Pecuária Brasil #38 Livro Genética de Ouro - O DNA DA PECUÁRIA

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CAPÍTULO 6

ABCZ: do Conselho do Gir à Presidência Por toda essa experiência de passar as férias inteiras na fazenda, recebendo os ensinamentos do meu pai, quando chegou meu momento de ir para a faculdade tinha bem definido que cursaria medicina veterinária. Desde criança, nunca tive dúvida disso. Minha mãe toda vida foi muito cuidadosa com a parte da nossa educação, acompanhando diariamente nossos estudos, desde o primário até o ingresso na faculdade. Ela foi pessoalmente visitar cinco instituições em diversos estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo (Pirassununga). Já estava até de malas prontas para ir para o Rio de Janeiro, mas ela mudou meus planos dizendo que a faculdade lá no Rio estava muito bagunçada, cheia de greve, e que seria melhor eu ir estudar era em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Naquela ocasião, eu dividia o tempo de

estudo para conclusão do científico (atual ensino médio), com as obrigações militares do Tiro de Guerra. Fui aprovado na UFMG e, de fato, a universidade era muito organizada e rigorosa. Formei-me no ano de 1976, dando início a um novo capítulo da minha vida e minha mãe também teve uma participação importante. Em 1978, Manoel Carlos, presidente da ABCZ, ligou lá para nossa casa para falar com meu pai, que ficava a maior parte do tempo na fazenda. Ele tinha ligado para convidar meu pai para a reunião do conselho da raça Gir. Foi aí que minha mãe, dona Yeda, sugeriu que eu participasse no lugar do meu pai, já que ele estava dedicado integralmente à fazenda e eu precisava de uma oportunidade como aquela. E assim foi. O assunto era importante, pois um criador, dono do touro que tinha perdido o Grande Campeonato,

DIRETORIA DA ABCZ PARA O TRIÊNIO 2016 – 2019

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