O CTOE E AS OPERAÇÕES DE PAZ UMA PERSPETIVA HISTÓRICA E QUANTITATIVA 2.º COMANDANTE Jorge Rodrigues TCor Inf
SARGENTO-MOR Rui Teixeira SMor Inf
1. Breve síntese das Operações de Paz As operações de paz, tal como as conhecemos nos tempos modernos, e pese embora segundo alguns autores tenham transitado na forma e no conteúdo por diferentes gerações, começaram em 1948, com uma missão de observação no Médio Oriente, designada por United Nations Truce Supervision Organization (UNTSO). Nestes últimos 74 anos as operações de paz marcaram a história das relações internacionais, na procura de um mundo mais seguro e mais estável, pelo que é de inteira justiça realçar, nesta edição da revista Ponto de Reunião, o “pequeno” contributo do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE) em prol da paz e da estabilidade, nestes últimos 25 anos e em locais tão diversos do nosso planeta.
2. Participação do CTOE nas operações de paz O CTOE iniciou a sua participação em operações de paz na década de 90, mais precisamente em 1997, na Bósnia e Herzegovina, integrando uma missão de imposição de paz, designada por Implementation Force (IFOR). Volvidos 25 anos, esta Unidade tem participado, de um modo ininterrupto, nas mais diversas missões de operações de paz, quer seja ao abrigo das Nações Unidas, NATO e União Europeia, deixando deste modo a sua “pegada” em vários teatros de operações espalhados por quatro continentes, designadamente, África, América, Ásia e Europa. Numa perspetiva mais abrangente, o CTOE, através da participação em atividades de cooperação no domínio da defesa (CDD), anteriormente designada por cooperação técnico-militar (CTM), também tem contribuído para a estabilidade de um conjunto de países amigos, participando na reforma do sector da segurança e no desenvolvimento das suas capacidades no domínio da defesa e segurança.
Ainda no âmbito das operações de paz, esta Unidade tem contribuído significativamente com a formação a militares de outras Unidades do Exército Português, quer se constituam como elementos nacionais destacados (END), quer estejam integrados em forças nacionais destacadas (FND), nas mais diversas áreas, como por exemplo o survival, evasion, resistance and escape (SERE), tiro, adaptação a climas frios, entre outras. Não menos importante tem sido a cedência de material da sua estrutura orgânica (EOM) a FND/END, sendo este material, por norma, de “ponta” e único no Exército Português. a. [NATO] Bósnia e Herzegovina (IFOR/SFOR) No ano de 1997, o CTOE participou na IFOR e, mais tarde, na Stabilisation Force (SFOR), com três equipas de operações especiais que tinham como missão primária a condução de missões de reconhecimento especial (RE). Estas equipas estavam integradas no 9th Paratroopers Assault Regiment "Col Moschin" (Unidade italiana de forças especiais) e participaram no planeamento e condução das operações executadas por este Regimento.
[BiH] Treino cruzado com militares italianos, no âmbito dos sapadores
PONTO DE REUNIÃO
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