Soja
Viajante do mal Como modelos numéricos podem auxiliar a quantificar a movimentação de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática, entre as regiões produtoras de soja. Resultados possibilitam estabelecer o início de epidemias e explicar a mobilidade de populações resistentes a fungicidas
Marcelo Madalosso/ Phytus Club
O
fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática da soja, é protagonista nas lavouras de soja do Brasil há alguns anos. A cada nova safra, produtores e pesquisadores não medem esforços para “lutar” contra esse visitante indesejado. Mas afinal, qual o peso das variá-
veis agrometeorológicas na epidemia? Qual o peso do inóculo vindo da soja voluntária? Qual o peso do inóculo vindo de regiões vizinhas? A resposta pode estar em modelos matemáticos. Os modelos são um conjunto de expressões que tem como objetivo representar a realidade em números. Previsão do
tempo, aterrissagem e decolagem de aviões, entre outros, são modelos matemáticos que traduzem a realidade. É de conhecimento público que os esporos são principalmente disseminados pelo vento e podem percorrer longas distâncias (Isard et al, 2005) e a dispersão é o fator-chave
www.revistacultivar.com.br • Fevereiro 2020
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