Sax & Metais #5

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WORKSHOP

Tu b a e B o m b a r d i n o

COMO ELABORAR SEU PLANO DIÁRIO DE ESTUDOS Por Gian e Aquino

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COMO ELABORAR SEU PLANO DIÁRIO DE ESTUDOS

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xistem atividades físicas básicas e exigências quando se tocam instrumentos de metal que precisam estar além do reino do pensamento consciente, especialmente fora do modo de questionamento, não pondo dúvidas em mentes sensíveis. É por esta razão que uma rotina diária que passe por todos os aspectos básicos para se tocar, se torna essencial. O músico não pode ficar pensando se aquela ligadura de oitava vai sair, se aquela entrada em piano vai acontecer. Estes aspectos básicos de nosso desempenho já deveram ter sido amplamente trabalhados em nossas práticas diárias. Alguns artistas têm uma seqüência estrita de exercícios que eles praticam diariamente antes de começar a prática de música propriamente dita. Outros preferem variar mais seus exercícios, baseados nas necessidades atuais de cada indivíduo, permitindo que cada um escolha sua seqüência com base nas suas necessidades imediatas, nas suas deficiências atuais e nas músicas que eles estão praticando. Isto permite ao músico estruturar sua rotina em porções apropriadas não só reforçando suas forças, mas também confrontando suas fraquezas e modificando a rotina à medida que suas necessidades também mudarem. A vantagem de uma rotina diária básica flexível é que ela permite ao artista um balanço mais equilibrado em sua prática, contornando possíveis problemas decorrentes do trabalho específico que ele esteja realizando no momento e que pode prejudicar certos aspectos de sua performance. Uma boa coleção de material para prática diária básica pode ser encontrada no Método Completo para Tuba de William Bell, na parte de aquecimento e rotina diária, publicado por Charles Colin. Este livro contém uma rápida, porem eficiente, seqüência de exercícios que o levarão depressa aos rudimentos de tocar: produção do som, articulação, exercícios rápidos de língua, escalas e arpejos. Minha rotina básica diária consiste num conjunto de exercícios que, dependendo da quantidade de tempo que eu tenho para trabalhar neles, podem durar de 20 minutos até 2 horas de prática. Embora eu tente trabalhar diariamente em cada área, divido o tempo de trabalho de cada área, confrontando minhas forças atuais com minhas fraquezas. Existem oito áreas na minha prática que eu tento cobrir a cada dia. Eu acredito que funcione melhor para eu atravessar estas áreas na ordem em que elas estão listadas. Podem servir de sugestão para o início da formulação de sua própria rotina diária, uma coleção de estudos que podem variar de acordo com o tempo disponível para sua prática e também de acordo com os problemas específicos que precisem ser resolvidos com freqüência. Cada músico deve desenvolver sua própria rotina, se aprimorando a cada dia. 1. Respiração Profunda e Produção de Som. Aqui é onde minha prática diária se inicia buscando respirações pro-

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Gian de Aquino é primeiro tubista da Orquestra Sinfônica de São Paulo e desenvolve atividades pedagógicas no Centro de Estudos Musicais Tom Jobim (antiga Universidade Livre da Música), em São Paulo. Site: www.gianaquino.mus.br. E-mail: tubamore@ig.com.br fundas, relaxadas, abertas constantemente, procurando exalar o ar sem restrições ou fechamento da garganta, e produzindo um som lindo, consistente e ressonante. Nesta área eu utilizo os exercícios de notas longas do Método do Max Schlossberg, publicado por M. Baron Company. 2. Resistência, Flexibilidade e Fluxo de Ar Constante. Depois de ter certeza que a respiração e a produção do som estão em seus lugares, eu volto minha atenção para exercícios simples de ligaduras e manutenção do fluxo de ar constante. Exercícios de ligaduras de lábio através da série harmônica como os encontrados no Schlossberg e nos exercícios do grande tubista Arnold Jacobs, encontrados no final do Método Avançado para Banda, livro de Tuba, da editora Hal Leonard, são perfeitos para esta prática. 3. Registro Grave e Amplitude Sonora. Tubistas freqüentemente negligenciam seu registro grave, enquanto desejam igualar a habilidade pirotécnica e a excitação de tocar notas agudas exibidas pelos trompetistas. Isto não quer dizer que tubistas não devam desenvolver velocidade de execução e muito menos não devam desenvolver seu registro agudo, mas isto não deve ser feito em detrimento de seu registro grave e da qualidade de seu som, o que faz com que um trabalho diário no registro grave se torne essencial. Exercícios de notas longas no extremo grave são um bom início desta prática, seguido pelos 43 Bel Canto Etudes para Tuba de Marco Bordogni, tocados uma oitava a baixo, publicados por Robert King. Uma publicação um pouco mais recente e também excelente para trabalhar esta região são os Low Etudes for Tuba de Phil Snedecor, também publicados por Robert King. 4. Consistência da Articulação e Colocação da Língua. É muito importante que o controle e correta posição da língua durante a articulação sejam estabelecidos e mantidos. Como a formação bucal varia entre cada indivíduo, é importante que cada um descubra a melhor posição para si. Alguns exercícios básicos de articulação devem ser praticados a cada dia para dar a segurança de que as corretas sílabas de articulação estão sendo utilizadas e que a articulação está consistente. Alguns dos melhores estudos básicos de articulação podem ser encontrados no Método Arban e incluem os exercícios de semínimas, colcheias e semicolcheias, encontrados logo no início do método. Estes exercícios deveriam ser praticados diariamente. 5. Estabelecimento e controle de um Grande Espectro de Dinâmica. Neste ponto de minha rotina diária é muito importante checar se o controle do fluxo de ar está completo, para que am-

SAX & METAIS OUTUBRO / 2006

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