setor imobiliário
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Imobiliário português continua a despertar interesse dos investidores O imobiliário nacional continua a despertar o interesse dos investidores, que revelam ter disponíveis cerca de sete mil milhões de euros para aquisições em imobiliário comercial no país, de acordo com um inquérito realizado pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W). As conclusões mostram que o “apetite” pela aquisição de escritórios e residências de estudantes continua em alta, ainda que as classes que registam um maior aumento da procura sejam a logística, residencial de rendimento e o setor da saúde. Os dados divulgados indicam, também, que os investidores têm perto de três mil milhões de euros em ativos para vender num “futuro próximo”. O inquérito realizado pela consultora
junto de 53 investidores, incluindo fundos de investimento, family offices, gestoras imobiliárias e seguradoras, tinha como objetivo avaliar o impacto da pandemia em Portugal nas intenções de investimento, nos mercados de ocupação e nos níveis de preços para as diferentes classes de ativos imobiliários. Somando as intenções de investimento de todos os participantes, haverá mais de sete mil milhões de euros disponíveis para adquirir imobiliário comercial em Portugal. “Confiantes na liquidez do mercado português”, refere ainda o estudo, os investidores revelaram terem, por outro lado, cerca de três mil milhões de euros previstos em vendas num “futuro próximo”. Um total de 83% dos participantes
considera que o mercado de investimento retomará os níveis de atividade e de preços pré-covid-19 ao longo dos próximos 18 meses, estimando que a descida de preços será mais evidente nas áreas de retalho e hotelaria. Antecipam, por outro lado, que a logística, escritórios e residências de estudantes venham a ter menores oscilações. O estudo indica ainda que 87% dos investidores estudaram oportunidades de investimento durante o período de confinamento, e perto de 63% estava pronto a apresentar ofertas. Quase 50% dos inquiridos não mudou as suas estratégias de investimento, 31% está a reconsiderar o perfil de risco dos investimentos, e 22% está a avaliar outro tipo de ativos.
Edifício residencial Francisco Metrass direcionado para mercado de arrendamento
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JLL deu já início à comercialização de um novo edifício residencial em Campo de Ourique exclusivamente vocacionado para o segmento de arrendamento. O edifício Francisco Metrass foi construído de raiz, idealizado especificamente para este fim, trazendo ao bairro lisboeta cinco espaçosos apartamentos T3 para arrendar, estimando-se que os novos inquilinos 44 ACT UALIDAD€
JULHO DE 2020
possam entrar já a partir de setembro. Com desenho do arquiteto Falcão de Campos, todos os apartamentos, modernos e luminosos, têm áreas de 133 metros quadrados e dispõem de estacionamento privativo. As vistas desafogadas num dos poucos quarteirões amplamente arborizados de Campo de Ourique são outro atrativo deste edifício, que promete dar um novo impulso ao mercado de arrendamento residencial lisboeta. Este é o primeiro projeto residencial desenvolvido de raiz para arrendamento que a JLL comercializa. Patrícia Barão, Head of Residential da consultora, refere que o edifício “Francisco Metrass é um produto inovador, ao colocar toda a sua oferta para arren-
damento de forma estruturada. Vai ao encontro de uma procura cada vez maior que simplesmente não encontra habitação para arrendar a longo-prazo em Lisboa, ainda para mais numa zona residencial tão disputada como Campo de Ourique. Encontrar apartamentos amplos e pensados de raiz para este mercado, com estacionamento e boas vistas numa zona simultaneamente familiar e cosmopolita, é uma proposta única que muitas famílias não vão querer perder”, comenta a responsável. “Vamos ver cada vez mais projetos direcionados ao arrendamento residencial de longo-prazo em Lisboa”, diz ainda Patrícia Barão, defendendo que “este mercado irá finalmente consolidar-se, podendo ser uma alternativa muito interessante num momento de maior incerteza como o que atravessamos hoje”.