Gazeta Rural nº 423

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www.gazetarural.com 1 www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 423 | Periodicidade Quinzenal | 31 de Janeiro de 2023 | Preço 4,00 Euros Da origem! Há Feiras do Queijo em Penalva do Castelo e Celorico da Beira • Almeida promove Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural • Mondim de Basto preserva tradição do Leilão das Carnes • Feira do Fumeiro de Vinhais à espera de 80 mil visitantes • Festival das Paínças e Papas de Milho do Montemuro

MONDIM DE BASTO PRESERVA E DIVULGA A TRADIÇÃO DO LEILÃO DAS CARNES

O Leilão das Carnes de Travassos é um costume antigo, que a autarquia de Mondim de Basto pretende preservar e que marca o domingo magro de Carnaval. Assim, este ano, a 11 e 12 de fevereiro a Aldeia de Travassos recebe o Leilão das Carnes, que recria as vivências da Aldeia, como a fogueira comunitária, aa cozedura do pão e do próprio leilão das carnes.

FICHA TÉCNICA

Ano XIX | N.º 423

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A)

E-mail: jla.viseu@gmail.com

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Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Ana Pinto

Sede de Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Telefone: 232 436 400 (chamada para a rede fixa nacional)

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Web: www.gazetarural.com

ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

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CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo

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Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda

R. Cap. Salomão, 121 - Viseu

Telefone: 232 411 299 (chamada para a rede fixa nacional)

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

sumário

04 Tendais recebe IV Festival das Paínças e Papas de Milho do Montemuro

06 Mondim de Basto preserva e divulga a tradição do Leilão das Carnes

08 Trinta restaurantes dão a provar o Rancho de Mirandela

10 Vinhais retoma Feira do Fumeiro presencial e espera cerca 80 mil visitantes

12 Trancoso mostra os melhor fumeiro e sabores do Nordeste da Beira

14 Feira do Pastor e do Queijo de Penalva

tem dezenas de iniciativas em 2023

24 Município de Almeida organiza feira para divulgar recursos locais

26 Doze vinhos da Região do Dão foram distinguidos com Medalha de Ouro

28 Adega de Penalva começou o ano com três medalhas de ouro

30 Câmara de Tabuaço apoia criadores de gado do concelho

30 Município de Manteigas abre candidaturas para apoio à produção de feijoca

33 Concelho de Nelas oferece dois carnavais com folia a dobrar

34 “Patrimónios do Sul” promove vinho e a gastronomia do sul

36 Bárbara Tinoco atua a 30 de abril na trigésima nona Ovibeja

37 Carta dos Segredos Gastronómicos recupera o património de Viseu Dão

Lafões

38 Projeto pioneiro quer investigar o potencial da dieta mediterrânica

do Castelo regressa renovada e em novo local
Quim Barreiros e The Gift são atrações na Feira do Queijo de Celorico da Beira
Município de Coruche prepara edição 2023 da FICOR e Wine & Cork
Guarda promove festivais de cultura popular para divulgar o mundo rural
Sernancelhe promove mostra sopas e encontro de ranchos folclóricos
‘Douro - Cidade Europeia do Vinho’
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No concelho de Cinfães, nos dias 18 e 19 de fevereiro

Tendais recebe IV Festival das Paínças e Papas de Milho do Montemuro

O pavilhão multiusos de Tendais, no concelho de Cinfães, vai receber a 18 e 19 de fevereiro o IV Festival das Paínças e Papas de Milho do Montemuro. A iniciativa é da Associação de Defesa e Promoção de Tendais (ADPT), com o apoio da Junta de Freguesia e da Câmara de Cinfães.

Situada em plena serra de Montemuro, a economia de Tendais assenta nos produtos da terra, a base da alimentação de outrora e que agora se tenta preservar e promover.

“Os nossos antepassados utilizavam os produtos da terra, que produziam, para a sua alimentação”, refere o presidente da direção daquela Associação. José Carlos Rodrigues lembra que a região “vive de uma agricultura de subsistência, de pequenas propriedades e, como tal, amanhadas com muito do trabalho executado manualmente, pelo que as nossas gentes necessitavam de uma alimentação que lhes garantisse maior resistência”. Deste modo, “o milho, o centeio e a castanha eram parte integrante da sua alimentação”, refere o dirigente, referindo que “estes produtos eram utilizados das mais variadas formas, mais utilizados no Inverno dado o rigor da serra”, refere José Carlos Rodrigues

Já as Paínças “eram o alimento quase diário das nossas gentes até meados do Sec. XX”, pois “só a partir dessa altura, e com a chegada das estradas, se tornou possível a chegada a estas terras dos produtos que hoje utilizamos na alimentação no nosso dia-a-dia”, acrescenta.

Após um período de abandono destes produtos, com a chegada das novas tecnologias e do arroz e da massa, “as novas gerações foram-se esquecendo de como era possível sobreviver por aquelas bandas,

tendo por base aquilo que os seus antepassados produziam nas suas terras”, diz José Carlos Rodrigues, referindo que hoje as Paínças, “que eram o pão nosso de cada dia de outros tempos, tornaram-se numa referência na gastronomia das terras serranas do Montemuro e um prato especial”.

Em 2004 a Associação de Defesa e Promoção da Freguesia de Tendais, pensando na prevenção e valorização dos produtos locais, iniciou, com data fixa no segundo fim de semana de novembro, a realização da Feira da Castanha Artesanato e Produtos da S. Miguel, iniciativa que ainda se mantém, com um balanço extremamente positivo, tendo em conta que, desta forma, a ADPFT “colabora para a economia das nossas gentes, que assim têm a possibilidade de escoamento dos seus produtos”. Ainda assim, refere José Carlos Rodrigues, “entendeu-se que faltava valorizar também a nossa gastronomia e a nossa agricultura, bem como incentivar de novo ao cultivo do milho, daí se ter iniciado em 2017 este Festival, que ao longo destes anos tem contribuído para um maior conhecimento deste produto, bem como a vinda a Tendais de várias centenas de pessoas com o intuito de saborear este prato tão característico da nossa região e que é tão bem acompanhado com a carne de porco fumado e o vinho verde de Cinfães”.

Aliado a gastronomia é possível assistir a música tradicional com orquestras típicas e cantares ao desafio, muito tradicionais nas regiões serranas, e que tornam possível aos visitantes recuar aos tempos em que, mesmo cansados ao fim de um dia de trabalho, os nossos antepassados ainda tinham forças para um bailarico na eira ou em qualquer terreio da aldeia.

Além das Paínças e das papas de milho, é ainda possível saborear, como sobremesa, algumas iguarias como as sopas de manteiga, as sopas de abobora ou as rabanadas também muito típicas desta terra.

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Nos dias 11 e 12 de fevereiro, na Aldeia de Travassos

Mondim de Basto preserva e divulga a tradição do Leilão das Carnes

O Leilão das Carnes de Travassos é um costume antigo, que a autarquia de Mondim de Basto pretende preservar e que marca o domingo magro de Carnaval. Assim, este ano, a 11 e 12 de fevereiro a Aldeia de Travassos recebe o Leilão das Carnes, que recria as vivências da Aldeia, como a fogueira comunitária, aa cozedura do pão e do próprio leilão das carnes.

Este evento é, também, uma mostra de produtos locais, com produtos agrícolas, fumeiro e carne de elevada qualidade; doçaria e o vinho verde. Há exposição de animais; espaço criança; sessões de pilates e o grupo Farra Fanfarra que vão dinamizar a aldeia até ao anoitecer. Nas tasquinhas, os visitantes poderão aconchegar o estomago, com a gastronomia típica deste concelho, com destaque para a carne maronesa.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, à Gazeta Rural, diz que há “bastante adesão a este evento”, que visa preservar e divulgar “um costume antigo”. Bruno Miguel Ferreira diz que as “expectativas são elevadas”, acreditando mesmo que “serão

superadas”, quanto ao número de visitantes, com uma programação atrativa.

Gazeta Rural (GR): Esta iniciativa recria um costume antigo da Aldeia de Travassos. De que consta?

Bruno Miguel Ferreira (BMF): O Leilão das Carnes de Travassos é um costume antigo que a autarquia e a população local pretendem preservar. É a marca do domingo magro de Carnaval e nesta época matam-se os suínos, havendo assim abundância de carnes para confecionar o fumeiro. O costume antigo era de reunir os populares para confecionar o pão e vender a carne, juntando donativos para a Igreja, e o dinheiro revertia para os Mordomos organizarem Festa de Santa Bárbara de Travassos.

GR: Após a pandemia, que expectativa tem para o regresso à normalidade deste evento?

BMF: Como tem sido habitual, os produtores mostram bastante adesão a este evento, assim como os habitantes. Desde cedo que preparam os melhores produtos locais, para venderem e poderem receber da melhor forma todos os visitantes do leilão nestes dois dias.

A expectativa está elevada e creio que ainda será superada, com a programação deste ano serão atraídos ainda mais visitantes. Pre-

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paramos uma sessão de pilates e uma caminhada, de forma a tornar ainda mais dinâmica a participação dos visitantes neste Leilão das Carnes. A animação de rua será também o complemento perfeito para que o evento tenha grande adesão.

“Estes eventos dinamizam as aldeias do concelho de forma a preservar as tradições locais”

GR: Para além do aspeto histórico e da tradição, que importância tem este evento para a aldeia e para o concelho?

para darmos a conhecer o que de melhor há nos nossos costumes. Sejam estas experiências organizadas ao ar livre, ou não, queremos sempre apresentar a melhor oferta daquilo que é a nossa identidade.

“O setor primário tem vindo a crescer gradualmente”

GR: Partindo deste evento, como está o setor primário do concelho?

BMF: Eventos como este dinamizam as aldeias do concelho de forma a vermos preservadas as tradições locais. É com momentos de animação e descoberta que partilhamos o que há de melhor na nossa cultura com todos os visitantes, que podem experienciar de perto as tradições que perpetuam há décadas no nosso concelho. Com estas atividades é também dada a oportunidade à faixa etária mais velha de ensinar aos mais novos as técnicas tradicionais de cozer o pão e confecionar o fumeiro.

GR: O programa contém recriações de algumas das vivências da Aldeia. Quer detalhar algumas delas?

BMF: De ano para ano o setor primário tem vindo a crescer gradualmente. Temos assistido ao regresso de emigrantes ao nosso concelho para se dedicarem à agricultura, bem como alguns dos jovens que já cresceram neste meio e pretendem dar continuidade ao que os seus pais e avós construíram e começam então a dedicar a sua vida a cuidar das terras e dos animais.

O Município de Mondim de Basto possui um Gabinete de Apoio ao Agricultor, que presta um apoio essencial aos agricultores do setor primário instalados no concelho.

GR: Que conselhos daria a quem nunca visitou Mondim de Basto?

BMF: As Fisgas de Ermelo, o Monte da Sra. da Graça e as Levadas do Alvão são os três locais obrigatórios a visitar quando se vem a Mondim de Basto. Contudo, perde-se a conta às surpresas escondidas por terras mondinenses.

BMF: A fermentação natural e o forno a lenha levam à cozedura tradicional do pão, dando-lhe a essência e o sabor caseiro que se tornam inconfundíveis. A recriação dos pratos típicos cozinhados no pote ao lume e a confeção do fumeiro à mão trazem características únicas que caracterizam as vivências da aldeia.

GR: Para além do que atrás foi dito, esta é também uma aposta no turismo de cariz gastronómico tendo em conta a época do ano?

BMF: Durante todo o ano a autarquia de Mondim de Basto procura proporcionar eventos que dinamizem todos os locais do concelho através da nossa Agenda Cultural. Com as atividades típicas da época conseguimos atrair visitantes

No nosso concelho mantemos presente o intuito de entregar aos visitantes a melhor experiência turística, onde destaco as festas e romarias e, para complementar a visita, nada melhor que conhecer a nossa gastronomia. É na riqueza do património natural que a gastronomia mondinense vai buscar os seus principais valores. A suculência e o flavor evidenciam-se na tradicional Posta Maronesa.

Dos prados naturais de altitude e da vegetação espontânea dos montes vem a carne do Cabrito Assado com arroz de forno. Da nossa tradição, constam da ementa as Couves com Feijão, o Arroz de Cabidela, os Milhos Ricos e o Fumeiro, pratos estes tão bem acompanhados pelos Vinhos Verdes, brancos e tintos, que dão alma ao corpo da nossa gastronomia.

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11 de fevereiro, no mercado municipal

Trinta restaurantes dão a provar o Rancho de Mirandela

O Festival Gastronómico do Rancho regressa a 11 de fevereiro ao mercado municipal de Mirandela, com a opção de menos gordura e sal para quem tiver necessidade de cuidado com a alimentação. Mirandela volta a juntar os apreciadores deste prato típico da região transmontana num festival que reunirá, no Mercado Municipal, cerca de 30 restaurantes do concelho para confecionar o popular Rancho de Mirandela. A sexta edição do Festival Gastronómico do Rancho de Mirandela regressa ao formato presencial, após dois anos em regime de take-away, devido à pandemia.

Tipicamente português e originário da região de Trás-os-Montes, o rancho tem por base diversos ingredientes entre os quais as carnes de porco e de vitela, chouriço, a massa, grão-de-bico e batata. Em Mirandela, este prato de inverno, comido à colher e acompanhado com pão tradicional e vinho da região, ganhou expressão nas ementas da restauração mirandelense em dias de feira por ser uma refeição reconfortante e de fácil empratamento em períodos de maior afluência de clien-

tes.

Organizado pela Câmara Municipal, em parceria com a Associação Comercial e Industrial local, o Festival Gastronómico do Rancho de Mirandela tem juntado, ao longo de quatro edições presenciais, milhares de apreciadores deste prato típico transmontano.

A dinâmica crescente deste certame tem atraído público de vários pontos do país e também da vizinha Espanha. A pré-venda do kit exclusivo da edição de 2023, com um custo de sete euros, que permite a degustação desta iguaria em todos os restaurantes aderentes, estará disponível a partir de 2 de fevereiro no Mercado Municipal (loja ACIM), no Centro Cultural de Mirandela, na ECOTECA de Mirandela e no Museu da Oliveira e do Azeite.

No âmbito do Dia Internacional do Doente, assinalado também a 11 de fevereiro, a autarquia mirandelense lançou o desafio a dois restaurantes aderentes para a apresentação de uma proposta gastronómica mais indicada para pessoas com necessidades de uma alimentação cuidada, onde o Rancho será confecionado com reduzido teor de gordura e de sal.

Rua Capitão Salomão, nº 121-123 | 3510-106 VISEU | Telefone: 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com (chamada para a rede fixa nacional)

“Nos moldes habituais”, de 9 a 12 de fevereiro

Vinhais retoma Feira do Fumeiro em modo presencial e espera cerca 80 mil visitantes

Vinhais retoma este ano de forma presencial a Feira do Fumeiro, que vai decorrer “nos moldes habituais” de 9 e 12 de fevereiro. O certame, que está à espera de mais e 80 mil visitantes, movimenta mais de seis milhões de euros.

Esta é a quadragésima terceira edição de um certame, suspenso nos dois últimos anos devido à pandemia, que será retomado “nos moldes habituais”, com a expectativa de que se repita “o sucesso” das edições anteriores. Os enchidos certificados com Indicação Geográfica Protegida (IGP) são a imagem de marca deste concelho transmontano que vai receber, durante quatro dias, cerca de 500 expositores, 70 dos quais produtores do tradicional fumeiro.

O município, que organiza o evento junto com a Associação Nacional de Criadores de Suínos de

Raça Bísara (ANCSUB), vai gastar mais “30 a 40 mil euros”, num total entre “250 a 260 mil euros”, devido ao aumento dos preços, que se reflete também no fumeiro.

O quilo dos enchidos de carne está cinco euros mais caro, com o salpicão a 45 euros, a linguiça a 35 e o butelo a 25. A alheira mantém o preço de 12,5 euros, adiantou o presidente da Câmara, Luís Fernandes. O autarca destacou, na apresentação da feira, que “a principal novidade é o facto de voltar a haver feira do fumeiro presencial em Vinhais” e que a expectativa é a de que “a feira volte a ser o sucesso de sempre, ao longo dos seus 43 anos”.

Além do fumeiro, a feira tem também outros produtos regionais, tascas, demonstrações, exposições e espaço de debate sobre o setor nas habituais jornadas técnicas do porco bísaro, a raça responsável pela matéria-prima dos enchidos.

Pela importância do setor para o concelho, a autarquia dá apoios aos produtores da raça bísara e do fumeiro, nomeadamente ao nível da sanidade animal, transporte e abate no matadouro municipal, entre outros que, no ano de 2022, somaram 60 mil euros, segundo o autarca. Para atrair pessoas para esta atividade económica, o município e a associação de criadores iniciaram a distribuição de leitões de engorda gratuitos para quem quiser dedicar-se à produção de fumeiro para participar na feira.

Já foram distribuídos 50 animais, de acordo com Pedro Fernandes, da ANCSUB, que salienta a importância de inverter a tendência

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de envelhecimento dos produtores no concelho sede do solar, Vinhais, onde o número desceu de 30 para cerca de 20, nos últimos anos.

A área geográfica de produção de fumeiro e da raça bísara ultrapassa as fronteiras do concelho de Vinhais e, atualmente, existem “à volta de 5.800 porcas reprodutoras em 150 explorações distribuídas por Trás-os-Montes, Minho, Beira Interior, Beira Litoral e Alentejo”. Já a produção de fumeiro tem mais expressão nos concelhos de Vinhais e Bragança, com cerca de 70 produtores.

A associação contabilizou e acompanhou no controlo de qualidade “400 porcos bísaros” para garantir fumeiro certificado na feira, oriundo dos 70 produtores e pelas sete unidades industriais de transformação existentes nos concelhos de Vinhais e Bragança. O leitão bísaro para assar tem também “muita procura durante todo o ano”, como salientou Pedro Fernandes.

com Indicação Geográfica Protegida, são taxadas com IVA a 23% e o município reclama uma redução para a taxa mínima de 6%. Para o autarca de Vinhais esta alteração “era importante para valorizar mais estes produtos, para que mais pessoas aproveitassem esta potencialidade e se dedicassem a esta produção, e que isto acabasse por ser uma mais-valia para as pessoas se fixarem nestes territórios. “Quando se fala da diferenciação das regiões e de apoiar estas regiões do interior ou baixa densidade, que têm estes produtos, neste caso de fumeiro, outras têm outros, temos de ir”, afirmou Luís Fernandes, defendendo que “tem de haver uma diferenciação positiva, porque senão as dificuldades são cada vez maiores”.

Apoio aos produtores de castanha

Reivindicação de redução do IVA do fumeiro mantem-se

O presidente da Câmara de Vinhais voltou a reclamar a redução do IVA do fumeiro e queixa-se de que o concelho não tem sido ouvido nesta reivindicação de há anos. O fumeiro regional é o produto mais emblemático do concelho. Luís Fernandes aproveitou a apresentação da Feira do Fumeiro para lembrar que a reivindicação antiga ainda não foi atendida e reitera a necessidade de redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) aplicado aos enchidos.

As diferentes peças do fumeiro de Vinhais, certificado

Os efeitos da seca de 2022 fizeram-se sentir na produção de castanha, que registou uma quebra “superior a 80%” nos concelhos de Vinhais e Bragança, que concentram 70% da produção nacional deste fruto seco. Os dois municípios já aprovaram e enviaram ao Governo moções a pedir apoios aos produtores e o autarca de Vinhais apelou que “haja apoios para estes produtores, tal como houve agora, na agricultura, nas áreas afetadas pelas intempéries.

“Estamos a elogiar aqueles apoios que foram dados noutros produtos e noutras áreas, mas o apoio aos produtores de também tem que ser considerado, porque, em termos económicos, o nosso concelho tem prejuízos na ordem de 12 a 15 milhões de euros”, sustentou Luis Fernando, frisando que para um município pequeno como Vinhais “isto tem consequências gravíssimas”.

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Nos fins de semana de 24 a 26 de fevereiro e 4 e 5 de março

Trancoso mostra o melhor fumeiro e os sabores do Nordeste da Beira

O Pavilhão Multiusos de Trancoso vai receber a XIX Feira do Fumeiro dos Sabores e Artesanato do Nordeste da Beira, certame que vai acontecer nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro e 4 e 5 de março. Serão cinco dias para mostrar, saborear e vender os melhores produtos da região, com destaque para o fumeiro, o rei da festa.

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Trancoso diz que este “é um grande evento comercial”, que tem como objetivo complementar “valorizar os nossos produtos endógenos”. Para Amílcar Salvador, a Feira do Fumeiro de Trancoso “é das maiores da região centro, porque atrai visitantes de vários pontos do país”.

Gazeta Rural (GR): Há novidades na Feira do Fumeiro deste ano?

Amílcar Salvador (AS): Quando as coisas correm bem, não vale a pena mexer muito. Não há grande novidades em relação ao figurino do certame, que vimos implementando de anos anteriores. De qualquer forma, este é um grande evento comercial e o que nos importa é que haja bons negócios, mas também, e esse é outro aspeto não menos importante, divulgar os nossos produtos de qualidade, para além de se estabelecerem contactos que permitem futuras transações. O objetivo deste certame é valorizar os nossos produtos endógenos, nomeadamente os enchidos e os queijos.

É bom lembrar que a nossa Feira do Fumeiro é das maiores da região centro, porque atrai gente de vários pontos do país, não só do distrito da Guarda e Viseu, mas também dos grandes centros urbanos, como Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa. Depois, o que nos distingue de outros eventos semelhantes, é que os produtores que participam na feira es-

tão devidamente licenciados.

GR: A par da feira, há um festival gastronómico?

AS: Sim, o festival gastronómicos decorre nos restaurantes aderentes do concelho, onde os visitantes poderão saborear os nossos pratos típicos, como a alheira tradicional, os secretos de porto bísaro, pratos de borrego e cabrito, entre outros, da nossa rica cozinha tradicional, com destaque também para os enchidos da época. Para além de tudo isto, há muita animação, constante e permanente nos cinco dias da feira, com os grupos locais e ranchos folclóricos. De referir que são muitas as pessoas que nos visitam nesta altura do ano e que passam também por todo este território da Beira, uma vez que nesta altura realizam-se noutros concelhos da região as festas da amendoeira em flor, um cartaz sempre atrativo.

Dizer também que estamos muito satisfeitos, pois este evento decorre em estreita parceria com a Associação Empresarial do Nordeste da Beira (Aenebeira), um parceiro estratégico com quem temos desenvolvido um conjunto de eventos importantes para o concelho.

GR: O setor primário do concelho, no caso a pecuária, tem respondido ao crescente aumento de interesse na feira e nos produtos que lá se vendem?

AS: Para nós é, de facto, um setor muito importante, nomeadamente a transformação de carnes e salchicharia, com algumas empresas de referência na área dos enchidos. São quase uma dezena de empresas ligadas a este setor, importantes não só pelos postos de trabalhos que criam, mas também pelo seu volume de negócios. Há algumas que têm a produção de suínos, mas, acima de tudo, o que importa referir é que são produtos de qualidade, que também estarão na nossa feira, porque para além dos enchidos, não faltarão o pão, a doçaria, os licores, as compotas, o mel, o queijo, o requeijão e o vinho. Vai ser uma grande feira de fumeiro e de sabores.

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Em Penalva do Castelo, no fim de semana de 3 e 4 de fevereiro

Feira do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo regressa renovada e em nova localização

Penalva do Castelo abre, como habitualmente, o ciclo de feiras do queijo no fim de semana de 3 e 4 de fevereiro. A novidade da edição deste ano é o novo local, no largo em frente ao edifício da Câmara Municipal, e a presença da Ministra da Agricultura e Alimentação, Mária do Céu Antunes, na inauguração do certame.

Micaela e o programa Somos Portugal, da TVI, são as atrações da Feira do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo, a 3 e 4 de fevereiro, onde o ‘rei’ da festa é o queijo Serra da Estrela. O presidente da Câmara, em entrevista à Gazeta Rural, adiantou que a Ministra da Agricultura e Alimentação, Mária do Céu Antunes, vai presidir à sessão de abertura da Feira, que conta com o mesmo número de produtores de queijo, mas com mais expositores, tendo em conta que o espaço é maior. Francisco Carvalho garante que a qualidade do queijo este ano é melhor, por via do tempo de chuva e frio que se tem feito sentir.

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Gazeta Rural (GR): Há novidades na Feira do Pastor e do Queijo deste ano?

Francisco Carvalho (FC): Quem vem presidir à abertura da Feira é a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Convidámos também todos os deputados por Viseu, bem como os diversos autarcas da região e as forças vivas locais.

A grande novidade é a mudança de local, pois a feira vai decorrer em frente aos Paços do Concelho, uma vez que a Praça Magalhães Coutinho está em obras. Além disso, a futura ‘sala’ de eventos é o espaço em frente à Câmara Municipal. Ainda não está como queremos, pois vamos este ano começar a obra dos Jardins dos Paços do Concelho, para embelezar este espaço, além de que esta zona já foi dotada com um quadro elétrico para suportar todos os eventos que aqui se realizarem, para além da Feira do Pastor e do Queijo, também as Festas do Concelho serão aqui realizadas. É um espaço maior, mas também nos dá mais responsabilidade em arranjar mais expositores. Estamos satisfeitos, pois já fechámos as inscrições para a Feira do Queijo e já temos mais do dobro do número de expositores do ano passado.

GR: Em relação aos expositores de queijo?

FC: Serão os mesmos que participaram na feira do ano passado. Aumentou o número de inscrições de expositores de outros produtos, como artesanato, produtos locais, vinhos, enchidos e até um expositor com Poncha da Madeira, o que nunca tinha acontecido. O espaço da tenda será o mesmo do ano passado.

Quanto à animação, temos a Micaela, no sábado, e o ‘Somos Portugal’, da TVI, no domingo, com o novo figurino de apresentadores e estou curioso para ver. Contamos também com a animação da Banda Música e Recreativa de Penalva do Castelo. No resto, não haverá muitas alterações. Esperemos que o S. Pedro seja nosso amigo naquele fim de semana e que nos dê um dia de sol.

GR: A qualidade do queijo este ano é melhor?

GR: Há queijarias na região, que recebiam leite de outras explorações, que se queixam que há quem tenha abandonado a atividade. Qual é a situação no concelho?

FC: Tenho conhecimento que há produtores que estão a produzir mais, nomeadamente um em Real, em que, por via de um problema da esposa deixou de produzir queijo, dedicando-se apenas à produção de leite e aumentou o rebanho.

Aquilo que sinto, pelo subsidio anual que a Câmara atribui à produção de leite, em 2022 pagámos mais que em 2021, sinal de que há aumento da produção de leite, por via, também, do aumento do efetivo ovino.

No caso que referi, a produção de leite assegura-lhe uma rentabilidade tão grande ou maior do que se estive a transformar o leite em queijo.

FC: Sim, choveu bastante, houve pasto para as ovelhas e já geou neste mês de janeiro, condições que favorecem a qualidade do queijo.

GR: Todos os anos falamos na renovação do setor. Como tem visto esta situação?

FC: Há alguns jovens que esboçam vontade de começar neste setor e estou convencido que isso vai acontecer. Há um jovem a entrar, dando continuidade à atividade dos pais. Com o subsídio que a Câmara tem dado, aos produtores de leite, através da Associação de Produtores de Gado da Beira Alta, em que pagamos toda a despesa que o produtor tenha com os animais, acredito que vai tornar esta atividade mais apelativa. Pode ser que apareçam mais alguns produtores, para além do facto de estarem a regressar alguns emigrantes do estrangeiro, que, quem sabe, não encontram na produção de leite e queijo uma oportunidade.

GR: Nesse campo, da atribuição do subsídio, a Câmara diferencia os pastores que têm apenas raças autóctones da região, daqueles que tem as chamadas raças exóticas?

FC: Há pastores que não obedecem às regras que nós pretendemos. Temos a noção exata quem são, porque subsidiamos ambas, pagando mais aos pastores que têm ovinos de raça Bordaleira ou Churra Mondegueira. Nós pretendemos que os pastores invistam na produção de leite destas raças autóctones e, por consequência, na produção de queijo ‘Serra da Estrela’. Graças ao subsídio que atribuímos, sabemos exatamente qual o total do efetivo existente no concelho e, deste, o número de ovinos de raça Bordaleira ou Churra Mondegueira. O total do efetivo no concelho ultrapassa as duas mil ovelhas.

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De 10 a 12 de fevereiro no Mercado Municipal e zona envolvente.

The Gift e Quim Barreiros são atrações na Feira do Queijo de Celorico da Beira

A quadragésima quarta edição da Feira do Queijo de Celorico da Beira, que vai decorrer de 10 a 12 de fevereiro no edifício do Mercado Municipal e na zona envolvente, contará com 150 expositores, 17 dos quais produtores de queijo. Quim Barreiros e The Gift são as atrações do programa de animação.

O evento pretende contribuir para a valorização, promoção e divulgação do Queijo Serra da Estrela DOP, enquanto produto endógeno de excelência, identitário do território, bem como de outros produtos artesanais. O presidente da Câmara de Celorico da Beira, à Gazeta Rural, diz que este “é um certame que vem numa linha de continuidade”. Carlos Manuel Ascensão lamenta que “não haja crescimento no número de produtores de queijo”.

Gazeta Rural (GR): Para além de mais expositores, que novidades apresenta a feira deste ano?

Carlos Manuel Ascensão (CMA): Em termos gerais, a linha estrutural mantém-se. Contudo, estamos a trabalhar na renovação desta festa, com a melhoria na organização, pois no final de cada feira fazemos um balanço e o levantamento do que correu bem e o que temos de melhorar, num certame que tem tido um crescimento gradualmente e sustentado.

O figurino mantém-se, com os três dias de fim de semana que antecede o Carnaval, este ano com gente nova no programa de animação. Diria que é um certame que vem numa linha de continuidade.

GR: Este ano com mais expositores?

CMA: Sim. A área da feira vai crescer, com a melhoria do espaço exterior do Mercado Municipal, o que nos permite outro tipo de dinâmicas. Estamos a contar com 150 expositores, o que é um crescimento significativo relativamente ao ano anterior, tendo sempre como foco central os produtores de queijo e as queijeiras.

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“Infelizmente não há um crescimento de produtores de queijo”

GR: Como está o setor no concelho?

CMA: Infelizmente, e é um pouco transversal a toda a área de produção de queijo Serra da Estrela, não há um crescimento de produtores e a renovação não é aquela que esperávamos, pois a maioria dos produtores já tem uma idade avançada e outros mostram algum cansaço.

Na feira vamos ter 17 queijarias do concelho, quatro com produção de queijo Serra da Estrela DOP e treze licenciadas, o que é um número pequeno comparado com outros tempos, mas razoável, tendo em conta o contexto geográfico do nosso território.

Falamos de um trabalho duro, muito exigente e difícil, cujo retorno não se pode equacionar. Acredito que há condições, e alguma justiça, para um retorno interessante do trabalho que é feito, e que é muito, pelos produtores, pelo que tem que haver ajudas de base, num trabalho ao nível dos produtores de queijo, de apoio à melhoria da qualidade do produto, na certificação, na rotulagem e também na própria espécie de ovinos, porque é aí que as coisas começam em toda a fileira.

Sabemos que o número de ovinos da raça Bordaleira e Churra Mondegueira tem vindo a diminuir na produção de leite, por comparação com outras raças não autóctones, e nós temos que fazer esse trabalho de incentivo, de promoção, de ajuda, de subsidiar aquelas espécies, porque são o requisito fundamental para a produção de um produto certificado, como é o queijo Serra da Estrela DOP (Denominação de Origem Protegida).

GR: Tenho ouvido algumas críticas sobre projetos que visam a promoção e valorização do queijo Serra da Estrela DOP. A pergunta é: promove-se o produto, mas não se apoia quem o produz, quem todos os dias leva as ovelhas para o pasto, faça sol ou chuva, ou mete a mão no cincho?

CMA: É uma excelente questão, com uma resposta complexa, que aborda duas direções que são complementares. Por um lado, temos que promover aquilo que temos de melhor, um produto ancestral, que faz parte da cultura e tradição desta região, das nossas raízes, que, no fundo, é a nossa identidade. Quando se perdem a identidade e as memórias do passado, perde-se também o presente e nós não queremos que isso aconteça. É bom que seja reativado, renovado e não seja esquecido, mas é bom que esteja aqui, no presente.

Penso que há um trabalho pedagógico que tem de ser feito, nomeadamente de valorização desta atividade, sobre a qual, durante muito tempo, houve algum preconceito e foi vista como uma atividade menor. Efetivamente não é, bem pelo contrário, porventura mais difícil que muitas outras, mas penso que na sua dimensão, com o devido enquadramento da atividade e as ajudas respetivas, terá o seu retorno e tornar-se uma atividade estimulante. No nosso território temos alguns casos de renovação da atividade, o que é um sinal de esperança.

Por isso, a promoção, valorização e promoção são importantes, mas é preciso que haja produto. Tem toda a razão, é importante que haja quem produza, que haja pastores, uma profissão que tem uma dignidade enorme. É importante que haja homens e mulheres lutadores, resilientes, que são a razão de ser da nossa feira.

Sabemos, contudo, que há um problema que não diz respeito apenas a esta atividade, mas a todo o território, que é a falta de gente jovem, que é cada vez em menor número, e o envelhecimento da população existente.

Mas, estamos de acordo, que é efetivamente necessário o acompanhamento e uma atenção especial, uma ajuda, para estes homens e mulheres que ainda fazem com que esta atividade e este produto vá sobrevivendo, mas, simultaneamente, é necessário fazer a divulgação e promoção deste produto tão genuíno, mas principalmente a sua valorização. Deste modo, quanto mais valorizado estiver, mais retorno dará a quem o produz, tornando assim esta atividade mais interessante, fazendo com outras pessoas a ela se dediquem.

Naturalmente que o paradigma atual é diferente do passado, altura em que tínhamos muitos rebanhos, mas de pequena dimensão, o que hoje não acontece, pois há uma tendência para a concentração. Terá de haver também uma mudança de mentalidade, no plano pedagógico, no sentido de trabalhar mais em grupo, juntando sinergias, ajudando e concentrando. Deste modo, mudando o figurino, pode-se aumentar a produção, a qualidade do produto e assim dar mais rendimento a quem produz.

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Com inscrições abertas para expositores

Município de Coruche prepara edição 2023 da FICOR e Wine & Cork

A Câmara de Coruche prepara já a edição 2023 da FICOR e Wine & Cork, certame que promove dois dos produtos mais relevante do concelho, como são a cortiça e o vinho. A XV FICOR - Feira Internacional da Cortiça realiza-se este ano de 25 a 28 de maio e, paralelamente, terá lugar a quinta edição do Wine & Cork, espaço exclusivamente dedicado, na FICOR, a provas livres e à reflexão sobre a interação simbiótica e ancestral da cortiça e do vinho .

São incontáveis os motivos de interesse da maior feira de cortiça do país, que reúne os principais atores da fileira do sobreiro e da cortiça no Centro de Exposições, localizado na Vila e no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, reservado para conferências e debates. A FICOR está, mais uma vez, de portas abertas para receber expositores e proporcionar a produtores, transformadores e outros agentes económicos locais, regionais, nacionais e estrangeiros a apresentação dos seus produtos ou serviços, visando a promoção da fileira da cortiça e do montado, enquanto nicho ecológico e económico de valor inestimável, simul-

taneamente mostrando as potencialidades naturais e geográficas do concelho e reforçando a liderança internacional de Portugal no setor.

Atempadamente será revelado o programa integral da FICOR 2023, que alia conferências e debates a desfiles de moda, mas também concertos, espetáculos de stand-up comedy e provas de vinho, a espaços especialmente dedicados à gastronomia.

Está desde já confirmada a apresentação dos projetos de moda do Concurso de Ideias e Criatividade do Montado de Sobro e Cortiça, em pleno desfile no Coruche Fashion Cork, assim como, no espaço Sabores do Montado, a degustação da gastronomia e dos sabores do território.

Mais uma vez, a FICOR abre uma janela de Coruche para o mundo, assumindo-se como certame internacional capaz de reunir os principais atores da fileira do sobreiro e da cortiça. Porque Coruche é capital mundial da cortiça.

Para a Ficor as inscrições para expositores estão abertas até 22 de abril, enquanto para o evento Wine & Cork, que prevê a participação de empresas que tenham a sua sede ou base de negócio assente no território de intervenção da EEC PROVERE “Montado de Sobro e Cortiça”, as inscrições estão abertas até 2 de maio, limitadas a 12 expositores.

Durante todo este ano de 2023

Guarda promove festivais de cultura popular para divulgar o mundo rural

O município da Guarda vai promover este ano 15 Festivais de Cultura Popular para promover e divulgar o mundo rural, atrair visitantes para o território e “aumentar o potencial de dinamização da base económica e produtiva local”.

Segundo a autarquia presidida por Sérgio Costa, os eventos vão decorrer até ao mês de novembro e terão lugar em diversas localidades do concelho, no âmbito do Ciclo de Festivais de Cultura Popular da Guarda. Trata-se de “um ciclo que promove os saberes autênticos e genuínos da região e que aposta na divulgação e na promoção desse mesmo património cultural que importa preservar e levar a cada vez mais pessoas”.

A vaca autóctone jarmelista, a lã, o pão, a cestaria, os enchidos, a castanha, o azeite e outras tradições e produtos, vão dar o mote ao ciclo que acontecerá até dia 19 de novembro.

O Ciclo de Festivais de Cultura Popular da Guarda tem como objetivos primordiais “divulgar o património cultural material e imaterial, efetivo e afetivo, das comunidades envolvidas” e “valorizar produtos e tradições singulares e a sua autenticidade”.

Com a iniciativa, a organização também pretende “melhorar a qualidade de vida dos habitantes dos núcleos rurais do concelho, “aumentar o potencial de dinamização da base económica e produtiva local”, “criar envolvimento da população na organização destas iniciativas, através de parcerias com coletividades e freguesias locais”, e “atrair visitantes da região e do país e dinamizar a região”.

O ciclo de festivais começou, em Vila Mendo, com a Festa do Chichorro. Seguem-se Festival dos Enchidos (25 e 26 de março, Castanheira), a trigésima nona edição da Feira Concurso do Jarmelo (04 de

junho), Jornadas da Lã (10 e 11 de junho, União de Freguesias de Corujeira-Trinta), Viagem às Raízes (Arrifana, 01 e 02 de julho), Festival da Cestaria (Gonçalo, 08 e 09 de julho) e Festival do Peixe do Rio (29 e 30 de julho, Valhelhas).

O programa prossegue com o Festival Pão Nosso (05 e 06 de agosto, Videmonte), o Festival das Mondegueiras (12 e 13 de agosto, Aldeia Viçosa), o Festival Cultural e Gastronómico de Pêra do Moço “Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?” (19 e 20 de agosto, Rapoula) e o Festival do Cobertor de Papa (09 e 10 de setembro, Maçainhas). Também se realizam a Festa do Saber e Sabor da Marmelada (21 e 22 de outubro, Marmeleiro), a Festa da Castanha (28 e 29 de outubro, Aldeia do Bispo), a Festa da Castanha e da Jeropiga (Famalicão da Serra, 04 e 05 de novembro) e o Festival do Azeite do Vale da Teixeira (18 e 19 de novembro, Benespera, João Antão, Ramela e Vela).

A organização pretende que o Ciclo de Festivais seja “verdadeiramente participado” e, por isso, criou para esta edição um “Passaporte”. Este terá a configuração de um pequeno livro de bolso e “cada entidade organizadora validará, na área especificada para o efeito, com o respetivo carimbo alusivo à iniciativa, a participação do `festivaleiro`”, segundo a autarquia da Guarda. Em dezembro, serão sorteados três “Passaportes” que ganharão cabazes de produtos e experiências no mundo rural.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, referiu, na segunda-feira, na apresentação do Ciclo de Festivais de Cultura Popular, que decorreu na Associação Cultural e Recreativa de Vila Mendo, que o município investe 75 mil euros nas 15 iniciativas que vão dinamizar o território rural ao longo do ano.

Os Festivais de Cultura Popular 2023 promovidos pelo município da Guarda decorrem sob a organização de Juntas de Freguesia, coletividades e associações locais, com o apoio da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha.

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De 17 a 19 de fevereiro, no Exposalão

Sernancelhe realiza mostra de sopas e encontro de ranchos folclóricos

O Exposalão, em Sernancelhe, volta a ser palco de um evento que marca o calendário nesta época do ano, que este ano integra as comemorações do Douro – Cidade Europeia do Vinho 2023.

O Festival das Sopas, que decorrerá de 17 a 19 de fevereiro, vai receber 18 instituições do concelho que darão a provar sopas diversas, confecionadas com produtos locais, bem como um Encontro de Ranchos que, este ano, recebe grupos folclóricos nacionais, mas também da vizinha Espanha, nomeadamente de Vigo. Um evento que junta o melhor da gastronomia local, com a mais genuína tradição popular e que inclui uma exposição etnográfica e artesanato.

O vereador da Cultura da Câmara de Sernancelhe, à Gazeta Rural, diz que este evento “pretende dar continuidade à tradição, hábitos e costumes do município”. Armando Mateus salienta também a importância de “valorizar todos os nossos produtos endógenos”.

Gazeta Rural (GR): O Festival das Sopas e Encontro de Ranchos é um evento que já ganhou o seu espaço, sendo hoje uma das referências desta época do ano na região?

Armando Mateus (AM): Esta é mais uma edição que pretende dar continuidade a esta tradição, hábitos e costumes do município de Sernancelhe, também muito ligado à gastronomia, porque estamos a falar de um festival de sopas.

Pretendemos valorizar todos os nossos produtos endógenos, desde logo a castanha, muito utilizada na nossa cozinha com a sopa e o caldo, e que tem uma diferença. A sopa é mais um creme, enquanto no caldo já tem a adição de outras leguminosas, como o feijão, mas também enchidos, carnes de porco e fumados, o que dá uma sopa rica para esta terras de altitude e de frio, que no inverno de outros

tempos aconchegam o estômago das nossa gentes. Neste festival incluímos também a etnografia, não só local, com ranchos folclóricos da Beira, de outras regiões do país e este ano com a novidade, numa decisão pensada há algum tempo, que é a presença de um rancho da região de Vigo, o que dará outro colorido ao nosso Encontro de Ranchos, com outras tradições e costumes.

Estamos também a manter aquilo com que sempre pautamos, que é uma organização pensada para que as pessoas se sintam seguras, acomodadas e confortadas com as 18 sopas que vão estar em prova.

GR: Este evento tem vindo a recuperar velhas tradições gastronómicas, hoje tão em voga, mas também alguns alimentos que entravam na confeção das sopas?

AM: Sim. As 18 instituições e parceiros que vão estar presentes na feira, com as sopas, estão distribuídos pelas 13 freguesias e lugares do concelho, o que faz com que dentro deste território de 222 kms2 exista uma diversidade e até costumes distintos. Temos localidades de montanha, onde são privilegiados o feijão, a castanha e os enchidos, portanto, estamos a falar de zonas mais frias, com a confeção de sopas com mais sustento, depois temos freguesias e aldeias em zonas mais baixas, junto ao rio Távora, onde se privilegiam as hortícolas, com a famosa sopa de cebola de Ferreirim, ou a sopa de peixe do rio, de Faia e Vila da Ponte. Cada localidade do nosso concelho acaba por ter alguma particularidade.

Esta feira também tem esse intuito de incentivar e promover a compra dos produtos locais e faz com que pequenos produtores se sentiam cada vez mais motivados para a produção de hortícolas, leguminosas e outros, como batatas e cebolas, para depois fazerem parte dos ingredientes para a confeção de sopas, porque estamos a falar em mais de três mil litros de sopas que serão produzidos durante o fim de semana, onde são esperados alguns milhares de pessoas. É neste festival que se pode valorizar o incentivar os pequenos produtores, adquirindo-lhes esses produtos.

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‘DouroCidade Europeia do Vinho’ tem dezenas de iniciativas em 2023

Já arrancou a programação da Cidade Europeia do Vinho 2023, que inclui iniciativas “à volta do vinho” no Douro e na Europa. O I Encontro Intermunicipal de Cantadores de Janeiras, em Carrazeda de Ansiães, marcou o início das festividades.

“O projeto Cidade Europeia do Vinho é muito mais do que o vinho, é um território, é uma identidade”, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro, Carlos Silva Santiago.

iniciativas que os municípios já levavam a cabo, iniciativas de grande envergadura e de grande promoção de cada um dos concelhos”, referiu o autarca.

Haverá, apontou, “dois a três” eventos de “grande dimensão” em cada município, onde o “vinho estará sempre associado”, como, por exemplo, a Feira da Maça em Armamar, a Expodemo de Moimenta da Beira ou a feira dos Vinhos e Sabores dos Altos em Alijó.

“All Around Wine, All Around Douro” é o lema da candidatura do Douro à Cidade Europeia do Vinho 2023, um galardão conquistado em junho, em Bruxelas. O também presidente da Câmara de Sernancelhe explicou que o propósito da candidatura tem a ver com “tudo à volta do vinho” (all around wine) e lembrou que o território abrange as regiões produtoras do Douro e do Távora - Varosa. “Este nosso vinho, que necessita de promoção, precisa cada vez mais de valorização, porque os custos associados à produção do vinho, no Douro, são muito elevados e precisamos de o valorizar ainda mais para que o retorno seja adequado àquilo que é o sacrifício que os agricultores desta região têm”, sustentou.

Para a CIM, “esta é uma oportunidade única para promover o enoturismo, a cultura e o património” e evidenciar “o vinho como elemento estratégico e essência da atividade económica”.

A programação incluirá eventos obrigatórios no âmbito da Cidade Europeia do Vinho, eventos novos promovidos pelas CIM e ainda outras iniciativas realizadas pelos municípios, mas que terão o “chapéu” da Cidade Europeia do Vinho 2023.

Em breve será lançada uma aplicação (app) com toda a programação já delineada, mas que estará em atualização contínua com as atividades que se realizarão à volta do vinho e do Douro.

O I Encontro Intermunicipal de “Cantadores de Janeiras”, que decorreu em Carrazeda de Ansiães (Bragança), foi o primeiro evento da Cidade Europeia do Vinho e pretende promover uma “tradição secular”. Na iniciativa participaram grupos de cantadores de Janeiras dos 19 municípios que integram a CIM Douro.

Depois, a 4 de fevereiro, em Lamego, realizar-se-á a gala de abertura do Douro Cidade Europeia do Vinho, que Carlos Silva Santiago classificou como o “grande arranque” deste evento anual.

“Este é um projeto que vai muito para lá das fronteiras de Portugal. Temos muitas iniciativas ao longo de todo o ano, algumas delas são

O Douro irá ainda marcar presença em eventos nacionais, como a Feira Nacional de Agricultura (Santarém), ou internacionais, como a Feira de Turismo Internacional (FITUR), que decorre esta semana, em Madrid (Espanha). “Pelo menos três a quatro dias por mês estaremos muito presentes na zona de desembarque do Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, e temos muitas ações também em toda a Europa, nomeadamente nas principais capitais europeias, onde faremos a promoção dos nossos vinhos, dos nossos produtos, com a participação de enólogos e ‘chefs’ portugueses, envolvendo as instituições portuguesas espalhadas pela Europa fora”, acrescentou o presidente.

O que se pretende é, frisou, “colocar o território na Europa, colocá-lo no mundo e esperar que esse mundo visite o Douro de forma mais acentuada” este ano. A candidatura teve como propósito, precisamente, “abrir o Douro ao mundo”.

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“All Aroud Wine, All Around Douro” é o lema

Município de Almeida organiza feira para divulgar os recursos locais

A Câmara de Almeida promove, de 3 a 5 de fevereiro, em Vilar Formoso, a XIV Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural, evento que visa atrair visitantes à região e divulgar os recursos cinegéticos e piscatórios e as potencialidades locais. Bárbara Bandeira e os Quatro e Meia os nomes maiores do programa de animação do evento.

A Feira vai decorrer no pavilhão multiusos de Vilar Formoso e inclui exposições, gastronomia, conferências, concertos, animação e uma rota pelos fornos comunitários do concelho, entre outras atividades. No âmbito do certame realizam-se a Expo Floresta e Canina, a Expo Agropecuária, a Expo Ibérica e a Expo Gastronomia, e uma exposição sobre a evolução da caça, pesca e agricultura desde a pré-história à atualidade, com animação interativa.

O presidente da Câmara de Almeida, à Gazeta Rural, diz que as “expectativas são altas” para este evento, que em 2021 foi realizado fora de época.

António José Machado diz que a caça e a pesca são dois produtos turísticos. “A caça está mais desenvolvida”, enquanto na pesca” há projeto novos a desenvolver”.

Gazeta Rural (GR): Que expectativas tem para a edição deste ano, tendo em conta as contingências dos últimos dois anos?

António José Machado (AJM): O ano passado realizámos a feira fora da época habitual, devido ao covid, e acabámos por realizá-la meses mais tarde. Foi uma boa experiência para sentir que a população local e os visitantes tinham vontade de a reeditar.

A data deste evento é no início de fevereiro e este ano as expectativas são altas. Voltamos a fazer crescer a feira mais um pouco e, nesse contexto, fazemos também uma aposta nas atracões e na diversidade.

Temos uma exposição sobre a evolução da caça, da pesca e da agricultura, porque este evento também é dedicado ao desenvolvimento rural do concelho. As nossas expectativas são altas, pois a feira tem tido muita procura, especialmente nos dias de sexta e sábado, porque coincide com a feira mensal em Vilar Formoso, que recebe a visita de muitos espanhóis.

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De 3 a 5 de fevereiro, em Vilar Formoso, com Barbara Bandeira e os Quatro e Meia

É uma feira consolidada, a qual temos dado em todas as edições alguns incrementos, mas estamos também no nosso limite, pois temos de ter a consciência de que a feira tem de dar retorno. Sentimos que não podemos fazer mais investimentos, pelo que tem é que haver melhoria na qualidade e os produtores locais apostarem na feira.

GR: A Caça e a Pesca são dois produtos turísticos do concelho. Que perspetiva tem neste pós-covid?

AJM: A pesca ainda não está a ser desenvolvida o suficiente, mas há projetos que começam a interessar, aos clubes e à própria autarquia, para podermos implementar.

Na caça houve a consciência, que foi sendo passada para as associações, de que tem de dar retorno para o território. O que estava a acontecer nos clubes associativos é que a caça ficava toda no território e temos de ter a abertura suficiente para atrair pessoas de fora, que se tornem sócios e paguem para participar em eventos, como as largadas ou as montarias.

Há, neste momento, projetos de iniciativa privada, que muito me agrada, que se instalaram no território, e permitem, na parte turística, um retorno ainda maior. Os visitantes vêm ao território e ocupam as unidades hoteleiras, sejam casas rurais ou turismo de habitação.

Quanto à pesca, há um caminho a percorrer e temos um potencial enorme com o rio Côa. Há um plano de aproveitamento dos recursos hídricos já feito e temos que, agora, colocá-lo em funcionamento. É intenção da Câmara desenvolver o Côa, mas também a ribeira das Cabras e a ribeira dos Toirões, embora esta precise de um trabalho maior. Contudo, a vontade está incutida nos próprios clubes, que começam a pedir para utilizarem alguns açudes e represas para fazer parques associativos e utilização para caça. Nesta vertente da pesca, penso que no futuro vai ter um crescimento que vai ser associado ao turismo de natureza, que também estamos interessados em desenvolver.

GR: Antes da pandemia, havia pessoas comprarem casas nas aldeias do concelho, que recuperavam, para estarem mais perto de poderem praticar a caça e a pesca. Essa situação mantém-se?

deias.

GR: Esse retorno ao campo já vinha acontecendo, mas aumentou com a pandemia noutras áreas?

AJM: Há uma moda que se vem acentuando de fazer as vidas no interior, nos locais onde lhes são proporcionadas vantagens para poderem estar. Com o covid, o teletrabalho e o trabalho à distância aumentaram. Não estou ciente de que seja a salvação de alguns territórios, nalguns setores é possível, noutros não estou assim tão convencido, porque as empresas ainda têm de ter essa evolução para haver o trabalho à distância.

Mas, temos no território alguns exemplos. Tenho vizinhos que, em situações normais, estariam a trabalhar na Colômbia ou no Brasil e estão cá. Por outro lado, há pessoas que têm a sua vida profissional em Lisboa e Porto e que estão a residir no concelho, por exemplo produtores musicais. Não é um número muito significativo, mas é um bom começo.

AJM: Continua a verificar-se, não só na compra de casas, mas também de propriedades. Alguns já estão a pensar em fazer pequenos investimentos em alojamento locais, não só para sua própria utilização, mas também para venda do produto. Existem em várias localidades, como Nave, Junça e Pailobo, onde muitos dos compradores de casas também são caçadores, mas vêm por causa do descanso, em regiões onde não há muita gente, o que lhes permite estar em contacto com a natureza. Mas tem havido um incremento significativo na compra de casas nas nossas al-

Outros há que apostaram em espaços coworking para fazerem teletrabalho, com acesso a tecnologias. Não temos internet de alta velocidade em todo o concelho, mas temos em alguns locais, e essa é uma aposta que queremos manter, por exemplo no Imaculada Center, em Vilar Formoso, um espaço de coworking e incubação de empresas, para além de outros projetos como as Aldeias Históricas, para Almeida e outras aldeias do concelho.

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No IX Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola

Doze vinhos da Região do Dão foram distinguidos com Medalha de Ouro

O Crédito Agrícola, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, distinguiu doze vinhos da Região do Dão com Medalha de Ouro no IX Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola.

Os prémios foram entregues numa cerimónia que se realizou na Estufa-Fria, em Lisboa, e contou com a presença de Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), entidade que certifica o Concurso desde a primeira edição, João Mateus, presidente do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e Licínio Pina, presidente do Grupo Crédito Agrícola, tendo sido conduzida por Sílvia Alberto e reuniu produtores, representantes de cooperativas, de Comissões Vitivinícolas Regionais e da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, bem como enólogos, escanções e responsáveis do Crédito Agrícola de todo o país.

A nona edição do Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola recebeu um total de 218 vinhos – brancos, tintos e espumantes -, colocados à prova por 94 produtores nacionais das várias regiões vitivinícolas do país, clientes e associados do Crédito Agrícola. O júri, constituído por enólogos, enófilos e jornalistas especializados, distinguiu, durante as provas cegas, realizadas no início de novembro de 2022, 67 vinhos com a Tambuladeira dos Escanções de Portugal, 3 com Grande Medalha de Ouro e 64 medalhas de ouro.

Na categoria de vinhos brancos, foram distinguidos cinco vinhos: Adega de Penalva Bical 2020 e Adega de Penalva Encruzado 2021, ambos da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo; Tesouro da

Sé Private Selection 2017 e Adro da Sé Encruzado 2020, ambos produzidos pela Udaca – União das Adegas Cooperativas do Dão; e Castelo de Azurara Encruzado Grande Reserva 2020, da Adega Cooperativa de Mangualde.

No que respeita aos vinhos tintos foram atribuídas seis distinções, ao Casa da Ínsua Reserva 2017, de Empreendimentos Turísticos Montebelo; Morgado de Silgueiros Touriga Nacional 2017, da Adega Cooperativa de Silgueiros; Quinta dos Monteirinhos Manel Chaves Touriga Nacional Reserva 2020, da Quinta dos Monteirinhos; Quinta do Cerrado Reserva 2017, da União Comercial da Beira; Casa Américo 625 MTS 2019, de Seacampo – Sociedade Agrícola; e Adega de Penalva Reserva 2017, da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo. Na categoria de vinhos espumantes foi premiado, com medalha de ouro, o vinho Quinta do Cerrado Espumante Rosé Reserva, 2016, da União Comercial da Beira.

À semelhança das medalhas entregues à Região do Dão, foram ainda distinguidos vinhos oriundos das regiões vitivinícolas de Vinhos Verdes (3 medalhas), Douro (12 medalhas), Beira Interior (1 medalha), Bairrada (1 medalha), Tejo (9 medalhas), Lisboa (4 medalhas), Península de Setúbal (6 medalhas), Alentejo (17 medalhas), Algarve (1 medalha) e Açores (1 medalha). O Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola tem como objetivo promover e colocar à prova a qualidade dos vinhos nacionais, procurando gerar novas oportunidades de negócio e dinamização das comunidades onde desenvolve o seu trabalho em contacto direto com as pessoas. Esta é mais uma iniciativa do Grupo Crédito Agrícola para apoiar o sector vitivinícola e o desenvolvimento das economias locais.

A lista dos 67 vinhos premiados poderá ser consultada em www. creditoagricola.pt.

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No IX Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola

Adega de Penalva

começou o ano com três medalhas de ouro

A Adega de Penalva do Castelo obteve três medalhas de ouro no IX Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, cuja entrega ocorreu em meados deste mês de janeiro, o que deixou o presidente da Cooperativa bastante satisfeito. José Frias Clemente, em conversa com a Gazeta Rural, diz que foi uma boa forma de começar 2023, ano em que espera “continuar a ver os nossos vinhos premiados”. Sobre a vindima de 2022, José Clemente diz que “foi das melhores dos últimos anos”.

Gazeta Rural (GR): Três prémios a abrir o ano de 2023 é um bom prenúncio para a Adega de Penalva?

José Frias Clemente (JFC): Naturalmente que sim. Ficamos muito satisfeitos com estes prémios, mas, para ser sincero, já estávamos a contar porque são grandes vinhos. Recebemos uma medalha de Ouro no tinto Reserva 2017, um vinho com uma grande elegância, e duas, também de ouro, nos brancos Encruzado e Reserva, que são vinhos frescos, que estão num patamar elevado de qualidade.

Claro que estes prémios são um bom prenúncio, como disse, para este ano, onde esperamos continuar a ver os nossos vinhos premiados, sinal de que os nossos associados e todo o staff da adega estão a trabalhar muito e bem.

GR: Muito se falou da vindima de 2022. Nesta altura já é possível ter uma noção real do tipo de vinhos aí resultantes?

JFC: A vindima de 2022 foi das melhores dos últimos anos. Nos primeiros dias de vindima, diria na primeira semana, as condições climatéricas não ajudaram nada. A partir daí tivemos bom tempo e chegaram à adega uvas de grande qualidade. Não tivemos as chuvas que em alguns anos ocorrem por essa altura e isso ajudou. Foi um ano muito bom e, acre-

ditamos, temos vinhos de alta qualidade. A vindima de 2021 não foi tão boa, embora também tenhamos vinhos bastante bons.

“A guerra da Ucrânia tem-nos trazido alguns problemas”

GR: Depois da pandemia, o mercado de vinhos está a voltar à normalidade?

JFC: Tal como toda a gente, nós também sofremos os efeitos da pandemia, talvez não tanto quanto outros agentes do setor, muito menos do que estamos a passar agora por causa dos efeitos da guerra da Ucrânia, que nos tem trazido alguns problemas, nomeadamente com o cancelamento de algumas vendas que teríamos feito para alguns mercados. Diria, que, ainda assim, nos últimos dois anos as nossas vendas, sem terem sido aquilo que queríamos, foram boas e não tivemos problemas de maior.

GR: Como está a começar o ano de 2023?

JFC: Está a começar bem, com as restrições inerentes provocadas pela guerra, pois tínhamos algumas exportações previstas antes do conflito começar, que estão em suspenso, nomeadamente para os países nórdicos, para onde estávamos a vender bem, para onde continuamos a exportar mas em menor quantidade.

GR: E o mercado nacional?

JFC: Já esteve melhor. Os custos e fatores de produção, nomeadamente as matérias secas, como as garrafas, aumentaram significativamente, estas na ordem dos 20%constando-se que pode vir aí mais um aumento. Mediante tudo isto, a nossa grande dificuldade é fazer refletir estes aumentos no preço final do vinho. Teremos de o fazer, mais dia menos dia, mas com alguma prudência.

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Através de um protocolo com a Associação de Criadores de Gado da Beira Távora

Câmara de Tabuaço apoia criadores de gado do concelho

A Câmara de Tabuaço vai garantir apoio financeiro aos criadores de gado do concelho, atendendo às “dificuldades” no setor e à “inegável importância” que ele tem na economia, disse hoje o presidente do município. “A partir de agora a Câmara de Tabuaço garante um apoio monetário para a criação de gado no concelho, podendo beneficiar desta medida os agricultores a título individual ou coletivo”, anunciou a autarquia.

O apoio destina-se a todos que “exerçam uma atividade pecuária e sejam detentores de bovinos, ovinos e/ou caprinos devidamente verificados no Programa Informática de Saúde Animal (PISA) e no Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (Idigital)”, indicou o mesmo o comunicado. “Em termos gerais, o apoio distribui-se por dois euros para ovinos ou caprinos, aumentando para 10 euros na espécie bovina”, detalhou o presidente da Câ mara de Tabuaço, Carlos Carvalho.

Trata-se de “um investimento municipal que não é muito significativo para o orçamento”, considerou o autarca, adiantando que “deverá ser na ordem dos 1.800 euros, para cerca de 60 bovinos e 600 ovinos e caprinos”. “Este apoio justifica-se tendo em conta a inegável importância que a agricultura e pecuária têm para o nosso concelho, mais precisamente a produção de gado e também pelas atuais e conjeturais dificuldades financeiras no setor”, explicou. Este apoio foi objeto de um protocolo de cooperação entre o município e a Associação de Criadores de Gado da Beira Távora. “O apoio atribuído assume o caráter forfetário, estando sujeito, entre outros fatores, ao número de animais”, esclareceu ainda o comunicado de imprensa do município.

Vão decorrer até 31 de março

Município de Manteigas abre candidaturas para apoio à produção de feijoca

O município de Manteigas tem a decorrer, até 31 de março, as candidaturas para atribuição de apoios à produção de feijoca, com o objetivo de “incentivar e apoiar o aparecimento de novos produtores”. O incentivo financeiro para a comparticipação dos custos relativos à produção de feijoca é atribuído aos produtores do concelho com base no Regulamento Municipal de Incentivo à Produção da Feijoca.

Um edital da autarquia refere que os interessados em obter o apoio devem submeter a sua candidatura na Câmara Municipal. O incentivo financeiro para a comparticipação dos custos relativos à produção da feijoca é de 0,80 cêntimos de euro por metro quadrado, para áreas compreendidas entre 50 e 500 metros quadrados, e de 0,40 cêntimos para áreas de produção que possuam entre 501 e 1.500 metros quadrados. A feijoca é uma leguminosa típica do concelho de Manteigas, localizado na Serra da Estrela, no distrito da Guarda. As feijocas costumam ser servidas nos restaurantes locais com carnes de porco e enchidos, mas também são utilizadas na confeção de sobremesas e de pastéis.

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Curtas

Confraria quer certificar bucho recheado de Pedrógão Grande

A Confraria do Bucho Recheado de Pedrógão Grande quer certificar esta iguaria gastronómica, adiantou a chanceler-mor, Idalina Pires. “A principal prioridade é a certificação do bucho recheado”, afirmou Idalina Pires, explicando que se pretende, também, dar continuidade às iniciativas em que a confraria já participava, como eventos, e avançar com convites para se organizar mais um capítulo em Pedrógão Grande.

Por outro lado, a chanceler-mor referiu a intenção de realizar um workshop “para tentar puxar mais pessoas para a confeção do bucho”. “As pessoas que estão a confecionar já têm uma certa idade”, declarou, justificando com a necessidade de passar a tradição às pessoas mais novas, para que “se dinamize mais a confeção do bucho”.

Segundo Idalina Pires, uma das mais-valias para Pedrógão Grande com a certificação do bucho recheado é a promoção que se pode traduzir em mais vendas. A chanceler-mor reconheceu, por outro lado, que iniciativas como esta no concelho de Pedrógão Grande, no interior do país, são difíceis de levar por diante, “porque há pouca gente jovem”. “As pessoas de idade já estão cansadas e estão desmotivadas e, portanto, o principal objetivo é tentar motivar jovens, para a confraria e não só, para tudo o que esteja associado”, adiantou.

Millèsime apresenta os melhores espumantes nacionais

O Município de Anadia, em parceria com a revista Grandes Escolhas, vai promover, nos dias 25 e 26 de março, no Curia Palace Hotel, Anadia, o Millèsime – I Encontro Nacional de Espumantes. Esta iniciativa irá reunir os melhores produtores nacionais de espumantes com denominação de origem, e contará com um vasto programa de atividades e alguns convidados especiais. Será um evento sofisticado e muito inspirado no universo da época dourada dos primeiros anos do século XX, no cenário místico, clássico e grandioso que caracteriza o Curia Palace Hotel.

Cada produtor terá um espaço próprio para mostra e degustação dos seus espumantes. Além do universo dos espumantes, o visitante poderá ainda usufruir da mostra e venda de iguarias, típicas da Região da Bairrada, que harmonizam com espumante, nomeadamente Leitão da Bairrada, Rojões da Bairrada, ostras, sushi, bem como os doces típicos, Bairradinos, Ovos Moles, Amores da Curia e Morgadinhos.

A entrada no evento faz-se através da compra de um copo, com valor de 10 euros por dia ou 15 euros para os dois dias de visita. Os interessados podem aproveitar o fim de semana de 25 e 26 de março para pernoitar no histórico Curia Palace Hotel, usufruindo de preços especiais, e conhecer o concelho de Anadia, “Terra de Paixões”.

Leiria

A Feira de Leiria está de volta de 29 de abril a 28 de maio e com ela um mundo de diversão e oportunidades a não perder. Por isso, até ao dia 17 de fevereiro, estão abertas as candidaturas para todos os expositores que queiram participar no maior evento da região centro. Os interessados já podem consultar o Programa e as Normas de Inscrição no site do Município ou da Feira de Leiria.

A forte aposta na diversidade do cartaz e na oferta de divertimentos, a preocupação com o conforto de quem nos visita e com a sustentabilidade do evento são razões mais do que suficientes para não deixar de participar este ano na Feira de Leiria.

O maior evento gastronómico do Minho vai realizar-se de 10 a 12 de fevereiro. Trata-se da XV Feira do Fumeiro de Vieira do Minho, iniciativa promovida pela autarquia local, no âmbito do projeto “ Sentir Vieira”, que resulta de um processo de envolvimento dos agentes locais, produtores de fumeiro, restaurantes, artesãos e casas de turismo rural, numa estratégia concertada de promoção concelhia.

A Feira do Fumeiro de Vieira do Minho promete, uma vez mais, ser um evento de excelência que vai reunir num só espaço os vários produtores concelhios, divulgando todas as potencialidades e saber fazer deste concelho minhoto.

Vinhos da Beira Interior

cresceram 43.7% em vendas em

2022

Os vinhos da Beira Interior registaram um crescimento de 43,7% no seu volume de vendas em 2022 relativamente ao ano anterior. Este crescimento é sustentado no número de vinhos certificados vem demonstrar a forte aposta da região na certificação dos seus vinhos, e na promoção nacional e internacional dos mesmos.

As exportações da Beira Interior, registaram um crescimento de 7.4 % relativamente ao ano anterior, representando neste momento 29.5% das vendas totais de vinhos da região.

Estes resultados, são fruto do empenho dos nossos associados que cada vez mais acreditam no enorme potencial que a Beira Interior tem, e no seu caminho de constante afirmação da qualidade dos seus vinhos.

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XV Feira do Fumeiro de Vieira do Minho de 10 a 12 de fevereiro
Estão abertas as candidaturas para expositores na Feira de

De 19 a 21 de fevereiro, em Nelas e Canas de Senhorim

Concelho de Nelas oferece dois carnavais com folia a dobrar

O concelho de Nelas oferece, de 19 a 21 de fevereiro, dois carnavais com folia a dobrar, num evento a não perder. Serão dois grandiosos carnavais num só concelho, que prometem alegria e diversão, no Coração do Dão!

São dois Carnavais singulares, quatro bairros, quatro corsos, centenas de foliões, carros alegóricos originais, muita música e diversão, prometem trazer nestes dias muita folia e espírito carnavalesco, cartaz único e imperdível.

Do ambiente carnavalesco desta vila fazem ainda parte tradições como a “Segunda-feira das Velhas”, as noites, os pisões, as paneladas e as batatadas.

Os protagonistas principais deste certame são as quatro associações do concelho: Bairro da Igreja e Cimo do Povo, de Nelas, e Paço e Rossio, de Canas de Senhorim, que estão a preparar quatro corsos com elaborados carros alegóricos e disfarces originais, que durante estes dias saem à rua para brincarem ao Carnaval e partilhar a alegria e folia com todos os que nos visitam, numa tradição de décadas em Nelas e secular em Canas de Senhorim, sendo este último um dos desfiles mais antigos do País.

Já na Vila de Nelas, a Associação do Bairro da Igreja e do Cimo do Povo são os protagonistas do Carnaval, que durante meses preparam em sigilo as fantasias dos figurantes e os carros alegóricos, que vão exibir nesses dias com bastante gosto e imaginação numa grande festa carnavalesca, que se estende às principais ruas da vila de Nelas, ao ritmo de música brasileira, e que culmina em ambiente de festa e alegria, com a troca das rainhas dos dois bairros, na Praça do Município, na terça-feira.

Em Canas de Senhorim é vivida a rivalidade entre o Paço e o Rossio, que enchem as ruas de cor e de música com as respetivas marchas, compostas por inúmeros grupos de foliões vestidos com trajes muito originais e com cunho pessoal, que vivem estes dias intensamente, que veem culminar com o tradicional despique, na terça-feira de Entrudo, nas quatro esquinas da freguesia, e em que ganha o Bairro que mais se ouvir cantar.

E como a vida são dois dias e o Carnaval são três… ou muito mais, as noites prometem também muita música e animação, e desafiam os foliões a dançarem ao ritmo de vários artistas e Dj’s. Em Canas de Senhorim, o Paço e o Rossio organizam, de 18 a 20 de fevereiro, as “Noites de Entrudo 2023”, no Parque de Feiras e Exposições de Canas de Senhorim, enquanto em Nelas, a Associação do Cimo do Povo organiza a “Festa de Carnaval do Cimo do Povo”, com lugar na Associação de Algeraz.

Nesta época do ano, a oferta turística do concelho de Nelas vai desde a restauração, à hotelaria e enoturismo, numa experiência ímpar, de 18 a 21 de fevereiro 2023, em pleno Coração do Dão.

De 3 a 5 de fevereiro, em Beja

“Patrimónios do Sul” promove vinho e a gastronomia do sul

Os vários “patrimónios do sul”, do vinho à gastronomia, vão estar em destaque em Beja, de 3 a 5 de Fevereiro, num evento para promover “a identidade do território do sul do país ao nível económico, cultural e turístico”.

A feira Patrimónios do Sul, promovida pela Câmara de Beja, regressa após dois anos de ausência devido à covid-19 e vai decorrer no Parque de Exposições e Feiras Manuel Castro e Brito, integrando iniciativas como a Vinipax, a Artes do Sul ou a Sul à Mesa.

“O objetivo é fazer uma promoção de todas aquelas que são as potencialidades do sul”, numa feira “composta por várias feiras” e “mostrar as artes, tradições e ofícios, sobretudo de Beja, mas também para além de Beja”, explicou o presidente da câmara deste concelho alentejano, Paulo Arsénio.

O autarca disse ainda ter expectativas “muito otimistas” relativamente ao certame, que “tem entradas gratuitas” e um cartaz “muito apelativo”. “É o segundo certame mais importante do concelho de Beja, em termos de dimensão humana, depois da Ovibeja” e “esperamos ter muitos visitantes”, acrescentou Paulo Arsénio. Um dos principais atrativos da Patrimónios do Sul é a décima quarta edição da Vinipax, dedicada aos vinhos da região, mas que conta igualmente com diversos expositores estrangeiros.

Nos fins de semana de 24 a 26 de fevereiro e 3 a 5 de março

Figueira de Castelo Rodrigo celebra “Festa da Amendoeira em Flor” 2023

O município de Figueira de Castelo Rodrigo vai celebrar, nos fins de semana de 24 a 26 de fevereiro e de 03 a 05 de março, os 82 anos da “Festa da Amendoeira em Flor” para atrair visitantes e dinamizar a economia.

A autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo vai promover este ano mais uma edição do evento “Rainha da Amendoeira em Flor”, para festejar a época das amendoeiras floridas, que é celebrada desde 1941. “Depois da inovação levada a cabo no ano passado, iremos este ano melhorar ainda mais este histórico evento da região, promovendo o que é nosso e criando atividades que dinamizem a economia local, fazendo jus à beleza única que as flores das amendoeiras nos trazem”, referiu Carlos Condesso, presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo. Segundo o autarca, “são inúmeras as razões” para os visitantes se deslocarem ao concelho, “nesta que é a mais antiga festividade que celebra as amendoeiras em flor na região”.

O programa do evento “Rainha da Amendoeira em Flor” inclui mostra e venda de produtos endógenos e artesanato, e atividades musicais, desportivas e culturais que irão dinamizar o concelho no último fim de semana do mês de fevereiro e no primeiro do mês de março.

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De 27 de abril a 1 de maio, organizada pela ACOS

Bárbara Tinoco atua a 30 de abril na trigésima nona Ovibeja

“Antes Dela Dizer Que Sim” é o nome do primeiro single de Bárbara Tinoco que, entre muitos outros dos seus sucessos, vai poder ser ouvido no decorrer da atuação da cantora, no dia 30 de abril, nos palcos da trigésima nona Ovibeja, que vai decorrer de 27 de abril a 1 de maio, organizada pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul.

Cantora e compositora, Bárbara Tinoco é a aposta da Ovibeja para todos os públicos mais jovens. Nascida em 1998, a música tornou-a visível em 2018 no Programa “The Voice Portugal”, onde se revelou através de um tema original. A partir daí foi somando sucessos e conjugando deferentes parcerias.

Em 2020 conquistou o segundo lugar na grande final do Festival RTP da Canção e em 2021 editou um EP de colaborações em que participam alguns dos grandes nomes da música portuguesa atual: o bejense António Zambujo, Bárbara Bandeira, Carlão, Carolina Deslandes, Diana Martinez e Tyoz.

“Cidade”, com Bárbara Bandeira, é o single de avanço do EP, e o vídeo atingiu a marca das 200 mil visualizações no youtube em apenas 3 dias. Ainda antes da edição do seu primeiro álbum, venceu o Globo de Ouro na categoria de Melhor Intérprete (…)”. Em 2021 editou ainda o álbum “Bárbara”. Em 2022 foi mentora do programa The Voice Kids e percorreu o país em concertos um pouco por todo o lado. Entre os muitos desafios para 2023 conta-se o palco das “Ovinoites” no dia 30 de abril, com “Todo o Alentejo Deste Mundo!”

Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra –Prémio CA Ovibeja já está a receber amostras

Já estão abertas as inscrições para envio de amostras ao XII Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja. O concurso, organizado pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul, em colaboração com a Casa do Azeite, é aberto a produtores individuais, associações de produtores, cooperativas e empresas de embalamento devidamente registadas, tanto nacionais como internacionais, de qualquer país produtor de azeite. As inscrições podem ser efetuadas até dia 24 de março.

São cinco as categorias colocadas em sufrágio: Frutado Verde Intenso, Frutado Verde Médio, Frutado Verde Ligeiro e Frutado Maduro pertencentes à campanha 2022/2023. Os azeites do hemisfério sul são os pertencentes à campanha de 2021/2022 devido à diferença na época da apanha da azeitona.

O Júri internacional, constituído por cerca de 30 elementos de diferentes países, é presidido por José Gouveia, especialista em azeites. As amostras de azeite presentes a concurso vão ser apreciadas em meados de abril e os prémios serão entregues no dia 29 de abril, no decorrer da trigésima nona Ovibeja.

Este concurso mantém-se há vários anos no primeiro lugar do ranking dos melhores concursos do mundo. Recebe anualmente cerca de centena e meia de azeites e tem como propósito incentivar a aposta na qualidade dos azeites, o aumento do seu consumo e a conquista de mercados internacionais.

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Compilada pela investigadora Olga Cavaleiro

Carta dos Segredos Gastronómicos recupera o património de Viseu Dão Lafões

Galo Assado no Forno, Entretinhas e Carolas com Vinha de Alhos foram as três receitas tradicionais da região de Viseu Dão Lafões que os chefs Diogo Rocha e Inês Beja recriaram na última sessão da Academia de Segredos Gastronómicos. O sucesso da iniciativa, que tem como base a recém-criada Carta dos Segredos Gastronómicos de Viseu Dão Lafões e Alto Paiva, superou todas as expetativas, constituindo um momento de partilha e comunhão de receitas que se tinham perdido no tempo.

ceita é um segredo, uma história que alguém viveu e sentiu na pele e, pelo detalhe do receituário inventariado, é possível contribuir para a qualificação da produção local”.

O Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, sublinha que “a Carta dos Segredos Gastronómicos, que resulta de um profundo trabalho de investigação e de um exaustivo levantamento do património gastronómico da região, é uma oportunidade e um desafio para a valorização da gastronomia, da restauração e de toda a atividade turística associada. São receitas muitas delas esquecidas, de que só os mais velhos se recordavam, e que em boa hora a CIM Viseu Dão Lafões decidiu recuperar”.

Já o Coordenador Geral da Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), Carlos Cardoso, diz quer “com esta iniciativa, que visa promover uma característica identitária ímpar desta região, os produtos gastronómicos e vínicos de Dão Lafões e do Alto Paiva, por um lado, estamos a tentar alavancar um dos grandes recursos turísticos desta região, ao mesmo tempo que, por outro lado, recuperamos e transmitimos, às próximas gerações, um legado cultural de grande valor imaterial”.

A Carta dos Segredos Gastronómicos, mais do que um livro de receitas, é um registo de histórias de outros tempos, contadas na primeira pessoa. Entre as curiosidades, o leitor pode encontrar um arroz de castanha, resultado da abundância deste fruto outonal, e descobrir, ainda, a mais tradicional vitela assada que ia à mesa no dia da Nossa Senhora dos Milagres (15 de agosto), em Pindelo dos Milagres.

“A Carta de 383 páginas, construída pela investigadora Olga Cavaleiro, é representativa de um património cultural e gastronómico que é um desafio para a valorização de toda a restauração e da atividade turística associada. Ao perpetuarmos estas receitas através dos profissionais de hoje, estamos a honrar a nossa história e identidade, mas estamos igualmente a partilhar o que temos de mais genuíno. E aí não temos competição”, conclui Nuno Martinho.

Olga Cavaleiro explica que “a Carta dos Segredos Gastronómicos é todo um novo olhar sobre as cozinhas regionais deste território. Numa exaustiva recolha de testemunhos, deu-se luz a uma diversidade de receitas e produtos que habitavam o fundo da memória das comunidades, mas que há muito não se faziam. Receitas simples, repletas de sabor, das quais os locais sentem saudades por não integrarem as ementas disponíveis nos restaurantes. Cada re-

O próximo passo desta iniciativa passa por transportar as receitas agora recuperadas para as escolas profissionais, nomeadamente para os cursos de Cozinha, Pastelaria e Serviço de Restaurante, e fazê-las chegar às ementas dos restaurantes regionais. Desta forma, a Carta permite criar valor, contribuindo para a formação de profissionais conhecedores da tradição gastronómica local.

Promovido pela ADDLAP, em parceria com a CIM Viseu Dão Lafões, o projeto Mapa dos Segredos Gastronómicos visa estruturar um novo produto turístico intermunicipal, que tem como base a excelência do património gastronómico e vínico existente na região, nomeadamente nos municípios de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

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Desenvolvido pelo Politécnico de Portalegre

Projeto pioneiro quer investigar o potencial da dieta mediterrânica

Um projeto considerado pioneiro e que visa investigar o potencial da dieta mediterrânica vai ser desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), num investimento de cerca de 546 mil euros, financiados pelo PRR.

O projeto, intitulado “DM4you – Potencial da Dieta Mediterrânica no aumento da qualidade de vida: + saúde + sustentabilidade”, vai ter uma duração de três anos e envolve vários parceiros, como as universidades Nova (Lisboa), de Évora e do Porto, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Instituto Politécnico do Porto e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.

O Pró-Presidente para a Investigação, Inovação e Transferência de Tecnologia do IPP, Paulo Ferreira, explicou que este projeto pretende promover a dieta mediterrânica, “fundamentalmente” através do consumo de sopa, “combatendo” desta forma o desperdício alimentar. O “DM4you” pretende eleger produtos mais nutritivos para integrar nas sopas, em cada época do ano, garantir a análise sensorial, efetuar o estudo em diferentes grupos etários para determinação do efeito do consumo de sopa e fruta na saúde destes grupos-alvo e proceder à análise estatística e interpretação desses resultados.

De acordo com o IPP, os beneficiários deste projeto, além dos parceiros, serão os produtores locais e a população, pelo conhecimento “mais aprofundado” dos benefícios nutricionais do consumo de fruta e sopas. Além desses fatores, o projeto quer mostrar que a dieta mediterrânica, Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, desde 2013, contribui para o “aumento da qualidade de vida” e uma “maior sustentabilidade” nas suas três vertentes, “ambiental, social e económica”.

Educar os consumidores para uma alimentação

saudável e sustentável e fomentar o consumo dos produtos nacionais, regionais e locais são outros dos objetivos a atingir.

O projeto, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), pretende ainda “promover e valorizar” os produtos endógenos e os produtos de qualidade certificada.

Nesse sentido, o “DM4you”, que conta também com parceiros comerciais e com produtores, espera ajudar algumas destas empresas que comercializam sopas ou fornecem legumes e frutas a utilizarem um método de “diversificação da produção”, no âmbito das receitas que desenvolvem no quotidiano com determinados ingredientes. “Estas empresas já têm o cunho da alimentação saudável. Nós vamos é mostrar que essas questões já existem e através de análises perceber os efeitos do consumo em marcadores sanguíneos e outros indicadores de saúde que podemos utilizar”, explicou Paulo Ferreira.

A iniciativa pretende ainda mostrar que a sopa é um produto “muito português” e que alguns dos seus ingredientes, por serem produtos naturais, têm por um lado um benefício para a saúde e para a qualidade de vida, acrescentou o responsável. Paulo Ferreira disse acreditar que o projeto vai promover também a sustentabilidade económica e a economia circular”, numa altura em que “tanto se fala” das questões relacionadas com a inflação. “Estamos a falar de um tipo de alimentação que, além de ser saudável, é também ela própria relativamente barata”, sublinhou.

O projeto pretende “juntar o bom de vários mundos”, frisou, aludindo aos produtos naturais, que permitem uma melhor qualidade de vida, e a alimentação saudável e que sai “barata”, face a outro tipo de produtos que são consumidos diariamente. Este projeto é um dos seis que vai ser apoiado pelo Governo no âmbito da iniciativa “Alimentação Sustentável”, da Agenda de Inovação para a Agricultura 20|30 “Terra Futura”.

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