CRÓNICA
TEXTO: SIMON PATTERSON / FOTOS: MARCAS
É o décimo título de Valentino Rossi
uma utopia
com a mudança para a Petronas Yamaha SRT?
V
alentino Rossi vai virar a página de um capítulo que há muito perdura com a mudança de equipa para 2021. Depois de ter regressado à Yamaha em 2013 e por lá ter ficado até ao final de 2020, o italiano viu o seu lugar ocupado por Fabio Quartararo antes da temporada passada ter arrancado. Sem se querer comprometer com uma mão vazia de sonhos, Valentino Rossi optou por esperar para perceber as possibilidades de ser competitivo com uma M1. Mais tarde, acabou por assinar contrato que garantia a mudança para a Petronas Yamaha SRT tendo a certeza de que teria uma máquina de fábrica ao mesmo tempo que estava assegura-
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do o total apoio da marca nipónica. Com esta movimentação de mercado, Valentino Rossi regressa a uma equipa satélite. Esta decisão consiste num regresso a uma estrutura privada dado que o #46 ingressou no Mundial de 500cc com a Nastro Azzurro Honda. Obtendo apoio da Honda na altura, o piloto natural de Urbino foi segundo classificado no seu ano de estreia e, em 2001, acabou por se coroar campeão antes de ingressar na equipa oficial da Honda. Nos anos seguintes, Rossi conquistou outros seis títulos mundiais acumulando nove campeonatos no seu bolso. Desde a chegada à Ducati que o décimo título nunca mais
chegou a ser uma realidade e o regresso à Yamaha não foi suficiente para tal, tanto que entre 2014 e 2016 Rossi foi vice-campeão três vezes. Com o retorno a uma estrutura satélite e com base no que a Petronas Yamaha SRT fez em 2020, é legitimo questionar sobre as reais possibilidades de Valentino Rossi ser novamente campeão. Observando apenas os registos de Rossi às cores da Nastro Azzurro Honda, é errado dizer que o italiano consegue ser campeão. Tudo mudou desde o início do século: as motas são completamente diferentes, a concorrência é outra e, mesmo que custe aceitar, a verdade é que a idade já não é a mesma. Portanto,