Abril 2021 - Edição em português

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LOW AND SLOW - “BAIXO E DEVAGAR”

Mabry I. Anderson | Uma História da Aviação Agrícola por Quem a Viveu

O Equipamento e as Pessoas Voando no Exterior Nas repúblicas da América Central, particularmente na Nicarágua e na Guatemala, um enorme crescimento da área plantada ocorreu nos anos 1950. Isto foi especialmente verdadeiro para a cultura do algodão na Nicarágua. O caminho foi rapidamente pavimentado para programas de aplicação aérea em larga escala para o controle de insetos. Empresários empreendedores foram rápidos em tirar vantagem da situação. A Nicarágua era, e ainda é, uma terra de contrastes. As áreas cultivadas e populadas foram literalmente arrancadas da selva à mão. Montanhas cobertas de florestas terminam em vales incrivelmente férteis, e lavoureiros logo começaram a operar plantações de tamanhos e escala enormes. O clima tropical, com uma safra de 12 meses e chuvas quase diárias é exatamente o que a terra precisa para sustentar uma produção impressionante, desde que a vegetação invasora luxuriante e a gigantesca população de insetos possa ser controlada. Sem temporada de frio para reduzir a população de insetos, uma luta constante existe entre lavoureiro e insetos. No início dos anos 1950, as aeroagrícolas mais avançadas lutaram na batalha contra os insetos. Uma típica empresa destas era a curiosamente chamada “Sayasa Vanflober”, nome que combinava os nomes de seus três proprietários, os señores Vanegas, Flores e Bermudez. Traduzida literalmente, a sigla “Sayasa” significava “Serviço Aéreo e Agrícola”. Para esta organização, perto da relativamente grande cidade de Manágua, convergiram pilotos agrícolas americanos. A Sayasa Vanflober tinha adquirido uma impressionante frota de Stearmans e de Piper PA-18, todos equipados para aplicações de sólidos. A pulverização de líquidos ainda não tinha começado na região. A safra de algodão nicaraguense se encaixava muito bem no esquema de trabalho da maioria dos pilotos agrícolas americanos, começando entre 15 de setembro e 1o de outubro, quando a maioria dos pilotos agrícolas americanos já estavam encerrando suas safras. Como resultado, a maioria dos pilotos que viajavam para a Nicarágua vinha

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— Capítulo Dois – Parte 7

de regiões algodoeiras tradicionais como o Delta do Mississippi-Arkansas-Louisiana e do Texas, através do Vale do Rio Grande. Cidades como Harlingen, Texas, se tornaram “áreas de encontro” para estas empresas centroamericanas, e pilotos agrícolas se reuniam lá para depois seguir em grupo para a Nicarágua. Muitos pilotos do Mississippi, incluindo Lee Corviss, Chuck Thresto, e Sid Norwood migravam regularmente para a América Central, encerrando seu trabalho na região do Delta em torno de 1o de outubro. “Era um esquema e tanto”, relembra Lee Corviss. “As enormes lavouras de algodão ocupavam áreas de floresta que tinha sido derrubada à mão. E não era tudo plano. Muitas destas enormes lavouras acompanhavam os contornos de morros e montanhas, e algumas eram tão íngremes que voá-las eram um problema sério. Um Super Cub, ou mesmo um Stearman, não conseguia voá-las da maneira convencional. O “tiro” morro acima era íngreme demais. “Tivemos que criar maneiras de voar várias destas lavouras em “carrossel”, e no decorrer destas operações, muitos bons aviões foram perdidos, e alguns pilotos realmente bons se machucaram ou morreram. Na verdade, é surpreendente que não tenhamos tido ainda mais problemas. Mas quando se está trabalhando neste tipo de lugar, a maioria dos pilotos aprende a tomar um cuidado especial extra com a “velha garça”, então nos saímos bem ao final de tudo. “Havia pistas agrícolas espalhadas por todo o país”, continuou Corviss. Bases mais ou menos permanentes foram criadas perto das cidades de Leone, Chinandega e Rivas. “Além disso, muitas das grandes fazendas tinham suas próprias pistas. Um dos maiores problemas que tínhamos era encontrar a pista de onde iríamos trabalhar! Os translados para estas pistas eram bem assustadores, com nada embaixo, exceto montanhas e selva. Eu costumava olhar para baixo e ficar pensando no que eu faria se tivesse que pousar aquele velho Stearman no meio de todas aquelas árvores, quando a clareira mais próxima poderia estar a 20 milhas de distância!” ➤


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