[História II]
UNIDADE 1 INDEPENDÊNCIAS
AMERICANAS Sob a influência das transformações no Velho Mundo, a América iria se rebelar e buscar sua independência entre o final do século XVIII e o alvorecer do século XIX. Era época do Iluminismo, do avanço tecnológico da Revolução Industrial e das revoluções burguesas que tiveram início com a Revolução Inglesa. Se na Europa as revoluções – como a Francesa – tiveram significativo envolvimento das camadas populares, na América seria a elite a principal condutora das revoltas e lutas por independência que fazem parte da “Crise do sistema colonial”. Essa elite estava muito interessada em romper as amarras com os países mercantilistas que impunham seu exclusivo comercial ao Novo Mundo e se inspiraram nas ideias iluministas e no contexto revolucionário europeu para lutar por emancipação.
1.1. Guerra de Independência dos EUA Em 1776 nascia a primeira nação livre das Américas, os Estados Unidos da América, antigas colônias inglesas. A Independência dos Estados Unidos, ou Revolução Americana, foi um marco na História Mundial. Influenciada pelos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, influenciaria até mesmo a Revolução Francesa, assim como influenciou as independências das colônias da América Latina. Antecedentes As 13 colônias foram colonizadas com relativa autonomia quando comparadas às colônias ibéricas. Ao longo do século XVII e XVIII as colônias inglesas desenvolveram o comércio triangular, que possibilitou algum ganho econômico e desenvolvimento interno das colônias. No século XVIII, ao caminhar da Revolução Industrial, a Inglaterra buscava mercados para sua crescente produção e tentou controlar as 13 colônias. O estreitamento dos Laços Coloniais Em fins do século XVIII, a Inglaterra passou a procurar reforçar o seu mando sobre as colônias, que até então tinham tido relativa autonomia. Duas causas básicas nos ajudam a compreender esse reforço: A Revolução Industrial: com o advento da Indústria na Inglaterra, este país buscava maiores mercados consumidores. Um mercado desenvolvido e propício eram as próprias colônias. A Guerra dos Sete Anos (1756-63): Conflito que envolveu várias nações europeias e opôs França e Inglaterra em disputa por possessões coloniais. A Inglaterra venceu a guerra e recebeu o Canadá, as Antilhas, o Vale do Ohio e parte da Luisiana. Para sanar as dívidas contraídas com a guerra, a Inglaterra criou novos e pesados tributos sobre as colônias. Leis Sobre as Colônias Lei do Açúcar (1764) – taxava todo carregamento de açúcar que não fosse proveniente das Antilhas inglesas, prejudicando a maioria dos colonos que adquiriam do Caribe o melaço para a produção de rum. Lei do Aquartelamento (1764) – os colonos deviam dar abrigo e alimentação às tropas inglesas que permaneceram no continente depois da Guerra dos Sete Anos. Lei do Selo (1765) – todo material impresso publicado nas colônias deveria receber um selo vendido pela metrópole. Leis Townshend (1767) – o ministro Charles Townsehend criou impostos sobre o chá, o papel, o vidro e as tintas. Lei do Chá (1773) – através dessa lei, era concedido o monopólio do comércio do chá para a Companhia das Índias Orientais, sediada em Londres. Como reação, os colonos atacaram três navios ingleses carregados de chá no porto de Boston, no episódio conhecido como “festa do chá de Boston”.
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