Livro "O Belo Contemporâneo: corpo, moda e arte" (2019) - Renata Pitombo Cidreira (Organizadora)

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Naiara Moura Pinto

CORPOS MAGROS, CORPOS BELOS: IDEAL DE BELEZA E MÍDIA

Concebemos o corpo enquanto sede da significação e dos processos simbólicos (MERLEAU-PONTY, 1999), através do qual apreendemos objetos e sensações e somos colocados como ser-no-mundo em relação com o outro, atuando com gestualidades e comportamentos diversificados. Justamente por se tratar da sede da experiência, a forma de aparição do corpo é uma forma de deixar-se ver, uma doação de um mundo sensível ao sujeito da experiência (CIDREIRA, 2013). A autora (2013) pontua que, para compreender a existência, a aparência é abordada nas variadas formas de apresentação do corpo, especialmente nas suas relações com os modos de vestir, uma vez que a expressão dos modos de aparecer, seja através da vestimenta ou modelação corporal, estabelece um dos primeiros vínculos entre os homens aculturados. A questão das aparências para Maisonneuve e Brucho-Scheweitzer (1999) envolve sobretudo o agradar ao outro enquanto agrada a si mesmo: o olhar do outro e os signos de atração que ele nos mostra ou nos recusa, vêm, assim, confirmam ou não, a


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