A liberdade inscrita nos sambas enredos cariocas (1943 a 2013)

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músicas que cantavam e na variedade rítmica. As origens deles estavam nos congos, nas congadas, nos quilombos e ticumbis do Nordeste, adquirindo, no Rio de Janeiro, identidade própria. Monique Augras, igualmente, assevera que, por ser o ritmo do cordão Cucumbis caracterizado como triste e enfadonho, marcou a “incapacidade das elites perceberem a riqueza de construções musicais cujas regras fugiam aos cânones ocidentais.” (AUGRAS, 1998, p. 20)

1.3.4 – OS RANCHOS Ranchos eram grupos que organizavam cortejos no carnaval e tinham como elementos de destaque rei e rainhas, provavelmente, devido a influências da cultura africana, notadamente as congadas5 e as festas do divino. Surgiram por volta de 1870 e os seus integrantes pertenciam às classes populares cariocas. José Ramos Tinhorão6, em Pequena história da música popular, afirma que os Ranchos apareceram no fim do século XIX entre os núcleos de moradores nordestinos da zona portuária do Rio de Janeiro, todos ligados a uma origem rural. A proposta de desfilar com os Ranchos no Carnaval veio dos baianos migrados para o Rio de Janeiro, “os primeiros ranchos cariocas saíam cantando pelas ruas as marchas e loas do repertório tradicional do ciclo das festas folclóricas de dezembro”. (TINHORÃO, 2013, p. 153) Para esse pesquisador, ao adotarem a formação das procissões religiosas, os Ranchos instituíram um mínimo de disciplina em meio ao caos do Carnaval e foram motivo de inspiração para o “Ó abre alas”, de Chiquinha Gonzaga, em 1899. Com efeito, a evolução dos Ranchos era marcada pelas marchas-rancho que usavam instrumentos de percussão e de sopro; as fantasias e as performances coincidiam com as das congadas e festas do divino. Observemos que muitos dos recursos utilizados nos Ranchos permaneceram nas Escolas de Samba – que passaram a ocupar o lugar deles, de forma gradual – a exemplo, a comissão de frente, o mestre sala e a porta estandarte. Muniz Sodré destaca que os ranchos eram uma organização estruturalmente negra e que existiam na Pedra do Sal, atual Morro da Conceição, anterior ao reinado das tias da 5

Marina de Mello e Souza, em Reis negros no Brasil escravista: história da coroação do rei do Congo, define a congada como uma forma particular de conceber e transmitir a história. Como a maior parte de seus atos é realizada nas ruas, “essas festas tinham nas igrejas de seus padroeiros um importante elemento aglutinador, sendo os templos espaços de convívio dos grupos que se articulavam nas irmandades.” (SOUZA, 2006, p. 315) 6 José Ramos Tinhorão, jornalista e pesquisador da música popular brasileira desde 1966.

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ANEXOS SAMBAS ENREDOS

3hr
pages 201-278

REFERÊNCIAS

3min
pages 182-184

CONSIDERAÇÕES FINAIS

6min
pages 177-181

4.11 A Liberdade e as Significações Difusas

7min
pages 149-152

1.4 Considerações Sobre Este Capítulo

5min
pages 69-71

4.12.3 Palmares

1min
page 157

2.2 A Liberdade e a Segunda Guerra Mundial

5min
pages 75-78

2.1 Introdução ao Segundo Capítulo

3min
pages 73-74

4.12.2 Zumbi e Outros Referentes Negros

4min
pages 155-156

4.12.4 África

1min
page 158

1.3.12 Os Primeiros Sambas Enredos

11min
pages 63-68

1.3.11 Samba Enredo

4min
pages 61-62

1.3.6 As Sociedades Carnavalescas

6min
pages 47-50

1.3.8 Tia Ciata

7min
pages 53-57

1.3.10 As Escolas De Samba

1min
page 60

1.3.7 A Primeira Música do Carnaval

2min
pages 51-52

1.3.9 O Samba

4min
pages 58-59

1.3.5 A Praça Onze

5min
pages 44-46

1.3.4 Os Ranchos

3min
pages 42-43

1.2 Origens e Significados do Carnaval

22min
pages 25-35

1.3.2 O Zé Pereira

2min
pages 38-39

1.3.3 Os Cordões

3min
pages 40-41

RESUMO

1min
page 11

1.1 Introdução ao Primeiro Capítulo

3min
pages 23-24

RESUMEN

1min
page 13

INTRODUÇÃO À TESE

12min
pages 14-21

ABSTRACT

1min
page 12
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