parte de analistas financeiros; Combinaram-se para criar um Eldorado para as estratégia de valor relativo na China. Estas dinâmicas deverão permanecer a médio prazo e estamos convencidos de que as sociedades gestoras com uma presença local estarão numa melhor posição para implementar estratégias de valor relativo.
AVISO LEGAL: PARA EFEITOS DE MARKETING E INFORMAÇÃO PELA UBS.
Antes de investir num produto, leia atentamente e na íntegra o prospeto mais recente e o documento de informações fundamentais destinadas aos investidores.
As informações e opiniões contidas neste documento foram compiladas ou recebidas com base nas informações obtidas de fontes consideradas fiáveis e de boa-fé, mas não são garantidas como rigorosas, nem constituem uma declaração ou um resumo completo dos valores mobiliários, mercados ou desenvolvimentos referidos no documento. Os membros do Grupo UBS podem ter uma posição em e podem efetuar uma compra e/ou venda de qualquer um dos títulos ou outros instrumentos financeiros mencionados neste documento. As unidades de fundos da UBS aqui mencionadas podem não ser elegíveis para venda em todas as jurisdições ou em determinadas categorias de investidores e não podem ser oferecidas, vendidas ou entregues nos Estados Unidos. A informação aqui mencionada não se destina a ser interpretada como um pedido ou uma oferta para comprar ou vender quaisquer títulos ou instrumentos financeiros relacionados. O desempenho passado não é um indicador fiável de resultados futuros. O desempenho apresentado não tem em conta quaisquer comissões e custos cobrados aquando da subscrição e resgate de unidades. As comissões e os custos têm um impacto negativo no desempenho. Se a moeda de um produto financeiro ou serviço financeiro for diferente da sua moeda de referência, o retorno pode aumentar ou diminuir em função das flutuações cambiais. Esta informação não tem em consideração os objetivos de investimento específicos ou futuros, a situação financeira ou fiscal ou as necessidades particulares de qualquer destinatário específico. Os detalhes e opiniões contidos neste documento são fornecidos pela UBS sem qualquer garantia e destinam-se apenas à utilização pessoal e para efeitos de informação do destinatário. Este documento não pode ser reproduzido, redistribuído ou republicado para qualquer fim sem a autorização escrita da UBS Asset Management Switzerland AG ou de uma empresa agrupada local. Fonte de todos os dados e gráficos (caso não estejam indicados de outra forma): UBS Asset Management
Este documento contém declarações que constituem “declarações prospetivas”, incluindo, entre outras, declarações relacionadas com o desenvolvimento futuro do nosso negócio. Embora estas declarações prospetivas representem os nossos julgamentos e expectativas futuras relativamente ao desenvolvimento do nosso negócio, uma série de riscos, incertezas e outros fatores importantes podem fazer com que os desenvolvimentos e resultados efetivos sejam materialmente diferentes das nossas expectativas.
Pode encontrar um resumo dos direitos dos investidores em inglês online em: ubs. com/funds.
Pode encontrar mais explicações das condições financeiras em ubs.com/glossary © UBS 2021. O símbolo das chaves e UBS estão entre as marcas comerciais registadas e não registadas da UBS. Todos os direitos reservados.
DIOGO GOMES, senior CRM da UBS AM IberiaGlobal Fixed Income
BSF Global Absolute Return Bond A2 EUR
T. Rowe Price Dyn Glb Bd I USD 7,11 9,70 25,51 7,87
MS INVF Global Fixed Income Opps Z 73,70 28,76 7,62 7,75 8,24
AXAWF Global Infl Sh Dur Bds Cap USD 6,22 5,98 16,31 6,92
M&G (Lux) Glb Fl Rt HY CI USD Acc 6,04 4,83 12,57 12,29
Jupiter Strategic AbsRt Bd I € H Acc 3,82 3,06 2,85
AB Short Duration High Yield S1 USD 5,86 5,73 3,82 5,79 9,53
Muzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A 5,21 5,41 3,70 10,68 8,15
DNCA Invest Alpha Bonds I EUR 3,55 3,65 5,17
JPM Global Strat Bd A perf (acc) USD 4,16 4,54 3,41 10,53 6,59
BNY Mellon Glb ShrtDtd HY Bd USD W Acc 5,40 3,29 10,12 9,42
JPM Global Short Duration Bd A(acc)USD 3,50 4,44 3,18 14,40 6,93
AXAWF Global Infl Bds Redex I Acc EUR 2,84 2,77 4,89
Muzinich Global Tact Crdt HUSD Inc Fndr 5,28 2,60 5,48 7,34
Fidelity Global Infl-Link Bd A-Acc-USD 1,76 3,55 2,52 3,43 6,25
T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD 6,86 5,13 2,30 0,47 11,13
BlueBay Global Hi Yld ESG Bd I USD 5,27 2,28 1,64 9,63
Legg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc 4,61 2,07 (1,44) 7,42
Nomura Fds Global Dynamic Bond I USD 5,94 1,99 (3,31) 9,09
BNY Mellon Global Credit USD W Acc 5,07 1,96 (0,48) 8,71
UBAM Global High Yield Solution AC USD 7,25 4,80 1,82 5,02 9,49
PIMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc 6,42 4,70 1,81 1,27 9,96
RobecoSAM SDG Credit Income I USD 1,49 (0,03) 8,76
Janus Henderson Hrzn Glb HY Bd I2 USD 4,90 1,15 (2,61) 11,18
PIMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc 5,06 4,28 1,06 3,08 6,89
GS Glbl Hi Yld Base Inc USD 4,62 3,64 1,03 (1,68) 11,82
Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap 3,87 1,73 1,01 (9,45) 7,89
Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C 5,23 4,28 0,92 5,68 8,11
Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc E 2,44 0,92 0,81 (7,17) 3,69
MFS Meridian Global Oppc Bd I1 USD 4,48 0,41 2,37 7,42
Candriam Long Short Credit Classique 0,62 0,14 0,34 (0,96) 1,75
BGF Global High Yield Bond C1 USD 4,23 2,74 0,05 (3,22) 10,15
RobecoSAM Global SDG Credits IH $ (0,06) (3,41) 8,54
JPM Global Corp Bd A (acc) USD 4,28 3,52 (0,10) (2,28) 8,34
PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc 5,00 3,31 (0,98) (6,26) 8,86
Invesco Global Inv Grd CorpBd C USD AD 4,86 3,05 (1,15) (5,13) 9,18
PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc 4,32 3,09 (1,21) (3,47) 8,96
Candriam Sst Bd Glbl Hi Yld R € Acc (1,30) (12,62) 7,81
MFS Meridian Global Credit I1 USD 2,37 2,34 (1,31) (10,74) 8,81
Legg Mason WA Mcr OppBd S USD Acc 2,07 (1,44) (10,69) 12,35
FvS Bond Opportunities EUR 3,45 0,97 (1,56) (12,01) 7,50
Candriam Bds Crdt Opps I EUR Cap 1,90 (0,73) (1,77) (7,56) 4,08
Aegon Strategic Global Bd B Inc EUR Hdg 0,94 (0,40) (1,93) (20,01) 10,82
PIMCO GIS Income Instl EURH Acc (0,82) (1,95) (12,92) 7,74
Invesco Global Ttl Ret EUR Bd Z EUR Acc 1,54 (0,05) (2,05) (9,95) 5,38
Fidelity Global Bond A-Dis-USD 1,39 1,53 (2,18) (8,34) 6,71
MS INVF Global Bond I 2,26 1,48 (2,29) (6,97)
Vontobel TwentyFour StratInc G GBP (0,25) (2,43) (19,93) 12,45
Capital Group Glob Bond (LUX) Z 1,40 1,10 (2,60) (7,31) 5,92
AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H 0,32 (0,53) (2,75) (15,64) 8,77
Nordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR (0,82) (2,79) (9,69) 4,08
JPM Aggregate Bond C (dist) EURH 0,73 (0,94) (3,01) (12,18) 4,34
Templeton Global Bond A(Mdis)USD 1,28 (0,36) (3,05) 4,10 6,68
Robeco High Yield Bonds DH € 2,44 (1,12) (3,07) (14,98) 10,27
Mercer Short Dur Glbl Bd 1 M-1 NOK Hdg (2,10) (3,15) (10,42) 14,30
M&G (Lux) Glb Corp Bd CI H EUR Acc (1,01) (3,18) (16,79) 7,50
Vanguard Global Credit Bond Ins EURH Acc (0,47) (3,29) (17,65) 7,88
BlueBay Glbl Inv Grd Corp Bd I EUR (1,28) (3,57) (20,12) 9,38
AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR 0,54 (0,99) (3,84) (16,33) 8,39
New Capital Glbl Val Crdt GBP Acc -0,06 (1,71) (4,05) (20,64) 10,91
Jupiter Dynamic Bond EUR Q Inc 2,00 (1,72) (4,54) (18,52) 7,33
Amundi Rspnb Invest Imp Green Bds I C (2,81) (6,78) (20,50) 7,39
Templeton Global Ttl Ret A(acc)USD 0,32 (3,62) (7,13) (6,86) 7,77
Sterling Fixed Income
Vontobel TwentyFour Abs RetCrdt G GBP 0,13 (1,10) (9,96) 7,64
US Fixed Income
GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc 5,97 5,06 17,45 12,55
Nomura Fds US High Yield Bond I USD 7,38 5,54 4,01 1,52 11,74
UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD 3,73 4,83 3,84 17,40 7,43
AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD 5,27 5,38 3,48 9,53 8,02
JPM US Short Duration Bond A (acc) USD 3,31 4,57 3,44 12,32 6,83
AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD 6,51 5,39 3,34 3,39 9,40
CS (Lux) Corporate Short Dur USD Bd A 3,83 4,48 3,04 11,13 6,99
UBS (Lux) BS Sht TermUSDCorpSst$P-acc 3,48 4,26 2,85 10,83 6,95
Neuberger Berman Strat Inc I JPY Acc 4,59 2,80 2,32 8,83
Fidelity US High Yield A-Dis-USD 6,10 4,93 2,76 3,38 10,53
PIMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc 3,48 4,02 2,54 10,85 6,63
BGF US Dollar Short Duration Bd A1 USD 3,41 3,95 2,43 10,20 7,10
JPM Income A (acc) USD 5,23 2,10 5,78 8,71
AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis 4,61 4,50 1,88 3,50 7,39
Amundi Fds Pio Strat Inc A USD C 3,92 3,45 1,37 0,98 9,19
Amundi Fds Pio US Bond A2 EUR C 3,81 3,34 0,48 0,09 7,81
UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD 3,73 3,30 0,47 2,10 7,22
JPM US Aggregate Bond A (dist) USD 3,31 3,41 0,35 1,99 6,98
Vanguard U.S. Govt Bd Idx $ Acc 3,12 3,46 0,31 3,05 7,48
Allspring (Lux) WW $ IG Crdt I USD Acc 4,16 0,29 (3,46) 8,19
GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD 3,12 0,27 1,98 7,06
Vanguard USTrs InfProtSecsIdxSel EURHAcc 0,21 0,26 (9,19) 5,51
NN (L) US Credit P Cap USD 4,87 3,83 0,07 (5,31) 8,88
PIMCO GIS Ttl Ret Bd Inv USD Acc 3,24 2,77 (0,43) (2,30) 6,89
Franklin US Government A(Mdis)USD 2,09 2,07 (0,67) 3,20 7,11
JPM Income Opp A perf (acc) EURH 0,06 (1,03) (0,88) (2,17) 2,71
AB American Income C USD 3,52 2,75 (1,00) (2,04) 9,19
Muzinich ShortDurationHY HEUR Acc A 0,50 (0,95) (1,69) (8,93) 6,89
Legg Mason WA US Core+ Bd A USD Acc 3,13 2,07 (1,81) (5,53) 7,59
Nomura Fds Select US High Yield Bd IEURH (2,65) (15,84) 11,33
JPM Global High Yield Bond A (acc) EURH 1,60 (1,07) (2,83) (14,97) 10,20
MFS Meridian US Corporate Bond IH1 EUR (2,38) (5,25) (20,81) 8,98
Amundi Fds Pio US Corp Bond G EUR H C (2,82) (5,61) (22,25) 10,39
Asia Equity
Allianz Oriental Income P USD 10,80 10,89 12,35 (18,14) 20,41
JPM Pacific Equity A (dist) USD 8,85 4,93 2,75 (22,79) 15,24
Asia ex-Japan Equity
New Capital Asia Future Ldrs USD Sdr Acc 9,14 (22,10) 15,61
Polar Capital Asian Stars S Acc 7,91 (21,40) 17,73
Schroder ISF Emerging Asia C Acc EUR 9,22 6,68 7,30 (12,24) 16,65
Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR 9,79 8,74 6,34 (13,59) 17,31
Mirae Asst Sst Asia Sect Ldr Eq K USDCap 8,77 4,26 5,95 (14,18) 16,62
UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc 8,80 4,50 5,15 (19,57) 15,53
Schroder ISF Sust Asn Eq C Acc USD 5,02 (12,88) 15,48
Schroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD 7,92 4,28 4,90 (15,89) 16,18
JPM Asia Pacific Equity A (acc) USD 7,12 4,01 3,58 (14,84) 15,98
Fidelity Sustainable Asia Eq A-Dis-USD 6,32 4,78 3,10 (15,76) 15,12
abrdn Asia Pacific Sust Eq A Acc USD 4,02 3,70 2,48 (16,25) 15,44
T. Rowe Price Asn ex-Jpn Eq I USD 6,22 4,04 2,32 (19,12) 15,21
Schroder ISF Asian Opports A Dis USD AV 7,06 3,07 2,14 (16,48) 16,08
Vanguard Pac ex-Japan Stk Idx USD Acc 5,55 4,32 2,10 (4,08) 19,79
CS (Lux) Asia Pacific Income Eq A USD 3,89 1,89 (13,47) 13,37
MS INVF Asia Opportunity Z 6,48 1,71 (20,71)
abrdn Asian Smllr Coms A Acc USD 3,19 2,32 1,38 (15,53) 18,92
Consumer
Energy
BNP
FUNDOS DE INVESTIMENTO PORTUGUESESOS ÚLTIMOS 10 ANOS E PROJEÇÃO DOS PRÓXIMOS 10
A última década ficou marcada por uma produção legislativa intensa, mas a mais desafiante no futuro é sem dúvida a que envolve o tema ESG. Contudo, existe a certeza de que a indústria saberá, como aconteceu até aqui, colocar em primeiro lugar os interesses dos seus clientes.
Se olharmos para Portugal em 2012, a imagem que temos é a de um país a passar por uma gravíssima crise financeira, que teve a sua génese no exterior, e a ter que aplicar um programa de assistência financeira, o que acabou por nos afetar de uma forma muito dura. Foi uma crise mundial de liquidez que determinou que as instituições financeiras tudo fizessem para atrair valores em depósito. Quer pelas necessidades sentidas pela população em geral, quer pela grande atratividade dos depósitos durante a crise financeira, os fundos de investimento mobiliários portugueses, ao contrário dos imobiliários que se mantiveram mais ou menos estáveis, tiveram uma redução extremamente elevada: em 2006 o valor global era de 29.137,7 milhões de euros; em 2011 era de 10.835,3 milhões de euros.
Apesar da crise, a produção legislativa não diminuiu, quer a nível europeu quer a nível nacional. Destacam-se neste contexto:
- A Diretiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativo (entra em vigor em 2013), que em conjunto com a Diretiva UCITS, constituem os diplomas basilares da Indústria;
- O novo regime de tributação dos OIC nacionais (entra em vigor em 2015), semelhante ao praticado nos principais mercados Europeus;
- O MIFID II (entra em vigor em 2018) com impacto significativo na distribuição de fundos.
Apesar de o panorama mundial se ter alterado significativamente em termos de liquidez - passámos de um período de escassez para um período de excesso - e de as taxas de juro dos depósitos terem visto os seus valores aproximarem-se de zero, os portugueses mostraram-se muito renitentes em voltar a investir nos mercados.
A recuperação do montante sob gestão dos OIC, apenas se veio a verificar a partir de 2019, conjugando o aumento das subscrições líquidas com o fator de capitalização dos mercados. Depósitos bancários não remunerados, aumento da taxa de poupança e o bom desempenho dos mercados financeiros acabaram por atrair os portugue-
ses. O estranho acontecimento que dominou o mundo a partir de 2020 acabou por também ter um efeito positivo sobre o setor, já que gerou um comportamento de maior poupança nos portugueses.
Se no início do ano em curso o volume investido em fundos dava algum ânimo à indústria, os acontecimentos dramáticos que cedo se desenrolaram vieram trazer ventos de enorme incerteza e preocupação.
A invasão da Ucrânia veio com grande probabilidade alterar de uma forma muito duradoura a organização geopolítica mundial. No que respeita à Rússia, cuja economia não é muito significativa em termos de volume, o impacto comercial é especialmente sentido relativamente aos combustíveis. Mas a questão que vai suscitar grandes incertezas nos tempos próximos é a de saber se em relação à China vai ou não verificar-se, também, uma significativa redução nas relações comerciais com o ocidente. Essa eventual redução poderia ter efeitos impactantes sobre a economia mundial.
O regresso da inflação fruto de todas as ajudas prestadas pelas economias ocidentais primeiro para fazer face à crise do subprime e depois ao covid (ajudas estas que continuam (v.g. PRR), será um elemento igualmente desestabilizador para a nossa economia. Estes são, pois, dias desafiantes para quem gere ativos e tem que procurar valorizar os patrimónios de clientes.
Do ponto de vista regulamentar, em particular na nossa indústria, importa salientar o enorme trabalho que vai existir durante os próximos anos para todos os gestores, com a implementação das regras ESG. Temos verificado a dificuldade que tem sido a elaboração do regime legal face à enorme complexidade das matérias.
E uma vez completo o quadro legal, teremos longos anos para o apreender na sua totalidade e para o aplicar plenamente.
Neste contexto de turbulência e de elevada exigência regulamentar, estou certo de que esta indústria irá nos próximos anos, fazer o que sempre fez nos anos passados: cuidar diligentemente do património dos seus clientes.
Equity Miscellaneous
BNP Paribas Aqua C C
RobecoSAM Sustainable Water Eqs F EUR 11,88 8,71 8,93 (13,06) 19,39
Pictet-Water I EUR 11,17 9,64 8,83 (6,80) 18,98
Pictet-Nutrition I USD 6,02 5,05 2,76 (15,89) 16,11
Europe Emerging Markets Equity
Amundi Fds Russian Equity A EUR C 5,89 6,51 9,65 14,29 23,30
Europe Equity Large Cap
BSF European Opps Extension A2 EUR 15,05 5,93 6,97 (19,17) 22,23
AXAWF Switzerland Eq F Cap CHF 11,00 7,64 6,64 (7,90) 15,51
BSF European Unconstrained Eq A2 EUR 6,20 (14,77) 19,19
M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc 7,35 2,73 5,21 (3,68) 21,35
Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap 9,29 5,72 5,16 (21,75) 18,53
GAM Star Continental Eurp Eq Instl £ Acc 7,74 2,65 5,10 (20,01) 18,52
BGF Continental Eurp Flex E2 EUR 8,80 4,10 4,86 (27,42) 21,72
Eleva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc 4,01 4,60 (12,20) 18,69
JPM Europe Sustainable Equity I (acc)EUR 3,86 4,31 (13,11) 20,13
CM-AM Convictions Euro S 8,84 3,41 4,07 (17,40) 18,06
Candriam Sst Eq Euro R Acc € 4,60 3,96 (13,78) 18,26
UBAM Swiss Equity UC CHF 10,20 5,28 3,73 (18,43) 16,81
Carmignac Pf Grande Europe A EUR Acc 5,67 4,21 3,72 (21,98) 18,87
Janus HndrsnContinen Eurp I2 EUR 8,01 3,38 3,36 (14,86) 17,95
Fidelity FAST Europe A-ACC-EUR 7,00 7,42 3,28 (14,59) 17,62
JPM Europe Strategic Growth A (dist) EUR 10,12 4,42 3,09 (16,77) 19,21
Schroder ISF European Sus Eq C Acc EUR 2,80 (18,63) 19,23
JPM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR 7,88 2,26 2,75 (5,87) 20,23
Candriam Sst Eq EMU R € Acc 2,97 2,49 (16,56) 20,16
MGI Eurozone Equity M1 EUR 9,15 3,44 2,47 (20,46) 19,32
Threadneedle (Lux) European Select IE 6,39 3,73 2,41 (22,13) 18,81
Vanguard European Stock Idx USD Acc 6,41 2,77 2,10 (10,79) 17,81
Amundi Fds Euroland Equity E2 EUR C 6,52 1,17 2,05 (14,40) 21,49
MFS Meridian European Value A1 EUR 8,15 4,74 1,93 (14,41) 17,31
Pictet-Europe Index P EUR 6,16 2,43 1,68 (11,22) 17,89
Allianz Europe Equity Growth W EUR 7,31 2,45 1,63 (32,55) 23,42
BGF Euro-Markets A2 6,10 0,20 1,59 (22,30) 22,94
Echiquier Positive Impact Europe A 6,85 2,36 1,56 (22,91) 18,38
abrdn European Sstnb Eq A Acc EUR 5,32 4,25 1,46 (19,26) 17,98
GS Europe CORE Equity Base Inc EUR 6,94 1,28 1,39 (13,10) 19,66
MS INVF Europe Opportunity Z 3,32 1,28 (41,44)
BGF European Equity Income A2 6,30 1,56 0,81 (11,43) 18,27
T. Rowe Price Eurp Eq I EUR 6,68 2,71 0,76 (19,16) 18,07
Invesco Pan European Equity A EUR Acc 5,16 (0,84) 0,68 (10,67) 22,65
Robeco QI European Cnsrv Eqs I € 6,44 2,53 0,57 (8,78) 14,85
BGF European Special Situations A2 7,41 2,22 0,51 (26,64) 20,84
Fidelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR 8,60 4,64 0,36 (19,52) 17,70
Schroder ISF EURO Equity C Dis EUR 6,73 (0,30) 0,28 (18,36) 21,13
Threadneedle (Lux) Pan Eur Eq Dv 9G GBP 5,42 1,21 0,21 (17,33) 20,50
Janus Henderson Hrzn Euroland A2 EUR 6,99 (0,84) 0,08 (19,79) 22,88
abrdn Europe (ex-UK) Sus Eq Fd 6,04 3,96 0,06 (22,74) 19,18
MFS Meridian European Research A1 EUR 6,42 2,78 0,02 (13,69) 16,50
Jupiter European Growth D EUR Acc 8,60 4,15 (0,16) (23,76) 19,20
Amundi MSCI EMU ESG Ldrs Sel IE-C 6,51 0,75 (0,22) (16,95) 19,94
JPM Euroland Equity A (dist) EUR 6,80 0,11 (0,26) (17,03) 22,41
Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C 6,07 (0,36) (0,46) (13,27) 25,16
Robeco Sustainable Eurp Stars Eqs D EUR 5,72 1,17 (0,78) (12,55) 16,76
Invesco Sus Pan Eurp Stu Eq C € Acc 5,99 0,06 (0,89) (13,09) 17,22
AXA IM Euro Sélection A 7,24 1,14 (0,97) (22,79) 19,95
Montepio Acções
JPM Europe Strategic
Fidelity European Lgr
FIMAA 3,91 (1,08) (1,05) (14,94) 17,84
(dist)
4,77 (1,86) (1,06) (10,28) 25,47
A-Dis-EUR 4,88 (0,05) (1,78) (14,83) 18,43
DWS Aktien Strategie Deutschland
8,06 (1,91) (1,82) (29,14) 26,35
MainFirst Top European Ideas C 5,67 (2,48) (2,04) (33,05) 26,61
Allianz Euroland Equity Growth W EUR 5,95 (0,55) (2,15) (35,53) 23,34
Santander Acções Europa CA FIMAA 3,36 (1,72) (2,22) (18,67) 20,82
Fidelity European Growth A-Dis-EUR 4,77 (0,36) (2,26) (16,21) 18,50
AB Eurozone Eq IX EUR 7,44 (1,24) (2,83) (19,72) 22,38
Fidelity Germany A-Dis-EUR 6,08 (0,97) (3,85) (24,45) 20,98
Fidelity Iberia A-Dis-EUR
4,16 (2,80) (5,01) (18,80) 19,41
DWS Deutschland LC 4,78 (5,41) (5,63) (32,07) 26,76
UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc Sust €Pacc (2,92) (6,49) (18,42) 16,91
Europe Equity Mid/Small Cap
BNP Paribas Europe Small Cap I C
Lonvia Avenir Mid-Cap Euro Clean (36,86)
Eleva UCITS Eleva Ldrs SMCap Eurp I€ acc 5,12 (25,46) 19,53
Janus Henderson Hrzn PanEurpSmrComs A2€ 9,45 0,97 4,68 (25,58) 28,18
IMGA Ações Portugal A FIAA 4,60 0,51 3,23 0,82 22,51
CM-AM Small & Midcap Euro RC 9,22 1,75 1,46 (26,12) 19,95
Sycomore Fund Europe Happy@Work I EUR (0,19) 0,68 (23,47) 18,52
abrdn Eu Sml Comp D Acc EUR 10,07 1,40 (0,21) (39,08) 26,50
Threadneedle (Lux) Eur Smlr Com 9E EUR 8,64 1,58 (0,33) (33,19) 22,47
Echiquier Agenor SRI Mid Cap Europe A 7,93 1,53 (1,41) (30,03) 19,58
Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE 8,33 0,94 (1,92) (37,36) 24,06
MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR 6,96 0,69 (2,61) (25,55) 20,17
Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmlrComs 3E 7,16 0,05 (3,15) (37,12) 23,34
UBAM Swiss Small And Mid Cap Eq AHC EUR (2,30) (3,63) (37,35) 20,01
Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR 6,22 (2,30) (5,03) (31,63) 20,50
Financials Sector Equity
Fidelity Global Financial Svcs A-Dis-EUR 9,38 5,28 5,80 (10,42) 20,73
Robeco New World Financials D € 9,44 5,13 3,01 (18,20) 23,88
Global Emerging Markets Equity
MS INVF Emerging Leaders Equity A 80,12 38,40 25,92 (26,92) 21,79
Polar Capital Em Mkts Stars S USD Acc 5,70 (21,82) 18,97
GQG Partners Emerging Mkts Eq I EUR Acc 5,10 4,93 (12,42) 15,28
Wellington Emerg Mkt Devpmt USD D Ac 4,19 4,03 (21,49) 17,12
Capital Group New World (LUX) Z 6,76 5,38 3,63 (16,93) 16,45
GS EM CORE Eq I Acc USD Close 5,58 2,06 3,39 (14,67) 16,71
JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf EUR 7,18 3,99 3,37 (15,51) 18,43
Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc 5,35 2,71 3,13 (23,63) 17,30
JPM Emerging Markets Div A (acc) EUR 4,26 4,18 2,70 (12,25) 16,38
GS Emerging Markets Eq ESG I Acc USD 1,96 (24,43) 17,36
Capital Group EM Growth (LUX) Z 4,03 3,01 1,69 (24,48) 16,22
Nordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR 5,87 2,00 1,38 (27,60) 17,45
GS Emerging Markets Eq R Inc GBP 5,80 1,99 1,26 (25,04) 17,73
Vanguard Emerg Mkts Stk Idx Inv EUR Acc 3,50 1,65 1,19 (14,77) 15,90
Robeco QI Emerging Cnsrv Eqs I € 4,28 2,82 0,94 (2,69) 14,13
BGF Emerging Markets A2 3,85 2,66 (0,20) (23,09) 17,91
Schroder ISF Em Mkts A Dis USD AV 3,38 1,03 (0,33) (20,70) 16,93
JPM Emerging Markets Equity A (dist) USD 4,30 2,44 (0,53) (25,22) 17,60
GAM Multistock EM Equity USD C 4,62 (0,22) (1,01) (20,95) 18,26
Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD 6,69 0,94 (1,24) (17,47) 14,70
Templeton BRIC I(acc)USD 3,88 1,82 (1,34) (21,00) 19,34
Robeco Emerging Stars Equities D € 3,96 0,38 (1,39) (16,84) 18,50
UBS (Lux) Eq Fd EM Sst Ldrs (USD) P 4,23 1,94 (1,52) (24,51) 14,81
Fidelity Em Mkts A-DIST-USD 4,31 0,12 (1,58) (28,10) 17,64
American Century Em Mkts Eq I USD (0,49) (1,80) (25,44) 16,70
NB Mercados Emergentes FIMAA 0,69 (0,99) (2,46) (18,75) 14,85
Global Equity Large Cap
Thematics Safety H-R/A GBP (40,50)
MS INVF Global Brands A USD 290,27 74,91 37,01 (3,13)
AMP Capital Global Companies I USD Acc 22,89 16,84 14,77
MS INVF Global Quality Z 64,22 20,98 (5,72) 15,91
Ninety One GSF Global Envir I Acc EUR 14,11 (11,57) 21,87
Schroder ISF Glb Disruption C Acc USD 12,41 (17,55) 19,96
Schroder ISF Glbl Sust Gr C Acc USD 12,76 12,91 12,13 (8,94) 16,05
Schroder ISF Glb
DPAM B Eqs NewGems Sust
Allianz Thematica
C Acc USD 11,73 10,63 11,70 (16,30) 19,89
Dis 10,42 12,35 11,67 (17,48) 20,00
EUR 11,90 11,45 (12,50) 17,44
JPM Global Focus A (dist) EUR 10,43 9,33 11,22 (4,50) 19,38
Schroder ISF Global Eq
JPM Global
New Capital
Schroder ISF Global
Vontobel Clean
EUR 10,63 10,21 11,21 (7,10) 16,00
11,16 10,21 10,92 (2,72) 18,76
11,53 10,72 (16,27) 16,72
11,33 10,57 10,57 (8,28) 16,58
11,89 8,38 10,37 (13,64) 20,15
PANORAMA BARÓMETRO
T. Rowe Price Glb Foc Gr Eq A USD 13,95 11,91 10,27 (21,58) 19,93
AB Sustainable Glb Thematic A USD 11,08 10,03 9,92 (15,79) 20,00
Pictet - Global Envir Opps I EUR 11,69 9,77 9,84 (12,38) 19,84
Capital Group New Pers (LUX) ZL 12,29 10,64 9,53 (14,07) 18,64
Threadneedle (Lux) Global Focus ZU 13,55 12,71 9,41 (12,96) 17,97
American Century Concntr Glb Gr Eq I USD 13,08 13,28 9,35 (11,70) 17,66
MS INVF Global Opportunity Z 310,48 44,82 9,04 (33,85) 22,59
Candriam Sst Eq World R € Acc 9,99 8,68 8,85 (6,85) 18,09
BPI GIF Opportunities I 6,20 9,83 8,71 (8,36) 18,26
M&G (Lux) Glb Dividend CI USD Acc 9,23 8,16 8,60 (2,88) 20,37
Candriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap 8,37 8,36 (9,07) 16,26
Vanguard Glb Stk Idx $ Acc 10,94 9,23 8,29 (4,99) 17,60
Allianz Global Sustainability P EUR 10,55 9,33 8,23 (8,92) 17,71
Nordea 1 - Global Portfolio BP EUR 10,86 10,51 8,20 (10,15) 17,76
Nordea 1 - Global Stars Equity BP EUR 10,30 8,16 (9,44) 16,61
CT (Lux) Rspnb Global Equity I Inc EUR 11,42 9,69 8,03 (12,93) 18,59
M&G (Lux) Positive Impact LI EUR Acc 7,80 (8,82) 18,92
Ninety One GSF Glb Qual Div Gr IX Inc $ 9,93 8,68 7,52 (1,65) 14,81
AB Global Equity Blend S1 USD 10,42 7,53 7,41 (12,15) 17,96
GS Global CORE Eq I Inc USD Snap 11,95 7,53 7,31 (7,78) 18,43
Fidelity Sust Dmgrphcs Y-Acc-GBP 11,44 8,84 7,06 (13,53) 16,65
GS Global Millennials Eq I Acc USD 10,52 9,82 6,86 (29,79) 20,80
Caixa Ações Líderes Globais FIMAA 9,29 6,70 (8,09) 15,77
Fundsmith Equity I EUR Acc 14,62 10,71 6,59 (11,62) 15,50
Fidelity World A-Dis-EUR 11,12 7,33 6,52 (9,39) 17,36
MS INVF Global Sustain Z USD Acc 6,50 (6,62)
Wellington Glbl Quality Gr USD S Ac 14,55 10,71 6,42 (12,63) 16,17
AXA IM Global Equity QI A USD Acc 10,19 7,28 6,37 (4,41) 17,97
Robeco BP Global Premium Eqs B EUR 9,29 5,53 6,18 (0,22) 19,37
CS (Lux) Security Equity BH CHF 9,76 7,36 6,14 (19,54) 23,37
NB Momentum Sustentável FIMAA 6,76 6,10 5,70 (9,66) 15,33
DWS Invest ESG Equity Income LC 7,22 5,66 0,56 13,73
BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc 10,24 9,63 5,63 (9,29) 16,68
Pictet-Global Megatrend Sel I USD 10,33 7,33 5,61 (14,91) 18,20
Pictet-Security I EUR 11,44 8,64 5,48 (18,75) 19,70
NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq USD 9,66 5,23 (12,72) 17,08
Seilern World Growth CHF H R 12,30 9,80 5,20 (21,74) 22,92
UBAM 30 Global Leaders Equity AHC EUR 6,76 4,56 (21,48) 19,62
Fidelity Global Dividend I-Acc-EUR 9,57 7,22 4,03 (1,69) 13,28
Mercer Passive Global Equity M2 EUR H 4,22 3,85 (17,45) 18,78
DWS Invest Top Dividend FC 7,50 5,22 3,80 6,55 13,32
MFS Meridian Global Equity A1 USD 9,45 6,27 3,65 (10,25) 17,76
Mirabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc 6,56 3,14 (7,25) 16,87
CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc 5,96 2,37 (32,72) 21,82
Robeco Global Consumer Trends D € 11,22 7,80 2,14 (29,17) 19,80
Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR 5,56 0,35 0,33 (9,23) 15,29
Pictet SmartCity I dm GBP 5,99 4,06 (0,04) (19,46) 19,61
Global Equity Mid/Small Cap
Fisher Invts Instl Glbl Small Cp Eq $
Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR 14,39 11,71 14,28 (5,84) 19,85
BNP Paribas Climate Impact Cl C 10,03 7,46 7,77 (18,24)
CPR Invest Education E EUR Acc (2,10) (16,09) 20,11
Greater China Equity
Allianz China A Shares AT USD 15,63 11,95 12,05 (21,58) 19,74
Schroder ISF Taiwanese Equity C Acc USD 10,63 10,25 10,57 (15,26) 19,30
Schroder ISF All China Equity C Acc USD 9,41 (17,23) 18,36
JPM China A (dist) USD 8,63 5,32 3,46 (27,73) 21,21
Schroder ISF China Opps
USD 8,47 2,85 3,33 (18,87) 18,87
Schroder ISF Hong Kong Eq A Acc HKD 5,99 0,77 (0,08) (14,79) 15,31
BNP Paribas China Eq Cl C 5,88 2,43 (0,09) (28,34) 19,36
Ninety One GSF All China Eq
Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap 14,39 (1,90) 15,14
Candriam Eqs L Biotech C USD Cap 14,61 7,39 14,02 4,06 18,52
Janus Henderson Glb Life Scn I2 USD 16,04 11,63 13,70 3,41 15,17
AB Intl Health Care A USD 14,15 12,75 13,41 4,78 14,48
BGF World Healthscience A2 14,74 12,36 11,58 6,90 13,49
Fidelity Sust Glb Hlthcare A-Dis-EUR 12,44 11,57 9,97 (0,33) 14,91
CS (Lux) Digital Health Equity SB USD 9,43 (32,77) 27,77
India Equity
Ashoka India Opps A USD Acc 24,33 3,69 23,57
GS India Equity I Inc USD 14,22 11,27 17,04 1,11 24,72
Nomura Fds India Equity Z USD 14,54 12,33 15,83 7,07 23,98
Franklin India I(acc)USD 11,31 9,33 13,73 2,74 23,45
Schroder ISF Indian Opports C Acc USD 10,10 10,56 (3,60) 22,69
Industrials Sector Equity
RobecoSAM Smart Materials Eqs EUR 9,39 4,29 7,02 (15,01) 22,73
Infrastructure Sector Equity
Wellington Enduring Assets GBP G A1 Di 8,68 9,83 16,89 11,58
M&G (Lux) Global Listed Infras L USD Acc 4,99 2,97 20,12
DWS Invest Global Infras FC 8,64 7,49 4,97 7,43 17,20
LM ClearBridge Infras ValPRGBPHDisAPH+e 5,83 4,64 4,61 (0,05) 19,87
Lazard Global Lstd Infras Eq A Dist GBP 8,49 2,53 1,02 (4,36) 19,14
Japan Equity
BNP Paribas Japan Sm Cp Cl C
GS Japan Equity Ptnrs I Acc EUR Hdg 7,06 8,66 (17,09) 17,15
Man GLG Jpn CoreAlpha Eq I JPY 8,59 2,04 2,31 (3,16) 20,07
GS Japan Equity R Inc GBP Snap 8,68 4,56 2,21 (19,19) 16,63
Jupiter Japan Select D USD Acc 8,57 5,41 2,02 (17,93) 16,25
Invesco Japanese Eq Adv C JPY Acc 9,48 4,89 1,75 (13,44) 16,97
Pictet-Japanese Equity Opps PJPY 8,19 2,95 1,33 (18,00) 16,04
Amundi IS MSCI Japan IE-C EUR 7,59 3,05 0,77 (16,46) 15,03
Schroder ISF Japanese Eq A Dis AV 6,44 1,71 (0,27) (16,82) 14,55
JPM Japan Equity A (dist) USD 9,09 4,02 (1,14) (33,00) 20,94
abrdn Japanese Sust Eq Sus A Acc JPY 5,49 0,20 (1,16) (24,86) 16,47
Latin America Equity
DWS Invest Latin American Eqs LC 8,22 5,18 13,35 31,85
Schroder ISF Latin American C Acc EUR 0,93 3,88 3,51 17,36 31,45
Long/Short Equity
Janus Henderson Hrzn PanEurpAbsRetI2 EUR
Alger Dynamic Opportunities A US 10,14 10,86 (10,71) 12,37
AB Select Absolute Alpha S1 USD 8,88 10,24 10,18 10,60 9,23
Pictet TR - Mandarin I USD 9,72 6,93 8,05 (3,93) 8,60
GAM Star Alpha Technology EUR Inc 6,31 6,35 5,22 (9,49) 12,72
Eleva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc 4,84 4,77 (0,97) 4,06
Pictet TR - Atlas I EUR 2,91 4,59 (2,84) 3,17
Pictet TR - Corto Europe I EUR 3,93 1,40 3,02 (1,57) 3,52
Janus HndrsnAbsolute Return A2 GBP 2,60 0,55 1,14 (5,78) 7,74
Schroder GAIA Egerton Equity C Acc EUR 5,15 1,24 (0,37) (14,91)
Acc$ 1,02 (1,58) (21,04) 15,98
Fidelity China Consumer Y-Acc-USD 7,25 (0,94) (3,59) (23,26) 19,44
UBS (Lux) EF China Oppo(USD) P USD acc 11,08 0,99 (5,95) (21,40) 15,40
Healthcare Sector Equity
JPM Thematics Genetic Thrps C2 Acc USD (22,58)
JPM Global Healthcare C (acc) USD 15,30 13,07 15,57 6,82 15,34
Precious
Technology
OS FATORES QUE VÃO AFETAR A GESTÃO DE ATIVOS NOS PRÓXIMOS ANOS
Muita coisa aconteceu nos últimos 10 anos: da crise do subprime em 2013, passando pelo aparecimento de uma guerra na Europa em 2022 . Para as entidades de gestão de ativos, há vários pontos a preparar para os próximos 10 anos.
Aanálise da evolução da década compreendida entre 2012 e 2022 é repleta de acontecimentos marcantes e de volatilidade extrema nos mercados financeiros: em 2012 e 2013 a crise de subprime e da dívida soberana.
De 2014 a 2019 assistimos a alguma recuperação económica na Europa, tendo o ano de 2017 registado um dos maiores crescimentos económicos da década com 2,5% YoY. Em 2020, o planeta foi fustigado com o tema da pandemia Coronavírus, originando um processo inédito de confinamento mundial e de quase paralisação das economias.
O início do ano de 2021 continuou a evidenciar as dificuldades globais em combater a pandemia e em promover a abertura gradual das economias, apesar das dificuldades sentidas no retomar das cadeias de abastecimento a nível mundial. No início de 2022, a atividade económica continuou a evidenciar a perspetiva de recuperação das atividades e consequente impacto económico, o qual foi subitamente interrompido com a invasão Russa da Ucrânia, originando um conflito com elevadas repercussões económicas, e um maior atraso nas cadeias de abastecimento a nível global. Seguiu-se um aumento generalizado de preços e um consequente aumento da inflação, incorporando assim a necessidade de os bancos centrais aumentarem de forma rápida as taxas de juro, procurando controlar um eventual flagelo inflacionário, mas conduzindo as economias para uma perspetivada recessão económica, sobre a qual ainda não se conhece a sua verdadeira dimensão.
Foi neste cenário macroeconómico que a indústria de fundos de investimento mobiliários português foi desenvolvendo a sua atividade, tendo crescido dos aproximadamente 12,3 mil milhões em 2012 para praticamente 19,9 mil milhões no final de 2021.
O crescimento registado deveu-se fundamentalmente ao cenário de taxas de juro de depósitos negativas e de uma crescente consciencialização dos investidores sobre a efetiva necessidade de promover a poupança para os dias mais difíceis que se podem avizinhar; neste sentido, as famílias procuram alternativas para os seus investimentos e os bancos promoveram a colocação de produtos fora de balanço, originando assim um importante crescimento de mais de 61 % em termos acumulados entre finais de 2012 e final de 2021.
Embora este crescimento não nos coloque ainda na senda de crescimento em investimento de fundos mobiliários verificado noutros mercados europeus, estas são, no entanto, excelentes notícias. Permitem à indústria portuguesa continuar a investir no sentido de manter os níveis de crescimento que têm sido registados, pese embora o ano de 2022 registe uma contração dos ativos sob gestão de aproximadamente 10%.
Por classe de ativos, verificamos que os fundos que registaram maior crescimento foram a rubrica de outros fundos (multiativos), na qual tínhamos no final de 2012 mais de 1,2 mil milhões de euros sob gestão, e à data de 31 de dezembro de 2021 fechou com mais de 8,9 mil milhões.
Igual destaque, merece a classe de ações, tendo crescido de 962 milhões em 2012 para mais de 3,3 mil milhões de euros no final de 2021.
Tendo em conta a evolução que tivemos na década passada e as perspetivas e incertezas sobre a evolução futura das economias, temos de fazer um exercício de preparação da atividade para os próximos anos. Hoje temos todos de ter presente que estes fatores vão afetar a nossa atividade:
1. Prolongamento das tensões geopolíticas a nível mundial;
2. Aumento dos impactos ambientais a nível planetário, com consequências imprevisíveis para todo o planeta.
3. Crescente processo de digitalização das economias com um impacto importante ao nível laboral e empresarial.
4. Maior literacia e conhecimentos específicos por parte dos investidores, obrigando a um forte investimento em infraestruturas de apoio aos investidores.
5. Aumento das exigências regulamentares e normativas para as atividades de investimento, obrigando a uma constante verificação da capacitação das entidades gestoras.
6. Maior exigência de produtos diferenciadores e de qualidade por parte dos investidores, passando o processo de seleção do investimento a ser mais escrutinado.
A gestão destes diferentes fatores será determinante para o sucesso da atividade e para a oferta de soluções de investimento. Estamos certos que apesar da dimensão do mercado português quando comparada com o mercado internacional, existem condições e capacitação para ser realizada uma oferta de soluções de investimento de qualidade e com resultados francamente positivos a médio e longo prazo.
PANORAMA BARÓMETRO
Threadneedle (Lux) Global Tech DU 18,43 16,57 17,57 (10,91) 24,01
Fidelity Global Technology A-Dis-EUR 19,59 18,59 17,48 (8,85) 18,45
BGF World Technology A2 17,89 17,54 14,49 (27,96) 25,44
JPM US Technology A (dist) USD 17,65 18,26 14,47 (26,84) 27,87
BNP Paribas Disrpt Tech Cl D 16,70 17,37 14,03 (14,30) 20,95
BGF Next Generation Technology Z2 USD 13,41 (39,24) 30,15
BNY Mellon Mobility Innovation USD E Acc 12,24 (19,44) 24,40
EdRF Big Data N EUR 11,15 11,69 (6,08) 19,29
Franklin Technology A Acc USD 16,78 14,84 11,17 (29,31) 25,02
Polar Capital Global Tech I Inc 17,45 14,69 10,68 (22,96) 20,33
Janus Henderson Glb Tech&Inno H2 USD 17,68 15,07 10,12 (26,02) 22,36
Pictet - Robotics I dy EUR 11,55 10,02 (21,01) 23,09
Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs A2USD 14,30 12,12 9,51 (21,20) 20,28
AXAWF Fram Robotech G Cap USD 9,43 8,75 (21,51) 22,59
JPM Europe Dynamic Techs Fd A (dist) EUR 14,91 8,07 7,98 (26,60) 24,65
AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap USD 7,89 (27,97) 21,18
Wellington Asia Technology USD D Ac 6,76 (31,44) 21,41
Echiquier Artificial Intelligence K EUR 5,74 (43,96) 33,35
UBAM Tech Global Leaders Equity IHC EUR 5,29 (34,93) 24,87
Pictet-Digital PUSD 10,98 4,17 (0,22) (27,88) 16,99
Robeco FinTech I USD (2,63) (34,56) 23,42
UK Equity Large Cap
Liontrust GF Spec Sits C3 Instl Acc £ 3,40 0,53 (18,37) 20,06
Threadneedle (Lux) UK Eqs IG GBP Acc 4,19 (1,29) (3,49) (14,56) 22,72
BGF United Kingdom E2 3,55 0,07 (3,52) (24,85) 20,44
US Equity Large Cap Blend
Schroder ISF US Large Cap A Dis $ AV 13,30 13,00 14,24 (0,56) 16,76
JPM US Select Equity A (acc) USD 13,83 13,23 13,57 (1,57) 19,03
JPM America Equity A (dist) USD 14,07 13,53 13,12 0,91 19,54
Amundi IS S&P 500 ESG IE-C 14,09 13,07 12,06 0,94 18,52
Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc 14,00 12,73 11,46 (0,53) 18,31
AXA IM US Enhanced Index Eq QI A $ Acc 13,74 12,37 11,44 (0,34) 17,94
GS US CORE Equity Base Inc USD Snap 13,49 11,63 11,43 (1,49) 18,45
Amundi IS MSCI North America IE-C 13,44 12,38 11,26 (2,54) 18,68
T. Rowe Price US Eq I USD 14,32 12,66 11,08 1,13 17,76
Pictet-USA Index P USD 13,71 12,37 11,07 (0,87) 18,30
BNY Mellon Dynamic U.S. Equity USD W Acc 11,00 (2,42) 18,72
IMGA Ações América A FIAA 10,36 11,09 10,49 (1,77) 16,40
AXA IM US Equity QI A USD Acc 12,78 10,97 9,96 0,34 19,02
Amundi Fds US Pioneer C EUR C 12,16 11,72 9,66 (4,96) 17,96
NN (L) US Enh Cr Concntr Eq P Dis USD 12,21 10,62 8,80 (1,53) 18,78
JPM US Select Equity Plus A (acc) EURH 9,52 6,44 7,93 (18,55) 20,92
Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc 13,52 10,34 7,73 (4,11) 20,10
Legg Mason CB US Eq Sust Ldrs A EURH Acc 7,74 6,11 (20,75) 19,46
AB Select US Equity A EUR H 8,42 5,71 5,80 (15,43) 19,16
Allianz Best Styles US Equity AT H2 EUR 4,52 4,76 (19,09) 19,96
MS INVF US Growth I 318,64 69,17 19,86 (49,34) 35,56
US Equity Large Cap Growth
AB Sustainable US Thematic A USD 15,22 13,65 12,21 (9,37) 19,74
Amundi Fds Pio US EqFundmGr M2 EUR C 14,57 13,74 11,26 (4,71) 19,40
AB American Growth C USD 15,28 13,90 11,05 (11,76) 19,19
T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD 16,53 13,98 10,56 (17,71) 21,80
BPI América D FIAA 10,65 11,06 9,19 (5,40) 18,70
Franklin US Opportunities A(acc)USD 13,02 11,39 8,01 (23,00) 22,88
Allspring (Lux) WW USLrgCpGr IEUR Acc 14,85 13,71 7,79 (20,13) 21,86
Janus Henderson US Forty A2 USD 13,59 12,51 7,41 (22,87) 20,55
Vontobel US Equity A USD 13,18 11,23 7,12 (1,67) 17,23
New Capital
Legg
T.
Brown
MS
Robeco BP US Large Cap Equities I $ 11,87 9,44 9,57 8,96 19,74
Fidelity America A-Dis 11,44 8,31 9,30 12,82
MFS Meridian US Value A1 USD 10,71 7,74 6,62 4,20 17,30
Robeco BP US Premium Equities IH € 8,45 3,02 4,62 (11,24) 21,26
US Equity Mid Cap
BL-American Small & Mid Caps B EUR Hdg 7,20 5,13 (19,69) 19,83
US Equity Small Cap
Threadneedle (Lux) Amer Smlr Com 9U USD 14,20 11,95 13,73 (6,64) 21,91
Legg Mason RY US SmCp Opp A USD Dis(A) 11,67 8,02 12,78 (8,62) 28,93
T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD 15,05 13,46 10,82 (7,19) 19,79
Fisher Invst Instl US SmCp Cr Eq ESG USD 9,36 7,85 (20,14) 23,56
JPM US Smaller Companies A (dist) USD 11,67 7,33 6,29 (7,18) 21,54
Alger Small Cap Focus I US 7,54 (2,41) (37,12) 24,65
Convertibles
BNP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C
Franklin Glbl Convert Secs I(acc)EUR 10,55 12,32 11,48 (4,03) 13,78
Lazard Convertible Global PC EUR 7,98 6,01 4,04 (15,31) 12,81
OFI Fund RS Glbl Convert Bond I C EUR 2,74 0,21 0,99 (20,46) 12,04
JPM Global Convert (EUR) A (dist) EUR 1,53 (2,05) (2,39) (34,95) 17,04
Allianz Convertible Bond AT EUR 1,29 (2,04) (3,92) (16,34) 8,58
Commodities Broad Basket
StructGSQrtxMdfdStgyBlmbrgCmdIdxTR I$ 1,72 12,57 19,83 32,93 15,83
PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc 1,22 11,76 18,84 25,17 20,16
Commodities Specified
Ofi Fincl Inv Precious Metals I -2,29 3,83 2,66 (5,87) 17,46
Alternative Miscellaneous
Schroder GAIA BlueTrend C Acc EUR Hedged 10,43 14,32 31,07 14,79
ThomasLloyd Sust Infras Inc R USD Acc 3,70 5,28 5,29
Man AHL Trend Alternative DNY H EUR Acc 5,22 5,69 3,15 14,81 14,37
Global Macro
Polar Capital Global Abs Rt S EUR H Acc 5,75 (3,29) 8,28
JPM Global Macro A (acc) USD 6,47 5,54 4,41 11,01 7,27
Schroder GAIA WellingtonPagosa C AccEURH 3,51 2,49 4,08
GS Global Absolute Ret IO Acc USD 3,47 2,05 4,08 7,23
JPM Global Macro Opps A (acc) EUR 4,53 0,54 0,21 (11,10) 5,38
Eurizon Absolute Prudent R Acc 0,32 (0,72) (1,07) (5,64) 2,22
Market Neutral
Lumyna-MW TOPS (MN) UCITS USD B (acc)
BSF Global Event Driven Z2 USD 8,03 6,73 15,44 8,00
Man GLG Alpha Select Alt DLH EUR 5,89 5,54 5,70 8,08 3,99
MW Systematic Alpha UCITS A EUR 3,62 4,51 5,97 4,74
BSF European Absolute Return A2 EUR 2,65 3,70 4,50 3,46 6,41
Lumyna PSAM Global Event EUR A Acc 3,74 2,63 2,86 (6,47) 8,98
CT Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR 2,78 2,79 0,85 2,77
BPI GIF Alt Fund Iberian Eq L&S I 1,53 2,01 (0,62) 3,20
Candriam Risk Arbitrage C 0,37 (0,10) (0,06) (1,02) 2,23
Multialternative
NN (L)
Neuberger
6,35 8,18 9,60 12,17 6,84
8,36 8,57
6,60 6,79 (32,30) 27,31
13,48 10,36 6,42 (17,69) 20,59
14,11 10,97 6,20 (23,18) 22,78
13,08 13,37 5,78 (22,26) 20,66
42,33 (4,59) (45,78) 30,91
Santander Acções América CA FIMAA 3,86 (2,86) (10,98) (41,79) 26,84
US Equity Large Cap Value
DWS Invest CROCI US Dividends USD LC 12,44 12,42 13,42 17,94
JPM US Value C (dist) USD 12,13 10,92 11,20 7,99 18,86
Cautious Allocation
Caixa Defensivo PPR/OICVM FIA (10,66)
U Asset Allocation Enhancement USD Acc 4,59 3,16 3,10 6,31
Ninety One GSF Glb MA Inc A Acc USD 4,79 3,13 9,72 6,82
GS Global MA Cnsv I Acc USD 4,77 2,84 (1,20) 8,82
Schroder ISF Glbl MA Bal C Acc EUR 2,05 1,34 1,35 (11,19) 10,12
CS (Lux) Portfolio Yield CHF B 2,44 1,98 0,87 (4,54) 8,08
ODDO BHF Polaris Moderate Cl EUR 2,29 1,09 0,28 (8,10) 6,52
BPI Moderado FIAF (0,25) (0,09) (7,50) 4,92
Pictet-Multi Asset Global Opps I EUR 0,30 (0,91) (11,14) 5,74
Caixa Wealth Defensivo D FIMA (1,32) (11,21) 6,08
Santander Poupança Valorização FPR FIAA 1,27 (0,56) (1,63) (9,18) 5,39
Bankinter 50 PPR/OICVM A FIMA (1,11) (1,65) (14,78) 11,01
FvS - Multi Asset - Defensive I 2,60 0,42 (1,69) (8,27) 7,14
Amundi Fds Global MA Cnsrv C EUR C (0,48) (1,76) (13,19) 7,08
Caixa Seleção Global Moderado FIMA 1,39 (0,57) (1,92) (14,35) 8,13
Amundi Fds Mlt Asst Sust Fut I EUR C 3,34 0,61 (1,94) (12,12) 7,21
Invesco Pan European Hi Inc A EUR QD 3,45 (0,74) (2,30) (14,18) 10,61
Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 AT EUR 2,57 (0,26) (2,44) (11,97) 5,80
Invest Alves Ribeiro PPR FIMA 6,67 0,55 (2,54) (13,97) 10,36
NB PPR/OICVM FIMA 4,65 2,03 (2,69) (12,62) 10,10
Caixa Seleção Global Defensivo FIMA (1,63) (2,86) (10,85) 4,54
JPM Global Income Cnsrv C (acc) EUR (1,01) (3,08) (15,29) 7,59
Bankinter 25 PPR/OICVM A FIMA -0,17 (1,88) (3,13) (13,96) 8,60
IMGA Alocação Conservadora A FIMA 0,42 (1,59) (3,20) (15,35) 8,60
Caixa Inv Socialmente Resp FIMA (1,03) (3,21) (14,18) 9,53
Santander Sustentável FIMA (3,47) (11,63) 5,66
BPI Reforma Investimento PPR/OICVM FIAPR -0,32 (2,26) (3,95) (14,92) 8,40
M&G (Lux) Optimal Income CI EUR Acc 1,50 (2,00) (4,00) (17,18) 9,10
Allianz Strategy 15 CT EUR 2,01 (1,21) (4,51) (13,10) 5,07
Santander Poupança Prudente FPR FIAA -0,15 (2,87) (5,65) (15,69) 6,71
Flexible Allocation
Ninety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD 9,33 9,91 10,75 13,48 10,27
Ruffer Total Return Intl I GBP Cap 5,51 6,63 10,44 4,80 9,30
BL-Global Flexible USD B 7,10 8,01 5,47 2,88 8,92
DWS Concept Kaldemorgen EUR FC 4,40 2,81 2,18 (1,91) 7,05
PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc 1,19 1,85 (12,88) 6,75
M&G (Lux) Dynamic Allocation CI EUR Acc 4,11 0,21 1,50 (6,24) 11,85
BL-Global Flexible EUR B 4,05 3,80 1,49 (6,24) 9,09
FvS Multiple Opportunities II RT 5,27 3,20 1,25 (9,04) 10,26
BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc 2,10 2,13 0,67 (9,39) 8,68
Moderate Allocation
Caixa Arrojado PPR/OICVM FIA (17,82)
Caixa Moderado PPR/OICVM FIA (14,24)
Capital Group American Bal (LUX) Z 10,21 8,47 6,74 1,59 10,93
Janus Henderson Balanced A2 USD 8,75 8,89 5,94 (0,69) 12,07
BGF Global Allocation A2 6,46 5,90 5,93 (4,37) 11,30
Allianz Income and Growth I H2 EUR 6,06 4,86 5,46 (15,30) 15,12
T. Rowe Price Glb Alloc I USD 7,27 5,26 (2,93) 11,11
Acatis Gané Value Event Fonds A 5,90 5,01 4,38 (8,27) 14,07
Capital Group Glob Alloc (LUX) Z 5,97 4,32 (2,17) 9,56
MFS Meridian Prudent Wealth I1 USD 8,17 6,86 4,05 (4,43) 6,91
Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc 3,56 (11,91) 7,79
BGF ESG Multi-Asset E2 EUR 3,97 3,88 3,53 (8,21) 9,92
Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 W EUR 6,38 3,68 3,31 (9,42) 10,11
MFS Meridian Global Total Ret A2 USD 5,95 4,37 2,71 (2,33) 10,58
MFS Meridian Prudent Capital I1 USD 5,68 2,34 (2,28) 6,41
Jupiter Merlin Intl Bal D EUR Acc 4,27 3,66 2,24 (9,88) 11,16
CT (Lux) Sust Mul Ast Inc I Inc EUR 2,31 0,88 2,02 (11,70) 8,71
BGF Global Multi-Asset Inc A2 5,23 4,15 1,87 (0,53) 9,55
Barclays GlobalBeta Port 3 A Acc GBP 3,16 2,64 1,22 (11,76) 12,80
BPI Dinâmico FIAF 0,46 0,94 (9,29) 7,44
Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc 1,69 (0,48) 0,65 (14,24) 7,43
Bankinter 75 PPR/OICVM A FIMA 1,54 (0,20) (0,11) (16,20) 13,44
JPM Global Balanced A (acc) EUR 3,36 1,07 (0,41) (16,49) 10,42
Caixa Wealth Moderado D FIMA (0,56) (15,65) 9,95
Nordea 1 - Stable Return BP EUR 2,47 0,01 (0,63) (8,57) 6,80
Fidelity Glb Mlt Ast Inc A-Acc-USD 2,89 (0,64) (3,67) 9,21
FvS Multi Asset - Balanced I 4,16 1,56 (0,81) (8,99) 9,33
M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc 1,07 (0,84) (11,37) 11,89
Caixa Seleção Global Arrojado FIMA 1,24 0,27 (1,24) (17,96) 11,89
IMGA Alocação Moderada A FIMA 1,42 (0,43) (1,26) (13,71) 10,74
Man AHL TargetRisk D H EUR 3,01 (2,05) (17,04) 9,91
Santander Select Moderado A FIMA (0,85) (2,06) (10,58) 6,68
PM Global Income A (div) EUR 2,16 (0,96) (2,64) (15,72) 11,50
Santander Rendimento FIMA (3,48) (13,04) 8,87
Durante a última década, a mudança mais significativa para as casas de gestão ativa foi sem dúvida o aumento dos fundos low-cost indexados. À medida que a quota de mercado dos fundos passivos
tem crescido, o mesmo acontece com os gigantes desse tipo de gestão. Mas a gestão ativa é vital para a eficiência dos mercados. Portanto, nesse sentido, é decisivamente necessária. Dito isto, os gestores ativos precisam de demonstrar a sua capacidade de desempenho a longo prazo e em diferentes cenários de mercado. Assim, estou convencida que a abordagem de boutique – especialização e excelência em áreas concretas - é muito significativa. O segmento que creio estar em grande risco é o que está entre estas duas abordagens.
Outra tendência é a crescente importância do ESG. Considerando que o efeito de fatores não financeiros nos investimentos não é novo - na
Carmignac é uma parte não negociável da gestão ativa - a dura realidade dos desafios ambientais e sociais que enfrentamos significa que muitos investidores consideram agora o impacto dos seus investimentos para além dos retornos financeiros. É preciso ser seletivo e ativo para ter um impacto, o que a gestão passiva simplesmente não pode fazer. Isto deu lugar a uma série de novos produtos e regulamentação centrada no ESG. O apetite para os investimentos com critérios ESG cresceu exponencialmente, mas o espaço ainda é novo e o debate sobre os seus benefícios e desafios continua. Para navegar com um rumo, os gestores ativos devem permanecer humildes e transparentes.
Barómetro na Europa
UMA DÉCADA DE CRESCIMENTO NO MERCADO EUROPEU DE FUNDOS DE INVESTIMENTO
Apesar de o panorama macroeconómico atual não oferecer perspetivas muito promissoras, o mercado europeu de fundos passou a última década a crescer… step by step. E o resultado está à vista. A indústria vale hoje mais 6,8 biliões do que no início de 2012.
Oano não está a ser fácil. Disso ninguém tem dúvidas. O ambiente macroeconómico está a tornar-se cada vez mais sufocante. Além das incertezas em torno da guerra na Ucrânia e da crise energéti ca, que por si só são dois fatores com uma forte influência no mercado, a inflação descontrolada tem levado os bancos cen trais a reagir, e são cada vez mais as vozes que alertam para uma recessão iminente.
Foi precisamente com o objetivo de lutar contra a inflação que o Banco Cen tral Europeu surpreendeu em julho ao dar um murro na mesa. Não só subiu as taxas pela primeira vez em 11 anos como
também o fez de forma agressiva. Um aumento de 50 pontos base, algo que não acontecia há 20 anos. A atitude do BCE está em linha com a postura adotada pela Reserva Federal, que já em junho tinha aumentado as taxas em 75 pontos base, movimento que repetiu em julho.
O mercado europeu de fundos de investimento não esteve imune a este ce nário de incerteza. Uma vez mais, voltou a ressentir-se e sofreu uma nova queda. Embora tenha crescido ligeiramente em julho para os 12,31 biliões de euros, em agosto voltou a tombar para os 12,02 bi liões de euros. Olhando para a distribui ção das captações líquidas na Europa, o panorama também não é auspicioso.
A OPINIÃO
DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA
EM AGOSTO
MERCADO OBRIGAÇÕES AÇÕES OUTROS MISTOS MONETÁRIOS TOTAL
Internacional (*) 2.037.912 2.915.508 278.972 704.479 976.264 6.913.134
Reino Unido 200.093 835.532 25.388 203.856 28.650 1.293.520
Alemanha 131.120 220.418 63.193 104.515 318.459 837.706
França 53.885 241.683 154.698 123.431 4.907 578.605
Suíça 189.379 275.132 31.321 50.607 28.047 574.486
Itália 78.028 335.773 3.221 69.523 0 486.545
Suécia 92.027 49.356 15.953 81.845 9.388 248.569
Espanha 44.275 29.720 3.349 125.495 3.306 206.146
TOTAL 3.079.782 5.254.591 658.865 1.641.371 1.390.306 12.024.915
DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA EM JULHO E AGOSTO
MERCADO OBRIGAÇÕES AÇÕES OUTROS MISTOS MONETÁRIOS TOTAL
Internacional (*) -7.491 -23.134 -9.051 -2.062 15.353 -26.385
Reino Unido 2.308 -9.668 -811 -86 2.085 -6.171
Alemanha -472 -1.442 607 -165 -4.662 -6.133
França -539 -890 251 -201 -160 -1.538
Suíça 1.962 1.064 -34 161 1.774 4.927
1.080
Itália 1.809 -616 11 -125
Suécia 1.309 90 143 -670 351 1.223
Espanha -723 298 -163 -1.458 -80 -2.127
-1.836 -34.297 -9.046 -4.607
*Os dados do Luxemburgo incluem os fundos domicíliados em Dublin. Os monetários dinâmicos incluem-se em outros.
POR QUE INVESTIR EM AÇÕES COM ALTA RENTABILIDADE POR DIVIDENDO NUM CONTEXTO COMO O ATUAL?
Os dividendos devem sempre ser uma consideração importante para os investidores dado que proporcionam um sinal de valorização eficaz, ao mesmo tempo que constituem uma percentagem significativa da rentabilidade total. A nível mundial, a rentabilidade por dividendo representa 33% da rentabilidade média anual desde 1969. Além disso, pensamos que num contexto como o atual é favorável este tipo de estratégias. Em contextos de mercado inflacionários anteriores, tanto as ações com alta rentabilidade por dividendos como as ações com crescimento de dividendos evoluíram bem. As empresas que pagam dividendos tendem a apresentar características de maior qualidade que o mercado. Tendem a ser negócios bem estabelecidos, com um forte posicionamento no mercado e um modelo de negócio apropriado. Os valores de alta rentabilidade por dividendo tradicionalmente operam em setores que foram castigados nos últimos anos, como os bancos e os seguros, por exemplo, que vão beneficiar do aumento das taxas de juro. As empresas de crescimento de dividendos por sua vez tendem a ser de maior qualidade por natureza, com sólidas franquias a partir das quais podem transmitir para os consumidores qualquer aumento dos custos.
Apenas a categoria de monetários resiste em terreno positivo.
AUGE DA GESTÃO PASSIVA
O crescimento da gestão passiva está a acelerar no mercado europeu. O seg mento de ETF tem registado entradas recorde e está a ter um ano particular mente proveitoso a este nível. Embora os investidores mostrem uma clara pre dileção por ações, as obrigações também têm ganho terreno com produtos como o Xtrackers II ESG EUR Corporate Bond ETF, da Xtrackers (DWS), ou o iShares JP Morgan $ EM Bond ETF, da iShares (BlackRock), a alcançarem captações lí quidas acima de 900 milhões de euros em julho e agosto, respetivamente.
Também os ETF sustentáveis se têm revelado uma tendência. Basta olhar para o Top de captações para ver uma verda deira onda verde entre os produtos de ações. Só em julho, estes produtos capta ram mais de 2.800 milhões de euros.
EM JULHO
Xtrackers
EM OBRIGAÇÕES
FUNDO VOL.
NO MÊS
EM MULTIATIVOS E OUTROS
FUNDO VOL.
EM AGOSTO
iShares
No terreno dos multiativos e outros, verificou-se alguma propensão para o risk-off. Os investidores procuraram subscrever produtos que os ajudem a mitigar o risco e a protegerem-se contra a volatilidade que se avizinha.
Olhando agora para os grupos in ternacionais que mais captaram, a BlackRock destacou-se em julho ao alcançar os 6.064 milhões de euros em subscrições líquidas no segmento que inclui os monetários. Em agosto foi a Morgan Stanley que sobressaiu.
No segmento sem monetários, há duas surpresas. A Swisscanto, que al cançou captações na ordem dos 1,427 milhões de euros em julho, e a Lantern Structured AM, que ultrapassou os 2.600 milhões de euros.
10 ANOS VOLVIDOS…
As recentes quedas sentidas no mer cado contrastam com o crescimento verificado na última década. Em 2012,
COM MONETÁRIOS
GRUPOS
QUE MAIS
CAPTAM NO MÊS
EM JULHO
Invesco
Allianz
DWS Concept
Eurizon
Exane
Lyxor
PIMCO
Lumyna-MW
EM AGOSTO
Allianz
Neuberger
BGF
Glbl Mlt-Asst
DWS Concept
Allianz
altura em que a FundsPeople nasceu, o mercado europeu de fundos de in vestimento valia 5,1 biliões de euros. Hoje, 10 anos depois, a indústria vale 12,02 biliões de euros, um estrondoso crescimento de 6,8 biliões.
Porém, nem todo o percurso foi um mar de rosas. Houve alturas em que o mercado passou por períodos voláteis e incertos, como a crise da dívida públi ca da zona euro em 2012, as quedas nos mercados de ações em 2018 ou a pande mia de COVID-19.
Mas não foram só desaires. Ano após ano o mercado foi crescendo. Entre 2018 e 2019, a indústria deu um salto de 1,70 biliões de euros. Também entre 2020 e 2021, o mercado europeu teve um cres cimento de 684 mil milhões de euros. Nestes 10 anos, apenas entre 2021 e 2022 houve uma variação interanual negativa, já que o mercado caiu 1,5 biliões euros. Esperemos que este não seja um pressá gio para os próximos 10 anos.
Con monetarios Sin monetarios
SEM MONETÁRIOS
Olhar para o future investindo em saúde
Health Care Portfolio
Robôs realizando cirurgia. Medicamentos sob medida para cada paciente. Médicos que visitam remotamente. A transformação do setor de saúde está criando excelentes oportunidades de investimento
Mas como você pode investir com sucesso em ações de saúde? Você não precisa ser um luminar da ciência ou ter a capacidade de prever quais novos medicamentos terão sucesso. Por outro lado, é essencial identificar empresas de alta qualidade com soluções comprovadas para mercados em expansão.
AB International Health Care Portfolio fa exatamente isso. Aprofundamos o cenário global para identificar empresas de sistemas de saúde e pacientes em constante mudança no século XXI. Investir em empresas que estão transformando o mundo da medicina pode permitir que você aproveite o grande potencial de retorno de longo prazo do futuro da saúde.
Exclusivamente para profissionais de investimento. Não se destina a distribuição ou consulta pelo público em geral. O valor de um investimento pode diminuir ou aumentar e os investidores podem não recuperar o valor total investido. O capital está em risco. Esta informação é publicada pela AllianceBernstein (Luxembourg) S.à
Société
Autorizada
10 ANOS
DA MELHOR SELEÇÃO DE FUNDOS EM PORTUGAL
Ao longo dos anos, a FundsPeople foi desafiando os responsáveis de vendas das gestoras internacionais a revelarem quem consideram ser os selecionadores de fundos portugueses que mais se destacam. Todas estas votações tiveram um denominador comum: os rasgados elogios que os representantes das entidades gestoras deixam aos profissionais portugueses.
Na última década, a FundsPeople in quiriu os vendas das gestoras inter nacionais nove vezes para descobrir quem são os selecionadores de fun dos portugueses que mais se desta cam pelo brio e profissionalismo com que realizam o seu trabalho. Neste período, o mercado da ges
tão de ativos passou por vários períodos, dos mais prósperos aos mais tempestuosos. Porém, a facili dade com que os selecionadores de fundos portu gueses ultrapassaram os obstáculos que surgiram e a calma com que enfrentaram os momentos mais difíceis mereceram o elogio dos representantes das gestoras internacionais.
2019
OS MAIS MENCIONADOS
Ao longo dos anos, muitos foram os nomes que ficaram gravados nas páginas da FundsPeople, mas houve cin co profissionais que estiveram em grande destaque em pelo menos seis das nove votações. São eles: André Ama do Pinto (atualmente na Alvarium Invesments e ante riormente na BPI Gestão de Ativos); Carla Veiga (GNB
Gestão de Ativos); Rui Broega (BiG); Inês Castro (DWM do Millennium bcp); Marta Martins (atualmen te na IMGA e anteriormente na GNB Gestão de Ativos). 10 anos depois, a FundsPeople falou com estes profissio nais para descobrir o que consideram que foi o mais grati ficante no trabalho de seleção de fundos na última década.
ANDRÉ AMADO PINTO
“Trabalhar nesta área nestes últimos 10 anos permitiu-me ter acesso ao que há de melhor na indústria e não podia estar mais grato. Tive a possibilidade de conhecer alguns dos melhores gestores do sector e ter acesso a diferentes visões de mercado, o que no fim permite-nos perceber um pouco melhor o mundo, algo essencial para o nosso trabalho”.
MARTA MARTINS
“Face a uma década tão desafiante, enquanto selecionadora, foi muito gratificante conseguir adaptar a seleção de fundos aos diferentes contextos de mercado e verificar que essas decisões se materializaram em escolhas bemsucedidas e geradoras de valor.”
CARLA VEIGA
“O contacto permanente com diversas casas de investimento, com diferentes culturas e formas de gestão, tem-me permitido adquirir conhecimentos técnicos e, essencialmente, formas de pensar e de gerir ativos que dificilmente obteria de outra forma. Como sou também gestora de carteiras multiativos é muito gratificante sentir o impacto direto das decisões que tomo ao nível da seleção dos fundos a incluir nas carteiras, assim como conseguir aplicar o que vou aprendendo e as ideias que vão surgindo no contacto com as diferentes casas de investimentos. Por último, não poderia deixar de referir o privilégio de ter a possibilidade de conhecer novas pessoas e de manter contacto com culturas que, por vezes, são tão diferentes da minha!”
INÊS CASTRO
“Foi desenvolver a capacidade analítica e crítica num ambiente em constante mutação (mercado), procurando novas formas de melhorar o processo e o contacto com uma diversidade de gestores com formas diferentes de pensar e que procuram constantemente se superar.”
RUI BROEGA
“O melhor de cada etapa são as pessoas. É disso que se trata. A nossa análise recai sobre processos e resultados concretizados consistentemente por pessoas (equipas). E foi com elas que caminhámos, aprendemos e partilhámos a evolução desta indústria. Estou grato por isso”.
ENERGIA: UMA DÉCADA PARA UMA REVOLUÇÃO
A urgência é crescente e o tempo começa a escassear para consolidar a revolução energética indispensável às metas de emissões estabelecidas para 2030. O que falta? Apesar dos progressos, falta mais suporte político e investimento.
Seja na geração de energias limpas, no seu transporte e distribuição, ou na mobilidade elétrica, incluindo infraestrutura de carregamento e redes de hidrogénio, o investimento atual é ainda insuficiente para alcançar as metas estabelecidas para final da década e as da neutralidade carbónica, em 2050.
Com níveis de investimento adequado, veremos um importante reforço na geração de energia solar e eólica, com claros benefícios no médio prazo. Num horizonte mais vasto, será o hidrogénio a merecer maior atenção, sobretudo pelo papel que pode desempenhar nas áreas mais críticas de emissões: a indústria e os transportes.
As infraestruturas de mobilidade verde, com soluções de transporte e distribuição de energia, incluindo hidrogénio, é uma das áreas onde se prevê um aumento do investimento mais representativo até final da década.
Os mercados em desenvolvimento, cujo crescimento implica aumento do consumo energético, estão em boas condições para reforçar as energias limpas, eólica e solar, enquanto nas infraestruturas de mobilidade são os desenvolvidos, que estão a abrir caminho, os mais atrativos. E a China tem em toda esta revolução um papel relevante, tanto na criação de infraestruturas como no fornecimento de equipamentos, que impacta todo o setor.
MÁRIOEQUILÍBRIO ENTRE SIMPLICIDADE E FLEXIBILIDADE
JANUS HENDERSON BALANCED FUND Morningstar Rating™Flexível. Defensivo. Dinâmico.
Há 30 anos que a estratégia
Balanced oferece uma combinação simples e otimizada de ações e obrigações concebida para captar as melhores oportunidades em cada ciclo do mercado.
A data de início da estratégia representativa é 01/09/1992. O fundo foi lançado em 24/12/1998.
Para mais informações sobre o fundo, aviso legal e performance, visite
Apenas para investidores profissionais. Comunicação promocional. A Janus Henderson Capital Funds Plc é um UCITS constituído sob a lei irlandesa, com responsabilidade segregada entre fundos. Observe que quaisquer diferenças entre as moedas dos títulos em carteira, moedas das classes dos fundos e custos a serem pagos ou representados em moedas diferentes da sua moeda local irão expô-lo a riscos cambiais. Os custos e retornos poderão aumentar ou diminuir como resultado de flutuações da moeda e da taxa de câmbio. Por favor não deixe de consultar o prospecto do UCITS e KIID (ou’ IFI – Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores) antes de tomar qualquer decisão final de investimento. Os resultados passados não são uma garantia de resultados futuros. Este documento não constitui qualquer tipo de aconselhamento financeiro ou oferta para vender, comprar, ou uma recomendação, e não deve ser usado como base para tomar (ou parar de tomar) qualquer decisão, sobre títulos, diferente do contratado em consonância com as leis, regras e regulamentos aplicáveis. Relativamente a aspectos de sustentabilidade, por favor consultar janushenderson.com. Os investimentos subjacentes a este produto financeiro (referido como o Fundo) não têm em conta os critérios da UE aplicáveis às atividades económicas ambientalmente sustentáveis. O Gestor de Investimentos não considera os impactos adversos das decisões de investimento sobre fatores de sustentabilidade, tal como previsto no regulamento SFDR em relação ao Fundo, porque não está classificado nos termos do Artigo 9 ou do Artigo 8 do Regulamento (UE) 2019/2088. A data de início da estratégia representativa é 01/09/1992. O fundo foi lançado em 24/12/1998. O Rating Morningstar é aplicável à classe H2 HEUR (código ISIN: IE00BD860H78) a partir de 30 de junho de 2022. © 2022 Morningstar. Todos os direitos reservados. As informações contidas neste documento: (1) são propriedade da Morningstar e/ou dos seus fornecedores de conteúdos; (2) não poderão ser copiadas nem distribuídas; e (3) não são garantidas como sendo precisas, completas ou atualizadas. Nem a Morningstar nem os seus fornecedores de conteúdo são responsáveis por quaisquer danos ou perdas resultantes de qualquer uso desta informação. Os resultados anteriores não são uma garantia de resultados futuros. Emitido na Europa pela Janus Henderson Investors. Janus Henderson Investors é o nome sob o qual são fornecidos produtos e serviços de investimento pela Janus Henderson Investors internacional limited (reg no. 3594615), Janus Henderson Investors UK limited (reg no. 906355), Janus Henderson fund management UK limited (reg. No. 2678531). Henderson Equity Partners Limited (reg. no.2606646), todas elas registradas em Inglaterra e no País de Gales em 201 Bishopsgate, London EC2M 3AE e reguladas pela Financial Conduct Authority) e a Henderson Management S.A. (n.º reg. B22848 em 2 Rue de Bitbourg, L-1273, Luxemburgo e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier). Uma síntese dos Direitos dos Investidores está disponível em inglês em https://www.janushenderson.com/summary-of-investors-rights-english. A Henderson Management SA pode decidir encerrar os acordos de comercialização deste Instrumento de Investimento Coletivo nos termos da regulamentação adequada. Janus Henderson, Knowledge Shared e Knowledge Labs são marcas comerciais da Janus Henderson Group plc ou de uma das suas subsidiárias. © Janus Henderson Group plc. Anúncio emitido em 29/09/2022.
janushenderson.com/pt/balancedUMA DÉCADA
DE PROXIMIDADE COM O CLIENTE
Passaram 10 anos, mas o objetivo continua o mesmo. Para os vendas das gestoras internacionais é crucial manter o cliente como prioridade.
E isso nota-se no feedback que os selecionadores de fundos portugueses oferecem quando, periodicamente, a FundsPeople os questiona sobre o desempenho destes profissionais.
Muitos foram os obstáculos que surgi ram na jornada dos representantes das gestoras internacionais ao lon go da última década: o crescente uso da tecnologia que permite uma certa distância e até desvinculação; uma pandemia que obrigou a colocar em pausa a proximidade física;
altos e baixos no mercado… Mas a capacidade que estes profissionais demonstraram de contornar as pe dras no caminho e arranjar sempre uma maneira de manter uma linha de comunicação fluída com cliente de forma a que todos os seus pedidos sejam corres pondidos, valeu-lhes nada mais do que uma torrente de elogios ao longo dos anos.
2021
10 ANOS DEPOIS…
Passou uma década, mas há profissionais que se man têm na linha da frente graças à qualidade do seu tra balho. Em destaque em pelo menos seis das sete vo tações realizadas pela FundsPeople estiveram Ana Carrisso (Fidelity International); André Themudo (BlackRock); Mário Pires (Schroders); Miguel Lu
zarraga (atualmente na AllianceBernstein e ante riormente na J.P. Morgan AM); Tiago Forte Vaz (Pictet AM); e Vasco Jesus (MCH Investments). A FundsPeople falou com estes profissionais para des cobrir quais consideram ser as principais diferenças entre o trabalho hoje e há 10 anos.
ANA CARRISSO
Ao longo desta década, evoluiu a forma em que ouço, respondo e filtro a informação, mas sempre tentando manter a proximidade com o cliente e dar resposta às suas necessidades.
Passámos a gerir o nosso tempo de forma diferente, há mais concorrência e uma maior especialização.
MIGUEL LUZARRAGA
A preparação de um samurai antes de um combate, bem como a de um enólogo para criar um bom vinho, não diferem muito da de um vendedor de fundos.
Este trabalho requer uma preparação que pode passar despercebida, mas que faz toda a diferença na hora de conectar com o cliente.
O cliente deve ser sempre o nosso foco. Se seguirmos este princípio, veremos como, com o tempo, virão até nós nos momentos de alegria e de queda do mercado.
A preparação de um samurai, de um enólogo, ou de um vendedor há 10 anos não deverá ter mudado, mas sim evoluído; adquirindo maior conhecimento como o samurai e gerando produtos adaptados às necessidades atuais do cliente como o enólogo. Obrigado por votarem em mim estes anos e um brinde a mais 10!
ANDRÉ THEMUDO
Instituições mais globais, maior sofisticação de produto e aumento da digitalização, fizeram com que tenhamos que estar mais presentes e melhor coordenados internamente. A penetração em produtos alternativos torna o processo de acompanhamento cada vez mais próximo.
TIAGO FORTE VAZ
Na realidade o mundo mudou muito nos últimos 10 anos, mas a nossa atividade na essência não mudou. A nossa atividade na essência continua a ser o que era, ou seja, a constante busca de soluções para os desafios que os nossos clientes enfrentam. Mudam os mercados, mudam as tendências, mudam as estratégias, às vezes até alguns protagonistas, mas a essência essa continua a ser a mesma.
A tecnologia veio ajudar e tornar mais eficiente a forma como chegamos aos outros e os outros chegam até nós, mas o fator Humano segue e soma. A indústria de gestão de ativos é e continuará a ser uma atividade de pessoas para pessoas.
MÁRIO PIRES
A crescente oferta de fundos de investimentos e maior complexidade dessa oferta traduziu-se numa necessidade de maior especialização. O trabalho de vendas tem vindo a evoluir para um trabalho mais consultivo onde a base de partida é o cliente e não o produto.
VASCO JESUS
Uma das principais diferenças entre o trabalho de vendas de hoje e o de há 10 anos tem principalmente a ver com a composição do mercado, ou seja, nestes 10 anos houve uma redução significativa do número de clientes , e um aumento significativo dos parceiros de indústria.
Outra enorme diferença tem a ver com a questão da presença física e dos fluxos de comunicação. Com a crise pandémica todo o modus operandi no que diz respeito à interação com o cliente mudou. Muitas das nuances dessa mudança vieram para ficar e, portanto, teve e tem que haver toda uma reformulação na dinâmica da interação com o cliente. Outra mudança que também aconteceu está relacionada com a quantidade de decisões quantitativas, ou seja, há 10 anos diria que a balança pendia bastante mais para o lado qualitativo enquanto hoje em dia a balança pende claramente mais para o lado quantitativo.
Onegócio da gestão de fundos mobiliários em Portugal passou por inú meros desafios nos últi mos 10 anos. Algumas gestoras nacionais mantiveram-se no mercado durante este período, outras reconfiguraram-se ou desapareceram. Os anos mais recentes foram verdadei ros impulsionadores para este negócio, sendo que foi quando o mercado, no seu agregado, cresceu com maior afin co. Aliás, poderia dividir-se a evolução deste mercado em dois períodos. Um primeiro período, de 2012 a 2018, de estagnação – se olharmos para o total gerido pelas casas nacionais nestes seis anos, o volume cresceu apenas 1%. Já o segundo período, de 2019 a 2022, foi de expansão – nestes três anos, o montan te gerido cresceu 31%.
Uma das razões deste crescimento foi o facto de muitas entidades terem instalado alguns dos seus produtos de
eleição no Luxemburgo. A importân cia desta praça financeira é reforçada pelos números. Com referência a ju nho de 2022, o património sob gestão em fundos mobiliários domiciliados no Luxemburgo e em Portugal ultrapas sava os mil milhões de euros. Em 2012, era apenas de 500 milhões de euros.
Mas como terá evoluído este ne gócio nos últimos 10 anos? Apresen tamos a evolução do montante gerido por cada casa gestora, pelas categorias de investimento que mais cresceram em termos de património, e ainda em termos de oferta de estratégias. Foram considerados os produtos domiciliados em Portugal e no Luxemburgo - in cluindo aquelas estratégias que se ex tinguiram ao longo dos últimos 10 anos -, com informação sobre o património no final de cada um dos anos analisados segundo a base de dados da Mornings tar. É de salientar que a classificação dos fundos em cada categoria não foi
estáticas ao longo dos anos. Conside ramos a classificação mais recente.
TRÊS ANOS DE OURO
Em retrospetiva, o número de entida des a operar no mercado com fundos mobiliários em Portugal e no Luxem burgo não se alterou. Tanto em 2012 como em 2022 contamos 17 gestoras de fundos mobiliários. Contudo, este número foi oscilando nestes 10 anos. A verdade é que o mercado assistiu ao nascimento de entidades, como a BIZ Capital, a Sixty Degrees ou a Casa de Investimentos. Apesar da manuten ção do número de entidades, os ativos sob gestão, quando consideramos os fundos domiciliados no Luxemburgo, passaram de 12 mil milhões em 2012 para 17 mil milhões em junho de 2022. Neste período, o valor sob gestão má ximo atingido aconteceu no final de 2021, com um montante que rondava os 21 mil milhões de euros,
DOS
SOB GESTÃO (EIXO) E RESPETIVO
ANOS
DE TRANSFORMAÇÃO
que o valor mínimo foi registado pre cisamente no final de 2012. Nestes 10 anos, a taxa de crescimento anual do património das entidades gestoras de fundos mobiliários foi de 4,3%.
Na verdade, o património total geri do por estas entidades não cresceu em apenas três destes 10 anos. Aliás, até meados de 2018, poderia mencionar -se que a indústria se encontrava com dificuldades em ultrapassar a barreira dos 12 mil milhões de euros. Contudo, 2019, 2020 e 2021 foram verdadei ros anos de ouro: o total de ativos sob gestão das gestoras nacionais cresceu 15,4%, 12,7% e 33,4%, respetivamente.
TRÊS ENTIDADES DOMINAM
A gestora que, no período em análise, mais frequentemente dominou o merca do nacional em termos de património foi a Caixa Gestão de Ativos, com um patri mónio gerido desde 2012 sempre supe rior a 2,8 mil milhões de euros. De facto, chegou quase a contar com 7 mil milhões de euros em ativos sob gestão em 2021.
Neste período, a Caixa GA apenas não liderou em três anos: 2012, 2016 e 2017. Há 10 anos era precisamente a ex-ESAF (atual GNB Gestão de Ati vos) que dominava o mercado, com mais 174 milhões de euros em ativos sob gestão do que a Caixa GA. Contu do, logo em 2013, esta entidade via-se a ser ultrapassada pela atual líder de mercado. Depois de um período de queda, a verdade é que a GNB GA con seguiu crescer entre 2018 a 2022. Para esta gestora, os fundos domiciliados no Luxemburgo são de extrema impor tância, e de 2015 para 2016, por exem plo, foi com base nestes produtos que a gestora aumentou o seu património.
Já em 2016 e 2017, foi a BPI Gestão de Ativos que alcançou a maior quota de mercado em fundos mobiliários, impulsionada pelos seus produtos do miciliados no Luxemburgo. Ainda as sim, a Caixa GA andou sempre muito próxima da liderança nestes anos.
Entre as entidades de menor dimen são que não figuram no Top 3, desta
que para o constante crescimento ao longo dos anos da sucursal do Bankin ter GA em Portugal, da Optimize IP, da Atrium Investimentos, da Invest GA e, mais recentemente, da Casa de Investimentos.
HEGEMONIA
Em termos de número de fundos, em 2012 contávamos com muito mais pro dutos do que em 2022. Há 10 anos exis tiam 262 produtos no mercado. Atual mente estão registados na Morningstar 182 fundos mobiliários.
A fotografia do número de fundos por classe de ativos é também algo dis tinta da atual. Em 2012 contávamos 75 fundos de alocação (29%), 74 de ações (28%) e 67 de fixed income (26%), sen do a restante percentagem distribuída entre fundos alternativos, diversos e monetários. Atualmente estão regis tados na base de dados da Mornings tar 92 fundos de alocação (51%), 40 de ações (22%) e 41 de fixed income (23%). Por um lado, estes números
PAR T NER
RAPTREN
A OPINIÃO DE
demonstram que as gestoras nacionais foram-se adaptando à procura dos in vestidores nacionais, com o lançamen to de mais fundos de alocação, pois são o tipo de fundos que mais capta dinhei ro em Portugal. Por outro lado, é clara a perda de espaço no mercado pelos fun dos de ações e de fixed income.
Olhando mais especificamente para a categoria de alocação, vemos que tanto aumentou a oferta ao nível de produtos agressivos, como dos mais flexíveis ou moderados. Contudo, destaca-se o au mento da oferta de fundos multiativos moderados, com o número de produtos a aumentar de 19 em 2012, para 27 em 2022.
Já relativamente à categoria de ações, perderam-se, principalmente, fundos de ações focados em geografias específicas. A única categoria acionista que escapa à tendência decrescente na oferta de fundos é a de ações globais lar ge cap. Ainda assim, só está registado mais um fundo pertencente a esta cate goria face a 2012.
Em obrigações, de destacar que, em 2012, não existiam fundos a operar na categoria rendimento fixo global. Con tudo, em 2013, foi lançado um produto para o mercado que se inseriu nesta ca tegoria e, a partir de 2019, esta cresceu ainda mais com o lançamento de mais dois produtos. No entanto, esta foi a única categoria de fixed income que viu um aumento do número de produtos. Só na categoria que agrega os fundos de
obrigações focados na região europeia perderam-se 18 produtos face a 2012. Paralelamente, perdeu-se a total repre sentação de fundos focados em merca dos emergentes.
CRESCIMENTO NAS AÇÕES
Mas terá este decréscimo do número de fundos nas categorias de ações e obri gações traduzido-se numa diminuição do património? Se, por um lado, na ca tegoria de ações vemos um aumento do património em 157%, por outro lado, na categoria obrigacionista, vemos um decréscimo de 9%. O crescimento na categoria acionista foi mais saliente após o ano de 2018, enquanto na cate goria de fixed income os valores foram -se mantendo estáveis. Ainda assim, na sua totalidade, a categoria de fixed income continua a agregar mais ativos sob gestão do que a categoria de ações.
Já na categoria de alocação é eviden te o crescimento dos ativos sob gestão. Atualmente, no total, os 92 fundos de alocação agregam mais de 9 mil mi lhões de euros, fazendo desta a maior categoria em número de fundos e em património. Este é um movimento que nasceu durante os últimos 10 anos, já que, em 2012, a maior categoria era a obrigacionista.
Contudo, este desenvolvimento da categoria de alocação também não foi homogéneo. Por exemplo, os produtos mais agressivos foram os que mais cres ceram percentualmente desde 2012, passando de 51 milhões de euros sob gestão em 2012 para mais de 378 mi lhões em 2022. Já os fundos cautelosos, que eram os que detinham maior volu me sob gestão em 2012, continuam a merecer esse destaque em 2022.
Na próxima década, não sabemos que evolução está reservada à indústria de fundos mobiliários nacional. Mas a avaliar pelos 10 anos que passaram, seguramente que novas tendências de mercado irão surgir… e cá estaremos para as reportar!
COMO PRESERVAR O PODER DE COMPRA DOS NOSSOS CLIENTES
Apesar da mudança de rumo das políticas monetárias dos bancos centrais, a inflação continua com números elevados e persistentes. Neste contexto, a AXA Investment Managers, com mais de 30 anos de experiência em gestão de fundos de obrigações indexados à inflação e com cerca de 35.000 milhões de dólares sob gestão (a 30/06/2022) procura oferecer soluções que permitam limitar o impacto do aumento dos preços, como o fundo AXA WF Euro Inflation Plus, que fará um ano nos próximos dias. Trata-se de um fundo de retorno total, gerido ativamente e que utiliza as várias estratégias que as obrigações indexadas à inflação permitem. As obrigações indexadas à inflação são um ativo de obrigações complexo de gerir. São afetadas não só pela duração e curva das taxas, mas também pela inflação realizada e expetativas da mesma (breakevens).
Mas estas variáveis são, por sua vez, a oportunidade de alcançar o objetivo do fundo: tentar vencer a inflação europeia1 anualmente em euros, incluindo os seus elementos mais voláteis, a energia e as matérias-primas.
JONATHAN BALTORA Responsável de Dívida Soberana, Inflação e Divisas, AXA IMInvestir no combate às alterações climáticas exige inteligência
As alterações climáticas constituem um dos maiores desafios que se deparam à nossa sociedade. Por esse mundo fora, porém, existem empresas dinâmicas que estão a enfrentar o desafio com abordagens inovadoras, criando oportunidades multissetoriais para investidores que queiram fazer parte da solução.
Para mais informações digitalize o nosso código QR
O seu capital poderá estar em risco.
CHANGES
Nestes 10 anos, a análise financeira mudou bastante, o que se refletiu num número crescente de certificações nesta área. Tal como 2012 o foi, seria importante que 2022 marcasse um ponto de partida para uma recuperação dos mercados, mas também do país em geral.
Turn and face the strange, Don´t wanna be a richer man, Turn and face the strange, Just gonna have to be a different man, Time may change, But I can´t trace time (David Bowie, Changes, 1971)
P ortugal mudou bastante desde 2012: 2022 será o ano de maior crescimento nominal do século, depois de 21 anos de crescimen to miserável e anos de crescimento negati vo. Não somos mais um patinho feio, nem o P entre PIGS, há países europeus que enfrentam desafios bem mais preocupantes que o nosso e o destino do Euro continua a despertar as prosas de muitos analistas políti cos, tal como há 10 anos atrás.
Os mercados financeiros mudaram em várias dimensões nestes 10 anos, com retornos sustentadamente positivos na maioria das classes de ativos, seja ações, obrigações ou imobiliário, quando há 10 anos as yields portugueses atin giam máximos na Crise do Euro e algumas economias do sul da Europa sofriam para se financiarem antes de Draghi pronunciar a sua famosa frase do whatever it takes.
Também a reforçar a visão optimista, a informação sobre as atividades de gestão de ativos em Portugal e sobre os mercados mudaram decididamente ao longo destes 10 anos após o aparecimento de uma publicação e uma ini ciativa de grande qualidade, calibre e reputação como foi a FundsPeople em 2012.
Como presidente da APAF-Associação Portuguesa dos Analistas Financeiros orgulho-me de dizer que a análi se financeira também mudou bastante, pois temos hoje muitos mais diplomados CFA-Chartered Financial Analyst (mais de 150) , CEFA- Certified European Financial Analyst (mais de 300) e CESGA- Certified in Environmental Social and Governance Analyst (cerca de 70), do que alguma vez Portugal teve, estando por isso as nossas empresas muito mais equipadas com conhecimentos especializados dos seus recursos humanos do que estavam há 10 anos atrás. Mas nem tudo mudou para melhor, o mundo tal como o conhecíamos mudou bastante; antes havia uma paz que a
queda do Muro de Berlim parecia ter assegurado, e agora temos uma guerra na Europa de que não se vislumbra um fim, uma inflação galopante e uma crise energética ao es tilo da década de 70 do século anterior. O mundo é mais inseguro e ambientalmente mais complexo e desafiante, apesar de Portugal ter saído de uma crise financeira bri lhantemente, e estar a atrair estrangeiros como se fosse a Flórida dos EU da Europa. Na verdade os mercados fi nanceiros globais só agora, em 2022, estão a dar sinais de que o famoso ciclo económico não desapareceu, apenas tinha sido adormecido à sombra de políticas monetárias ultra-agressivas e de estímulos fiscais desproporcionados para salvar as pessoas e as economias do COVID. Foram 10 anos de constantes mudanças, que muitos gráficos re fletirão bem, mas que todos os que vivemos no mercado, sabemos que foram acompanhados ao detalhe pela equi pa da FundsPeople
A mudança é o mote da melhoria contínua em que todos vivemos. Estou certo que os próximos 10 anos trarão para a FundsPeople, para o mercado financeiro português e para o nosso país em geral, um conjunto de alterações que se revelarão ainda mais positivas do que aquelas que já vivemos desde 2012. O país está equipado de talento humano (tal como a FundsPeople), tem melhores univer sidades do que antes tinha, tem melhores empresas líde res em temas de sustentabilidade energética, e se souber aproveitar todo o restante capital que dispõe terá uma menor dependência de dívida por vezes não sustentável e que nos obrigou aos sacrifícios de há 10 anos atrás.
Era bom que a história não se repetisse e que 2022 não fosse um ano de partida para uma recuperação como foi o de 2012 e que só foi alegrado pela audácia e ambição do arranque do projeto FundsPeople!
Espero estar por aqui em 2032 para vos dar, a todos, os pa rabéns pelo vigésimo aniversário de tão celebrado evento.
Hidrógenio Um grande passo para os seus investimentos e para a transição energética.
CPR Invest - Hydrogen, uma oportunidade para criar valor investindo em todo o ecossistema do hidrogénio: um mercado inovador com grande potencial;
Estima-se que irá cobrir cerca de 17% de todas as necessidades energéticas até 2050**; Poderá ajudar a reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa. amundi.pt
é dirigido a qualquer “Pessoa dos EUA”, tal como definido na Securities Act de 1933 e no prospecto. A KIID, que o proponente do investimento deve entregar antes de assinar, e o Prospecto estão disponíveis gratuitamente nos escritórios dos agentes de colocação, bem como no website https://www.amundi.com/globaldistributor/. Um resumo da informação sobre os direitos
AS HISTÓRIAS DA GESTÃO DE PATRIMÓNIOS NACIONAL
O mercado nacional de gestão de patrimónios não viu, certamente, a sua melhor década no período de 2012 a 2022. Pelo menos no que se refere aos ativos sob gestão totais. Contudo, sabemos bem que este
número é frequentemente enganador e não reflete na plenitude a grandeza destas entidades.
Osegmento de gestão de patrimónios pode ser es pecialmente enganador para quem o olha su perficialmente. Existem duas formas através das quais estas en tidades prestam os seus serviços, gestão discricionária - reportado ao regulador nas estatísticas que agregámos - e con sultoria para investimento. Esta segun da modalidade acaba por se ver refletida noutros números que não os reportados, em estatísticas de mera execução de ins tituições financeiras, por exemplo, ou encontrarem-se reportados em alguma jurisdição que não Portugal, escapando aos números reportados pelo super
visor nos rankings deste segmento de mercado. Um bom exemplo do quan to a responsabilidade destas entidades pode estar subestimada vê-se nas divul gações de resultados da Golden Wealth Management. A entidade gestora de patrimónios do Porto divulgava 1,1 mil milhões de euros em ativos sob acompa nhamento no final de 2021, enquanto a CMVM reporta menos de 500 milhões na mesma data.
DESLOCAMENTOS
Contudo, os dados reportados refletem uma série de grandes movimentos re levantes nos últimos anos da década. Movimentos que fizeram com que a
2020 na gestão discricionária e consultoria para investimentos, foi um ano de mudanças. Segundo a APFIPP, a Caixa Gestão de Ativos verificava um “levantamento parcial de um cliente institucional de grande dimensão”.
tendência de crescimento da indústria, que se vê nos primeiros dois terços do período em análise, se interrompesse.
Um desses movimentos, no primei ro trimestre de 2020, esteve relaciona do com a “transferência de montantes consideráveis de carteiras de gestão in dividual de um operador para a esfera seguradora”, como indica a CMVM no seu Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários desse ano. Na prática, a Fidelidade, com uma relação histórica relevante com a gestão de ati vos da Caixa Gestão de Ativos passou a ter sob a sua responsabilidade a ges tão de uma parte significativa das suas carteiras, que antes se encontravam
geridas pelo atual líder de mercado. Nesse ano, perderam-se mais de 13 mil milhões de euros de ativos sob gestão neste segmento de mercado.
Outro aconteceu no final do pri meiro semestre de 2021. Nesta altura a BMO Portugal, a então maior enti dade gestora de patrimónios nacional, deixava de gerir as carteiras do grupo Ageas Portugal (seguradoras vida, não-vida e saúde e gestão de fundos de pensões, com as marcas Ocidental, Ageas e Médis), o seu único cliente relevante em Portugal. A entidade seguradora e gestora de fundos de pensões comunicou a sua intenção de passar a executar internamente a
sua gestão de ativos. Esta decisão le vou a que em 2021 se registasse uma quebra de mais de 11 mil milhões de euros nos ativos sob gestão da gestão de patrimónios.
Já em 2019, a redução dos ativos sob gestão da BPI Gestão de Ativos teve também um impacto relevante na di mensão do mercado. Foram mais de 3.500 milhões de euros em ativos sob gestão que a entidade deixou de reportar de um para o outro ano. “Na sequência da aquisição da BPI Gestão de Ativos e da BPI Vida e Pensões pelas congéneres espanholas do Grupo Caixabank (Cai xabank Asset Management e VidaCai xa), tem ocorrido a assumpção pelas
Caixa Gestão
RANKING POR ATIVOS SOB GESTÃO
8.513,9 9.476,2 9.791,5 21.993,2 22.527,2 21.814,4 21.927,9 22.331,1 21.527,3 19.589,4 19.470,2
Santander Asset Management 5.325,7 5.900,2 5.795,1 6.008,5 5.309,7 4.328,0 3.845,6 4.352,9 5.073,4 4.312,6 4.932,1
Banco Comercial Português 4.977,0 5.377,5 2.927,2 2.867,2 2.501,0 2.546,6 2.187,6 1.902,1 1.522,6 996,1 547,5
BPI Gestão de Ativos 4.065,1 4.315,5 3.453,2 3.194,6 6.928,3 7.039,2 6.563,9 8.176,3 6.960,1 4.779,5 4.329,2
GNB 3.994,5 4.696,8 5.136,8 6.194,4 5.610,9 5.778,7 6.659,2 7.629,0 2.773,8 8.914,1 6.414,6
Montepio Gestão de Activos 1.497,6 1.640,2 1.607,1 1.514,7 1.382,9 1.397,4 1.537,7 1.464,4 1.356,2 1.200,9 1.049,0
Crédito Agrícola Gest 1.255,1 1.381,9 1.367,4 1.411,8 1.620,2 1.971,9 2.142,1 2.156,2 1.993,7 1.673,6 1.366,0
LM Capital Wealth Manag. 998,9 1.099,2 983,5 862,7 782,7 - - - - - -
Bankinter Gestión de Activos 678,4 769,7 564,5 546,0 500,8 - - - - - -
Golden Wealth Management 483,0 462,1 367,7 303,2 427,5 683,9 587,5 540,9 546,0 528,6 606,0
Banco de Investimento Global 433,5 447,3 358,0 340,5 308,0 441,4 372,0 136,8 45,4 44,3 39,7
Banco Santander Totta 317,3 387,9 391,1 449,7 457,9
Atrium Investimentos 298,6 312,6 289,9 319,1 426,4 750,8 847,0 869,2 802,7 762,8 811,1
Banco L.J. Carregosa 173,0 197,7 160,1 149,5 137,7 166,1 124,9 115,4 93,0 61,9 35,5
Haitong Bank 147,3 147,5 197,5 145,5 89,1 71,7 157,4 232,9 223,4 196,2 142,4
Bankinter 104,9 114,3 86,6 66,5 55,3 722,8 605,6 - - - -
IBCO 96,3 96,8 87,6 92,6 86,4 104,4 92,1 97,7 103,0 82,0 75,2
Casa de Investimentos 92,8 143,2 127,6 131,8 89,5 95,9 88,5 65,9 60,8 40,7 16,5
Ask Patrimónios 91,3 195,1 14,7 13,4 9,6 9,3 6,4 6,5 6,0 5,3 4,9
ABANCA 80,2 69,4 28,7 27,7 - - - - - - -
Optimize Investment Partners 74,0 148,7 90,2 107,2 102,9 116,4 111,6 107,4 85,0 65,4 52,4
BBVA 71,2 82,1 93,3 122,1 166,8 281,9 262,4 308,9 302,3 278,2 299,8
Banco BPI 57,2 64,2 - - 25,1 50,2 52,0 - - - -
Heed Capital SGOIC 23,4 25,3 23,2 15,6 11,7 12,5 8,0 17,6 23,2 21,5 11,1
LYNX Asset Managers 15,3 18,7 7,0 5,4 7,3 11,1 13,0 14,4 20,6 17,4 16,8
Banco Invest 13,3 15,1 10,4 6,8 4,7 5,4 4,4 4,6 3,4 2,1 1,2
Banco Português de Gestão 12,9 14,7 17,5 17,6 14,5 14,2 5,4 7,0 4,5 3,4 7,4
BEST 7,0 12,8 13,1 13,7 13,4 16,2 174,6 191,5 168,0 91,9 55,3
Golden Broker 6,1 5,1 3,1 2,9 2,8 1,7 1,8 3,0 5,4 6,7 3,4
Bison Bank 2,6 4,3 4,7 0,2 - - - - - - -
Banco Finantia 0,6 0,8 - - - 17,9 17,4 18,4 17,1 16,9 24,0
BMO Portugal - - 14.762,9 15.353,5 14.410,3 14.728,7 13.029,4 13.647,8 14.034,4 13.758,9 14.272,6
Biz Valor - - 44,3 51,3 49,6 56,4 59,8 44,1 42,7 37,9 32,2
Luso Partners - - 19,7 19,5 18,1 22,1 6,2 6,0 6,1 6,9 7,1
InvestQuest 5,0 4,6 6,3 50,4 55,4 87,3 26,6 6,1
Dif Broker - - - 0,4 2,9 4,6 7,8 12,7 11,1 12,4 14,2
D. Bank Aktiengesellschaft - - - - 37,3 51,1 49,1 45,3 26,9 22,8 36,1
Orey Financial - - - - 4,8 5,4 5,2 4,7 6,4 54,9 54,5
Banco BIC Português - - - - 2,2 3,1 4,9 5,9 3,9 1,0 -
Banco Popular Portugal - - - - - 136,5 142,6 137,1 104,5 67,5 65,1
St. Galler Kant. AG - Portugal - - - - - 5,6 74,1 170,4 157,4 133,2 101,4
Banif - Banco de Investimento - - - - - - 300,5 306,8 304,9 279,5 267,6
Edmond de Rothschild Europe - - - - - - 197,4 222,0 208,5 210,7 216,7
Patris Gestão de Activos - - - - - - 185,0 204,0 195,1 227,3
Barclays
GGH
Novo
Banque
“A BMO GAM continuará a fornecer os serviços normalmente até que a transição seja concluída em julho de 2021”, confirmavam então da entidade gestora à FundsPeople.
empresas portuguesas de atividades até agora delegadas entre empresas do Gru po BPI. Deste modo, a redução mensal do volume sob gestão decorre da gestão direta de algumas carteiras de seguros da BPI Vida e Pensões, anteriormen te delegada à BPI Gestão de Ativos”, explicava a Associação Portuguesa de Fundos Pensões e Patrimónios (APFI PP) numa nota mensal.
Descendo na escala do tamanho, con tamos a história daquela que é a maior entidade gestora de patrimónios in dependente nacional, a LM Capital Wealth Management. A entidade nas ceu em 2018, muito embora uma parte dos ativos desta entidade nas estatísti cas não sejam novos. Na prática, a enti dade resultou de uma reorganização no âmbito do grupo a que pertencia, a
Na sequência da aquisição da BPI Gestão de Ativos e da BPI
Vida e Pensões pelas congéneres espanholas do Grupo Caixabank (Caixabank Asset Management e VidaCaixa), ocorreu a assunção pelas empresas portuguesas de atividades até então delegadas entre empresas do Grupo BPI.
DUAS FORMAS ATRAVÉS
sucursal portuguesa do banco suíço St. Galler Kantonalbank, que tomou a de cisão estratégica de se retirar gradual mente do mercado português. A LM Capital iniciou a sua atividade junho de 2018 e ajudou a reforçar os ativos reportados da gestão de patrimónios em Portugal em mais de 600 milhões de euros, face aos montantes máximos que o banco suíço reportava.
Um pouco mais abaixo, a Bankinter Gestión de Activos, sucursal em Por tugal da entidade gestora espanhola, iniciou a sua atividade em 2018 tam bém. Um volume relevante de ativos que antes se encontravam na esfera do banco, passaram então para a esfera da entidade gestora de patrimónios com
um efeito relativamente neutro nos to tais da indústria.
Muitas outras histórias marcam a evolução da gestão de patrimónios nacional desde 2012, mas estas são al gumas das mais marcantes em termos do impacto que tiveram na estrutura e dimensão do mercado. A verdade é que a evolução global da gestão de ati vos nacional tem sido muito positiva ao longo dos anos e especialmente nos mais recentes. Também é verdade que a grande parte destes movimentos não tiverem um impacto na dimensão total de investimento institucional em Por tugal como fica evidente noutros temas desta revista especial de aniversário da FundsPeople
O ANTES E O DEPOIS DA FUNDSPEOPLE
A FundsPeople permite trocas de impressões dentro do mercado, e abriu a porta ao networking nesta indústria: algo pouco comum até ao seu aparecimento.
L embro-me, como se fosse hoje, do incrível evento do 1º aniversário da FundsPeople , onde talvez tenha sido a primeira vez que tantas pessoas dos fundos se encontra ram: gestores de fundos (nacionais e in ternacionais), distribuidores, investidores institucionais e até reguladores, numa noite quente e animada, num roof-top de Lisboa.
A entrada da FundsPeople no mercado português não deixou ninguém indiferente, e mudou muito o mercado. Com uma história de mais de 30 anos, a BPI Gestão de Ativos teve a oportunidade de ter presenciado o antes e o depois da FundsPeople
Ao longo destes 30 anos, foram muitos os eventos que marcaram a nossa história e que tiveram impacto dire to nos mercados financeiros e na sociedade em geral. A globalização dos mercados de capitais, as sucessivas crises e o new normal levaram as gestoras de ativos a terem de se adaptar às novas exigências do mercado que foram surgindo. Desde novas legislações, diretivas, novos produtos, até mais pressão concorrencial entre outras consequências, que aliadas a informação pou co disseminada e pouco partilhada entre os diferentes players, tornou a atividade das gestoras mais complexa e desafiante.
Temos o exemplo da DMIF que apareceu em meados dos anos 2000, e num momento em que a difusão de informação entre os vários players era escassa e não existiam muitos mecanismos de difusão pública. Já na DMIF II e com o aparecimento de novos parceiros, entre os quais a FundsPeople , existiram muitas oportunida des de troca de impressões bem como disseminação
de opiniões por várias vias, web, revista física e eventos presenciais, que acabou por contribuir de forma impor tante na tomada de decisão e modo de atuação das gestoras. Tem sido ao longo destes anos um contributo muito relevante para o mercado.
Mas este contributo da FundsPeople não se limita a te mas regulatórios. No momento do lançamento de novos produtos ou de alteração de produtos, os participantes de mercado têm a informação do quê, como e quando – e até o quem - no dia em que chegam ao mercado, ou poucos dias depois. Esta partilha de informação tem ajudado a promover uma concorrência saudável e a fo mentar a inovação.
Outra dimensão que vemos como muito importante, e que a FundsPeople nos trouxe, é o networking. Ter mos a oportunidade de estar frente-a-frente em fóruns com os nossos clientes, parceiros e concorrentes, e de os conhecer melhor, é muito relevante e cria valor para todos pois faz expandir o mercado de gestão profis sional de ativos. O mérito é todo da FundsPeople que, através do seu trabalho e empenho, cria as condições para que aconteça.
Mas nem tudo gira à volta dos fóruns, das notícias, dos artigos de opinião, do linkedin… a FundsPeople presen teia-nos anualmente, no seu aniversário, com um evento onde está todo o mercado nacional e em que o único re quisito é divertir-nos e convivermos. Uma oportunidade única de fomentarmos boas relações entre todos.
Parabéns FundsPeople por estes 10 anos de dedicação ao mercado nacional! Estamos expectantes pelo que nos vão trazer nos próximos 10 anos, que vão ser com certe za de muito sucesso.
PORTUGAL UM MERCADO TITÃ EM FUNDOS ESTRANGEIROS,À SUA PRÓPRIA ESCALA
O nosso mercado cresce, com espaço para as entidades gestoras de fundos estrangeiros construírem e consolidarem o seu negócio.
Adinâmica do negócio das entidades gestoras estrangeiras no nosso país fica evidente nas estatísticas que têm sido partilhadas pelas diferentes entidades supervisoras. O peso dos fundos es trangeiros nos fundos de investimento nacionais, na gestão de patrimónios ou nos balanços das seguradoras eviden ciam que os profissionais de investi mento nacionais confiam mais e mais ativos sob gestão a veículos de investi mento internacionais.
Em 2021 e com dados de 2020, a FundsPeople divulgava a sua própria estimativa daquela que era a dimensão do volume que os fundos estrangeiros agregavam em Portugal. O veredicto era então de 26,29 mil milhões de eu ros, o que comparava com a estimativa da European Fund and Asset Manage ment Association (EFAMA) de 32 mil milhões. E surpresa… um ano depois, a mesma associação europeia de fundos estimava um crescimento desse valor em 2021 de, nada mais nada menos, 10 mil milhões de euros. Falamos de mais 30% de crescimento. Novamente desafiamos este número e construímos
a nossa própria estimativa daquela que é a pool de negócio para tantas gestoras internacionais que olham com interes se para o nosso mercado.
A estimativa foi construída com base nos dados divulgados pela Co missão do Mercado de Valores Mo biliários (CMVM) e pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), como reguladores dos cinco grande blocos de investi mento institucional no nosso país. Contudo, revelam-se preciosos os detalhes agregados e divulgados pela Associação Portuguesa de Fundos, Pensões e Patrimónios (APFIPP) para acrescentar alguma minúcia a esta estimativa.
Esmiuçamos então os diferentes segmentos institucionais analisados:
1. GESTÃO DE PATRIMÓNIOS
A gestão de patrimónios nacional é um segmento que tem visto os seus ativos decrescer significativamente por via das mudanças na estrutura de mercado. Isso, contudo, não tem tido um impac to relevante na dimensão de ativos sob gestão (AuM) de agentes investidores institucionais nacionais. Estes AuM
que se perderam nestas estatísticas são reportados ainda nos relatórios da ASF.
No final de 2021, a gestão de patri mónios acumulava um total de 37,63 mil milhões de euros em ativos geridos, sendo que, destes, 14,15 mil milhões de euros diziam respeito a unidades de participação de fundos de investi mento. Aprofundando a análise, com recurso aos dados da APFIPP, vemos que pelo menos 604,8 milhões de euros dizem respeito a fundos domésticos e 316,07 milhões a fundos imobiliários, pelo que estimamos um total aproxi mado de 13,23 mil milhões de euros de fundos de investimento mobiliários estrangeiros, nas carteiras deste seg mento investidor no final de 2021. O mesmo exercício, executado a junho de 2022, depois de toda a turbulência que tomou conta dos mercados financeiros, leva-nos a um ajuste na estimativa para um total de 11,89 mil milhões de euros.
2. GESTÃO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS
Já no que diz respeito aos fundos mo biliários domésticos, a verdade é que o peso das unidades de participação de fundos estrangeiros tem vindo a crescer ao longo do tempo. O sucesso
VALOR TOTAL DO MERCADO PORTUGUÊS DE FUNDOS ESTRANGEIROS NO FINAL DE 2021
comercial dos fundos de fundos na cionais, muitos deles PPR, explica em parte este crescimento.
Neste segmento investidor, a CMVM desagrega as rubricas de unidades de participação pela sua nacionalidade e o valor reportado no final de 2021 ascendia a, nada mais nada menos, 7,22 mil milhões de eu ros. Já a junho de 2022, este montan te sofreu uma quebra de 16% para os 6,07 mil milhões de euros.
3. DISTRIBUIÇÃO
A distribuição direta de fundos es trangeiros é outro segmento que tem mostrado um crescimento impressio nante ao longo do tempo. Na última década passou de menos de mil mi lhões de euros, para um valor supe rior a 7 mil milhões no final de 2021. Mais precisamente, 7,57 mil milhões de euros.
Destes, no entanto, algumas centenas de milhão já se encontram refletidas nas estatísticas de gestão de patrimónios, nomeadamente os montantes em fun dos geridos por entidades gestoras de patrimónios em fundos no Luxembur go distribuídos em Portugal. Um valor que no seu total ascenderá a pouco mais de mil milhões de euros, repartido nos diferentes segmentos de gestão de ati vos. Dada a dificuldade em distinguir o valor com a perícia adequada e con siderando a imaterialidade no total da estimativa, não o consideramos.
Por outro lado, o segmento da dis tribuição também não ficou imune à turbulência de 2022 e fechou o semes tre nos 6,45 mil milhões de euros.
4. SEGURADORAS
As companhias seguradoras são o maior investidor institucional portu guês, no seu agregado. Os fundos pró
prios e as provisões para as diferentes categorias de seguros e soluções de investimento somavam 51,38 mil mi lhões de euros no final de 2021. Apesar desta dimensão, de entre os segmentos analisados, não são o investidor ins titucional que mais aloca a fundos de investimento como resultado de uma elevada componente de investimento direto caraterístico da sua gestão. Con tudo, o volume destes veículos no total das carteiras de investimento tem cres cido também de forma significativa, com especial destaque para as carteiras de unit linked ao longo de 2021.
No final desse ano, o total de inves timento em fundos de investimento amontoava a 11,2 mil milhões de eu ros. Dados de 2021 da ASF mostram, na desagregação desta rubrica, que a alocação a unidades de participação de fundos imobiliários é imaterial. Já o montante alocado a fundos domésti
FUNDOS ESTRANGEIROS COM MAIS DE 50 MILHÕES DE EUROS DISTRIBUÍDOS ENTRE INVESTIDORES PORTUGUESES
GESTORA
FUNDO
AB Select Absolute Alpha Portfolio AllianceBernstein
Aberdeen Standard SICAV I Japanese Sust.Equity abrdn
Allianz Advanced Fixed Income Euro Allianz GI
Allianz Capital Plus Allianz GI
Allianz China A-Shares Allianz GI
Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 15 Allianz GI
Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 50 Allianz GI
Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 75 Allianz GI
Allianz Enhanced Short Term Euro Allianz GI
Allianz Euroland Equity Growth Allianz GI
Allianz Europe Equity Growth
Allianz GI
Allianz Floating Rate Notes Plus Allianz GI
Allianz Global Artificial Intelligence Allianz GI
Allianz Global Sustainability Allianz GI
Allianz Income and Growth Allianz GI
Allianz Strategy 15 Allianz GI
Amundi Enhanced Ultra Short Term Bond Amundi AM
Amundi Euro Liquidity Short Term Amundi AM
Amundi Funds Emerging Markets Bond Amundi AM
Amundi Funds European Equity Value Amundi AM
AXA Rosenberg Global Equity Alpha Fund AXA IM
AXA WF Euro Credit Short Duration AXA IM
BBVA Multi-Asset Moderate EUR Fund BBVA AM
BGF Emerging Markets Local Currency Bond Fund BlackRock
BGF Euro Corporate Bond Fund BlackRock
BGF European Special Situations Fund BlackRock
BGF Global Multi-Asset Income Fund BlackRock
BGF Sustainable Energy Fund BlackRock
BGF World Healthscience Fund BlackRock
BlueBay Investment Grade Bond Fund BlueBay AM BlueBay Investment Grade Euro Government Bond BlueBay AM
BNP Paribas Funds USD Money Market BNP Paribas AM
BNP Paribas Insticash BNP Paribas AM
BNP Paribas Mois ISR BNP Paribas AM
BSF European Absolute Return Fund BlackRock
Capital Group New Perspective Fund Capital Group Carmignac long short european equities Carmignac Carmignac Securité Carmignac
DWS Concept Kaldemorgen DWS
DWS Floating Rate Notes DWS
ELEVA Absolute Return Europe ELEVA Capital
ELEVA European Selection ELEVA Capital
Fidelity European Dynamic Growth Fund Fidelity
Fidelity Global Multi Asset Income Fund Fidelity Fidelity Global Technology Fund Fidelity Flossbach von Storch Bond Opportunities Flossbach von Storch Flossbach von Storch Multi-Asset Defensive Flossbach von Storch Flossbach von Storch Multiple Opportunities II Flossbach von Storch
GAM Local Emerging Bond GAM Investments
FUNDO GESTORA
Janus Henderson Global Technology and Innovation Janus Henderson
Janus Henderson Horizon Euro Corporate Bond Fund Janus Henderson
JPMorgan Funds Asia Pacific Equity Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds EU Government Bond Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds Euroland Equity Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds US Aggregate Bond Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds US Value Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds Europe Select Equity J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds Global Income Fund J.P. Morgan AM
Jupiter Dynamic Bond Jupiter AM
Legg Mason Royce US Small Cap Opportunity Fund Franklin Templeton Invest.
M&G European Credit Investment Fund M&G
MFS Meridian Emerging Markets Debt Fund MFS IM
MFS Meridian European Research Fund MFS IM
Mirova Euro Sustainable Equity Fund Natixis IM
MS INVF Euro Corporate Bond Duration Hedged Morgan Stanley IF
MS INVF Euro Corporate Bond Fund Morgan Stanley IF
MS INVF Global Property Fund Morgan Stanley IF
MS INVF US Advantage Fund Morgan Stanley IF Muzinich Enhancedyield Short Term Muzinich & Co.
Ninety One European Equity Ninety One
Ninety One Global Multi-Asset Income Ninety One
NN (L) Alternative Beta I Cap EUR Hedged Goldman Sachs AM
NN (L) Green Bond I Cap EUR Goldman Sachs AM
Nordea European High Yield Bond Fund Nordea AM
Nordea Global Climate and Environment Fund Nordea AM
Nordea Stable Return Fund Nordea AM
Ossiam Shiller Barclays CAPE® US Sector Value Natixis IM
Pictet TR-Atlas Pictet AM
Pictet-Global Megatrend Selection Pictet AM
Pictet-Multi Asset Global Opportunities Pictet AM
Pictet-Security Pictet AM
Pictet-Short Term Emerging Corporate Bonds Pictet AM
PIMCO GIS Euro Income Bond Fund PIMCO
PIMCO GIS Income Fund PIMCO
PIMCO GIS US High Yield Bond Fund PIMCO
PIMCO GIS US Investment Grade Corporate Bond PIMCO Robeco BP Global Premium Equities Robeco
Schroder ISF EURO Corporate Bond Schroders
Schroder ISF EURO Equity Schroders
Schroder ISF EURO High Yield Schroders
Schroder ISF EURO Short Term Bond Schroders
Schroder ISF Global Credit Income Schroders
Schroder ISF US Large Cap Schroders
T Rowe Price Japanese Equity T. Rowe Price
T Rowe Price US Blue Chip Equity T. Rowe Price
Tikehau Short Duration Tikehau Capital
UBS (Lux) Strategy Fund Balanced Sustainable UBS AM
UBS (Lux) Strategy Fund Yield Sustainable UBS AM
GAMCO Merger Arbitrage
GAMCO Investors Groupama Entreprises Groupama AM Groupama Monétaire IC Groupama AM
GS Emerging Markets Equity Portfolio Goldman Sachs AM
iShares Euro Aggregate Bond Index Fund BlackRock
iShares Euro Government Bond Index Fund BlackRock
Janus Henderson Absolute Return Fund Janus Henderson Janus Henderson Balanced Fund Janus Henderson
Fonte:
Vontobel Fund Commodity Vontobel AM
Vontobel
Vontobel
Vontobel
Wellington
Wellington
Wellington
Vontobel
Um mercado de fundos estrangeiros de dimensão relevante, mas em que os ativos estão ditribuídos por muitas diferentes estratégias de várias entidades gestoras. Só fundos com mais de 50 milhões de euros entre investidores portugueses são mais de 110.
cos ascende a pouco menos de mil mi lhões de euros, resultando num valor ajustado de 10,3 mil milhões.
A junho de 2022, a rubrica de fun dos de investimento estrangeiros in cluía 9,31 mil milhões de euros.
5. FUNDOS DE PENSÕES
Terminamos com os fundos de pensões. No fecho de 2021, esta categoria de in vestidor institucional agregava 24,12 mil milhões de euros em ativos sob gestão. Deste total, a ASF reportava que 36% se encontrava alocado a fundos de investi mento, o que representa 8,68 mil milhões de euros. À semelhança do setor segura dor e considerando os dados mais atuais disponíveis, cerca de 10% do total deste montante refere-se a fundos imobiliários - segundo a ASF -, pelo que seguimos o caminho de uma estimativa conservado ra e aplicamos este ajustamento, apesar
de os dados da APFIPP apontarem para uma ponderação inferior. A distribuição por nacionalidade dos fundos mostra -nos que cerca de 6% das unidades de participação em carteira são de fundos domésticos, pelo que consideramos o montante total restante na estimativa: 7,34 mil milhões de euros.
No fecho do mais recente semes tre, o valor bruto era de 8,07 mil mi lhões de euros, ou 6,66 mil milhões depois de ajustamentos.
DUPLICAÇÕES
A soma de todos os dados enunciados acima permite-nos chegar a uma esti mativa aproximada de 45,67 mil mi lhões de euros de ativos em fundos es trangeiros. Não obstante, um segundo nível de ajustamentos é necessário para que a nossa estimativa esteja o mais aproximada possível da realidade.
FUNDOS ESTRANGEIROS COM MAIS DE 10 MILHÕES DE EUROS DISTRIBUÍDOS ENTRE INVESTIDORES PORTUGUESES
FONDO GESTORA
AB American Growth
AB Eurozone Equity
AB International Health
Aberdeen Standard SICAV
Aberdeen Standard SICAV
Aberdeen Standard SICAV
Aberdeen Standard SICAV
Aberdeen Standard SICAV
ACATIS GANÉ
Allianz
Amundi
Amundi
Amundi
Amundi
Amundi
Amundi
Amundi
Amundi
Aviva
AXA
AXA
AXA
AXA
BBVA
BBVA
BGF Asian Growth
European Sust.
Markets
AllianceBernstein
Allianz
Amundi
Fund BlackRock
BGF China Bond Fund BlackRock
BGF Continental European Flexible Fund BlackRock
BGF ESG Global Bond Income Fund BlackRock
GESTORA
BGF ESG Multi-Asset Fund BlackRock
BGF Euro Bond Fund BlackRock
BGF Euro Short Duration Bond Fund BlackRock
BGF European High Yield Bond Fund BlackRock
BGF European Value Fund BlackRock
BGF Global Allocation Fund BlackRock
BGF Global Corporate Bond Fund BlackRock
BGF Global High Yield Bond Fund BlackRock
BGF United Kingdom Fund BlackRock
BGF US Basic Value Fund BlackRock
BGF US Dollar Bond Fund BlackRock
BGF US Dollar High Yield Bond Fund BlackRock
BGF US Flexible Equity Fund BlackRock
BGF World Energy Fund BlackRock
BGF World Mining Fund BlackRock
BGF World Technology Fund BlackRock
BlackRock Sustainable Fixed Income Strategies Fund BlackRock
BlueBay Financial Capital Bond Fund BlueBay AM
BlueBay Global High Yield Bond Fund BlueBay AM
BlueBay Investment Grade Euro Aggregate Bond Fund BlueBay AM
BNP Paribas Funds Aqua
BNP Paribas AM
BNP Paribas Funds Climate Impact BNP Paribas AM
BNP Paribas Funds Energy Transition BNP Paribas AM
BNP Paribas Funds Euro Government Bond BNP Paribas AM
BNP Paribas Funds Euro Money Market BNP Paribas AM
BNP Paribas Funds Green Tigers BNP Paribas AM
BNP Paribas Funds Sustainable Enhanced Bond 12M
BNP Paribas InstiCash
BNY Mellon Emerging Markets
Debt Fund
FONDO
BNY Mellon Global Credit Fund
GESTORA
BNY Mellon IM
BNY Mellon Global High Yield Bond Fund BNY Mellon IM
BNY Mellon Global Real Return Fund
BNY Mellon IM
BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund BNY Mellon IM
Brown Advisory US Equity Growth Fund Brown Advisory
BSF Americas Diversified Equity Absolute Return Fund BlackRock
BSF European Opportunities Extension Fund BlackRock
BSF Global Event Driven Fund BlackRock
BSF Managed Index Portfolios Moderate BlackRock
Candriam Absolute Return Equity Market Neutral Candriam
Candriam Bonds Euro Short Term Candriam
Candriam Sustainable Bond Euro Corporate Candriam
Candriam Sustainable Bond Global High Yield Candriam Candriam Sustainable Equity Emerging Markets Candriam
Capital Group Global Allocation Fund Capital Group Carmignac Patrimoine Carmignac
Cleome Index Europe Equities Candriam
DWS Fixed Maturity Global Bonds Dynamic Plus 2024 II DWS AM
DWS Invest Artificial Intelligence DWS AM
DWS Invest CROCI Japan DWS AM
DWS Invest ESG Equity Income DWS AM
DWS Invest Euro Corp Bonds DWS AM
DWS Invest Euro HY Corp DWS AM
DWS Invest Global Infrastructure DWS AM
DWS Invest Short Duration Income DWS AM
DWS Invest Top Dividend DWS AM
DWS USD Floating Rate Notes DWS AM
E.I. Sturdza Strategic European Silver Stars E.I. Sturdza
EdR Credit Very Short Term Edmond de Rothschild AM
EdR Fund Big Data Edmond de Rothschild AM
EdR Fund Bond Allocation Edmond de Rothschild AM
Fidelity America Fund Fidelity
Fidelity Asia Pacific Opportunities Fund Fidelity
Fidelity China Consumer Fund Fidelity
Fidelity Euro Corporate Bond Fund Fidelity Fidelity Euro Short Term Bond Fund Fidelity Fidelity Global Dividend Fund Fidelity
Fidelity Global Financial Services Fund Fidelity
Fidelity Global Health Care Fund Fidelity
Fidelity Japan Advantage Fund Fidelity
Fidelity Sustainable Consumer Brands Fund Fidelity Flossbach von Storch Multi-Asset Defensive Flossbach von Storch
Flossbach von Storch Multiple Opportunities II Flossbach von Storch
Franklin Biotechnology Discovery Fund Franklin Templeton Invest.
Franklin Euro Short Duration Bond Fund Franklin Templeton Invest.
Franklin Gulf Wealth Bond Fund Franklin Templeton Invest.
Franklin India Fund
Franklin K2 Alternative Strategies Fund
Franklin Strategic Income Fund
Franklin Technology Fund
Franklin U.S. Opportunities Fund
Franklin Templeton Invest.
Franklin Templeton Invest.
Franklin Templeton Invest.
Franklin Templeton Invest.
Franklin Templeton Invest.
GAM Commodity GAM Investments
GAM Star Credit Opportunities
GAM Star MBS Total Return
Groupama Trésorerie
FONDO GESTORA
GS Japan Equity Partners Portfolio Goldman Sachs AM
GS US CORE Equity Portfolio Goldman Sachs AM
GSA Coral Student Portfolio S.C.A. SICAV-SIF GSA Group
Harris Associates Global Equity Fund Natixis IM
iShares Developed World Index Fund BlackRock
iShares Euro Credit Bond Index Fund BlackRock
iShares Europe ex-UK Index Fund BlackRock
Janus Henderson Horizon Euro High Yield Bond Fund Janus Henderson
Janus Henderson Horizon Global High Yield Bond Fund Janus Henderson
Janus Henderson Horizon Global Property Equities Fund Janus Henderson
JPMorgan Funds Emerging Markets Equity Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds Europe Equity Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds Global Bond Opportunities Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds Global Focus Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds Japan Equity Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds Pacific Equity Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Funds US Smaller Companies Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds Global Dividend Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds Gl. Income Conservative J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds Global Macro Opport. J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds US Bond Fund J.P. Morgan AM
JPMorgan Investment Funds US Select Equity Fund J.P. Morgan AM
Jupiter European Growth Jupiter AM
Jupiter Strategic Absolute Return Bond Jupiter AM
La Française Sub Debt La Française
Lazard Convertibles Global è 40 Lazard AM
Lazard Credit Opportunities
Lazard AM
Lazard Rathmore Alternative Fund Lazard AM
Lazard Small Caps Euro Lazard AM
Legg Mason Brandywine Global Income Optimiser Fund Franklin Templeton Invest.
Legg Mason ClearBridge Infrastructure Value Fund Franklin Templeton Invest.
Legg Mason ClearBridge US Large Cap Growth Fund Franklin Templeton Invest. Legg Mason Western Asset Macro Opportunities Bond Franklin Templeton Invest.
Legg Mason Western Asset Structured Opportunities Franklin Templeton Invest.
Loomis Sayles Short Term Emerging Markets Bond Fund Natixis IM
M&G (Lux) Dynamic Allocation Fund M&G
M&G (Lux) Global Floating Rate High Yield Fund M&G
M&G (Lux) Income Allocation Fund M&G
M&G (Lux) Optimal Income Fund M&G
Man AHL Trend Alternative Man Group
Man GLG
Sustainable European Income Man Group
MFS Meridian European
MFS
MFS
Mirabaud
Mirae
MS
MS
NN
GAM Investments
Investments
Groupama AM
Groupama Ultra Short Term Bond IC Groupama AM
GS Emerging Markets Debt Portfolio
GS Europe CORE Equity Portfolio
GS Global CORE Equity Portfolio
Sachs AM
Goldman Sachs AM
Sachs AM
Nordea
Nordea
Nordea
Nordea
Nordea
Nordea
ODDO
FONDO
OFI Financial Investment – Precious Metals
OFI RS Monétaire
Pictet - Clean Energy
Pictet - EUR Short Term High Yield
Pictet - Global Environmental Opportunities
Pictet - Nutrition
Pictet - Premium Brands
Pictet - Robotics
Pictet - Short-Term Money Market
Pictet - SmartCity
Pictet - Sovereign Short-Term Money Market
Pictet - USA Index
GESTORA
OFI AM
OFI AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet AM
Pictet - Water Pictet AM
Pictet TR - Mandarin
Pictet AM
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund PIMCO
PIMCO GIS Global High Yield Bond Fund PIMCO
PIMCO GIS Global Investment Grade Credit Fund PIMCO
PIMCO GIS Low Average Duration Fund PIMCO
PIMCO GIS Total Return Bond Fund PIMCO
RAM (Lux) Systematic Funds Emerging Markets Equities RAM AI Robeco All Strategy Euro Bonds Robeco
Robeco BP US Premium Equities Robeco Robeco Euro Credit Bonds Robeco Robeco Financial Institutions Bonds Robeco
Robeco New World Financials Robeco
RobecoSAM Euro SDG Credits Robeco RobecoSAM SDG Credit Income Robeco RobecoSAM Smart Energy Equities Robeco RobecoSAM Sustainable Water Robeco
Ruffer Total Return International Ruffer Salar Fund Salar Fund Schroder GAIA Cat Bond Schroders
Schroder GAIA UK Dynamic Absolute Return Fund Schroders
Schroder ISF Emerging Markets Schroders
Schroder ISF EURO Credit Conviction Schroders
Schroder ISF EURO Government Bond Schroders
Schroder ISF Global Climate Change Equity Schroders
Schroder ISF Global Corporate Bond Schroders
Schroder ISF Global Equity Alpha Schroders
Schroder ISF Greater China Schroders
T Rowe Price Emerging Markets Local Bond T. Rowe Price
T Rowe Price US Aggregate Bond T. Rowe Price
T Rowe Price US Equity T. Rowe Price
T Rowe Price US Smaller Companies Equity T. Rowe Price
Templeton Asian Growth Fund
Franklin Templeton Invest.
Templeton Global Bond Fund Franklin Templeton Invest.
Templeton Global High Yield Fund Franklin Templeton Invest.
Templeton Global Total Return Fund Franklin Templeton Invest.
UBAM Global High Yield Solution UBP AM
UBS (Lux) Bond SICAV EUR Corporates Sustainable UBS AM
UBS (Lux) Equity Fund European Opport. Sustainable UBS AM
UBS (Lux) Strategy Fund Growth Sustainable UBS AM
Vontobel Fund Emerging Markets Debt Vontobel AM
Wellington Emerging Local Debt Advanced Beta Fund Wellington Management
Wellington Global Bond Fund Wellington Management
Wellington Global Quality Growth Fund Wellington Management
William Blair US Small-Mid Cap Growth William Blair Funds
Fonte: Estimativa FundsPeople ou dados providenciados pelas próprias entidades gestoras. À data de 30 de junho de 2022. Fundos ordenados alfabeticamente, Alguns fundos listados poderão não estar registados para venda em Portugal.
OS FUNDOS QUE ULTRAPASSAM O PATAMAR DOS 10 MILHÕES DE EUROS DE INVESTIMENTO LUSO
O patamar dos 10 milhões de euros de ativos de investidores portugueses é um patamar que claramente reflete já um interesse muito relevante por parte dos investidores lusos. O número de fundos que ultrapassam este valor entre investidores portugueses, mas que fica aquém dos 50 milhões é maior que 220.
A APFIPP, que representa e divulga informações sobre cerca de 75% dos AuM geridos por entidades gestoras de patrimónios, indica-nos que o seu uni verso é responsável pela gestão de uma percentagem significativa de ativos de fundos de pensões e seguradoras do mésticas. Cerca de 25% dos ativos das companhias de seguros e 29% dos ati vos dos fundos de pensões estão dire tamente refletidos no total gerido pelas gestoras de patrimónios. Neste sentido aplicamos o devido ajustamento, nessa escala, aos montantes reportados em cada um destes segmentos, mantendo o foco da estimativa na entidade gestora ao invés de no dono do capital.
RESULTADOS
Portugal revela-se, assim, e consolida -se como um gigante dos fundos de in vestimento internacionais à sua própria escala. Uma pool de negócio que tem atraído cada vez mais entidades gesto ras estrangeiras para o nosso país. Uma pool que atingia os 40,92 mil milhões de euros no final de 2021 e um valor que compara com, e é bastante aproximado aos 42 mil milhões de euros que indica va a EFAMA recentemente.
Refazendo o cálculo com dados ao fecho de junho, vemos que o montante reduz-se um pouco, por via do efeito de desvalorização dos ativos e fluxos de saída. Chegamos então ao montante de 36,12 mil milhões de euros no fecho do semestre, um montante robusto e que se revela como um incentivo para cada entidade gestora fazer crescer a sua fa tia no mercado português.
JOÃO ZORRO
GESTOR DO NB RENDIMENTO PLUS
“OS BANCOS CENTRAIS OBRIGARAM OS INVESTIDORES A NOVOS COMPORTAMENTOS, TENDO INCLUSIVE RETIRADO ESPAÇO À TRADICIONAL ANÁLISE FUNDAMENTAL E DANDO LUGAR A UM COMPORTAMENTO MAIS OPORTUNISTA”
AMIT MAUGI
GESTOR DO IMGA RENDIMENTO MAIS
“A CAPACIDADE DE ANÁLISE E INTEGRAÇÃO DOS AMBIENTES DE ELEVADA VOLATILIDADE EXIGIU UMA MAIOR ASSERTIVIDADE E RAPIDEZ NA DECISÃO, ISTO SÓ FOI POSSÍVEL ATRAVÉS DE EQUIPAS DE ESPECIALISTAS COM AVANÇADO CONHECIMENTO TÉCNICO E MUITA EXPERIÊNCIA”
E TUDO OS BANCOS CENTRAIS MUDARAM…
Não há dúvida de que os bancos centrais vieram reformar a maneira como os investidores olham para o mercado obrigacionista. Nos últimos 10 anos, assistimos pela primeira vez a um cenário de taxas de juro negativas, cenário este que ficou recentemente para trás. O que dizem os especialistas?
Numa revista dedicada à última década, os ges tores portugueses de fundos de obrigações não podiam ficar de fora. O resumo: seis fundos, cinco gestores, três entidades diferentes e duas per guntas a responder. Quais as principais mudanças que se destacam no merca do obrigacionista nos últimos 10 anos? Qual o outlook para os próximos 10? Perguntamos a quem mais percebe.
Encontramos um consenso: os bancos centrais vieram reformular a forma como os investidores olham para o mercado obrigacionista. João Zorro, gestor do NB Rendimento Plus, afirma: “A principal mudança que destacaria seria, sem dú vida, a entrada ativa e estruturalmente significativa dos bancos centrais como in tervenientes no mercado obrigacionista”.
Para Amit Maugi, gestor do IMGA Rendimento Mais, “os últimos 10 anos foram desafiantes”. O gestor explica o
JOEL CARVALHEIRA
GESTOR DO CAIXA OBRIGAÇÕES
LONGO PRAZO
“EM SUMA, FOI UMA DÉCADA DE BOAS RENTABILIDADES PARA O MERCADO OBRIGACIONISTA”
VASCO TELES
GESTOR DO NB FCP EURO BOND E DO NB OBRIGAÇÕES EUROPA
“EXISTE O PERIGO DO EURO SE TORNAR UM PROMOTOR DA DESINTEGRAÇÃO EM VEZ DE UM INSTRUMENTO DE COESÃO ECONÓMICA”
impacto das políticas monetárias expan sionistas - como programas de quantati ve easing - implementadas pelos bancos centrais: “Estas políticas resultaram na queda acentuada das taxas de juro, crian do o desafio de gerir carteiras de investi mento num novo paradigma de taxas de juro negativas e ajustando os prémios de risco para níveis inferiores”. João Zorro afirma que esta alteração “obrigou os investidores a novos comportamentos, tendo inclusive retirado espaço à tradi cional análise fundamental e dando lugar a um comportamento mais oportunista”.
Para além do extremar de políticas monetárias, outros marcos macroeconó micos tiveram impacto na forma como se perceciona este mercado. Vasco Te les, gestor do NB FCP Euro Bond e do NB Obrigações Europa, expõe situações mais específicas: “A saída do Reino Uni do da Comunidade Europeia, a guerra pela supremacia económica entre EUA e China, a transição energética e o res
surgimento da inflação são alguns outros exemplos de acontecimentos que impac taram o mercado obrigacionista”.
ESPAÇO PARA INOVAÇÃO
Apesar das autoridades regulatórias apertaram o cinto, houve espaço para a criação de novos instrumentos. O ges tor do fundo NB Corporate Euro, Hugo Custódio, toca neste ponto: “A alteração do ambiente regulatório obrigou a um ní vel de reporte e controlo de risco superior o que resultou no aparecimento de novas classes de ativos, como, por exemplo, as obrigações verdes ou mesmo novos níveis de dívida subordinada”. Amit Maugi, gestor da IM Gestão de Ativos, acrescenta ainda que “a introdução de uma legislação mais exigente, derivada da crise financeira e da crise de dívida pública europeia, potenciou a inovação financeira no mercado obrigacionista, através do aparecimento de novos tipos de instrumentos de investimentos como
dívida híbrida, capital contingente e dí vida senior bail-in”.
Todos os acontecimentos indicados anteriormente exigiram muito das equi pas de gestão. “A capacidade de análise e integração dos ambientes de elevada vo latilidade exigiu uma maior assertividade e rapidez na decisão, e isto só foi possível através de equipas de especialistas com avançado conhecimento técnico e muita experiência”, congratula Amit Maugi. É verdade que assistimos a uma alteração de dinâmicas e que os gestores foram sur preendidos por uma presença forte dos bancos centrais, ainda assim, este mer cado conseguiu dar alegrias aos investi dores. Joel Carvalheira, gestor do Caixa Obrigações Longo Prazo, partilha uma reflexão positiva: “Neste período, o mer cado de obrigações de dívida pública, em euros, obteve rentabilidades positivas em todos os anos civis, com exceção de 2021 (e possivelmente de 2022). A ren tabilidade anualizada foi de quase 4%.
HUGO CUSTÓDIO
GESTOR DO NB CORPORATE EURO
“PARA OS PRÓXIMOS ANOS, A SUSTENTABILIDADE E CRITÉRIOS ESG VÃO GANHAR CADA VEZ MAIS PESO NOS PROCESSOS DE INVESTIMENTO”
Se analisarmos o universo de obrigações de dívida privada, este também conse guiu rentabilidades positivas, embora ligeiramente inferiores. Em suma, foi uma década de boas rentabilidades para o mercado obrigacionista”.
E OS PRÓXIMOS 10 ANOS?
Também aqui os gestores concordam: prevê-se uma mudança de paradigma. Joel Carvalheira antecipa “ciclos de cres cimento mais curtos à medida que os bancos centrais se tornam mais imprevi síveis na condução da política monetária e mais dependentes dos dados económi cos. O mercado obrigacionista deverá ser caraterizado por maior volatilidade.”
Amit Maugi também concorda com a mudança de paradigma. Para o gestor, os “próximos 10 anos diferirão dos últimos 10, uma vez que vamos assistir à contra ção das políticas monetárias expansionis tas implementadas na última década. O aparecimento dos conflitos geopolíticos e crises energéticas conduzirão a ambientes mais inflacionistas e, por consequência, a taxas de juro mais elevadas”.
No que lhe concerne, Vasco Teles enu mera três principais fatores a que deve mos estar atentos: “O ressurgimento da inflação, a reversão ou estagnação do pro cesso de globalização e a sustentabilidade do euro”. Sobre o primeiro ponto, o ges tor aponta com certeza uma mudança, com efeitos diretos na subida de taxas de juro. A reversão do processo de globali zação deve levar a “uma menor liberdade de capitais e de comércio internacional”. O terceiro ponto é causada pelo insucesso das reformas nos países mais vulneráveis da união europeia, dado que passados 10 anos a generalidade dos países encon tra-se com níveis de endividamento su periores e existe uma maior divergência económica. Vasco Teles alerta: “Existe o perigo do euro se tornar um promotor da desintegração em vez de um instrumento de coesão económica”.
Em jeito de conclusão, João Zorro e Hugo Custódio apontam para uma “ma nutenção dos bancos centrais como árbi tro e jogador” e a um “aumento da impor tância da sustentabilidade e de critérios ESG no peso da tomada de decisão”.
RESPONDEMOS A TRÊS QUESTÕES-CHAVE PARA
O RESTO DE 2022
Há três questões-chave nas três principais regiões económicas que acreditamos irão influir no desempenho das diferentes classes de ativos durante o último terço de 2022:
A Fed vai insinuar alguma possibilidade de inverter o rumo da subida das taxas de juro? Não. O mais provável é que a Fed continue a comunicar que as taxas permanecerão em território restritivo para atenuar as pressões inflacionistas. A inflação no setor dos serviços, relativamente resiliente, deverá manter-se muito acima do objetivo de final do ano, e mesmo que haja um alívio a curto prazo no preço das matérias-primas e bens essenciais, não será suficiente para inverter a situação.
Quão negativo será o inverno da Europa, numa perspetiva de crescimento? As perspetivas são bastante pobres e há um elevado grau de incerteza. O dilema para os investidores que olham para os ativos europeus é que o leque de estimativas para o quão negativo este inverno será numa perspetiva económica e de resultados é demasiado amplo.
O abrandamento económico da China vai acabar? Sim. Mas a estabilização só será suficiente para ajudar o mercado interno e das matérias-primas – não será suficiente para ter repercussões positivas a nível global. A nossa opinião é que o otimismo deve manter-se moderado porque acreditamos que o governo chinês estará bastante reticente em inverter o rumo das políticas que procuram corrigir os desequilíbrios no mercado imobiliário.
DIOGO GOMES Gestor sénior de clientes, UBS AM IberiaALLIANZ CYBER SECURITY
A CIBERSEGURANÇA É UMA NOVA PRIORIDADE
7,8 biliões de pessoas no mundo cada vez mais conectadas. Nos últimos anos, a digitalização cresceu a uma velocidade inesperada, tornando-se uma megatendência.
Do trabalho ao tempo livre: estamos “sempre ligados”. A transformação digital facilita nossa vida, mas nos torna mais vulneráveis a possíveis ataques cibernéticos.
A forte expansão do cibercrime aumenta a demanda por proteção de organizações, empresas e indivíduos.
O Allianz Cyber Security investe em empresas ativas na defesa contra crimes cibernéticos: recuperação de desastres, treinamento de usuários finais, segurança cibernética são apenas alguns exemplos.
Da ameaça à oportunidade: uma importante temática de investimento em crescimento.
Possibilidade de transferência da equipa de investimento para a Voya IM nas próximas semanas, sem alterar a composição da equipa, a filosofia de investimento ou o processo de investimento. A Allianz Global Investors e a Voya IM anunciaram a sua intenção de firmar uma parceria estratégica de longo prazo.
*Allianz Cyber Security foi classificado como um Artigo 8 sob SFDR: EU Sustainable Finance Disclosure Regulation. Informação exacta no momento da publicação.
Os investidores devem ter em conta todas as características e/ou objectivos do fundo tal como descritos no seu prospecto e no KIID (regulatory.allianzgi.com).
O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. O Allianz Cyber Security é um subfundo da Allianz Global Investors Fund SICAV, uma sociedade de investimento aberta de capital variável constituída de acordo com a legislação luxemburguesa. O valor das unidades de participação/ações, que pertencem às Categorias de Unidades de Participação/Ações do Subfundo denominadas na divisa base, poderá estar sujeito a volatilidade bastante elevada. É possível que a volatilidade de outras Categorias de Unidades de Participação/Ações seja diferente. O desempenho anterior não garante resultados futuros. Os investimentos em uma moeda diferente da do país onde reside o investidor, podem estar sujeitos a flutuações cambiais, ascendentes ou descendentes. O presente documento tem efeitos meramente informativos e não constitui uma proposta ou um convite a realizar uma oferta, a celebrar um contrato, a comprar ou vender quaisquer valores mobiliários. Os produtos ou valores mobiliários aqui descritos poderão não estar disponíveis para venda em todas as jurisdições ou para certas categorias de investidores. Esta informação tem apenas como fim a sua divulgação, de acordo com a legislação aplicável, e não está disponível para residentes e/ou cidadãos dos Estados Unidos. As oportunidades de investimento aqui descritas não têm em conta objetivos de investimento específicos, a situação financeira, o conhecimento, a experiência ou necessidades específicas de qualquer indivíduo em particular e não oferecem garantias. A sociedade gestora pode decidir pôr termo às formas previstas para a comercialização dos seus organismos de investimento coletivo, nos termos do os regulamentos de desnotificação aplicáveis. Os pontos de vista e opiniões expressas neste documento refletem o entendimento da sociedade gestora na data da publicação e estão sujeitos a alterações a qualquer momento e sem aviso prévio. Os dados facultados neste documento provêm de várias fontes e são considerados corretos e fiáveis na data da publicação. Prevalecerão os termos de qualquer oferta ou contrato subjacente que tenha sido ou venha a ser celebrado. Para obter uma cópia gratuita do prospecto, documentos de constituição, cotações diárias, informações fundamentais destinadas aos investidores e últimos relatórios financeiros anuais e semestrais, entre em contacto com a entidade gestora Allianz Global Investors GmbH no país onde o fundo está sediado (Luxemburgo), ou com a entidade emitente no endereço abaixo indicado ou em regulatory.allianzgi.com. Por favor leia atentamente estes documentos antes de investir, os quais são obrigatórios. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). O resumo dos direitos dos investidores está disponível em inglês, francês, alemão, italiano e espanhol em https://regulatory.allianzgi.com/en/investors-rights. Não é permitida a duplicação, publicação ou transmissão do conteúdo deste documento, independentemente da forma de transmissão considerada. Março 2022. Admaster 2098485.
“Esta é uma comunicação promocional. Consulte o prospeto do OICVM e o documento de informações fundamentais destinadas aos investidores antes de tomar quaisquer decisões de investimento finais.”
Fundo classificado como um Artigo 8 sob SFDR *OS FUNDOS PORTUGUESES QUE MELHOR SUPERARAM OS DESAFIOS DA ÚLTIMA DÉCADA
Nos últimos 10 anos passámos por diversos momentos de mercado. Em geral, a maioria dos fatores e estilos de investimento navegaram com vento pelas costas e providenciaram aos gestores a oportunidade de entregar retorno aos seus investidores.
Em revista de aniversário, não podíamos deixar de fa zer uma análise aos fundos portugueses com uma ida de superior ao projeto da FundsPeople em Portugal e que se destacaram nos últimos 10 anos em termos de rentabilidade. Façamos um exercício: qual dos fundos de cada ca tegoria nos geraria maior retorno, caso tivéssemos investido e mantido o in vestimento aquando do ano de nasci mento da FundsPeople?
Para esta análise selecionamos os fundos com ADN português que ope ram nas diferentes categorias há mais de 10 anos. Decidimos destacar o Top 10 dos fundos multiativos com melhor rentabilidade, os dez fundos mais ren táveis a operar no mercado acionista e os 10 que se destacam no mercado obri gacionista. Analisamos também o rácio de retorno/risco associado a cada um.
A informação que apresentamos foi re colhida da Morningstar à data de 31 de julho de 2022.
QUEM MELHOR NAVEGOU?
A classe dos multiativos destaca-se pela exposição a várias classes de ativos
e diferentes ponderações. É um con junto de fundos pouco homogéneo, pelo que a comparação apenas pelo re torno poderá não ser a mais direta.
Contudo, em primeiro da lista, apa rece o PPR gerido pela Invest Gestão de Activos. O Invest Alves Ribeiro PPR conseguiu um retorno acumulado a dez anos superior a 120%. O gestor, Pau lo Monteiro, destacava recentemente como fator de sucesso a capacidade de trabalho e organização da sua equipa, bem como a capacidade de adaptação a novas situações.
A colmatar o Top 3, surge o NB PPR, da GNB GA e o Optimize Glo bal Flexible, da Optimize IP, com retornos acumulados de 69,28% e 51,70% respetivamente.
Apesar de os dois primeiros fundos serem considerados pela Mornings tar como fundos mistos de alocação defensiva, a categoria global mais re presentada na lista apresentada é a da alocação moderada. Destaca-se ainda a presença de dois fundos multiativos de alocação flexível.
A liderança da entidade gestora com mais fundos no Top 10 é partilhada entre a Montepio Gestão de Ativos e a
Optimize Investment Partners (quan do incluindo os fundos geridos pela gestora no Luxembrugo) com três pre senças no nosso Top. Com duas entra das surge a BPI Gestão de Ativos.
Mas como referido, dado o facto de os fundos multiativos não serem dire tamente comparáveis, como resultado da diferente ponderação de classes de ativos mais ou menos defensivas, olha mos agora para o retorno por unidade de risco (RR). A esse nível é o Invest
Alves Ribeiro o fundo que também melhor remunera o risco dos investi dores, com uma rentabilidade de 0,83 por unidade de risco. Nesta métrica, destaca-se também o Montepio Glo bal. O fundo da Montepio GA, apesar de rentabilidades inferiores, aparece em segundo lugar no que diz respeito à remuneração por unidade de risco.
ESTADOS UNIDOS LIDERAM
O Top de rentabilidade de fundos de ações geridos por entidades portu guesas apresenta diferentes temas e focos geográficos, como se pode ob servar na tabela.
O fundo com maior rentabilidade nos últimos 10 anos apresenta um
MULTIATIVOS DE GESTÃO NACIONAL
RENTABILIDADES DOS FUNDOS DE AÇÕES DE GESTÃO NACIONAL
Caixa Ações EUA
BPI América
IMGA Ações América
US Equity Large Cap Blend Caixa Gestão de Ativos 187,29% 11,54% 0,77
US Equity Large Cap Growth BPI Gestão de Ativos 173,02% 11,59% 0,55
22 US Equity Large Cap Blend IM Gestão de Ativos 169,06% 11,04% 0,83
NB America Growth Fund US Equity Large Cap Blend
IMGA Global Equities Selection
- International Management 149,24% 8,41% 0,49
Equity Large Cap IM Gestão de Ativos 131,52% 9,37% 0,64
BPI Portugal Europe Equity Mid/Small Cap BPI Gestão de Ativos 123,94% 8,60% 0,55
BPI GIF Iberia Europe Equity Large Cap CaixaBank AM (BPI Gestão de Ativos) 115,91% 8,26% 0,52
BPI GIF Opportunities
Montepio Euro Healthcare
NB Momentum Sustentável
Fonte: Morningstar, dados a 31 de julho de 2022.
RENTABILIDADES
Global Equity Large Cap CaixaBank AM (BPI Gestão de Ativos) 107,41% 8,49% 0,36
Sector Equity Montepio Gestão de Activos 102,26% 6,84% 0,46
Equity Large Cap
Gestão de Ativos 101,61% 7,68% 0,50
DE OBRIGAÇÕES DE GESTÃO
IMGA
Fonte: Morningstar,
15,19% 1,39% 0,64
13,53% 1,30% 0,55
foco no mercado americano. O Caixa Ações EUA alcançou uma rentabili dade acumulada de 187,29%. Ao todo, são quatro os fundos a operar no mer cado americano, três deles com um es tilo de investimento misto e o que sobra com um foco em empresas de elevado crescimento.
Segundo a equipa de gestão da Caixa Gestão de Ativos a carteira do fundo é diversificada pelos setores económicos mais representativos dos EUA e está exposta a risco cambial.
O IMGA Global Equities Selection é o fundo que opera no mercado global com maior rentabilidade (131,52%) dos três representados. Já a nível do mercado europeu, temos um fundo que opera apenas em Portugal e outro com foco na Península Ibérica.
Destacamos ainda a presença do Montepio Euro Healthcare, com uma rentabilidade de 102,26%. O fundo que foca no setor da saúde é o único fundo temático presente no Top 10 de fundos de ações.
Desta vez, o fundo que melhor pre meia o risco não é o líder em rentabi lidade acumulada absoluta. Este lugar
é ocupado pelo IMGA Ações América com um rácio RR de 0,83. A seguir, aparece o Caixa Ações EUA e, a fechar o Top 3, o fundo IMGA Global Equi ties Selection.
Por fim, dos 10 fundos destacados, quatro contam com Rating Funds People 2022
A EUROPA É RAINHA
Falta apenas apresentar os fundos de obrigações que mais retorno propor cionam a 10 anos.
Primeiro, importa sobressair que todos os fundos presentes atuam no setor obrigacionista europeu. Este do mínio no ranking está diretamente li gado com a oferta nacional de fundos de obrigações, que conta com um claro foco no mercado europeu.
A liderar o Top 10 surge o NB Euro Bond, fundo luxemburguês da GNB GA. O fundo conseguiu um retorno acumulado de 100% ao longo dos úl timos 10 anos, sendo também o fundo com melhor rácio RR com 1,10. Em ambos os rankings, segue o NB Obri gações Europa, o equivalente portu guês do fundo anterior, com 84,70% de retorno acumulado e um rácio de 0,92. Ambos os fundos mencionados são geridos por Vasco Teles. O gestor da GNB Gestão de Ativos segue os mes mos princípios de investimento em ambos os fundos.
A GNB Gestão de Ativos é mesmo a entidade com mais fundos presentes, com quatro, seguida pela Caixa Gestão de Ativos, com três.
Termina assim a análise dos fun dos que mais se destacaram em ter mos de rentabilidade. Resta-nos aguardar para perceber se estes se vão conseguir adaptar às exigências dos próximos 10 anos, ou se vamos ter novos líderes, caraterizados por um estilo de gestão completamente diferente e inovador.
INVESTIR CONTRA NUM BEAR MARKET: SE SE SENTIR DESCONFORTÁVEL, É PROVAVELMENTE UMA COISA BOA
No atual clima de tensão internacional, o medo é generalizado, criando numerosas oportunidades de investimento contrarian, uma vez que muitos investidores se deixam seduzir pelas narrativas dominantes nos mercados e isso leva-os a seguir as mesmas ações. Embora isto possa parecer fácil do ponto de vista psicológico, geralmente não conduz a um alfa sustentável a longo prazo porque as posições consensuais tendem a ter pouca vantagem.
O investimento contrarian exige uma mentalidade diferente. O ponto-chave é encontrar uma vantagem face ao mercado quando este estiver demasiado positivo ou negativo. Existem preconceitos cognitivos muito enraizados nos investidores cada vez que o mercado se excede ou não é suficiente, permitindo à disciplina contrarian continuar a descobrir oportunidades.
Os investidores contrarian profissionais devem ser resilientes face a um forte preconceito negativo. É difícil fazer isto sem uma análise profunda e um alto nível de convicção. O meu ponto de partida é simples: perguntar sempre o que mais pode correr mal. Se puder tolerar a resposta enquanto tenho exposição a um forte potencial ascendente, então é uma ideia de investimento atrativa. Ser um investidor contrarian deixa-o muitas vezes desconfortável, mas isso é um bom sinal.
A Importância da Qualidade
Por que investir em marcas globais?
1 Empresas de Alta Qualidade
Com foco em empresas de alta qualidade aquelas com capacidade de compor consistentemente a riqueza dos acionistas no longo prazo e na gestão do risco de carteira negativa, o Fundo oferece fortes características de desempenho e risco há mais de duas décadas.
2 Marcas Poderosas
A equipe International Equity busca empresas de alta qualidade construídas em ativos intangíveis difíceis de replicar, como marcas, licenças ou redes. Essas muitas vezes têm vendas recorrentes que levam a sustentabilidade e resiliência, bem como fortes equipes de gestão que alocam capital de forma eficiente.
3
Defesa Forte
O Fundo tem um histórico de redução da participação negativa em mercados fracos, proporcionando desempenho quando mais é necessário, como a Crise Financeira Global e o 1º trimestre de 2020.
NOTAÇÃO GERAL DA MORNINGSTAR™ CLASSE Z AÇÕES
A melhor maneira de compor a riqueza dos acionistas ao longo do tempo é investir em empresas de alta qualidade administradas por equipes de gestão de alta qualidade, compradas pelo preço certo.
O valor dos investimentos e o rendimento deles podem cair, assim como para cima, e um investidor pode não receber de volta o valor investido. 1 Classificações a partir de 28-Fev-2022. Dos 3665 fundos. Com base no retorno ajustado de risco. Classe Z Ações: 3yr. rating 5 Estrelas; 5yr. classificação 5 Estrelas; 10yr. classificação 5 Estrelas. Esta é uma comunicação de marketing. As solicitações de ações no Fundo não devem ser feitas sem antes consultar o Prospecto atual e o KIID, disponíveis no idioma oficial de sua jurisdição local em morganstanleyinvestmentfunds.com. Um resumo dos direitos do investidor está disponível em inglês no mesmo site. Caso a sociedade gestora do fundo relevante decida encerrar seu acordo de comercialização desse fundoem qualquer país da Área Econômica Europeia onde ele esteja registrado para venda, ela o fará de acordo com as regras UCITS pertinentes.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
EMEA: Essa comunicação de marketing foi emitida pela MSIM Fund Management (Ireland) Limited. A MSIM Fund Management (Ireland) Limited é regulamentada pelo Banco Central da Irlanda. A MSIM Fund Management (Ireland) Limited é regulamentada pelo Banco Central da Irlanda e está constituída na Irlanda como uma sociedade privada por ações com responsabilidade limitada, com o número de registro de empresa 616661, e tem sua sede social em The Observatory, 7-11 Sir John Rogerson’s Quay, Dublin 2, D02 VC42, Irlanda.
VIAGEM AO UNIVERSO DOS FUNDOS DE PENSÕES EM PORTUGAL
Nos últimos 10 anos, os fundos de pensões cresceram em cerca de 50% o seu volume gerido. Diversas variáveis contribuíram para este crescimento, mas o debate sobre a sustentabilidade da segurança social continua a aportar oportunidades para os produtos.
Os fundos de pensões re presentam uma das for mas de poupança para a reforma. Já vai distante o ano de 1987 com a constituição dos primeiros fundos de pensões em Portugal e, desde essa al tura, muito mudou na legislação, nos incentivos à sua constituição, ao tipo de benefício e aos investimentos dos fun dos de pensões. Independentemente destas alterações, mantém-se o desafio e a necessidade de este tipo de veículos representar uma forma de poupança para a reforma.
Nos últimos 10 anos, e consideran do o período entre dezembro de 2012 e junho de 2022, verificou-se um au mento de cerca de 50% do volume de ativos financeiros sob gestão, passando
de 14,5 mil milhões de euros para 21,8 mil milhões de euros.
Apesar de uma parte significativa deste montante se ter devido a valori zação de mercados e refletir contribui ções resultantes de planos de benefício definido (planos mais antigos, nomea damente da banca e de ex-empresas públicas), é interessante verificar que os ativos financeiros dos fundos aber tos (que financiam, em grande parte, planos mais novos de contribuição definida/capitalização) quase que tri plicaram, passando de 1,3 mil milhões de euros para 3,4 mil milhões de euros.
O crescimento dos ativos sob gestão dos fundos de pensões abertos é tam bém consequência do número de fun dos de pensões abertos disponíveis. Se no passado cada entidade gestora dis
ponibilizava um ou dois fundos aber tos com estratégias de investimento diferentes, atualmente é comum a dis ponibilização de três ou quatro fundos com alocações de ativos que vão de uma exposição maioritária a obrigações a uma exposição predominante a ações, permitindo uma amplitude de escolha maior. Este facto é particularmente importante dado que o perfil de risco, normalmente correlacionado com o horizonte temporal até à reforma, é di ferente de pessoa para pessoa.
Verificamos também que o núme ro de fundos de pensões abertos nos últimos 10 anos aumentou de 73 para 107 fundos (em tendência contrária aos fundos de pensões fechados que re duziram de 155 para 133). Da mesma forma, o número de adesões coletivas
ATIVOS SOB GESTÃO DO MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES
FUNDOS
PENSÕES
(adesões de empresas que financiam os seus planos de pensões através de fun dos de pensões abertos) quase que du plicou, passando de 669 em 2012 para 1.274 em 2022.
EVOLUÇÃO DA ALOCAÇÃO
Também ao nível da alocação de ati vos os fundos de pensões registaram uma alteração relevante. Essa altera ção foi no sentido de uma maior di versificação e da alteração dos veículos financeiros utilizados. Ao longo dos últimos 10 anos, foram-se colocando diferentes desafios. Se numa primei ra fase ações e obrigações proporcio naram rendibilidades elevadas, mais recentemente surgiu uma busca de yield, com os investidores a procu rarem classes de ativos alternativas.
Essa situação refletiu-se numa maior utilização de fundos de investimento para aceder a classes de ativos como hedge-funds, high-yield ou mercados emergentes, entre outras classes. Isso explica o crescimento dos fundos de investimento, aumentando de 25% em 2012 para 37% em 2022.
O investimento em obrigações go vernamentais e privadas manteve-se praticamente estável (ligeiro aumen to), essencialmente devido ao facto de continuar a existir, como referi, um peso grande de fundos de pensões que financiam planos de benefício definido e cujo matching com as responsabili dades favorece um peso elevado a esta classe de ativos.
Atualmente, a rendibilidade dos fundos de pensões é dificilmente repre
sentada por um único valor. A existên cia de políticas de investimento muito distintas entre os fundos de pensões que, como referido, se podem situar desde maioritariamente alocados a obrigações a maioritariamente aloca dos a ações implica que existam rendi bilidades representativas de vários uni versos de fundos de pensões consoante o seu asset allocation ou perfil de risco.
Se analisarmos o mercado em ter mos globais, verificamos que nos úl timos 10 anos os perfis mais conser vadores (maior peso em obrigações) registaram uma rendibilidade mediana acumulada de aproximadamente 25%, enquanto que os perfis com maior peso em ações registaram rendibilidades acumuladas de perto de 80%. Estes números evidenciam a relevância
DE TRANSFORMAÇÃO
deste tipo de investimento, quer no caso dos planos de benefício definido, em que as rendibilidades contribuem para a redução do esforço financeiro das empresas para financiar as respon sabilidades com pensões, quer no caso dos planos de contribuição definida em que as rendibilidades contribuem para uma maior acumulação na conta indi viduais e, consequentemente, acesso a um maior valor de complemento de pensões aquando da reforma.
DESAFIOS
A discussão sobre a sustentabilidade da segurança social tem suscitado di ferentes sensibilidades e opiniões. Mas tem sido generalizada a noção de que, no futuro, a pensão da segurança social representará uma proporção (taxa de substituição) menor do último salário. Assim sendo, a poupança individual
para a reforma (3º pilar) e a poupança através de planos de pensões patroci nados pelas empresas (2ºpilar) serão es senciais para que se consiga manter ou até mesmo incrementar os rendimentos após a idade de reforma e, dessa forma, assegurar que as pessoas mantêm um nível de vida adequado a esse período.
Para tal, é fundamental reforçar a cultura de literacia financeira e de ne cessidade de poupança ao longo do ciclo de vida de cada pessoa nas organizações.
Os fundos de pensões contribuirão certamente para o aumento da pou pança para a reforma no âmbito do 2º e 3º pilar, nomeadamente pela sua efi ciência, transparência e independência patrimonial. É por isso muito impor tante a existência de produtos que vão ao encontro dos objetivos de diferentes gerações e de uma fiscalidade favorável para a sua constituição e reforço.
A INDÚSTRIA DA GESTÃO DE ATIVOS 2.0
Há mais de quatro décadas que os investimentos têm atendido ao binómio rentabilidade/risco. No entanto, com a evolução da indústria de gestão de ativos, e face a uma mudança de paradigma nesta década, foi incorporado um terceiro eixo ao binómio rentabilidade/risco, a sustentabilidade.
Aqui entra em jogo uma importante variação na nossa forma de pensar sobre o investimento sustentável e a rentabilidade.
A indústria já teve de lidar com mudanças no passado, como a globalização, a utilização da Big Data ou a aprendizagem automática, mas agora trata-se de compreender a sustentabilidade.
Para onde nos dirigimos? Uma das principais tendências que identificamos é conjugar os objetivos de sustentabilidade com as necessidades de rentabilidade.
Um inquérito do CFA Institute intitulado O profissional de investimento do futuro já o antecipava, no sentido em que o gestor de fundos tem de saber mais do que apenas maximizar o alfa, nomeadamente a integração de aspetos substanciais de sustentabilidade na tomada de decisões de investimento, incluindo nesses trabalhos orçamentos de custo do carbono e avaliação das repercussões externas.
Uma segunda grande tendência é a importância de saber avaliar o impacto sobre o mundo real que as decisões de investimento da indústria de gestão de ativos terão. Como dizia Albert Einstein sobre o conceito de juro composto: “Aquele que o entender, ganhá-lo-á, aquele que não entender, pagá-lo-á”.
COMO SE VAI MOLDAR O PROFISSIONAL DE INVESTIMENTO NA PRÓXIMA DÉCADA?
Um bom profissional tem a responsabilidade de evoluir com o mercado e um estudo recente levanta o véu sobre o percurso a seguir na próxima década.
C omo líder desta associação tenho enfatiza do muito a mensagem de que o papel da indústria de investimentos e de nós, como o fator humano em que assenta essa indústria, tem um propósito social importante: contri buir para o bem-estar através da criação de riqueza. Posto isto, e respondendo ao desafio da FundsPeople para dar a minha opinião acerca de como é que podemos continuar a cumprir com este nobre propósito na próxima década, destaco algumas das conclusões de um recente estudo desenvolvido pelo CFA Institute - The Future of Work in In vestment Management: Skills an Learning - que ilumina um pouco mais o caminho que a profissão terá que percorrer.
A verdade é que a nossa profissão esteve e está em cons tante evolução. Os mercados os instrumentos financeiros adaptam-se às novas realidades e evoluem no sentido de satisfazer novas necessidades. Por isso, uma carreira no mundo dos investimentos traz sempre consigo mui tas oportunidades para ultrapassar desafios intelectuais e para imprimir um impacto positivo na sociedade. Uma indústria de investimentos que dê prioridade às compe tências, à ética e à capacidade de adaptação estará bem posicionada para prosperar.
Acerca do que se pode esperar da profissão, as novas fon tes de dados, por exemplo, irão afetar as competências necessárias para a tomada de decisões de investimento. Segundo o CFA Institute, as competências que a maioria dos profissionais estão interessados em obter, de olhos no futuro da profissão, incluem uma compreensão funda mental da inteligência artificial e machine learning, bem como o conhecimento em matérias de sustentabilidade. Nós, na Europa, temos que estar especialmente atentos e preparados para enfrentar e dominar esta última área de competência. Mais do que voluntária, esta tornou-se mandatória, quando as instituições supranacionais passa ram a exigir que se dessem passos na integração da sus tentabilidade nas decisões dos negócios e investimentos.
Claro que toda esta evolução não vem sem os seus desa fios para aqueles líderes que têm que combinar de forma funcional equipas multidisciplinares. Os líderes devem en contrar as melhores formas de potenciar as competências especializadas e as mais generalistas, e combinar as duas de forma eficaz. Profissionais com competências em for ma de T - uma combinação de competências transversais com o domínio aprofundado de uma determinada temá tica - podem ajudar a colmatar lacunas no entendimento entre diferentes especialidades e com profissionais de investimento mais genéricos. Por exemplo, um especialis ta em temas ESG pode e deve ter competências em for ma de T para conectar os temas de investimento com as questões de sustentabilidade.
Por fim, ao nível das soft skills, o profissional do futuro mostrar-se-á, provavelmente, interessado em desenvol ver a sua capacidade de comunicação, influência, per suasão e negociação, bem como a capacidade para gerir bem o recurso mais limitado que enfrentamos, o tempo. Tornou-se especialmente importante que os profissionais e líderes mostrem a capacidade para adaptar as suas soft skills num ambiente de trabalho que se tornou, repentina mente e recentemente, mais flexível e disperso.
Muito mais haveria para escrever e muitas outras con clusões se podem encontrar no estudo supracitado, mas não queria concluir, sem reforçar o quanto a indústria de investimento depende do fator humano. Os líderes da in dústria devem reconhecer o valor do investimento contí nuo em capital humano e o seu impacto na elevação dos padrões de prática profissional para criar uma indústria de investimento mais eficaz e adaptável, para o benefício último da sociedade.
Por fim, não posso concluir sem, também, dar os para béns pelos 10 anos da FundsPeople em Portugal e pelo seu papel ativo de promoção da indústria de gestão de ativos e investimentos.
OS VENTOS QUE SOPRARAM EM TORNO DA CONSULTORIA PARA INVESTIMENTO, NA ÚLTIMA DÉCADA
São poucas as consultoras para investimento independentes em Portugal mais antigas que o projeto da FundsPeople no país. No entanto, algumas já convivem com os desafios que este negócio encerra, num mercado de pequena escala como o nosso, há algum tempo, e têm muito para contar.
Estas entidades têm muito para contar acerca dos ven tos desfavoráveis que en contraram no caminho de consolidação do seu negócio. Foram algumas dessas consultoras que a FundsPeople, no contexto de um ThinkTank em colaboração com a Edmond de Rothschild AM, sen tou à mesa para fazer uma radiografia do passado e contar os seus principais desafios, mas também alguns ventos favoráveis da década.
António Mello Campello, da Blue Crow Capital, considera que os pri meiros anos foram os mais difíceis.
“Foi muito difícil para o mercado e para o regulador perceberem o que é a consultoria para investimento”, in troduz. A incerteza regulatória, com a MiFID II no centro, as crises e a concorrência dos bancos, “os players habituais do mercado”, foram tam bém temas que ocuparam espaço na sala das preocupações das sociedades consultoras para investimento, se gundo o profissional. “Hoje em dia, no entanto, considero que o espaço da consultoria para investimento está bastante consolidado. É um servi ço que funciona bem num conjunto muito alargado de situações, desde a relação com clientes privados à relação com clientes institucionais”, explica.
O VENTO DAS SINERGIAS
Os desenvolvimentos regulatórios mais recentes, nomeadamente em Por tugal, com o Regime das Empresas de Investimento trouxe, para António Mello Campello, “alguma simplifica ção” e pela sua experiência, “também alguma sedimentação”. “Existem muitas entidades consultoras para investimento e o conjunto está ainda muito fraco para ser um negócio com futuro. É por isso que considero que os próximos 10 anos vão continuar a ser anos de consolidação. Anos em que se vai separar o trigo do joio e onde, qui çá, se vão criar sinergias com os players existentes, sejam eles nacionais ou in ternacionais”, projeta o responsável da BlueCrow. António Mello Campello destaca, no entanto, o quão diferentes são os modelos e negócio das consul toras nacionais. “Nunca me encontrei em competição direta com um cliente de uma consultora concorrente. Isto mostra o potencial que o mercado por tuguês tem”, explica.
Pedro Assis, da Baluarte Wealth Advisors, viu o início da sua atividade de forma um pouco distinta de Antó
ANTÓNIO MELLO CAMPELLO Diretor executivo, BlueCrow Capital
“Considero que os próximos 10 anos vão continuar a ser anos de consolidação. Anos em que se vai separar o trigo do joio e onde, quiçá, se vão criar sinergias com os players existentes, sejam eles nacionais ou internacionais”
nio Mello Campello. “Aquilo que sen timos quando chegamos ao mercado é que o modelo de consultoria para in vestimento era algo já bastante neces sário. Víamos como bastante esgotado o modelo assente em mera execução e em gestão discricionária e, por isso, achámos que foi muito fácil explicar o conceito. Não obstante, também tive mos que atravessar os desafios de cres cimento inerentes a um negócio novo”.
OS BANCOS CENTRAIS
Já no que diz respeito aos desafios, o profissional realça temas mais ligados aos mercados financeiros. “De todos
DE TRANSFORMAÇÃO
PEDRO ASSUNÇÃO
Diretor de investimentos, Første
“[O contexto da última década] foi um contexto de mercado com taxas e volatilidade exageradamente baixas onde a maré levantou os barcos todos e foi difícil distinguir os diferentes tipos de serviço”
dade destas carteiras, em total respei to pela tolerância de risco original do cliente”, explica.
Já no aspeto regulatório, Pedro As sis considera que os desenvolvimentos da última década foram muito positi vos. “Hoje em dia temos um mercado muito mais transparente do que o era antes da diretiva de 2014. Essa trans parência é extremamente importante para deixar evidente a diferença entre aquilo que é, efetivamente, um aconse lhamento, e o que é uma venda de um produto financeiro”, expõe.
O VENTO DA REGULAÇÃO
os desafios, aqueles que mais nos preo cupam são os que de alguma maneira ameaçam e condicionam o andamento das carteiras dos nossos clientes”, diz. Por esta perspetiva, para Pedro Assis o grande vento desfavorável da última década foi “gerir carteiras com perfis mais conservadores num contexto que, após 2008, foi de taxas de juro muito, muito baixas”. “Foi necessária uma disciplina muito grande para conseguir encontrar soluções de investimento que conseguissem manter a rentabili
Pedro Assunção, da Første, considera que nos últimos dez anos o verdadei ro repto foi vender o serviço de con sultoria para investimento. “Mesmo passado todo este tempo, não acho que se tenha tornado muito mais fá cil. Em parte devido à concorrência bastante desleal de uma parte rele vante das instituições financeiras”, introduz. Para o profissional, esta concorrência é algo que tem vindo a tornar-se mais equilibrado, com os desenvolvimentos regulatórios, mas está longe de estar resolvido.
Por outro lado, Pedro Assunção considera que, não obstante, os resul tados positivos que a regulação teve no equilíbrio de mercado, trouxe consigo um desafio adicional para o negócio.
“A adoção de MiFID II, para as socie dades consultoras, trouxe consigo um aumento desproporcional do peso do compliance, dos custos e necessidade
“Hoje em dia temos um mercado muito mais transparente do que o era antes da diretiva de 2014. Essa transparência é extremamente importante para deixar evidente a diferença entre aquilo que é, efetivamente, um aconselhamento, e o que é uma venda de um produto financeiro”
OPINIÃO DE
de recursos associados, dada a reduzida dimensão que estas têm em Portugal e a baixa complexidade do negócio”, ex plica. O diretor de investimentos alerta também, no que à regulação diz respei to, para alguma duplicação de esforços entre as instituições financeiras e as so ciedades de consultoria que poderia ser mais equilibrada.
Já no que se refere às condições de investimento dos últimos dez anos, Pedro Assunção está de acordo com Pedro Assis no que à relevância deste
tema diz respeito, e elenca esse desafio com a dificuldade em passar a men sagem do valor da consultoria para o cliente. “Foi um contexto de mercado com taxas e volatilidade exagerada mente baixas onde a maré levantou os barcos todos e foi difícil distinguir os diferentes tipos de serviço”, expõe. “Nesta fase em que estamos a entrar, podemos encontrar um mercado mais difícil, mas mais compensador para quem presta um serviço de aconselha mento diferenciado”, conclui.
COVERED BONDS – O SEU INVESTIMENTO OBRIGACIONISTA FORA DO COMUM
As tensões geopolíticas, o regresso aos elevados níveis de inflação e a alteração de estratégia por parte do Banco Central atingiram fortemente não apenas os mercados acionistas, mas também os mercados de obrigações. Mesmo o segmento de alta qualidade, como as obrigações soberanas, enfrentou condições adversas.
As Covered Bonds, uma parte às vezes esquecida do universo obrigacionista, foram também impactadas. A sua credibilidade creditícia, contudo, permanece sólida. Estes instrumentos oferecem uma proteção creditícia única apoiada pela entidade emitente e adicionalmente por uma cover pool de ativos altamente regulados que garantem os pagamentos se o emitente não o conseguir fazer. Isto significa que estes instrumentos têm não só um nível creditício alto, sendo vistos como uma verdadeira alternativa às obrigações soberanas, na maioria dos casos, mesmo com um rating mais forte do que o do país. É uma base sólida para que continuem o seu historial de mais de 200 anos sem incumprimentos. Como maior gestora de Covered Bonds da Europa, temos executado com sucesso uma série de estratégias sólidas desde 2012, apresentando diferentes perfis de risco de taxa de juro e níveis de exposição ao crédito, e oferecendo oportunidades no espaço obrigacionista que vão para lá do caminho trilhado pela dívida soberana.
LAURA DONZELLA Responsável de Distribuição Institucional e de Retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AMDE TRANSFORMAÇÃO
por Fernando Martin del AguaRESILIÊNCIA, PROPÓSITO E INOVAÇÃO
Após ano recorde na gestão de ativos europeia, estes são os pontos-chave para um ambiente em mudança.
OMcKinsey 2022 Glo bal Asset Management Survey mostra que a indústria está a enfren tar este ambiente tão in certo a partir de uma posição de força - 2021 foi o melhor ano para a gestão de ativos europeia desde 2007. No ano passado, assistimos a um crescimento de 8% de AUM e 12% dos lucros, ele vando as margens operacionais para 44% - este crescimento cimentou qua se 10 anos consecutivos de melhoria das margens operacionais, incluindo apenas o segundo ano de expansão dos receitas dos últimos 10 anos.
Dito isto, as margens operacionais não recuperaram completamente para os níveis prévios à Crise Financeira Global ou da bolha tecnológica. Isto apesar das semelhanças deste ciclo com esta última crise em termos de valorização em nomes de tecnologia e crescimento.
Embora o crescimento europeu tenha sido robusto em relação a outros mer cados desenvolvidos, existem também diferenças marcadas por país, com a Itália e a Alemanha a liderar o cres cimento nos últimos três anos (par ticularmente no que diz respeito ao crescimento dos clientes de retalho), enquanto que a França se atrasou tanto no desempenho do mercado como no desempenho orgânico (em parte devi do ao seu mix mais institucional).
A história da indústria a nível global foi igualmente forte, com registos alar gados em AuM, receitas agreagadas e lucros agregados. É notável que as mar gens operacionais permaneçam muito estáveis entre as diferentes geografias, com a Ásia a liderar as margens de lucro seguidas pela Europa ocidental.
Em termos de estratégias de inves timento, nas ativas tradicionais per manecem 68% dos ativos, diminuindo ligeiramente desde há 10 anos. A alo
cação de ativos mudou entre rendi mento fixo e ações. O rendimento fixo atingiu fluxos líquidos de 2,8 biliões de euros desde 2011, mas a sua quota de ativos de terceiros diminuiu 7 pp.
Contrastando com as ações, onde as ações passivas e ativas tiveram fluxos líquidos de pouco menos de 1 bilião de euros em 2011.
MARGENS E RECEITAS
Mencionámos anteriormente que a indústria teve 10 anos consecutivos de melhoria nas margens operacionais.
Em anos anteriores, o crescimento dos custos da indústria ultrapassou pere nemente o crescimento das receitas orgânicas, e tende a estar mais correla cionado com o beta do mercado.
Esta tendência poderá continuar, dado que o crescimento dos custos tem sido dominado pelo crescimento da compensação variável e dos gastos em tecnologia, embora, como um fator
França 4.463
4,3%
Alemanha 4.383 10,3% 4,1% 6,2%
Itália 2.493 10,8% 5,5% 5,3%
Suiça 2.489 10,3% 3,2% 7,1%
Reino Unido 7.635 10,2% 2,8% 7,4%
Escandinávia1 2.431 13,3% 3,2% 10,1%
Europa Ocidental 28.486 9,7% 3,1% 6,6%
América do Norte 55.869 15,7% 2,5% 13,2%
Japão e Austrália 7.185 9,1% 2,6% 6,5%
China 8.853 12,7% 7,7% 5,0%
Índia 703 17,1% 6,8% 10,3%
América Latina 1.258 9,0% 3,0% 6,0%
CCG 1.423 7,0% 0% 7,0%
DE TRANSFORMAÇÃO
VEMOS UMA DISPERSÃO SIGNIFICATIVA NO DESEMPENHO FINANCEIRO DAS GESTORAS COM CLAROS VENCEDORES E DESFASADOS EM TERMOS DE CRESCIMENTO E RENTABILIDADE
IRÁ O RETORNO ABSOLUTO REGRESSAR?
positivo, a taxa de crescimento dos cus tos tenha abrandado acentuadamente nos últimos cinco anos (vs. os cinco anteriores), sugerindo que os gestores têm estado um pouco mais vigilantes na gestão do crescimento dos custos.
Os custos operacionais diminuíram à medida que os gestores se apercebe ram dos benefícios da externalização (que normalmente se atrasam dois -cinco anos com base no nosso estudo), enquanto que o crescimento dos gastos tecnológicos continua a ser o maior im pulsionador, com quase 10%.
DISPERSÃO SIGNIFICATIVA
Vemos uma dispersão significativa no desempenho financeiro das gestoras com claros vencedores e desfasados em termos de crescimento e rentabilidade
Apesar do desempenho recorde da indústria, apenas 25% dos intervenien tes apresentaram um crescimento ren tável ao longo do tempo.
Múltiplos são os fatores de sucesso entre vencedores e vencidos.
Em primeiro lugar, o quão bem alinhados estavam com as correntes estruturais dos mercados - maior ex posição à distribuição de retalho/in termediário, menor exposição a gestão passiva, dada a concorrência de preços e a necessidade de escala maciça para contribuir significativamente para uma economia firme; e exposição a competências ativas de alfa mais espe cializadas e mais elevadas.
Segundo, eficácia nas vendas e esca labilidade - 70% maior produtividade
de receitas por vendedor, e 100% maior alavancagem das funções de middle e back office.
Em terceiro lugar, os líderes inves tiram significativamente mais em tec nologia e estão a subcontratar de for ma mais agressiva, com uma quota de subcontratação 5pp superior ao longo de cinco anos.
As condições económicas e geo políticas mudaram rapidamente em 2022. Os investidores em ações man tiveram-se relativamente expostos ao risco, enquanto que o rendimento fixo enfrentou o seu primeiro teste real de grandes fluxos de saída à medida que as pressões inflacionárias aumentaram a incerteza da política monetária.
O que se deve ter em mente neste ambiente de mudança?
Construir resiliência - capturar a sua justa quota-parte de dinheiro em movimento e posicionar-se em corren tes de clientes e produtos de fluxo mais rápido (passar para fundamental/va lor, multiativos de rendimento, alter nativos, particularmente ativos reais).
Reforçar o propósito - utilizar esta oportunidade para articular um senti do de propósito a longo prazo
Inovar para o crescimento - procurar converter ativos não geridos em ativos geridos (personalização, casos de uso com soluções e resultados diferentes), alinhando estratégias de investimento para grandes mudanças económicas estruturais, e aplicar a tecnologia, não para substituir o raciocínio humano, mas para o melhorar.
Agora que tanto as obrigações como as ações tradicionais estão a deixar para trás a tendência de crescimento em que se encontram há anos, podemos estar perante uma mudança de regime que poderá traduzir-se em rentabilidades agregadas mais baixas, sublinhando a necessidade de procurar alfa em outras áreas.
Certas estratégias de investimento já não podem depender de fatores como a macroeconomia ou a política monetária, que sustentaram as rentabilidades do mercado na última década. Os bancos centrais estão a subir as suas taxas de juro a partir de mínimos históricos e a gestão desta transição para um ambiente de restrição quantitativa e de menor liquidez gera mais incerteza.
Estas mudanças, juntamente com a incerteza política, podem dar lugar a diversos resultados económicos e de investimento, enquanto a volatilidade resultante pode aumentar a dispersão de valorizações ou criar anomalias de preços atrativos que podem ser capturados pelos investidores.
Daí o ressurgimento de estratégias de retorno absoluto, que podem funcionar neste contexto, uma vez que o seu objetivo é gerar rentabilidades positivas independentemente da direção dos mercados através da sua capacidade para cobrir as exposições e adotar posições curtas.
10 ANOS DE INFORMAÇÃO COM QUALIDADE
A indústria de fundos continuará no centro da estratégia da Euronext, que pretende ser um parceiro cada vez mais relevante no desenvolvimento de um mercado europeu de investimento.
Ao longo da história, as bolsas e outras infraes truturas de mercado de capitais, têm sido, e continuarão a ser, infraestruturas críticas para o crescimento e desenvolvimento da indústria de fundos de investimento. Por um lado, por que os fundos precisam de investir em ativos admitidos a mer cados regulados, transparentes, seguros e com mecanismos adequados de formação de preços. Adicionalmente, porque os próprios fundos beneficiam de ser cotados e transacio nados nestes mercados seguros e eficientes, recorrendo aos índices de referência que as bolsas produzem. E, finalmente, porque as infraestruturas de mercado de capitais continuarão a proporcionar um conjunto de serviços, que são, cada vez mais, relevantes numa indústria em consolidação e, crescente mente, em arquitetura aberta no que se refere à distribuição.
1) Importância da transparência, liquidez e formação de preço Na eficiente gestão de carteiras, os profissionais do setor procuram transparência, segurança, liquidez, e adequada formação de preço dos ativos em que investem. A admis são em Bolsa de títulos oferece, desde logo, uma garantia de prestação suficiente e regular de informação, para a boa escolha dos instrumentos. Depois, a gestão dos portfolios exige boa execução de operações de compra e venda, com rapidez e segurança. E, adicionalmente, a concentração de liquidez que os mercados proporcionam, bem como a efi ciência dos seus algoritmos, é uma garantia da melhor for mação de preço. Assim, as infraestruturas de mercado têm sido, e continuarão a ser, fundamentais ao desenvolvimento da indústria de fundos.
Adicionalmente, a admissão em mercado de fundos tam bém continuará a beneficiar deste ambiente, regulado, se guro e eficiente que as bolsas proporcionam. Por exemplo, a Euronext oferece hoje mais de 1.400 ETF para negociação nos seus mercados, nos quais a liquidez é alavancada pela participação ativa de 15 market makers. Os ETF propor cionam uma oferta muito diversificada de perfis, temas, e estilos de investimento, que podem cobrir um leque muito variado de ativos, incluindo ações, obrigações ou commo dities, e mais recentemente, também cripto.
2) Crescente relevância dos índices benchmark, incluindo ESG
A gestão de carteiras, seja ela de natureza mais ativa ou mais passiva, recorre, em geral, a índices de refe rência (os designados benchmark). Ora, as bolsas têm
sido, e continuarão a ser, as principais produtoras de índices de referência no mercado.
A Euronext produz hoje mais de 900 índices de muitas as dimensões e perfis, incluindo os índices de referência na cionais, como o PSI em Portugal ou o CAC40 em França, mas também índices regionais, europeus ou mais globais, como a Euronext 100 ou o Next 150. A estes índices estão indexados mais de 15.000 ETF, fundos, warrants, certifica dos, futuros e opções, que captam muitos milhares de mi lhões de euros de ativos sob gestão.
Em particular, no que se refere ao investimento sustentá vel, é crescente e continuará a ser cada vez mais relevante a inclusão de critérios ambientais, sociais e de bom go verno (o designado ESG) na gestão de carteiras, quer por exigências regulatórias, quer sobretudo por pressão da procura dos investidores. Esta tendência tem levado as in fraestruturas de mercado a oferecer um volume crescente dos designados índices ESG, com diferentes temáticas e abordagens. E a Euronext oferece hoje mais de 100 índi ces ESG, incluindo versões ESG dos seus índices de refe rência nacionais (e.g. CAC40 ESG ou MIB ESG), ou índices Europeus como o Low Carbon 100 ou o ESG Large 80 ou o Climate Europe, entre outros.
3) Consolidação e novos modelos de distribuição
No quadro de um modelo europeu, no qual a arquitetu ra aberta de distribuição de fundos ganha importância crescente (por oposição aos modelos em silo dentro do mesmo grupo financeiro), as centrais de liquidação e cus tódia vão tornar-se parceiros cada vez mais relevantes da indústria de fundos. Em Portugal, por exemplo, a Euronext Securities Porto (Interbolsa), tem registado um interesse crescente pelo seu serviço de Order Routing para fundos de investimento.
A indústria de fundos continuará no centro da estratégia da Euronext, que pretende ser um parceiro cada vez mais relevante no desenvolvimento de um mercado europeu de investimento, mais integrado, mais eficiente, e mais inova dor, contribuindo também para canalizar mais poupança para os grandes desafios do desenvolvimento sustentável.
Parabéns, FundsPeople, pelo trabalho desenvolvido nos últimos 10 anos, dando voz a um tema que em muito be neficia com a sua divulgação e discussão públicas. Ve nham muitos mais.
OPORTUNIDADE ÚNICA DE DINAMIZAR O PANORAMA DE
GESTÃO DE ATIVOS
Na última década, o cenário legal e regulatório nacional não esteve, claro, alheio ao que ia acontecendo na Europa. Mostramos-lhe 10 peças regulatórias marcantes durante esse período, mas com a certeza de que as grandes oportunidades vivem no futuro.
ALTERAÇÕES À DIRETIVA OICVM (UCITS)
Na UE, os Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários (OICVM) são regulados desde a primeira versão da Diretiva OICVM, introduzida em 1985. Longe da primeira Diretiva OICVM, a Diretiva 2014/91/UE de 23 de julho de 2014 (Diretiva OICVM V) pretendeu fazer face a determinadas discrepâncias identificadas, sendo parcialmente transposta para o ordenamento jurídico português pela Lei n.º104/2017, de 30 de agosto, a qual procedeu à alteração do Código dos Valores Mobiliários e do Regime Geral de Organismos de Investimento Coletivo.
AIFMD E DEMAIS REGULAMENTAÇÃO EUROPEIA E NACIONAL
Em 2009, no rescaldo da crise financeira, foi expressa a vontade política de adotar uma Diretiva que regulasse a gestão de organismos de investimento alternativo (i.e., fundos de capital de risco, fundos de investimento mobiliário não harmonizados, fundos de investimento imobiliário, entre outros), surgindo como resposta a Diretiva AIFMD, conforme complementada pelos respetivos regulamentos delegados e de execução.
DMIF II
O quadro legal composto pela Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros II e pelo Regulamento dos Mercados de Instrumentos Financeiros (respetivamente, DMIF II e RMIF) foi equacionado com o claro objetivo de harmonização dos mercados financeiros na União Europeia (e à tendente criação do mercado único europeu de serviços financeiros). A entrada em vigor da DMIF II e a posterior introdução de várias medidas de Nível 2 tiveram impacto também ao nível dos OI, no que respeita, a título de exemplo, a avaliação da adequação, categorização de clientes, normas de conduta no âmbito da atividade de comercialização de OIC, entre outros.
RGOIC
A Lei n.º16/2015, de 24 de fevereiro, que, com as suas múltiplas alterações, compõe o Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo (RGOIC), transpôs parcialmente para a ordem jurídica nacional a Diretiva AIFMD e a Diretiva UCITS, procedendo à revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo e à alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e ao Código dos Valores Mobiliários. O RGOIC é regulamentado pelo Regulamento da CMVM n.º 2/2015.
32 4
Nos últimos dez anos, o mercado europeu de fundos de investimento procurou cultivar uma imagem de robustez e fiabilidade. São de assinalar desen volvimentos vários em matéria de gestão de ativos, desde logo com a publicação da AIFMD a dar corpo à vontade política de uma regulação mais intensa dos fundos de investi mento alternativo, no rescaldo da cri se financeira, em relação à qual estes foram tidos como co-responsáveis.
Volvida uma década, o plano da regu lação na gestão de ativos fica também marcado pelo objetivo de harmoni zação dos mercados financeiros na União Europeia e, com isso, com a criação de quadros legais orientados para esse objetivo (alterações à Direti va OICVM, DMIF II, publicação da AIFMD, entre outros).
Como seria de esperar, o plano le gal e regulatório nacional não perma neceram alheios aos desenvolvimentos ocorridos a nível europeu, destacando -se o surgimento do Regime Jurídi
O PLANO DA REGULAÇÃO NA GESTÃO DE ATIVOS
FICA MARCADO PELO OBJETIVO DE HARMONIZAÇÃO DOS MERCADOS NA UNIÃO EUROPEIA
CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS
Aprovado pelo DecretoLei n.º 486/99, de 13 de novembro, o Código dos Valores Mobiliários veio – e continua - a ser alvo de múltiplas alterações com direta relevância na gestão de fundos.
REGIME JURÍDICO DO CAPITAL DE RISCO, EMPREENDEDORISMO SOCIAL E INVESTIMENTO ESPECIALIZADO
Aprovado pela Lei n.º 18/2015, de 4 de março, o Regime Jurídico do Capital de Risco, Empreendedorismo Social e Investimento Especializado, alterado subsequentemente, toma como referência a AIFMD, abrangendo organismos de investimento alternativo, incluindo os fundos de capital de risco.
REGIME DOS PERITOS AVALIADORES DE IMÓVEIS
Nasce pela Lei n.º 153/2015, de 14 de setembro, e regula o acesso e o exercício da atividade dos peritos avaliadores de imóveis que prestem serviços a entidades do sistema financeiro nacional, abrangendo entidades do sistema financeiro da área bancária, mobiliária, seguradora e resseguradora e dos fundos de pensões.
PASSAGEM DE COMPETÊNCIAS PARA A CMVM
Pelas mãos do DecretoLei n.º 144/2019, de 23 de setembro, são transferidas para a CMVM as competências de supervisão sobre as sociedades gestoras de fundos de investimento e de fundos de titularização de créditos, eliminando-se sobreposições na supervisão destas sociedades, e reduzindo-se exigências burocráticas e atos autorizativos excessivos que prejudicavam o setor. Almeja-se uma atuação mais rápida e uma fiscalização mais intensa do supervisor, tendo em vista melhorar a eficácia dessa supervisão.
5 76 8
DESTACA-SE A REVISÃO TRANSVERSAL
A OPERAR PELO NOVO REGIME DA GESTÃO DE ATIVOS COM CLARAS PROPOSTAS DE SIMPLIFICAÇÃO E HARMONIZAÇÃO DOS VÁRIOS REGIMES
TEMAS ESG
Resultado da crescente consciencialização da sociedade para temáticas ambientais, sociais ou referentes a uma boa gestão corporativa ou política de investimento, a produção legislativa e regulamentar orientada para temas ESG assume já uma marca indelével no que respeita à gestão de fundos de investimento e aos próprios produtos comercializados, com a criação, a título de exemplo dos fundos sustentáveis. Neste âmbito, destaca-se o Regulamento (UE) 2020/852 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de junho de 2020 relativo ao estabelecimento de um regime para a promoção do investimento sustentável, mais conhecido como o Regulamento Taxonomia, bem como as demais medidas de nível dois.
NOVO RGA
O Regime da Gestão de Ativos (RGA), cujo projeto se encontra disponível após conclusão pela CMVM da fase de consulta pública, pretende rever de forma integral o RGOIC e o RJCRESIE, ambicionando simplificar e conferir proporcionalidade à regulação do setor da gestão de ativos, por forma a fomentar a competitividade e o desenvolvimento do mercado, salvaguardando a proteção dos investidores.
9 10
co dos Organismos de Investimento Coletivo (RGOIC) e do Regime Jurí dico do Capital de Risco, Empreende dorismo Social e Investimento Espe cializado (RJCRESIE), assim como, as várias alterações de relevo ao Código dos Valores Mobiliários.
Quanto aos próximos anos, ante cipa-se um crescimento contínuo da importância das temáticas ambien tais, sociais e da boa governação so cietária, no setor da gestão de ativos, à
luz do paradigma ESG europeu. Ade mais, destaca-se a revisão transversal a operar pelo novo regime da gestão de ativos, o qual concentrará num único diploma o RGOIC e o RJCRESIE, com claras propostas e vantagens de simplificação e harmonização dos vá rios regimes e, com isso – espera-se –de aproveitamento de uma oportuni dade única para dinamizar, de forma competitiva, o panorama nacional da gestão de ativos.
O DESAFIO DA INFLAÇÃO
A inflação representa um enorme desafio, porque nenhum modelo de inflação é suficiente para dar aos investidores ou aos decisores políticos um alto grau de confiança na trajetória futura dos preços. Embora as perspetivas sobre a inflação sejam razoavelmente fiáveis ao longo do tempo, tendem a funcionar ao longo de décadas e não de meses. Por exemplo, temos argumentado durante anos que o populismo crescente e a desglobalização conduziriam a uma inflação mais elevada no futuro - mas é a inflação de hoje o que antecipámos? Não. Esperávamos que a inflação fosse ligeiramente acima dos níveis pré-pandémicos no futuro, mas não antecipámos o recente pico maciço dos preços, nem atribuiríamos esse pico principalmente ao populismo ou à desglobalização. Embora a inflação exerça muita pressão sobre a economia global, acreditamos que isto também irá passar. Os banqueiros centrais estão a tomar as medidas para baixar a inflação. Embora esse processo seja doloroso, julgamos que terá sucesso. Mesmo durante os próximos meses difíceis, há razões para esperar que a próxima recessão seja menor face às anteriores. As finanças das famílias, impulsionadas pelo estímulo da pandemia, são robustas, os balanços das empresas são fortes, e o sistema financeiro global não parece vulnerável a bolhas de preços de ativos. Assim, não esperamos uma desaceleração acentuada, mas uma mais branda e esmagadora que persiste durante vários trimestres, mas não causa o mesmo ruído económico e social das últimas recessões.
MIGUEL LUZARRAGA3.600 DIAS DE DEPOSITÁRIOS
Um repasso aos rankings das entidades depositárias de fundos mobiliários em Portugal nos últimos 10 anos. Em traços gerais, pouco ou nada mudou, mas um olho mais observador verá que o mercado tem segmentos bastante competitivos.
A
C omo já se terá apercebido ao longo de diversos arti gos nesta revista, o pano rama nacional da indústria de gestão de ativos mudou muito na última década. As entidades gestoras, o mix de fundos na oferta, as pessoas, mas não só. Num espaço menos iluminado do mundo da gestão de ativos, os bancos depositários representam uma peça muito importante nas operações que rodeiam a gestão de fundos mobiliários e também não ficaram imunes à mudança, mas numa escala pouco pronunciada.
Em 2015, na Revista número 8 do primeiro trimestre do ano, a FundsPeo ple destacava que a grande maioria das gestoras de ativos nacionais pertencia a grupos financeiros e, por isso mesmo, era comum que a entidade depositária dos fundos de investimento mobiliários fosse a própria instituição bancária do grupo. O ranking de então assim o mostrava.
Já os bancos depositários que se re lacionavam com as sociedades gestoras independentes davam mais que falar. Diogo Teixeira, então administrador da Optimize Investment Partners, co
mentava que “as gestoras independentes procuram as melhores condições para os seus produtos em todos os bancos, em bora os maiores bancos nacionais se recu sem a entrar neste campeonato. Por isso é natural que os bancos mais pequenos sejam as opções prediletas das gestoras de fundos fora dos grupos bancários”.
O Banco Invest conquistava assim, em 2015, a posição de banco depositário preferido das entidades gestoras inde pendentes. A Fundbox - hoje em dia não gere fundos mobiliários -, a MNF Ges tão de Ativos - atual Lynx Asset Mana gers - e a Optimize Investment Partners, selecionavam assim um banco depositá rio mais pequeno como seu parceiro de negócios. A Dunas Capital - atualmente Heed Capital - capitalizava na sua rela ção próxima com o EuroBic na gestão de fundos mobiliários e elegia esta institui ção financeira para sua depositária, como aliás o faz até aos dias de hoje.
CINCO ANOS DEPOIS
Anos depois, em 2020, na Re vista FundsPeople de maio e ju nho, regressávamos a este tema
DE TRANSFORMAÇÃO
e construíamos um novo ranking. Explicava-se então que os bancos de positários, são a terceira perna do tri pé sob o qual assenta, genericamente, a atividade da gestão de ativos. Uma “perna importantíssima, por sinal, pois entre as suas competências e funções encontra-se a de operar pe didos de subscrição e de resgate das unidades de participação, assim como garantir o cumprimento do re gulamento de gestão do fundo e ser responsável pela custódia dos ativos sob gestão”, lia-se no artigo de então. Nestes cinco anos que passaram, o Banco Invest perdeu a sua hegemonia entre as entidades independentes. A Caixa Geral de Depósitos conquis tou a Optimize IP, mas também a
entidade gestora que nasceu no ano anterior, a Sixty Degrees. De resto, as relações mantiveram-se sensivel mente inalteradas, à exceção da IM Gestão de Ativos e da Popular Ges tão de Ativos.
As diversas operações corporativas que marcaram o percurso da maior entidade gestora independente na cional impactaram o ranking. A rela ção histórica com o Millennium bcp reflete-se na concentração do grosso do negócio junto deste como banco depositário. Contudo, a passagem dos fundos mobiliários da CA Gest para o universo IMGA, bem como o lan çamento de novos fundos com marca EuroBic, justificam a tríade de bancos depositários
que se relaciona.
Já a Popular GA a surgir atualmente no universo Santander resulta da bem sabi da aquisição de todo o grupo financeiro por parte do seu concorrente espanhol.
FAST FORWARD
Fast forward para os dias de hoje (a fe cho do semestre para ser mais preciso) e vemos algumas mudanças significativas face a 2020.
Antes de mais, duas novas entidades depositárias fazem parte do conjunto de entidades domésticas que trabalham com os fundos mobiliários de domicílio português. O Bison Bank, por um lado, que trabalha com os fundos da BIZ Ca pital, e o BiG, que tem sob a sua alçada o fundo da Casa de Investimentos e os fundos domésticos da Optimize IP.
A Optimize IP foi a única entidade gestora que mudou de depositário no pe ríodo, da Caixa Geral de Depósitos para o BiG, como anteriormente referido. O Santander, com extinção da marca Popu lar, concentra agora apenas a Santander Asset Management sob a sua responsa bilidade de depositário.
Todavia, uma das mudanças mais re levantes neste curto período foi a transfe rência de todos os fundos da BPI Gestão de Ativos da alçada do banco depositário BPI para o Cecabank. Aliás, esta institui ção depositária espanhola tem um acordo de prestação de serviços a todos os fundos do universo CaixaBank, incluindo, natu ralmente, a BPI GA.
A concentração dos ativos nos maio res grupos bancários, é algo que não mudou em 10 anos. Também a relação privilegiada entre entidades gestoras e depositárias do mesmo grupo económi co, ou com uma relação histórica com o grupo, não é novidade. O que sim, foi novidade, foi o surgimento de novas en tidades gestoras e depositárias que têm retocado ligeiramente a fotografia do ne
PAR T
RAPTREN
A OPINIÃO DE
O FIXED INCOME OFERECE UMA NOTÁVEL
OPORTUNIDADE
O serviço integrado de wealth management, banco depositário, custódia e banca de investimentos do Bison
BiG passa a diponibilizar serviço de banco depositário a fundos mobiliários
gócio de depósito de fundos mobiliários em Portugal. A opção de algumas pela colaboração com novos e mais pequenos prestadores deste serviço vem em linha com o que dizia Diogo Teixeira em 2015. Por outro lado, a opção da Sixty Degrees pela CGD como depositário valida a gi gante Caixa Geral de Depósitos como alternativa para pequenas boutiques.
O mercado configura-se assim re lativamente estático no que se refere a grandes volumes de ativos supervi sionados, mas relativamente compe titivo no que aos pequenos players diz respeito. Um maior desafio para novas entidades que querem dar os primeiros passos no negócio de depósito de fundos mobiliários, não obstante, um caminho que mostram querer fazer.
Este é um dos períodos mais difíceis na memória dos que investem em fixed income, uma vez que tanto as yields como os spreads perderam dinheiro em 2022. Os principais bancos centrais estão a canalizar toda a sua energia para o combate à inflação. Continuamos a defender que a economia global está apenas no início de um acentuado abrandamento, que vai acabar por conter a inflação e forçar os bancos centrais a abandonar a sua tendência restritiva. Isso deverá levar a uma queda das yields e por sua vez a uma recuperação dos ativos de fixed income. Assistimos a uma situação semelhante pouco antes da crise financeira global. Em meados de 2008, a inflação situava-se em quase 6%, mas, em julho de 2009, a deflação já tinha chegado. A história repete-se. Por agora, esperamos que a Reserva Federal se mantenha hawkish, uma vez que a inflação ainda está em alta e o mercado laboral forte. A pressão política antes das eleições intercalares é outro motivo pelo qual o Fed pode manter esse rumo. À medida que avançamos para o resto deste ano e para 2023, esperamos que o abrandamento acelere, e que haja uma reviravolta na inflação. Reconhecemos um importante valor no fixed income, com yields muito atrativas em relação ao risco subjacente. Esta é uma ótima oportunidade para investir em fixed income.
Na opinião de Mike Gitlin, o rendimento fixo tem quatro papéis a desempenhar numa carteira: diversificação das ações, gerar rendimentos, proteger face à inflação e preservar capital. Quatro alavancas que a classe de ativos não tem conseguido ativar nos últimos meses. Mas apesar de nos termos sentado com ele poucos dias antes das históricas subidas de taxas de juro na Europa e EUA, a mensagem que envia ao mercado é positiva. Depois do período mais duro para as obrigações em 40 anos, sobreviveu ao seu período de redenção. Agora chegou o momento de construir as carteiras de obrigações para os próximos cinco anos. É o que estão a fazer no Capital Group High Income Opportunities (LUX).
DE NEGÓCIO DE OBRIGAÇÕES
MAIS OPORTUNIDADES NA PRÓXIMA DÉCADA
Para Mark Gitlin, a última década foi de “políticas monetárias experimentais”, com “os participantes de mercado a acostumaram-se a taxas artificialmente baixas resultantes da política monetária”. Agora, explica, “veremos taxas de juro acima de zero, que encontrarão os seus novos níveis neutrais, e spreads de crédito que refletem riscos apropriados no mercado, e não uma put option de um banco central”. Na próxima década, por seu lado, acredita que os investidores vão beneficiar de rendimentos mais elevados e de mais oportunidades nos mercados de rendimento fixo.
DE TRANSFORMAÇÃO
investidor de obrigações encontra-se hoje num cenário muito distinto face ao de há seis meses. A primeira metade de 2022 foi um período difícil, como reconhece Mike Gitlin. Ter qualquer mínimo de duração na carteira tem sido doloroso. Mas o responsável de Ne gócio de Obrigações do Capital Group não duvida da mensagem que quer lançar aos clientes. “Estamos num momento muito mais atrativo para a classe de ativos”.
São simplesmente contas. Há 12 meses as obrigações high yield tinham uma yield de 4%. Hoje essa mesma es tratégia entrega 9%. Em obrigações corporativas invest ment grade, cerca de 4,5%-5%. Em dívida de mercados emergentes, cerca de 10%. Com os bancos centrais a subi rem as taxas de juro e os spreads de crédito a aumentarem gerou-se um ponto de partida mais atrativo. É algo que Gitlin quer deixar muito claro. “No que temos que pensar agora é em que ponto se encontram as rentabilidades das obrigações atualmente e, com isso, onde estarão as opor tunidades dentro de cinco anos”, insiste.
Não é que o especialista esteja a tentar prever o solo da correção ou que 2023 vá ser um ano fantástico. Vai mais longe. “Mas se se tem um horizonte a cinco anos e olhamos para o histórico de todos os índices de obri gações, observa-se que quando a yield inicial foi tão alta como a atual, a rentabilidade composta num pra zo tão longo geralmente é positiva”, afirma. Embora os spreads possam continuar a alargar, considera que estes níveis oferecem um rendimento suficiente para proteger o capital. Um colchão.
Gitlin não está alheio da dificuldade dos investidores de olhar mais além das significativas perdas que têm acu mulado as obrigações. Na sua opinião, a correção é re sultado de uma combinação de três fatores: o ponto de partida das yields, o ritmo a que subiram as yields e a magnitude desses movimentos.
Apesar disso, defende a necessidade de colocar a liqui dez a trabalhar. “Especialmente com a inflação aos níveis
a que está. Cada dia que não se está a investir em estraté gias de maior income está a perder-se poder de compra”, ressalta. É um discurso muito distinto face aquele que ti nha dado em janeiro, reconhece. “Agora os mercados de obrigações já consideram no preço uma política monetá ria mais restritiva. As obrigações corporativas, inclusive, estão a começar a descontar uma recessão”, afirma.
É uma postura suportada por uma visão macroeco nómica relativamente construtiva. No cenário base que gere a gestora não descartam uma recessão no curto prazo, mas de caráter mais técnico, pouco profunda. Nesse caso, opina Gitlin, é pouco provável que as obrigações gover namentais continuem a corrigir. Na verdade, é precisa mente o movimento que se começava a refletir no preço quando nos sentámos com ele em meados de julho, com o bund alemão a viver um pequeno rally.
ATERRAGEM COMPLICADA
O especialista é muito consciente da incerteza que rodeia os mercados. “A maioria dos bancos centrais estão a ten tar aterrar um avião em condições meteorológicas nefas tas”, reconhece. Mas, de novo, propõe ao investidor olhar para a outra face da moeda. O ponto de partida das yields em obrigações, historicamente, tem sido um bom indica dor adiantado dos retornos futuros. A estes níveis, o sinal que estão a enviar convida a que se seja oportunista. “O verdadeiro risco atualmente é não aproveitar as obriga ções a estes níveis”, sentencia.
Assim, as carteiras de obrigações da Capital Group estão a mover-se. No início do ano a gestora estava posicionada com uma subponderação em duração e crédito e sobrepon derados a obrigações ligadas à inflação e dólar norte-ameri cano. Agora, conta Gitlin, estão a voltar a acrescentar dura ção e crédito, já que ambos ganharam atratividade.
“A análise própria é realmente o núcleo do nosso pro cesso de investimento e é fundamental para navegar na atual volatilidade do mercado”, afirma Gitlin. Através de uma seleção de títulos bottom-up, o fundo Capital Group
VERDADEIRO RISCO ATUALMENTE É NÃO APROVEITAR AS OBRIGAÇÕES
A ESTES NÍVEIS”
High Income Opportunities (LUX) identifica oportuni dades, tanto em mercados high yield como nos emer gentes, duas áreas que têm sido capazes de proporcionar yields reais num contexto de elevada inflação sustentada. “A combinação única de ambas as classes de ativos que
o fundo faz tem ajudado a proporcionar aos investidores um retorno mais diversificado ao longo dos seus 23 anos de trajetória”, explica Gitlin. “O fundo também adotou recentemente a categorização do artigo 8 sob o Regula mento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR) da EU, que sabemos que é importante para os nossos clientes na Península Ibérica e noutros sítios da Europa”.
Para Gitlin, as obrigações têm quatro papéis a de sempenhar numa carteira: diversificação das ações, gerar rendimentos, proteger face à inflação e preservar o capi tal. Na sua opinião, depois do período mais duro para as obrigações em 40 anos, a classe de ativos sobreviveu ao seu período de redenção. Agora, insiste, chegou a hora de construir as carteiras para os próximos cinco anos.
DE TRANSFORMAÇÃO
Pedro Fernandes
RESPONSÁVEL DE INVESTIMENTOS, HEED CAPITAL
“É IMPORTANTE QUE A EQUIPA SE MANTENHA FIEL À SUA FILOSOFIA
E, NESSE SENTIDO, OS PRÓXIMOS 10 ANOS NÃO DEVERÃO SER MUITO DISTINTOS DOS ÚLTIMOS 10”
O ano de 2012 não foi, de longe, o melhor contexto para o negócio de gestão de ativos, mas a Heed Capital viu nesse ano o momento para lançar o Heed Património. Dez anos depois, Pedro Fernandes descreve os movimentos que marcaram o fundo neste período.
Em 2012 estávamos no pós-crise financeira e em plena crise de dívida europeia - se é que ambas não são uma mesma crise - e foi um contexto em que no mercado de fundos por tuguês não se via um fulgor de nova atividade notável. Muito poucos fundos foram lançados em 2012, mas um deles, o Heed Património, da Heed Capital, partilha com a FundsPeople o seu décimo aniversário em 2022.
Perante esta efeméride, Pedro Fernandes, CIO na en tidade gestora, explicou os momentos que marcaram os 10 anos do fundo e o quão consistente foi a forma como a equipa abordou a sua gestão. “O que nos tem sido mais grato e é mais importante para nós é a consistência. Não somos uma casa que faz um ano excelente, seguido de um ano muito mau, mas sim uma casa consistente. Para isso ajuda termos mantido a mesma equipa desde o princípio e entendemo-nos maravilhosamente”, expõe.
Crise de dívida soberana, taper tantrum em 2013, bolha das ações chinesas em 2015, Brexit em 2016, guerra comercial em 2018, pandemia em 2020 e inflação em 2022… São muitos os eventos que impactaram o dia a dia da equipa, mas que se revelaram muitas vezes como oportunidades, segundo Pedro Fernandes. Tudo isto com as mãos dos bancos centrais firme mente a segurar o mercado de ações e a espremer o mercado de obrigações. Mas, para a equipa, a consistência e a disciplina revelaram-se um valor acrescentado.
Numa análise do que foi o trabalho de gestão ao longo destes anos, Pedro Fernandes é categórico ao afirmar que “foram anos incríveis em termos de dificuldades no merca do. Nos 30 anos da minha experiência profissional, talvez tenha sido a época mais difícil”, diz. A razão? Uma em par ticular: a experimentação dos bancos centrais com o quanta tive easing e as taxas negativas. “Estamos pela primeira vez em muito tempo a comprar crédito e a assumir duration nas carteiras, depois de muitos anos a tomar decisões que nos deixavam muito pouco confortáveis nos mercados de dívida como foi investir em emissões com taxas nulas”, explica. Em contraste, “o fundo nunca teve tanta duration como atual mente”, diz o CIO da Heed Capital.
UM NOVO CONTEXTO DE MERCADO
Assim, como diz, este fecho da década está finalmente a abrir portas a “oportunidades que fazem sentido” no mer cado de obrigações. No entanto, claro, não esquece outro momento interessante no mercado de dívida que marcou a atividade do fundo, mais especificamente o seu princí pio. Nessa altura, os spreads de dívida pública da periferia
DEPOIS DO TRABALHO
Para Pedro Fernandes, a jardinagem funciona como um descompressor da tensão dos mercados.
proporcionaram uma oportunidade de investimento sem paralelo. “Não sem os seus riscos, claro. Nos primeiros tempos do fundo reduzimos a nossa exposição a ações para equilibrar o risco que advinha do investimento em dívida pública periférica”, diz Pedro Fernandes.
Desde então, o peso das ações manteve-se sempre perto do máximo de 50%. “É curioso que, desde esse momento, as ações que selecionamos, em geral, pareceram-nos sempre baratas. Os resultados têm sido ótimos ao longo do tempo e, no entanto, os índices, excluindo as empresas tecnológicas norte-americanas, não têm tido um comportamento coeren te”. Evidentemente, há que realçar que a equipa de gestão da Heed não alinha em modas, no que se refere ao investimento em ações. “Se há uma coisa que as últimas grandes crises nos mostraram é que surge sempre um momento em que há uma grande disponibilidade de liquidez para comprar as ações mais sexy. Nós não temos qualquer problema com essas em
presas, mas sim com o preço que se paga por elas”, exclama. “Queremos manter o fundo com uma estrutura confortável e que nos defenda em todos os cenários”, acrescenta.
A DISTORÇÃO ESG
Já no que se refere à tendência mais recente do mercado, a integração de fatores ESG, o CIO não vê que seja, para a equipa, “um problema ou limitação”. Vê, isso sim, um mo vimento que “distorceu o mercado, criando oportunidades em alguns setores e dirigindo o dinheiro para os setores, pretensamente, mais verdes”.
Em suma, foram 10 anos difíceis, mas recompensadores, para Pedro Fernandes. “Isso refletiu-se no nosso posiciona mento em termos de retorno e risco face à concorrência. É im portante que a equipa se mantenha fiel à sua filosofia e, nesse sentido, os próximos 10 anos não deverão ser muito distintos dos últimos 10”.
“Então e o S?”, ouvimos e perguntamos muitas vezes quando se analisa um fundo ESG. No novo Carmignac Portfolio Human Xperience podemos esquecer essa pergunta por completo. A componente social é o motor de arranque do novo fundo da gestora francesa, e Obe Ejikeme não tem dúvidas de que a fórmula cliente e colaborador feliz resulta em empresas mais rentáveis. O trabalho de análise de dados para chegarem a essas empresas é grande, mas no terreno também há trabalho a fazer, uma das razões pelas quais a Carmignac se uniu à Shareaction’s Workforce Disclosure Initiative.
PAR T NER
TREN
O ESG PODE DAR LUGAR AO BOM INVESTIMENTO
Desafios e incertezas é o que mais tem marcado a vida do ESG na última década. Contudo, Obe Ejikeme acredita que nos próximos 10 anos o ESG será a norma. “O acrónimo pode até desaparecer e ser considerado apenas como bom investimento”, diz o responsável. O gestor acredita que “as gestoras de ativos precisam de se adaptar às expetativas das próximas gerações e aproveitar essa oportunidade estrutural para inovar”.
DE TRANSFORMAÇÃO
Então e o S? É uma das questões mais colo cadas quando se analisa um fundo ESG. A verdade é que, muitas vezes, o S aparece como o parente pobre da sigla. A compo nente difícil de medir, de investir, onde os dados, por vezes, mais divergem, etc. Obe Ejikeme, à fren te de um dos novos fundos da Carmignac, mostra-nos que não tem de ser assim. Aliás, o Carmignac Portfolio Hu man Xperience não assenta em nenhuma destas premissas.
Pelo contrário. O novo fundo da gestora francesa olha pre cisamente para a componente de investimento social. “O produto foca-se nas empresas que demonstram uma forte satisfação do consumidor e do colaborador”, começa por descrever o gestor em entrevista à FundsPeople
E as tais dificuldades de investimento nesta componen te parecem não existir para a gestora. No processo de in vestimento usam “uma base de dados proprietária única e extensa de fatores relacionados com a componente social”, e tiram partido de outras fontes de informação, como os “questionários a clientes”, “o feedback dos empregados”, “fluxos de notícias”, bem como “relatórios financeiros”.
As empresas eleitas para entrar em carteira têm então um rating atribuído às suas contribuições sociais, após entrar em jogo a avaliação dos especialistas de setor da Carmig nac, que analisam o potencial de retorno e risco. “O resul tado é um portefólio concentrado, com baixo turnover, e cerca de 40 posições de todo o espetro de mercados de ações globais que vão ao encontro dos nossos restritos critérios de entrada, e que usam o melhor de dois mundos: a análise quantitativa e a qualitativa”, explica Obe Ejikeme.
MENOS ATENÇÃO, MAIS OPORTUNIDADES
Obviamente que esta convicção da entidade na importân cia da componente social não acontece por acaso. Antes do lançamento do Carmignac Portfolio Human Xperien ce, a entidade realizou um back-test relativamente aos principais fatores sociais, e concluiu que as “empresas que demonstram elevados níveis de satisfação dos clien
tes e trabalhadores têm melhor desempenho ao longo do tempo”. Mas este não é um trabalho de um dia só, como se costuma dizer. As contínuas melhorias nos da dos relativos a funcionários e clientes ajudará, acredita a Carmignac, a conseguirem “identificar as empresas bem sucedidas, com a cultura certa implementada para gerar retornos sustentáveis”.
Neste novo fundo classificado como artigo 9º da SFDR, o desafio passa mesmo por tirar partido e entender “os conjuntos de dados únicos disponíveis”, interpretar os que têm maior materialidade, e depois então selecionar as empresas que consideram que vão ser mais lucrativas. “A análise de fatores sociais está a ganhar momentum junto dos investidores, apesar de serem menos tangíveis do que os fatores ambientais”, confessa Obe Ejikeme. Mas esta pouca atenção que ainda é dada ao S acaba por ser frutífe ra, de certo modo, pois conduz a equipa a “oportunidades de investimento subestimadas”.
Embora a entidade não classifique o produto como um fundo de impacto, este é classificado como artigo 9º, e tem deliberadamente um objetivo de investimento sustentá vel, pois o objetivo final é tornar-se “líderes nas ideias de investimento neste novo espaço em rápido crescimento”, encorajando a outros a sê-lo também. E são setores como as utilities, a energia e as finanças que, na opinião do ges tor, poderão beneficiar mais deste foco no aspeto social. “Embora tenham feito progressos na melhoria do seu am biente de trabalho, continuam a sofrer com os fracos ní veis de atendimento ao cliente, pelo que ainda têm muito trabalho pela frente”, elenca.
Por outro lado, os setores de tecnologia e o consumo básico estão “aptos a demonstrar que é possível focarem -se em cuidar tanto dos consumidores, como do bem-es tar dos seus funcionários, sendo por isso um bom ben chmark para alguns dos setores mais atrasados”, aponta. Mas dentro de um mesmo setor há diferenças grandes, e Obe Ejikeme mostra-nos um exemplo concreto. “A Southwest Airlines é líder em termos sociais e investe
“A ANÁLISE DE FATORES SOCIAIS ESTÁ A GANHAR MOMENTUM JUNTO DOS INVESTIDORES, APESAR DE SEREM MENOS TANGÍVEIS DO QUE OS FATORES AMBIENTAIS”
significativamente na experiência do consumidor, tendo um score mais elevado de satisfação, enquanto o seu con corrente na Europa, a Ryanair, mostra um considerável menor nível de satisfação dos clientes. Durante o nosso período de back-test (2011-2021), a Southwest Airlines entregou um retorno 50% maior do que a Ryanair, con siderando os ajustes cambiais”, descreve o responsável.
CONSEGUE MEDIR, CONSEGUE GERIR
Mas não é só a análise dos dados que faz parte do trabalho da gestora. O engagement com as empresas é fundamen tal, e não apenas neste fundo: em todos. “Temos um com promisso com os representantes das empresas, incluindo com a equipa de gestão e os conselhos de administração, mas também na manutenção de diálogos com especialis tas da indústria e outros stakeholders chave”, apresenta.
Mais concretamente, a entidade estabelece três tópi cos principais quando o assunto é o engagement com as empresas nas quais investem: mudança climática, empo
deramento e liderança. Obe Ejikeme explica que na parte social - ou seja na componente de empoderamento - são crentes de que o funcionário, quando bem tratado, é o ativo mais valioso de uma empresa. Desse modo, incentivam as empresas nas quais investem a “gerir de forma eficiente os seus recursos humanos”, e assim aumentar o envolvimento com clientes e funcionários, mas também encorajam essas empresas a “divulgar dados sociais mais standardizados tendo em mente que o que se consegue medir (e comparar) consegue também ser gerido”. A Carmignac impulsiona portanto as empresas em que investem a irem mais além: a darem poder à sua força de trabalho através das suas ope rações, mas também através das cadeias de fornecimento. Obe Ejikeme conclui com um exemplo do que a sua firma defende: “Ao juntarmo-nos à Shareaction’s Workforce Disclosure Initiative intensificamos o nosso compromisso e iremos trabalhar com outros investidores para melhorar a transparência corporativa e a responsabilidade nas métri cas S no ESG”, concluiu.
DE TRANSFORMAÇÃO
Gabriela Figueiredo Dias
“A REVISÃO DO REGIME JURÍDICO DA GESTÃO DE ATIVOS ERA UMA DAS MEDIDAS MAIS IMPORTANTES DE DINAMIZAÇÃO DO MERCADO”
Terminou o seu mandato na CMVM antes da finalização do projeto de revisão do Regime Jurídico da Gestão de Ativos, mas com a sensação de missão cumprida neste campo. Agora ocupa um cargo internacional, e fala-nos da sustentabilidade como o grande desafio regulatório da próxima década.
De 2016 a 2021, Gabriela Figueiredo Dias teve a seu cargo as rédeas da CMVM. Um papel que certamente a fez destacar-se no campo internacional, e assim levá-la ao seguinte desafio profissional: a presidência do Inter national Ethics Standards Board for Accountants (IESBA). Ocupa o cargo desde o início de 2022, e foi entre viagens e uma agenda ocupada que conseguimos colocar-lhe algumas ques tões sobre como vê a gestão de ativos em Portugal atualmente.
A liderança do regulador deu seguramente a Gabriela Figueiredo Dias a noção dos grandes desafios que a gestão de ativos enfrenta. Os da última década são, para a profissio
nal, bem claros. Por um lado a crise financeira. Na sua ótica, “colocou uma enorme pressão sobre a indústria, com um decréscimo significativo dos ativos sob gestão nos primei ros anos na última década e uma diminuição da dimensão do setor muito preocupante”. Releva, por exemplo, alguns eventos financeiros decorridos, que acabaram por ter as suas consequências, e que deixaram a descoberto “algumas fra gilidades do setor”, mais concretamente no que diz respeito “ à adoção de condutas adequadas de gestão”. A pandemia foi outro momento desafiante, mas superado com distinção. A atual presidente da IESBA recorda a grande pressão de liquidez que a indústria nacional enfrentou, que acabou por não se materializar “em qualquer evento de liquidez”, ou “incapacidade de satisfação de pedidos de resgate”.
A própria regulação acabou por ser um desafio para a ges tão de ativos. Gabriela Figueiredo Dias recorda aquele que foi “um esforço importante de adaptação do setor a alterações re gulatórias importantes, como foi o caso da Diretiva AIFMD, que para além do impacto nos gestores de fundos alternativos, acabou por chegar a outros profissionais. Esta diretiva “esten deu-se aos gestores de fundos UCITS por via de uma opção nacional de alinhamento por cima dos requisitos aplicáveis aos fundos UCITS e AIFMD, que se veio a revelar despro porcional”, comenta, acabando por se revelar um obstáculo ao desenvolvimento do setor que se pretendeu superar com a proposta de revisão do RGOIC.
DOIS GRANDES MARCOS REGULATÓRIOS
Precisamente a diretiva AIFMD foi um dos marcos regula tórios da última década, na opinião da profissional, nomeada mente pelo papel que teve em “elevar de forma significativa os requisitos de preparação prudencial e de governação dos gestores, reforçando a respetiva resiliência”. No entanto, são dois aqueles que considera os importantes marcos regulató rios nacionais dos últimos 10 anos: o reforço do quadro regu latório relativo aos requisitos de adequação da gestão de topo nestas entidades, por um lado, e, por outro, a transferência de competências de supervisão prudencial do Banco de Portugal para a CMVM. Sobre o primeiro tema - as chamadas regras de fit & proper - reforça o quão importante foi o progressivo reforço da “boa governação, da cultura e da ética na gestão de ativos”. Sobre a transferência de competências, Gabriela Figueiredo Dias não tem dúvidas dos benefícios trazidos à in dústria. Não só as entidades gestoras passaram a lidar com um único supervisor - agilizando assim a supervisão - como essas mesmas entidades gestoras, deixaram de estar a obrigadas “a cumprir um conjunto de obrigações aplicáveis aos bancos, mas que não fazem sentido na gestão de ativos”.
Embora tenha saído antes da sua finalização ao nível da decisão política, a revisão do Regime Jurídico da Gestão de Ativos foi uma das grandes bandeiras do mandato da pro
SUSTENTABILIDADE
Para a profissional, este será o grande desafio da próxima década. Um tema onde “está quase tudo por fazer”, e onde faltam “dados e métricas credíveis e consistentes”, mas não só.
fissional na CMVM. Confessa mesmo que este era o “prin cipal desafio e projeto regulatório” a que se propôs quando aceitou o cargo. “Por razões de diversa natureza, internas e externas, só no penúltimo ano do mandato foi possível de senvolver esse projeto e entregar a respetiva proposta aos decisores políticos”, recorda. Embora tenha saído antes de o projeto ver o dia , a presidente da IESBA considera que “deixou o trabalho feito”, e não tem dúvidas: “Esta era uma das mais importantes medidas de dinamização do mercado e em particular, da gestão de ativos”.
Da próxima década também não ficarão de fora novos desenvolvimentos regulatórios. A profissional destaca o impacto das “alterações previstas para a AIFMD, ou a implementação do regime do Produto Individual de Re
forma Pan-Europeu”, mas, na sua opinião, será a susten tabilidade o “principal fator de transformação do contexto regulatório e do próprio setor”. O mercado sofrerá grandes transformações por via deste tema, mas, nas suas palavras “está quase tudo por fazer” nesta temática. “Faltam dados e métricas credíveis e consistentes, a informação disponí vel está muito longe de ser satisfatória, de um modo geral, e menos ainda comparável. Não está, por agora, sujeita a qualquer tipo de confirmação de qualidade (assurance), e aquela que é praticada numa base voluntária segue crité rios e metodologias ad hoc e escassamente confirmáveis”, concluiu. No entanto, a sustentabilidade poderá ser, sem dúvida, o motor de transformação positiva do setor e do próprio mercado de capitais
As dinâmicas no mercado de fixed income sofreram muitas alterações desde o começo do ano. Agora, na visão de Michael Krautzberger, pode ser um bom momento para tirar partido das ineficiências do mercado. O BlackRock Sustainable Fixed Income Strategies Fund, classificado como artigo 8 da SFDR, pretende gerar alpha aos investidores expondo-se a empresas que geram externalidades positivas para a sociedade. Neste processo, o rigoroso e disciplinado research é fundamental.
FUND
GREENIUMS
Michael Krautzberger acredita que a evolução e o aumento de emissões de obrigações verdes irá permitir acompanhar os greeniums com mais dados, ilustrando as diferenças ao longo do tempo em termos setoriais e de emitentes. Vê este tipo de emissões como uma oportunidade de melhorar o desempenho da sua carteira.
DE TRANSFORMAÇÃO
Um produto que combina a componente obrigacionista com a vertente sustentá vel. Com mais de 4 mil milhões de euros em património, o BlackRock Sustainable Fixed Income Strategies Fund, distingui do com Rating FundsPeople, tem um track record que remonta a 2009. Contudo, é agora, com a anormalidade (ou com o retomar à normalidade) das taxas de juro, que os investidores voltam a olhar com outros olhos para uma classe de ativos que, nos últimos anos, tem vindo a ficar para trás nas suas preferências no processo de alocação.
“Consistente em todos os fundos de fixed income eu ropeus, a nossa abordagem reconhece estratégias de va lor relativo como o veículo ideal para capturar alpha efi ciente em termos de risco”, começa por explicar Michael Krautzberger. Para alcançar sucesso em tal abordagem, o gestor conta que acredita que existem dois ingredientes fundamentais na receita: a volatilidade e o tempo. “A vo latilidade para mover os preços para fora do seu intervalo tradicional, e o tempo para permitir a reversão de volta aos seus níveis históricos”, explica. Diz também acreditar que a combinação de um rigoroso e disciplinado research fundamental bottom-up com research económico top -down é crucial para aproveitar as ineficiências do mer cado de forma a gerar alpha.
A RELEVÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE
É no processo de alocação de ativos que a integração da sustentabilidade desempenha um papel fundamental no fundo. Classificado como artigo 8º no âmbito da SFDR, “o produto aplica o enquadramento de externalidades da BlackRock, proporcionando uma forma transparen te e quantificável de medir e analisar a sustentabilida de em todo o universo do rendimento fixo”, assegura Michael Krautzberger. Para garantir a excelência na análise, “a cada um dos títulos em carteira, quer sejam asset backed securities, obrigações soberanas ou cor porativas, é atribuída uma pontuação que permite uma
revisão holística das credenciais de sustentabilidade do fundo”, explica o profissional.
Nesta vertente, o objetivo da equipa de gestão é claro: favorecer os emitentes que demonstrem externalidades positivas, e excluir os que demonstrem externalidades negativas. O profissional dá como exemplo as “empre sas em que a sua atividade gera um benefício ambiental e social para terceiros, aumentando os benefícios tangí veis do ESG para os clientes”. Em termos de composição da carteira, Michael Krautzberger apresenta que esta é composta por obrigações verdes, sociais e sustentáveis (GSS), títulos com objetivos baseados na ciência, alinha dos com iniciativas de transição, ou ainda pelas empresas melhor classificadas dentro do seu setor. “As obrigações verdes são selecionadas com base nos projetos financia dos pelas suas receitas”, enuncia. “Os projetos em que se considera que colocam o mundo em direção a uma econo mia net-zero, ou seja, os projetos de energias renováveis, recebem as pontuações mais elevadas em comparação com aqueles que produzem apenas melhorias marginais em relação ao consumo de energia de base, tais como os projetos de edifícios verdes”, explica.
Para além de todo este processo, juntam-se os filtros que aplicam na decisão de investir ou não numa empresa. Mais concretamente, procuram definir um score mínimo ao ní vel do rating ESG da MSCI, não investem em emitentes que violem o Pacto Global das Nações Unidas (UNGC), e aplicam exclusões setoriais. Com isto conseguem eliminar do seu universo de investimento as empresas que produ zem custos sociais e ambientais altos para a sociedade.
O profissional exemplifica o processo de evolução para artigo 8º com base nas diferenças materiais dos ativos que compõem a carteira. “No final de julho de 2021, o fundo detinha 2,6% em GSS, 11,5% em emitentes com metas com base científica e a pontuação ESG da carteira do MSCI era de 5,5. Após um ano, as exposições a medi das de sustentabilidade aumentaram significativamente; as participações de GSS em 11,7%, 17,1% em emitentes
com metas com base científica e a carteira detinha uma pontuação de 7,1 na MSCI”, ilustra.
NOVA ERA PARA O FIXED INCOME?
Como gestor ativo, Michael Krautzberger acredi ta que o atual ambiente de mercado pode oferecer boas oportunidades aos investidores, quer seja em termos se toriais ou de títulos. Na verdade, diz que “o fixed income é atualmente muito diferente do que era no início do ano, com produtos de curta duração a oferecer yields positivas após anos de yields negativas”. Nomeadamente, vê opor tunidade nas curvas de taxas a curto prazo, nos ativos de spread de elevada qualidade, incluindo as agências sobe ranas, supranacionais ou obrigações cobertas, e também nos greeniums (green premiums).
Relativamente às recentes alterações nas políticas mo netárias por parte dos bancos centrais, o próprio comenta que esse movimento irá “coloca maior ênfase nos funda mentais de um emitente e na sua capacidade de angariar capital nos mercados”, alterando assim a dinâmica do
mercado. Para o profissional, o resultado será uma maior dispersão em setores, com as preferências dos investidores a evoluírem à medida que passam pelas várias fases do ciclo económico. “Combinando este fator com a recente tendên cia de maior volume de dívida pendente vs. balanços sau dáveis, a velocidade dos movimentos de ativos é suscetível de aumentar. Isto já é evidente com o ritmo de mudança dos spreads de crédito, salientando a forma como a liquidez limitada acelera a mudança dos preços”, explica.
Conclui ao mencionar o posicionamento atual do fundo: curto nas taxas americanas, preferindo setores de alta qualidade – como o setor bancário – e, em termos de duração, oscila em torno de neutro, sendo que a cur to prazo mostra um viés para flatteners. Em suma, está confiante que a sua estratégia poderá trazer resultados positivos para os clientes. Contudo, avisa que “é im portante considerar a imprevisibilidade dos mercados. Mostrar humildade e avaliar decisões está enraizado na equipa de gestão e este é um processo que continuará à medida que os mercados evoluem”.
TUDO O QUE MUDOU EM TERRAS DE SUA MAJESTADE
Foi em 1386 que Portugal oficialmente celebrou aliança com Inglaterra. Após 636 anos, esta relação orgulha-se agora de ser a aliança internacional, ainda em vigor, mais antiga. Nesta edição especial da Revista olhamos para os últimos 10 anos dos fundos que operam no mercado acionista do Reino Unido.
OReino Unido há mui to se estabeleceu como uma das principais economias mundiais. Atualmente detém o quinto maior produto interno bruto do mundo e apresenta-se como a segunda maior economia no espaço europeu, atrás apenas da Alemanha. Assim sendo, o mercado financeiro britânico sempre foi uma referência mundial e alvo de muita cobiça.
Cabe aos gestores dos fundos anali sarem as melhores oportunidades den tro deste mercado para gerar retorno para os seus investidores. Vemos agora como três fundos que operam exclusi vamente neste mercado geriram os seus portefólios nos últimos 10 anos. Muito mudou, mas… como reagiram os ges
tores aos principais eventos? Quais as principais diferenças nas carteiras?
Para a análise selecionamos os três fundos com Rating FundsPeople 2022, em Portugal, que se encaixam na categoria UK Equity Large Cap da Morningstar. Deste filtro resultou o BlackRock GF Kingdom Fund, o Liontrust GF Special Situations Fund e o Threadneedle UK Equities. Os da dos foram recolhidos da Morningstar Direct, à data de 31 de agosto de 2022.
Olhando para o estilo de investi mento, é já possível observar algumas alterações. Os investidores procura ram aumentar exposição a um estilo de investimento focado em empresas de alto crescimento, parcialmente devido às correntes positivas que este estilo proporcionou. Em 2012 estas empre
ESTILO DE INVESTIMENTO
09/30/2012 12/31/2012 03/31/2013 06/30/2013 09/30/2013 12/31/2013 03/31/2014 06/30/2014 09/30/2014 12/31/2014 03/31/2015 06/30/2015 09/30/2015 12/31/2015 03/31/2016 06/30/2016 09/30/2016 12/31/2016 03/31/2017 06/30/2017 09/30/2017 12/31/2017 03/31/2018 06/30/2018 09/30/2018 12/31/2018 03/31/2019 06/30/2019 09/30/2019 12/31/2019 03/31/2020 06/30/2020 09/30/2020 12/31/2020 03/31/2021 06/30/2021 09/30/2021 12/31/2021 03/31/2022 06/30/2022
sas representavam 32,2% das carteiras, no entanto, este valor foi aumentan do e em meados de 2018 já ascendia a 61,10% do total investido. Mais recen temente, a tendência tem-se invertido e este estilo representa agora 33,91% dos fundos analisados. O estilo de investi mento misto é agora o mais represen tado, com 45,93% dos portefólios. Por sua vez, o estilo value registou o mo vimento inverso, atingindo o mínimo também em meados de 2018, 16,13%.
AS DARLINGS INGLESAS
As diferenças são também visíveis no que concerne os setores de investimento.
Em 2012, os três principais setores eram o setor energético, industrial e de consumo de bens essenciais. No setor energético, havia nomes comuns aos
três fundos como as petrolíferas BP e Shell. A nível do setor industrial desta cava-se o Compass Group e a Rentokil Initial que contavam com posições re presentativas nos portefólios. Por fim, no último setor, os destaques iam para a Unilever, detentora de marcas como Ben & Jerry’s e a Lipton, e a British American Tobacco.
Com o passar dos anos é possível perceber algumas tendências. O setor que perdeu mais representatividade nos 10 anos foi o da energia, cerca de 11%. Seguiu-se o setor das matérias -primas e o das utilities. Do outro lado, os dois setores que ganharam mais re presentatividade foram o setor tecno lógico e o da indústria.
Em 2022, das mencionadas ante riormente, apenas uma empresa se
O SETOR QUE
PERDEU MAIS
REPRESENTATIVIDADE NOS 10
ANOS FOI O DA ENERGIA, CERCA DE 11%
ALOCAÇÃO SETORIAL
ENERGIA
BENS DE CONSUMO
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO
DE TRANSFORMAÇÃO
mantém muito relevante no portefólio. Atualmente, as ações com maior des taque nas carteiras são a Shell, o RELX Group e a Diageo.
O BREXIT
Por fim, importa analisar um período que marcou os últimos 10 anos deste país, a saída da União Europeia. Este acontecimento, apesar de previsto an teriormente, consumou-se a 31 de ja neiro de 2020. O referendo oficial, que resultou na vitória do Brexit, ocorreu em junho de 2016. Como prepararam os gestores tal evento? Ocorreram vá rias alterações nos portefólios.
Em relação ao trimestre anterior, em junho de 2016 houve uma subi da de aproximadamente 13 pontos
percentuais no investimento em empresas de elevada capitalização. Também a nível dos setores houve mudanças algo radicais, com desta que para a redução de 5 pontos per centuais no consumo discricionário e de 3,70 pontos percentuais no setor financeiro. Ainda durante este perío do, as empresas que mereceram mais destaque por parte dos fundos em análise foram a Shell, a British Ame rican Tobacco e a Unilever.
O Reino Unido enfrenta agora, à semelhança do resto do mundo, um cenário económico turbulento. Aguar damos para ver como estes gestores vão responder aos desafios que se aproxi mam e que oportunidades se encon tram ao virar da página.
AS OBRIGAÇÕ ES ESTÃO DE VOLTA! DIVERSIFICAÇÃO, CURTO PRAZO E ESG!
Num contexto de taxas ascendentes, de bancos centrais a recalibrar balanços e de dúvidas sobre o crescimento económico, as formas tradicionais de aumentar a rentabilidade - como aumentar a duração, usar derivados ou recorrer aos mercados emergentesacarretam riscos implícitos. Para compensar estes riscos, na Amundi contamos com uma ampla gama de soluções monetárias e de obrigações a curto prazo que procuram isolar a sensibilidade às taxas de juro, sem renunciar à yield e com diferentes vencimentos que vão de 90 dias a três anos. Estas estratégias caracterizam-se por uma gestão ativa da exposição ao crédito e à duração, por um foco na qualidade de crédito e na diversificação; e por um controlo rigoroso do risco e da liquidez. Soluções que, além disso, são classificadas como artigo 8 SFDR e algumas como artigo 9 SFDR.
Uma gama monetária e de obrigações a curto prazo à procura de retornos consistentes ajustados ao risco, resiliência e marca ESG, beneficiando de todos os recursos de gestão, análise de crédito, ESG e engagement de uma empresa como a Amundi, a maior gestora europeia1 e líder em fundos monetários e soluções para a liquidez com mais de 30 de experiência.
1. Fonte: IPE Top 400
OBRIGADO, FUNDSPEOPLE!
Em plena atuação da Troika em Portugal, entrava em atividade a FundsPeople, e foi um veículo essencial para um maior internacionalização dos portefólios em Portugal.
P assaram dez anos desde que Mario Draghi forçou uma clarificação do projeto euro peu, que se assim não fosse dificilmente te ria resistido à crise soberana da altura, do tando-o agora de capacidade para superar um Brexit, conviver com uma pandemia e de agora lidar com uma guerra. Foi também em 2012 que a China rele vou o seu ensejo de se assumir como uma potência mun dial sobre a alçada da nova liderança de Xi Jinping, que a modernizou em todos os campos na última década, re forçando o poder do país em termos económicos, sociais e geopolíticos, com criação de uma estratégia sustentada de subida do nível e da qualidade de vida da população e da introdução de um projeto arrojado de multi depen dências económicas, a nova rota da seda, que alargou manifestamente o perímetro de influências da China. Mas foi também em 2012 que em Portugal, em plena Troika, em fase de um pesado ajustamento económico, de gran de descredibilização do sistema financeiro e debaixo de um pessimismo generalizado, que surgiu como uma lufa da e ar fresco, a FundsPeople em Portugal.
A FundsPeople apresentou-se em Portugal há dez anos atrás, com a equipa jovem e dinâmica, apostada em ofe recer informação global do mundo financeiro, de forma independente e transversal, procurando criar um espaço único de partilha de conhecimento em Portugal, onde se agrega, informação pertinente para os reguladores, para as entidades gestores de ativos e para os investido res, sejam estes institucionais ou particulares.
Em plena crise económica e financeira em Portugal, a FundsPeople foi um veículo essencial para um maior in ternacionalização dos portefólios em Portugal, dando a
conhecer um maior leque de opções e uma melhor di versidade de processos e de estratégias de investimento e abrindo espaço para um conhecimento mais aprofun dado de novas classes de ativos.
A FundsPeople também se soube afirmar com um instru mento de literacia financeira para os diferentes segmen tos do mercado financeiro, num país que dentro da zona euro se encontra em último lugar nesta matéria (Fonte: BCE). Apostando em ter um departamento de análise próprio para o mercado português e, simultaneamente, optando sempre por uma linha editorial independente, pondo de lado o sensacionalismo barato dos grandes titulares, que tantas vezes a volatilidade do mercado financeiro oferece, pautando ao invés, por convidar os diferentes especialistas do setor a enquadrarem devi damente essa volatilidade. A verdadeira informação dos mercados financeiros é aquela que procura com rigor explicar a volatilidade, ou seja, aquela que enquadra os genuínos riscos de mercado para que as decisões sejam tomados de forma fundamentada e não de forma força da, desinformada e puramente emocional.
Desde há muitos anos que tenho tido o privilégio de es crever com regularidade artigos de opinião, nos quais a única premissa que a linha editorial da FundsPeople me exige é que seja uma opinião íntegra. Quando esses va lores são comuns entre quem escreve e quem publica, torna-se fácil emitir uma opinião, na medida em que, também sentimos que estamos a contribuir para algo melhor, num país em que há muito ainda por fazer em matéria de literacia financeira.
Obrigado, FundsPeople em Portugal!
OS MOVIMENTOS DAS GRANDE
PLACAS TECTÓNICAS QUE COMPÕEM OS MERCADOS EMERGENTES
Nos últimos 10 anos muito mudou nos mercados emergentes. Assistimos a um crescimento radical da China, que se assumiu como uma das principais potências mundiais. Vemos agora como os gestores de fundos de ações de mercados emergentes se adaptaram a esta e outras mudanças.
Uma economia de mercados emergentes carateriza-se tipicamente por se encon trar num período de tran sição. Estes países lutam para aumentar o seu produto interno bruto, através da industrialização e da abertura ao comércio em mercados globais, enquanto procuram melhores condições de vida para os seus habi tantes. A estas perspetivas de cresci mento estão normalmente associados retornos de capital elevados para os in vestidores, mas sempre com um risco acrescido inerente.
É nestes investidores que focamos este artigo, mais especificamente nos fundos que operam nestes mercados há mais de 10 anos. Visamos perceber como evoluiu a alocação das carteiras, a nível geográfico, setorial e de estilo de investimento. Para isso, selecionamos a classe Morningstar Global Emerging Markets Equity e filtramos os fundos com 10 ou mais anos de histórico que possuem Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália. Com estes fundos, construímos uma cartei ra que será analisada de 30 de junho de 2012 a 30 de junho de 2022.
Há 10 anos, a carteira analisada era constituída por quatro principais blo cos. A Ásia (desenvolvida e emergen te) representava 62,87% dos portefó lios dos investidores, com a China e a Coreia do Sul a dominarem o inflow de investimentos no continente, 18,96% e 15,33% respetivamente. O Brasil destacava-se no segundo continente mais representado, a América do Sul. O país, na altura liderado por Dilma Rousseff, representava 10,75% (de um total de 15,52% do continente) das car teiras dos fundos em análise. Por últi mo, contamos com a presença do bloco emergente europeu, liderado pela Rús sia com 5,74% de alocação.
Voltando ao presente, podemos ver muitas alterações no panorama da dis tribuição do investimento, tanto moti vadas por questões económicas, como por questões políticas. É de destacar um maior crescimento do continente asiático, este agora representa 80,71% das carteiras. Para este fenómeno, mui to contribuiu o crescimento da China que representa agora 34,13% do total investido pelos fundos. Já em 2017, em entrevista à FundsPeople, Projit Chatterjee - especialista de produto da UBS AM - deu o mote para este aumen to expressivo de representação chinesa. Na revista FundsPeople número 16, o gestor de portefólios afirmou que “pelo seu tamanho e pela transformação do seu modelo económico, a China
BlackRock
PROJIT CHATTERJEE DEU O MOTE:
tamanho e pela
do seu modelo
as melhores oportunidades de
FUNDOS DE MERCADOS EMERGENTES COM RATING FUNDSPEOPLE
ALOCAÇÃO GEOGRÁFICA DA CARTEIRA: O MOVIMENTO DAS PRINCIPAIS PLACAS TECTÓNICAS
apresenta as melhores oportunidades de investimento do mundo emergen te”. Explicou ainda que “as oportuni dades surgem pela divergência entre sectores e empresas e ainda pela dife rença na qualidade entre empresas. O facto de ser tão grande e estar a desen volver-se, cria oportunidades em áreas como o consumo discricionário, servi ços educativos, tecnologia e seguros”. E assim aconteceu.
BRASIL DECRESCE
É possível também ver a tendência de crescente da importância do Brasil no panorama de investimentos em mer cados emergentes. Após várias crises políticas e económicas que deixaram o país aquém das expectativas, este representa agora apenas 6,18% do total
investido. Para Mark Mobius, conside rado o guru dos mercados emergentes e o primeiro gestor de um fundo a atuar neste segmento, tal não foi uma sur presa. Em entrevista à FundsPeople em 2014, o investidor lendário e atual diretor da Mobius Capital Partners, deixou um aviso: “O Brasil está agora a viver uma fase de aprendizagem, não pode despender muito dinheiro com o mundial e com os jogos olímpicos”. Para o especialista, o governo brasi leiro “terá de começar a mudar a sua política para conseguir retomar o ca minho do crescimento”. O mesmo não aconteceu e o país entrou mesmo numa recessão que só acabou por ultrapassar em 2016, o que contribuiu para a sua queda de importância no panorama dos mercados emergentes.
Por fim, destacamos a Rússia, este país teve uma evolução praticamente constante no universo analisado, até ao início de 2022. Com o início do conflito geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia, e com as consequentes sanções económicas aplicadas pelos restantes países, a Rússia passou de representar 5,77% para representar cerca de 0,02% (exposição apenas por interesses económicos de empresas de outros países).
À data de 30 de junho de 2012, no que toca a mercados emergentes, os investi dores preferiam investir o seu dinheiro em três principais setores: financeiro (22,24%), tecnológico (15,73%) e con sumo discricionário (15,61%). Ao todo, estes setores representavam 53,58% do total dos portefólios.
DE TRANSFORMAÇÃO
Passados 10 anos, apesar de o Top 3 ser o mesmo, estes setores represen tam agora 63,95% do total. Este cres cimento deu-se à custa da representa tividade de outros setores como, por exemplo, o da energia. Parcialmente justificado pelo desenvolvimento tec nológico dos países emergentes e pela mudança dos destinos do capital dos fundos, este observou a sua represen tação reduzir de 10,52% para 2,02%. Também o investimento em bens de consumo foi reduzido em 436 pontos -base e o de matérias-primas em 249 pontos-base. O principal beneficiário destes movimentos foi o setor tecno lógico, que representa agora mais 7,74 pontos percentuais. Ainda nessa mes ma entrevista, Mark Mobius também destacava a importância do setor tec nológico dos mercados emergentes: “Os países desenvolvidos precisam dos mercados emergentes, sobretudo devido à sua tecnologia”.
Atualmente o Top 10 de posições inclui quatro empresas que atuam neste setor. A Taiwan Semiconduc
tors lidera com uma exposição média de 6,88%, enquanto a Samsung apa rece em segundo lugar com 4,28%. A fechar este Top surge a Tencent, a empresa de telecomunicações conta com uma representação de 3,58%. No Top 10 podemos ainda ver três em presas que atuam no setor financeiro e duas que operam no setor de consu mo discricionário.
Decidimos terminar com mais uma citação de um dos principais especia listas da área. Em 2014, Mark Mobius afirmou que “os mercados emergentes lideram a economia global, sobretu do porque estes mercados conseguem crescimentos muito rápido, onde a inovação é a chave para o sucesso. Os investidores não precisam de ter medo destes mercados, sobretudo porque o growth está lá e a caminho do value”. O investidor profetizou um crescimen to destes mercados que permitia aliar rápidos níveis de crescimento, assentes em métricas financeiras sólidas, como resultado da importância dos mercados emergentes na economia global.
DÉCADA DE TRANSFORMAÇ ÃO
Aproximamo-nos do nosso 10.º aniversário ibérico. Nestes anos, a transformação no setor foi impressionante.
Houve uma democratização do investimento. Hoje qualquer pessoa pode começar a investir com menos de um euro, graças às novas tecnologias. Os investimentos apenas acessíveis às instituições, estão agora disponíveis de forma generalizada.
Na abrdn, alargámos o acesso ao imobiliário, a infraestruturas e a fundos de crescimento dinâmico: os ativos necessários para diversificar as carteiras.
Aprendemos que algumas pessoas querem investir através de plataformas ou com robô-advisors, mas muitas recorrem à consultoria.
Por isso, estamos a ver decisões mais informadas e podemos oferecer produtos mais especializados e personalizados para satisfazer as suas necessidades.
Na região, a procura por consultoria financeira cresceu 20%, graças a uma confiança renovada no setor. Entre 2008 e 2011, a confiança nos serviços financeiros era muito reduzida e os danos provocados por alguns bancos afetaram todo o setor. Porém, esta confiança foi restabelecida à medida que os bancos, os governos e os bancos centrais foram agindo rapidamente para oferecerem o apoio necessário na sequência da pandemia.
O ISR também se tornou mais proeminente nesta década, devido à procura por parte dos investidores e ao reforço da regulamentação.
Em sintonia com esta conjuntura, continuamos a desenvolver produtos ISR para oferecermos aos investidores mais oportunidades de investirem num mundo mais sustentável.
OS FUNDOS DE PENSÕES EM PORTUGAL
Os últimos 10 anos, o presente e as perspetivas para os próximos 10 anos deste mercado.
Os fundos de Pensões nasceram em Portugal há 35 anos acompanhados de um regime fis cal extraordinário de duplo crédito fiscal para as contribuições realizadas em 1987 e 1988. Os primeiros fundos de pensões na sua maioria ti veram origem em ex-empresas públicas para financiamento de planos de pensões resultantes da contração coletiva, assu miam a forma de benefício definido e eram na sua maioria in tegrados ou substitutivos da Segurança Social de que o caso mais significativo é o do setor bancário.
Mas após a forte dinâmica inicial a evolução dos fundos de pensões em Portugal foi reduzida e contrasta com a evolução positiva que se tem verificado neste mesmo pe ríodo em muitos dos países da OCDE e da União Europeia com um crescimento assinalável e com vários países a te rem valores de ativos sob gestão próximos dos 100% do PIB, chegando mesmo, no caso da Holanda, a uma per centagem próxima dos 200%.
O fraco interesse das empresas e particulares pelos fun dos de pensões em Portugal resulta em muito de um posicionamento do Estado, que transmite uma imagem de que a segurança social é suficiente para prover a to talidade das pensões futuras o que é reforçado com um enquadramento fiscal pouco atrativo.
Na última década, não sendo rigoroso na consideração de um período de 10 anos, vou destacar alguns dos fatores que, na minha perspetiva maior impacto tiveram no mercado dos fundos de pensões, a saber: o princípio do final do primeiro pilar no setor bancário; a CES Contribuição Extraordinária de Solidariedade; a redução das taxas de desconto; os CERR nos planos de pensões de contribuição definida contributivos; o reforço da legislação e por último as pensões flexíveis.
Presentemente, estamos num momento em que se torna im perioso alterar o posicionamento público pois, em termos de demografia, tendo por base a informação do último Ageing Report 2021 da Comissão Europeia, com a situação atual e projeções para 2070, para Portugal destacam-se os seguintes indicadores, que genericamente se encontram entre os mais gravosos de todos: a esperança de vida aos 65 anos a aumen tar 5 anos, a taxa de dependência (relação entre pessoas em idade de reformados e em idade ativa ativos) a quase duplicar dos atuais 37,3% para 67,3% e a taxa de substituição (relação
entre a primeira pensão e o último salário) a passar de 74% para 41,7%. Para agravar esta situação a taxa de participação nos planos de pensões, com 3,5% é a segunda pior da europa. As perspetivas para o futuro são quase certas no sentido do reforço da importância dos fundos de pensões, mas este re forço tanto pode ser moderado conforme tem acontecido, como pode ser exponencial o que é indispensável para fazer face às perspetivas traçadas no Ageing Report 2021. Para o forte crescimento dos fundos de pensões é necessário que as autoridades reconheçam de forma clara e inequívoca a importância de poupar para a reforma, mas é também indis pensável estimular com medidas fiscais e não fiscais pois, sem esses estímulos, a continua pressão do presente, numa popu lação com salários baixos, e a miopia sobre o futuro, consti tuem um travão a esse desenvolvimento.
Para o desenvolvimento do mercado das reformas comple mentares em Portugal existem dois instrumentos promovidos pela Comissão Europeia e que são fulcrais para o cumprimen to desse objetivo: o PEPP - Pan European Pension Product, produto inovador exclusivamente para a reforma destinado à poupança individual de III pilar e o Auto-enrolment, solução de inscrição de contribuições quase obrigatórias para a pou pança de âmbito profissional do II pilar.
No âmbito do processo de regulamentação nacional do PEPP, está a ser apresentado ao governo pela primeira vez de forma conjunta pelas três principais associações do setor financeiro: APB, APS e APFIPP, uma proposta fiscal que, si multaneamente cumpre estes dois objetivos: - atribuir uma dedução à coleta significativa, sem limitações para as contri buições individuais, para os produtos exclusivamente para a reforma, ou seja o PEPP, os fundos de pensões ou certificados de reforma do estado e - majorar a dedutibilidade das contri buições das empresas para benefícios exclusivamente de re forma em que confiram direitos adquiridos individualizados. Caso a proposta fiscal das Associações APB, APS e APFIPP, venha a ser implementada podemos, sem um impacto dema siado elevado em termos de despesa, estar perante um ver dadeiro ponto de inflexão para os próximos anos no sentido de Portugal começar a convergir para a média europeia em termos de poupança para a reforma e, simultaneamente, co meçar a poder traçar perspetivas menos pessimistas quanto às pensões de reforma para as gerações futuras.
DE TRANSFORMAÇÃO
O BOOM DO INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL
Nos últimos dez anos fomos testemunhas da explosão e da popularização do investimento sustentável. Com a Europa na linha da frente, este segmento viu não só um enorme crescimento do seu volume de ativos sob gestão, como também se expandiu para mais classes de ativos.
Agestão dos investimen tos e do dinheiro de acordo com padrões éti cos e convicções sociais é uma prática com uma longa história. No setor da gestão de ativos, o Pioneer Fund já selecionava investimentos em função das proibi ções religiosas em 1928. Porém, só em 1971 é que se considera que foi estabelecido primeiro fundo moder no de ISR, o Fundo Mundial PAX, foi criado em resposta à exigência dos investidores de excluir as empresas americanas ligadas à Guerra do Viet name das suas carteiras. A Europa veio um pouco mais tarde, com a cria ção do fundo britânico Friends Pro vident Stewardship Fund em 1984. Na década de 80, a rejeição do apar theid na África do Sul, bem como as catástrofes ambientais de Chernobyl e Exxon Valdez, impulsionaram uma tendência que cristalizaria nos anos 90 com a popularização de fundos que seguem critérios ESG (ambien tal, social e de governance).
Os últimos dez anos testemunha ram a explosão e a popularização do
investimento sustentável, em parte graças ao forte impulso dos Acordos de Paris sobre alterações climáti cas (COP 21, 2015) e ao lançamen to dos ODS (PNUD, 2015). Estes dois marcos históricos significaram uma mudança de paradigma para o investimento no desenvolvimento sustentável e a implementação de estratégias que possam enfrentar a luta contra as alterações climáticas e o cumprimento da Agenda 2030.
Como podemos ver na figura 1, o volume sob gestão de fundos sus tentáveis tem crescido de forma constante nos últimos dez anos, ace lerando na sequência da pandemia de COVID-19, ultrapassando os 2,5 biliões de dólares no final de 2021, de acordo com os dados da Mor ningstar. Se o conjunto de ativos de investimento sustentáveis for consi derado, a GSIA (Global Sustainable Investment Alliance) calcula que representam 35,9% do total de ativos sob gestão no mundo (GSIA, 2020). Com os dados atualizados no final de junho de 2022, os ativos globais de fundos sustentáveis caíram 13,3%,
FUSÕES E AQUISIÇÕES NA INDÚSTRIA DE DADOS ESG
Vigeo e EIRIS fun dem-se OUT 2015
RiskMetrics compra a Innovest
FEV 2009
Thomson Reuters compra a Asset 4 NOV 2009
SET 2009 Sustainalytics e Janzi Research Inc. fundem-se
Bloomberg compra a New Energy Finance DEZ 2009
NOV 2009 RiskMetrics Group compra a KLD
GMI e The Corporate Library fun dem-se JUL 2010 MSCI adquire a GMI Ratings JUN 2014
ISS compra a IW Financial JAN 2017
Morningstar compra 40% da Sustainalytics JUL 2017 Sustainalytics compra alguns ativos da Solaron Sustainability Services MAR 2018
Thomson Reuters adqui re FC Business Intelligence, matriz da Ethical Corporation
Moody´s adquire posição maioriária na Four Twenty Seven (dados de clima)
JUL 2018
OUT 2019 RobecoSAM transfere a SAM ESG Ratings e Ben chmarking para a S&P Global NOV 2019
MAR 2010 MSCI compra a RiskMetrics Group
JUN 2012 Sustainalytics adquire a Responsible Research
SET 2015 ISS adquire a Ethix SRI Advisors
OUT 2016 Standard & Poor´s com pra aTrucost
JUN 2017 ISS adquire a South Pole Group´s Investment Climate Data Division
MAR 2018 ISS adquire Oekom Research
ABR 2019 Moody´s adquire uma posição maioritária na Vigeo Eiris
JAN 2019 Sustainalytics adquire GES International
SET 2019 MSCI adquire a Carbon Delta, fintech ambiental e de análise de dados
ABR 2020 Morningstar compra os 60% restantes da Sustai nalytics
para 2,47 biliões de dólares em junho de 2022, face aos 2,84 biliões de dó lares do final do primeiro trimestre. Esta é a maior queda desde o primei ro trimestre de 2020, mas os ativos de fundos sustentáveis aguentaram me lhor do que o mercado global de fun dos, que viu os seus ativos recuarem 14,6% nos três meses até junho de 2022. A Europa continua a ser líder no universo de fundos sustentáveis,
com 82% dos ativos globais. Mante ve-se também, de longe, o mercado ESG mais desenvolvido e diversifi cado, seguido dos Estados Unidos.
DOMÍNIO EUROPEU
O domínio europeu é explicado em grande parte pela dinâmica da re gulação na zona euro. O Plano de Ação da Comissão Europeia para o Financiamento Sustentável (2018)
visa fomentar o papel do investi mento sustentável (IS), o processo de investimento que tem um impacto potencialmente positivo no desen volvimento sustentável através da in tegração de investimento extra finan ceiro em decisões de investimento. O resultado deste plano é a ambiciosa agenda legislativa da UE, (conheci da como o tsunami regulamentar) da qual fazem parte as Taxonomias
DE TRANSFORMAÇÃO
Sociais e Climáticas, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade das Empresas (CSRD), a SFDR sobre a classificação de produtos sustentá veis e a alteração da MIFID II.
As mudanças nos últimos dez anos não se limitaram ao aumento do pa trimónio. Também houve alterações na terminologia. O termo mais utili zado até há pouco tempo era ISR, in vestimento socialmente responsável, mais ligado à CRS. Depois vieram os critérios ESG e, finalmente, com a mudança que a COP 21 e os ODS implicaram, investimentos susten táveis. Uma evolução que chegou às estratégias. Coexistem, mas avançam e as suas diferenças são também re conhecidas em regulamentos como a SFDR. Embora a prática mais básica, a da exclusão, continue a ser a mais popular, a verdade é que tem vindo a perder terreno como estratégia úni ca. As práticas mais contemporâneas completam-se com a utilização de best in class, engagement, investi mento temático e, desde 2015, com investimento de impacto. Esta es tratégia, cuja origem estava no ca pital privado, está a ganhar um for te impulso entre os ativos cotados, graças em grande parte ao quadro de referência que encontram nos ODS e nas ações de mitigação das altera ções climáticas. Nesta evolução, é de salientar que o investimento sus tentável tem vindo a expandir o seu campo de ação para mais classes de
ativos. Hoje, as carteiras de fundos sustentáveis não se limitam a ações, mas podem incluir instrumentos de rendimento fixo de diferentes clas ses, entre os quais as obrigações ver des ou a dívida soberana se destacam com as suas diferentes classificações em termos de sustentabilidade.
Essa mudança nas estratégias para práticas mais sofisticadas com objeti vos concretos também tornou o inves timento sustentável mais dependente dos dados. Um ecossistema rico em fornecedores de dados, agências de rating e provedores de índices surgiu nesta área. Um ecossistema que tam bém sofreu uma profunda transfor mação nestes anos, dando origem a uma atividade empresarial frenética, como se pode ver no gráfico em cima. Precisamente esta multiplicidade de metodologias, a heterogeneidade dos dados e a falta de correlação entre muitas das classificações, são alguns dos principais desafios que a indústria de investimento sustentável enfrenta. Os reguladores tomaram algumas me didas para impulsionar uma maior ho mogeneidade (como a regulação da ta xonomia), mas esta está muito longe. E ter medidas fiáveis é de importância vital, uma vez que o investimento sustentável é chamado a ser, cada vez mais, um investimento eficaz, que procura e produz alterações, efeitos que devem fazer a diferença entre uns fundos e outros, para além da compa ração das rentabilidades.
DARWINISMO DIGITAL: A NOVA DISRUPÇÃO
A disrupção existiu sempre, mas estamos a avançar para uma nova era digital na qual apenas os mais fortes sobreviverão – e assim o demonstra a
FundsPeople, que cumpre a primeira década de atividade em Portugal. É hora de reformularmos o que pensávamos que sabíamos sobre a disrupção. No início, estava associada principalmente ao setor tecnológico, nomeadamente às novas plataformas que abalavam os meios tradicionais de transporte, aluguer e entrega de refeições ao domicílio, entre outras áreas. Hoje, os avanços em hardware e software e a proliferação massiva dos dados, estão a impulsionar, mais do que nunca, uma transformação em mais setores e âmbitos das nossas vidas, a um ritmo exponencial.
Esta evolução está a traduzir-se numa espécie de darwinismo digital que poderá até afetar a ordem geopolítica mundial. Neste âmbito, identificamos três temas-chave de investimento essenciais para abraçar a nova disrupção com uma estratégia de sucesso e geradora de alfa: Clima e tecnologia, Dados e conetividade e O homem e a máquina.
Tal como Charles Darwin e outros naturalistas avançaram uma teoria da evolução baseada na lei do mais forte, estamos a assistir a um ambiente competitivo redefinido pela capacidade de empresas concretas se adaptarem e prosperarem. A título de exemplo, no atual contexto de baixas rentabilidades e de iminente emergência climática, os investidores devem, não só repensar a forma como são elaboradas as carteiras, como adotar uma abordagem diferente para considerar os investimentos temáticos e os alinhados com os ODS da ONU.
AINDA QUE A PRÁTICA MAIS BÁSICA, A EXCLUSÃO, CONTINUE COMO A MAIS POPULAR, O CERTO É QUE TEM PERDIDO TERRENO COMO ESTRATÉGIA ÚNICA
ETF NA EUROPA UM BREVE RESUMO DA INDÚSTRIA DE
Este artigo traz um resumo da história da indústria de ETF na Europa, desde sua origem até aos dias de hoje, com referência a vários eventos e marcos importantes na sua evolução.
Em 11 de abril de 2000, eram listados na Deutsche Börse, na Alemanha, os dois pri meiros ETF europeus. Lan çados pela Merryll Lynch International, que com esta iniciativa visava trazer ao mercado europeu um produto que já circulava nos Estados Unidos desde 1993, estes ETF basea vam-se nos índices EURO STOXX 50 e STOXX Europe 50. Ainda neste mesmo ano, deu-se início à comercia lização de ETF também na Suécia, na Suíça e no Reino Unido.
Apesar da boa receção inicial, nin guém poderia imaginar quão relevante esta linha de produtos se tornaria para a Europa vinte anos depois.
Inicialmente, os produtos disponí veis eram relativamente simples e re sumiam-se a ETF que tinham como referência um índice de ações multi mercado. No entanto, o cenário ra pidamente evoluiu. Em 2001, a State Street lançou o primeiro ETF voltado para uma indústria específica, e a fran cesa Lyxor ETF trouxe para o mer cado o primeiro ETF sintético, que utlizava um swap para simular o perfil de risco-retorno do índice de referên cia. Em 2003, surgiu o primeiro ETF voltado para o mercado de títulos de rendimento fixo e em 2005 o primei ro ETF voltado para commodities. Finalmente, em 2007, a db x-trackers lançou um ETF baseado no índice
ATIVOS SOB GESTÃO NA INDÚSTRIA DE ETF NA EUROPA
HISTÓRICO DE ENTRADAS DE CAPITAL NA INDÚSTRIA DE ETF NA EUROPA, POR ANO
EONIA (Euro Overnight Index ave rage), criando então o primeiro ETF associado a money markets.
Com o mercado a evoluir rapida mente, não demorou muito para que a primeira aquisição ocorresse. Em 2007 a Indexchange foi comprada pela ges tora Barclays Global Investors (BGI), e todos os seus produtos foram incor porados na família iShares (nome dado à linha de ETF da BGI).
Devido à popularidade dos ETF e à ampla linha de produtos à disposição, em abril de 2008 o volume de ativos sob gestão na Europa ultrapassou pela pri meira vez a marca dos €100 mil milhões. Este número não pararia de crescer.
Ainda em 2008 o primeiro ETF misto era lançado no mercado, e em 2009 o primeiro ETF voltado para hedge funds. Também em 2009, duas movimentações importantes no mer cado: a Blackrock comprava a gestora BGI - a transação, que incluía a linha iShares, transformou a BlackRock na maior gestora de ativos no mundo – e a AXA Investment Managers transferia o controle operacional de 22 dos seus ETF para a gestora do BNP Paribas.
O ano 2013 começou com um big bang quando o quarto maior promotor de ETF na Europa, o Credit Suisse, vendia sua linha de ETF (XMatch) à BlackRock, que integrou a plataforma do banco no portefólio de ETF iShares.
OS 500 MIL MILHÕES
Em 2016, os ativos sob gestão na in dústria europeia de ETF ultrapassa ram 500 mil milhões, encerrando o ano com ativos globais sob gestão de € 514,5 mil milhões.
A compra da Source (oitava maior gestora de ETF na Europa) pela Inves co Power Shares em abril de 2017 mar
cava a próxima grande movimentação no mercado. Ainda em 2017 a Legal & General Investment Management (LGIM) anunciava a compra da plata forma Canvas da ETF Securities.
O sucesso dos fundos ETF na Euro pa atraiu o interesse de grandes nomes da indústria de fundos de investimen tos, que viram nos ETF um meio de otimizar a penetração dos seus prin cipais produtos no mercado. Sendo assim, a entrada no mercado de nomes como Fidelity, Franklin Templeton e J.P. Morgan AM era já esperada, dada a presença destas gestoras no mercado americano de ETF. Ainda assim, a en trada das principais casas de gestão ati va no mercado de ETF tinha potencial para alterar completamente a indústria.
Em janeiro de 2018 a VanEck comprou a holandesa Think ETF Asset Management BV, expandindo seu portefólio dentro e fora da Eu ropa, e a Société Générale adquiriu a gestora Comstage, consolidando a Lyxor ETF como uma das principais gestoras do continente. Quatro anos depois, a Lyxor ETF era vendida à Amundi, que com a aquisição subia à segunda posição. Com entradas líquidas de 106,7 mil milhões de eu ros ao longo de 2019, a indústria eu ropeia de ETF ultrapassou os 100,0 mil milhões de euros de inflows pela primeira vez na história.
Em 2021 a indústria europeia che gava a um marco histórico de um bilião de euros sob gestão: foram necessários 16 anos para que a marca de 500 mil milhões fosse atingida, mas apenas cinco para que este número duplicasse.
No final de 2021, mais uma marca histórica, com o volume de entradas de capital a ultrapassar pela primeira vez os 150 mil milhões de euros num ano.
RAPTREN
A OPINIÃO DE
UM OLHAR RETROSPETIVO PARA ABORDAR O FUTURO COM OTIMISMO
Dez anos são muito tempo. É um período em que as indústrias e modelos podem ser completamente transformados, em que novos desenvolvimentos podem ser incorporados e as práticas que se tornaram dominantes podem ser condenadas à sua obsolescência. Em suma, uma década é um período suficientemente longo para medir o progresso. O que está por detrás das alterações? Esta resposta tem múltiplos derivados: desenvolvimento da tecnologia, uma melhor literacia financeira, criação de novos instrumentos de investimento, etc. Mas há uma que queremos salientar devido ao enorme potencial de transformação (parte da qual já se concretizou) que oferece à indústria: plataformas digitais de distribuição. Estas novas empresas abriram as portas das indústrias a praticamente qualquer pessoa, o que se traduziu numa forma fantástica de captar poupanças e pô-las a render, especialmente as dos jovens.
Um dos pontos fortes destas plataformas é a negociação de ETF, pelo que esperamos que a sua popularidade, ao mesmo tempo que democratiza o investimento, ajude também a alimentar um dos grandes desenvolvimentos na indústria da gestão de ativos.
ANDRÉ THEMUDO Responsável para Portugal, BlackRockDraghi
quantitative easing
centrais
poupança
PEPP
Draghi
whatever it takes taxas de
dívida pública
whatever it
iliteracia financeira dívida pública
segurança social
PEPP
Draghi
responsabilidades
covid covid covid
responsabilidades
risco
PEPP
iliteracia financeira
incentivos fiscais
dívida pública guerra guerra liquidez
incentivos fiscais quantitative
quantitative easing
quantitative easing
covid
Draghi
risco risco risco reporte reporte
bancos centrais
A ARTE DE NAVEGAR NUM ATRIBULADO MAR DE CONCEITOS
A última década não foi fácil para quem teve em mãos a responsabilidade de gerir fundos de pensões: poucas oportunidades de investimento, alterações regulatórias, bancos centrais expansionistas… Os 10 anos que se seguem serão diferentes?
taxas de juro taxas de juro
yields yields
poupança
risco
iliteracia financeira responsabilidades yields
segurança socialregulação guerra
poupança
Os fundos de pensões são um produto financeiro essencial para uma so ciedade como a portu guesa, onde as perspe tivas demográficas não apontam para um futuro risonho no que à reforma diz respeito. A indústria que se de dica à gestão destes produtos acabou junho de 2022 com um montante sob gestão de 21.586 milhões de eu ros, um avanço significativo face aos
iliteracia financeira
juro
pública
de juro
reporte
responsabilidades
financeira
it takes
bancos centrais
incentivos
whatever it takes
financeira
guerra
risco
PEPP
quantitative easing
segurança social yields
Draghi
yields yields
pública regulação
pública
Draghi
dívida pública
iliteracia financeira
yields yields
covid covid
financeira dívida pública
it takes
taxas de juro
regulação
guerra
social
12.959 milhões de euros de 10 anos antes, o que se traduz num cresci mento de 66%.
A indústria profissionalizou-se ainda mais nesta década, o montante gerido adensou-se, mas na retrospe tiva de hoje queremos ir além dos va lores. Queremos centrar-nos no per curso feito pelas maiores entidades gestoras deste segmento, e perceber que desafios se interpuseram na ges tão, de 2012 a 2022. Por outro lado,
com um contexto de recessão iminen te, que cenário é que os responsáveis destas entidades vislumbram para a próxima década?
DESAFIOS DE MERCADO
Em grande medida, os desafios foram os mesmos para a indústria na última déca da. João Eufrásio, da direção de Investi mentos da Ageas Pensões, recorda, por exemplo, que “os mercados financeiros foram fortemente influenciados e
iliteracia financeira dívida pública
pública
Draghi risco
reporte
iliteracia financeira
guerra
risco reporte poupança iliteracia financeira
A INDÚSTRIA DE GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES
AINDA MAIS
ÚLTIMA DÉCADA
DE TRANSFORMAÇÃO
JOÃO EUFRÁSIO AGEAS PENSÕES
“ESTE NOVO CONTEXTO VAI MARCAR OS PRÓXIMOS ANOS E PROMOVER NOVAS ALTERAÇÕES NA FORMA DE ABORDAR OS INVESTIMENTOS”
RITA MONTE PEGADO CGD PENSÕES
“É EXPECTÁVEL QUE NUM FUTURO PRÓXIMO POSSAM OCORRER ALTERAÇÕES NA SEGURANÇA SOCIAL QUE IRÃO FORÇAR A CONSTITUIÇÃO DE POUPANÇAS PARA A REFORMA”
condicionados pelas crises financeiras e de dívida soberana que os antecederam”. A intervenção dos bancos centrais tam bém lhe vem à memória. Elenca mesmo que “o principal desafio que os gestores de fundos de pensões enfrentaram nos últimos anos foi o domínio da arte de navegar entre bancos centrais predis postos a manter o status quo, perpetuan do níveis de taxas de juro artificialmente baixos, ao mesmo tempo que os gestores mantinham adequados os níveis de risco das suas carteiras”.
É a esses mesmos desenvolvi mentos que recua também João Pina Pereira, administrador executivo da GNB Gestão de Ativos. O profissio nal da entidade aponta dois eventos que foram essenciais na gestão de fundos de pensões. Por um lado, há
10 anos, o muito famoso whatever it takes de Mário Draghi. O segundo, em 2015, foi o quantitative easing, também mencionado por João Eu frásio. Como resultado de ambos os eventos, João Pina Pereira recorda que “tivemos taxas de juro indicati vas negativas pela primeira vez, e um muito significativo encurtamento dos spreads de crédito, especialmente da dívida pública periférica”.
Rita Monte Pegado, diretora ad junta da CGD Pensões, vai mais lon ge, e para além dos acontecimentos de mercados, fala da “iliteracia financeira associada a taxas de substituição de sa lários por pensões que têm permitido fazer face ao nível de vida na reforma”, e que “conduziram a baixas taxas de constituição de poupanças para a refor
ma”. Por outro lado, aponta “o aumen to da carga de reporte e prestação de informação decorrentes de alterações regulatórias, num negócio com pouca escala”, como um desafio nas funções que executaram na última década.
OPORTUNIDADES, MAS...
As alterações regulatórias não ficam, no entanto, no passado. Aliás, João Pina Pereira aponta mesmo que um dos desafios que se seguem no médio prazo, será precisamente o da maior carga de regulação, ao mesmo tempo que se espera uma “maior clarificação do que é investimento sustentável”.
Neste exercício de olhar para um fu turo a 10 anos, Rita Monte Pegado não deixa de fora da equação a Segurança Social. As alterações que vão acontecer
JOÃO PINA PEREIRA GNB GESTÃO DE ATIVOS
“MAIS REGULAÇÃO E UMA MAIOR CLARIFICAÇÃO DO QUE É O INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL SÃO AS NOSSAS PRINCIPAIS EXPETATIVAS PARA O FUTURO PRÓXIMO”
no sistema, acredita, “irão forçar a cons tituição de poupanças para a reforma”, e se a esse nível estiverem associados “verdadeiros incentivos fiscais, poderá constituir-se uma oportunidade para este negócio”. Não esquece também os PEPP (Produto Individual de Reforma Pan-europeu). Na opinião da direto ra adjunta, a entrada destes produtos comunitários regulados no mercado “poderá também ser uma oportunidade para dinamizar este mercado”.
Para João Eufrásio, o facto de nos últimos 10 anos se ter injetado muita li quidez no mercado, com o crescimento exponencial dos balanços dos Bancos Centrais, levou à “redução do retorno esperado nas classes de ativos tradicio nais”. Poucas alternativas de investi mento foram deixadas “em carteiras
onde a taxa de juro tem um papel pre ponderante na cobertura das respon sabilidades”. Num cenário que, como diz, “nunca foi verdadeiramente rever tido”, existiu a necessidade de “rever ou alterar alguns dos pressupostos de investimento dos fundos de pensões”. Com o novo contexto de uma guerra na Europa, inflação elevada e taxas de juro a crescer, o profissional vê muitos desa fios no horizonte. “Este novo contexto vai, sem dúvida, marcar os próximos anos e promover novas alterações na forma de abordar os investimentos”.
Sem bola de cristal na mão, a verda de é que o tom que paira no ar é de que a próxima década não será menos desa fiante do que a anterior. Daqui a 10 anos, que soundbites estaremos a recordar dos responsáveis dos bancos centrais?
QUEDAS CRIAM OPORTUNIDADES PARA INVESTIDORES QUE PERMANECEM CALMOS
As bolsas de valores de todo o mundo entraram em território de queda. O MSCI ACWI desceu mais de 20% durante os seis meses que terminaram a 30 de junho de 2022. Hoje, muitos investidores estão focados na probabilidade de uma recessão e de mais dor.
Ninguém sabe quando esta queda vai acabar, mas estou confiante que acabará, por isso encorajo-vos a não se deixarem levar pelo pessimismo. Se tomarmos boas decisões em tempos de stress, podemos potencialmente estabelecer os próximos anos para obter fortes retornos.
Atualmente, há economistas ponderados e experientes e investidores profissionais que lhe podem dar argumentos bem fundamentados sobre a razão deste bear market, dos problemas económicos serem diferentes, e porque é que desta vez as coisas podem piorar. Mas enquanto alguns poderão dizer: “Desta vez é diferente”, a nossa mensagem é: “Já vimos isto antes”.
Não sei se a atual queda terá lugar no panteão dos antigos bear markets. Mas o que sei é que todos os períodos de queda acabaram e o mercado recomeça.
Com o tempo, os mercados financeiros têm demonstrado uma capacidade notável de antecipar um amanhã melhor, mesmo quando as notícias de hoje são negativas. Embora ninguém possa prever o futuro e nenhum declínio do mercado seja igual, já experienciamos isto antes e aprendemos a sobreviver e a prosperar quando os mercados começam a recuperar.
DON O’NEAL Gestor de carteiras, Capital GroupSOB QUE ALICERCES SE CONSTRUIU O MERCADO DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS NOS ÚLTIMOS
10 ANOS?
Mudanças legislativas, questões sobre a tipologia de fundos, altos e baixos no montante gerido: muita coisa se viveu na construção do mercado de fundos imobiliários na última década. Mostramos-lhe um resumo, que pode dar pistas para as questões que vão surgir nos próximos 10 anos.
27 DE NOVEMBRO DE 2013
Fundos de investimento imobiliário: a falta de oportunidade na redução de IMI e IMT
De 2012 a 2022 muito acon teceu. E no campo dos fundos imobiliários na cionais não foi exceção.
Mudanças regulatórias e fiscais acabaram por ter influência nes tes produtos, mas a própria conjuntura - nomeadamente as políticas mone tárias em vigor nesta última década - também marcou a vida e a evolução dos fundos imobiliários.
Neste artigo, recordamos-lhe como é que os players do mercado enfren taram estes 10 anos, mas também as principais novidades que foram im pactando este setor.
REDUÇÃO PARA METADE DA ISENÇÃO DE IMI E IMT - 2014
Uma das alterações mais marcantes no panorama dos fundos imobiliários du rante este período, pode-se dizer que
7 DE JUNHO DE 2014
presente “envenenado” da regulação: o que se espera de 2014
foi a redução para metade do IMI e do IMT sobre os imóveis detidos/ad quiridos pelos fundos abertos e fundos fechados de subscrição pública (ante riormente estes imóveis usufruiam de isenção total destes impostos), corria o ano de 2014.
A verdade é que as sociedades de ad vogados que iam sendo consultadas pela FundsPeople, ainda a proposta apenas constava do Orçamento de Estado para esse ano, já davam conta do insucesso que a medida representaria. “Quem acabará por ser indiretamente atingido por esta alteração serão os particulares que investiram as suas poupanças neste tipo de fundos e que suportarão a menor rentabilidade dos mesmos”, referia An tónio Castro Caldas, advogado da Uría Menéndez Proença de Carvalho.
Em 2014, a FundsPeople reunia pela primeira vez numa mesma re
portagem os principais players des ta indústria, e este foi um dos temas abordados. Por exemplo, António Serralha Ferreira, da Silvip, assinalava que o impacto destas medidas fiscais representaria uma redução de cerca de 0,1% nas taxas de rentabilidade anual dos produtos.
Mas esta não era a única dificuldade que o mercado enfrentava. Da entidade falavam também da falta de liquidez, da dificuldade em atrair investidores e das sucessivas alterações fiscais.
QUEDA DE ATIVOS
Em 2015, os ativos geridos pelos fun dos imobiliários não apresentaram a sua melhor forma. Aliás, o decrésci mo no volume gerido vinha a decair desde 2014, e manteve-se durante boa parte do ano seguinte. O que jus tificava estas quedas? Como resolver
este cenário? No terceiro trimestre de 2015, as entidades falaram à Funds People num artigo da Revista. Falta de constituição de novos fundos e liquidação de um volume significativo de produtos apareciam como razões, mas não eram as únicas. A indústria falava também da própria conjuntura. Existiam dificuldades no mercado de construção imobiliária, e algumas alterações legislativas eram prejudiciais. Contudo, havia espe rança. Referiam que o Novo Regime Fiscal dos Fundos e as alterações fei tas nos regulamentos dos Organismos de Investimento Alternativo podiam trazer alguma atratividade, mais con cretamente ao nível do investimento estrangeiro, com a introdução de be nefícios fiscais. Outro marco impor tante, diziam, foi a tributação à saída nos fundos, na esfera do participante,
Imobiliários
“Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”
à semelhança do que acontecia com os mobiliários.
DIFERENÇAS DE REGIMES, FUNDOS FECHADOS VS. ABERTOS E REITS
A verdade é que a sobrevivência e as caraterísticas da indústria de fundos de investimento imobiliários sempre foram sendo amplamente debatidas entre os vários players. Por exemplo, em 2017, Manuel Puerta da Costa, da BPI GA, aquando da decisão do Brexit no Reino Unido, fazia um exercício de comparação com o regime por tuguês, abordando a questão dos fundos imobiliários abertos vs. fe chados, um paradigma desde há muito comentado na indústria. “A escolha de fechar um fundo de investimento imobiliário deve ser entendida à luz da necessidade de se classificar este
veículo (OIC) como um instrumento de investimento de longo prazo, para captação de poupança de longo prazo, num ativo que tem um ciclo longo de investimento e retorno”, referenciava.
Depois de um debate que durou ain da alguns anos, o mercado assistiu em 2019 à aprovação em território nacional do regime das SIGI, o equivalente ao REIT (Real Estate Investment Trust) em Portugal. Entre as entidades ges toras de fundos imobiliários o tema foi sendo interpretado com poucas certe zas. Num pequeno-almoço realizado no início desse ano, Rui Alpalhão, da Fun dBox, tinha dúvidas sobre a eficácia do produto, não acreditando que existisse “uma base de investidores que acorra ao mercado para subscrever o veículo”. Olhar semelhante tinha Pedro Coelho, da Square AM, que numa conferên cia sobre imobiliário, destacou de
REVISTA Nº10 Pedro Coelho (Square AM): “Só quando os REIT tiverem um track record demonstrado, é que os investidores particulares alocarão poupanças a esses veículos” https://bit.ly/3fyagjC REVISTA Nº17, “To close or not to close”OPINIÃO
DE TRANSFORMAÇÃO
forma contundente: “No caso dos in vestidores particulares e de baixo rendi mento, só daqui a muitos anos – quando os REITs já tiverem o devido track re cord – é que poderão aplicar pequenas poupanças nesses veículos”.
DESCORRELACIONAR
Em 2020, mais um desafio para o setor: a pandemia chegou, e o papel do imo biliário nas carteiras ganhou outros contornos. Nesse mesmo ano, preci samente Pedro Coelho falava-nos da necessidade de encarar o imobiliário como uma classe de ativos alternati va e não correlacionada. “Mais uma vez o imobiliário irá surgir como uma
classe de refúgio para toda a espécie de investidores”, referia.
Na mesma tónica, e já em 2022, com o panorama de política monetá ria a mudar, discutiu-se numa mesa redonda protagonizada pela Corum AM, como é que o imobiliário se pode comportar e ter um papel de relevância nas carteiras. E a conclusão foi só uma: o papel do imobiliário é, por esta al tura, muito relevante.
Posto isto, é certo que não sabemos como é que esta classe de ativos se com portará no futuro, mas este resumo dos últimos 10 anos leva-nos a crer que o mercado de fundos imobiliários está, talvez, mais vivo do que nunca.
A POLÍTICA MONETÁRIA DOS BANCOS CENTRAIS MARCA O RITMO DO RENDIMENTO FIXO
Nos últimos anos, a política monetária dos bancos centrais concentrou-se em fornecer liquidez ao setor corporativo através de baixas taxas de juro e compras de títulos.
No entanto, o primeiro semestre do ano foi marcado por uma elevada volatilidade e fortes correções nas várias classes de ativos, bem como pelo aumento da inflação com a qual os bancos centrais estão a lidar com subidas contínuas das taxas de juro.
O rendimento fixo, o ativo mais conservador por definição, também não conseguiu escapar do atual ambiente de mercado que muitos definem como uma possível recessão. A diversificação entre classes de ativos torna-se mais importante em ambientes de incerteza e correções, e apesar de ser um ativo punido, existem segmentos do rendimento fixo que podem ajudar-nos a otimizar os nossos portefólios.
Em linha com o exposto, atualmente optamos por floating bonds. Neste tipo de obrigações, o cupão é reposto trimestralmente, tornando a obrigação insensível aos movimentos das taxas de juro.
Outro fator a ser considerado é o prazo médio da carteira. Quanto menor o vencimento, menor o impacto de uma potencial destruição do mercado, já que o título, à medida que o vencimento se aproxima, tende a ser negociado ao par, de modo que a sua queda de preço será menor e a sua recuperação mais rápida.
UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS NA INDÚSTRIA DOS OIC
Nos últimos 10 anos, Portugal tem passado por várias alterações estruturais. Como é que essas alterações se vão acentuar na próxima década?
Aúltima década veio acelerar, de uma forma significativa, o que já se previa ser uma mu dança disruptiva no setor financeiro em ge ral e Portugal não fugiu à regra.
Na sequência da crise financeira de 2008 (seguida da entrada da Troika em 2011), assistimos a uma década de juros estrutural e historicamente baixos (mui tas vezes negativos), só recentemente interrompidos pela subida da inflação (excessiva face ao propósito da polí tica monetária), também decorrente da pandemia e da interrupção das cadeias de abastecimento, assim como do conflito na Ucrânia.
É neste enquadramento que, em Portugal, se podem ob servar alterações estruturais e significativas nesta indús tria, alterações essas que, na nossa opinião, se irão acen tuar na próxima década.
Para termos uma ideia, vejamos o volume e o ranking das cinco principais sociedades gestoras por categoria:
1. Fundos de Pensões
2. Fundos de Investimento Mobiliário
3. Fundos de Investimento Imobiliário
Da informação apresentada, podemos retirar várias con clusões:
1. Nos FP e FIM, os ativos sob gestão praticamente dupli caram nos últimos 10 anos. Na nossa opinião, isto deve -se ao aumento da liquidez disponível e da poupança, por via do efeito das taxas de juro e dos depósitos a prazo a zero.
2. A estabilização dos volumes dos FII ficou a dever-se à desvalorização dos ativos em fundos de reestruturação e não valorização em ativos predominantemente de serviços (não residenciais), bem como à liquidação de fundos ligados a bancos extintos ou intervencionados.
3. Se em 2011 em todas as categorias de OIC, o Top 5 era composto por sociedades gestoras cujo acionista principal era o banco, em 2022 a liderança nos FP e FII e vice-liderança nos FIM pertencem a entidades inde pendentes dos grupos bancários e que apresentam, de forma consistente, bons números de gestão.
4. Finalmente, importa salientar que em 2011 o maior FIM em volume era um FEI de Obrigações com cerca de 500 milhões de euros. Mais de 10 anos depois (2022) encontramos um Fundo de Ações Global que vale cer ca de 2.000 milhões de euros.
Foi neste contexto de profundas mudanças que a revista FundsPeople surgiu há 10 anos. Com rigor e transparên cia, preencheu um espaço que o mercado já ansiava há muito e até exigia, passando a ser uma publicação de referência.
Numa altura em que temos uma guerra na Europa, uma inflação em máximos de 30 anos, é por demais evidente que, mais do que nunca a informação referente às apli cações das poupanças é fundamental para se tomarem as decisões mais acertadas.
Estamos certos de que daqui a 10 anos, quando se efe tuar o balanço da década seguinte, algumas das tendên cias atrás verificadas irão acentuar-se.
FESTA FUNDSPEOPLE
O PONTO DE ENCONTRO DA GESTÃO DE ATIVOS
Só a pandemia de COVID-19 impediu a realização da Festa FundsPeople, que todos os anos reuniu mais de 150 profissionais da indústria num mesmo espaço. De 2012 a 2022, deixamos-lhe os melhores momentos.
A VOLTA AO MUNDO
10 ANOS
São 39 os profissionais da indústria da gestão de ativos que nos últimos 10 anos nos contaram as suas experiências nos mais variados cantos do mundo.
SUDOESTE
CARLOS PINTO
OMAHA
EMÍLIA VIEIRA
ARGENTINA
DUARTE
SANDRA COSTEIRA
PATAGÓNIA
ZIMBABWE
ZURIQUE
CAMINHOS
IRÃO
CATARINA ROSEIRA Gabinete de
de
TURQUIA
CÓRSEGA
ÁFRICA
JOÃO
ZANZIBAR
DUBAI
JOÃO CAIANO
Banking,
Totta
JAPÃO Nº 35
JAPÃO Nº 38 MARGARIDA GONÇALVES
Analista financeira - Private Banking Internacional, Banco BPI
ITÁLIA
MACAU
22
PAULO PACHECO Direção de mercados financeiros, BPG
ESTÊVÃO OLIVEIRA Equipa de Análise Quantitiva de Gestão de Ativos, Haitong CHINA Nº 28
ANTÓNIO MELLO CAMPELLO Sócio, Bluecrow Capital Partners
JAPÃO Nº 8 SALVADOR ROQUE DE PINHO Banqueiro privado, Credit SuisseSucursal Portugal
JAPÃO Nº 33 CRISTIANA TORRES Gestão Discricionária, Departemento de Investimentos Mobiliários, GNB Gestão de Ativos
VIETNAME
SYDNEY Nº 29
ADELAIDE MARQUES CAVALEIRO Diretora executiva, BBVA AM Portugal
Investir num mundo melhor
Foco nos fatores ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) para melhorar os resultados dos clientes e impulsionar mudanças positivas.
Agimos de acordo com o princípio de que onde investimos hoje vai determinar o mundo no qual viveremos amanhã.
Capital em risco.
The power of investment
Portugal. Produzido pela abrdn Investment Management Limited, registada na Escócia (SC123321) com sede em 1 George Street, Edimburgo EH2 2LL e autorizada e regulada pela Financial Conduct Authority no Reino Unido. Exceto indicação em contrário, este conteúdo refere-se apenas às visões de mercado, análises e capacidades de investimento da entidade citada à data da publicação. Emitido pela abrdn Investments Ireland Limited. Registadana República da Irlanda (com o n.º 621721) com sede em 2-4 Merrion Row, Dublin D02 WP23. Regulada pelo Banco Central da Irlanda.