Catálogo do 27º Festival de Cinema de Vitória

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27ยบ FESTIVAL DE CINEMA DE VITร RIA



SONHAR COLORIDO FAZ BEM



27ยบ FESTIVAL DE CINEMA DE VITร RIA



Até o momento, 2020 é o ano mais improvável do século 21. Em função da pandemia da Covid-19, o mundo quase parou e precisamos aprender a conviver e inserir palavras como quarentena, lockdown e isolamento social no nosso cotidiano. Foi dentro desse contexto, cheio de incertezas, que idealizamos o 27º Festival de Cinema de Vitória. Em sua 27ª edição, o evento acontece pela primeira vez em formato online, uma novidade tanto para mim quanto para toda a equipe que coloca de pé o FCV. Mas como pensar um evento que se consolidou pela presença calorosa do público, de realizadores e convidados? Foram meses pensando, dialogando, testando. Procurando uma forma satisfatória para que todos tivessem uma experiência cinematográfica incrível. Acho que conseguimos. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas ao longo deste ano, entregamos uma edição em que estamos, tecnologicamente, conectados. Entendendo que o cinema e o audiovisual são meios que estimulam novas formas de pensar o mundo, a seleção do 27º FCV apresenta mais de 100 filmes, distribuídos ao longo de seis dias em 13 mostras, que dialogam com as transformações da sociedade contemporânea e reafirmam a criatividade dos realizadores brasileiros

ao tratar de diversos assuntos que nos atravessam enquanto cidadãos. Além do caráter transformador social apresentado por meio da produção cinematográfica, o Festival segue com a função de fomentar a cadeia produtiva do setor audiovisual. Mesmo com o distanciamento social, realizaremos o intercâmbio entre o público e profissionais renomados do setor por meio de uma série de masterclasses e de nossos tradicionais debates. Agradeço a todos que nos ajudam a fazer a engrenagem girar: patrocinadores, apoiadores, curadores, produtores, jurados, apresentadores e, especialmente, aos realizadores e ao público, que confiam seus trabalhos e sua audiência a nós. Em uma edição que nasceu para ser presencial, mas que, cotidianamente, precisou ser readaptada, seguimos afinados com a esperança do tema desta edição: Sonhar Colorido Faz Bem. O Festival de Cinema de Vitória existe porque a gente acredita que um mundo melhor acontece quando podemos transformar e sonhar.

Lucia Caus Diretora do 27º Festival de Cinema de Vitória



Digitalizar, em poucos meses, um evento que nasceu e cresceu de forma presencial. Transitar da telona para múltiplas telas. Esse foi um dos desafios do 27º Festival de Cinema de Vitória, que, em novembro de 2020, acontece online - e gratuito! - em função da pandemia da Covid-19. Adaptar uma programação que inclui 101 filmes distribuídos em 13 mostras, debates, homenagens, masterclasses para ser exibida em aparelhos de TV, computadores, tablets e celulares exigiu o talento e a criatividade de uma série de profissionais de diversas áreas para (re) pensar a forma de apresentá-la e entregar ao público uma exibição de qualidade. Esse esforço em busca da acessibilidade dialoga com a forma com que o Festival de Cinema de Vitória baliza suas ações e resultados, voltados para a democratização das políticas do audiovisual, além de primar pela diversidade de gêneros que reúne em suas janelas de exibição, que tem em sua essência a revelação de novas estéticas que alimentam a cadeia criativa da indústria nacional. O Festival, desde a sua constituição, articula-se em formação. Para além da exibição, espaço fundamental para democratização do audiovisual brasileiro, o FCV também dialoga de forma

transversal com diversas áreas, em ações desenvolvidas e baseadas na cultura como ponte para o desenvolvimento social e econômico do mercado. São projetos desenvolvidos através do audiovisual, em oficinas realizadas durante o evento e atividades de formação instaladas em comunidades periféricas no Espírito Santo com foco neste mercado. Além disso, desenvolve outras ações, como o projeto Olhar Solidário, em parceria com a EDP, que auxiliou a segurança econômica de 167 famílias da Grande Vitória em situação de vulnerabilidade na pandemia do Coronavírus. O Festival de Cinema de Vitória só é completo quando ele retorna potencializado dos investimentos que foram destinados ao projeto. Nossas atividades acontecem em parceria com outros segmentos, como a educação e o turismo, de maneira continuada. Por isso, a importância de dar sequência ao projeto, cada vez mais fortalecer a cadeia produtiva e permitir que ela continue acontecendo.

Larissa Delbone Produtora Executiva do 27º Festival de Cinema de Vitória



Sumário 13 Mostras Competitivas 15 24ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas 29 10ª Mostra Quatro Estações 33 9ª Mostra Foco Capixaba 39 9ª Mostra Corsária 45 7ª Mostra Outros Olhares 51 10ª Mostra Competitiva Nacional de Longas 57 5ª Mostra Cinema e Negritude 63 5ª Mostra Mulheres no Cinema 69 4ª Mostra Nacional de Videoclipes 81 3ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental 87 2ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror 93 Mostras Não Competitivas 95 3ª Mostra Cinema de Bordas 101 1ª Mostra AudioTransVisual 113 Sessão Especial de Abertura 115 Homenagens 120 Formação 123 Premiações 124 Júri 130 Agradecimentos 130 Ficha Técnica 136 Hélio Coelho - Texto de Neusa Mendes 142 Escultura para Homenageados - José Carlos Vilar 143 Outros Projetos



Mostras Competitivas

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24ÂŞ Mostra Competitiva Nacional de curtas 15


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Diversos Cinemas de Um País Diverso

Mais uma vez, destacamos a intensa participação de cinemas produzidos por mulheres, negros, LGBTs e indígenas, bem como a diversidade de estratégias estéticas e temáticas que marcam a produção contemporânea nacional, atravessando e ressiginificando questões de decolonialidade, performance, fabulação, arquivo e representatividade, em um contra-ataque contra as tentativas de apagamento que vêm cada vez mais fortes.

Em 2020, nossos desafios não foram poucos. Num cenário escasso de políticas públicas culturais que fomentem a produção audiovisual, o 27º Festival de Cinema de Vitória recebeu, aproximadamente, novecentas inscrições, comprovando que o curta-metragem é muito mais que um formato de experimentação. É também um incansável espaço de resistência e uma janela cada vez mais aberta à pluralidade de narrativas e fabulações que chegam com urgência em serem vistas por um público ainda maior do que o dos anos anteriores, uma vez que, devido à pandemia da Covid-19, a mostra acontecerá online, podendo ser desfrutada por cinéfilos de todo o país.

Retratos dos vários Brasis que povoam um só país, que insistem em nos encantar a cada nova edição com a força das suas singularidades e com o ordinário que se mostra por múltiplas perspectivas. Flávia Cândida, Erly Vieira Jr e Waldir Segundo, curadores

Para a 24ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, compusemos um recorte com vinte curtas da safra 2019/2020, vindos de nove estados do país. São cinco programas, apresentando obras de realizadores que, neste ano, debutam no festival, bem como outros velhos conhecidos do nosso público, obras já premiadas e filmes estreantes no circuito dos festivais. E, como não poderia faltar, o que há de mais representativo e pulsante na produção capixaba está presente não só na competição nacional, mas também em todas as outras – principalmente com a 9ª Mostra Foco Capixaba, que lança novos olhares sobre o cinema local. Neste ano, comemoramos a 10ª Edição da Mostra Quatro Estações, que atesta a pluralidade do cinema LGBT+. A diversidade também está apresentada, mas agora na questão das linguagens, na 9ª Mostra Corsária, e na questão temática, na 7ª Mostra Outros Olhares. Trazemos um desenho de competição que retoma um diálogo familiar com as edições anteriores, e ao mesmo tempo propõe outras escutas que esperamos seguirem ecoando por 2021, o ano em que novamente estaremos juntos presencialmente, numa explosão de afetos, encontros e reencontros.

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4 BILHÕES DE INFINITOS

ILHAS DE CALOR

Marco Antonio Pereira FIC, Cor, 4k, 15’, MG, 2020 Classificação indicativa: Livre

Ulisses Arthur FIC, Cor, HDTV, 20’, AL, 2019 Classificação indicativa: 10 anos

Direção de Produção e Produção Executiva: Ariane Rocha Roteiro, Fotografia, Montagem, Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Marco Antonio Pereira Direção de Arte: Ariane Rocha Filmografia do Diretor: Retirada para Um Coração Bruto (2018); Alma Bandida (2018); Teoria sobre Um Planeta Estranho (2019)

Direção de Produção: Bruna Maria Produção Executiva: Thamires Vieira Roteiro e Montagem: Ulisses Arthur Direção de Arte: Lucas Cardoso Fotografia: Lilis Soares Som: Léo Conceição Edição de Som: David Aynan Trilha Sonora: Bruno Brandão Elenco: Vyctoria Tenóryo, Vitor Santos, Anny Santos, Fernanda Monalisa, Edilene da Silva, Adriana da Silva, Carleane Alves, Alyston dos Santos, Antônio Vitor, Claudiane Clemente, Claudio Henrique, Gisele Henrique, Jackysson Santos, Kennedy Honório, Lucas Siqueira, Mary Correia, Robert Moura, Ronyzinho D’Ávila Weverton Lima, Professora Janete Bomfim e Professor Zé da Silva Filmografia do Diretor: As Melhores Noites de Veroni (2017); CorpoStyleDanceMachine (2017)

Sinopse: Brasil. 2020. Depois da morte do pai, uma família vive com a energia cortada. Enquanto a mãe trabalha, seus filhos ficam em casa fabulando sobre uma tela em branco na qual não há tanta esperança.

Sinopse: Na escola, Fabrício anda com as meninas e, com elas, cria um grupo de rap onde entoam rimas provocadoras para os meninos. Ele está apaixonado e guarda esse segredo só pra si, mas logo, logo, o muro invisível da paixão vai se estilhaçar.

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A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO

90 ROUNDS

Rodrigo Ribeiro DOC, Cor, HDTV, 10’, SC, 2020 Classificação indicativa: 16 anos

Juane Vaillant e João Oliveira DOC, p&b, 2k, 20’, ES, 2020 Classificação indicativa: 10 anos

Direção de Produção: Luiz Gustavo Laurindo e Julia Faraco Produção Executiva: Rodrigo Ribeiro Roteiro: Rodrigo Ribeiro e Timóteo Fotografia: Carlos Adelino e Rodrigo Ribeiro Montagem: Rodrigo Ribeiro, Carlos Eduardo Ceccon e Julia Faraco Som: Rodrigo Ribeiro Edição de Som: Rodrigo Ribeiro e Leandro Cordeiro Trilha Sonora: Cadu Tenório e Juçara Marçal Filmografia do Diretor: Quadro Negro (2019)

Direção de Produção: Juane Vaillant Produção Executiva: Isabella Mariano Roteiro: Juane Vaillant e João Oliveira Fotografia: João Oliveira Montagem: Juane Vaillant e João Oliveira Som: Juane Vaillant Edição de Som: Marcus Neves Animação: Brunno Balco Elenco: Mc Noventa, Mc Dudu e César Mc Filmografia dos Diretores: 25k - Cypher (2017) Filmografia de João Oliveira: A Febre (2016); Da Curva para cá (2018) Filmografia de Juane Vaillant: Fagulha (2016); Cenários - Melanina Mcs (2017)

Sinopse: Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um poético ensaio visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.

Sinopse: O cotidiano real e virtual de MC Noventa, um jovem rimador da periferia de Vitória que tenta dar certo no mundo do rap depois de fazer sucesso na internet participando de batalhas de rima.

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PARTE DO QUE PARTE FICA

MANAUS HOT CITY

Camilla Shinoda FIC, Cor, 4k, 20’, DF, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Rafael Ramos FIC, Cor, 2k, 13’, AM, 2020 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Larissa Rolim Produção Executiva: Julia Tolentino Roteiro: Camilla Shinoda Direção de Arte: Carolina Mariko Fotografia: Alan Schvarsberg Montagem: Cícero Fraga Som: Chico Bororo Edição de Som: Olivia Hernandéz Elenco: Nash Laila e Sérgio Laurentino Filmografia da Diretora: Não É Pressa, É Saudade (2016)

Direção de Produção: Karine Pantoja Produção Executiva: Rafael Ramos Roteiro e Fotografia: Rafael Ramos Direção de Arte: Francisco Ricardo Montagem: Maynard Stuart Farrell Som: Taiara Guedes Edição de Som: Lívia Limeira e Taiara Guedes Trilha Sonora: Lívia Limeira Elenco: Maria do Rio, Frank Kitzinger, Vanessa Moraes e Denis Lopes Filmografia do Diretor: A Menina do Guarda-Chuva (2014); Aquela Estrada (2016); Formas de Voltar para Casa (2017); Boto (2017)

Sinopse: Ele precisa partir. Ela precisa encontrá-lo.

Sinopse: Dois amigos se encontram para comer um bodó. A conversa entre eles percorre as cores e os cheiros das casas, cozinha no pavimento, no calor da cidade. Alguém fica e alguém parte.

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SER FELIZ NO VÃO

INABITÁVEIS

Lucas H. Rossi dos Santos DOC, Cor, HDV, 12’, RJ, 2020 Classificação indicativa: 16 anos

Anderson Bardot FIC, Cor, 2k, 25’, ES, 2020 Classificação indicativa: 14 anos

Direção de Produção: Fabiane Zanol, Maria Aparecida Rossi e Edna Gramasco Produção Executiva: Lucas Henrique Rossi dos Santos Roteiro: Fermino Neto e Antonio Molina Montagem: Lucas H. Rossi dos Santos Som e Edição de Som: Pedro Santiago Elenco: Tim Maia, Nina Simone, Count Basie, Victoria Santa Cruz e mais um monte de racistas Filmografia do Diretor: O Vestido de Myriam (2017); Atordoado, Eu Permaneço Atento (2020)

Direção de Produção: Paulo Gois Produção Executiva: Anderson Bardot Roteiro: Anderson Bardot Direção de Arte: Khalil Rodor Fotografia: Igor Pontini Montagem: Carol Covre Som: Natália Dornelas e Marcus Neves Edição de Som e Trilha Sonora: Marcus Neves Elenco: Castiel Vitorino Brasileiro, Markus Konká, Lucciano Coelho, Mauro Marques e Gil Mendes Filmografia do Diretor: Câmera Calibre (2016); xxTape (2017)

Sinopse: Um ensaio preto sobre trens, praias e ocupação de espaço.

Sinopse: Uma companhia contemporânea de dança está prestes a estrear Inabitáveis, o seu mais novo espetáculo que aborda como tema a homoafetividade negra. Paralelamente aos ensaios, o coreógrafo constrói uma amizade com Pedro, um jovem menino negro que não se identifica como menino.

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BAILE

O TEMPO E A FALTA

Cíntia Domit Bittar FIC, Cor, 2k, 18’, SC, 2019 Classificação indicativa: Livre

Claudiana Braga DOC, Cor, HDTV, 17’, ES, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Direção de Produção: Ana Paula Mendes e Tati Tanaka Produção Executiva: Ana Paula Mendes Roteiro e Montagem: Cíntia Domit Bittar Direção de Arte: Dicezar Leandro Fotografia: Gabriel Rinaldi Som: Gustavo Canzian Edição de Som: Rodrigo Ferrante e Brunno Ogibowski Trilha Sonora: Brunno Ogibowski Elenco: Emilly de Jesus, Patricia Saravy, Adélia Domingues Garcia, Elaine Sallas, Giovana Valgas, Adriane Canan, Chico Caprario e Osmarina Maria de Souza Filmografia da Diretora: Qual Queijo Você Quer? (2011); O Tempo Que Leva (2013); O Segredo da Família Urso (2014); Quem Não Tem Cão (2015); A Menina Só (2016); Círculos (2016); Flecha Dourada (2017)

Direção de Produção e Produção Executiva: Claudiana Braga Roteiro, Fotografia, Montagem, Som e Edição de Som: Claudiana Braga Sinopse: O Tempo e a Falta acompanha idosos que revelam sentimentos de solidão em seu cotidiano.

Sinopse: Há dias que nos amadurecem mais. Andréa tem só dez anos e talvez ainda não perceba que seu dia foi assim.

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QUINZE

PERIFERICU

Isis Caroline FIC, Cor, HDTV, 18’, SP, 2020 Classificação indicativa: Livre

Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira FIC, Cor, 2k, 20’, SP, 2020 Classificação indicativa: 14 anos

Direção de Produção: Larissa Santos Produção Executiva: Beatriz Conde Roteiro: Isis Carol e Beatriz Barbosa Direção de Arte: Larissa Reis e Giulia Cavalcanti Fotografia: Adrianne Medeiros Montagem: Junia Soares Som: Natassia Vitale e Juliana Santana Edição de Som: Ygor Santana Trilha Sonora: Giancarlo Torres Animação: Beatriz Barbosa Elenco: Letícia Siqueira, Maiara Martins e Valeria Lima

Produção Executiva: Nayana Ferreira e Wellington Amorim Roteiro: Winnie Carolina, Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira Direção de Arte: Bruna Lima e Bea Gerolim Fotografia: Nay Mendl, Rosa Caldeira e Wellington Amorim Montagem: Samya Carvalho e Rosa Caldeira Som: Evelyn Santos Edição de Som: Alandson Silva Elenco: Ingrid Martins e Vita Pereira Filmografia de Vita Pereira: Morada das Ixtranhas (2019); Vinte20 (2020); Picumã (2020) Filmografia de Nay Mendl: O Preço (2015); Babado Periférico (2016) Filmografia de Stheffany Fernanda: Filhas da Síria (2016); Translucidez (2018) Filmografia de Rosa Caldeira: Babado Periférico (2016); Um Filme para Marielle (2018)

Sinopse: Isadora, Vic e Tati são três adolescentes beirando seus quinze anos. As três se encontram no quarto de Isadora para se arrumar para uma festa. Durante esse ritual, acompanhamos o desenvolver de suas inseguranças adolescentes. Como achar sua identidade quando ela lhe foi imposta?

Sinopse: Luz e Denise cresceram em meio às adversidades de ser LGBT no extremo sul da cidade de São Paulo. Entre o vogue e as poesias, do louvor ao acesso à cidade. Os sonhos e incertezas da juventude inundam suas existências.

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PARA TODAS AS MOÇAS

JORGE

Castiel Vitorino Brasileiro DOC, Cor, mp4, 2’, ES, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Jéferson Vasconcelos FIC, Cor, 2k, 19’, RJ, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Castiel Vitorino Brasileiro Roteiro, Direção de Arte, Montagem e Edição de Som: Castiel Vitorino Brasileiro Fotografia: Rodrigo Jesus e Larissa Brasileiro Silva Filmografia da Diretora: O Trauma É Brasileiro (2019); Uma Noite sem Lua (2020); Lembrar daquilo Que Esqueci (2020)

Direção de Produção: Mariluci Nascimento Produção Executiva: Jéferson Vasconcelos, João Paulo Reys e Mariluci Nascimento Roteiro: Jéferson Vasconcelos Direção de Arte: Cleissa Regina Fotografia: Leonardo Harim Montagem: Jonas Rosa Som: Eduardo Falcão Edição de Som: Luciano Dayrell Elenco: Patrick Congo, João Pedro Chaves, Raphael Rodrigues e Rodrigo Maré Souza Filmografia do Diretor: [In]consciência (2018)

Sinopse: Eu agora vou falar para todas as moças. Eu agora vou bater, para todas as moças. Para todas as travestis, para todas elas. Eu agora vou fazer macumba para todas as bixas. Para todos os testículos femininos, para todas elas.

Sinopse: Maré, hoje. O cavalo Vermelhinho, criado pelo menino Jorge, foge do curral onde descansa. Jorge e seus amigos cavaleiros procuram Vermelhinho pela favela. Na busca por seu cavalo, Jorge se encontra.

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O CONFORTO DAS RUÍNAS

INABITÁVEL

Gabriela Lourenzato FIC, Cor, FullHD, 18’, SP, 2020 Classificação indicativa: Livre

Matheus Farias e Enock Carvalho FIC, Cor, 2k, 20’, PE, 2020 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Daya Costa Produção Executiva: Camilla Mendes Roteiro e Montagem: Gabriela Lourenzato Direção de Arte: Iuri Sepol Fotografia: Thaynara Brito Som: Raphael William Edição de Som: Rodrigo Roger Trilha Sonora: Fernanda Ferreira Elenco: Ellen Silva, Tamirys Rodrigues, Cyda Baú e Rodrigo Mercadante Filmografia da Diretora: Isso de Mim Que Anseia Despedida (2017); A Falta e o Mar (2018)

Direção de Produção: Amanda Guimarães Produção Executiva: Vanessa Barbosa Roteiro: Matheus Farias e Enock Carvalho Direção de Arte: Luca da Cruz Fotografia: Gustavo Pessoa Montagem: Matheus Farias Som: Lucas Caminha Edição de Som e Trilha Sonora: Nicolau Domingues Elenco: Luciana Souza, Sophia William, Erlene Melo e Eduarda Lemos Filmografia do Diretor: Quarto para Alugar (2016); Caranguejo Rei (2019)

Sinopse: Madu busca uma mulher misteriosa, desaparecida, mas conhecida por todos. Uma tempestade se aproxima e cria a tensa atmosfera onde achar Ela é urgente. Nessa aventura, a menina encontra uma companheira para ajudá-la em sua jornada fantástica através de um Brasil diminuído e marginalizado.

Sinopse: Pouco antes da pandemia, o mundo experimenta um fenômeno nunca antes visto. Marilene procura por sua filha Roberta, uma mulher trans que está desaparecida. Enquanto corre contra o tempo, ela descobre uma esperança para o futuro.

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COMO FICAMOS DA MESMA ALTURA

EGUM

Laís Santos Araújo FIC, Cor, 2k, 17’, AL, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Yuri Costa FIC, Cor, HDTV, 23’, RJ, 2020 Classificação indicativa: 14 anos

Direção de Produção: Rafhael Barbosa Produção Executiva: Pethrus Tibúrcio Roteiro e Montagem: Laís Santos Araújo Direção de Arte: Ulisses Arthur Fotografia: Henrique Oliveira Som: Emmanuel Miranda Edição de Som: Pedro Macedo Trilha Sonora: Gudeco Elenco: Anne Carolayne e Julien Costa Filmografia da Diretora: Cidade Líquida (2015)

Direção de Produção: Janyne Sousa Produção Executiva: João Gabriel Barreto Roteiro e Montagem: Yuri Costa Direção de Arte: Beatriz Almeida e Yuri Costa Fotografia: Max Chagas Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Victor Oliver Animação: Isabelle Cardin Elenco: Paulo Guidelly, Valéria Monã, Bruna Rodrigues, Diomar Nascimento, Francisca Silva, João Pedro Oliveira, Dayane Simões e Carlos Bruno Filmografia do Diretor: Eleguá (2018)

Sinopse: Interior de Alagoas. Laura perde uma festa para viajar com seu pai. Lá, na casa em que cresceram, ela é deixada sozinha por ele.

Sinopse: Após anos afastado devido à violenta morte do irmão, um renomado jornalista retorna para a casa de sua família para cuidar de sua mãe, que sofre de uma grave e desconhecida doença. Numa noite, o jornalista recebe a visita de dois estranhos, que têm negócios desconhecidos com seu pai. Esse encontro, juntamente com acontecimentos que o levam a desconfiar que algo sobrenatural se abateu sobre sua mãe, fazem-no temer uma nova tragédia.

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THINYA

O VERBO SE FEZ CARNE

Lia Leticia FIC, Cor, 2k, 16’, PE, 2019 Classificação indicativa: Livre

Ziel Karapotó EXP, Cor, HDTV, 6’, PE, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção e Produção Executiva: Clarice Hoffman Roteiro: Lia Leticia Fotografia: Francisco Baccaro Montagem: Andre Sampaio Som: Thelmo Cristovam Edição de Som: Nicolas Domingues Trilha Sonora: Claudio N Elenco: Maria Pastora Thinya Fulni-ô Filmografia da Diretora: Orwo Foma (2012); Encantada (2014); Golpista desde Sempre (2016); Terra não Dita, Mar não Visto (2017); De Todos os Lugares, o Mundo (2020)

Produção Executiva: Ziel Karapotó, Tata Quintero e Karkará Tunga Roteiro e Elenco: Ziel Karapotó Direção de Arte: Ziel Karapotó e Tata Quintero Fotografia: Tata Quintero e Karkará Tunga Montagem, Som e Edição de Som: Karkará Tunga Sinopse: A invasão dos europeus em Abya Yala nos deixou cicatrizes. Ziel Karapotó utiliza seu corpo para denunciar cinco séculos de colonização.

Sinopse: Minha primeira viagem ao Velho Mundo. Minha fantasia aventureira pós-colonial. [Um discurso muda uma imagem?]

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10ª Mostra quatro estações

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BABI & ELVIS

AGACHEM, SEGUREM, FORMEM, ARRASEM

Mariana Borges DOC, Cor, FullHD, 18’, MG, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Caio Baú DOC, Cor, 2k, 10’, SP, 2020 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção e Produção Executiva: Mariana Borges Roteiro, Fotografia, Montagem e Som: Mariana Borges Direção de Arte: Núlia Costa Edição de Som: Leandro César Elenco: Bárbara Vieira e Elvis Soares Filmografia da Diretora: Jornal também É Patrimônio (2016); Essentia (2016)

Direção de Produção: Caio Baú e Leonardo Braga-Nobre Produção Executiva: Isabele Orengo e Caio Baú Roteiro: Caio Baú e Leonardo Braga-Nobre Fotografia: Yuri Maranhão Montagem: Raissa Castor Som: Danilo Custódio Edição de Som: Luiz Lepchak e Pedro Osinski Trilha Sonora: Viní, Harryzera & Phillbeatz Filmografia do Diretor: Luiza (2017)

Sinopse: Babi vai se casar com Elvis no Bar do Fernando.

Sinopse: Dia de Rugby! Um jogo entre o brasileiros Tamanduás e os argentinos Ciervos Pampas, dois times inclusivos de Rugby. Neste dia, conhecemos um pouco a relação dos atletas com o esporte e sua identidade. O amistoso aconteceu em São Paulo, Brasil, durante a Semana da Diversidade.

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BONDE

CONVICTAS

Asaph Luccas FIC, Cor, 2k, 18’, SP, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Kamila Barbosa Ferreira DOC, Cor, HDV, 16’, ES, 2019 Classificação indicativa: 16 anos

Direção de Produção: Leonardo Domingos Produção Executiva: Carol Santos Roteiro: Asaph Luccas, Carol Santos, Gabriel Soares, Guilherme Candido, Joyce Santos, Leonardo Domingos, Oliv Barros e Tatiane Ursulino Direção de Arte: Gabriel Soares e Oliv Barros Fotografia: Tatiane Ursulino Montagem: Gabriel Soares e Guilherme Candido Som: Juliana Santana Edição de Som: Isadora Torres Trilha Sonora: enzo. Animação: Ivano Elenco: Eric Oliveira, Alice Marcone e Joyce Brito Filmografia do Diretor: Translúcidos (2015); Menarca (2017)

Produção Executiva: Gabrielly Taffner Roteiro: Kamila Barbosa Ferreira e Brunna Rolim Fotografia: Daniel Justino Montagem e Edição de Som: Brunna Rolim Som: Gabrielly Taffner Sinopse: Lésbicas caminhoneiras, fanchas, sapatonas: mulheres que amam outras mulheres e que rejeitam a feminilidade imposta a elas como algo inerente à mulher, buscando evidenciar a sua rotina, como relação com o trabalho, amigos, família, amor e sociedade. Essa é a história de Natália, Thie e Lorena.

Sinopse: Três jovens negros da favela de Heliópolis saem em busca de refúgio na vida noturna LGBT+ do centro da cidade de São Paulo.

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9ª Mostra FOCO CAPIXABA

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REDUNDÂNCIA

O TRAUMA É BRASILEIRO

Wayner Tristão EXP, Cor, 4k, 6’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil DOC, Cor, HDTV, 14’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Arte: Vanessa Malheiros Animação: Wayner Tristão Filmografia do Diretor: Viaduto (2012); Pela Parede (2013); Ilhados (2016)

Produção Executiva: Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil Roteiro: Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil Direção de Arte: Castiel Vitorino Brasileiro Fotografia, Montagem e Edição de Som: Roger Ghil Elenco: Castiel Vitorino Brasileiro, família e amigos Filmografia de Roger Ghil: A Flor Azul (2018) Filmografia de Castiel Vitorino Brasileiro: Para Todas as Moças (2019)

Sinopse: As voltas que a vida dá.

Sinopse: Este documentário é um registro das experiências estéticas de Cura profana, desenvolvidas e propostas na primeira exposição individual da artista Castiel Vitorino Brasileiro. O Trauma É Brasileiro aconteceu na Galeria Homero Massena e foi realizada com recursos (2018) do Funcultura/Secult-ES.

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NA TERRA DOS PAPAGAIOS

AMARGO RIO DOCE

Adriana Jacobsen EXP, Cor, HDTV, 1’, ES, 2020 Classificação indicativa: Livre

Ricardo Sá DOC, Cor, 2k, 20’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Roteiro, Fotografia, Montagem e Som: Adriana Jacobsen Filmografia da Diretora: Casamento Pomerano (2008); Borun-Krenak (2013); Outro Sertão (2013); Memória do Esquecimento

Direção de Produção: Monica Nitz Produção Executiva: Ricardo Sá Roteiro: Ricardo Sá e Monica Nitz Fotografia: Leonardo Merçon e Arquivos diversos Montagem, Edição de Som e Animação: Lucas Bonini Som: Felipe Gama e Gessimar Medeiros Trilha Sonora (adaptada): Indígenas Maxacali e Krenak (Núcleo de Cultura Indígena), Jaceguay Lins e Youtube Audio Library Elenco: Erlon J. Paschoal, Ilka Westermeyer Merçon, Jean Philippe Janvrin, Paulo Coelho, Richard Hoey, Pedro Hasse Baptista e Denis Karenkin; narração de Ailton Krenak

Sinopse: Um poema de quarentena: Na Terra dos Papagaios, se eu sobreviver, se eles sobreviverem, se nós sobrevivermos, ou se você sobreviver, para os papagaios, tanto faz.

Filmografia do Diretor: Ocupar, Resistir e Produzir (codireção de Cloves Mendes, 1990); Sacramento (codireção de Luiza Lubiana, 1991); Solidão Vadia (1997); Cruzando o Deserto Verde (2000); A Sabotagem da Moqueca Real (2004); Assim Caminha Regência (2005); Enquanto Houver Fantasia (2006); Eu, Adolescente, Grávida (2007); O Cordel dos Atingidos (2008); A Estrada Silvestre (2009); Procurando Madalena (2010); Reikwaapa (codireção de Marcelo Guarani, 2013); Era assim naquela Época (2013); Mitã Odjau Ramo (2015); Divina Luz (2017); Nem Um Poço a mais (2018); Iemanjá Mandou Avisar: Deixem o Petróleo no Fundo do Mar! (correalização de Monica Nitz, Letícia Braga e Maria Helena Braga, 2020); Basta de Contaminação na Ilha de Maré (2020) Sinopse: Narrado sob a ótica dos indígenas Krenak (rotulados de botocudos pelos colonizadores portugueses), o filme faz uma reconstituição histórica da mineração no Rio Doce, desde a chegada dos invasores, em 1500, até o desastre de Mariana em 2015.

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ZACIMBA GABA - UM RAIO NA ESCURIDÃO Tati Rabelo e Rod Linhales DOC, Cor, 2k, 15’, ES, 2020 Classificação indicativa: Livre Direção de Produção: Lara Toledo e Guilherme Rebêlo Produção Executiva: Tati Rabelo Roteiro, Direção de Arte e Montagem: Tatiana Rabelo e Rodrigo Linhales Fotografia: Matheus Costa Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Fábio Carvalho e Leo Caetano Animação: Rodrigo Linhales Elenco: Dona Deolina Conceição, Joice Souza, Thalita de Souza e Jurema Conceição Gonçalves Filmografia dos Diretores: Minhas Horas com Camomila (2017); Distopia (2017); O Pássaro sem Plumas (2019) Sinopse: O documentário é uma mistura de animação e cenas reais, em que três gerações de mulheres quilombolas contam a história de Zacimba Gaba. A menina, princesa angolana da nação de Cabinda, foi escravizada e trazida para o Brasil. Aqui, se torna uma líder e guerreira temida, seus atos heroicos são lembrados pelas descendentes do quilombo de Linharinho, Espírito Santo.

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9ª Mostra CoRSÁRIa

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CULTURAL

TEMPORAL

Armando Lima EXP, Cor, HDTV, 6’, SP, 2019 Classificação indicativa: 10 anos

Maíra Campos e Michel Ramos FIC, Cor, 1080p, 8’, MG, 2020 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Armando Lima Produção Executiva: Ariane Andrade Roteiro, Fotografia e Montagem: Armando Lima Direção de Arte: Evandro Sousa e Palblo Latto Som e Edição de Som: Arthur Thiesen Elenco: Zefa Cordeiro e Pedrão Barbosa Filmografia do Diretor: O Silêncio de Sua Viagem (2015); Wesdras, o Passageiro da Agonia (2016); Fesq Resiste (2017); Dois Perdidos numa Caixa de Papelão (2017); Um Filme de Amor (2018); Aos Que Virão depois de Mim (2018); Luci (2018); Semelhante (2019)

Direção de Produção: Tatiane Gomez Produção Executiva: Fabrício Ferreira Roteiro e Fotografia: Maíra Campos e Michel Ramos Direção de Arte e Elenco: Maria Trika Montagem: Luiza Almeida Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Alexandre Martins Filmografia dos Diretores: Eu Estou Vivo (2019) Sinopse: Ser mulher é um estado de devir. Amar uma é um estado de estar. E ser uma amando outra é tornar-se potência.

Sinopse: Cultural, diálogos metafóricos que buscam refletir raízes do interior do Brasil e o atual momento do cinema brasileiro nesses locais.

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O PRAZER DE MATAR INSETOS

PÁTRIA

Leonardo Martinelli FIC, Cor, HDV, 10’, RJ, 2020 Classificação indicativa: Livre

Lívia Costa e Sunny Maia DOC, Cor, HDTV, 8’, CE, 2020 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Francisco Vasconcelos, Leonardo Martinelli e Rafael Lopes Cesar Produção Executiva: Leonardo Martinelli Roteiro e Direção de Arte: Leonardo Martinelli Fotografia: Leonardo Martinelli e Sofia Leão Montagem: Pedro de Aquino Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Caio Vasconcelos Elenco: Rosa Iranzo e Alexandre Rosa Moreno Filmografia do Diretor: Vidas Cinzas (2017); Lembra (2018); Copacabana Madureira (2019)

Direção de Produção e Produção Executiva: Lívia Costa e Sunny Maia Roteiro, Montagem e Edição de Som: Lívia Costa e Sunny Maia Fotografia: Sunny Maia Som: Lívia Costa e Breno de Lacerda Trilha Sonora: Luana Flores Animação e Elenco: Lívia Costa Filmografia de Lívia Costa: Fantasma (2017); Ouvi Todo Mundo (2018) Filmografia de Sunny Maia: Muros (2016); Fantasma (2017)

Sinopse: Em um futuro próximo, a crise climática atinge um ponto irreversível. Uma freira e um padre se encontram para conversar sobre o desaparecimento dos insetos.

Sinopse: Em uma fita VHS, são narrados pensamentos sobre Pátria, nacionalismo e poder.

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NAQUELA ÉPOCA DEVORARAM MEUS OLHOS

3 GOTAS

Cleissa Regina Martins EXP, p&b, 2k, 4’, RJ, 2019 Classificação indicativa: 10 anos

Luiz Will Gama EXP, Cor, HDTV, 8’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Cleissa Regina Martins, Abraham Jideofor e Floyd Robert-Maduekwe Produção Executiva: Cleissa Regina Martins Roteiro, Direção de Arte e Fotografia: Cleissa Regina Martins Montagem: Matheus Strelow Edição de Som: Yure Sanson Trilha Sonora: Elias Conceição Elenco: Floyd Robert-Maduekwe, Merlin Uwalaka e Abraham Jideofor

Direção de Produção: LW Gama Roteiro, Fotografia e Trilha Sonora: Luiz Will Gama Montagem e Edição de Som: LW Gama Elenco: Frannkis Sachro, Paula Ceotto e Rodolfo Birchler Filmografia do Diretor: Inhumane I (2018); Unreal (2018); CreativeLabyrinth (2018) Sinopse: O líquido que banha o recém-nascido é o mesmo que lava o corpo sem vida antes do velório. O excesso de água causa a morte por afogamento e a escassez faz o organismo falhar por desidratação. Existem pluralidades de religiões que fizeram e fazem o uso da água em rituais, seja para purificação do corpo pecador ou como conexão com planos espirituais superiores. A humanidade se distancia da personalidade animal, natural e se conecta com máquinas e sistemas. O vídeo mostra, de forma poética, corpos sendo lavados, purificados, desintoxicados pela água. Nesses corpos que já tiveram mais relações com a natureza, o líquido representa a herança, a ancestralidade, a origem, o lado humano que estamos esquecendo.

Sinopse: Naquela época devoraram meus olhos e eu não sei dizer o que aconteceu.

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O JARDIM FANTÁSTICO Fábio Baldo e Tico Dias FIC, Cor, 4k, 20’, SP, 2020 Classificação indicativa: Livre Direção de Produção: Issis Valenzuela Produção Executiva: Lara Lima Roteiro: Fábio Baldo e Raymundo Calumby Direção de Arte: Fernanda Carlucci Fotografia: Ivan Rodrigues Montagem: Douglas Soares e Fábio Baldo Som: Gustavo Nascimento Edição de Som e Trilha Sonora: Fábio Baldo Animação: Carlos Eduardo Nogueira Elenco: Zahy Guajajara, Luiz Felipe Jesus, Thaia Perez, Roberto Alencar, Ana Pereira, Ellen Regina, Yasmin Faquet, Eliza Keiko, Nina Eugênio Flores, Jullia Cosmo, Pedro Henrique Lima, Marcelo Gobbis, Leonardo Lovantino, Manuella Zanotto, Betina Costa, Gabriel Hector e Mário Oliveira Jesus Filmografia do Diretor: Caos (2010); Da Origem (2011); Geru (2014); Antes o Tempo não Acabava (2016) Sinopse: Uma professora usa Ayahuasca durante as aulas com o intuito de conectar seus alunos a uma outra realidade. Durante um dos rituais, uma das crianças encontra uma estranha engrenagem na floresta.

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7ÂŞ Mostra outros olhares

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O QUE PODE UM CORPO?

REBENTO

Victor Di Marco e Márcio Picoli DOC, Cor, 2k, 15’, RS, 2020 Classificação indicativa: Livre

Vinicius Eliziário FIC, Cor, FullHD, 18’, BA, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Laura Moglia Produção Executiva: Márcio Picoli, Laura Moglia e Aline Gutierres Roteiro e Montagem: Victor Di Marco e Márcio Picoli Direção de Arte: Valeria Verba Fotografia: Bruno Polidoro Som: Vinicius Cassol Edição de Som: Jonts Ferreira e Guilherme Cássio Trilha Sonora: Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo Elenco: Victor Di Marco

Direção de Produção e Produção Executiva: Edson Jr. Roteiro, Fotografia e Montagem: Vinicius Eliziário Direção de Arte: Roberjan Magalhães Som e Edição de Som: Icaro da Hora Trilha Sonora: Bolado e Puto, de O Poeta; Negro Drama, de Racionais MC’s; Rebento, de Elis Regina Elenco: Pedro Riccardo, JP Santos, Jessica Duarte, Juliette Nascimento e Gabriel Piedade Filmografia do Diretor: Sarau da Onça - A Poesia de Quebrada (2017) Sinopse: Zói, ao saber da gravidez de sua namorada, desata em si sentimentos suspensos. Pedro só queria terminar o desenho de sua família.

Sinopse: Um bebê nasce, mas não chora. Um corpo grita e não é ouvido. As tintas que escorrem em um futuro prometido não chegam em uma pessoa com deficiência. Victor faz de si a própria tela em um universo de pintores ausentes.

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CARTA PARA DONA QUARENTENA

JOÃOSINHO DA GOMÉA – O REI DO CANDOMBLÉ

Letícia Braga EXP, Cor, 2k, 3’, ES, 2020 Classificação indicativa: Livre

Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra DOC, Cor, 4k, 14’, RJ, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Letícia Braga Produção Executiva: Ricardo Sá Roteiro: Letícia Braga e Ricardo Sá Direção de Arte: Nina Miranda Fotografia, Montagem, Som e Edição de Som: Ricardo Sá Trilha Sonora: Topher Mohr e Alex Elena (Youtube Audio Library) Elenco: Letícia Braga

Direção de Produção: Carolina Braga Produção Executiva: Rodrigo Dutra Roteiro: Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra Direção de Arte: Coletiva Fotografia: Alexandre Rosa Montagem: Walter Madeira Som: Lu Brasil Edição de Som: Marcelinho Ferreira Trilha Sonora: Joãosinho da Goméa Elenco: Átila Bezerra Filmografia de Rodrigo Dutra: O Vento Forte do Levante (2011); 1962 O Ano do Saque (2014); Armanda (2016); TV Olho (2018) Filmografia de Janaina Oliveira ReFem: Rap de Saia - RJ (2005); Rosas – Atitude Feminina (2005); Re-Visão Cinemina (2008); Enterro do Neguinho – Atitude Feminina (2010); Mães do Hip Hop - RJ (2010); REConhecer (2012); Vírus Africano – Burkina Faso (2011)

Sinopse: Uma pessoa que não suporta mais o isolamento social faz um apelo pelo fim da quarentena.

Sinopse: O filme apresenta Joãosinho da Goméa como narrador principal de sua história. Com músicas cantadas por ele, performances provocadoras e arquivos diversos que ressaltam o quanto ele foi e é importante para as religiões de matriz africana. A Rainha Elizabeth II disse que, se o candomblé tivesse um rei, esse seria Joãosinho da Goméa, o Rei do Candomblé.

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ESTAMOS TODOS NA SARJETA, MAS ALGUNS DE NÓS OLHAM AS ESTRELAS João Marcos de Almeida e Sérgio Silva FIC, Cor, 2k, 20’, SP, 2020 Classificação indicativa: 12 anos Direção de Produção: Felipe Santo Produção Executiva: Flávia Gusmão, Isábel Zuaa, João Marcos de Almeida e Sérgio Silva Roteiro: Sérgio Silva Fotografia: Flora Dias Montagem: João Marcos de Almeida e Sérgio Silva Som: Juliana R. Edição de Som: Ricardo Reis, ABC Elenco: Isábel Zuaa, Gilda Nomacce, Lucas Andrade, Jorge Neto, Igor Mo, Julia Katharine, Flávia Gusmão, Tuna Dwek e Lucas Wickhaus Filmografia dos Diretores: A Bela P... (2008); Meu Amigo Que Trabalhou com Manoel de Oliveira, Que Fez Cem Anos (2012); A Vida do Fósforo não é Bolinho, Gatinho (2014); Minha Única Terra É na Lua (2017); Febre (2017) Sinopse: Greve no tapete vermelho.

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10ÂŞ Mostra Competitiva Nacional de longas 51



O Cinema Que Resiste. Resistir no Cinema A curadoria de longas-metragens buscou selecionar filmes que demonstram a força estética e política do cinema brasileiro. Para isso, selecionou narrativas em que o poder da diversidade é demonstrado em sua capacidade de articular narrativas plurais sobre corpos, subjetividades, territórios e questões étnicoraciais e sociopolíticas. Essa seleção evidencia um duplo aspecto inerente ao campo cinematográfico no Brasil: sua resistência, a despeito de forças que buscam sua destruição, e sua potencialidade em reinventar-se, ao ser assumido por diversos artistas à frente e detrás das câmeras. Leila Bourdoukan e Gilberto Alexandre Sobrinho, curadores

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PUREZA

YÃMĨYHEX: AS MULHERES-ESPÍRITO

Renato Barbieri FIC, Cor, 2k, 101’, DF, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Sueli Maxakali e Isael Maxakali DOC, Cor, HDTV, 76’, MG, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Direção de Produção: Mariangela Furtado Produção Executiva: Marcus Ligocki Jr., Marcelo Goedert e Affonso Beato Roteiro: Renato Barbieri e Marcus Ligocki Jr. Direção de Arte: Zé Luca Fotografia: Felipe Reinheimer Montagem: Marcelo Moraes Som: Zezé D’Alice Edição de Som: Caetano Cotrim de Blasiis e Eric Ribeiro Christani Trilha Sonora: Kevin Riepl Elenco: Dira Paes, Flavio Bauraqui, Mariana Nunes, Sérgio Sartório, Matheus Abreu e Alberto Silva Neto Filmografia do Diretor: Malagrida (2001); As Vidas de Maria (2005); Félix Varela (2007); Sagrado Segredo (2012); Cora Coralina - Todas as Vidas (2017); Servidão (2019)

Direção de Produção: Carolina Canguçu e Roberto Romero Fotografia: Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Alexandre Maxakali, Cassiano Maxakali, Patrícia Yxa Py, Roberto Romero e Carolina Canguçu Montagem: Luísa Lanna em colaboração com Carolina Canguçu e Roberto Romero Edição de Som: Pedro Portella Filmografia do Diretor: Tatakox (2007); Xokxop pet (2009); Yiax Kaax – Fim do Resguardo (2010); Xupapoynãg (2011); Kotkuphi (2011); Yãmiy (2011); Mîmãnãm (2011); Quando os yãmîy vêm dançar conosco (2011); Kakxop pit hãmkoxuk xop te yũmũgãhã (“Iniciação dos filhos dos espíritos da terra”, 2015); Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (2016) Sinopse: Após passarem alguns meses na Aldeia Verde, as yãmĩyhex (mulheres-espírito) se preparam para partir. Os cineastas Sueli e Isael Maxakali registram os preparativos e a grande festa para sua despedida. Durante os dias de festa, uma multidão de espíritos atravessa a aldeia. As yãmĩyhex vão embora, mas sempre voltam com saudades dos seus pais e das suas mães.

Sinopse: Pureza é um filme sobre uma mulher muito simples do interior do Brasil, que se vê obrigada a se lançar no mundo em uma perigosa jornada para tentar encontrar seu filho, vítima do trabalho escravo contemporâneo em uma fazenda nas profundezas da Amazônia.

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UM DIA COM JERUSA

O LIVRO DOS PRAZERES

Viviane Ferreira FIC, Cor, 2k, 74’, SP, 2020 Classificação indicativa: 14 anos

Marcela Lordy FIC, Cor, HDTV, 99’, RJ, 2020 Classificação indicativa: 18 anos

Direção de Produção: Isis Valenzuela Produção Executiva: Bruna dos Anjos Roteiro: Viviane Ferreira Direção de Arte: Jamile Coelho Fotografia: Lilis Soares Montagem: Daniel Ferreira Correia Som: David Aynan Edição de Som: Eric Christani Trilha Sonora: Allan Abbadia Elenco: Léa Garcia, Débora Marçal, Antônio Pitanga e Tássia Reis Filmografia da Diretora: Dê Sua Ideia Debata (2008); Mumbi7Cenas Pós Burkina (2010); Marcha Noturna (2011); Peregrinação (2014); O Dia de Jerusa (2014); Pessoas (codireção, 2019)

Direção de Produção: Manuela Duque Produção Executiva: Marcello Ludwig Maia, Deborah Osborn, Camila Nunes e Rocío Scenna Roteiro: Josefina Trotta e Marcela Lordy Direção de Arte: Iolanda Teixeira Fotografia: Mauro Pinheiro Jr., ABC Montagem: Rosario Suárez, SAE Som: Federico Billordo Edição de Som e Trilha Sonora: Edson Secco Elenco: Simone Spoladore, Javier Drolas, Felipe Rocha, Gabriel Stauffer, Martha Nowill e Theo Almeida Filmografia da Diretora: Sonhos de Lulu (2009); A Musa Impassível (2010); Julie e os Fantasmas (2011); Aluga-se (2012); Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meirelles (2012); Passionais (2014); Ser o Que Se É (2018)

Sinopse: Um Dia com Jerusa conta o encontro da sensitiva Silvia, uma jovem pesquisadora de mercado que enfrenta as agruras do subemprego enquanto aguarda o resultado de um concurso público, e da graciosa Jerusa, uma senhora de 77 anos, testemunha ocular do cotidiano vivido no bairro do Bixiga, recheado de memórias ancestrais. No dia do aniversário de Jerusa, enquanto espera sua família para comemorar, o encontro entre suas memórias e a mediunidade de Silvia lhes proporciona transitar por tempos e realidades comuns às suas ancestralidades.

Sinopse: O Livro dos Prazeres é uma livre adaptação do romance de Clarice Lispector para os dias de hoje. Um drama erótico, baseado num jogo de sedução, numa época de amores líquidos e apatia emocional, que conta a história do encontro de Lóri e Ulisses e seus desafios pessoais na aceitação do amor. Professora do ensino fundamental, melancólica e reservada, Lóri vive só. Uma rotina monótona entre as tarefas da escola e relacionamentos furtivos, que evidenciam sua dificuldade em construir relações com afeto. Num acaso, ela conhece Ulisses, um reconhecido professor de filosofia, argentino egocêntrico e provocador, mas que ainda não entendeu nada sobre as mulheres. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão.

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CHICO REI ENTRE NÓS

PARA ONDE VOAM AS FEITICEIRAS

Joyce Prado DOC, Cor, HDTV, 94’, SP, 2020 Classificação indicativa: Livre

Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral DOC, Cor, 4k, 89’, SP, 2020 Classificação indicativa: 14 anos

Direção de Produção: André Sobral Produção Executiva: Juliana Vedovato e Laura Riolfi Barzotto Roteiro: Natália Vestri Fotografia: Nuna Nunes Montagem: Tatiana Toffoli Som: Evelyn Santos Edição de Som: João Vitor Santos Trilha Sonora: Sérgio Pererê Filmografia da Diretora: Empoderadas (Renata Martins e Joyce Prado, 2015); Fábula de Vó Ita (Joyce Prado e Thallita Oshiro, 2016); Okàn Mìmó: Olhares e Palavras de Afeto (Joyce Prado e Odara Dèlé, 2017); Cartas de Maio (2018)

Direção de Produção: Rui Pires e André Montenegro Produção Executiva: Sônia Hamburguer, André Montenegro e Rui Pires Roteiro: Eliane Caffé Direção de Arte: Carla Caffé Fotografia: Leonardo Feliciano e Manoela Rabinovitch Montagem: Eliane Caffé Som: Vasco Pimentel Edição de Som: Vasco Pimentel e Pedro Noizyman Trilha Sonora: Carlinhos Antunes e Rui Barossi Elenco: Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes e Wan Gomez Filmografia do Diretor: Era o Hotel Cambridge (2018)

Sinopse: Chico Rei foi um rei congolês que foi escravizado e se libertou e aos seus súditos durante o Ciclo de Ouro em Minas Gerais. Sua história é o ponto de partida para explorar os vários ecos da escravidão brasileira na vida das pessoas negras dos dias de hoje, entendendo seu movimento de autoafirmação e liberdade a partir de uma perspectiva coletiva.

Sinopse: Para Onde Voam as Feiticeiras acompanha a deriva de encenações e improvisos de sete artistas pelas ruas do centro de São Paulo, em uma experiência cinematográfica que torna visível a persistência de preconceitos arcaicos de gênero e raça no imaginário comum. No centro desta narrativa polifônica, está a importância da resistência política através das alianças de luta comum entre coletivos LGBTQIA+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.

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5ÂŞ Mostra Cinema e negritude 57



Os Muitos Pretos Que Existem em Nós

O curta-metragem Cão Maior, de Filipe Alves, trata do encontro de dois adolescentes durante as férias escolares. A dupla se reúne para falar sobre astronomia, sonhos, planos para o futuro, tédio e inseguranças, e do desejo no acalorado verão brasiliense.

Pensar em uma corporeidade negra é refletir sobre a diversidade de narrativas que nos cercam enquanto população. É sempre complexo e estimulante falar de uma população tão abrangente como a nossa, com suas peculiaridades aparentemente conhecidas, porém pouco percebidas no cotidiano.

Terceiro Andar, de Deuilton B. Júnior, parte de uma quase entrevista de emprego para apresentar uma personagem que fica presa em um looping temporal e não consegue sair do um lugar em que foi colocada, o que funciona como metáfora sobre a condição do negro no Brasil. Lembrar Daquilo Que Esqueci, de Castiel Vitorino Brasileiro, aborda os processos de adoecimentos enfrentados cotidianamente pelo povo preto e a possibilidade de cura através da ancestralidade.

Assumir as próprias narrativas permite ao interlocutor apresentar outras histórias. Permite falar sobre uma potência peculiar em um processo criativo que diz de seu corpo, do seu olhar, das suas vivências, das suas expectativas. Na vida é assim. E no cinema também.

Para fechar a seleção, Alfazema, de Sabrina Fidalgo. O curta usa dos signos do carnaval para realizar uma crítica irônica e bem-humorada sobre o Brasil contemporâneo. As cores e o espírito de liberdade da festa, que é parte da identidade cultural do país, ganha novos contornos quando Deus, que é mulher, aparece em cena. A reunião desses quatro filmes apresenta, de maneira sucinta, as nossas particularidades, qualidades e inúmeras possibilidades.

Estudos recentes, já apresentados pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE)*, e também pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA-IESP-UERJ)**, comprovam a falta de representatividade racial no cinema brasileiro, em longas-metragens, tanto na frente quanto atrás da câmera. O índice apresentado pelo GEMAA, que analisou por ano, de 2002 a 2014, os 20 longas-metragens de maior bilheteria do cinema brasileiro, diz que entre os filmes lançados neste período: 84% dos realizadores são brancos e homens; 14% das realizadoras são mulheres brancas; 2% são homens negros e 0% corresponde a mulheres negras. Quanto à cor das personagens, nos elencos principais, os números também são pouco expressivos: homens brancos (45%); mulheres brancas (35%); homens negros (15%); mulheres negras (5%).

Dessa forma, a 5ª Mostra Cinema e Negritude propõe apresentar um recorte, por meio do audiovisual, através da produção de cineastas negros, as subjetividades de uma raça e de seus indivíduos. E reafirma a importância e a urgência do debate sobre equidade racial para que possamos crescer como sociedade e nação. Nós, negros, estamos fazendo a nossa parte.

Sendo o curta-metragem um espaço de experimentação e de novas possibilidades, e também a base da programação do Festival de Cinema de Vitória, a 5ª Mostra Cinema e Negritude é uma janela exclusiva para realizadores negros, e reforça a importância do protagonismo do povo preto em contar suas histórias, além de pluralizar os temas que atravessam essas narrativas no audiovisual brasileiro.

Leonardo Vais e Thaís Souto Amorim, curadores

Os filmes que compõem a mostra em 2020 apresentam uma juventude negra, que tem cor, que é, ao mesmo tempo, leve e densa, que tem diversidade de ideais, que é cercada de estigmas, que tem histórico, que tem uma potência e uma complexidade, que precisa ser vista no universo cinematográfico.

Notas: *https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/informe_ diversidade_2016.pdf ** http://gemaa.iesp.uerj.br/infografico/raca-e-genero-no-cinemabrasileiro-2002-2014/

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CÃO MAIOR

TERCEIRO ANDAR

Filipe Alves FIC, Cor, 1080p, 20’, DF, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Deuilton B. Júnior FIC, Cor, HDV, 9’, PE, 2019 Classificação indicativa: 10 anos

Direção de Produção: Ariane Lamarão Produção Executiva: Ariane Lamarão, Cecília Bastos e Gabriel Pimentel Roteiro e Montagem: Gabriel Pimentel Direção de Arte: Jéssica Barros Fotografia: Arthur Menezes e Rafael Stadniki Som: Juliana do Vale e Jusef Felipe Edição de Som: Gabriel Pimentel e Juliana do Vale Elenco: Igor Ariel Melo, Richarde e Roberval de J. Leone dos Santos

Direção de Produção: Luanda C. Ferreira Produção Executiva: Adriano Matheus R. de Moura Roteiro, Montagem e Edição de Som: Deuilton B. Júnior Direção de Arte: Mariana Menezes e João Luís da Silva Fotografia: Lucca Nicoleli e Pedro Bittencourt Som: Bruno Rhaynne, Igor Pessoa, Victor Albuquerque, Leônidas Júnior e Will Santana Elenco: Clau Barros, Luanda Figueiredo e Richards Brito Filmografia do Diretor: Boneco de Pano (2013)

Sinopse: Ícaro é um adolescente que procura matar o tédio nas férias. Voltando de uma partida de futebol, ele conhece João e juntos presenciam o aparecimento de uma nova estrela no céu, que torna as noites na Terra vermelhas e quentes. Tentando lidar com o fato de que estão crescendo, com o tédio e o calor extra nesse verão, eles começam a passar noites juntos pelas ruas da cidade.

Sinopse: Atrasada para uma entrevista de emprego, Fernanda (Clau Barros) esquece seu currículo no apartamento e volta para buscá-lo. Ao subir as escadas, coisas estranhas acontecem no terceiro andar do prédio.

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LEMBRAR DAQUILO QUE ESQUECI

ALFAZEMA

Castiel Vitorino Brasileiro DOC, Cor, HDTV, 20’, ES, 2020 Classificação indicativa: 14 anos

Sabrina Fidalgo FIC, Cor, 4k, 24’, RJ, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Direção de Produção e Produção Executiva: Castiel Vitorino Brasileiro Roteiro, Direção de Arte e Fotografia: Castiel Vitorino Brasileiro Imagens: Rodrigo Jesus, Tatiane Loureiro Brasileiro, Iaiá Rocha e Castiel Vitorino Brasileiro Montagem, Som e Edição de Som: Roger Ghil e Castiel Vitorino Brasileiro Elenco: Castiel Vitorino Brasileiro, família e amigo Filmografia da Diretora: Para Todas as Moças (2019); Quarto de Cura (2019); O Trauma É Brasileiro (Codireção Roger Ghil, 2019)

Direção de Produção: Sérgio Curvello Produção Executiva: Marcus Vinicius Ribeiro, Sabrina Fidalgo e Cavi Borges Roteiro: Sabrina Fidalgo Direção de Arte: Daniel Sá Vasconcellos Fotografia: Julia Zakia Montagem: Bia Medeiros Som: Vitor Kruter Edição de Som: Beto Mendonça Trilha Sonora: Sabrina Fidalgo e Vívian Caccuri Elenco: Shirley Cruz, Elisa Lucinda, Bruna Linzmeyer, Bianca Joy-Porte, Victor Albuquerque e Sabrina Fidalgo Filmografia da Diretora: Sonar 2006 – Special Report (2006); Das Gesetz des Staerkeren (2007); Black Berlim (2009); Cinema Mudo (2012); Rio Encantado (2014); Personal Vivator (2014); Rainha (2016)

Sinopse: O que é Cura? Estou fazendo essa pergunta para vidas invisíveis e aquelas que aqui estão encarnadas. Como curar o colonialismo que nos adoece cotidianamente? Acredito na cura como um movimento cotidiano de nos fazer lembrar daquilo que a racialização nos faz esquecer.

Sinopse: É carnaval e Flaviana vive um difícil dilema; como se livrar do amante que se recusa a sair de seu chuveiro?

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5ÂŞ Mostra mulheres no cinema 63



Atualizando as Lutas

Em todas essas narrativas, o machismo é condição mínima a ser enfrentada (soma-se a ele outras, como a deficiência, o etarismo, a aparência estética e a raça). No recorte definido pelas curadoras da mostra, selecionamos narrativas em que nos reconhecemos e nos acolhemos em nossas diferenças, ora por sororidade, ora por dororidade, buscando, em cada olhar, os lugares onde nos irmanamos como mulheres.

Se os tempos são novos, é preciso que as lutas tenham suas pautas atualizadas cotidianamente para que sejam atendidas. Em sua 5ª edição, a Mostra Mulheres no Cinema reforça o compromisso de exibir os diversos olhares e provocações de nossas cineastas buscando trazer para as telas os desdobramentos das lutas das mulheres. Na edição de 2020, foram 260 curtasmetragens enviados e quatro selecionados para a mostra, que será totalmente virtual devido ao isolamento social necessário para conter a pandemia do novo Coronavírus.

Bárbara Cazé, Hegli Lotério e Saskia Sá, curadoras

Dentre as demandas, algumas apontam caráter de urgência, como apresentar os feminismos e suas pautas sob a perspectiva da diversidade de mulheres e suas especificidades. Essa discussão é reivindicada pela diretora Larissa Nepomuceno em Seremos Ouvidas (Livre, PR, 2020), documentário sobre a trajetória das mulheres surdas numa sociedade sexista e ouvinte. Marília Nogueira nos proporciona um pouco de leveza com a ficção Angela (Livre, MG, 2019). A terceira idade, para muitas mulheres, por vezes é marcada pela solidão. Angela encontra a sua inusitada maneira de escapar dessa condição. As práticas para sustentar um padrão de beleza inalcançável é pauta bastante difundida entre as mulheres, mas que ganha novo desenho, com analogias a relacionamento abusivo, pelo olhar da diretora Gabriela Altaf em seu Esmalte Vermelho Sangue (Documentário, 16 anos, RJ, 2020). E encerrando a mostra, Mariana Campos nos presenteia com Minha História É Outra (16 anos, RJ, 2019). O documentário potente sobre o amor entre mulheres negras, autoestima e jornada de afeto. Um respiro nestes tempos marcados pelo ódio e pela intolerância.

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SEREMOS OUVIDAS

ANGELA

Larissa Nepomuceno DOC, Cor, Digital FulHD, 13’, PR, 2020 Classificação indicativa: Livre

Marília Nogueira FIC, Cor, 2k, 15’, MG, 2019 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção: Larissa Nepomuceno, Lucía Alonso e Lucas Veiga Produção Executiva: Gil Baroni Roteiro: Larissa Nepomuceno Direção de Arte: Lucas Veiga Fotografia: Lucía Alonso, Eduardo Sanches e Rodrigo Franco Montagem: Larissa Nepomuceno, Lucas Teixeira e Fábio S. Thibes Som: Cristiano Vaz Edição de Som: Carmen Agulham Elenco: Celma Gomes, Klicia Campos e Gabriela Grigolom Filmografia da Diretora: Megg - A Margem Que Migra para o Centro (2018)

Direção de Produção: Clara da Matta Produção Executiva: Clara da Matta e Marília Nogueira Roteiro: Jaqueline M. Souza, Maria Fernanda Moreira e Marília Nogueira Direção de Arte: Rimenna Procópio Fotografia: Lucas Barbi Montagem: Fernanda Teixeira Som: Marcela Santos Edição de Som: Bernardo Uzeda Trilha Sonora: Natasa Paulberg Elenco: Teuda Bara, Gláucia Vandeveld, Antônia de Resende Ramos, Alzira Pereira e Maria José Novais Oliveira Filmografia da Diretora: Prazer, Camila... (2006); 12 Anos (2007); Antes Que o Verão Acabe (2012)

Sinopse: Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidades diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.

Sinopse: Angela vive sozinha e coleciona diagnósticos de doenças que nunca teve. Sua ficção segue imperturbável até a chegada de Sueli e o vislumbre de uma nova existência.

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ESMALTE VERMELHO SANGUE

MINHA HISTÓRIA É OUTRA

Gabriela Altaf DOC, Cor, HDTV, 13’, RJ, 2020 Classificação indicativa: 16 anos

Mariana Campos DOC, Cor, 2k, 22’, RJ, 2019 Classificação indicativa: 16 anos

Produção Executiva: Gabriela Altaf Roteiro: Gabriela Altaf e Vitor Medeiros Montagem: Vitor Medeiros e Paula Schuabb Edição de Som: Arthur Mendes e Paula Schuabb Filmografia da Diretora: Diários sobre o Corpo (2017); Aperto (2019); Felicidade (2020)

Direção de Produção: Luana Dias Produção Executiva: Ana Beatriz Silva Roteiro: Lumena Aleluia e Mariana Campos Direção de Arte: Ana Clara Tito Fotografia: Lílis Soares Montagem: Raquel Beatriz Som: Pedro Moraes e Vita Parente Edição de Som: Ricardo Mansur Trilha Sonora: Verônica Bonfim Elenco: Leilane Ribeiro, Niázia Ferreira, Camila Muniz, Ariane Bernardes, João Gabriel e Aurélia Ferreira Filmografia da Diretora: Amanhecer (2010); Samba, 100 Anos de Resistência (2017); Tia Ciata (2017); Universidade da Correria (2018); O Rio e Elas (2018)

Sinopse: A partir de entrevistas com mulheres vítimas de violência doméstica, e usando apenas imagens de arquivo – de filmes de ficção e de tutoriais de canais do Youtube –, o documentário trata da intercessão entre práticas de beleza e relacionamentos abusivos.

Sinopse: O amor entre mulheres negras é mais que uma história de amor? Niázia, moradora do Morro da Otto, abre a sua casa para compartilhar as camadas mais importantes na busca por essa resposta. Já a estudante de direito Leilane nos apresenta os desafios e possibilidades de construir uma jornada de afeto com Camila.

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4ÂŞ Mostra Nacional de videoclipes 69



Grito de Liberdade

O regionalismo marca o clipe Killa, que faz referência ao reggae do Maranhão e aos sons de cacuriá e instrumentos de percussão; e O Clã, no qual, em uma terra distante, uma estrela traz consigo a cantoria e o cangaço: a bruxa pagã Isis Broken.

Reinventado, o 27º Festival de Cinema de Vitória deste ano será online, incluindo a 4ª edição da Mostra Nacional de Videoclipes, com 16 obras de temáticas diversas. Entre elas, destacam-se as questões raciais e de gênero, representadas pelas mulheres e pela comunidade LGBTQIA+. Clipes que narram suas histórias com criatividade e sensibilidade a partir de técnicas, recursos e experimentações da linguagem audiovisual, ancoradas por roteiro, fotografia e direção de arte primorosos.

Dançante e vintage, Primeiro Remix propõe um universo completamente imersivo, se valendo da nostalgia de luzes e cores, abusando de referências tarantinescas. Já Livre pra Viver apresenta uma simpática protagonista e mostra com leveza e humor uma visão otimista e reflexiva sobre a importância da preservação da natureza.

GIGANTESCA é um deles. Em maiúsculas para transmitir uma mensagem empoderadora, a obra mostra meninas imersas em referenciais do universo feminino que encontram seus sorrisos e sua liberdade. Em Blá Blá Blá, a artista Morenna enaltece o poder da mulher para alcançar seus objetivos, mesmo quando a trajetória é tortuosa. Náufrago apresenta a tocante história de uma criança que não consegue se ver no espelho, mas rompe as barreiras de gênero e aceita seu corpo como ele é.

Lúdico, o clipe Pila Pilão tem música interpretada pelo grupo Serelepe: no processo de produção do café, as personagens brincam, flutuam e saltam em busca de um encontro. Inspirado no mito de “Jian”, da mitologia chinesa, Ave de Nós mostra que temos apenas um olho e uma asa, e, para alçar voo, é preciso achar a outra parte. Sem máscaras, livre, ácido e doce, o grupo Cinco Nós revela em Roma o palíndromo da palavra Amor, despertando sentimentos antagônicos que se complementam na dualidade da psique humana. Estreando em videoclipes, PTK interpreta o personagem AfroNerd em Diferenciado, com imagens e rimas de um rapaz engraçado, atrapalhado e superinteligente.

Em seu primeiro clipe, Dan Abranches interpreta Dark Cloud, uma mistura de soul e blues com pitadas de eletrônico. A produção fala de relações abusivas e, a partir da fotografia, apresenta uma estética surreal e minimalista, unindo locações inusitadas: o clipe foi gravado na FábricaLab e na Praia das Falésias, em Marataízes.

Primeiro trabalho romântico de Getúlio Abelha, Sinal Fechado traduz a nostalgia de um relacionamento amoroso. Inspirado nos filmes de horror das décadas de 1970 e 1980, tem influência na música brega que se estende de Belém a Recife.

Fantasmas Talvez, em câmera lenta, revela um retrato sensível da ancestralidade, o encontro e o desencontro entre as questões que envolvem os “fantasmas”: resultados das experiências de cada um em sua jornada de vida. Com fotografia e direção de arte primorosas, apresenta personagens fortes e performáticos.

Apuro técnico, talento e sensibilidade são ponto de partida desta curadoria, que reúne narrativas singulares que gritam um coro de liberdade, esperança, luta e afeto. Elas revelam a pluralidade e a potencialidade criativa desse gênero que conquistou de vez o público, com suas músicas que, mais do que para ouvir, foram criadas para ver e para sentir.

O curta Texas se apropria da linguagem documental e revela o armamento da população e as vidas consideradas “descartáveis” em meio a isso. O clipe entrelaça o caso Mário Andrade – um jovem de 14 anos, morto a tiros por um sargento da PM – com cenas de violência simbólica. Essa violência também é denunciada em Cidadão de Bem, que desvela um breve e intenso olhar através da janela entre dois universos: o ideal e o real.

Luiz Eduardo Neves e Suellen Vasconcelos, curadores

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BLÁ BLÁ BLÁ

KILLA

Junior Batista VID, Cor, 4k, 3’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Jessica Lauane VID, Cor, HDV, 3’, MA, 2019 Classificação indicativa: 10 anos

Performance: Morenna Direção de Produção: Maria Grijó Produção Executiva: Morenna Roteiro e Montagem: Junior Batista Fotografia: Willian Rubim

Performance: Enme Direção de Produção e Produção Executiva: Paula Beatriz e Walber Sousa Roteiro: Enme e Jessica Lauane Direção de Arte: Neto Martins Fotografia e Montagem: Jefferson Carvalho Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Brunoso e Sandoval Filho Elenco: Enme, Magno Roots e Cazumbá Filmografia da Diretora: Revis – Brunoso feat Frimes e Enme (2017); Sarrar – Enme Paixão (2018); Você Bagunçou Comigo – Yhago Sebaz (2019); Pódio (2019); Batidão – Enme (2019); Chato – Marco Gabriel (2020)

Sinopse: Liberdade de expressão, ancestralidade e coletivismo são as palavras de ordem.

Sinopse: Killa é uma homenagem ao reggae do Maranhão e ao Point Magno Roots.

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PRIMEIRO REMIX

LIVRE PRA VIVER

Raphael Correa VID, Cor, HDTV, 3’, SP, 2019 Classificação indicativa: Livre

Danilo Laslo Gonçalves Terra VID, Cor, HDTV, 4’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Performance: Antonio e Gustavo Rosseb Direção de Produção: Gustavo Rosseb e Kelly Bazílio Produção Executiva: Flávia Rabachim Roteiro: Raphael Correa, Gustavo Rosseb e Antonio Fotografia e Montagem: Raphael Correa Edição de Som: Antonio Elenco: Antonio e Gustavo Rosseb

Performance: Douglas Lopes Direção de Produção: Danilo Laslo Produção Executiva: Douglas G. Lopes Roteiro: Douglas G. Lopes Direção de Arte: Murilo Neves Fotografia: Marcos Ninni Montagem: Danilo Laslo Elenco: Douglas Lopes, Lorena Gomes, Manoel Raimundo Barboza, Maria das Graças Barboza, Sandra Elena Gonçalves, Joel Lopes, Wilma Lopes e Edmundo Prass

Sinopse: O artista e produtor Antonio apresenta a versão remix da faixa Primeiro, de Gustavo Rosseb. Antonio traz uma roupagem dançante e vintage para a Primeiro Remix, propondo um universo completamente imersivo e com referências de Future Bass e uma pitada de balanço, que não pode faltar.

Sinopse: Livre pra Viver é o videoclipe de canção homônima do cantor e compositor Douglas Lopes. O artista mostra sua visão otimista e, ao mesmo tempo, reflexiva sobre a preservação do ambiente marinho, principalmente relacionada às espécies de tartarugas.

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GIGANTESCA

PILA PILÃO

Letícia Pires VID, Cor, 4k, 4’, RJ, 2019 Classificação indicativa: Livre

Giuliana Danza VID, Cor, HDTV, 1’, MG, 2020 Classificação indicativa: Livre

Performance: Mariana Volker Direção de Produção: Victória Roque Produção Executiva: Letícia Pires Roteiro: Letícia Pires e Mariana Volker Direção de Arte: Carlos Estranho Fotografia: Guilherme Tostes Montagem: Kaio Caiazzo Elenco: Soso Black, Gabriela Nascimento, Marina Henriques, Alícia Mel, Maria Flor Tostes Filmografia da Diretora: No Escuro (2011); A Casa Nova de Newton (2017)

Performance: Serelepe Direção de Produção: Giuliana Danza e Jackson Abacatu Produção Executiva: Giuliana Danza Roteiro, Direção de Arte e Fotografia: Giuliana Danza Montagem e Animação: Giuliana Danza e Jackson Abacatu Som e Edição de Som: Lucas Mortimer Filmografia da Diretora: Quindins (2010); Engole ou Cospervilha? (2013); Poética de Barro (2019)

Sinopse: Gigantesca foi lançado no primeiro trimestre de 2019. O clipe/single da cantora Mariana Volker é uma ode à liberdade feminina, um estímulo à coragem de tantas mulheres.

Sinopse: A música Pila Pilão, de domínio público, é interpretada neste videoclipe pelo grupo de canções infantis Serelepe. Enquanto o café é feito, as personagens brincam, flutuam e saltam, na tentativa de encontrarem-se umas com as outras.

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DARK CLOUD

FANTASMAS TALVEZ

MAGU (Marina Abranches e Gustavo Martins) VID, Cor, 4k, 4’, ES, 2020 Classificação indicativa: Livre

Diego Locatelli e Felipe Amarelo VID, p&b, HDTV, 4’, ES, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Performance: Dan Abranches Direção de Produção: Bob Redins Produção Executiva: MAGU Roteiro: Bruno Reis e MAGU Fotografia, Montagem e Animação: MAGU Som, Edição de Som e Elenco: Dan Abranches Filmografia do Diretor: Vitória Nightlapse (2013); Pequena Grande Vitória (2014); Prainha Hyperlapse (2015); Silva - Brisa (2018)

Performance: André Prando Direção de Produção: Daniela Maia Produção Executiva: HERA Produção e Assessoria Cultural Roteiro: Diego Locatelli, André Prando, Luara Zucolloto e Felipe Amarelo Direção de Arte: Gabriela Christo Fotografia: Diego Locatelli e Felipe Amarelo Montagem: Diego Locatelli Elenco: André Prando, Nicolas Soares, Abou Mourad, Cecília Minette, Júlia Buffe, Thiago Pindaíba, Darlete Gomes Nascimento, Antônio Apolinário, Markus Konká, Malu Brust Costa, Pedro Gil Guimarães Ribeiro, Franciny Dias, Marcelo Castelo Rodrigues e Silvia Labuto Filmografia do Diretor: Meu Bem (2017); Ode à Nudez (2018)

Sinopse: Dark Cloud nos conduz a um ensaio imersivo na apneia das relações simbióticas. Faltando ar, fabricando tontura. O caminho traçado pelo artista Dan Abranches em cada verso aponta para a vivência crua de diluição com o outro e a busca por borda, uma maneira de fazer fronteira. O clipe tem como cenário uma praia, com falésias ao fundo e a imensidão do mar sustentando o arco de um quadrado que se ramifica em suas metáforas, adotando posições diversas em relação ao Dan.

Sinopse: No videoclipe Fantasmas Talvez, do artista André Prando, há o encontro e desencontro entre as questões que envolvem os “fantasmas” que são resultados das experiências que cada um possui na jornada da vida. A condução do clipe é dada através de fantasmas presentes em núcleos familiares, nos artísticos, através da retratação de O Retratista, trabalho do fotógrafo Nicolas Soares, e da performance representada pelo grupo Orai Centro Flutuante.

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AVE DE NÓS

ROMA

Roberto Mamfrim VID, Cor, HDV, 4’, SP, 2019 Classificação indicativa: Livre

Francisco Xavier VID, Cor, HDTV, 4’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Performance: Kanduras Direção de Produção: Daniel Torres Produção Executiva: Bruna Brito Roteiro e Montagem: Roberto Mamfrim Direção de Arte: Cezar Nascimento e Fabio Saltini Fotografia: Otavio Matutino Animação: Pedro Martinho Elenco: Lucy Portela, Ana Carvalho, Eudes Nascimento e Will Monteiro

Performance: Cinco Nós Direção de Produção: Raphael Gaspar Produção Executiva: Francisco Xavier Roteiro: Nano Vianna, Francisco Xavier, Huemerson Leal e Raphael Gaspar Direção de Arte: Huemerson Leal Fotografia e Montagem: Francisco Xavier Som e Edição de Som: Felipe Gama Animação: Francisco Xavier, Huemerson Leal e Raphael Gaspar Filmografia do Diretor: Matrioska (2008); Grife (2009); Pedalada Dia Mundial sem Carro (2010); Time Leske 01 (2010); Bicicletada Março 2010 (2010); Time Leske 02 (2010); Salãozinho (2010); Aqui não É Bollywood (2012); Mergulho no Ganga (2012); Le Sens Inverse (2012); Jackson Thelémaque (2012); O Corpo (2012); Rubiane Maia+Expurgação (2012); Carapaça (2013); Você Praça, Acho Graça (2013); Red Moon (2015); Floresceu (2019)

Sinopse: Inspirado no mito de “Jian”, da mitologia chinesa, sobre termos apenas um olho e uma asa; pra alçar voo, é preciso achar a outra parte.

Sinopse: Pecado ou não, “Amor” ou “Roma”, sem máscaras, livre, ácido e doce. O palíndromo da palavra Amor desperta vários sentimentos antagônicos que se complementam na dualidade da psique humana.

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DIFERENCIADO

NÁUFRAGO

Amon e Jeffão VID, Cor, HDTV, 2’, ES, 2019 Classificação indicativa: Livre

Consuelo Cruz (negra) e Pedro Henrique França (PcD) VID, Cor, 2k, 3’, RJ, 2019 Classificação indicativa: Livre

Performance: PTK Direção de Produção: Lanza Produção Executiva: Sofia Selvatice Roteiro: Amon, Lanza e PTK Direção de Arte e Animação: André Ramos Fotografia: Alexandre Viana Montagem: Diogo Felipe e Laisa Simonetti Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Kabeh Filmografia do Diretor: Volta com a Gabi (2017 - Amon)

Performance: Majur Direção de Produção e Produção Executiva: Gabriel Bortolini e Nathalia Ribeiro Roteiro: Pedro Henrique França Direção de Arte: Mauro Vicente Ferreira Fotografia: Dudu Mafra Montagem: Bia Medeiros e Vinicius Nascimento Trilha Sonora: Majur feat Hiran Elenco: Majur, Ícaro Silva, Hiran, Mônica Nêga e Yuri da Cunha Filmografia do Diretor: Pedrinho – Tulipa Ruiz (2018); Ninguém Perguntou por Você – Letrux (2019)

Sinopse: Mais um jovem trapper aparece na cena musical, mas parece que com ele é diferente. PTK lança o seu primeiro videoclipe com o personagem AfroNerd, onde ele mostra em imagens e nas rimas um rapaz engraçado, atrapalhado e cheio de atitude.

Sinopse: Uma criança que não consegue se enxergar no espelho rompe as barreiras de gênero, aceita seu corpo como ele é e se abre para o afeto que os diversos amores podem lhe dar.

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O CLÃ

TEXAS

Raymundo Calumby VID, Cor, 2k, 3’, SE, 2019 Classificação indicativa: Livre

Felipe Soares VID, p&b, 4k, 6’, PE, 2020 Classificação indicativa: 12 anos

Performance: Isis Broken Direção de Produção: Raymundo Calumby Roteiro, Direção de Arte e Montagem: Raymundo Calumby Fotografia e Edição de Som: Fábio Baldo Som: Isis Broken Elenco: Isis Broken, Renatto Lucker, Jullya Murvack e Luiz Cinnamon Filmografia do Diretor: Escorpiana dos Cidrais (2020); O Jardim Fantástico (2020)

Performance: Kira Aderne e Tárcio Luna Direção de Produção e Produção Executiva: Priscilla Botelho Roteiro, Fotografia e Montagem: Felipe Soares Direção de Arte: Priscilla Botelho e Felipe Soares Som: Kira Aderne, Tárcio Luna e Walman Filho Edição de Som: Felipe Soares e Mathias Severien Canuto Elenco: Joelma Andrade, Kira Aderne, Milena Gomes, Sofia Louise, Eleonora Barros, Carminha Soares, Luciana Martins, Walman Filho, Tárcio Luna e Hélio Machado Filmografia do Diretor: Autofagia (2016); O Menino Que Morava no Som (2019)

Sinopse: De umas terras bem distantes, uma estrela se ergueu no céu trazendo consigo a cantoria e o Cangaço. Ela é uma bruxa pagã, mas nunca apaga o beck, tem repente no sangue e cansanção na pele. O nome dela é Isis Broken, filha do Nordeste.

Sinopse: Joelma é a mãe de Mário Andrade, menino negro, de apenas 14 anos, assassinado por um policial militar. Enquanto Joelma luta por justiça em meio a uma sociedade que banaliza a vida das pessoas, em especial a população negra e da periferia, uma mulher mítica, guiada pela Mãe Natureza, busca na essência humana uma salvação.

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CIDADÃO DE BEM

SINAL FECHADO

Cainã Morellato VID, p&b, HDTV, 3’, ES, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Lucas Sá VID, Cor, 2k, 6’, MA, 2020 Classificação indicativa: 12 anos Performance: Getúlio Abelha Direção de Produção e Produção Executiva: Gabriel Marques, Jessica Lauane e Juliana Mendes Roteiro, Som e Edição de Som: Lucas Sá Direção de Arte: Dani Lopes Fotografia: Ruy Castro Montagem: Lucas Sá e Getúlio Abelha Animação: XYK, Matheus Cutrim, Pablo Ferreira Muniz e Josh Baconi Elenco: Getúlio Abelha Filmografia do Diretor: O Membro Decaído (2012); Ruído Branco (2013); No Interior da Minha Mãe (2013); Nua por Dentro do Couro (2014); Balada para os Mortos (2016)

Performance: Cainã e a Vizinhança do Espelho Direção de Produção: Cainã Morellato e Hugo Rogério Produção Executiva: Cainã Morellato Roteiro: Cainã Morellato, Francisco Freire, Haila Juvenal, Henrique Calente, Lucas Fernandes, Maju Barcelos e Rhaikar Americo Direção de Arte, Fotografia e Montagem: Cainã Morellato Elenco: Francisco Freire, Haila Juvenal, Henrique Calente, Lucas Fernandes, Maju Barcelos, Rhaikar Americo e Cainã Morellato Filmografia do Diretor: Céu (2016); Mudança (2016); Fossa Doritos (2017); Adeus (2018); Morador do Mato (2018); The Principal (2019)

Sinopse: Videoclipe para a música de Sinal Fechado, de Getúlio Abelha. Dirigido por Lucas Sá, com referência a clássicos filmes de horror dos anos 70/80.

Sinopse: Um breve e intenso olhar através da janela entre dois universos: o ideal e a realidade. Cidadão de Bem é o videoclipe do single homônimo de Cainã e a Vizinhança do Espelho, lançado em novembro de 2019 pela banda.

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3ÂŞ Mostra Nacional de cinema ambiental

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Para Ouvir o Meio A Mostra Nacional de Cinema Ambiental, que chega à sua 3ª edição, se revela como um espaço consolidado para a abordagem de temáticas socioambientais dentro do Festival de Cinema de Vitória. Através de um recorte da produção cinematográfica atual, realizado pelos curadores Margarete Taqueti e Jefferson Albuquerque Jr., esta janela traz filmes que lançam luz sobre a conturbada relação da humanidade com o meio ambiente, estimulando debates cada vez mais imprescindíveis. Neste ano, serão exibidos quatro filmes de curtametragem nos gêneros animação, documentário e ficção. O curta Raízes, do Coletivo FemArte, apresenta um diálogo entre a mãe natureza e o espectador, no qual ela exprime seu ponto de vista e faz um apelo sobre as ações do homem e seus efeitos. Já o documentário Rocha Matriz, de Cristal Líquido (Miro Soares e Gabriel Menotti), examina a cadeia produtiva de mármore e granito a partir de uma consciência alienígena, que reimagina a matéria como informação. Inserido no universo da animação, Comendo Cérebros, de Almir Correia, fala de uma menina que brinca em uma floresta de árvores de cérebros; e, quando um fruto cai em seu colo e ela o leva para casa, desencadeia-se uma transformação familiar. A realidade fantástica também está presente em SIRUMI, de Thiago Camargo, que conta a história de uma mãe que tenta cuidar de seu filho que pegou SIRUMI, a Síndrome do Ruído Misterioso, em um futuro distópico. Todos os filmes da mostra concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme pelo júri técnico.

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RAÍZES

ROCHA MATRIZ

Coletivo FemArte FIC, Cor, HDV, 7’, RJ, 2020 Classificação indicativa: 12 anos

Cristal Líquido (Miro Soares e Gabriel Menotti) DOC, Cor, HDTV, 25’, ES, 2020 Classificação indicativa: Livre

Direção de Produção e Produção Executiva: Amanda Braga, Ana Luísa Macedo, Bruna Eiras e Igor Mattos Roteiro: Amanda Braga, Ana Luísa Macedo e Bruna Eiras Direção de Arte: Amanda Braga e Bruna Eiras Fotografia: Ana Luísa Macedo e Igor Mattos Montagem e Edição de Som: Igor Mattos Som: Amanda Braga e Ana Luísa Macedo Trilha Sonora: Finnaly Lost - Hinterheim e Chalet - Meydän Elenco: Julia Roberta e Igor Mattos Filmografia de FemArte: Drags: Artistas da Noite (2018); Antígenos (2018)

Direção de Produção: Cristal Líquido (Gabriel Menotti e Miro Soares) Produção Executiva: Cristal Líquido e Global Village Roteiro, Direção de Arte e Fotografia: Cristal Líquido (Gabriel Menotti e Miro Soares) Montagem: Iuri Galindo Edição de Som: Hugo Reis Trilha Sonora: Gavin Singleton Sinopse: A rocha sustenta civilizações. Sua extração organiza o futuro. Rocha Matriz examina a cadeia produtiva de mármore e granito a partir de uma consciência alienígena, que reimagina a matéria como informação. No percurso entre feiras, portos e pedreiras no Espírito Santo, o filme traça conexões entre formas de trabalho cotidiano, o mercado global e o tempo profundo da Terra. A rocha oscila, através de suas muitas vidas, entre objeto sensível e substância simbólica – indústria e linguagem.

Sinopse: E se a natureza tivesse a oportunidade de conversar com o homem? O curta Raízes é um diálogo entre a própria mãe natureza com o espectador; no filme, ela exprime o seu ponto de vista e faz um apelo sobre as ações do homem e seus efeitos. No decorrer da narrativa, ela denuncia as práticas exploratórias da humanidade com o meio ambiente, provocando uma reflexão sobre as consequências que ditarão o futuro das próximas gerações.

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COMENDO CÉREBROS

SIRUMI

Almir Correia ANI, Cor, 4k, 5’, PR, 2020 Classificação indicativa: 10 anos

Thiago Camargo FIC, Cor, 2k, 19’, GO, 2020 Classificação indicativa: 12 anos

Direção de Produção: Almir Correia Produção Executiva: Lia Correia e João Batista de Lara Roteiro: Almir Correia Direção de Arte, Fotografia e Animação: Yuri Covissi Montagem, Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Thiago Pereira Filmografia do Diretor: Carrapatos e Catapultas (2010, 2014, 2018)

Direção de Produção: Luana Otto Produção Executiva: Cecilia Brito Roteiro e Trilha Sonora: Thiago Camargo Direção de Arte: Carol Breviglieri Fotografia: Kaco Olimpio Montagem: Renan Oliveira e Thiago Camargo Som: Guilherme Nogueira Edição de Som: Guilherme Nogueira e Thiago Camargo Elenco: Eliana Santos, Tarcísio Peris, Thiago Moura, Julio Van, Marcus Gouveia, Jordana Luz, Allan Santana, Joana Peixoto e Carlos Magno Filmografia do Diretor: Sons do Centro (2006); Uma Noite Qualquer (2008); A Caça (2016); Ely Camargo Água da Fonte (2017); Atrás da Sombra (2020)

Sinopse: Uma menina brinca na floresta de árvores de cérebros. Um fruto cai em seu colo e ela o leva para casa, desencadeando uma grande transformação familiar.

Sinopse: Em um futuro distópico, Joana tenta cuidar de seu filho que pegou SIRUMI, a Síndrome do Ruído Misterioso.

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2ÂŞ Mostra do outro lado cinema fantĂĄstico e de horror

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Domínio

O medo do duplo encerra nossa sessão no suspense As Viajantes (Davi Mello). A atriz Gilda é incrivelmente interpretada por Gilda Nomacce, em um jogo metalinguístico em que ela, que já viveu diversas vidas diferentes, fica horrorizada ao encarar seu corpo fora do externo. Aqui, ver ser corpo fora do seu “eu” é de uma monstruosidade extrema, mas... por quê?

Existe, no cinema contemporâneo de horror, a necessidade de retomar temas e conceitos, originários do próprio cânone do horror, mas que, no decorrer das décadas, acabaram escoando para outras formas de narrativa. Filmes de diretores como Ari Aster, Robert Eggers e Ana Lily Amirpour são estranhamente rotulados como “pós-horror”, mas a relação, aqui, aproxima-se mais do primeiro cinema e dos medos que lá foram vividos e encenados, para fazer uma ponte com o mundo atual. Assim, as relações desses medos com poderes e políticas, o rompimento com o patriarcado, a retomada queer e as fronteiras entre os gêneros audiovisuais são alguns dos temas explorados e recuperados na 2ª Mostra Do Outro Lado - Cinema de Horror e Fantástico.

Os quatro filmes do programa falam dos usos e do domínio do corpo, da necessidade de recuperar aquilo que nos tiraram: o corpo sem controle aqui é um corpo monstruoso. Nesta safra do cinema de horror brasileiro, gestada em um cenário prépandemia, a necessidade de contê-lo, isolá-lo, dominá-lo, parecia ser a palavra final. Mas fica a pergunta: que outros significados esses filmes ganharão junto a nós, que temos ficado tanto tempo completamente isolados uns dos outros? Que novas formas assumiram os nossos medos usuais?

Náusea, de Thomas Webber, apóia sua narrativa no “body horror”, nascido no final dos anos 70 como consequência da revolução sexual e do domínio maior do próprio corpo (nosso ou de terceiros), cujo funcionamento tentamos descobrir. O filme usa desses elementos para contar uma história tão monstruosa quanto os filmes dessa vertente, mas muito comum nos lares brasileiros.

Waldir Segundo, curador

Não costumo pensar o queer como gênero cinematográfico, normalmente, mas sim como um novo conjunto de linguagens e sensibilidades à disposição para se contar uma história em um universo LGBT+. Neste ano, temos dois extremos do uso do queer no cinema de horror: de um lado, o “camp-cafona” de Mamãe Tem Um Demônio (Demerson Souza), que usa da nostalgia e do humor para contar a história da relação de fã-artista, que atinge seu pico em total insalubridade. No outro, a ficção-científica distópica de Eu Estou Vivo (Maíra Campos e Michel Ramos): num mundo em que os corpos existem só para servir, é impossível reter a necessidade do sentir. Com isso, o domínio dos sentidos é necessário e urgente nesse universo. O corpo queer é um corpo que transborda.

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NÁUSEA

EU ESTOU VIVO

Thomas Webber FIC, Cor, 2k, 13’, PR, 2019 Classificação indicativa: 16 anos

Maíra Campos e Michel Ramos FIC, Cor, 4k, 23’, MG, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Direção de Produção e Produção Executiva: Morgana Addor Roteiro: Thomas Webber Direção de Arte: Camila Kogut Fotografia: Vinni Gennaro Montagem: Anti-Glitch Foundation Som e Edição de Som: WeeDooMusic & FX Trilha Sonora: Cesinha Mattos Elenco: Larissa Merlo, Ana Paula Taques e Helder Clayton

Direção de Produção e Produção Executiva: Fabrício Ferreira Roteiro: Maíra Campos e Michel Ramos Direção de Arte: Maria Trika Fotografia: Clara Olac Montagem: Bruno Heleno Som e Edição de Som: Montivia Trilha Sonora: Alexandre Martins Elenco: Daniel Jaber, Luiz Fábio Torres e Marcelo Souza e Silva Filmografia do Diretor: Eu Estou Vivo (2019); Temporal (2020)

Sinopse: Ana, assediada por pesadelos surreais, procura a ajuda de sua mãe, que é incapaz de enxergar o real problema que eles representam. Sem esperança, esta menina solitária se vê obrigada a tomar uma atitude drástica.

Sinopse: Ivo é um homem condenado. Ele e outros homens vivem proibidos de se relacionarem ou se comunicarem, o que os levou a desenvolverem uma linguagem não verbal. É através dela que ele será convidado para uma fuga furtiva, para experimentar sensações há muito esquecidas e fugir de uma ameaça que ele não sabe de onde vem.

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MAMÃE TEM UM DEMÔNIO

AS VIAJANTES

Demerson Souza FIC, Cor, 2k, 25’, SP, 2019 Classificação indicativa: 14 anos

Davi Mello FIC, Cor, 2k, 11’, SP, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Direção de Produção: Demerson Souza Produção Executiva: Rafaela Carvalho Roteiro: Demerson Souza Direção de Arte: Ana Bettoni Fotografia: Gabriel Fonseca Montagem: Pedro Cortez Som: Guilherme Ritschel Edição de Som e Trilha Sonora: Guilherme Gila Elenco: Hevelin Gonçalves, Soraia Costa, Marcia Dailyn, Marcelo Thomaz, Luma Tomao e Nina Rodrigues Filmografia do Diretor: Nunca Mais Me Vi (2020)

Direção de Produção e Produção Executiva: Davi Mello Roteiro: Davi Mello Direção de Arte: Taciana Ferreira Fotografia: Viktor Ximenes Ferraz Montagem: Stefano Calgaro Som: Denise Chaves e Fábio Batista dos Santos Edição de Som: Stefano Calgaro e Fábio Batista dos Santos Trilha Sonora: Tarcísio Pereira Elenco: Gilda Nomacce e Majeca Angelucci Filmografia do Diretor: A Bordo (2015)

Sinopse: Tete Barilove está morta, mas seu corpo desapareceu. Beni, uma grande fã, descobre pistas que podem trazer a verdade sobre a cantora brasileira mais famosa dos anos noventa.

Sinopse: Em uma noite de sexta-feira, duas atrizes compartilham os seus medos.

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Mostras nĂŁo Competitivas

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3ÂŞ Mostra Cinema de bordas

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Cinema Periférico e Criativo Fora de competição, a 3ª Mostra Cinema de Bordas conta com a curadoria da escritora e pesquisadora Bernadette Lyra, criadora do termo “cinema de bordas” e grande investigadora da área. A seleção traz quatro filmes, sendo um longametragem - a produção capixaba Comando Central, de Antônio Estevão - e três curtas-metragens: Nuvem baixa, de André Okuma, de São Paulo; Marta Morta, de Rubens Mello, de São Paulo; e Os Crimes da Rua do Arvoredo, de Patty Fang, do Rio Grande do Sul. Os filmes são um recorte da produção brasileira desse tipo de gênero fílmico, que utiliza regionalismos, guerras imaginárias, monstros, maldições, tragédias e comédias do cotidiano para contar suas histórias de uma forma não convencional e voltada para o entretenimento. Segundo Bernadette, o Cinema de Bordas é um cinema alternativo, mas que faz parte da história e do universo do cinema no Brasil. É um fenômeno muito interessante, porque junta realizadores que são autodidatas e fazem filmes em suas comunidades. E ter um espaço que contemple essas produções dentro de um festival é uma forma de apoiar e resgatar um Brasil que muitas vezes não conhecemos, de maneira muito singela, mas sempre criativa.

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COMANDO CENTRAL

NUVEM BAIXA

Antônio Dias Estevão FIC, Cor, H264, 75’, ES, 2020 Classificação indicativa: 16 anos

André Okuma FIC/EXP, Cor/p&b, MPG2 High Quality, 15’, SP, 2020 Classificação indicativa: 16 anos

Produção Executiva: Thauane Lima Roteiro: Antônio Estevão Direção de Arte: Lucileia Pinheiro Estevão Fotografia, Montagem, Edição de Som e Animação: Vitor Mateus Pinheiro Estevão Som: Gessé Dias Estevão Trilha Sonora: Washington José Elenco: Antônio Estevão, Telmo de Souza, Vanda Caetano, Pedro Dias Estevão, Carlos Jehovah Alves Fernandez, Rick Fabian, Washington José, Anilton Nunes Custódio, Adilson Fraga, José Vaz, Fábio Barbosa, Jarbas Silva, Thauane Lima, Marilene Fernandes, Gilberto Andrade, Wemerson de Oliveira, José Santana, Welligton Santos, Ariano de Paula, Carlos André Fraga, Judite Porto dos Santos, Juliete Maria de Souza, Mariana Karoline Estevam, Fabio Lima, Isnaldo Costa, Donizete Campos, Irandir Costa, Cláudio Marques, Douglas de Oliveira, Vicente Neto, Sebastião Lopes, Mariana Carolina, Paulo Roberto, Nilton Oliveira, Edson Claudio, Gean Carlos, Elson Alves, Ronivon de Jesus, Arlindo Negrelle, Olair Amaral, Valdir Alves, José Carlos, Fernanda Cristina, José Luiz, Teodorico Boa Morte, Sônia Cristina Miranda, Gilson Dias, Carlos Valdeir, Brendo Costa, Antônio Cláudio Oliveira, Lourival de Jesus Moura e Alessandra da Costa Maia

Direção de Produção: André Okuma Produção Executiva: Reiko Otake Roteiro: André Okuma, Reiko Otake e Guinho Nascimento Direção de Arte: Reiko Otake Fotografia: André Okuma e Gabriel Higa Montagem: André Okuma Som: André Okuma, Reiko Otake e Guinho Nascimento Edição de Som: André Okuma Trilha Sonora: Edson Luciano Animação: André Okuma Elenco: Guinho Nascimento, Juliano Lourenço, Claudia Adão, Rogério Nogueira, Claudio Phonseca e Íris Otake Filmografia do Diretor: Acaso entre a Distância e Algum Lugar (2009); Voo da Borboleta (2013); Pó-esia (2017); Isto não É Um Cachimbo vol. 1 e 2 (2017-8); Liturgia (2019) Sinopse: Artista de rua negro faz estátua viva em uma rua de comércio, a imobilidade de sua performance se confunde com a imobilidade oriunda da névoa que impede de ver um horizonte, e inerte, algo começa a se mover em seu interior.

Sinopse: Ao retornar de viagem, Grilo (Antônio Estevão), um poderoso mafioso que comanda o crime em sua região, descobre que está falido devido a um golpe aplicado por seu rival Macarino (Telmo Souza). Grilo então decide arriscar tudo para reconquistar seu império criminoso, mesmo sabendo que colocará em jogo a vida daqueles que ama.

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MARTA MORTA

OS CRIMES DA RUA DO ARVOREDO

Rubens Mello FIC, Cor, HDV, 8’, SP, 2017 Classificação indicativa: 16 anos

Patty Fang DOC, Cor, MP4, 9’, RS, 2020 Classificação indicativa: 10 anos

Direção de Produção: Pamela Regina Produção Executiva: Pamela Regina e Rubens Mello Roteiro: Rubens Mello Direção de Arte: Michel Cavalcante Fotografia, Montagem e Edição de Som: Renato Santos Som: Alexandre Leão Trilha Sonora: Kalau Elenco: Elaine Oliveira, Donata Emiliano e Marant Polodoro Filmografia do Diretor: Sangria (1998); Conspiração (1999); Fantasma (2004); Lâmia (2004); My Dream – Banda The Clavion (2005); O Sacrifício (2008); História da Lia (Tatúrula) (2010); Vermibus (2012); Carniçal (2015); Cinco Cálices (2017); Coroa da Morte (2020)

Direção de Produção e Produção Executiva: Patty Fang Roteiro: Patty Fang e Coffin Souza Direção de Arte e Elenco: Coffin Souza Fotografia e Som: Patty Fang Montagem e Edição de Som: Rubens Mello Trilha Sonora: Trilha Branca Sinopse: Em Porto Alegre, no século 19, um casal matou alguns viajantes e fez linguiças de carne humana para vender em um açougue da cidade.

Sinopse: Marta é uma adolescente em crise. O rompimento com seu namorado torna-se a gota d´água para que ela decida, de vez, os rumos de sua vida.

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1ª Mostra AudioTransVisual 101


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Inclusão

Em sua 27ª edição, o Festival de Cinema de Vitória recebe, fora de competição, a programação da 1ª Mostra AudioTransVisual, que exibirá 17 curtas-metragens que reafirmam a criatividade e a importância da representatividade trans no audiovisual, ainda pouco visível ou completamente apagada das grandes produções, tanto na frente quanto atrás das câmeras. Os filmes são resultado de um curso online e gratuito - proposto durante a pandemia de COVID-19 pelo cineasta André da Costa Pinto, idealizador do projeto -, que possibilitou a formação de 30 alunes trans de 13 estados brasileiros. A mostra teve sua primeira exibição nas redes sociais do Mídia Ninja no mês de setembro e apresenta diversos gêneros cinematográficos. Para André, poder formar profissionais trans para atuar em diversas áreas do audiovisual é um caminho importante para a inclusão. “O audiovisual, de certa forma, dentro do país onde vivemos, é um segmento, uma arte muito cara de produzir e consumir, principalmente na hora de a pessoa estudar nesse tipo de curso. Quando temos a oportunidade de ter pessoas transgêneros contando suas próprias histórias, a partir da perspectiva delas, estamos falando não só de representatividade, mas de inclusão e de diversidade dentro do nosso audiovisual”. A Mostra AudioTransVisual é um projeto idealizado e coordenado por André da Costa Pinto, responsável também pela formação dos participantes. O trabalho conta com a produção executiva de Carol Torquato e com a participação dos colaboradores de conteúdo: Antônio Amâncio (Agenciamento e Mercado); Nathan Cirino (Roteiro de Ficção); João Carlos Beltrão (Fotografia); Natara Ney (Montagem); Ely Marques (Finalização de Imagens); Guga S. Rocha (Som); Iomana Rocha (Direção de Arte); Franz Lima (Visagismo e Designer Gráfico); e Gastão Villeroy (Trilha Sonora).

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BHOREAL

OFICINA DO DIABO

Bernardo de Assis Classificação indicativa: 16 anos

Caim Pacheco Classificação indicativa: 16 anos

Produção, Roteiro, Direção de Arte, Direção de Fotografia, Som Direto, Montagem e Finalização: Bernardo de Assis Trilha Sonora: Condnash Elenco: Lorenzzo Di Padilla

Produção, Roteiro, Direção de Arte, Direção de Fotografia, Montagem, Cor e Finalização: Caim Pacheco Desenho de Som e Sonoplastia: Ian Sobral Performance: Gabriele Pacheco

Sinopse: Em meio a uma pandemia onde muitos se encontram vulneráveis, a Drag Queen Gérvasia Bhoreal – vivida pelo professor Lorenzzo Di Padilla – percorre as ruas de São Paulo entregando marmitas, cobertores e abraços.

Sinopse: A mente enquanto espaço e o monstrinho ansioso que se desenvolve nela; transforma os pensamentos em nós e se enrola neles a ponto de ficar preso. O momento que antecede um surto.

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A HORA DO BANHO

CAFÉ COM REBU

Cenobitch Monroe Classificação indicativa: 16 anos

Danny Barbosa Classificação indicativa: 16 anos

Roteiro, Direção de Arte, Direção de Fotografia, Montagem, Finalização, Trilha Sonora e Atuação: Cenobitch Monroe Câmera: Zarkraus

Produção, Roteiro e Direção de Arte: Danny Barbosa Direção de Fotografia: Kio Lima Montagem e Finalização: Diego Benevides Elenco: Danny Barbosa e Romilson Rodrigues

Sinopse: Obra audiovisual sobre terapia hormonal, seus efeitos, disforia, depressão e de uma corpa transvestigenere não binária, a partir de uma videoarte performática experimental.

Sinopse: Vanessa é uma travesti de 37 anos, negra, que trabalha como manicure atendendo em domicílio e que, há algum tempo, conseguiu deixar a vida de prostituição nas ruas da cidade onde vive. Isolamento social estabelecido na cidade. Vanessa, dentro de sua residência, aguarda a aprovação do auxílio emergencial do governo. Sua situação está em análise. A pouca comida não durará muito. As clientes desmarcaram o atendimento para aquele período. Estava, então, sem exercer as duas funções que aprendera: a de manicure/designer de sobrancelha e a de garota de programa. Até que um encontro no meio da tarde de uma quarta-feira a surpreende e a faz questionar a natureza da visita.

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A COISA TÁ RUSSA

A CORPA FALA

Debbs Gomes Classificação indicativa: 16 anos

Gabs Torres Classificação indicativa: 16 anos

Produção, Roteiro, Direção de Arte e Elenco: Debbs Gomes Direção de Fotografia: Alexandre Lau Montagem e Finalização: Beatriz Ramerindo Trilha Sonora: Nando Marques

Produção, Roteiro e Visagismo: Gabs Torres Roteiro de Ficção: Nathan Cirino Direção de Fotografia e Edição: Yuri Farage Fotografia: João Carlos Beltrão Montagem: Natara Ney Trilha Sonora: Mar La Nova Ferreira

Sinopse: Em A Coisa Tá Russa, conto a história da Chris, a minha história, a história de várias e várias pessoas que sofrem de transtorno bipolar e que não têm quase ou nenhuma representatividade em nenhum meio, mostrando que a narrativa cinematográfica pode ser realizada para dar atenção a causas importantes de saúde mental, usando o poder do corte para mostrar os efeitos dessa doença que me consome todo dia.

Sinopse: Com a necessidade de se enxergar em uma sociedade que limita as infinitas possibilidades de vida, Gabs Torres reescreve sua história a partir da captação de uma performance em uma cachoeira, incorporando e transmutando sua essência mais pura e sagrada através de movimentações, expressões e não expressões.

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ADÃO

NELLIEL: MÃE, GAMER E MULHER

Henrique Bulhões Classificação indicativa: 16 anos

Jane Beatriz Classificação indicativa: 16 anos

Produção, Roteiro, Idealização, Direção de Arte, Edição, Sonoplastia, Legenda, Finalização e Elenco: Henrique Bulhões Direção de Fotografia: Julian Franco

Produção, Roteiro, Montagem e Finalização: Beatriz Ramerindo Elenco: Tatiana Camargo, Júpiter Gonçalves e Beatriz Ramerindo

Sinopse: O que teria a dizer da cultura que criamos o primeiro homem do mundo? O que é ser masculino e qual o papel dessa essência transformada em corpo e prisão? Na solidão do mundo e solitude de seu ser, Adão lida com um inferno mais real que maçãs, cobras e uma alguém chamada Eva.

Sinopse: As mulheres estão, cada vez mais, dominando o mundo dos jogos, no entanto, ainda são invisíveis, mas quem são elas? Nesse documentário, vou mostrar a Nelliel, primeira Head Coach brasileira de League Of Legends.

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TIA IRACY FUTEBOL CLUBE

À PROCURA DE PANDORA

Layla Sah Classificação indicativa: 16 anos

Louise Xavier Classificação indicativa: 16 anos

Produção, Roteiro, Direção de Arte, Direção de Fotografia e Som Direto: Layla Sah Montagem e Finalização: Marcelo Rocha Mixagem e Finalização de Som: Guga S.Rocha Elenco: Iracy Rodrigues

Produção Geral e Executiva, Roteiro, Edição e Montagem: Louise Xavier Direção de Fotografia: Penélope Soares Elenco: Louise Xavier, Bernardo Jaloto e Victoria Helena

Sinopse: Maria Iracy, mais conhecida popular e carinhosamente como TIA IRACY, principalmente pelos jogadores do seu time de futebol, é uma mulher forte e ao mesmo tempo delicada, que fez da sua vida uma partida de futebol e que, apesar de ter tido tudo pra perder os campeonatos da vida, obteve muito mais vitórias que derrotas. Um filme que fala sobre jovialidade na melhor idade, sobre afeto e, sobretudo, o seu amor por um fenômeno tão imposto ao ser masculino (o futebol), na visão de uma mulher que, de tão materna, se torna diariamente a maior referência de delicadeza e feminilidade na vida de sua filha transexual.

Sinopse: Safira é uma mulher discreta, inteligente, sonhadora, que vive na zona Sul do Rio de Janeiro. De dia, ela é uma mulher que faz seus afazeres domésticos, que pedala pela orla nas horas vagas (onde acaba conhecendo Guga, um rapaz que fará de tudo para conquistar sua atenção) e, à noite, Safira vira Ruby, uma cam girl para lá de quente. Uma ligação vem para mudar sua vida, sua tia-avó acaba de morrer e deixa de herança uma gata e um bilhete. Safira decide doar a bichana, porém, com o passar dos dias, elas se apegam e ela acaba desistindo da doação, mas um descuido ao deixar a porta encostada dá mais uma reviravolta na vida da cam girl: Pandora desaparece. Ela, então, decide ler o bilhete deixado pela sua tia-avó e se dá conta de que não foi só sua companheira que desapareceu.

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LUGAR DE ORIGENS

A NETA DE CIBELE

Luca Andrade Classificação indicativa: 16 anos

Nicole Terra Carvalho Classificação indicativa: 16 anos

Produção e Roteiro: Luca Andrade Fotografia e Direção de Imagem: Gedeon Hurtado Elenco: Alexandra Ekaterina, Krystal Fokatruá e Naomi Savage

Roteiro, Edição, Montagem e Finalização: Nicole Terra Carvalho Imagens: Nicole Terra Carvalho e Fernando Ghiaroni Trilha Sonora: Carlos Henrique Neves Elenco: Nicole Terra Carvalho e Cibele de Souza Pimentel

Sinopse: Alocados como acolhides e circundados na insegurança de um prédio situado no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, um grupo de pessoas transvestigeneres retrata suas realidades dentre as diferenças sociais cotidianas, enaltecendo suas potências de maneira a reconhecer e reafirmar seus lugares. Acessar esse universo vai além do que o lugar tem a ofertar, fala sobre existir!

Sinopse: Cibele de Souza Pimentel e Nicole Alice Carvalho de Souza. Avó e neta. Nicole decidiu sair de casa para descobrir mais de si. Cibele a esperava voltar de braços abertos. Hoje, em meio à pandemia de Covid-19, ambas contam como o respeito, a cumplicidade, o carinho e o amor não só salvaram a relação das duas, mas também a vida de uma mulher idosa e de uma mulher trans.

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GRAÇA EM TEMPO DE PANDEMIA

COMO NENHUMA INTELIGÊNCIA JÁ AMOU

Rhany Merces Classificação indicativa: 16 anos

Sophi Saphirah Classificação indicativa: 16 anos

Produção, Câmera, Edição e Finalização: Rhany Merces Trilha Sonora: Kaquinho Big Dog

Roteiro, Fotografia, Montagem, VFX e Animação: Sophi Saphirah Elenco: Eduardo Henrique Bulhos, Bernardo de Assis e Danny Barbosa

Sinopse: Graça enfrenta o isolamento social causado pelo COVID-19 em 2020. Vinda do interior, mãe de travesti, idosa e moradora de favela, o documentário traz a história de força e superação desta mulher espetacular através de lembranças durante a pandemia.

Sinopse: Num mundo onde são naturais a automação das coisas e as desigualdades sociais, seria possível seres humanos desfrutarem de relações afetivas com as máquinas? Uma grande revelação surpreende os milhares de consumidores de uma grande empresa de tecnologia. Até que ponto essa sociedade poderia se sustentar?

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FEMININAÇÃO

AMEI-A

Victoria Helena Classificação indicativa: 16 anos

Vinicius Cassano Classificação indicativa: 16 anos

Produção Executiva e Roteiro: Victoria Helena Direção de Fotografia, Edição e Montagem: Mauro Motta Som e Mixagem: Raphael Negreiros Elenco: Patrícia Pacheco, Victoria Helena e Duda Soares

Produção e Argumento: Vinicius Cassano Identidade Visual: Lara Miranda Trilha Sonora: Gastão Villeroy

Sinopse: Inspirado em poemas da autora Patrícia Pacheco, um grupo de mulheres formadoras de opinião coloca em pauta assuntos tais quais as violências sofridas por mulheres em seu cotidiano. A arte vídeo documental traz relatos da ativista Solange Revoredo, contando um pouco de sua vivência com o abusador, desde agressões físicas e psicológicas à volta por cima e como fundou o GRAM (Grupo de Apoio à Mulher). Colocando em pauta relacionamentos abusivos e os traumas causados por esse tipo de relação.

Sinopse: Inspirado no conto “Pera, uva ou maçã?”, de Caio Fernando Abreu, o curta tem como objetivo mostrar a solidão vivida na quarentena, na perspectiva de objetos inanimados questionando o “novo normal”, mostrando um pouco da rotina e das relações sociais.

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IAUARAETE Xan Marçall Classificação indicativa: 16 anos Produção, Roteiro, Direção de Arte e Montagem: Xan Marçall Finalização: Jane Beatriz Sinopse: Uma casa na periferia de Salvador. É manhã. Uma laje residencial onde se desenrola a situação. ELA, uma mulher Trans de aproximadamente 35 anos, prepara o espaço para uma cerimônia religiosa, Noite de Iauara Etê, entidade encantada das matas virgens, que ELA recebe nas noites de lua cheia. Iauara Etê é gente e bicho, é onça e mulher. Espírito ancestral encarnado, que baixa para comunicar as verdades do mundo.

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SESSão ESPECIAl de abertura

O CEMITÉRIO DAS ALMAS PERDIDAS Rodrigo Aragão FIC, Cor, 4k, 94’, ES, 2020 Classificação indicativa: 16 anos Direção de Produção: Ana Carolina Braga Produção Executiva: Mayra Alarcón Roteiro: Rodrigo Aragão Direção de Arte: Eduardo Cardenas Fotografia: Alexandre Barcelos Montagem: Thiago Amaral Som: Greco Nogueira e Fernando Paschoal Edição de Som: Alexandre Barcelos e Felipe Mattar Trilha Sonora: João Mac Dowell Elenco: Renato Chocair, Allana Lopes, Diego Garcias, Caio Macedo, Clarissa Pinheiro, Roberto Rowntree, Francisco Gaspar e Markus Konká Filmografia do Diretor: Mangue Negro (2008); A Noite do Chupacabras (2011); Mar Negro (2013); As Fábulas Negras (2015); A Mata Negra (2018) Sinopse: Corrompido pelo poder do livro negro de Cipriano, um jesuíta e seus seguidores iniciam um reinado de terror no Brasil colonial, até serem amaldiçoados a viver eternamente presos sob os túmulos de um cemitério. Agora, séculos depois, eles estão prontos para se libertar e espalhar sua maldade em todo o mundo.

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Artista: Hélio Coelho Título: Pele, Medida:1.60cm x 3.80cm. Datada de 2002 Pertence ao Acervo da Galeria de Arte Espaço universitário.


HOMENAGENS

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© Cris Almeida

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Gilberto Gil

Gilberto Gil é um dos artistas que melhor consegue reunir tradição e contemporaneidade em sua obra. Baiano, nascido no sertão do Nordeste, sua carreira começou no acordeon, ainda nos anos 50, inspirado pelo mestre Luiz Gonzaga. Levou sua musicalidade ao violão e à guitarra elétrica, pouco depois, chegando a fundar a Tropicália em 1963, ao lado de Caetano Veloso e outros grandes artistas da época. Além de deixar seu nome marcado no cenário musical brasileiro, Gil emprestou o seu talento para diversas produções audiovisuais, como o filme Eu, Tu, Eles (2000), de Andrucha Waddington, em que atua como curador musical. Fez sua primeira colaboração para o cinema ainda em 1969, no filme Brasil Ano 2000, de Walter Lima Jr., e, no ano seguinte, assinou a trilha sonora de Copacabana Mon Amour, de Rogério Sganzerla. Entre suas diversas outras participações, destacam-se, ainda, os filmes Quilombo (1984) e Um Trem Para as Estrelas (1987), ambos de Cacá Diegues, além das adaptações da obra de Jorge Amado realizadas por Nelson Pereira dos Santos: com a canção “Babá Alapalá” (1977), que abre o filme Tenda dos Milagres, e a música tema de Jubiabá (1987). Já como personagem, Gil aparece nos documentários Doces Bárbaros (1976), de Jom Tob Azulay; Tempo Rei (1996), de Andrucha Waddington, Lula Buarque e Breno Silveira; e Viva São João! (2001), de Andrucha Waddington. Neste ano, o Festival exibirá um trecho do inédito Disposições Amoráveis, de Ana de Oliveira, que traz as percepções do artista passando por Chile, Índia e Uruguai. Sem dúvidas, Gil inspirou diversas obras do cinema nacional, assim como foi inspirado por elas para criar composições e deixar registradas sua sensibilidade e genialidade em diversas trilhas sonoras. Gilberto Gil é a síntese do melhor do Brasil. Uma explosão de talento, carisma, inteligência e representatividade. É uma honra e um prazer reverenciá-lo e, desta forma, homenagear o nosso país. Lucia Caus Diretora do 27º Festival de Cinema de Vitória

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Foto: SergioCardoso

Claudino de Jesus 118


Claudino de Jesus possui uma trajetória múltipla no mundo das artes, em especial no audiovisual. Seu engajamento em causas coletivas, como a defesa da democracia e da diversidade, fizeram-no romper os limites até mesmo em outras áreas de atuação às quais se dedicou, como a medicina, o ensino e o meio ambiente. Natural de Barra de São Francisco, município do noroeste capixaba, produtor, ator, cineclubista, técnico e diretor nas áreas de audiovisual e artes cênicas, Claudino chegou à presidência do Conselho Nacional de Cineclubes no início da década de 1980, na qual ficou até 1995, e retornou a essa função entre os anos de 2004 e 2010. Também ocupou a presidência da Federação Internacional de Cineclubes (FICC) por quase dez anos, de 2010 a 2019. O nome de Claudino de Jesus é um dos principais na retomada do movimento cineclubista brasileiro no início dos anos 2000. Sempre motivado pela prática da militância, Claudino enxerga o cineclubismo para além do debate sobre filmes, percebendo-o como um espaço de diálogo, através do cinema e da cultura, para a formação de cidadania. Esse multitalentoso artista também criou a Verve Produções, em 1986, na qual desenvolveu inúmeras funções em vários filmes, entre eles A Morte da Mulata, de Marcel Cordeiro; O Fantasma da Mulher Algodão, de Margarete Taqueti; Ilhas Caymã, de Gabriel Perrone; O Homem Que Sonhava Fotografia, de Sebastião Ribeiro Filho; Expedição Tabachi, de Claudino de Jesus e Marcel Cordeiro; e Baía do Espírito Santo, de Claudino de Jesus. O Festival de Cinema de Vitória tem a grande felicidade de homenagear esse artista tão importante para o Cinema.

Lucia Caus Diretora do 27º Festival de Cinema de Vitória

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formação WORKSHOP BÁSICO DE ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO COM HSU CHIEN O workshop dará informações básicas sobre as funções do assistente de direção no audiovisual, mostrando a diferença entre as funções no cinema e na TV. Serão abordados documentos importantes realizados pelo assistente de direção: análise técnica, plano de filmagem e ordem do dia, além da importância do software “movie magic” para o profissional. Hsu Chien Hsin Formou-se em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Começou como Assistente de Direção em 1996 e, desde então, trabalhou em mais de 70 longas-metragens como Assistente de Cineastas de sucesso, entre eles: Daniel Filho, Tizuka Yamasaki, Murilo Salles, Rosane Svarztman e Roberto Santucci. Dirigiu 8 curtas-metragens, recebendo mais de 20 prêmios em Festivais brasileiros e internacionais. Entre os prêmios, destaque para Melhor curta de ficção em 2015 por “Flerte”, no Grande Prêmio da Academia de cinema brasileiro, e melhor curta no Labrf 2015. “Meu Preço”, de 2018, realizado com Fabricio Santiago e Felipe Cabral, recebeu 8 prêmios internacionais. No Cinema, dirigiu os longas “Ninguém Entra Ninguém Sai”, em 2018, e “Quem Vai Ficar com Mário?”, em 2020. Na TV, codirigiu as séries “Sexo e as Negas” e “Pé na Cova”, na TV Globo, “Por isso Eu Sou Vingativa”, no Multishow, e “A Dona da Banca”, no Cine Canal Tv Brasil. Também é professor e já deu cursos livres na Darcy Ribeiro e na Escola ABC cursos de cinema. Em 2018, fez parte da comissão do Oscar para escolha do filme brasileiro que representaria o Brasil no evento. PROCESSOS DA MONTAGEM COM PEDRO BRONZ O workshop abordará reflexões sobre os métodos, ou a falta de métodos, dentro de um processo de montagem em um filme documentário.

Pedro Bronz Diretor e montador de cinema e TV. Trabalha com audiovisual desde 1993 passando por todas as fases de realização de um filme; montador, produtor, fotógrafo, roteirista e diretor. Começou sua carreira como assistente de edição de importantes montadores, como Eduardo Escorel e João Paulo de Carvalho. Fez parte da primeira geração de operadores de AVID (primeiro sistema de edição digital) em 1995, ano em que o equipamento começou a operar no Brasil. Posteriormente começou a editar e dirigir. Buscou sempre trabalhar com diferentes linguagens e em diversas produtoras de vídeo e emissoras de TV. Tem experiência com filmes de ficção, documentários, programas de TV, videoclipes, comerciais e institucionais. ASSISTÊNCIA E PÓS-PRODUÇÃO COM ITAUANA COQUET, NAT MIZHER E ANDRÉ ÍNDIO A masterclass apresentará uma visão global da pósprodução e sua importância no desenvolvimento e produção de projetos audiovisuais. Introduzirá questões pertinentes ao uso de imagens de arquivo em documentários e provocará uma reflexão sobre as relações profissionais no mercado. Itauana Coquet Assistente de edição de TV e cinema. Com ênfase em documentários, trabalhou em projetos como Alegorias do Brasil (Murilo Salles, 2018), Caçadores da Alma (Silvio Tendler, 2016), Amores Cubanos (Alice de Andrade, 2018) e Youtubers (Sandra Werneck, 2020). Em ficção, participou de projetos como Sob Pressão – Especial Covid (Andrucha Waddington, TV Globo, 2020) e Reality Z (Claudio Torres, Netflix, 2019). Possui graduação e mestrado em cinema pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Nat Mizher Produtora de finalização na TvZero Cinema. Já finalizou diversos longas-metragens, sendo seu último trabalho o documentário Os Quatro: Paralamas, que estreou há pouco no festival É Tudo Verdade. Também finaliza séries televisivas e curtas-metragens, sendo que seu último curta, Viva

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Alfredinho!, foi ganhador do prêmio de melhor curta documentário do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Tem formação em montagem pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro e é sócia-fundadora da edt.

e de mais de 80 prêmios nacionais e internacionais. Produziu e roteirizou também o curta-metragem “Um Lugar Comum”, vencedor do grande prêmio do júri no “Festival Internacional de Animação do Uruguai”.

André Índio Editor e Finalizador, começou em 2009 como logger e assistente de montagem. Especializou-se em finalização e pós-produção, sua área principal de atuação nos últimos anos. Hoje, trabalha como coordenador de pós-produção das novelas da Record pela Casablanca/RJ.

DISTRIBUIÇÃO NO CINEMA COM CAVI BORGES A masterclass abordará formas de distribuição de filmes, incluindo festivais, cineclubes, steaming, cinemas, internet e DVD. Procurará responder a perguntas como: O que fazer com o meu filme depois de pronto? Alguém quer ver meu filme? Como vender meu filme? Além disso, trará discussões acerca de como ganhar dinheiro com seu curtametragem e quais são os caminhos alternativos para distribuir seu filme.

COMO PRODUZIR UM CURTAMETRAGEM COM TIAGO MINAMISAWA A masterclass irá apresentar e detalhar as etapas de produção de um curta-metragem (direcionado para curtas de animação, mas abrangendo qualquer linguagem) da ideia até a distribuição de um filme. Para ilustrar as etapas e comentar experiências próprias do autor, iremos apresentar os curtas que ele produziu. O encontro tem como objetivo o estímulo da criação e imaginação, bem como fomentar a curiosidade e dar ferramentas para o desenvolvimento da produção de conteúdos autorais. Ao final da segunda aula, haverá um tempo para consultoria de projetos dos participantes. Tiago Minamisawa Diretor, roteirista e produtor do curta-metragem “Sangro”, ganhador dos prêmios “Silver Hugo de Melhor Filme de Animação” no Festival de Chicago 2019, “Melhor Curta-Metragem Brasileiro” e “Melhor Documentário” no Anima Mundi 2019, do “Prêmio Itamaraty de Melhor Curta-metragem” no Festival Kinoforum 2019, “Melhor Filme do Júri Popular” no Festival de Vitória, do “Kikito” no Festival de Cinema de Gramado 2019, “Melhor Curta-Metragem Brasileiro” no Festival Animage 2019; o filme também foi selecionado para mais de 70 festivais internacionais, entre eles, o Festival de Animação de Annecy (considerado o Oscar do cinema de animação), Festival de São Francisco, Interfilm Berlim e Nouveau Cinéma de Montreal. Produziu e roteirizou o curta-metragem “Guida”, de Rosana Urbes, ganhador do prêmio Jean-Luc Xiberras no “Festival Internacional de Animação de Annecy 2015”

Cavi Borges Diretor, produtor e distribuidor de filmes nacionais. Como diretor, já fez 15 longas e 52 curtas. Como produtor, já fez 81 longas e 154 curtas, ganhando 178 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Começou a distribuir seus filmes há 10 anos, tendo lançado nos cinemas e TV mais de 50 títulos nacionais. Recentemente, tornouse coordenador do Festival RECINE (de filmes de arquivo) e tem trabalhado na conservação e divulgação das obras de importantes diretores veteranos do Brasil. BATE-PAPO BANDA SONORA: DO PROCESSO CRIATIVO AO BUSINESS COM DJ DOLORES DJ Dolores Veterano da cena Manguebeat, DJ Dolores está na ativa há mais de 20 anos, com várias turnês mundo afora e seis álbuns com trabalhos solos e trilhas sonoras. Já remixou faixas de Chico Buarque, Tribalistas, Bob Marley, Sizzla, Perez Prado e Taraf de Haïdouks, entre outros. Seu remix para Gilberto Gil foi lançado pela revista americana Wired como parte do projeto “Rip, Mash, Sample, Share”. Como compositor de trilhas sonoras, participou de vários filmes, destacando-se “A Máquina”, “Narradores de Javé”, “O Som ao Redor” e, mais recentemente, “Amor, Plástico e Barulho”. Seu trabalho para o filme “Tatuagem” ganhou como melhor trilha sonora no Festival de Cinema de

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Gramado. Também compôs músicas originais para teatro e dança. Premiado com o BBC de World Music, na categoria “Club Global”; ganhou duas vezes o Prêmio da Música Brasileira com seus discos. OLHAR CRÍTICO 2020: UMA ESTÉTICA PANDÊMICA COM FILIPPO PITANGA Vamos abordar um olhar sobre a Crítica cinematográfica diante de 2020. A Estética distópica no cinema e o distanciamento social como ética de produção criativa na pandemia. Iremos debater métodos e democratização do acesso cultural através da crítica em exercícios online como de curadoria, cineclubismo e grupos de estudo a partir da virtualidade quarentenada. Falaremos sobre como a distância pode gerar união e ajudar a decolonizar o olhar a partir da pluralidade de encontros. Filippo Pitanga Jornalista e advogado, atuando como crítico, curador e professor de cinema. Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro - ACCRJ. Professor na Academia Internacional de Cinema AIC. Curador do Festival Internacional Colaborativo Audiovisual - FICA.VC. Curador de Cineclubes no Estação Net de Cinema. Editor-chefe do Almanaque Virtual. Colaborador da Justificando da Carta Capital. Membro do Podcast Cinema em Série. Colaborador do Cinema Para Sempre, Vertentes do Cinema, Tabula Rasa e Cine Eterno. ROTEIRO COM JOSÉ ROBERTO TORERO A masterclass falará sobre como dar o primeiro passo no seu roteiro. E o segundo, e o terceiro. José Roberto Torero Escritor, diretor e roteirista. Formado em Letras e Jornalismo, cursou pós-graduação em Cinema e Roteiro. Dirigiu vários filmes e é autor de 41 livros, além de roteiros para cinema e tevê, como do quadro “Retrato Falado”, da Rede Globo. Entre os roteiros de filmes que assina, está o de “Uma História de Futebol”, finalista do Oscar em 2001. Já entre os livros publicados, está “O Chalaça”, vencedor do prêmio Jabuti de Romance.

* O Festival agradece a Natara Ney pela curadoria das Masterclasses e dos Workshops.

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premiações 24ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) Troféu Vitória – Prêmio Especial do Júri Troféu Vitória – Melhor Direção Troféu Vitória – Melhor Roteiro Troféu Vitória – Melhor Contribuição Artística Troféu Vitória – Melhor Interpretação

4ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) 3ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) 2ª MOSTRA DO OUTRO LADO - CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) PREMIAÇÕES EXTRAS:

10ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) Troféu Vitória – Melhor Direção Troféu Vitória – Melhor Roteiro Troféu Vitória – Melhor Contribuição Artística Troféu Vitória – Melhor Interpretação

Link Digital:

10ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular)

• Finalização de até 15 minutos para o Melhor Filme eleito pelo Júri Técnico da 10ª Mostra Quatro Estações com prazo de até 1 ano para o uso.

9ª MOSTRA CORSÁRIA Troféu Vitória – para os dois melhores filmes (Júri Técnico e sem ordem classificatória) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular)

Centro Técnico do Audiovisual (CTAv):

9ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) 7ª MOSTRA OUTROS OLHARES Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) 5ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular) 5ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Técnico) Troféu Vitória – Melhor Filme (Júri Popular)

• 4 horas de correção de cor e encode para DCP de curta de até 15 minutos para o Melhor Filme da 5ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. DOT:

• Empréstimo de equipamentos (Black Magic Sony Ursa e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o Melhor Filme da 24ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. • Empréstimo de equipamentos (Black Magic Sony Ursa e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o Melhor Filme da 5ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. ABD Capixaba: • Prêmio ABD Capixaba para o Melhor Filme da 24ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido por Júri Técnico da ABD Capixaba.

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júri

Rodrigo de Oliveira Diretor, roteirista e montador, nascido em Volta Redonda/ RJ, em 1985, e radicado no Espírito Santo desde 2001. Vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro pelo documentário “Todos os Paulos do Mundo (codirigido por Gustavo Ribeiro, 2018), dirigiu, ainda, os longasmetragens de ficção “As Horas Vulgares” (codirigido por Vitor Graize, 2011) e “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” (2015). Lançou também os curtas-metragens “Eclipse Solar” (vencedor do Prêmio Aquisição Canal Brasil, 2016), “Ano Passado Eu Morri” (2017) e “Os Mais Amados” (2019). Atualmente trabalha na finalização de seu quarto longametragem, a ficção “Os Primeiros Soldados”, com previsão de lançamento em 2021.

24ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS / 9ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Natara Ney Natara Ney é formada em jornalismo pela PUC-PE, cursou Teoria da Montagem na Universidade de Brasília. Mudouse para o Rio em 1993, onde trabalha como montadora. Como editora, é conhecida pelos trabalhos em “Tainá 3” e “Desenrola”, de Rosane Svartman; “O Mistério do Samba”, de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor; “Todas as Mulheres do Mundo” e “Separações”, de Domingos de Oliveira; bem como nas séries de TV “Ó Paí, Ó”, de Monique Gardenberg, e “Novas Famílias”, de João Jardim; no documentário “Divinas Divas”, sobre a primeira geração de artistas travestis brasileiras, dirigido pela atriz Leandra Leal, e, mais recente, no documentário “A Última Abolição”. Após a formação em Jornalismo, Natara fez cursos de roteiro e produção. Em 2010, escreveu e dirigiu o curta “Um Outro Ensaio”, premiado nos festivais de Gramado, Triunfo. Assinou o roteiro dos documentários “O Mistério do Samba”, “A Última Abolição”, “Além Hamlet” e “Divinas Divas”. Estreia na direção de longas-metragens com dois projetos que estão em fase de finalização.

10ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS Bel Kutner Atriz, diretora de teatro. Já apresentou várias edições do Festival de Cinema Vitória e participou do júri de Curtas. No momento, escreve na Veja Rio Online e aguarda a retomada das gravações da novela “Nos Tempos do Imperador”, na TV Globo, e o lançamento do filme “Canta pra Subir”, da Migdal Filmes.

Gustavo Cheluje

Tiago Minamisawa Diretor, roteirista e produtor do curta-metragem “Sangro”, ganhador dos prêmios Silver Hugo de Melhor Filme de Animação, no Festival de Chicago 2019; Melhor Curta-Metragem Brasileiro e Melhor Documentário, no Anima Mundi 2019; do Prêmio Itamaraty de Melhor Curta-Metragem, no Festival Kinoforum 2019; Melhor Filme do Júri Popular, no Festival de Vitória 2019; do Kikito, no Festival de Cinema de Gramado 2019; Melhor Curta-Metragem Brasileiro, no Festival Animage 2019; o filme também foi selecionado para mais de 70 festivais internacionais, entre eles o Festival de Animação de Annecy (considerado o festival mais importante do cinema de animação mundial), Festival de São Francisco, Interfilm Berlim e Nouveau Cinéma de Montreal. Produziu e roteirizou o curta-metragem “Guida”, de Rosana Urbes, ganhador do prêmio Jean-Luc Xiberras, no Festival Internacional de Animação de Annecy 2015, e de mais de 80 prêmios nacionais e internacionais. Produziu e roteirizou também o curta-metragem “Um Lugar Comum”, vencedor do grande prêmio do júri no Festival Internacional de Animação do Uruguai.

Psicólogo, jornalista, assessor de imprensa e crítico de cinema. Possui experiência de 20 anos em cobertura e curadoria em festivais nacionais e internacionais. Tem textos publicados em diversos jornais, revistas e sites da internet. Atuou nos jornais A Gazeta e Gazeta Online.

Cristina Amaral Paulista e formada em Cinema pela ECA-USP, é responsável pela montagem de filmes de diretores como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Denoy de Oliveira, Edgard Navarro, Guilherme de Almeida Prado, Joel Yamaji, Carlos Adriano, Lina Chamie, Paula Gaitán, Raquel Gerber, entre outros. A parceria com Carlos Reichenbach iniciou-se em “Alma Corsária”, premiado no Festival de Brasília, e rendeu diversos filmes posteriores, como “Dois Córregos”, “Garotas do ABC”, “Bens Confiscados” e “Falsa Loura”. Com Andrea Tonacci, seu companheiro de vida, coordenou a produtora Extrema Produção Artística e assinou a montagem de “Paixões”, “Serras da Desordem” e “Já Visto, Jamais Visto”, entre outros. Mais recentemente, tem feito trabalhos ao lado de jovens realizadores, como Adirley Queiroz, Thiago B. Mendonça, Djin Sganzerla, Jo Serfaty e Renata Martins.

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10ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Marcio Rosário Natural de Santos/SP, tem mais de 35 anos de experiência nas funções de ator, diretor e produtor executivo em teatro, cinema e televisão no Brasil e no mundo. Em 1992, mudouse para os Estados Unidos para estudar na renomada escola de interpretação Lee’s Strasberg e, em 1997, entrou no American Film Institute, onde se graduou como produtor executivo em Cinema e TV Business, trabalhando como assistente de produção, gerente de produção, diretor de produção e produtor executivo na Hallmark Studios, MTV Latin America e na NBC Latin Division. Foi convidado pelo diretor japonês Takashi Miikie para se juntar ao elenco principal de “The City Of The Lost Souls”. Trabalhou com a aclamada diretora romena Pouran Deherrkian no filme “Bitterland” como ator e line producer e, em seguida, com a diretora mexicana Jackie Torres para o filme “El Precio Del Norte”, no qual foi responsável pela preparação do elenco. No cinema americano, participou de vários filmes, como: “Os Mercenários”, “Efeito Colateral”, “O Escorpião Rei”, “Além da Linha Vermelha”, “Clube da Luta”, “A Filha do General”, “Sobrou para Você”, entre outros. Na TV americana, foi contratado da soap opera “Days Of Our Lives” por dois anos, no papel do Oficial Santos. Participou também de “Sunset Beach” (NBC), “Passion” (NBC), “The Bold and The Beautiful” (CBS), “Young and The Restless” (CBS) e “General Hospital” (ABC). Em 2005, participou da novela “Belíssima”, na TV Globo, e de várias outras, desde então, como “Flor do Caribe”, “Cheias de Charme”, “Araguaia”, “O Profeta”, “Pé na Jaca”, “Cobras e Lagartos”, “Sol Nascente”, “Malhação”, “Dupla Identidade”, “Supermax”. Na TV Record, fez: “Vidas Opostas”, “Poder Paralelo” e “Bicho do Mato”. Em 2015, fez o personagem Bazunga, em “I Love Paraisópolis”, da TV Globo, e no Cinema, em 2016, fez um dos personagens centrais do premiado filme brasileiro “Deserto”, dirigido por Guilherme Weber. Como diretor de teatro, assinou, em 2016, o sucesso LGBT “Bruta Flor”. Os espetáculos “A Bola Mágica”, para crianças, e a comédia “As Malvadas” também tiveram direção e produção de Rosário. Em 2018, filmou o seriado brasileiro da Netflix “Sintonia” e o seriado “Rotas do Ódio”, para Universal TV Brasil.

Danny Barbosa Danny Barbosa é atriz atuante no cenário teatral paraibano desde o ano de 2001 com peças nos segmentos infantil, infanto-juvenil e adulto. No audiovisual, participou dos longas-metragens: “O Seu Amor de Volta (Mesmo Que Ele Não Queira)”, de Bertrand Lira, “Sol Alegria”, de Tavinho Teixeira, e o premiado no 72°Festival de Cannes “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Também

é professora de Língua Portuguesa formada pela UFPB e colunista do site Nossa Fala.

Hsu Chien Nascido em Taiwan, em 1967, vive no Brasil, no Rio de Janeiro, desde 1970. Formou-se em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Começou como Assistente de Direção em 1996 e, desde então, trabalhou em mais de 70 longas-metragens como assistente de cineastas de sucesso, entre eles: Daniel Filho, Tizuka Yamasaki, Murilo Salles, Rosane Svarztman e Roberto Santucci. Dirigiu mais de oito curtas-metragens, recebendo mais de 20 prêmios em festivais brasileiros e internacionais. Entre os prêmios, destaque para Melhor Curta de Ficção, em 2015, por “Flerte”, no Grande Prêmio da Academia de Cinema Brasileiro, e Melhor Curta no Labrff 2015. Em 2014, foi convidado para dirigir uma série no Multishow: “Por Isso Eu Sou Vingativa”. No mesmo ano, foi convidado por Miguel Falabella e a diretora geral Cininha de Paula para dirigir na Rede Globo dois seriados: “Sexo e as Negas” e “Pé na Cova”. Em 2017, dirigiu seu primeiro longa-metragem: “Ninguém Entra Ninguém Sai”, baseado em conto de Luis Fernando Veríssimo e distribuído pela Imagem Filmes. Em 2019, dirigiu seu segundo longametragem, “Quem Vai Ficar com Mario?”, com distribuição da Paris Filmes e Warner.

9ª MOSTRA CORSÁRIA Gabriele Stein Formada pela Academia Internacional de Cinema de São Paulo (AIC-SP), atua na área de direção e montagem desde 2008. Assina a direção do curta-metragem “Delete Love” e “Míope”. Trabalhou no processo de edição e finalização do documentário “Cavalo Ferro”, de Gui Castor, “Homens”, de Lucia Caus, além da série de televisão da Multishow “Tá Gostando do Show”. Também trabalhou como assistente de direção no longa-metragem “Os Incontestáveis”, de Alexandre Serafini, “Teobaldo Morto, Romeu Exilado”, de Rodrigo Oliveira, “Punhal”, de Luisa Lubiana, entre outros.

Daniela Zanetti Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas, é professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde coordena o grupo de pesquisas Cultura Audiovisual e Tecnologia (CAT). É autora de “O cinema da periferia: narrativas do cotidiano, visibilidade e reconhecimento social” (Edufba) e co-organizadora de “Comunicação e territorialidades: poder e cultura, redes e mídias”

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(Edufes). Possui diversos artigos sobre cultura audiovisual publicados em revistas acadêmicas.

Sebastião Ribeiro Filho – Tião Xará Natural de Castelo-ES, formado em Direito pela UFES, com especialização em Direito Ambiental pela Universidade do Amazonas. Participante do Cineclube Universitário, fundador e primeiro Presidente da Federação de Cineclubes do Espírito Santo. Autor dos livros “ARDORARTE”, poesia; “Casas de Muqui”, fotos e textos; “Belezas Naturais do Espírito Santo”, fotos, textos e mapas; e “Queda Livre”, poesia. Na área de fotografia, atuou em exposições individuais e teve participação em coletivas. Músico, com composições gravadas e participação em festivais. Na área do audiovisual, é autor do roteiro, da música e diretor do curta “O Homem Que Sonhava Fotografia”; tem participação na direção coletiva e fez a produção do documentário “Imprensados: A Luta Pelo Território Quilombola do Sapê do Norte-ES”; fez produção de três vídeos de Cloves Mendes e é autor de roteiros ainda inéditos.

7ª MOSTRA OUTROS OLHARES Luciana Gama É Mestre em Educação (UFES), Especialista em Tecnologias Educacionais (IFES), MBA em Marketing e Mídias Digitais (MMurad/FGV), Especialista em Estudos em Imagem e Mídia (Faculdade Cândido Mendes/Vitória) e Graduada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda (UFES). Trabalha com produção audiovisual, sendo a sua principal atuação em televisão, na qual está há mais de 20 anos, na afiliada da Globo no Espírito Santo, a TV Gazeta. Nesta emissora, trabalhou na antiga Central Gazeta de Produções e nos programas de entretenimento Em Movimento e Conexão Geral. Atualmente é roteirista, produtora e diretora de chamadas de programação, no setor de PROMO da TV Gazeta. Além da televisão, realiza projetos independentes com a produção de documentários. E na área da educação, trabalhou como professora universitária, ministrou oficinas de formação audiovisual com o projeto A Gazeta na Sala de Aula e ministra oficinas de formação cineclubista em parceira com a equipe do Cineclube Rota dos Parques.

Bárbara Cazé Maia É Pedagoga (UEFS), Mestra em Educação (UFES) e doutoranda em Educação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Idealizadora e coordenadora do Cineclube Afoxé. Organizadora do livro “Mulheres negras na tela do cinema” (Editora Pedregulho, 2020).

Bernard Lessa É diretor de cinema e fotógrafo com base em Vitória, Espírito Santo. Sócio-proprietário da Rede Produções, realizou os curtas-metragens “Liberdade, Avenida” (2013); “Tejo Mar” (2013); “Sopro, Uivo e Assobio” (2015) e “A Casa Térrea” (2017); e os longas-metragens: “A Mulher e o Rio” (2019) e “A Matéria Noturna” (2021).

5ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Kassandra Brandão Atriz, preparadora de elenco e arte-educadora. Formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Especialista em Arte e Educação pelo Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa (CINTEP). É membro integrante dos grupos Graxa de Teatro, Parahyba Rio Mulher e Coletivo Atuador. Também é professora de arte da rede municipal de ensino de João Pessoa/PB. Atuante no teatro e no audiovisual, tem em sua trajetória artística vários espetáculos teatrais, longas e curtas-metragens. Dentre eles, destacam-se os espetáculos “Instruções para Ser Humano”, com direção de Daniel Porpino; “Travessia”, monólogo escrito e atuado pela própria atriz, com direção de Cely Farias; “Parahyba Rio Mulher”, com direção coletiva do grupo; e os filmes “Rosas”, de Ivann Willig; “O Terceiro Velho”, de Marcus Vilar; e “Ambiente Familiar”, de Torquato Joel. Como preparadora de elenco, seus principais trabalhos foram nos filmes “Quando Decidi Ficar,” de Maycon Carvalho; “Viver É Melhor Que Sonhar”, de Mariana Camillo, e “Escadas”, de Thales Barbosa. Já participou com seus espetáculos teatrais e seus filmes de importantes festivais nacionais, como o Festival de Teatro de Presidente Prudente, em São Paulo, o Festival de Teatro de Cachoeiro de Itapemirim e o Fest Cine Pedra Azul, ambos no Espírito Santo, Curta Taquary, em Pernambuco, Fest Aruanda e Comunicurtas, na Paraíba, dentre outros. Em 2019, participou pela primeira vez de um festival de cinema internacional, o Los Angeles Brazilian Film Festival - LABRFF, em Hollywood, nos Estados Unidos. Kassandra também ministra oficinas de Iniciação Teatral e de Atuação para a Câmera e já recebeu quatro prêmios de Melhor Atriz, nos festivais: The Scene Festival - Maryland - EUA, Fest Cine Pedra Azul - ES, Comunicurtas - Campina Grande e no Curta Coremas, em Coremas, ambos no estado da Paraíba. No ano de 2013, foi a Atriz Homenageada do Festival de Teatro Aldeia SESC, na cidade de João Pessoa - Paraíba.

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Samantha Brasil

Adriane Nunes

Pesquisadora e crítica de cinema, com mestrado em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFRJ). Curadora do Cineclube Delas, no Rio de Janeiro, que tem enfoque no cinema realizado por mulheres. Integrou a equipe de curadoria de festivais de cinema, como o Festival Internacional Colaborativo Audiovisual (2019) e o Fest Cine Pedra Azul (2020). Cofundadora das Elviras - Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema e escreve sobre cinema no Delirium Nerd. Integrou a equipe do podcast Feito por Elas de julho de 2016 a fevereiro de 2019. Compôs diversos júris em festivais de cinema nacional e internacional, como: Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (júri da crítica), Curta Cinema, Festival Internacional Latino Americano Mujeres en Escena, Recine - Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Femina - Festival Internacional de Cinema Feminino, Festival Visões Periféricas, Cinefantasy Festival Internacional de Cinema Fantástico, entre outros.

Capixaba e preta. Pesquisadora, cineclubista e educadora. Graduada em Geografia pela UFES, pesquisou e fotografou diversas comunidades tradicionais da costa do Espírito Santo, no bacharelado e na especialização em Análise de Recursos Hídricos, na mesma instituição. Cineclubista desde a juventude, fundou o Cineclube Terra (2008), Cinefotoclube Ilha (2011), Cine Farol (2012) e Cine Valente (2015), num diálogo entre audiovisual, educação, cidadania e altas habilidades. Enquanto Coordenadora do Núcleo de Altas Habilidades da SEDU, fundou e coordenou o Núcleo Cineclubismo e Potencialização de Talentos, no qual, por meio de estudos dirigidos e práticas com audiovisual, potencializa até hoje talentos de alunos da rede pública estadual. Ainda através do NAAH/S, realizou uma parceria com o projeto “Inventar com a Diferença Cinema e Direitos Humanos” (UFF e Secretaria de Direitos Humanos), no qual alunos do Núcleo receberam oficinas e formações ligadas à produção audiovisual, sob coordenação do professor Marcos Valério Guimarães (2018). Foi membro fundadora da Organização de Cineclubes Capixabas (OCCa), sendo secretária e tesoureira da instituição entre 2009 e 2018. Roteirizou e dirigiu o documentário “Quinzinho Vai ao Cinema” (2009) e é frequentadora assídua do Festival de Cinema de Vitória desde sua primeira edição.

Viviane Pistache Preta das Gerais. Graduação em Psicologia pela UFMG. Roteiro e Direção pela Academia Internacional de Cinema AIC/SP. Doutoranda em Psicologia e Cinema pela USP. Crítica de Cinema para o Geledés. Pesquisadora para roteiros pela Globo. Foi assistente no Setor de Desenvolvimento da Produtora Casa de Criação Cinema (2009-2018) nos projetos dirigidos por Joel Zito: argumento, sinopse, pesquisa e roteiros dos documentários: “Cinderelas, Lobos e Um Príncipe Encantado” (2009), “Raça” (2013), “Meu Amigo Fela” (2019) e assistente de direção no longa de ficção “O Pai da Rita”. De 2018 a 2020, foi assistente no Setor de Desenvolvimento de Roteiros da O2 Filmes, atuando em diversos projetos em distintas fases de desenvolvimento ou prospecção, como o longa “Marighella”, as séries “Pico da Neblina” (HBO) e “Irmandade” (Netflix).

Clementino Junior Cineasta, educador audiovisual, doutorando em Educação (GEASur/UNIRIO) e fundador do CAN - Cineclube Atlântico Negro.

4ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Simone Marçal

5ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Tamyres Batista Negra, poeta e estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do Cineclube Nome Provisório, com o qual dirigiu coletivamente os curtasmetragens-poemas “RASPAGE” e “MARROM”, e também do Cineclube Teresa de Benguela; foi produtora e locutora do programa de rádio Afro-Diáspora entre os anos de 2015 e 2018. Integrou as publicações “De Zacimbas a Suelys: Coletânea Afro-Tons de Expressões Artísticas de Mulheres Negras no ES” e “Elas em Órbita”, ambas lançadas em 2017. Tem lutado para garantir o direito de fabular e habitar dentro do próprio sonho.

Graduada em Rádio e TV e pós-graduada em Gestão Cultural. Atua como produtora e consultora de projetos. Parecerista do Ministério da Cultura - SAV (Secretaria do Audiovisual e da Ancine), atua também como curadora. É sócia da MM Projetos Culturais, na qual realizam consultoria, idealização, produção, gestão administrativa e financeira de projetos, além de fazerem a direção e curadoria do Formemus e do Marien Calixte Jazz Music Festival.

Barral Lima Fundador e Presidente do SINDAV – Sindicato da Indústria do Audiovisual de Minas Gerais É CEO do grupo UN Music, no qual atua como compositor, produtor musical e diretor artístico. Compôs centenas de trilhas sonoras para filmes publicitários, documentários, TV e cinema. Dirige e

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Luis Paiva

produz a série musical “Ultra Sessions”, na qual apresenta o trabalho de artistas e bandas de todo o Brasil, exibida pelo canal a cabo Woohoo e RTP, de Portugal, além do canal exclusivo no Youtube. É idealizador e produtor dos festivais Hiphop.doc, Palco Ultra e Marte Festival.

É professor licenciado em História, Secretário Municipal de Cultura de São Félix do Araguaia/MT. Dirigiu e roteirizou o filme “Borboletas Amarelas”, foi produtor local do longametragem “Descalço Sobre a Terra Vermelha”, é realizador e curador do Cine Clube Maresia. Também é idealizador e realizador do Projeto Cinema na Kombi.

Paula Rocha Formada em Técnica em Direção Cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema (AIC) e estudante de Sociologia pela UFF. Já realizou cinco curtas pela AIC, atuando principalmente na Direção de Fotografia. Foi escolhida para trabalhar na série da Netflix “Reality Z” como assistente de finalização. Foi também jurada do Festival Internacional Colaborativo de Audiovisual - FICA.VC em 2019. Com seu projeto de formação em cinema, a websérie “Som de Preto”, garantiu o prêmio de “Super Projeto coprodução com a França” no RIO WEBFEST 18; ganhou o prêmio de Melhor Documentário no Filmworks Film Festival 2019 com o curta “Ninguém Fica Parado”. Além disso, fez direção de fotografia do curta “Sábado Não É Dia de Ir Embora”, selecionado para a 23ª Mostra de Tiradentes, Curta Kinoforum e outros festivais brasileiros.

2ª MOSTRA DO OUTRO LADO – CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR Monica Trigo Gestora Cultural com graduação em Comunicação e Ciências Sociais. É Diretora de Desenvolvimento e Promoção de Audiovisual da Empresa Mineira de Comunicação - EMC. Foi Secretária de Cultura dos municípios de Paulínia e Ilha Comprida, Chefe da Representação do Ministério da Cultura nos estados da Bahia e Sergipe e Assessora do Ministro da Cultura. Compôs diversos júris técnicos de festivais de cinema e comissões de avaliação de projetos. Foi responsável pelo Pólo Cinematográfico de Paulínia e as políticas de fomento, difusão e formação. Realizou a 1ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na Rua, em Salvador; o 5º e 6º Paulínia Film Festival e as 8ª, 9ª e 10ª edições do Cinefantasy - Festival Internacional de Cinema Fantástico. É presidente da FANTLATAM - Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantástico.

3ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL Cloves Mendes Diretor/produtor/roteirista com mais de 40 anos no mercado do audiovisual. Com mais de 800 produções (documentários, ficção, clipes, publicidades) e vários prêmios em festivais estaduais, nacionais e internacionais. Biólogo e membro fundador da Associação Capixaba de Proteção Ambiental - ACAPEMA. Tem 35 documentários dirigidos sobre questões ambientais do Espírito Santo.

Máyra Alarcon

Martha Tristão É professora titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFES. Coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudo em Educação Ambiental (NIPEEA) do Centro de Educação da UFES/ ES. Pesquisadora das relações entre o lugar, as culturas e as produções narrativas de comunidades e escolas, processos de interdependência natureza/cultura e de descolonização do pensamento. Publicou vários artigos em revista e periódicos, livros e capítulos de livros. Atua e integra vários movimentos e organizações não governamentais na defesa do meio ambiente e da educação.

Com estudos em Letras e formada em atuação, iniciou a carreira no cinema, junto de Rodrigo Aragão, na Fábulas Negras Produções, em 2006, atuando em diferentes áreas (Assistente de Direção, Produção de Set, Figurinista, Direção de Produção, Atuação), mas criou raízes e se especializou na Produção Executiva, sendo a responsável por esta nos longas-metragens: “As Fábulas Negras”, “A Mata Negra” e “O Cemitério das Almas Perdidas”. No comando da Fábulas Negras Produções, Mayra Alarcón já viu nascer cinco filmes de longa duração e três curtasmetragens, e se envolveu na construção e idealização de todos os projetos desenvolvidos pela empresa, desde a sua fundação. O sexto filme, “O Cemitério das Almas Perdidas”, significou o maior desafio e, sem dúvidas, a produção mais empolgante e envolvente até o momento. Com muitos projetos - e sonhos - em mente, o principal objetivo da produtora é continuar se aprofundando na arte cinematográfica e, principalmente, no gênero fantástico, que é tão apaixonante, variado e prolífico.

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Bertrand Lira Professor Doutor do Departamento de Comunicação em Mídias Digitais e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), graduado em comunicação social e mestre em Sociologia também pela UFPB. Realizador, dirigiu diversos documentários de curta, média e longa-metragem em super-8, 16mm e vídeo (“Bom Dia Maria de Nazaré”, “O Senhor do Engenho”, “Crias da Piollin”, “Homens”, “O Rebeliado” e “O Diário de Márcia”, “O Seu Amor de Volta”, entre outros), premiados em festivais no Brasil e no exterior, entre eles, o JVC Grand Prize do 26º Tokyo Video Festival e o Excellence Award do JVC Tokyo Video Festival de 2004. Foi aluno de estágios em documentário no Atelier de Réalisation Cinématographique (VARAN) em Paris (1982 e 1986). Autor dos livros “Fotografia na Paraíba: Um inventário através do retrato (1850-1950)” (1997), “Luz e Sombra: significações imaginárias na fotografia do cinema expressionista alemão (2013)” e “Cinema Noir: a sombra como experiência estética e narrativa” (2015).

PRÊMIO ABD CAPIXABA Diego de Jesus Bacharel em Cinema e Audiovisual pela UFES. Morador de Vitória/ES desde 2008, tem produzido obras audiovisuais que dialogam narrativamente com as estéticas que as novas mídias têm gerado. É um dos sócios da produtora Ventania, sediada em Vitória. No cinema, dirigiu o curta de ficção “Pela Janela” (2016) e os documentários “Invisível” (2015) e “Impeachment” (2016), este último exibido em diversos festivais pelo país. Atualmente é presidente da ABD Capixaba.

Rodrigo Cerqueira Jornalista e documentarista, sócio da produtora Andaluz Filmes. Dirigiu as séries de TV “Relatos Ausentes” e “Sou Casaca”, em parceria com o Canal Futura, e codirigiu os documentários “Congo Santo” e “Acerca da Pele”. Atuou como montador e produtor executivo em vários outros trabalhos.

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agradecimentos ABD/ES Abraccine Adriane Nunes Alexandre Benon Alfredo Bertini Alisson Prodlik Altair Caetano AMBEV Anaise Perrone André De Biase André Dib André Saddy Andreia Lopes Andy Malafaia Angela Buaiz Anselmo Vasconcellos Antonio Claudino de Jesus Antonio Leal Ariadne Mazetti Armando Babaioff Banestes Barral Lima Beatriz Lindenberg Bel Kutner Bernadete Duarte Bahe Bernadette Lyra Bertrand Lira Brena Ferrari Bruno Isidro Café Lindenberg Canal Brasil Cariê Lindenberg Carla Buaiz Carolina Castro Carolina Ruas Cézar Baptista Christian Petermann in memorian Cláudia Cabral Clementino Junior Cloves Mendes Cristiano Rio Branco Cristina Amaral Daniel Morelo Daniela Fernandes

Daniela Zanetti Danny Barbosa David Silveira David Tygel Deputada Federal Dra. Soraya Manato Diego de Jesus Edilson Pedrini Edina Fujii in memorian Edson Francisco do Rosário Eduardo Fachetti Elynes Soares in memorian Emerson Rodrigues Erika Almenara Ériton Berçaco Erly Vieira Jr Fabrício Noronha FAM Festival Fernanda Borel Festival do Rio Filippo Pitanga Financial Contabilidade Flavio Figueiredo Assis Fórum dos Festivais Gabriela Nogueira Gegê Produções Gilberto Alexandre Sobrinho Gilberto Gil Gisele Arantes Giselle Goldine Tiso Governo do Estado do Espírito Santo Gustavo Cabral Vieira Gustavo Cheluje Heber Trigueiro Hegli Lotério Helena Peregrino Herta Torres Hsu Chien Instituto Marlin Azul Itamar Palauro Ivan Mello Jace Theodoro Jacob Santos Delbone João Guilherme Delbone Vieira Johnny Hooker Jorge Bodanzky José Amarildo Casagrande José Regio Sallas José Roberto Santos Neves José Roberto Torero

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Joyce Castello Kassandra Brandão Katerina Polemi Katia Adler Lara Rosado Leila Bourdoukan Leiliane Krohling Vieira Lena Cogo Lenise Loureiro Link Digital Lívia Corbellari Liz Donovan Lucia Regina Ribeiro Barroso Luciana Gama Luciane Ventura Luciano Rezende Luis Paiva Luisa Mendes Arruda Luiz Carlos Lacerda Luiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Vadico Maíra Freitas Ferreira Marcelo Lages Marcelo Siqueira Marcio Rosário Marcos Frizera Marcoz Gomez Margarete Taqueti Maria Alice Lindenberg Maria Gil Maria Gladys Maria Virginia Casagrande Marília Naccari Maristela Pereira Martha Tristão Mateus Nachtergaele Meny Lopes Miguel Delbone Vieira Milly Cruz Mistika Nardo de Oliveira Natara Ney Neusa Mendes Nonato Freire in memorian Orlando Bonfim Orlando da Rosa Farya Otto Guerra Palavra! Assessoria de Comunicação Paula Rocha

Paulo Boccato Paulo Hartung Paulo Prot Priscila Gama Rafael Braz Raisa Andrade Rede Gazeta Rede Tribuna Rede TV Renata Rasseli Renato Casagrande RF Assessoria de Comunicação Rita Cadillac Rodrigo Cerqueira Rodrigo de Oliveira Rose Frizzera Samantha Brasil Saskia Sá Sebastião Filho – Tião Xará Sérgio Blank in memorian Sérgio Sanz in memorian Sesi Cultural Silvio Alencar Simone Fagundes Simone Marçal Suellen Vasconcelos Suzano Tamyres Batista Costa Tiago Minamisawa Tower Web Unimed Vitória Vanessa Yee Vinícius Belo Vip Van Wilson Nunes in memorian Zéu Britto Zezé Motta

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ficha técnica Realização Galpão Produções IBCA - Instituto Brasil de Cultura e Arte Direção Lucia Caus Coordenação Executiva Larissa Caus Delbone Vieira Fran de Oliveira Coordenação de Produção Gabi Nogueira Guilherme Rebêlo Direção de Arte Neusa Mendes Identidade Visual Obra de Hélio Coelho Design Gráfico Anaise Perrone Assessoria de Imprensa A Palavra | Assessoria em Comunicação Comunicação e Redes Sociais Aline Alves Leonardo Vais Cora Made Paulo Gois Bastos Equipe de Produção Claudia Madureira Vidal Comissão de Seleção Mostra Competitiva Nacional de Longas Leila Bourdoukan Gilberto Alexandre Sobrinho

Comissão de Seleção Mostra Competitiva Nacional de Curtas, Mostra Quatro Estações, Mostra Foco Capixaba, Mostra Corsária e Mostra Outros Olhares Erly Vieira Jr Flavia Candida Ursula Dart Waldir Segundo Comissão de Seleção Mostra Cinema e Negritude Leonardo Vais Thaís Souto Amorim Comissão de Seleção Mostra Mulheres no Cinema Bárbara Maia Cazé Hegli Lotério Saskia Sá Comissão de Seleção Mostra Nacional de Videoclipes Luiz Eduardo Neves Suellen Vasconcelos Comissão de Seleção Mostra Nacional de Cinema Ambiental Jefferson de Alburquerque Junior Margarete Taqueti Comissão de Seleção Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror Waldir Segundo Comissão de Seleção Mostra Cinema de Bordas Bernadette Lyra Programação do Site Silvio Alencar Fotógrafos Sérgio Cardoso Tati Hauer Editoração Material Gráfico Anaise Perrone

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Reportagem Caderno Homenageado Nacional Jace Theodoro Reportagem Caderno Homenageado Capixaba Paulo Gois Bastos Projeto Editorial dos Cadernos Lucia Caus e Paulo Gois Bastos Editoração e Finalização dos Cadernos Gustavo Binda Design para Meios Eletrônicos Gustavo Binda

Libras Leandro Alves Wanzeler Luíz Cecílio Cunha Troféu Vitória Andrius Machado Brena Ferrari Foto e Tratamento do Troféu Vitória Thiago Christo Vitor Nogueira Plataforma de Exibição InnSaei.TV

Vinheta do Festival Galpão Produções Neusa Mendes Revisão de Conteúdo e Memorial Patricia Galleto Produção de Masterclasses e Workshops Lara Toledo Curadoria de Masterclasses e Workshops Natara Ney Coordenação Júri Renata Moça Mediação dos Debates Filippo Pitanga Viviane Pistache Leonardo Vais Saskia Sá Conferência de Cópias, Encode e Testes de Cópias Fran de Oliveira Nardo de Oliveira Produção dos Programas Itamar Palauro Rafael Zambe Wendell Bernardes

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Artista: Hélio Coelho Título: Helicóptero Medida: 1.20 x 1.40 m Datada 1985. Pertence ao Acervo da Galeria de Arte Espaço universitário.

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“SONHAR COLORIDO FAZ BEM”

Hélio Coelho, artista visual, autodidata, oriundo de Resplendor (MG), residente há muitos anos em Vila Velha (ES). A obra de Hélio atua nas zonas limítrofes dos encontros que se dão em um universo muito particular, nas vias do acúmulo e da repetição, mas que de certa forma se tornam reconhecíveis a todos, entre o real absoluto e a experiência, levando a pintura para o desenho, e vice-versa. Para além, o gesto engendra ambos. Na verdade, é importante um relato temporal acerca do meu encontro com Hélio Coelho, exatamente em 1980, pelas mãos de Antonio Claudino de Jesus, por ocasião da exposição “Unidade na arte – pelas liberdades democráticas”. Coordenei a mostra, dedicada aos artistas Oduvaldo Viana Filho, Coracy Coelho Leal, Mestre Galdino e Antônio Rosa, que aconteceu na Galeria de Arte Espaço Universitário (Ufes), de 9 a 22 de abril de 1980, uma promoção de Inap, Seac, MEC, Funarte, SRC, Ufes. Participaram Eduardo Pignaton, Hélio Coelho, Marcos Santolim, Margô Dalla, Marta Baião, Murilo Rocha, Orlando da Rosa Farya, Sérgio Lucena Mendes e eu, Neusa Mendes. Naquela época, Hélio Coelho trabalhava numa grande fábrica de chocolates em Vila Velha. Ele apresentou, nessa mostra, uma série de desenhos e ilustrações feitos à mão, sobre papel, na técnica de bico de pena, na cor preta. Os desenhos retratavam

a beleza de uma cidade. Hélio descreve-a em finas linhas, de forma visível, exata e leve. Traça caminhos possíveis, das construções existentes com telhados, portas, portões e janelas, elevações e perspectiva, para ali exercitar um olhar que abranja elementos que não são comumente, ou facilmente, formas canônicas de representação do sistema construtivo do agora. Permitia-me reconhecer, nessa série de paisagens, a semelhança com a cidade Ouro Preto (MG), mas nunca me atrevi a perguntar ao artista se, porventura, havia passado por lá. Particularmente considero que muitas questões levantadas pelos artistas do movimento gerado pela exposição interrogativa “Como vai você, Geração 80?”, no Parque Lage, Rio de Janeiro, foram apreendidas rapidamente pela poética estética de Hélio Coelho. A exposição torna-se uma referência importante para a compreensão de algumas direções tomadas pelas artes visuais na década de 1980, período de abertura política que começava a ser sentida no início dos anos 80, com o movimento Diretas Já entre 1983 e 1984. O diálogo com a Geração 80 faz Hélio articular outras visualidades, como operar em grande formato e abordar signos implícitos ou explícitos dos cartuns, como o vigor da simples repetição e a produção de comentários muitas vezes irônicos. Experienciam-se novas possibilidades. Nesse momento, as obras de Hélio ganham novos contornos

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e chamam a atenção dos visitantes e críticos de arte, das galerias e espaços culturais, obtendo notoriedade local e nacional. A trajetória de Hélio fez com que estivesse presente na primeira edição do projeto “Procedência/80”, em 2001, na Galeria de Arte Espaço Universitário. O título abarca uma série de exposições, das quais fiz a curadoria, cujo objetivo era indicar, dar voz a nomes que se destacaram no panorama artístico, a partir de meados dos anos 70 até os anos 80, aqui no estado. A ideia surgiu a partir de um mapeamento que propunha apreciar, organizar e dar visibilidade a essa produção. A pesquisa demonstrou que a geração atual desconhecia completamente os trabalhos realizados por artistas das gerações anteriores. O trabalho de Coelho tornou-se foco do projeto neste momento. O texto de apresentação da exposição foi escrito pelo artista e professor Orlando da Rosa Farya, que elevou a conduta, o mérito e a conexões contidas na poética heliana, capazes de expandir o círculo de empatia humana. Nas palavras de Lando: Hélio transborda em tinta, em cor, em forma Hélio se transmuta fugaz que é. volatiza, espalha extrapola. se inflama. nos aquece a alma como quem não quer nada com calma detalha, medita, trabalha faz arabescos. escrita, poemas verdes, amarelos, azuis. vermelho grita, cheio de rodeios desenha o carro, a casa, a cidade o que lhe chega a vista. Hélio é banquete. um bom pasto pros olhos um deleite pra alma se oferece em molhos. empadas como entrada sobremesa além das saladas. como prato princial. Coelho.

Em 2018, com o diretor do Museu Vale, fiz a curadoria da exposição “20 anos de Museu Vale. 20 artistas do Espírito Santo”. Durante cinco meses, de março a julho de 2018, buscamos entender como as práticas e poéticas dos artistas podem suscitar novas maneiras de se fazer e pensar a arte, que sentidos elas constroem e que narrativas se explicitam. O resultado, escolhemos 18 artistas da novíssima geração e 2 mestres, aos quais a arte muito deve: Hélio Coelho faz parte dessa mostra como referência: Coelho é um dos mestres. Com o ofício de revelar, por gestos, emoções, sentimentos e ideias, os desenhos/pinturas de Hélio Coelho são linguagens surgentes. Configuram-se por meio de aparições, com toda a pureza d’alma. Hélio denomina a sua mão como tagarela e conta que, desde pequeno, para silenciar a casa, à hora de dormir, a mãe de Hélio, Dona Dora, munia-o de lápis e papel: a ponta do lápis maciço na fricção do papel, o som ressoando contínua e ininterruptamente: “Tenho a mão tagarela (...), é comum eu sonhar com as pinturas. Sonho com as imagens falando comigo, sonho até com as coisas que ainda não pintei. As cores também ficam falando (...). Sonhar colorido faz bem”. O atrito do lápis no papel, um silenciar para poder dormir, a pintura como um sonho. Sonho atravessado por linhas, formas e cores, que trazem as remotas imagens, ora definidas, que lembram formas marinhas; ou umas que se assemelham a espaços urbanos, numa sensação de paisagens organizadas; e outras, formas vitais e obsessivas de signos do planeta, figuras humanas, flora, fauna, símbolos sociais e históricos; imagens que, por meio de relações combinatórias, se influenciam umas às outras. Não à toa, a obra do artista abrange tanto o biográfico quanto o universal, com a possibilidade, mesmo que utópica, de um sistema mais fluido e plural, como os próprios seres humanos.

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É incontornável não aludir, aqui, ao tema que domina o mundo neste momento: “a guerra contra um vírus” que pausou o mundo, ameaçando a existência do Homo sapiens, e que interrompeu a rotina de vida, fechando os espaços públicos, vilipendiando os idosos e encaminhando-nos rumo ao desastre e à ruína social. A partir desse marco doloroso, definido pela triste surpresa de uma pandemia que assola o mundo, é consensual o entendimento de emergência do tempo, de alteração irremediável das coisas rotineiras, em que a vida passa a ser construída de um lado a outro através da janela digital. Mas esse contexto também nos confirma o quanto a obra de Hélio pode ser medida no aqui e agora! Para o povo Yanomami, o branco que não conhece o segredo da criação mexe com as regras de Omana, por sua avareza e cobiça material: “escavando tanto, os brancos vão acabar até arrancando as raízes do céu” (Xamã Kopenawa1). A obra Pele, do artista Hélio Coelho, age como método e materializa o seu desejo de transformar o mundo em uma representação espiritual, mediando os conteúdos simbólicos dos Yanomami. Nesse trabalho, Hélio reinstala um corpo circunscrito de dulçor, de brilho, de luz e de sonho. Este “sonhar colorido faz bem” torna-se, nas mãos do artista, um manifesto e uma possibilidade de realinhamento dos orgasmos viventes no planeta Terra. É necessário registrar o quanto foi indigente a realização deste trabalho. Organizar esta edição, neste momento, é resistir ao tempo tosco que estamos vivendo. Torna-se impossível ficar quieta diante da incompreensão do que é o nosso país. O Brasil é um país plural!

1 KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. Prefácio de Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo : Companhia das Letras, 2015.

Entretanto, como o universo é algo extraordinário, Lucia Caus foi uma grande maestrina, e profética ao mesmo tempo, sobretudo pela capacidade de urdir relações, ao convidar Gilberto Gil e Antonio Claudino de Jesus, como homenageados, e o artista Hélio Coelho, sujeito afável, homem luminoso que colocou à disposição a sua poética colorida, para dar voz altiva à esperança. Gil, Claudino e Hélio são como árvores prodigiosas, crescem exuberantes, lançam ramadas até o céu. Este encontro reafirma que a construção de um país que sonhamos, e que vamos conquistar, será feita com as mesmas armas dos artistas da Geração 80, exatamente na direção que o crítico de arte Frederico Morais aponta: acreditar “ser a arte capaz de transformar o mundo” e iludir-se “com as utopias sociais”2. Gostaria de concluir este texto com a frase do artista Hélio Coelho, plena de poesia, que conduziu a 27ª edição, por consagrar o conceito de ação na condição humana: “SONHAR COLORIDO FAZ BEM”. As cores, sejam elas quais forem, tornam-se suportáveis se fizermos delas ESPERANÇA. A 27ª edição do Festival de Cinema de Vitória será um manar frutífero, não é, Hélio Coelho?! Neusa Mendes Primavera de 2020

2 MORAIS, Frederico. Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: da Missão Artística Francesa à Geração 90: 1816-1994. Rio de Janeiro: Topbooks, 1995.

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Artista: José Carlos Vilar de Araújo Escultura em AÇO CORTEM 500 Medida: 0,52cm X 0,22cm Datada 2020 Escultura inédita criada pelo artista para os homenageados Gilberto Gil e Antônio Claudino de Jesus, no 27º Festival de Cinema de Vitória.

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Outros Projetos

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#FCVemCasa

Vídeo nas Comunidades

Realizado pelo Cineclube São Jorge, o FCVemCasa é um projeto de fomento do audiovisual brasileiro que foi idealizado como uma alternativa para o isolamento social em função da pandemia da Covid-19. Com apoio e autorização dos realizadores selecionados para as mostras do 26º Festival de Cinema de Vitória, mais de 50 filmes foram disponibilizados em formato online e gratuito no site do festival para acesso ilimitado. Além disso, o projeto realizou parcerias com outros cineclubes e mostras, a exemplo do Cineclube Vladimir Carvalho, da Paraíba, que exibiu no FCVemCasa curtas-metragens paraibanos que tratam do universo LGBTQIA+.

Vídeo nas Comunidades é um projeto de formação audiovisual que tem como proposta promover oficinas de vídeo para jovens e adolescentes de comunidades consideradas de risco social. O objetivo é estimular o interesse pelo audiovisual como forma de expressão cultural e social, envolvendo os integrantes em todas as etapas de produção: pesquisa e elaboração do roteiro, captação de imagens, operação de instrumentos de luz e som, edição. Ao final, o trabalho é apresentado na comunidade onde foi realizado, estando apto, também, a percorrer o circuito nacional dos festivais e mostras de cinema e vídeo. O projeto é mais um instrumento de ação social, atuando nas áreas de educação, cultura e desenvolvimento, promovendo também a autoestima dos estudantes e a ampliação dos horizontes de informação, cultura e relações sociais.

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FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA ITINERANTE

CINECLUBE SÃO JORGE

O Festival de Cinema de Vitória Itinerante é um projeto que busca atender as cidades que não dispõem de salas de cinema, ao levar cultura e lazer através de uma mostra de filmes de classificação livre e aberta ao público. Fazem parte das sessões desse projeto filmes de animação, ficções e documentários consagrados em mostras e festivais realizados no país.

A Galpão Produções e o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA) apostam no Cineclube São Jorge como projeto de difusão e democratização do cinema brasileiro. Além da projeção de filmes, o Cineclube sedia outras atividades com foco na formação na área audiovisual, como cursos, palestras e debates com realizadores. O espaço também traz um pouco da história do cinema de rua de Vitória, uma vez que seus 30 assentos são cadeiras restauradas do extinto Cine Teatro Glória.

Durante a itinerância, é reproduzida a magia do cinema a céu aberto com equipamentos e infraestrutura que garantem a qualidade técnica da exibição. Um caminhão com a marca do Festival é estacionado em ponto estratégico em cada cidade, onde é montada a tela de cinema medindo 8 x 5 metros, com cadeiras para a plateia e com o tradicional tapete vermelho. Além disso, o público também interage através do júri popular e concorre a prêmios e brindes. Em sua última edição, o projeto percorreu cinco municípios capixabas, atendendo a um público de mais de 40 mil pessoas no total. A próxima edição do Festival Itinerante está prevista para acontecer em janeiro de 2021.

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Olhar Solidário

TendaLab

Para auxiliar na segurança econômica de famílias da Grande Vitória em situação de vulnerabilidade durante a pandemia do Covid-19, o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), com o patrocínio da EDP Brasil e o apoio do Instituto EDP, realizaram o projeto Olhar Solidário. No total, 167 famílias receberam os cartões Alelo Alimentação no valor de trezentos reais (R$ 300,00) cada, com validade de três meses, para serem utilizados em compras em supermercados, padarias e mercearias.

TendaLab é uma mostra de criatividade, sustentabilidade e formação que pauta a dinâmica da produção cultural nas cidades nas linguagens da música, da fotografia e do cinema, além de outras atividades de construção artística e cultural. Está em sua sexta edição e se propõe a provocar a relação das pessoas com os territórios em que habitam e pautar temas como: mobilidade urbana, espaços públicos, novas tecnologias, economia criativa, processos participativos, protagonismo, representatividade, cidade e consumo.

O IBCA foi uma das 25 organizações e associações selecionadas pelo Edital EDP Solidária Covid-19, que contou com mais de 600 inscritos. O Instituto já atuava em várias das localidades atendidas pelo projeto e realizou um mapeamento para atender, principalmente, famílias chefiadas por mulheres, idosos e autônomos sem perspectiva nesse cenário de pandemia.

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Brinde da Mocinha Recorte e monte, encaixando a peรงa acima na fenda na base do desenho. Escolha um papel com gramatura acima de 180.


27ยบ FESTIVAL DE CINEMA DE VITร RIA 24 a 29 de novembro de 2020


Patrocínio

Apoio

Apoio Institucional

Realização

Este catálogo digital foi composto utilizando-se as famílias tipográficas Book Antiga (8, 10, 12), Bebas Neue (14, 30, 36).

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Outros Projetos

4min
pages 143-150

Escultura para Homenageados - José Carlos Vilar

0
page 142

Hélio Coelho - Texto de Neusa Mendes

7min
pages 136-141

Júri

19min
pages 124-129

Premiações

2min
page 123

Formação

7min
pages 120-122

2ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror

4min
pages 87-92

Homenagens

3min
pages 115-119

1ª Mostra AudioTransVisual

10min
pages 101-112

3ª Mostra Cinema de Bordas

4min
pages 95-100

Sessão Especial de Abertura

0
pages 113-114

3ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental

4min
pages 81-86

4ª Mostra Nacional de Videoclipes

13min
pages 69-80

24ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas

13min
pages 15-28

7ª Mostra Outros Olhares

3min
pages 45-50

10ª Mostra Quatro Estações

2min
pages 29-32

5ª Mostra Mulheres no Cinema

4min
pages 63-68

10ª Mostra Competitiva Nacional de Longas

6min
pages 51-56

9ª Mostra Corsária

4min
pages 39-44

5ª Mostra Cinema e Negritude

5min
pages 57-62

9ª Mostra Foco Capixaba

3min
pages 33-38
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