AR.TERRA.MAR
por Jorge Mazieri
CONFORTO SOBRE
O NOVO MASERATI QUATTROPORTE IMPRESSIONA PELO CONFORTO E QUALIDADE
U
m sonho de consumo, caro, mas imponente, confortável e, segundo alguns dos afortunados donos, uma perfeita combinação do prazer de dirigir com conforto e bem-estar. Assim é o Maserati Quattroporte, um sedã de alto luxo apresentado no Salão do Automóvel, no final de 2004, em São Paulo. No Brasil, apenas quatro felizardos têm essa máquina até agora. Dois deles contaram à ROMANO o que significa dirigir esse ícone do automobilismo mundial. Apesar da marca Maserati ser famosa, poucos sabem sobre ela. A indústria, que pertence à Ferrari, produz seus veículos em Viale Ciro Menotti, na cidade italiana de Modena. Em suas instalações são produzidas apenas séries limitadas de carros de luxo. O Quattroporte, por exemplo, tem uma linha de montagem exclusiva onde ainda são produzidos os modelos coupê e spyder. O primeiro Quattroporte foi fabricado em 1976 e tinha características de uma limusine. À época era o carro predileto do então presidente italiano Sandro Pertini, um ídolo em seu país. Já no seu protótipo inicial, o carro apresentava conforto e segurança, aliados ao alto desempenho. O conceito de arrojo, elegância e dirigibilidade prazerosa permanecem. O novo carro, segundo o fabricante, é um sedã com comportamento de máquina para competições de Gran Turismo. Um veículo com características de design social e ao mesmo tempo esportivo. Ele atinge a velocidade máxima de 275 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos. “O que motivou a minha encomenda foi o fato de que tive contato com este carro na Itália e fiquei surpreso com a agressividade aliada ao conforto. É como andar de avião em terra firme”, afirmou um dos felizardos brasileiros , H.R, de 45 anos, um industrial paulista que não quis se identificar.
Outra característica que diferencia o carro dos concorrentes é a forma. O motor dianteiro e a tração traseira são comuns nos sedãs, mas o sistema de distribuição de peso do Quattroporte é diferenciado. O motor fica numa posição anterior ao eixo dianteiro e a caixa de câmbio fica na parte traseira, acoplada ao diferencial. É a primeira vez que esse sistema de transmissão, que geralmente é reservado para veículos de competição, é aplicado ao Maserati. A tecnologia é herança da Ferrari, que também incorporou ao veículo o desempenho exclusivo para a classe. “É uma pena que não tenhamos auto-estradas para testar a velocidade desse carro, mas só o prazer e o conforto já me deixam satisfeito”, diz o industrial de São Paulo. O presidente da Maserati do Brasil, Francisco Longo alimenta a expectativa de que Maserati conquiste uma importante fatia do mercado brasileiro de carros sedãs de luxo. Ele espera que em 2005 a empresa comercialize 25 carros. O veículo está sendo trazido ao Brasil em duas versões: Executiva e Sport com preços respectivos de US$ 220 mil e US$ 230 mil.
Um risco que vale a pena Um dos proprietários do Maserati Quattroporte localizados pela ROMANO, o dirigente esportivo, J.H.V disse que anda pouco com seu mais novo “brinquedo”, mas se diz satisfeito com a aquisição. “É um carro confortável. A direção é leve, é muito gostoso dirigi-lo pelas estradas. Já namorava essa máquina há um bom tempo. Ainda evito sair com ele porque é um automóvel que sei que chama a atenção, mas vou blindá-lo. O investimento vale a pena”, afirma. Os dois entrevistados destacam ainda várias qualidades no Quattroporte. Eles citaram o painel, assentos ajustáveis eletronicamente e os botões de dirigibi-
lidade, de fácil compreensão e acesso. O carro ainda vem equipado com kit multimídia e fone GSM (Global System for Mobile Communications). Outras características marcantes são o câmbio eletrohidráulico de seis marchas e o sistema de ignição. Para se ter uma idéia, quando o carro é ligado, o sistema aciona o câmbio automático, que irá permitir troca de marchas suaves e rápidas. Para aqueles que preferem a interação do câmbio convencional, o modelo tem a alternativa. Com todas as vantagens proporcionadas, a expectativa da Maserati do Brasil é a de que o carro tenha boa aceitação porque vale quanto parece. É claro que não vai ser tão fácil ver o Quattroporte nas ruas, mas para os aficionados por uma grife que se preocupam com o prazer de conduzir, em especial, esse é o carro.
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