Editorial
As limitações impostas pela terrível pandemia que afectou o mundo todo, alterando comportamentos, procedimentos e perspectivas de futuro, com consequências ainda não completamente previsíveis, dificultaram a elaboração deste número da nossa revista, porquanto as habituais reuniões de trabalho tiveram de ser canceladas e mesmo os contactos pessoais necessários só puderam realizar-se à distância, com recurso aos novos instrumentos e sistemas de comunicação que os avanços tecnológicos vão pondo mais e mais ao nosso alcance. Mesmo assim, foi possível respeitar os prazos fixados para a sua conclusão e distribuição, graças à sempre empenhada e qualificada coordenação assegurada pelo vicepresidente do IIM, José Lobo do Amaral, e à compreensão e capacidade de resposta dos nossos colaboradores, alguns dos quais têm mantido uma continuada presença que nos apraz louvar. A qualidade e a diversidade têm constituído preocupação constante nossa, sempre que um número é fechado e damos os primeiros passos para outro arrancar. Foi assim desde que este projecto foi lançado, ganhando de imediato a desejada receptividade e um generalizado reco-
nhecimento, o que nos estimulou a ir sempre mais longe e a querer fazer melhor. Quem folhear a revista e passar os olhos sobre o seu conteúdo voltará a encontrar variados trabalhos que versam temática identificada com os objectivos assumidos estatutariamente pelo IIM. Assim, continuam a ser prioritários os artigos sobre Macau, a sua memória e o seu futuro; a comunidade macaense e a sua diáspora; a inserção da RAEM nas ambiciosas iniciativas chinesas, algumas das quais de dimensão universal; as relações lusochinesas, na história e no presente; o desenvolvimento da China nas suas variadas vertentes; as formas de expressão artística e cultural da população de Macau; e o ensino e uso das línguas oficiais da RAEM. Também temos incluído, em cada novo número, uma resenha ilustrada das principais actividades levadas a efeito pelo IIM e uma apresentação das nossas novas edições, cuja produção tem constituído motivo de justificado orgulho. Aos autores e a quantos intervêm na sua concretização e divulgação deixamos aqui o nosso agradecimento. Aproveitamos, igualmente, para divulgar um dos muitos parceiros que nos permitem ampliar a
nossa intervenção, especialmente no exterior. Cabe agora a vez ao Centro Chinês de Estudos dos Países de Língua Portuguesa, que tem sede em Pequim, no campus da prestigiada Universidade de Economia e Negócios Internacionais. Ainda antes de termos um protocolo firmado, o que foi formalmente assumido em 2019, já mantínhamos uma útil cooperação na realização de seminários e encontros e na permuta de publicações. A RAEM comemorou, jubilosamente, o seu 20.o aniversário em Dezembro passado. O IIM tem a mesma idade. Parafraseando um propósito que resume a missão que abraçámos, podemos reafirmar, com convicção e frontalidade, que, comprometidos com Macau e as suas comunidades, pulsando solidariamente com as suas aspirações de desenvolvimento e de sucesso, abrimo-nos ao mundo para melhor servirmos esta terra e as suas gentes. Foi este o propósito que deu corpo e sentido ao nosso trabalho. É ainda este o propósito que nos fará prosseguir.
Jorge A. H. Rangel
Presidente do Instituto Internacional de Macau
ORIENTEOCIDENTE
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