Publiquei na edição anterior da EBC uma crônica em homenagem aos atores Chiquinho Brandão e Flávio Guarnieri. Retorno ao assunto, pois aconteceu uma situação peculiar, muito bonita. A gente sempre guarda na memória afetiva eventos que nos dizem mais ao coração. Um momento de encantamento da minha infância foi assistir o espetáculo Romão e Julinha, de Oscar von Phuhl, quando tinha cinco ou seis anos, no Teatro de Cultura Artística, em São Paulo.
Fevereiro/2021
Crônica de Thais Matarazzo
nº.21
e J ulinha e uma nota feliz
Escritores brasileiros contemporâneos
R omão
Encontrei em um sebo no centro da cidade, pouco antes de começar a pandemia da Covid-19 no Brasil, o livro Romão e Julinha. Folhei rapidamente o volume surrado, decidi comprar, coloquei-o na pilha com outros títulos que escolhi. Eu não sei o que aconteceu, quando cheguei em casa a obra não estava na minha sacola. Que pena! Guardei a informação da capa: dois gatinhos e a arte nas cores laranja, amarelo e branco. Passou. Após a publicação da crônica, resolvi procurar o livro no site Estante Virtual. Por sorte encontrei o resultado buscado e um dos itens tinha a capa idêntica ao que eu vi no sebo anteriormente , ou seja, da primeira edição de 1982. Paguei R$ 6,00, bem baratinho. Passada uma semana, o carteiro toca a campainha e me entrega o livro. Quando eu abri, quase desmaiei: a página de rosto está autografada pelo autor e dedicada a quem? Ao Flávio Guarnieri. Na descrição da venda não constava essa informação. Flávio Guarnieri foi o protagonista da peça que assisti junto com a atriz e apresentadora Silvana Teixeira, como narrei na crônica anterior. Que incrível! Coincidência, não?
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