Actualidade Economia Ibérica - nº 289

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Actualidad

Economia ibérica julho 2021 ( mensal ) | N.º 289 | 2,5 € (cont.)

Desalinización:

la clave para resolver los problemas de abastecimiento de agua PÁG. 32

Climex, uma aposta decidida pela inovação no setor da limpeza

“Formação e capitalização das empresas são as alavancas cruciais”, diz António Costa e Silva

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Índice

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Grande Tema

DR

Nº 289 - julho de 2021

32.

Actualidad

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro

Desalinización: la clave para resolver los problemas de abastecimiento de agua y de sequía

Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número André Miranda, José Costa Pinto, Nuno Almeida Ramos, Núria Heras Diez e Patrícia de Jesus Monteiro Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua Roy Campbell, Lote 5 – 4ºB 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89

Editorial 04.

Opinião 06.

Fundos de capital de risco em Portugal – melhor do que ontem, pior do que amanhã - José Costa Pinto

42.

Soluções para o sobreendividamento das famílias - Patrícia de Jesus Monteiro

Nº de Registo na ERC: 117787

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

O Plano de Recuperação e Resiliência e a eficiência energética dos edifícios - André Miranda

40.

Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.

Desalinización española, ejemplo mundial

46.

El Covid reclama la actualización de nuestro parque de viviendas - Núria Heras Diez

Atualidade 16.

Sociedade Ponto Verde: “precisamos de uma reindustrialização no caminho da economia circular”

22.

Sto Ibérica desenvolve soluções avançadas para tornar os edifícios portugueses mais sustentáveis

E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Atualidade 24. Marketing 28. Fazer Bem 38. Advocacia e Fiscalidade 44. Setor Imobiliário 48. Ciência e Tecnologia 50. Eventos 54. Vinhos & Gourmet 56. Intercâmbio Comercial 58. Oportunidades de Negócio 60. Calendário Fiscal 61. Bolsa de Trabalho 62. Setor Automóvel 64. Espaço de Lazer 66. Statements

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Desalinización española, ejemplo mundial

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l sector español de la desalinización o desalación no deja de crecer y cosechar éxitos internacionales. España es el quinto país en número de desaladoras del mundo (cerca de 900) con una capacidad total de producción de cinco millones de m3/día, lo que equivale al 5% del agua potable. De las 20 empresas más grandes del mundo en desalación, 8 son españolas y lo habitual es que cuando hay una licitación de una gran desaladora en cualquier parte del mundo hay 2 o 3 empresas españolas compitiendo. Es un sector que lo forman tanto grandes empresas como medianas y pequeñas, ingenierías y consultoras, suministradores, centros de investigación, etc… que son igualmente punteras y líderes en el mundo. Además del éxito empresarial del sector lo verdaderamente importante es lo que representa: la posibilidad de llevar agua allí donde es menos accesible y un gran aliado contra la sequía. Su integración como fuente de agua en la agricultura junto a una gestión sostenible de los suelos es económicamente viable gracias a los avances tecnológicos y disminución en los costes, y su aplicación sería una oportunidad para revalorizar las zonas áridas como asentamientos poblacionales y sectores de progreso económico. Mientras que a nivel mundial el uso de agua desalada para agricultura ronda el 3% de los usos, en España es aproximadamente el 21%, lo cual demuestra la viabilidad de la aplicación. Está demostrado que el uso del agua desalada para agricultura incrementa la productividad y

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calidad de los cultivos, mejora los suelos (si está correctamente equilibrada) y reduce las necesidades del regadío. No obstante, se debe tener bajo control aspectos como la concentración de boro, que es tóxico para ciertos cultivos. Hace tiempo que se trabaja intensamente en la reducción del consumo de energía y la reducción de los impactos ambientales, dos de las desventajas de la desalación. Con lo años también se ha ido suavizando el debate entre una disyuntiva artificial entre desalación y trasvase. Los expertos coinciden en señalar la necesidad de ambos, aunque es cierto que una parte del sector agrícola considera que el coste del agua desalada es demasiado alto y en algunos territorios se está en contra de los trasvases. Sobre el precio de la desalinización, tal y como recuerdan desde la Asociación Española de Desalación y Reutilización (AEDyR), todo depende de la com-

paración que hagamos. Hablamos de valores inferiores a 0,6-0,8 €/ m3 con amortización, lo que quiere decir que 1000 litros de esta agua desalada cuestan menos de un euro. El precio del agua potable en grandes ciudades puede estar por encima de dos euros/m3 y el agua embotellada puede llegar a 500 euros/m3. Haciendo esta comparativa no se trata de un agua cara que cuenta con garantía de suministro, ya que el mar no se agota y no depende de las condiciones climatológicas como los trasvases. Igualmente interesante resulta la importancia de la desalación en el desarrollo turístico, y por lo tanto económico, de zonas como Baleares o Canarias. Como dato curioso, el suministro de agua potable de la isla de Lanzarote y de Fuerteventura se realiza totalmente a través de agua desalada.  E-mail: brodrigo@ccile.org


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Por André Miranda*

O Plano de Recuperação e Resiliência

e a eficiência energética dos edifícios

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programa NextGenerationEU é o grande instrumento aprovado pelos Estados-membros da União Europeia destinado à recuperação da economia europeia na sequência da crise pandémica de 2020 e 2021, representando um estímulo de 750 mil milhões de euros para as 27 economias europeias. Este é um momento estratégico para o reposicionamento da União Europeia no quadro da economia mundial, preparando-a para os desafios da transição energética, da transição digital, da modernização da organização dos Estados, da transformação das empresas, mas também de reforço da coesão social, económica e política ao nível interno. É, pois, uma oportunidade única para Portugal, e também para todos os Estados-membros da União Europeia, que não pode nem deve ser desperdiçada. Por isso mesmo, os recursos devem ser orientados para dar resposta, com eficácia, às necessidades e desafios mais prementes que se colocam à economia europeia. Com base no diagnóstico realizado e na sequência de uma consulta e de debate públicos, o plano de recuperação português tornou-se já realidade, estando organizado em 20 componentes, integrando 37 reformas e de 83 planos de investimento. Portugal foi o primeiro país a entregar o seu Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevendo-se que o montante financeiro deste ascenda a 16.644 milhões de euros, dos quais 13.944 milhões corres-

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pondem a subvenções. Vamos aqui destacar, pela sua estreita conexão com o setor imobiliário, a componente Eficiência Energética em Edifícios, cujo montante financeiro alocado é de 610 milhões de euros, e que beneficiará significativamente – e permitirá dinamizar ainda mais – o setor da construção e outros associados a este. Mas os benefícios desta componente irão muito mais além, porque a desejável melhoria do desempenho energético e do conforto interior dos edifícios acarretará automaticamente a redução dos encargos com a energia, seja para as famílias como para as empresas. As metas a este respeito são ambiciosas: redução do consumo de energia de 11% em 2030, de 27% em 2040, e de 34% em 2050. Naturalmente, o impacto no bem-estar económico e também o maior rendimento disponível das famílias e empresas serão muito significativos. A componente Eficiência Energética em Edifícios assenta em três eixos de reforma: Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios, Programa de Eficiência de Recursos na Administração Pública e Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética; bem como em três eixos de investimento que visarão assegurar a implementação dos eixos de reforma atrás referidos: eficiência energética em edifícios residenciais, eficiência energética em edifícios da administração pública central

e eficiência energética em edifícios de serviços. Olhemos mais atentamente para as medidas previstas no quadro da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios, cujo documento de orientação já está inclusive definido pelo Governo e consta da Resolução do Conselho de Ministros n.º 8-A/2021, de 3 de fevereiro. Que podem, então, os agentes deste setor esperar quantos aos investimentos elegíveis? O programa apresentado pelo Governo indica várias ações, das quais destacamos o isolamento térmico dos edifícios (introdução de lã de rocha, substituição de janelas), a introdução de sistemas de climatização para aquecimento e/ou arrefecimento (bombas de calor), a introdução de sistemas aquecimento de águas sanitárias (solar térmico), implementação de soluções que visem a eficiência hídrica nas instalações sanitárias, a implementação de sistemas de produção de energia elétrica de origem renovável em regime de autoconsumo, a realização de intervenções que promovam a incorporação de biomateriais, materiais reciclados ou soluções de base natural nos imóveis existentes. Quem poderá beneficiar com estes incentivos? Serão apoiados, em primeira linha e de forma direta, os proprietários, mesmo que os imóveis estejam no mercado do arrendamento, de prédios ou frações de edifícios residenciais. De que forma serão disponibili-


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zados os incentivos? Serão lançados cinco avisos, um em cada ano (20212025) para as diferentes tipologias de intervenção em edifícios. Estes assegurarão a comparticipação de parte do investimento, a fundo perdido, entre 50% e 70% e que poderá chegar a 100% para as famílias mais carenciadas, restando saber quais os limites máximos de comparticipação. No caso das famílias mais carenciadas, está prevista igualmente a distribuição de 100 mil vales-eficiência. Referir que Portugal já dispõe de experiência nesta matéria desde que lançou em 2020, no âmbito da primeira resposta à crise gerada pela pandemia da covid-19, o Programa “Edifícios mais Sustentáveis”, o qual servirá seguramente de base para estruturar a atribuição dos incentivos. Este programa tinha uma dotação escassa de 4,5 milhões de euros e já não admite quaisquer candidaturas.

Já a execução da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios totalizará um montante de 300 milhões de euros de incentivos, o que é bem revelador do chamado “efeito bazuca” associado ao PRR. Ao nível governamental, a responsabilidade pelo desenvolvimento da componente Eficiência Energética em Edifícios será do Fundo Ambiental, ficando a Agência para a Energia (ADENE) responsável pela operacionalização dos investimentos, bem como pelo seu acompanhamento e monitorização. O desafio estará no cumprimento dos objetivos fixados no PRR, até porque o período de execução de todos os recursos será apenas até 2026. No caso da componente Eficiência Energética em Edifícios, considerando que, na prática, podem potencialmente dela beneficiar todos os cidadãos portugueses proprietários de imóveis resi-

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denciais, é expectável que o acesso aos apoios disponíveis seja complementado com campanhas de sensibilização e com a colaboração de entidades locais que auxiliem os cidadãos a submeter as respetivas candidaturas. Considerando o volume de apoios a disponibilizar e a abrangência de beneficiários, o sucesso desta componente dependerá muito da capacidade existente em Portugal para dar resposta a todas as solicitações, que, lembre-se, têm de ser executadas de forma célere. Não esquecer que haverá igualmente que dar resposta às medidas previstas para o reforço da eficiência energética dos edifícios da Administração Pública e dos edifícios, os quais dispõem de planos de investimento distintos e igualmente consideráveis.  * Sócio da Pinto Ribeiro Advogados E-mail: andremiranda@pintoribeiro.pt

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Santander lança Plano de Renovação do Equipamento Agrícola O Santander acaba de lançar o Plano de Renovação do Equipamento Agrícola, para acelerar a digitalização e sustentabilidade da agricultura portuguesa. “No nosso país, mais de 51% do parque nacional de tratores tem idade igual ou superior a 20 anos. Com recurso a novos equipamentos, dotados de técnicas de precisão, os agricultores poderão reduzir até 25% as emissões de CO2 e induzir a poupança de custos nos consumíveis das explorações”, afirma o grupo financeiro. O financiamento pode assumir a

forma de mútuo ou leasing , com prazo até sete anos e pagamentos preferencialmente mensais ou trimestrais. Este ano, entre as apostas do banco para o setor agro estão também o adiantamento das Ajudas ao Rendimento inscritas no Pedido Único; as contas correntes campanha; o Santander Financiamento com Garantia – Linha FEI Agri destinado a apoiar investimento em explorações agrícolas (incluindo jovens agricultores) e transformação e comercialização de produtos

agrícolas; o Agrofácil (que permite a fornecedores de fatores de produção e equipamento e agricultores fecharem mais e melhores negócios); assim como o apoio ao investimento – no quadro do Programa de Desenvolvimento Rural ou complementar. O banco tem vindo a reforçar o seu apoio ao setor agroalimentar, colocando uma equipa de Especialistas, uma ampla rede comercial de balcões (incluindo Balcões Agro) e Centros de Empresa ao dispor dos seus clientes.

Setor energético quer colaboração público-privada para impulsionar uma transição energética sustentável O setor energético defende a importância da colaboração entre as empresas e a Administração Pública para promover o investimento, desenvolvimento tecnológico e inovação para uma transição energética sustentável e inclusiva, quer em Espanha quer em Portugal, como sublinharam os oradores do segundo encontro dos “Seminários Ibéricos de Energia”, que decorreu no dia 17 de junho. Antonio Brufau, presidente da Repsol, Andy Brown, CEO da GALP, Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP e da EDP Renováveis, e Francisco Reynés, presidente executivo da Naturgy, foram os oradores do setor energético que analisaram o papel desta indústria como acelerador da transição energética, durante a sessão, que se insere no ciclo online que está a ser organizado pela Fundação Repsol, Câmara de Espanha e pela Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa (CHP). Participaram ainda na sessão Sara Aagesen, secretária de Estado da Energia de Espanha, João Galamba, secretário de Estado da Energia de

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Portugal, e Enrique Santos, presidente da CCILE. Entre os temas abordados no webinar, estiveram os investimentos, o desenvolvimento de novas tecnologias apoiadas pela inovação e digitalização, e o apoio a projetos de grande escala. No seu discurso, Sara Aagesen salientou a importância da colaboração público-privada para acelerar a transição energética e realçou o potencial de Espanha e Portugal para serem líderes neste caminho, construindo uma Península Ibérica “mais verde, mais digital e inclusiva”. Por sua vez, João Galamba destacou a importância do investimento e do desenvolvimento tecnológico para o avanço na transição energética. O “Seminários Ibéricos de Energia” tiveram início a 8 de junho, tendo o terceiro encontro decorrido a 29 de junho, onde se focou o papel da Europa face aos objetivos climáticos, no panorama geopolítico e nas megapotências energéticas no contexto ibérico. Entre os oradores que estavam previstos para este último

webinar contavam-se Reyes Maroto, ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha, e João Matos Fernandes, ministro do Ambiente e Transição Energética de Portugal. Estes encontros fazem parte do ciclo de conferências da Fundação Repsol, cujo objetivo é promover o conhecimento e o debate rigoroso sobre as chaves para a transição energética. O ciclo de três encontros digitais para explorar as oportunidades e sinergias entre Espanha e Portugal, para avançar em conjunto no sentido de uma transição energética sustentável e inclusiva. Para Antonio Brufau, o setor energético enfrenta novos desafios no contexto atual, mas também novas oportunidades, entre elas a colaboração público-privada, que considerou ser fundamental. Salientou ainda a necessidade de avançar para uma economia descarbonizada e digitalizada, e assegurou que “é necessário apostar na força industrial, a ciência e a tecnologia, procurando as soluções mais competitivas para conseguir uma transição energética justa”.


Breves BA Glass e BPI lançam operação de financiamento sustentável de 75 milhões de euros A BA Glass e o BPI lançaram um programa de papel comercial, no valor de 75 milhões de euros, em que uma parte da margem do financiamento se encontra indexada ao desempenho do grupo vidreiro em dois indicadores ESG (environmental, social and governance): consumo de água e emissões de CO2 no processo de produção. O BPI e o CaixaBank foram os assessores da produtora de embalagens de vidro destinadas à indústria alimentar e de bebidas BA Glass na estruturação desta operação de financiamento sustentável. A operação está alinhada com as condições estabelecidas pelos Princípios de Crédito Ligados à Sustentabilidade, tendo obtido uma avaliação positiva da empresa de consultoria independente especializada Vigeo Eiris. “Com esta operação, a BA Glass liga

a sua política de sustentabilidade aos objetivos financeiros. Trata-se de uma nova operação de financiamento sustentável do grupo líder em Portugal na produção de vidro de embalagem, que se consolida como uma das empresas com maior compromisso com soluções de financiamento sustentável”, frisou a vidreira em comunicado. Por seu lado, para o BPI, “esta operação consolidou a sua posição como um dos líderes no mercado português em emissões sustentáveis, reforçando o posicionamento do grupo CaixaBank como uma das referências em sustainable finance a nível internacional”, sublinhando ainda que o seu acionista se “posicionou como o quinto banco europeu e o nono global em empréstimos verdes e sustentáveis, segundo o ranking Top Tier da Refinitiv”.

Finerge compra mais três parques eólicos em Portugal A Finerge, um dos maiores produtores de energia renovável em Portugal, adquiriu mais três parques eólicos, com uma capacidade total de 28 megawatts (MW), e um conjunto de 25 torres eólicas, nas regiões de Arouca e Mação. De acordo com um comunicado divulgado pela Finerge, um dos parques— na Serra da Lage, em Mação — está a ser objeto de uma repotenciação, substituindo as torres eólicas existentes por apenas uma com um aerogerador de 4,2 MW, que quando estiver operacional será um dos mais potentes do país. “É mais um passo na prossecução dos nossos objetivos estratégicos e na consolidação da nossa presença em Portugal. Esta turbina de 4,2 MW é uma das maiores instaladas no país e sinaliza o nosso compromisso em recorrer a tecnologia de ponta para contribuir para

a obtenção das metas do PNEC - Plano Nacional de Energia e Clima, com o menor impacto ambiental possível”, afirma Pedro Norton, presidente executivo da Finerge, em comunicado. Recentemente, a Finerge chegou a acordo com a Vestas para o fornecimento de aerogeradores destinados aos projetos de sobreequipamento de seis parques eólicos, com uma capacidade adicional de 39 MW, num conjunto de projetos de sobreequipamento eólico de mais de 150 MW. Em 2020, a empresa entrou no negócio da energia solar em Portugal, adquirindo dez centrais solares. Comprou ainda sete parques eólicos em Espanha, passando a ser a sexta maior produtora de energia eólica da Península Ibérica. Além disso, fechou três linhas de financiamento para investimentos em ativos, que incluem parques em Espanha.

Santos e Vale abre nova plataforma na região de Braga Integrada na estratégia de expansão e crescimento da empresa, a Santos e Vale abriu uma nova plataforma logística, que irá servir a região de Braga e Alto Minho. Esta nova plataforma está equipada com os mais sofisticados meios logísticos que vão possibilitar um aumento no processamento dos envios das zonas de atuação, permitindo assim, uma otimização dos tempos de entrega e de recolha na região. “Temos observado um grande aumento da procura dos nossos serviços na região Norte, pelo que, esta aposta em melhores condições, irá permitir continuar a manter a qualidade de serviço para que os nossos clientes possam

fazer crescer os seus negócios com toda a segurança. Com esta nova estrutura sabemos que vamos conseguir oferecer um melhor serviço aos nossos clientes”, como refere Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale. Com mais de 13 mil metros quadrados de área total, a plataforma está localizada junto aos principais acessos rodoviários da cidade de Braga e irá processar os envios dos concelhos do Alto Minho, Cávado e Ave. A rede de distribuição, transporte e logística da Santos e Vale é composta por 18 plataformas de cross docking e quatro plataformas de logística. Nova linha de cruzeiros Ambassador Cruise Line confia à Garland atendimentos portuários em Portugal Uma nova linha de cruzeiros está a chegar ao mercado britânico– a Ambassador Cruise Line–, tendo a mesma selecionado Lisboa, Porto e Madeira como pontos de paragem de alguns dos seus itinerários, bem como a Garland como agência de navegação para atender os navios da operadora que, em contraciclo, à crise no setor, originada pela sua paralisação no decurso da pandemia, faz um forte investimento focada em oferecer opções para destinos de grande significado histórico mundial ou que incorporem a ecologia. “É com grande expectativa que a Garland aguarda a retoma da atividade de cruzeiros nos nossos portos, previsivelmente a partir do último trimestre deste ano, e, em especial, as escalas desta nova linha que é, como

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Breves sempre, bem-vinda a Portugal. O lançamento desta nova rota dá um sinal de esperança na retoma, após um período que levou ao desaparecimento de alguns operadores”, antecipa Carlos Fortuna, diretor da Garland Navegação. A Ambassador Cruise Line oferecerá uma experiência de cruzeiro autêntica e de valor premium, navegando para o mercado britânico a partir de seu porto base, Tilbury. Oferecerá assim itinerários de exclusão aérea voltados principalmente para o mercado de viajantes com mais de 50 anos. BPI e jornal “Expresso” lançam a 3ª edição do “Prémio Nacional de Turismo” O “Prémio Nacional de Turismo 2021”, uma iniciativa do BPI e do jornal “Expresso”, vai este ano premiar empresas, projetos públicos e personalidades nas categorias de turismo autêntico, turismo gastronómico, turismo inclusivo, turismo inovador e turismo sustentável. Tal como nas anteriores edições, o “Prémio Carreira” vai igualmente distinguir um empresário ou personalidade pela sua carreira, ousadia e empreendedorismo demonstrado neste setor. A qualidade das candidaturas vai ser avaliada pela Deloitte, por Comités Técnicos e por um júri. O impacto, a formação, a sustentabilidade e a resiliência das empresas serão alguns dos critérios transversais utilizados para essa avaliação e eleição dos vencedores deste prémio, que conta com o alto patrocínio do Ministério da Economia e da Transição Digital, o apoio institucional do Turismo de Portugal e com o apoio técnico da Deloitte. Portos de Setúbal e de Sesimbra melhoram assinalamento marítimo Estão em curso trabalhos de melhoria do assinalamento marítimo no Porto de Setúbal, integrados no Projeto de Melhoria da Acessibilidade Marítimas, e no Porto de Sesimbra, que visam garantir os níveis de excelência na segurança e operacionalidade nos dois portos. Em Setúbal, os trabalhos incluem a montagem de cinco novas boias de assinalamento marítimo na zona central do canal norte e de uma marca de setores no miradouro da Bela Vista. A empreitada, a cargo da empresa Ahlers Lindley, representa um investimento de cerca de 63 mil euros. “Este tipo de intervenções são de extrema importância para que as operações e navegação se façam em segurança e com eficiência nos portos de Setúbal e Sesimbra”, refere a entidade gestora dos dois portos.

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Greenvolt acorda aquisição de participação da espanhola Perfecta Energía A Greenvolt – Energias Renováveis e a Tresa Energía (através da Perfecta Energía) celebraram um acordo nos termos do qual a Greenvolt perspetiva subscrever um aumento de capital na sequência do qual poderá vir a deter 29,23% do capital social da Perfecta Energía, com participação efetiva na gestão da empresa. A Perfecta Energía é uma empresa criada em 2019, com sede em Madrid e que opera em toda a Espanha, dedicando-se à comercialização, instalação e manutenção de sistemas de painéis fotovoltaicos para autoconsumo do segmento doméstico (segmento B2C). O setor da produção de energia fotovoltaica em Espanha é considerado um dos de maior potencial na Europa, quer pelas condições naturais que

o país possui, quer pelo ainda baixo nível de desenvolvimento do mercado. “A Greenvolt acredita que existe por isso um grande potencial de crescimento a médio prazo para uma empresa como a Perfecta Energía, tanto ao nível do volume de negócios como da rentabilidade gerada”, referem as duas companhias. A projetada operação enquadra-se no ambicioso projeto de expansão nacional e internacional da Greenvolt e constitui mais uma etapa no processo de “afirmação da sociedade como um player de referência, a nível internacional, no mercado das energias renováveis, contribuindo, em especial, no contexto da sua estratégia de crescimento, para a expansão do seu negócio”.

Novo Banco eleito como “Best Sub-custodian Bank 2021” em Portugal O Novo Banco foi nomeado, pela 16.ª vez, o melhor banco na prestação de serviços de custódia de títulos em Portugal, atribuída no ano corrente, pela revista internacional “Global Finance”, em dezanove anos de atribuição desta distinção, frisa a instituição liderada por António Ramalho. A equipa da “Global Finance” baseou-se nas contribuições de especialistas desta área de atividade, em research especializado sobre mercados, em inputs de utilizadores de serviços de custódia e na informação disponibilizada pelos diversos bancos para selecionar os melhores prestadores de serviços de custódia em sete regiões e mais de 80 países.

De entre os principais critérios de seleção utilizados, destacam-se: o relacionamento com clientes, a qualidade dos serviços prestados, a eficiência no tratamento das operações, o conhecimento da regulamentação e das práticas do mercado local, tecnologia, o âmbito da oferta, a competitividade do preçário e a aposta continuada no desenvolvimento desta linha de negócio. Esta nomeação representa o reconhecimento internacional das competências e do desempenho do Novo Banco nesta importante área de negócio, essencial para o funcionamento do mercado financeiro, e será publicada na edição de julho / agosto de 2021 da revista “Global Finance”.


Gestores

Iberdrola vence concurso público da EMEL A Iberdrola venceu em concurso público kW em Montalegre e de três postos de a adjudicação para fornecimento, mon- carregamento ultra-rápidos de 150 kW tagem, comissionamento e integração em Beja, Bragança e Castelo Branco, na rede MOBI.E de 336 tomadas em também integrados na MOBI.E., rede parques de estacionamento da EMEL, portuguesa de carregamento de veícuna cidade de Lisboa. los elétricos em espaços públicos. Os postos de carregamento, que serão Pedro Torres, responsável pela Smart operados pela EMEL, consistem em 162 Mobility Iberdrola Portugal, sublinha que tomadas AC com 22 kW e 174 tomadas “a mobilidade elétrica deve assumir um AC com 7,4 kW, tanto de fixação em papel central na transição energética parede como no solo. em Portugal e, em particular, no cumTrata-se de mais um passo para a con- primento das metas ambientais naciosolidação da Iberdrola como empresa nais e europeias. As adjudicações que preponderante na mobilidade elétrica obtivemos no interior do país e, agora, em Portugal, essencial para a recupe- em Lisboa, são etapas muito imporração verde no período pós-pandemia. tantes da estratégia de smart mobility da Iberdrola. Se queremos mudar o Estas 336 tomadas na capital do país mercado energético, tornando-o mais surgem uma semana após a Iberdrola verde, temos de ajudar os consumidoanunciar a adjudicação de postos de res”, nomeadamente através do aumencarregamento de veículos elétricos no to de postos de carregamento, defendeu interior de Portugal, nomeadamente três a empresa. postos de carregamento duplos de 22

Carmo Wood investe três milhões de euros em fábrica de Oliveira de Frades e abre nova loja ao público A Carmo Wood, empresa portuguesa líder em madeira tratada, acaba de anunciar um investimento de três milhões de euros para aumentar a capacidade da sua fábrica em Oliveira de Frades. Este investimento, que envolveu a aquisição à Câmara Municipal de Oliveira de Frades de quatro novos lotes de terreno com 5,5 hectares contíguos à fábrica, vai servir para a construção de um novo pavilhão com 6.000 m2 para criar uma nova carpintaria que permitirá aumentar a capacidade de produção de mobiliário urbano e de jardim, dar resposta ao crescimento do negócio e triplicar a capacidade de produção de madeiras de construção com investimento em diversas máquinas e automatismos.

Ao todo, a unidade fabril da Carmo Wood ocupa agora cerca de 20 hectares de área na Zona Industrial de Oliveira de Frades, incluindo escritórios e nove edifícios – Unidade Carmo Metal; Unidade de armazenamento e de produto acabado; Unidade de preparação de postes até 2,5 metros e outra de postes com mais de 2,5 metros; Unidade de tratamento alta pressão; Unidade de secagem; carpintaria de mobiliário; e pré-fabricação de estruturas; nova carpintaria e uma vasta zona ao ar livre para armazenamento e secagem natural de madeiras. A somar a este investimento, a Carmo Wood acaba de anunciar ainda a abertura de uma nova loja aberta ao público em Oliveira de Frades, onde prevê faturar 1.200 milhões de euros ao ano.

em Foco

Maurizio Borgatta (na foto) é o novo diretor-geral da empresa farmacêutica GSK em Portugal. Com mais de 15 de anos de experiência nos setores farmacêutico e grande consumo (fast moving consuming goods), Maurizio Borgatta tem desenvolvido toda a sua carreira internacionalmente, com experiência profissional na Bélgica, China, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha e Venezuela. Nos últimos seis anos, assumiu cargos de gestão e liderança nas áreas de marketing, operações comerciais e vendas, dos negócios de Vacinas, Respiratório e Speciality Care da GSK. Antes disso, trabalhou mais de nove anos numa das maiores multinacionais do grande consumo (Procter & Gamble), com uma carreira de sucesso em várias funções globais e regionais, em diferentes países da América Latina, Ásia e Europa. Natural da Venezuela, é licenciado em Engenharia Química, pela Universidade Simón Bolivar (Caracas, Venezuela), tem um mestrado em Engenharia e Gestão, pela Universidade Metropolitana (Caracas, Venezuela), e um master business administration (MBA), pela IE Business School (Madrid, Espanha). O grupo Bimbo nomeou Olga Martínez (na foto) como diretora de Comunicação Externa e Assuntos Corporativos para Portugal e Espanha. A diretora assume a mudança com “responsabilidade e entusiasmo” e junta-se a um projeto corporativo com o qual espera “contribuir para reforçar a relação com o consumidor e consolidar o posicionamento da empresa”. Licenciada em Ciências Empresariais, pela ESERP (UB) e mestre em Marketing e Negócios Internacionais pela Universidade de Berkley (nos Estados Unidos). Dirigiu a área da comunicação em diferentes empresas como HayGroup, United Biscuits ou Nabisco-Kraft Foods. Em 2017, integra a Wrigley, mais tarde adquirida pela Mars, onde ocupou o cargo de diretora de Assuntos Corporativos da Mars Ibéria, durante os últimos 14 anos. É de salientar também a sua intensa atividade e presença nas associações setoriais mais relevantes, destacando-se nomeadamente o cargo de presidente na Produlce, que assume desde 2011.

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Breves Merck anuncia una inversión de 12 millones de euros en Madrid La presidenta y consejera delegada de la compañía de ciencia y tecnología alemana Merck, Belén Garijo, ha anunciado en una entrevista con la agencia EFE que la empresa invertirá 12 millones de euros en la fábrica de Tres Cantos (Madrid) en los próximos tres años para actualizar y hacer más eficientes los procesos de fabricación. Merck tiene tres unidades de negocio: la de fármacos (Healthcare) cuyas principales áreas terapéuticas son oncología, neurología, fertilidad, endocrinología y medicina clínica; la de ciencias de la vida (Life science) y la de productos químicos de alta tecnología (Electronics), que produce semiconductores, cristales líquidos que se usan en teléfonos inteligentes y televisores LCD, pigmentos de coches o pintalabios, etc. Merck comenzó su actividad en España en 1924 con la apertura de una delegación en Barcelona. Hoy en día, con más de 1.000 empleados, España representa uno de los principales mercados de Merck en Europa, siendo el cuarto en cuanto a producción, inversión en I+D y volumen de ventas. Pepsico aumenta su inversión en Alvalle reforzando su planta de producción La multinacional norteamericana Pepsico ha anunciado la inversión de seis millones de euros para una cuarta línea de producción en su nueva planta “La Cocina de Alvalle”, ubicada en Alcantarilla (Murcia). Propietaria de gazpachos Alvalle desde los años 90, Pepsico realizó para este proyecto una inversión inicial de 31 millones de euros y solo un año después de su puesta en marcha aumenta este capital para mejorar las instalaciones. “Alvalle es la joya de nuestra corona, un producto de gran calidad y sabor con ingredientes 100% naturales en completa tendencia con las preferencias de los consumidores de hoy”, afirma Narcís Roura, director general de PepsiCo en el Suroeste de Europa. Alvalle produce anualmente más de 30 millones de litros de gazpacho y cuenta con un equipo en planta de más de 100 personas. En la cadena de suministro agrícola emplea a unas 500 personas. Exolum construirá una planta solar fotovoltaica para autoconsumo energético en terrenos de su instalación de Mora Exolum invertirá 2,5 millones de euros en la construcción de una instalación fotovoltaica de autoconsumo energético en los terrenos adyacentes de su instalación de bombeo situada

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Aquila Capital y Alpiq firman un PPA a cinco años para una planta Aquila Capital, gestora de inversiones especializada en proyectos de energías renovables e inversión en activos reales perteneciente al grupo gestor de fondos de inversión alemán Aquila, han firmado un contrato de compraventa de energía (PPA) con la eléctrica suiza Alpiq. Se trata de un PPA de cinco años de duración, que entrará en vigor a partir del verano de 2021, sobre una planta fotovoltaica ubicada en Almería propiedad de Aquila Capital. La planta de energía solar La Cabrita está ubicada en Almería y contará con una capacidad instalada total

de 50 MW. Una vez esté conectada a la red, la planta producirá 87 GWh de energía solar al año, de la que Alpiq recibirá su producción eléctrica. El parque estará operativo en el tercer trimestre de este año y forma parte de la cartera de alrededor de 2,5GW que Aquila Capital tiene en España.

Eroski incorporará a dos mil nuevos cooperativistas en cinco años

El nuevo plan estratégico de Eroski 2021-2024, con el que inicia una nueva etapa en la que deja atrás ya la fase de reestructuración, prevé la incorporación de en torno a 2.000 nuevos socios de la cooperativa en los próximos 5 años, además de inversiones conjuntas de 420 millones tanto para nuevas aperturas, como para avanzar en la transformación de su red actual hacia

el modelo contigo y las nuevas demandas de los consumidores. Así lo explicaron los responsables de la compañía en la asamblea general que aprobó las cuentas de 2020 y las directrices de 2021. Según el presidente del grupo cooperativo, Agustín Markaide, la larga etapa de reestructuración, redimensionamiento y renovación del grupo, que se ha prolongado durante 12 años, ha culminado ya. “Ha sido una etapa que hemos superado gracias a nuestra cultura cooperativa de esfuerzo, solidaridad y sacrificio», que están concluyendo y de la que considera que «salimos reforzados para atender cualquier circunstancia en mejor disposición”, subrayó.


Grupo Roca crece en Alemania con la compra de la compañía Sanit El grupo Roca ha adquirido la firma alemana Sanit, especializada en la producción de cisternas empotradas y sistemas de instalación de productos sanitarios en la pared, y que cuenta con tres fábricas en Alemania. Con esta operación, el grupo industrial catalán, líder en la fabricación y venta de productos para el espacio del baño, se consolida en una categoría en la que Sanit es el tercer operador de referencia en Alemania y el quinto en Europa. En un comunicado, el fabricante español ha destacado la relevancia de la adquisición de Sanit, que facturó

74 millones de euros en 2020, dado el crecimiento que está registrando el segmento de los sistemas de instalación en la pared, impulsado por el aumento del uso de los inodoros suspendidos. Roca Group, que opera en 170 países y cuenta con 85 factorías, convertirá a Sanit en un hub de desarrollo del segmento de instalación.

Prosegur se alía con Microsoft para impulsar nuevas áreas de crecimiento en seguridad

Prosegur y Microsoft han sellado una alianza a largo plazo con el objetivo de desarrollar nuevas soluciones de protección a los clientes. Con este acuerdo, ambas compañías llevarán a cabo iniciativas en los ámbitos de transformación digital y de innovación con el objetivo de impulsar nuevas áreas de crecimiento en soluciones de seguridad y ciberseguridad. Inicialmente, la alianza entre ambas entidades se centrará en la aceleración de los programas de transfor-

mación digital en los que está inmerso Prosegur. En realidad, la compañía ya utiliza aplicaciones de colaboración y de ciberseguridad de Microsoft para sus miles de empleados. En esta nueva fase, Prosegur sumará a su arquitectura tecnológica actual la plataforma Microsoft Azure y sus capacidades de inteligencia artificial. Desde Prosegur han explicado que pretenden “acelerar la automatización de procesos, incrementar su conectividad, ganar en flexibilidad, optimizar sus operaciones y lograr una estructura más productiva”. Además, esta unión establecerá grupos de trabajo con el objetivo de “potenciar los productos actuales de Prosegur y desarrollo de nuevos servicios”.

Breves en el término municipal de Mora, en la provincia de Toledo. La planta se prevé que esté operativa a partir de 2022. La instalación contará con una potencia instalada prevista de 4.213,44 kW y funcionará bajo la modalidad de suministro con autoconsumo sin excedentes conforme al Real Decreto 244/2019, de 5 de abril, ocupando una parcela de 50 mil metros cuadrados. Esta planta fotovoltaica permitirá a Exolum garantizarse el suministro de energía 100% renovable, equivalente al 27% del consumo total de electricidad de la instalación de bombeo. El consumo eléctrico es el principal origen de las emisiones de la empresa y el abastecimiento de energía desde esta nueva planta de energía solar supone evitar la emisión a la atmósfera de unas 854 toneladas de CO2 al año. Damm compra a Cobega su 50% en los batidos Cacaolat El grupo Damm ha cerrado la adquisición del 50% del capital que no controlaba de la compañía de batidos Cacaolat, y que estaba en manos de Cobega, la embotelladora y accionista de referencia de Coca-Cola Europacific Partners, propiedad de la familia Daurella. Ambas compañías controlaban Cacaolat de forma conjunta desde 2011, después de que su antigua propietaria, Nueva Rumasa, el holding famliar de los Ruiz Mateos, entrara en concurso de acreedores. El juzgado adjudicó a Damm y Cobega la propiedad de la popular marca de batidos al 50%. Según se publicó entonces, la operación se cerró en 75 millones y ambos grupos tenían previstas unas inversiones de más de 100 millones de euros, que en parte se dedicó a levantar un nuevo centro de producción en Santa Coloma de Gramanet. Mercadona invirtió 28 millones en su nuevo bloque logístico de Getafe Mercadona destinó una inversión de 28 millones de euros para poner en marcha un nuevo bloque logístico en la Comunidad de Madrid, concretamente en el polígono Los Gavilanes de Getafe, que ya tiene a pleno funcionamiento tras iniciar sus operaciones durante el primer trimestre del año. La compañía que preside Juan Roig también abrió en esa misma localidad durante el año pasado su almacén dedicado en exclusiva a su nuevo servicio online, o “Colmena”, como lo llama la empresa. En este caso, el nuevo almacén solo presta servicio a 89 tiendas de Madrid, Guadalajara y Cuenca y complementa al que tiene en Ciempozuelos, que está operativo desde hace 10 años. Con esta importante inversión la compañía quiere garantizar y reforzar el servicio de las tiendas de la zona centro del país”, explica Mercadona en un comunicado. El él detalla que este bloque supone la creación de 426 puestos de trabajo dentro de una plantilla total de 578 personas. Cuenta con una superficie de 96.000 metros cuadrados y consta de dos naves: una de secos con una superficie construida de 47.000 metros cuadrados y otra de frescos, donde se ubica la zona de frío y también de congelado, con una superficie construida de 19.300 metros cuadrados.

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Climex, uma aposta decidida pela inovação no setor da limpeza

A companhia portuguesa aplica a inovação tecnológica à gestão e às soluções de serviço que disponibilizam aos clientes. Com um volume de negócios de mais de 22 milhões de euros, a Climex trabalha com todas as tipologias de empresas do mercado, multinacionais, nacionais e nos mais variados segmentos.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

setor profissional de limpezas é um dos maiores empregadores, a nível europeu e em Portugal, desempenhando um papel fundamental nas condições de higiene, saúde e bem-estar dos vários ambientes de trabalho, desde industriais a corporativos. “O tema da saúde e bem-estar nos locais de trabalho nunca esteve tão na agenda do dia como desde o início da pandemia”, lembra Sara Hipólito, diretora de Marketing, Innovation & Training de Climex – Controlo de Ambiente. Esta companhia foi fundada em 1967 e introduziu em Portugal o conceito de outsourcing na prestação de serviços de limpeza, bem como a mecanização dos mesmos. “Ao longo de 54 anos, distinguiu-se sempre como

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sendo uma empresa inovadora na de higiene, asseguram que os níveis sua área de especialidade e tem sido de higiene e de produtividade acorpioneira na implementação de novas dados são monitorizados em tempo tendências no setor. Num setor de real. “Permite quer ao cliente quer à atividade e serviço que se tem carate- equipa de gestão Climex, tomar decirizado praticamente como indiferen- sões com base em dados objetivos ciado, a nossa aposta de diferenciação e com elevados níveis de bem-estar foi sempre a inovação”, acrescenta. e segurança para os colaboradores. Na Climex aplicam a inovação tec- Desta forma, independentemente da nológica à gestão e às soluções de ser- localização geográfica do centro de viço que disponibilizam aos clientes. decisão do cliente, é possível acom“Somos precursores na inovação da panhar e valorar o serviço que está a gestão do serviço de limpeza, com o ser prestado, criando proximidade e sistema de gestão digital CMS, que confiança, ou seja, uma relação winé a base do conceito dos serviços de -win”, acrescenta. intelligent cleaning e de intelligent Esta companhia investe na digitadisinfection, bem como pela introdu- lização de processos para agilização ção de soluções de robótica e automa- das equipas, na inovação, na tecnoção na limpeza em Portugal”, escla- logia e na robótica, sem descurar o rece Sara Hipólito. Ao combinar tec- desenvolvimento das nossas equipas nologia com a prestação de serviços e dos nossos colaboradores. “O inves-


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timento em I&D visa precisamente a valorização dos profissionais do setor e da nossa atividade. Deste modo temos em curso o maior investimento feito em Portugal na indústria de limpeza, em que a Climex vai lançar no mercado o primeiro robot autónomo de lavagem de pavimentos português”, indica a responsável de Marketing, Innovation & Training. Este robot aposta na inteligência artificial e na sustentabilidade ambiental e é diferente de todas as máquinas autónomas que já existem no mercado. “Está a ser desenvolvido ao abrigo do Programa Compete do Portugal 2020, em parceria com a Universidade de Aveiro, com a Atena – Automação Industrial, Lda e com o apoio da Renault”, sublinha Sara Hipólito. Presença no mercado espanhol Desde Climex afirmam que a companhia vê o mercado espanhol com um potencial de crescimento acelerado ao nível da transição digital. “Isto fará com que seja possível reagir quando e onde é necessário, criando um modelo de serviço personaliza-

do com maior capacidade de relação e de adaptação às micro necessidades de cada ambiente de trabalho. É aqui que vemos a transformação do serviço para um novo p a r a d i g m a ”, garante a diretora. Acreditam que o mercado espanhol terá uma grande recetividade na transformação do setor da limpeza ao nível digital e da robótica. Além de Espanha, estão muito atentos aos mercados externos, aos novos desenvolvimentos e às inovações de vários setores de atividade. “É com base na análise dos mercados externos e das novas necessidades do mercado que conseguimos adaptar e adequar a nossa estratégia e ter flexibilidade para nos adaptarmos de forma mais célere aos desafios do mercado”, explica Sara Hipólito. Climex Mobile System “O projeto digital CMS veio resolver uma lacuna relevante entre a perceção do cliente e a experiência que obtém relativamente aos serviços de limpeza”. O principal objetivo do desenvolvimento do CMS foi aumentar o foco no cliente, aumentando o valor acrescentado dos nossos serviços, criando uma diferenciação ao que existe no mercado ao nível da prestação de serviços de limpeza e na forma como é organizado. “É uma solução de gestão em tempo real abrangente, modular e

totalmente integrada para planear, organizar e monitorizar o serviço de limpeza. Para clientes de todas as áreas de negócio, sejam clientes multisetores ou com apenas uma instalação, o CMS envolve o cliente ao longo do processo”, explica Sara Hipólito. Por ser um projeto inovador que implicou mudança de mentalidade e de paradigma na forma de fazer e comunicar o serviço, desde Climex acreditam que o seu sucesso só dependeu da aceitação dos seus colaboradores, que o pensaram, que o desenvolveram e sobretudo dos que continuam a utilizar na gestão diária. A esta integração digital, a Climex dá o nome de “Intelligent cleaning”, que disponibiliza ao cliente informação qualitativa e quantitativa em tempo real em relação ao cumprimento dos service level agreement acordados, permitindo utilizar essa informação através da sua organização para criar valor no seu processo produtivo. “É aqui que, a diferenciação, traz novas soluções para os desafios que surgem e tem sido preferida por inúmeros clientes industriais e corporativos. O crescimento sustentado do volume de negócios da Climex (mais de 22 milhões de euros), demonstra a forma positiva como foram rececionadas pelo mercado as inovações tecnológicas da Climex, nomeadamente o conceito de intelligent cleaning e intelligent disinfection”, acrescenta.  JULHO DE 2021

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Sociedade Ponto Verde: “precisamos de uma reindustrialização no caminho da economia circular” Em 25 anos de atividade, a Sociedade Ponto Verde contribuiu para a valorização de nove milhões de toneladas de resíduos de embalagens. O organismo trabalha com 8.200 empresas na estratégia de inovação para a cadeia de valor das embalagens e promove junto dos portugueses a sustentabilidade alicerçada na reciclagem. Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, aponta os desafios que Portugal tem pela frente para alcançar a meta traçada para 2025: reciclar 65% de todas embalagens que forem colocadas no mercado.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

ue análise faz do percurso e do papel da Sociedade Ponto Verde em Portugal?

Temos já 25 anos de atividade em Portugal, marco que estamos a celebrar este ano. Enquanto primeira entidade gestora de resíduos de embalagens do país demos início a um processo transformador. Este fluxo de resíduos (que representam 20% a 25% dos resíduos urbanos) que antes tinham como destino as lixeiras, passam a ser geridos e valorizados através de um sistema organizado, o SIGRE - Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens. Quando olhamos em retrospetiva, vemos que em 1998, nos primeiros anos da nossa existência, foram recicladas 1.495 toneladas de resíduos de embalagem e que em 2020 conseguimos já chegar a quase meio milhão de toneladas. Estes dados mostram o caminho que a SPV tem feito em transformar o conceito de reciclagem como algo desconhecido, numa rotina do dia-a-dia, tornando-o num tema central no contexto da discussão ambiental. O nosso papel foi essencial nesta evolução através da divulgação de conceitos e de simples gestos como colocar as embalagens nos ecopontos corretos. Na altura criação da SPV a reciclagem era

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da SPV os projetos de comunicação, educação e sensibilização junto dos consumidores, através de campanhas nos meios de comunicação social e de apoio aos municípios para que a população adote comportamento de separação das embalagens e as coloque nos ecopontos. Temos ainda programas de investigação, desenvolvimento e inovação que estimulam o desenvolvimento do mercado de produtos e materiais reciclados. Neste momento trabalhamos com cerca de 8.200 empresas e, ao longo dos últimos anos, fomos Como se financia a Sociedade Ponto além da nossa missão principal na Verde e quais são as prioridades dos gestão da reciclagem das embalavossos investimentos/ projetos? gens. Temos apostado numa estraAs empresas que colocam e tégia de inovação para a cadeia de comercializam as embalagens valor das embalagens, ao mesmo no mercado português pagam a tempo que procuramos comuniuma entidade gestora, neste caso car com os portugueses a impora Sociedade Ponto Verde, para tância da reciclagem. garantir que as suas embalagens Temos feito uma forte aposta no são valorizadas e seguem para incentivo e investimento na criareciclagem. Esse valor é utilizado ção de melhores soluções de embapara financiar a recolha e sepa- lagens e processos. Foi por isso que ração das embalagens usadas que criámos o projeto Ponto Verde Lab, estão nos resíduos urbanos e para um hub de inovação e de conhecigarantir a reciclagem dos resíduos mento que pomos ao serviço dos separados. Os resíduos são ainda nossos clientes embaladores para vendidos aos recicladores, por lei- que possam fazer escolhas mais lão (papel/cartão, vidro, plástico, conscientes e direcionadas para a melhor criação e utilização possímadeira, aço e alumínio). Fazem parte dos investimentos vel das embalagens. pouco expressiva e deficientemente enquadrada nas preocupações dos portugueses. Atualmente, e todos os estudos que temos feito o mostram, os portugueses já reconhecem que é o principal gesto que podem ter para melhorar o ambiente. Aliás, um novo estudo feito pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa e Observatório de Ambiente, Território e Sociedade, para a Sociedade Ponto Verde mostra-nos que os resíduos urbanos estão no topo das preocupações ambientais dos portugueses.


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Quais são os principais desafios e a estratégia futura da Sociedade Ponto Verde?

Precisamos de convocar a ciência e a academia, porque necessitamos de novas soluções e de que a indústria Os investimentos na inovação, na as acompanhe para encontrarmos reindustrialização verde, na digita- formas de recolher mais embalagens, lização e na economia circular são tratar melhor os materiais, obter os nossos grandes desafios atual- matérias-primas secundárias, que mente. Temos de trabalhar afinca- possam ser valorizadas no mercadamente com um grande conjunto do e voltar a entrar no circuito da de parceiros, cidadãos, entidades produção, promovendo a Economia municipais e Governo. Temos de Circular. continuar a comunicar diariamente com o cidadão sobre as vantagens Como tem evoluído a recolha de resída reciclagem e as atitudes que deve- duos e da reciclagem em Portugal (em mos ter neste campo, bem como os volume e valor)? resultados que os seus esforços estão Há 25 anos, o reconhecimento de a permitir alcançar. que a gestão de resíduos era um proPor outro lado, o nosso objetivo é blema que poderia ser transformado trazer transparência à reciclagem e numa oportunidade tornou-se num mostrar o que acontece depois do ponto de viragem na mentalidade ecoponto e como funciona o mundo dos portugueses. E os dados são clada reciclagem das embalagens. Os ros nesta afirmação. Em 1998, foram consumidores precisam de saber enviadas para reciclagem cerca de quanto custa e quanto pagam pela 1.500 toneladas de embalagens, em gestão de resíduos. 2005 já foram quase 197 mil tone-

ladas e em 2020 ultrapassaram-se as 409 mil toneladas. No total deste último quarto de século, a SPV contribuiu para a reciclagem de nove milhões de toneladas de resíduos de embalagens. Os dados do ano passado mostram-nos que nove em cada 10 portugueses afirmam fazer separação de embalagens e veem neste comportamento o seu maior contributo para a proteção ambiental. E estes dados revelam que os comportamentos de reciclagem continuam a fazer parte do dia-a-dia dos portugueses, mesmo num ano em que os seus estilos de vida foram inevitavelmente alterados. Aliás, a recolha seletiva de embalagens em Portugal em 2020 aumentou 13% face a 2019. Em que domínios da recolha e reciclagem de resíduos estamos mais avançados?

Como referido anteriormente, em JULHO DE 2021

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atualidade actualidad 2020 foram encaminhadas para reciclagem mais de 409 mil toneladas de embalagens. Dos resultados obtidos o destaque vai para a recolha de 132 mil toneladas de papel e cartão, que equivale a um aumento de 39,7% face ao ano anterior. Já as embalagens de plástico ultrapassaram as 68 mil toneladas recolhidas e o vidro atingiu quase a 192 mil toneladas recolhidas. Concretamente no campo das embalagens, Portugal tem feito um caminho consistente na reciclagem, tendo alargado a “rede” de stakeholders e apostado no caminho da inovação, tendo como horizonte o cumprimento das metas europeias, agora ainda mais relevantes tendo em conta que a recuperação da sociedade europeia vai assentar no Pacto Ecológico e numa transição verde e digital. Em alguns materiais, como o papel-cartão e o plástico, até ultrapassa o cumprimento da meta. Apesar dos resultados positivos que a recolha seletiva de embalagens tem apresentado em Portugal, as exigentes metas a nível nacional e europeu obrigam-nos a continuar a fazer mais e melhor para aumentar os números da reciclagem. Na SPV temos trabalhado para garantir que empresas e embaladores conseguem desenvolver melhores embalagens, através de melhores indústrias e técnicas de reciclagem, sem esquecer uma regulação do setor mais simplificada, equitativa e integradora de todos os seus agentes.

questão se põe à escala próxima do bairro, surge muito vincadamente identificado o problema dos resíduos e o da falta de limpeza nas ruas. Até porque são questões com uma expressão direta no dia a dia dos portugueses, na sua qualidade de vida e bem-estar. E para fazer aumentar a reciclagem em Portugal, a ação das autarquias, desde as câmaras até às juntas de freguesia, é fundamental. Esta é outra das conclusões que conseguimos retirar do estudo promovido pela SPV para analisar as práticas e atitudes dos portugueses face à gestão de resíduos urbanos, em especial no campo das embalagens. É essencial prestar um melhor serviço para que as pessoas possam reciclar mais e, aqui, a abordagem digital poderá ser o caminho, até para que se tenha um melhor conhecimento de como se faz a reciclagem. Considera que tem sido positiva a Em 2025, Portugal terá de recievolução da consciência ambiental clar 65% de todas embalagens que dos consumidores, das autarquias e forem colocadas no mercado. Neste das empresas? O que tem sido mais momento, a meta é cumprida com desafiante a este nível? 55%, mas o desafio é conjugar o Percebemos continuamente que os calendário dos compromissos assuresíduos urbanos são considerados midos pelo país com a capacidade essenciais no quadro das preocupa- de modernizar e trazer a inovação ções dos portugueses, desde a escala para encontrar novos processos para nacional à local. Aliás, quando a os atingir.

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Há 25 anos, que a SPV estuda o comportamento dos consumidores, para poder adequar quer a sua estratégia de sensibilização, quer a sua atuação, juntamente com os parceiros que operacionalizam a gestão do sistema e percebemos que quem não recicla não o faz por falta de ecopontos. E, nesses casos, talvez o caminho seja uma comunicação de proximidade, através das juntas de freguesia e das câmaras municipais. A evolução do sistema, no sentido de se fazerem recolhas porta a porta, na casa dos consumidores e mais perto dos locais de consumo, poderá permitir inverter esta situação. Ainda se comercializam embalagens maiores do que seria necessário para o produto que contêm. Como pode ser resolvida essa questão?

É preciso olhar para as embalagens aplicando conceitos de ecodesign, essencial para melhorar o impacto ambiental das embalagens e o desempenho da gestão de resíduos no país. O design sustentável deve ser uma prática obrigatória nas políticas de sustentabilidade das empresas que trabalham as embalagens. As crescentes exigências no campo da reciclagem de embalagens levam a que muito tenha de ser feito e pensado no sentido de desenvolver e gerir embalagens que estejam em linha com as necessidades ambientais, mas que também correspondam às necessidades de conservação, transporte e segurança para as quais foram criadas. Claramente, temos que evitar o overpackaging e adequar as embalagens ao produto, mas também à sua dimensão e reciclabilidade. Políticas de prevenção para a redução de resíduos, pode passar por redesenhar uma embalagem, otimizá-la para reciclagem ou encontrar uma opção de recarga. Princípios que podem ser explorados no conteúdo disponível em www.pontoverdelab.pt


actualidad atualidade Que desafios e oportunidades tem Portugal pela frente no domínio da exploração económica dos resíduos? Estamos a saber tirar partido da matéria-prima lixo?

No nosso ponto de vista, precisamos de uma reindustrialização verde, que é também uma oportunidade para a nossa economia. A SPV tem dado o seu contributo para que se faça, em Portugal, uma verdadeira agenda para esta reindustrialização no caminho da economia circular e participou ativamente no debate sobre o Plano de Recuperação e Resiliência. É essencial que deste financiamento sejam alocados recursos de investimento e de incentivo para que essa reindustrialização aconteça. Atualmente, os temas ligados ao setor dos resíduos não estão apenas

relacionados com política ambiental, mas também com a política económica e fiscal. É a combinação destas políticas que levam ao desenvolvimento da bioeconomia, ou seja, a gestão e utilização de recursos de uma forma mais sustentável. A Sociedade Ponto Verde está comprometida e empenhada em contribuir, nos termos da sua licença, para os novos desígnios prosseguidos pela legislação aplicável, designadamente no alcance das metas de reciclagem de embalagens, e em colocar o seu conhecimento e experiência ao serviço da construção de uma economia verdadeiramente circular. Para este fim, o equilíbrio económico-financeiro do sistema, na extensão da sua cadeia de valor, é fundamental. Quais são as mais recentes inova-

ções e as perspetivas de evolução no setor da recolha e da reciclagem de resíduos? Que projetos podem destacar neste contexto?

Podemos falar num exemplo simples relacionado com a recolha dos resíduos. Atualmente muitas das rotas de recolha de resíduos baseiam-se num conhecimento meramente baseado na experiência sobre o nível de enchimento dos contentores. Mas este conceito, por não ser comprovado, pode resultar em alocação de viaturas para recolher contentores que afinal não estão assim tão cheios ou a recolha de contentores que estavam demasiado cheios e até a transbordar, o que significa uma má qualidade de serviço ao cidadão. Esta situação pode ser ultrapassada através da sensorização. Apesar de já estar a ser utilizada por algumas PUB

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atualidade actualidad de depósito e reembolso (SDR) de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio com depósito não reutilizáveis. Já em fase-piloto, encontra-se um sistema de incentivo para embalagens de plástico de bebidas em 23 localidades do país, além de experiências anteriores em alguns municípios. Por outro lado, podemos verificar a implementação de sistemas PAYT – pay-as-you-throw –, em que os consumidores são taxados em função da quantidade de lixo não separado, sistemas que já estão em fase de experimentação em alguns municípios do país. Ainda assim, apesar dos incentivos financeiros colherem opiniões positivas na generalidade, o fator crítico será sempre a conveniência, por exemplo através da acessibilidade às máquinas de depósitos. Que lugar ocupa Portugal no mundo, no que se refere ao aproveitamento económico de resíduos?

câmaras do país, há ainda muito a desenvolver num projeto que, aplicado às cidades, tornaria todo o sistema bastante mais eficiente e com melhores níveis de serviço prestado, contribuindo para desenvolver ainda mais o conceito de smart city. Outros dos aspetos inovadores da sensorização é o dos ganhos nos processos de triagem e reciclagem. Por exemplo, numa estação de triagem, se existir uma melhor monitorização nas quantidades processadas (quantidades triadas por triador, gestão de recursos humanos alocados, tempos de pausa) será possível otimizar os processos com ganhos de aumento de quantidades processadas, melhorando-se, assim, a eficiência de toda a estação e o rendimento dos turnos. A SPV já investiu mais de 11,5 milhões de euros na área da inovação e tem estimulado o aparecimen20 ACT UALIDAD€

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Quando olhamos para as metas globais em termos de reciclagem, to de novas soluções de embalagens Portugal ainda tem um caminho mais sustentáveis e em linha com a percorrer. Mas, quando olhamos as exigências da economia circular, para o setor das embalagens, onde tendo estado ligada a mais de 40 o grande consumo tem um grande projetos inovadores. Os resultados peso no encaminhamento para recinesta área tiveram impacto, tanto clagem, Portugal cumpre as metas ao nível das novas soluções de reci- de reciclagem. clagem e tecnologias de recolha e Nos próximos dez anos, as opções tratamento, como nas competências políticas ao nível europeu, nomeacriadas e nas redes e sinergias obti- damente as enquadradas pelo Pacto das. Existem muitas oportunidades Ecológico Europeu e pelo novo de inovação e o caminho é procurar Plano de Ação para a Economia a melhor tecnologia para podermos Circular, vão ser determinantes e transformar melhor estes resíduos exigirão um compromisso de todos e otimizar a eficiência desta cadeia os envolvidos na cadeia de valor das de valor. embalagens. Na Sociedade Ponto Verde temos a Que soluções de remuneração a forte convicção de que o setor dos quem recicla podemos esperar? resíduos é uma efetiva oportunidaExistem já várias soluções a serem de para potenciar recursos e levar implementadas e outras em estudo. Portugal na liderança da transA partir de 1 de janeiro de 2022 será formação ambiental e economia obrigatória a existência do sistema circular. 


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Sto Ibérica desenvolve soluções avançadas para tornar os edifícios portugueses mais sustentáveis Os arquitetos Siza Vieira, Souto Moura, Carrilho da Graça, Aires Mateus e Pedra Silva estão entre os clientes da Sto Ibérica em Portugal, filial da empresa alemã líder mundial em produtos e sistemas de construção sustentáveis. Depois de vários anos a operar em Espanha, a Sto entrou no mercado português em 2018 e abriu recentemente um showroom no Seixal, onde expõe as suas soluções de acondicionamento térmico e acústico.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

s exigências com a sustentabilidade dos edifícios têm vindo a aumentar à medida que a ameaça das alterações climáticas se adensa. É nesse contexto que as soluções e produtos da STO Ibérica se posicionam. A empresa é uma filial da alemã STO, “fabricante líder internacional de produtos e sistemas para paredes e tetos exteriores e interiores, bem como para superfícies de pisos industriais”, como se lê na página web do grupo. José Neves, responsável pela Sto Ibérica em Portugal, não tem dúvidas de que a crise climática constitui uma oportunidade para a empresa: “Os impactos das alterações climáticas, que têm originado inesperadas vagas de frio e calor em Portugal, o consequente aumento dos gastos de energia e recurso a aquecimento, e o aumento da consciência social para cuidar do meio ambiente têm levado a que a eficiência ener-

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gética passe a estar no centro das preocupações no setor da construção. Esta conjetura veio impulsionar a aposta da Sto Ibérica em Portugal e o seu investimento no mercado nacional com o lançamento de mais uma área de negócio, os sistemas de isolamento térmico exterior, que vem complementar a atual oferta da marca (no segmento acústico). Esta solução Sto irá permitir agir de forma mais responsável para com o ambiente, manter uma temperatura ambiente agradável dentro dos edifícios e ainda aumentar o valor dos imóveis.” A necessidade de climatização dos edifícios torna-se particularmente evidente em países com o edificado envelhecido, como é o caso de Portugal, observa o gestor: “O sul da Europa – nomeadamente os países como Espanha, Portugal, Itália – é caracterizado pela existência de edifícios antigos, particularmente no centro das grandes cidades. Com o incremento no turismo começamos a assistir, cada vez mais, à necessidade de recuperação desses edifícios seja para habitação seja para hotelaria, instalação de empresas particulares ou do estado. Estas alterações conduzem à necessidade, fundamental, de preparar estes edifícios para se equipararem às mais modernas construções, tanto do ponto de vista acústico, como do ponto de vista térmico. Portugal é um exemplo claro desta necessidade crescente onde já começam a surgir apoios e incentivos

à recuperação de edifícios antigos. A Sto Ibérica está muito bem posicionada para responder a esta demanda e acompanhar esta evolução do mercado.” A Sto Ibérica em Portugal opera no mercado português desde 2018, “beneficiando já da experiência e know-how adquiridos em Espanha”. Essa vantagem competitiva favoreceu uma entrada cautelosa, mas bem sucedida: “A marca Sto é uma marca mundialmente conhecida pela qualidade, conhecimento técnico e acompanhamento aos clientes, o que, agregado ao know-how e contactos desenvolvidos no mercado espanhol nos anos anteriores, foi determinante para o sucesso da entrada em Portugal. Desde logo começámos a trabalhar com alguns dos maiores ateliers de arquitetura e arquitetos de renome como Siza Vieira, Souto Moura, Carrilho da Graça, Aires Mateus, Pedra Silva, entre muitos outros, o que acabou por ser o nosso melhor cartão de visita no mercado nacional. Iniciámos a operação no território português de forma ponderada e certeira, colaborando desde logo com projetos de grande envergadura e renome. Isso ajudou-nos a conquistar o mercado, particularmente no segmento de Sistemas de Acondicionamento Acústico onde começámos a criar uma carteira de clientes e um negócio bastante interessante.” O gestor aponta “a falta de legislação e apoios à construção sustentável” como um dos principais desafios:


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“Portugal tem excelentes técnicos na área da arquitetura e que deixam a sua marca no mundo, esse reconhecimento leva a que marcas com presença mundial apostem no mercado nacional. As principais diferenças face a outros mercados mais maduros encontram-se na burocracia e tomada de decisões tardias que não nos permitem passarmos do plano reacionário para a proatividade. A pouca dinamização que existe no aproveitamento de fundos europeus para a modernização do nosso parque habitacional é também um fator diferenciador dos restantes países da união europeia. Este ponto cruza-se com a burocracia patente nos nossos serviços quando se trata de aprovar projetos e ter acesso aos fundos existentes, um projeto hoje em dia tem um prazo médio de seis a nove meses para obter a aprovação necessária e isto apesar dos nossos arquitetos terem uma capacidade de celeridade fantásticas.” No que diz respeito à execução, Portugal destaca-se, nota José Neves: “Portugal tem excelentes técnicos de aplicação e capacidade de formação de novos instaladores, aliás hoje em dia existe uma grave crise no que diz respeito à mão de obra a nível europeu e Portugal tem a capacidade de se regenerar e suprimir as necessidades do mercado.” A sensibilização para os desafios relacionados com a sustentabilidade dos edifícios está a ganhar peso, acredita o gestor: “Começamos a assistir a uma mudança significativa de paradigma e Portugal começa agora a dar sinais de querer acompanhar o mercado europeu. Acreditamos que quando isso se efetivar, a Sto Ibérica estará muito bem posicionada para dar resposta ao mercado”. Em plena pandemia, “a Sto Ibérica decide inaugurar o seu novo showroom em Portugal (no Seixal) e entrar num novo segmento, o de Sistemas de Isolamento Térmico, com o objetivo de se preparar para os anos vindouros”, adianta José Neves. Este showroom “funciona como uma mostra do univer-

so Sto à qual, de outra forma, os clientes não teriam acesso” e é também um centro de formação para os instaladores, “já que a Sto Ibérica é reconhecida por este acompanhamento e passagem de conhecimento que permitem alcançar o melhor resultado possível em todas as obras e intervenções”. Neste espaço no Seixal, os clientes “poderão conhecer o vasto leque de soluções e produtos Sto e as suas vantagens, junto de profissionais especializados e com acompanhamento técnico no local”, sustenta. A aposta faseada, primeiro no segmento acústico e depois no técnico, prende-se com a experiência profissional de José Neves no mercado de sistemas de acondicionamento acústico, e também, “com o facto de Portugal não reunir ainda, em 2018, as condições necessárias para uma objetiva aposta no mercado de sistemas de isolamento térmico, uma vez mais pela legislação e escassos apoios e incentivos”. O gestor reitera que esse segmento dá ainda os primeiros passos no mercado português: “Acreditamos que ainda há muito caminho a percorrer neste campo, nomeadamente no que respeita a legislação e incentivos, mas estamos certos de que soluções de vanguarda como as que vamos introduzir agora no mercado nacional irão contribuir ativamente para alavancar a consciência em torno de habitats mais sustentáveis, tanto na construção pública como na habitação particular. A história e percurso da marca Sto a nível mundial atuam como selos de garantia de execução, trazendo a confiança e o conforto fundamentais para responder às exigências dos nossos parceiros.” Com a entrada numa nova área de negócio e os objetivos de crescimento da Sto Ibérica no mercado nacional, “era fundamental” a abertura do show-

room, afirma José Neves, indicando que “o objetivo é alcançar uma faturação de 1,5 milhões de euros em cinco anos e sermos reconhecidos tanto no segmento sistemas de acondicionamento acústico, como no segmento de sistemas de isolamento térmico”. O responsável pela Sto Ibérica no mercado português assinala que o grupo de origem alemã “conta já com mais de 60 anos de experiência como especialista em sistemas de isolamento térmico exterior de fachadas, revestimentos de fachadas e interiores, fachadas ventiladas, sistemas acústicos, reparação e proteção de betão (obras civis) bem como revestimentos de pavimentos”. Com cerca de 5.050 funcionários, mais de 30 mil produtos e 150 patentes registadas, “a Sto é líder tecnológica na conceção de habitats sustentáveis e está presente em 80 países, contando com quase uma centena de filiais em todo o mundo”. O gestor frisa ainda que “dentro deste universo, o leque de soluções e produtos é tão vasto que seria difícil enumerar todas as vantagens competitivas, que são muitas, dos mesmos”, destacando “a inovação, a qualidade e a durabilidade, uma vez que estes são os três fatores distintivos de todos os produtos e de toda a atuação da Sto”. José Neves diz que, “neste momento, não está prevista a instalação de uma fábrica no mercado nacional”. Contudo, à medida que o negócio evolua, a empresa quer “abrir um armazém de logística em Lisboa e, possivelmente, no Porto”.  JULHO DE 2021

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El calzado portugués aumenta su notoriedad como marca en España

Luis Onofre ha sido protagonista del primer certamen de calzado celebrado fuera de Portugal tras el duro confinamiento. La patronal retoma las acciones para poner a la industria en acción y normalizar al sector más internacional que exporta el 95% de lo que produce. Estará presente en la feria de calzado de Madrid del próximo mes de septiembre.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a recuperación del calzado portugués pasa por España, cuarto país destino de sus exportaciones, equivalente a 150 millones de euros. El sector asegura tener condiciones para aumentar su presencia en el país vecino, en donde ya goza de un gran prestigio, pero pretende posicionarse mejor en los productos de mayor valor. Para ello va a participar en la feria del calzado de Madrid, el próximo mes de septiembre, además de llevar a cabo distintas acciones de comunicación con prensa y

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figuras públicas para reposicionarse. Al igual que muchos otros sectores, el del calzado se ha visto muy perjudicado como consecuencia de la pandemia. En el caso concreto de Portugal, se trata de una industria muy fuerte, que exporta 80 millones de pares al año para 163 países en los cinco continentes. El sector exporta 95% de la producción con Europa como mercado de referencia. Alemania, Francia, Holanda y España son los cuatro principales destinos de sus exportaciones y fuera de Europa,

destaca Estados Unidos. “El sector se ha visto claramente afectado por la pandemia, el consumo bajó y se dejaron de fabricar en el mundo 2.500 millones de pares de zapatos”, indica Luís Onofre, uno de los diseñadores de calzado portugués de referencia y presidente de la Asociación Portuguesa de los Industriales del Calzado, Componentes, Artículos de Piel de Calzado y sus Sucedáneos (APICCAPS), la mayor asociación empresarial del sector en Portugal.


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tacón. Supimos adaptarnos”, matiza Luís Onofre. En esta recuperación, el objetivo claro es reforzar la presencia en los mercados europeos, con un alto potencial de crecimiento en España y en otros países como Alemania y Francia. Pero busca crecer igualmente en otros mercados estratégicos como Australia, Japón, China, EE.UU. y Canadá, adelanta el responsable. Nueva colección de Luís Onofre presentada en Madrid La residencia oficial del Embajador de Portugal en España, situada en Madrid, fue el escenario elegido para celebrar, el pasado mes de junio, el La importancia del comercio y de los showrooms virtuales Las exportaciones de calzado portugués crecieron cerca del 50% hasta 2019, con un ajuste significativo en 2020 (por el coronavirus), año en el que las ventas al exterior se contrajeron un 16%. Este sector lo constituyen cerca de 1.500 empresas responsables de 40 mil puestos de trabajo, facturando entre todos más de dos mil millones de euros. El 2021 ha comenzado con fuerza para el sector. Ya en el primer trimestre del año se registró un aumento de las ventas de un 8% “y en este segundo trimestre será mayor”, afirma Luís Onofre. Resalta la importancia del comercio online, que como en su caso, “nos han ayudado a seguir” pero no esconde una especial alegría al recuperar “el contacto de la tienda física, es una emoción ver el producto en mano”. Todos los avances tecnológicos han permitido a las marcas ofrecer servicios impensables hace unos meses, como showrooms virtuales. Pero lo más importante en estos meses has ido que “el sector en Portugal ha respondido al desafío, ha dado la vuelta a la situación ya que el consumidor cambió, comprando más calzado deportivo y menos

primer certamen del calzado luso tras la pandemia. Una acción que APICCAPS quiere replicar en otras ciudades en el extranjero. Este palacete de la capital española acogió una muestra de las propuestas del diseñador Luis Onofre, para el próximo invierno (ver fotos). “Está inspirada en Napoleón Bonaparte, y la infantería militar. Fueron años duros, pero al mismo tiempo buenos para la moda. No es la primera vez que utilizo estos elementos, pero he aplicado nuevas tecnologías”, cuenta el diseñador. Una de sus grandes preocupaciones en las últimas épocas es la fabrica-

ción de zapatos eco-friendly. Luís Onofre no tiene dudas de que “Portugal puede estar a la vanguardia de la sostenibilidad, buscando una huella de carbono mínima. Se reciclan gomas y se hace gomas ecológicas, nosotros fuimos los primeros. Ha habido una evolución muy grande de las empresas”, puntualiza. Para la próxima colección apuesta por colores como el caqui, al que llama “nuevo negro”, y otros más vivos como el naranja o el rojo. “Busco siempre los mejores materiales”, señala. En España Luís Onofre cuenta con una gran aceptación ya que entre sus clientas se encuentran la Reina Letizia, las actrices Paz Vega y Amaia Salamanca, la periodista Sara Carbonero o la cantante Vanessa Martín. “La venta online ha crecido mucho en España, al igual que en EE.UU.”, reconoce el diseñador. Contento por este crecimiento, se alegra sobre todo del regreso de las ferias, tan necesarias para el sector, al que le augura un gran fututo. “Se trata de un sector centenario en Portugal pero en muchos casos la tercera y cuarta generación de empresarios salieron al extranjero, sin miedo, logrando mucha calidad en sus diseños”, concluye Luís Onofre.  JULHO DE 2021

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Repsol reforça liderança nos lubrificantes na Península Ibérica com nova gama para veículos elétricos A Repsol lançou uma nova gama EV-Fluids para veículos e motos elétricas, consolidando, assim, a sua “posição como player relevante na mobilidade elétrica” e também o seu objetivo de “ser uma empresa com zero emissões líquidas no ano 2050 e de satisfazer todas as necessidades energéticas dos seus clientes, em casa ou na estrada, através de uma oferta multienergética, de acordo com o Plano Estratégico 2021-2025”. Esta nova gama de produtos será desenvolvida na unidade que a Repsol tem no Complexo Industrial de Puertollano, em Espanha. Depois do processo de globalização deste negócio, a produção dos lubrificantes na Repsol é articulada em três hubs produtivos (México, Indonésia e Espanha), sendo

este último o principal, já que concentra 60% da produção. O projeto contou ainda com o Repsol Technology Lab, um dos centros de investigação privados mais vanguardistas da Europa, que definiu as “fórmulas mais idóneas para este tipo de aplicações de lubrificantes, assim como a seleção e a adaptação das características-chave de cada um destes produtos nas aplicações às quais são dirigidos, como são o grau de viscosidade, compatibilidade com novos materiais e corretas propriedades elétricas”. “A Repsol lidera a venda de lubrificantes na Península Ibérica, com uma quota de 19% em Portugal e de 25 em Espanha, em 2020”, adianta a empresa. O negócio de lubrificantes da Repsol é

o mais internacional do grupo, já que tem atividade comercial em 78 países. No ano passado, cresceu precisamente graças à sua ampla distribuição geográfica e apesar do colapso da mobilidade devido aos confinamentos. Assim, em 2020, a Repsol vendeu 193 mil toneladas de lubrificantes, o que representa um crescimento de 40% face a 2015. As aquisições de 40% da empresa mexicana Bardahl, em 2018, e de 40% da United Oil, com sede em Singapura e presença na Indonésia, em 2019, representaram um passo em frente nesta estratégia de crescimento. Este ano, será consolidada esta expansão internacional, com foco nos mercados prioritários, como Espanha, Portugal, ou França. 

Quase metade das empresas aumentou investimento em marketing digital A pandemia acelerou o impacto do digital na atividade de comunicação e marketing das empresas, que apostam, cada vez mais, em ferramentas como Email Marketing, Social Media Ads ou Redes Sociais. Esta é uma das conclusões de um novo estudo conjunto da multidados.com, agência de research da Guess What. O novo inquérito revela que 47,2% das empresas aumentou o orçamento para as ações de marketing digital. 39,6% das empresas afirmam também que houve substituição de meios publicitários por meios digitais nas suas ações de comunicação. Contudo, 43,8% considera que não haverá necessidade de mais competências nesta área. Mais de 74% das empresas inquiridas não tem um departamento de marketing na sua organização, sendo que os métodos de comunicação utilizados refletem o peso cada vez maior do digital na atividade das empresas. As principais ferra-

mentas usadas passaram a ser, seguindo os inquiridos, email marketing (57,8%), social media ads (52,8%), redes sociais (38,0%), online ads (29,4%) e eventos (28,2%). Todas estas ferramentas registaram um aumento entre 2020 e 2021, à exceção dos eventos, que antes eram usados por 39,2% das empresas. Num ano atípico e de muitas restrições devido à pandemia, 68% das empresas portuguesas afirmam que a covid-19 teve muito ou bastante impacto nas operações das suas organizações, com 60% das empresas que dispõem de espaço físico (loja) a afirmar que o volume de vendas diminuiu. Entre as empresas que têm compras através de website próprio, 31,2% também registou queda de receitas. Apenas 5% das empresas inquiridas implementou um sistema de entregas motivado pela covid-19, sendo que 17,5% já dispunha de um sistema de entregas.

Para o futuro, as empresas inquiridas acreditam que as principais tendências que se irão verificar no comportamento dos portugueses passarão por: compra mais focada no essencial (53,2%), compras mais sensíveis ao preço (47,5%), compras mais sensíveis ao bem-estar (26,6%), redução dos momentos de compra (25,9%) e novos métodos de compra online, como redes sociais (22,5%). Os resultados do estudo tiveram por base respostas de empresas de várias áreas de atividade, sendo que 43 delas atuam tanto no mercado B2B como no B2C. Este estudo foi realizado por via dos métodos CATI (telefónico) e CAWI (online), com uma seleção aleatória de empresas/ atividades profissionais sediadas em Portugal. Foram recolhidas e validadas 500 respostas, entre os dias 15 de janeiro a 26 de fevereiro de 2021.  Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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Santander investe 7,7 milhões de euros no apoio à sociedade em 2020

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Santander em Portugal investiu um total de 7,7 milhões de euros no apoio à Sociedade ao longo de 2020, um sinal do elevado compromisso com a comunidade e com o objetivo crescente de ter um maior impacto e contribuir para o desenvolvimento das pessoas e das empresas. Do valor total investido em 2020, três milhões de euros foram destinados a medidas de combate à covid-19, com especial destaque para a investigação,

aquisição de material hospitalar, apoio aos setores mais vulneráveis da sociedade e projetos das instituições de ensino superior (IES), num total de 365 instituições apoiadas direta e indiretamente e mais de 54 mil pessoas beneficiadas, um crescimento de 90% face ao ano anterior. Entre 2013 e o final deste ano, o valor total investido deverá aproximar-se dos 58 milhões de euros. “Os números agora apresentados reforçam o compromisso do Santander com a implementação de um modelo de banca responsável transversal. Além do apoio através de soluções de negócio, também impulsionamos o crescimento inclusivo e sustentável através de iniciativas relacionadas com a educação, empreendedorismo social, empregabilidade e bem-

-estar nas comunidades onde prestamos serviços”, adianta a instituição. “O grupo Santander dá mais apoio ao ensino superior do que qualquer outra empresa privada no mundo”, adianta a mesma fonte, dando o exemplo de Portugal, onde, através do Santander Universidades, foi criada uma rede única de convénios com 50 universidades para apoiar estudantes, investigadores e empreendedores. O Santander Universidades e a IES em Portugal canalizaram cerca de dois milhões de euros para iniciativas para apoiarem os estudantes universitários e as famílias portuguesas, no âmbito das necessidades surgidas com a pandemia. No campo da educação, mais de 3.500 pessoas beneficiaram de iniciativas como bolsas de cariz social, ajudas e apoio à transição digital. 

Prosegur lança plano de descarbonização antecipando metas do Acordo de Paris A

Prosegur iniciou um projeto de compensação de emissões de CO2, com o objetivo de alcançar o seu compromisso de descarbonização até 2040, ou seja, dez anos antes do estabelecido pelo Acordo de Paris. O plano arranca com a compensação de emissões de CO2 geradas pelas operações da empresa na Europa, através de um projeto de gestão de resíduos localizado no Rio de Janeiro (Brasil), que, desde a sua implementação, já evitou a emissão para a atmosfera de mais de 2,5 milhões de toneladas de CO2 (redução certificada de emissões). De forma gradual, a Prosegur irá alargar este programa de compensação de emissões aos 26 países em que opera. A próxima região a entrar neste projeto será a Ásia-Pacífico, à qual se seguirá a América Latina. Antonio Rubio, secretário-geral da Prosegur, salienta que a escolha do Brasil se deve ao facto de ser “um dos mercados mais relevantes para a empresa e 28 act ualidad€

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uma das áreas com maior biodiversidade no mundo. Na Prosegur, estamos profundamente orgulhosos da nossa contribuição para o cumprimento do Acordo de Paris. Estamos convencidos de que fazer do mundo um lugar mais seguro, passa também por fazer do mundo um lugar mais sustentável”. Esta iniciativa, na qual a Prosegur é pioneira no setor da segurança privada a nível global, dá continuidade às medidas já implementadas para reduzir as emissões produzidas pelas atividades da empresa. Assim, é importante destacar algumas ações, como a redução de 10% nas emissões de CO2 em perímetro constante em 2020; a substituição de 10% dos veículos da frota para híbridos e/ou elétricos; ou o consumo total de energia ser proveniente de fontes renováveis de Espanha. Todas estas iniciativas fazem parte do “Plano Diretor de Sustentabilidade” (PDS), que o conselho de administração da empresa aprovou na sua últi-

ma reunião. “Este plano demonstra o empenho da Prosegur no processo de transformação para uma sociedade global sustentável, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. De facto, a empresa integrou todos os 17 ODS na sua estratégia empresarial e de gestão, na qual trabalha de forma intensa em dez, que são aqueles em que a Prosegur pode, realmente, fazer a diferença”, salienta a companhia. O PDS está estruturado em quatro áreas principais de ação: ética, transparência e governance; pessoas; segurança no trabalho e ambiente. No total, existem 63 iniciativas específicas para as quais a Prosegur definiu um conjunto de indicadores detalhados que permitem medir o seu impacto e evolução. Para além disso, criou-se um Comité de Sustentabilidade, liderado pelos membros do Comité de Direção, cuja principal tarefa será definir os objetivos, planos de ação e práticas da empresa nesta área. 


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Farol: a primeira aceleradora de startups para combater a escravatura moderna A Farol, primeira aceleradora concebida para identificar e acelerar soluções tecnológicas que contribuam para mitigar a escravatura e o trabalho forçado dentro das cadeias de produção, foi recentemente lançada em Portugal. O projeto, impulsionado por uma colaboração entre organizações portuguesas e espanholas que trabalham para a inovação como resposta a questões de direitos humanos, está à procura de startups e ideias que apresentem e desenvolvam soluções tecnológicas para responder às crises atuais. A Farol pretende encontrar 15 startups tecnológicas para as integrar num programa de aceleração de seis meses, cinco das quais pretende-se que sejam provenientes de países em desenvolvimento. O programa está aberto tanto a startups em fase de pré-lançamento como em fase inicial, mas também a projetos de ONG e organizações que trabalham em blockchain, inteligência artificial,

machine learning, processamento de linguagem natural, reconhecimento de imagem, big data, geolocalização e tecnologias de big data. A Farol é um projeto participante do Pacto Global da ONU, e é lançado com o apoio da TrustLaw, serviço mundial pro bono da Fundação Thomson Reuters, enquanto parceiro legal, e da Parley For The Oceans, sediada em Nova Iorque. Entre os colaboradores do programa constam a organização de direitos humanos Walk Free, The Fair Cobalt Alliance, e Nareen Sheikh, sobrevivente de escravatura moderna e orador nas conferências TED. “Aumentar a transparência nas cadeias de produção é a peça chave para acabar com o abuso laboral e, nesse sentido, retirar as pessoas da armadilha da pobreza”, afirma Daniela Coutinho, co-fundadora da Farol. “A tecnologia está numa posição única no caminho a fazer em prol dos direitos

humanos e na concretização de mudanças sociais. A Farol pretende identificar e apoiar projetos que terão um impacto genuíno na luta contra a escravatura moderna”, afirma, por seu lado, Raúl Celda, co-fundador da Farol. A programação foi criada em parceria com a consultora portuguesa Beta-i e é também apoiada pelo Governo português, através da iniciativa Portugal Inovação Social, financiada pelo Fundo Social Europeu. Através do programa de aceleração, as startups serão apoiadas através de sessões de mentoria e de um extenso programa de conferências, do qual farão parte diversos especialistas e representantes de organizações e marcas. As candidaturas podem ser feitas através do website da Farol até 31 de agosto. A Organização Internacional do Trabalho estima que existem, atualmente, cerca de 40,3 milhões de pessoas a viver sob alguma forma de escravatura. 

Fundação Eugénio de Almeida e RCDI apresentam “bússola” social R esultado da colaboração entre a Fundação Eugénio de Almeida e a RDCI-Rede de Competências para o Desenvolvimento e Inovação, e em conjunto com outros parceiros regionais, foi lançado há poucas semanas o projeto Bússola Social – Plataforma Digital de Respostas Sociais no Alentejo Central. “Com o objetivo de sistematizar e tornar facilmente acessível informação relativa aos serviços sociais existentes na região do Alentejo Central, a Bússola Social demonstra com clareza os apoios disponíveis para pessoas, agregados familiares ou destinatários específicos de vulnerabilidade social. Destinada à consulta de todos os cidadãos, destacando-se particular

utilidade para as entidades que prestam serviços sociais, profissionais do setor da economia social, investigadores, académicos e consultores, este projeto foi inteiramente concebido a partir de dados abertos e públicos”, referem os parceiros do projeto. Segundo adianta Henrique SimSim, coordenador da Área Social e de Desenvolvimento da Fundação Eugénio de Almeida, “a Bússola Social constitui-se como um poderoso instrumento digital que reúne e disponibiliza informação muito útil para a comunidade e profissionais, estando registados nesta plataforma, também de forma georreferenciada, mais de 350 equipamentos sociais no Alentejo Central. Para a Fundação,

será um importante contributo para aprofundar o trabalho que vem desenvolvendo desde 2004 na capacitação e apoio às organizações do terceiro setor na região de Évora”, frisa ainda. A Bússola Social decorre de uma ação-piloto da +Resilient – projeto europeu de cooperação transnacional – desenvolvida pela RCDI, em colaboração com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e com a Fundação Eugénio de Almeida, e que será responsável por assegurar a gestão da ferramenta digital, garantindo a sua continuidade e eventual extensão a outros territórios do Alentejo.  julho de 2021

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Nove em cada 10 portugueses dão preferência a produtos, empresas e marcas sustentáveis A s alterações climáticas e os seus efeitos constituem um dos maiores desafios da atualidade, afetando todas as regiões do mundo. Reafirmando o seu compromisso no fomento da relação entre Portugal e França, os Conselheiros do Comércio Externo da França, em Portugal – CCEF – lançam este ano mais uma vez a debate um tema importante, através da realização do estudo “Portugal e França: Juntos na Transição Ecológica – A responsabilidade das empresas em tempo de covid”, que aborda o combate às alterações climáticas, colocando o foco nas empresas, com destaque para as de origem francesa presentes em Portugal, enquanto agentes responsáveis por uma sociedade mais sustentável. No estudo, procurou-se também compreender e avaliar se a preocupação e o compromisso com a transição ecológica por parte das empresas é, ou não, um fator de valorização perante os cidadãos e de que forma é que os cidadãos perce-

cionam este compromisso. Os resultados do estudo indicam que se verifica uma tendência ao nível da consciencialização ambiental: 75% dos cidadãos inquiridos residentes em Portugal diz-se preocupada com o ambiente e as alterações climáticas, com 14% a afirmar estar muito preocupada e 61% a demonstrar alguma preocupação. Esta preocupação reflete-se quando 88% dos cidadãos inquiridos confirma valorizar produtos, empresas e marcas sustentáveis. Esta valorização não se restringe aos produtos e serviços. Os cidadãos inquiridos têm uma visão mais alargada e perante, por exemplo, um contexto de mudança de emprego, em que se escolhe entre um empregador comprometido com a sustentabilidade e um que não o seja, 54% admite preferir as ofertas de trabalho de empresas associadas a boas práticas ambientais. Apenas 3% dos portugueses inquiridos diz não ter de todo em consideração este fator

quando se candidata. No entanto, a maioria dos inquiridos (69%) continua a percecionar que as empresas comprometidas com a proteção ambiental representam uma minoria. Esta perceção dos cidadãos de que apenas uma parte está empenhada na concretização deste objetivo poderá estar relacionada com o facto de, atualmente, apenas 23% se recordar de ações ambientais promovidas pelas empresas, o que evidencia que os esforços têm tido ainda pouco impacto e visibilidade junto dos cidadãos. Para alcançarem o compromisso com a proteção ambiental, as empresas precisam de realizar ações concretas; e para obterem reconhecimento, precisarão de conseguir comunicar melhor junto dos consumidores. Isto porque 62% considera que as ações realizadas e comunicadas pelas empresas, apesar de corresponderem a um compromisso efetivo, são também desenvolvidas com o intuito de trabalhar a sua imagem. 

Makro Portugal, fornecedores e o Plastic Bank na luta contra o fim do plástico nos oceanos E m conjunto com o Plastic Bank, uma empresa social inovadora que tem vindo a construir ecossistemas éticos de reciclagem em comunidades costeiras de todo o mundo desde 2013, a Metro, da qual a Makro Portugal faz parte, lança agora uma colaboração internacional, de vários anos, com objetivos ambiciosos: apenas nos primeiros 12 meses da parceria, o objetivo é recolher mais de 65 milhões de garrafas de plástico, o equivalente a mais de um milhão de quilos de resíduos de plástico, antes de entrarem nos oceanos de todo o mundo. Para este fim, a Iniciativa Metro Plastic une clientes e fornecedores desta cadeia, bem como o Plastic Bank. A cooperação será lançada sucessivamente nas lojas Metro em todo o mundo, incluindo a

Makro Portugal, da qual fazem parte as suas 10 lojas localizadas em território nacional. A campanha centrar-se-á em produtos específicos de cada país com embalagens de plástico mais sustentáveis, por exemplo, porque requerem menos material plástico virgem após um redesign, contêm conteúdo reciclado, são compostáveis ou porque são muito mais fáceis de reciclar devido a uma mudança de material ou de

cor. Esta informação adicional permite aos clientes tomar decisões de compra conscientes de forma sustentável, melhorar o seu próprio comportamento de reciclagem e contribuir para o bem, ao mesmo tempo. Com cada produto de campanha adquirido, a Metro e os seus clientes, assim como os fornecedores participantes, apoiam o trabalho da empresa social canadiana Plastic Bank. “Na Makro Portugal, estamos muito conscientes de que apenas com uma atitude proativa da parte de toda a cadeia de valor e fornecimento, conseguiremos alterar estes cenários que prejudicam o planeta e, em última análise, a nossa qualidade de vida”, refere Filipa Herédia, Communication & Engagament Manager da Makro Portugal. 

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Desalinización:

la clave para resolver los problemas de abastecimiento de agua y de sequía

La desalinización es una de las formas más frecuentes de obtener agua potable en España, que es ya uno de los países con más plantas desaladoras del mundo. El agua obtenida garantiza su distribución en los lugares de difícil acceso, pero además es la gran aliada ante la amenaza de la desertificación y la sequía. Las empresas españolas juegan un importante rol en el sector con una presencia destacada en los proyectos internacionales. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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n 1964 se instaló en España la primera desalinizadora de Europa, en las islas Canarias, concretamente en Lanzarote. Posteriormente, en 1993 se puso en marcha la primera instalación de ósmosis inversa en Cabo de Gata (Almería). Y ya en 2004, se creó el Programa A.G.U.A. (Actuaciones para la Gestión y la Utilización del Agua) con el fin de gestionar la política del agua y entre sus pilares más importantes está el de la desalinización del agua. A día de hoy, según datos de la Asociación Española de Desalación y Reutilización (AEDyR), España es el quinto país en número de desaladoras del mundo con una capacidad total de producción de 5 millones de m3/día, lo que equivale al 5% del agua potable. Cuenta con 765 desaladoras de más de 100 m3/ día y 99 de gran capacidad (más de 10.000 m3 /día) y el 21% del agua desalada se usa para agricultura. La desalinización se ha expandido

de forma constante por toda España con el fin de asegurar la disponibilidad de agua en las zonas con más escasez. Y a lo largo de todos estos años, las compañías españolas han ido adquiriendo experiencia hasta ocupar un papel decisivo a nivel global. “Las empresas españolas somos líderes a nivel mundial en este sector. De las 20 empresas más grandes del mundo en desalación, 8 somos españolas y en aquel país donde haya una licitación de una gran desaladora siempre encontraremos 2 o 3 empresas españolas compitiendo. Y es de destacar que este sector no lo forman solo grandes empresas, sino medianas y pequeñas empresas, ingenierías y consultoras, suministradores, centros de investigación, etc… que son asimismo punteras y líderes en el mundo”, explica Domingo Zarzo (foto en la pág. 34), presidente de AEDyR. Pero además de garantizar la distribución del agua allí donde es

menos accesible, la desalinización es la gran aliada ante la amenaza de la desertificación y la sequía. “Forma parte de los llamados recursos no convencionales junto con la reutilización, y son un complemento esencial para luchar contra la sequía, liberar la presión sobre los recursos convencionales (aguas subterráneas y superficiales) y por tanto para prevenir los efectos del cambio climático”, resalta Zarzo. Tiene además un papel muy importante en el desarrollo de sectores como la agricultura y el turismo. Por ejemplo, “el haber desarrollado un plan de desalación en toda la costa mediterránea (programa AGUA) ha garantizado el suministro seguro a muchos municipios que antes tenían problemas de abastecimiento (sobre todo en verano), poniendo en riesgo el sector turístico. En zonas como Baleares o Canarias la desalación es esencial para el desarrollo económico de las islas”, añade. Asimismo, la agriculJULHO DE 2021

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Usos del agua desalada Usos del agua desalada: - Agua potable. La empresa propietaria de la desaladora (generalmente pública) vende el agua al distribuidor de agua potable en la zona o las empresas gestoras de agua que pueden mezclar en depósitos esta agua con agua de otros orígenes - Agua para agricultura. Organismos como Acuamed tienen convenios con los agricultores y les venden agua desalada procedente de grandes desaladoras como Torrevieja, Águilas o Valdelentisco

ruptivas que permiten en general alinizadora solar capaz de producir un aprovechamiento más eficiente 5,7 litros de agua por hora por cada tanto del agua salada como del metro cuadrado de panel solar. El agua salobre”. Este recurso hídrico novedoso sistema no produce resifundamentalmente está destina- duos de salmuera y su reducido do a producir agua para consumo tamaño podría potencialmente serhumano y “con las nuevas tecnolo- vir en zonas costeras áridas fuera de gías también su uso en la produc- red. Además, es una fuente de agua tura necesita de la desalación para ción de alimentos en situaciones de capaz de potabilizar el líquido elecrecer en zonas con sequia estrucmento de manera eficiente y a bajo tural. “Frente a los trasvases, que coste. Utiliza múltiples capas de La desalinización dependen de la climatología y las evaporadores y condensadores solao desalación del lluvias, la desalación proporciona res planos, alineados en una matriz un suministro de agua estable y vertical y cubiertos con aislamiento agua consiste en seguro, y su mayor precio se comde aerogel transparente. Todas las un proceso de pensa por parte de los agricultores capas se utilizan para desalinizar mezclando el agua desalada con el agua, pero reaprovechando el tratamiento del agua de otros orígenes”, explica el calor recibido por cada una de ellas agua por el cual el presidente de AEDyR. España es un para desalinizar más y mejor, en ejemplo en la aplicación agrícola de un círculo interno que evita que la agua del mar o agua la desalación con aproximadamente energía se desperdicie. salobre se convierte un 21% del uso del agua desalada, En España, ha adquirido mucha mientras que a nivel mundial ésta importancia la desalinización “sobre en agua potable para todos en las Islas, no representa más de un 3%. como Las Canarias poder suministrar donde en algunos casos como el de Innovación tecnológica Lanzarote, su única alternativa es la a la población con Carlos Fernández-Jáuregui, CVO desalinización por el tipo de suelos mayores dificultades que tiene y la dificultad de almacenar de la organización internacional Water Assessment and Advisory agua con tecnologías tradiciones. Si la de acceso a agua – Global Network (WASA-GN), tendencia continua en esa dirección, se dulce reconoce que en la actualidad la podrá utilizar en otro tipo de requeridesalinización está tomando mucha mientos no tradicionales por su potenmás importantica que hace 10 años eventos extremos como las sequias”. cial de desarrollo”, avanza el experto. gracias a la innovación tecnológica Una de las últimas innovaciones Recientemente, Tedagua ha firque se está llevando a cabo en el en este campo es la llevada a cabo mado un contrato de colaboramundo. Destaca el desarrollo de por científicos del Massachussets ción con la Fundación Tecnalia los países del norte de Europa “que Institute of Technology (MIT) Research and Innovation, para están desarrollando tecnologías dis- quienes han creado una nueva des- desarrollar conjuntamente la tec34 ACT UALIDAD€

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subterráneas, agua residual, etc.). La tecnología de desalación predominante en la actualidad es la ósmosis inversa por medio de membranas semipermeables sometidas a presión. Las tecnologías basadas en la evaporación y posterior condensación del agua están desde hace años en retroceso incluso en los países del Golfo Pérsico, donde han sido aplicadas tradicionalmente, por su mayor consumo energético. La Plataforma Solar de Almería (PSA), perteneciente al Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas Retos de la desalinización De acuerdo con datos recientes (CIEMAT), es el mayor centro de de la International Desalination investigación, desarrollo y ensayos Association (IDA,2019), existen de Europa dedicado a las tecnoloen el mundo aproximadamente gías solares de concentración. Lleva 18.000 desaladoras que producen más de veinte años trabajando en el más de 100 millones de metros campo de la desalación solar y más cúbicos al día de agua desalada. de diez años en el tema concreto Aproximadamente un 60% provie- de la destilación por membranas ne de aguas marinas, siendo el resto con energía solar, en el que disprocedente de aguas salobres de fruta de una posición de liderazgo distinto origen (ríos, lagos, aguas mundial. Tal y como recuerda uno nología de desalinización de agua de mar mediante desionización capacitiva (CDI). Se trata de una alternativa a la ósmosis inversa y consiste en instalar unos electrodos (ánodos y cátodos) que atraen los iones de sal al aplicarles una corriente eléctrica. Los beneficios de la CDI frente a tecnología tradicional son el impacto directo en la reducción del consumo energético y la reducción de las emisiones de CO2 y el aumento del porcentaje de agua recuperada.

de sus investigadores, Guillermo Zaragoza, los dos retos fundamentales de la desalinización son su elevado consumo energético y la generación de salmuera residual. El primero se puede resolver con el uso de energías renovables, y el segundo con enfoques de vertido cero de líquidos. “En ambos casos la desalación térmica tiene una ventaja porque además de permitir mayor concentración disminuyendo el volumen de rechazo, las tecnologías solares térmicas son más adaptables a la variabilidad solar”, indican desde el centro de investigación. Los trabajos de la PSACIEMAT en destilación por membranas demuestran que su uso con energía solar permite una eficiencia superior a la de otras tecnologías de desalación térmica, además de que su modularidad le confiere más flexibilidad. En concreto, se trata de nuevos desarrollos con módulos de arrollamiento espiral con múltiples canales y alto tiempo de residencia JULHO DE 2021

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operando con extracción de aire en También en el reino Unido se ha la gestión de salmueras en interior. el canal de destilado. “Las oportu- desarrollado tecnologías como la Hay investigaciones en curso con nidades de mejora de esta tecnología del Geode que permiten utilizando nuevas tecnologías (denominadas pasan por el uso de membranas con grandes domos desalinizar agua en emergentes) incluso para producir diseños avanzados, una optimiza- gran cantidad utilizando la energía energía o para extraer sales y proción de la operación introduciendo solar y el concepto del ciclo hidro- ductos químicos de la salmuera (lo recirculación para aumentar la tasa lógico a micro escala”. En lo que que se denomina “brine mining”)”, de recuperación y una reducción del se refiere a las salmueras, el vertido aclara el presidente de AEDyR. Aunque se suela referir al alto coste coste de inversión minimizando el al mar no representa un problema tamaño del campo solar”, destacan. cuando se hace correctamente, lo de la desalinización, desde la asociaPara esto último, consideran que hay normal en la mayor parte de países ción recuerdan que se habla siempre que trabajar en marcos de optimiza- avanzados. “Pero no hay una solu- de valores inferiores a 0,6-0,8 €/m3 ción multi-nivel que contemplen las ción viable económicamente para con amortización, “lo que quiere sinergias entre las fases de diseño y operación utilizando algoritmos de optimización global combinados con técnicas como el control predictivo basado en modelo u otros métodos de control basados en inteligencia artificial. Carlos Fernández-Jáuregui señala que en los últimos desarrollos en los Países bajos y Dinamarca, “han logrado desarrollar membranas que requieren muy poca energía y en muchos casos se han desarrollado membranas orgánicas que son la nueva solución a la desalinización, 36 ACT UALIDAD€

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decir que 1000 litros de esta agua nos cuestan menos de un euro”. Si comparamos esto con el precio del agua potable en grandes ciudades que puede estar por encima de 2 €/ m3 o aún mejor con el agua embotellada (que nos puede costar 500 €/m3), “nos damos cuenta de que no es un agua cara, y además con garantía de suministro, ya que el mar no se agota y no depende de las condiciones climatológicas como los trasvases”, indica Domingo Zarzo. Empresas españolas El rol de las empresas españo- zando en la aplicación de las tecnolo- de sólidos suspendidos, la reducción las en la desalinización está sien- gías de transformación de membra- del valor de SDI (Silt Density Index, do muy relevante y existen muchas nas de ósmosis inversa desechadas en representativo de la capacidad de iniciativas. “Sobre todo se puede membranas de nanofiltración (NF), ensuciamiento de un agua), bacterias, señalar que la creación del Instituto microfiltración (MF) y ultrafiltra- virus y otros patógenos del agua de Tecnológico de Canarias (ITC) de ción (UF), desarrollando varios pro- alimentación, para la producción de las Islas Canarias y su programa yectos piloto de optimización de la agua de alta pureza”, explica Patricia DESAL + Living LAB, está permi- tecnología. “Por un lado, buscamos Terrero, una de las investigadoras tiendo que muchos prototipos de una alternativa sostenible a la fabri- del proyecto. La tecnología permite tecnologías de desalinización desa- cación y el uso de membranas para a la compañía poner a disposición rrollados en Europa y en el Reino el tratamiento de aguas. Por otro, del ser humano la cantidad de agua Unido se estén testeando y certi- queremos potenciar la ultrafiltración necesaria, con la calidad adecuada ficando en el ITC”, afirma Carlos (UF) como pretratamiento por ser para cada uso, sin generar residuos ni Fernández-Jáuregui. altamente eficiente en la eliminación contaminantes.  Acciona es una de las principales empresas españolas en el tratamiento del agua y gestiona 322 millones de H3 de agua desalada. Es especialista en el desarrollo y aplicación de la tecnología de ósmosis inversa El grupo de Electroquímica las baterías y puede ser adappara desalar el agua y responder así aplicada y electrocatálisis de tado y aplicado en aguas de al desafío de la escasez hídrica. La la Universidad de Alicante ha procedencia muy diversa como compañía ha construido 85 plantas desarrollado un sistema au- agua de mar, pozos salobres, desaladoras en todo el mundo, una tónomo de desalación y pota- plantas depuradoras, procesos docena de ellas en España, capaces bilización de agua mediante industriales, etc., siendo de esde tratar cerca cinco millones de m3/ Electrodiálisis (ED) junto a las pecial interés para áreas remodía, suficiente para abastecer a una etapas de pre- y post-acon- tas aisladas de la red eléctrica. población de alrededor de 25 millodicionamiento. El sistema es El grupo de investigación disnes de personas. La ósmosis inversa sostenible y respetuoso con pone de una planta piloto de implica 6,5 veces menos emisiones el medioambiente al estar ali- demostración con capacidad de CO2 que tecnologías de desamentado directamente por un de generar 1 m3/día de agua lación convencionales en Oriente campo solar fotovoltaico y no potable y busca empresas inMedio y África. Y, conforme la tecteresadas en la explotación emplear baterías. nología evoluciona y optimiza la efiEste nuevo sistema reduce sus- comercial de esta tecnología ciencia y rendimiento de las plantas tancialmente el coste de inver- mediante acuerdos de licencia desaladoras, el número de personas sión y mantenimiento, al eliminar y/o cooperación técnica. provistas de agua dulce aumenta. Sacyr, por su parte, está profundi-

La Universidad de Alicante patenta un método de desalinización de aguas salobres con energía solar

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Garrigues distinguida entre as empresas que lutam contra as alterações climáticas A

Garrigues é a única sociedade de advogados que foi selecionada para figurar no novo ranking do “Financial Times” e da “Statista”, denominado “Europe’s Climate Leaders 2021”, que inclui as 300 empresas europeias que demonstraram uma maior redução das suas emissões entre 2014 e 2019. O ranking mede a intensidade dos gases de efeito de estufa em relação à receita. No período contemplado, as emissões da Garrigues reduziram-se em cerca de 57,2% enquanto as receitas aumentaram cerca de 14,7%. Em 2020, o esforço da sociedade foi ainda mais além:

desde julho, 100% da energia elétrica consumida nos seus escritórios na UE tiveram a sua origem em fontes renováveis, destaca a sociedade espanhola. “A sustentabilidade é um dos pilares estratégicos da Garrigues, com o compromisso ESG (environment, social e governance, segundo as suas siglas em inglês) no centro da sua atividade. Desde 2004, que a sociedade realiza um inventário anual de emissões de gases de efeito de estufa (GEE), usando como referência a metodologia Greenhouse Gas Protocol. Estes esforços da Garrigues foram igualmente reconhecidos: no passado

mês de dezembro, em que administrações públicas, empresas e cidadania que formam parte da comunidade #PorElClima incluíram aquela sociedade e a sua iniciativa Becoming Net Zero entre os 101 melhores exemplos empresariais de ações #PorElClima. O projeto da Garrigues foi o único representante do setor legal. O projeto Becoming Net Zero representa um plano de ecoeficiência, que promove um consumo mais responsável, espaços mais sustentáveis e menor pegada de carbono através de um roteiro que se aplica a toda a cadeia de valor. 

Cuatrecasas Acelera estende-se à América Latina A

Cuatrecasas Acelera, a primeira aceleradora de startups da Europa promovida por uma sociedade de advogados, lança a sua sexta edição e estende a sua convocatória à América Latina. Em paralelo, o Cuatrecasas Fast Track, que tem como objetivo testar e co-desenvolver soluções legaltech através de um piloto, arranca para a sua quarta edição. Durante quatro meses, as startups participantes na Cuatrecasas Acelera, o programa de aceleração, vão receber apoio jurídico de todas as áreas de prática e de negócio, assim como acesso a clientes e a financiamento. Pela sua parte, as participantes no programa Fast Track vão ter a oportunidade de co-desenvolver e validar as suas soluções num espaço dinâmico com a equipa da Cuatrecasas. Seis startups que disponibilizem soluções inovadoras para a advocacia de negócios (legaltech), dispondo de elevada complexidade jurídica por operararem em setores regulados, ou startups com grandes objetivos jurídicos por terem modelos de negócio ou tecnolo38 act ualidad€

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gias muito disruptivas (fintech, insurtech, proptech, healthtech, deeptech, entre outras) vão ser selecionadas para o programa de aceleração. Por seu lado, o Cuatrecasas Fast Track vai selecionar duas startups legaltech de maior maturidade e co-desenvolverá com elas um “caso de uso” que cumpra algum dos objetivos identificados pela Cuatrecasas: maximizar o conhecimento coletivo, melhorar a produtividade e a eficiência através da automatização, experimentar criar contratos inteligentes aplicáveis aos negócios e desenvolver soluções que permitam a digitalização da relação e melhoria da colaboração com o cliente. “A Cuatrecasas Acelera evolui a cada edição e é, por isso, que nesta convocatória decidimos estender o alcance a startups localizadas na América Latina. O nosso objetivo é identificar as soluções jurídicas e tecnológicas mais disruptivas entre projetos com grande potencial para disponibilizar o supor-

te jurídico, de negócio e tecnológico que necessitam, assim como o acesso a clientes e a financiamento. Assim o fizemos ao longo de cinco edições, nas quais impulsionámos mais de 30 startups”, explica Francesc Muñoz, CIO da Cuatrecasas. “Outra das novidades desta edição centra-se no programa Fast Track, o qual se consolida e adquire maior solidez e com a qual buscamos scaleups internacionais com as quais possamos estabelecer uma relação a longo prazo”, explica Alba Molina, Innovation project manager da Cuatrecasas. As convocatórias para participar na Cuatrecasas Acelera e Cuatrecasas Fast Track estão abertas até 11 de julho. 


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

ADVOCACIA E FISCALIDADE

PRA cria Unidade Económica de Gestão de Ativos

A PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados criou um novo departamento, a Unidade Económica de Gestão de Ativos, cuja responsabilidade fica a cargo da sócia Catarina Costa Lopes (na foto). Esta nova unidade económica da sociedade de advogados irá dedicar-se à constituição dos chamados veículos especiais para o investimento imobiliário, envolvendo o acompanhamento de fundos de investimento e sociedades de gestão imobiliária. Focar-se-á, também, na assessoria às áreas do financiamento imobiliário e construção, incluindo propriedade horizontal, centros comerciais, planeamento urbano e instrumentos de gestão territorial, licenciamento municipal de operações urbanísticas, licenciamento industrial/ comercial e ambiental. “As necessidades dos nossos clientes justificavam a criação desta nova Uni-

dade Económica, permitindo-nos estar ainda mais focados nesta área de negócio, que tem vindo a adquirir maior expressão, um movimento que antecipamos continuará a crescer. Desta forma, conseguiremos estar ainda mais próximos dos nossos clientes”, refere Catarina Costa Lopes, Sócia da PRA desde 2008 e que se dedica, há mais de 20 anos, a esta área de atividade. A nova Unidade Económica de Gestão de Ativos junta-se agora às Unidades Económicas de Transportes, de Entertainment, do Dano Corporal e da Farmácia e do Medicamento. A PRA conta com uma rede própria de escritórios em Lisboa, Porto, Faro, Leiria e Ponta Delgada, tendo como propósito assegurar a proximidade das suas equipas profissionais aos clientes, independentemente no local ou mercado em que se encontrem, aliando o apoio local especializado ao conhe-

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Em trânsito: »

O advogado Andrés Campaña (na foto) é o novo sócio da Broseta, que irá assim reforçar a sua área de prática de Energia e Transição Ecológica. A nova contratação visa “dar resposta a um enquadramento regulatório em constante mudança e acompanhar as organizações perante um cenário de futuro em que a transição ecológica será um dos pilares de transformação e crescimento”, enquadra a sociedade de advogados espanhola, que tem presença também em Portugal. O advogado, especializado em direito empresarial e direito da energia, transita da Iberdrola, onde esteve nos últimos 16 anos a coordenar diversas áreas do departamento jurídico da energética. Anteriormente, Andrés Campaña desenvolveu a sua atividade como advogado na área de contencioso

cimento do negócio dos seus clientes. A sociedade, reconhecida pelo seu nível de especialização, encontra-se organizada por 10 áreas de prática e conta, presentemente, com uma equipa de mais de 150 profissionais.

da Cuatrecasas. Com estas incorporações, a Broseta conta já com uma equipa de mais de 150 advogados em Espanha e Portugal, 35 dos quais sócios, prestando serviços jurídicos nas principais áreas de direito empresarial.

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A Abreu Advogados reforçou a aposta nos setores segurador e de aviação, com a integração de Nuno Luís Sapateiro, que transita da PLMJ. O novo sócio contratado exerce advocacia há mais de 15 anos, tendo durante o seu percurso profissional obtido várias distinções, por parte dos mais importantes diretórios internacionais, essencialmente nos setores segurador e aeronáutico, onde também prestou assessoria estratégica a grandes operações nacionais e internacionais, envolvendo algumas das mais importantes seguradoras e companhias aéreas. Nuno Luís Sapateiro é também co-coordenador do grupo de trabalho de Insurtech da AFIP – Associação FinTech e InsurTech Portugal. julho de 2021

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Por José Costa Pinto*

Fundos de capital de risco em Portugal – Melhor do

que ontem, pior do que amanhã

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s dados do crescimento do setor nos últimos anos demonstram de forma evidente a popularidade dos fundos de investimento como alternativas credíveis de investimento para pequenos, médios e grandes investidores. Esta realidade é percecionada por todos os que trabalham no (ou com) o setor, seja na assessoria de gestão, de investimento, financeira ou legal. Desde o regime fiscal mais favorável, a normas de acesso a vistos de residência para investidores estrangeiros, passando pela credibilização do setor aos olhos dos investidores, há vários fatores que têm concorrido para este crescimento. Os fundos de capital de risco constituem um dos veículos de investimento em “capital de risco” previstos no regime jurídico do capital de risco, empreendedorismo social e investimento especializado, aprovado sob a égide da Lei n.º 18/2015, de 4 de março. Tal como as sociedades de investimento em capital

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de risco, os fundos de capital de risco são organismos de investimento alternativo fechados, mas distinguem-se das primeiras na medida em que não têm personalidade jurídica. Na verdade, nos termos da referida lei, os fundos de investimento constituem patrimónios autónomos, sem personalidade jurídica, mas dotados de personalidade judiciária, sendo propriedade do conjunto dos titulares das respetivas unidades de participação. A par dos participantes é, também, figura central na vida dos fundos de investimento a respetiva “entidade gestora”, a quem compete gerir os mesmos, nos termos da lei e do regulamento de gestão que regem os fundos de investimento. Numa perspetiva de governance , diríamos que os distintos papéis de participantes e entidade gestora na vida dos fundos de investimento constitui um campo fértil à reflexão e debate sobre os mecanismos de administração e fiscalização que se

devem implementar para garantir, designadamente, o alinhamento de interesses. Essa constatação encontra concretização de diferentes modos. Com efeito, quer na legislação nacional, quer na legislação internacional, sem esquecer inúmeros textos de “boas práticas”, temos hoje densificados de muitas formas mecanismos de equilíbrio entre as entidades gestoras e os participantes, no exclusivo interesse de quem as primeiras devem gerir os fundos. O legislador nacional, designadamente na referida Lei n.º 18/2015, de 4 de março, sem prejuízo de dispositivos legais similares noutros diplomas igualmente aplicáveis, enfatiza de forma muito clara os deveres das entidades gestoras na prossecução destes objetivos, prescrevendo, designadamente, “elevados níveis” de honestidade, diligência, zelo e aptidão profissional na sua atuação. Da perspetiva dos participantes, será nas “assembleias de participantes” que encontram


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o fórum certo para exercer o seu controlo sobre as entidades gestoras, que nesta sede (sem excluir outros fóruns, formas e momentos de comunicação) deverão sempre prestar informações completas e verdadeiras, entre outros adjetivos concretizadores dos deveres de informação das entidades gestoras que permitam aos primeiros tomar decisões fundamentadas sobre os temas em discussão. Da atividade prática junto de fundos de investimento e da análise empírica que daí se retira, é fácil percecionar o gradual aumento da literacia e do interesse dos investidores em temas de governance . Esta realidade projeta-se muitas vezes no crescente cuidado em momento

prévio à realização dos investimentos quanto ao estudo e esclarecimento das normas do regulamento de gestão que determinam a distribuição de competências entre as entidades gestoras e a assembleia de participantes; dos mecanismos de controlo de conflitos de interesses instituídas no fundo em causa (para além das limitações que já resultam da lei); às políticas de investimento, de seleção de ativos e de critérios para a sua aquisição ou alienação; às boas práticas e às políticas de ESG adotadas; entre muitos outros temas referentes à administração e fiscalização dos fundos de investimento. O interesse dos investidores em matérias como as referi-

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das, conjugado com o trabalho dos reguladores, legisladores e demais agentes (designadamente as sociedades que assumem a gestão de ativos), tem permitido aumentar o nível de confiança no setor e, dessa forma, potenciar o crescimento do mesmo. Numa economia que precisa de investimento estrangeiro para prosperar como a portuguesa, é animador percecionar esta realidade e assistir ao crescimento sustentado do setor do capital de risco, em geral, e dos fundos de capital de risco, em particular, que está seguramente melhor que ontem e promete estar melhor ainda amanhã.  *Sócio da Costa Pinto Advogados E-mail: jcp@costapinto.pt

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Soluções para o

sobreendividamento das famílias

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m face da situação epidemiológica e com a chegada do fim das moratórias é importante alertar para as soluções, existentes e possíveis, para evitar o sobreendividamento. O endividamento advém de dívidas às Finanças e à Segurança Social, provocado pelo negócio próprio ou referente a créditos em nome individual /dívidas a particulares, pela gestão danosa, pelo descontrolo económico/ excesso de consumo, pela cobrança coerciva/ injunções/ ações executivas, pelas penhoras, entre outros. Para fazer face a estas dificuldades pode-se optar por uma operação de consolidação de créditos (as instituições de crédito facilitam mediante garantia sobre os bens imóveis) para uma franca diminuição da taxa de esforço das famílias. Porém, numa situação de incumprimento de crédito(s) ou perante uma situação de elevada taxa de esforço, a reestruturação conjunta de vários créditos pessoais e/ou de cartões de crédito através de uma desta solução pode não ser viável. Nesta situação sugere-se às famílias endividadas pedirem ajuda junto das instituições de crédito. Assim, o Decreto-Lei nº 227/2012, de 25 de outubro, prevê que cada instituição de crédito crie um Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI), aplicado antes dos consumidores entrarem em incumprimento e um Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI), aplicado apenas a situações de incumprimento. Este diploma tem como objetivo facilitar a obtenção de um acordo de renegociação entre o consumidor e a instituição de crédito, para prevenção e regularização de situações

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de incumprimento, evitando o recurso aos tribunais. O presente diploma aplica-se à generalidade dos contratos de crédito, como por exemplo, crédito à habitação para aquisição, construção, ou realização de obras, crédito pessoal, cartão de crédito, etc. Encontram-se excluídos deste diploma os contratos de locação financeira que prevejam o direito ou a obrigação de comprar o bem no fim do contrato .Na impossibilidade de obtenção da consolidação de crédito, ao agravarem-se as dificuldades para dar cumprimento a todas obrigações vencidas, e de modo a evitar o agravamento das mesmas e novas injunções/execuções para penhora sobre rendimentos e/ou bens, poderão ser ponderadas outras opções, como sejam a liquidação total dos bens, a solicitação de empréstimos a amigos/ familiares e, em última instância, o recurso à insolvência pessoal (que só poderá ser realizada no Tribunal). A insolvência tem a vantagem de permitir a reabilitação financeira do devedor, sem que este tenha que lidar com a cobrança agressiva das instituições de crédito e empresas de recuperação. Nesse sentido, é necessário orientações jurídicas para eventual apresentação à insolvência. Caso não disponha de meios suficientes que o permitam, deverá recorrer aos serviços de segurança social, para solicitar proteção jurídica com dispensa de taxa de justiça e demais encargos com o processo e/ou nomeação de um patrono. A lei estabelece regras específicas para os particulares não empresários ou titulares de pequenas empresas declaradas insolventes, na qual está prevista a possibilidade de recorrerem à apresentação de um plano de pagamentos ou requererem a exonera-

Por Patrícia de Jesus Monteiro* ção do passivo restante. Para recorrer a este mecanismo, o devedor deve apresentar, com a petição inicial do processo de insolvência, um plano de pagamentos que preveja uma forma de liquidar as dívidas. O devedor pode também requerer a exoneração do passivo restante, através do qual se pretende desobrigar as pessoas singulares do pagamento de créditos que não forem integralmente pagos no processo de insolvência ou nos cinco anos posteriores ao seu encerramento. Este pedido é feito pelo devedor na petição de apresentação à insolvência ou posteriormente dentro do prazo legal. Poderá ser apresentado de forma subsidiária no plano de pagamentos, caso este não seja aprovado. A exoneração do passivo pode implicar a venda e a perda dos bens do insolvente, de forma a ressarcir os credores envolvidos. Contudo, a exoneração não abrange os créditos de pensões de alimentos, as indemnizações devidas por crimes praticados pelo devedor; multas, coimas e outras sanções monetárias por crimes ou contraordenações; e os créditos perante as finanças e a segurança social. Após o encerramento do processo, e durante cinco anos, o particular fica obrigado a ceder parte do seu rendimento a um fiduciário para entrega aos credores. Para evitar constrangimentos, situações difíceis e acréscimo de dívidas, deve o cidadão antecipar-se, dirigir-se às entidades respetivas e expor a sua situação financeira mostrando vontade em resolver a situação. Existem sempre soluções e deve aconselhar-se e prevenir-se.  *Advogada PJM E-mail: pjm@pjmadvogados.pt


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setor imobiliário

sector inmobiliario

grupo Santalucía, um dos maiores players no setor segurador em Espanha, adquiriu um imóvel no centro de Lisboa, na Rua Duque de Palmela, revelou o “DinheiroVivo.pt”. O investimento, o primeiro projeto imobiliário deste grupo financeiro em Portugal, ascendeu a 22 milhões de euros, adianta a mesma publicação. A notícia foi revelada publicamente pela CMS Rui Pena & Arnaut, a sociedade de advogados que assessorou o grupo Santalucía nesta operação, através das suas equipas de direito do imobiliário e direito fiscal. Segundo adiantou Francisco Her-

culano, responsável da CMS Rui Pena & Arnaut pela operação, “trata-se de um investimento que se reveste de uma grande importância, na medida em que é o primeiro que o grupo Santalucía efetua no nosso mercado, o que vem comprovar que Lisboa continua a ser atrativa para os investidores estrangeiros”, frisou o advogado.

Foto Arquivo/ Google Maps

Grupo espanhol Santalucía compra imóvel na capital portuguesa por 22 milhões de euros O

O imóvel, que será totalmente remodelado, deverá ser explorado no mercado de escritórios e ser viços. 

Villa Infante é o novo projeto residencial da Avenue para Lisboa

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JLL acaba de iniciar a comercialização do Villa Infante, o novo projeto residencial da Avenue. A nascer na zona da Estrela, este condomínio residencial promete dar uma nova vida àquela zona nobre da cidade, com uma oferta de 87 apartamentos rodeados de jardins e valências como ginásio, parque infantil e estacionamento. 44 ACT UALIDAD€

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No total, a Avenue estima investir cerca de 60 milhões de euros neste projeto, que será comercializado em exclusivo pela JLL. Com assinatura do arquiteto Frederico Valsassina, o Villa Infante converte o conjunto de edifícios para uso residencial, perfazendo um total de seis edifícios que se desenvolvem a partir de um pátio central. Deste conjunto edificado, cinco edifícios resultarão de uma intervenção de reabilitação e um será construído de raiz. No total, o Villa Infante irá contar com 87 apartamentos de tipologias T1 a T4 duplex , com áreas entre os 53 e os 235 metros quadrados, num importante reforço da oferta residencial numa zona

central de Lisboa. O condomínio destaca-se também pela forte aposta no paisagismo, estando os edifícios residenciais rodeados por zonas verdes, incluindo um amplo jardim comum e vários jardins privativos. As amplas varandas e os terraços dos apartamentos são também um argumento importante do Villa Infante, onde várias unidades usufruem de uma vista única sobre o rio Tejo. Outras valências do condomínio incluem parque infantil, ginásio, estacionamento e arrecadações. A localização, na zona da Estrela, apresenta a vantagem de estar próximo de vários pontos de interesse cultural e de lazer da cidade, incluindo museus, restaurantes e espaços verdes, como o Jardim da Estrela ou a Tapada das Necessidades. 


sector inmobiliario

setor imobiliário

Melom quer internacionalizar-se para Itália e mantém aposta em Espanha A

Melom, líder no setor das obras residenciais em Portugal, elegeu Itália como o próximo destino do seu plano de internacionalização e já selecionou um master. A insígnia prevê abrir no próximo ano 40 unidades franqueadass na região de Emilia-Romagna (norte do país). Já no país vizinho, após ter realizado um projeto-piloto entre 2018 e 2020 e que serviu de análise e adaptação do conceito a Espanha, soma atualmente 11 franchisados na Comunidade de Madrid, mas aponta crescer, estimando alcançar as 15 unidades neste regime até ao final do ano. A aposta da marca em internacionalizar o conceito nestes dois países do sul da Europa deve-se

às semelhanças no que diz respeito ao mercado de obras e remodelações de imóveis. Segundo João Carvalho, co-fundador da Melom e atual diretor de Expansão e Desenvolvimento, “percebemos que existe ainda uma enorme necessidade de profissionalizar o setor a nível europeu. Com o nosso know-how, apostamos em levar o conceito para outras partes da Europa, com Espanha a ser o país escolhido pela Melom em 2018 para dar os primeiros passos na internacionalização. Escolhemos agora Itália como o próximo destino no nosso plano de expansão, dado este ser também um país com semelhanças no mercado de obras e remode-

lações de imóveis. Existem milhares de players pouco profissionalizados, carência de mão de obra qualificada e desconfiança do consumidor final no setor, pelo que esperamos ajudar a alterar este paradigma do setor.” Em Itália, o modelo de franchising da Melom será muito idêntico a Portugal e ao que está aplicado ao mercado em Espanha, ou seja, haverá dois tipos de franquia, uma vocacionada para renovações integrais e mais orientada para empresas de construção e gabinetes de arquitetura e engenharia e uma outra voltada para pequenas reparações e dirigida aos profissionais que executam eles próprios a obra ou reparação. 

Mercure Fátima é o novo hotel para descobrir o património da região centro O Mercure Fátima é a nova proposta de Mercure Hotels em Portugal. “O hotel é a escolha perfeita para os viajantes que procuram experiências locais e autênticas, proporcionando um refúgio perfeito durante a descoberta do património natural, paisagístico e histórico do centro de Portugal”, refere a empresa hoteleira. O novo hotel situa-se a cinco minutos a pé do Santuário de Fátima. Operando em regime de franchise, é gerido pela Casa Plátano, empresa fundada em 1979, em Fátima, e que dispõe de loja de objetos religiosos e souvenirs, entre outros espaços. Pela sua localização central, o Mercure Fátima é ideal para descobrir as principais atrações turísticas de Fátima e do Centro de Portugal, com lugares classificados pela Unesco como Património Mundial da Humanidade, como o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo em Tomar. Está também na rota de um

património natural e paisagístico único em Portugal: o rio Zêzere com as suas paisagens únicas, as grutas da Serra d’Aire e Candeeiros, a Praia Fluvial do Agroal em Ourém ou as ondas gigantes da Nazaré. Além disso, é a escolha perfeita para os clientes de negócio que visitam os centros industriais e empresariais da região. O Mercure Fátima promove uma inspiração local, recomendando e proporcionando experiências para que cada visitante se sinta como um verdadeiro local. Os hotéis Mercure tornam-se, assim, ponto de partida para que cada cliente conheça de forma única a cidade onde se encontra, com as equipas de cada hotel preparadas para recomendar inúmeras experiências que promovam o “sentir-se como um local”. O programa Discover Local potencia a colaboração com fornecedores locais, valorizando os elemen-

tos de cada cidade e proporcionando experiências associadas à cultura, património, gastronomia e turismo. O Mercure Fátima conta com 72 quartos de tipologias distintas, oferecendo também quartos para pessoas com mobilidade reduzida. Inspirado na árvore do plátano, que predomina na principal avenida de Fátima, este hotel caracteriza-se por ser um espaço neutro e repleto de luz, dispondo de serviço de teleconsulta médica gratuita através de uma parceria com a Axa, receção e room service 24 horas, bar e restaurante. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR JULHO DE 2021

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opinião opinión

Por Núria Heras Diez*

El covid reclama la actualización de nuestro

parque de viviendas

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urante la revolución industrial y las epidemias del siglo XIX, las ciudades europeas crecían rápidamente debido a la demanda de trabajadores del sector industrial y el éxodo migratorio desde las zonas rurales hacia los núcleos urbanos. El cólera y la viruela azotaban Europa, y para evitar su propagación, se crearon unas normas mínimas de habitabilidad para mejorar las pésimas condiciones de salubridad de sus viviendas. Algunas de esas normas eran: • Ventilación de todas las estancias de la casa • Baños amplios con bañeras, lavabos, duchas e incluso aparatos de gimnasia. • Una correcta orientación de las viviendas, entendiendo el sol cómo un elemento beneficioso para la salud • Grandes terrazas o azoteas para ejercitarse y respirar aire fresco La pandemia del covid-19 ha traído consigo un proceso de reflexión sobre el tipo de vida que llevamos y un análisis de nuestras necesidades y prioridades en el hogar. Tras meses encerrados en nuestras viviendas, teletrabajando, tele-estudiando y con salidas al exterior restringidas, los requerimientos en

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nuestras viviendas han pivotado hacia espacios más amplios, funcionales y saludables. El parque de viviendas existentes en España, según el censo de 2011, está en su gran mayoría construido tras el boom de la construcción de los años 60 y 70, de manera que cuatro de cada cino viviendas tienen menos de 60 años. Estas viviendas se encuentran en general en buen estado y tienen en su gran mayoría una superficie útil de 76 a 90 metros cuadrados, área que se mantiene estable en las nuevas construcciones de los últimos 10 años y se distribuye en general en cuatro y seis habitaciones sin contar los baños. Los espacios comunes son los que tienen mayor superficie útil siendo los dormitorios los que contarían con tan sólo el espacio mínimo requerido. Ése ha sido uno de los motivos por los que los espacios comunes, los más amplios en la casa, se han convertido en los espacios multifuncionales dónde se llevaban a cabo todas las obligaciones diarias de los diferentes componentes del núcleo familiar: trabajar, estudiar, jugar, comer, ejercitarse….esta solución ha provocado divergencias entre las necesidades de cada usuario, solapes

en los requerimientos acústicos, visuales y de uso pero también frustración e incapacidad para desarrollar sus obligaciones de manera adecuada. Las posibles soluciones se presentan como dicotomías antagónicas; (1) Promover una distribución diáfana dónde los usos se entremezclen de una manera orgánica. Estos espacios se transformarían en base a los requerimientos del usuario en cada momento del día. (2) Los dormitorios, piezas comparativamente más pequeñas en relación con otros países europeos crecen para tener no sólo un espacio de almacenaje mínimo por habitante sino a su vez alojar actividades individuales, tener un área de trabajo/estudio e incluso una zona de ejercicio; sin perder, por supuesto, su función como espacio principal para el descanso durante la noche. La relación con la naturaleza es otra de las características que entran en valor tras la pandemia; más allá del aumento en la demanda de terrazas de buen tamaño, otras características tangibles cómo tener vistas a espacios verdes, zonas peatonales o anchas avenidas ha aumentado durante estos meses. Demanda que impactaría no sólo la morfología de las viviendas sino tam-


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

bién la trama urbana de la ciudad. Los pisos interiores con ventanas abiertas únicamente a patios de luces son en este momento los menos demandados. De igual modo la iluminación y la ventilación ocupan un papel importante en la escala de prioridades en la vivienda. Las fachadas de principios de siglo caracterizadas por ventanas balconeras y techos altos, han dado paso poco a poco a estrechas ventanas que han reducido proporcionalmente la cantidad de iluminación natural de la vivienda. Plantas bajas, semisótanos o buhardillas con pocas ventanas tendrán más dificultades para encontrar interesados en yuxtaposición con apartamentos con terrazas o incluso patios de manzana ocupables o amplias balconeras. Los fondos europeos a la rehabilitación se presentan como el revulsivo necesario para hacer mejoras en nuestras viviendas. Anne Lacaton y Jean-Phillipe

Vassal, arquitectos franceses y premios Pritzker 2021 promueven el reuso, la rehabilitación y la reutilización de los edificios como bases del futuro de nuestra profesión, promoviendo una arquitectura más cercana a la sociedad y a sus necesidades. En su proyecto de rehabilitación de 530 viviendas sociales en Burdeos conseguían ampliar el

ADVOCACIA E FISCALIDADE

área de las viviendas, su iluminación, ventilación y vistas añadiendo un módulo prefabricado y sostenible por el mismo costo de intervención de una rehabilitación estándar ¿Estaremos ante un nuevo cambio de ciclo?  * Arquitecta máster en Tecnología de la Arquitectura E-mail: nuriahd@gmail.com

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Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 E-mail: ccile@ccile.org : www.portugalespanha.org 2 0 Website 21

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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Minsait torna-se parceiro da SAP em Portugal e reforça oferta de soluções de gestão empresarial A Minsait em Portugal, uma empresa do grupo Indra, tornou-se recentemente parceiro value added reseller da SAP, o líder de mercado em soluções de gestão empresarial. Esta parceria vai permitir à Indra – líder em consultoria de transformação digital e tecnologias de informação – oferecer e dar suporte a soluções SAP on-premise e em cloud, assim como implementar as melhores soluções de gestão empresarial a clientes que necessitam desta tecnologia para dar resposta aos desafios de transformação digital. Esta parceria da Minsait em Portugal resulta de um plano estratégico da empresa destinado a “atingir um crescimento muito acentuado em sistemas de gestão empresarial até final de 2023. A Minsait aposta na tecnologia SAP para crescer de forma sustentada, e, numa primeira fase, o foco estará nos setores de comércio, indústria, consumo, media e energia”. A empresa comunicou, ainda, que vai reforçar a equipa comercial e ter uma equipa totalmente dedicada à oferta da SAP.

“Temos um objetivo de crescer de forma sustentada na área de ERP. Esta parceria vem complementar ainda mais a nossa oferta, criando acesso a potenciais clientes que procuram esta tecnologia. Ao podermos vender e implementar tecnologia SAP, temos capacidade e potencial para nos tornarmos num dos principais players do mercado de IT, no que toca a soluções de gestão empresarial e de suporte à transformação digital dos negócios. Sem dúvida que esta parceira é um passo importante no crescimento da nossa empresa”, afirma Victor Pereira, responsável de Soluções de Gestão Empresarial da Minsait em Portugal. A nível global, a Minsait é um dos principais parceiros da SAP, contando com mais de 2.600 consultores SAP, mais de 900 certificados nesta tecnologia, e com mais de dois mil projetos realizados em 40 países. Prova do reconhecimento é o recente prémio internacional “SAP EMEA South 2021 Award for Global Strategic

Service Partner Excellence”, na categoria “Large Cloud Project”, atribuído pela SAP pelo projeto da Minsait para a transformação digital do município de Madrid. “A colaboração global entre a Minsait e a SAP já permitiu dar resposta às necessidades dos clientes e oferecer-lhes vantagens competitivas inquestionáveis, com soluções que ajudam a gestão integral das empresas e dos seus profissionais. A sua ampla proposta conjunta ajuda as empresas a modernizarem os seus sistemas, adaptando-se às exigências do mercado atual, graças à implementação de sistemas flexíveis e modulares que não só proporcionam novas dinâmicas de negócios, mas também controlam custos e ajudam a facilitar experiências mais satisfatórias para os clientes, com a incorporação de tecnologias de ponta, além da agilização das operações e maior eficiência no dia a dia”, adianta a empresa de origem espanhola. 

Transportes ganham novo operador com startup europeia digital Gipsyy O setor do transporte de passageiros de longo curso conta, desde março, com um novo player no mercado. A Gipsyy é uma startup europeia, que prima por uma vertente tecnológica e de mobilidade sustentável, com a circulação diária de autocarros expressos a preços competitivos, desde 5,29 euros (70% mais baratos do que a preço normal). A marca vem responder à preocupação crescente da população com o meio ambiente e com a importância de se optar por viagens sustentáveis. Puramente tecnológica, a Gipsyy oferece a frota mais moderna do

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mercado, assumindo-se como uma marca irreverente, de espírito livre e ecológica, cuja missão é ter o menor impacto possível no meio ambiente. Nesse sentido, a empresa defende uma política “sem papel”, providenciando tudo ao passageiro no site e na app da empresa. “Posicionamo-nos como uma marca totalmente digital. O objetivo passa por reduzir ao máximo a “pegada” ecológica e estimular o uso da plataforma e da aplicação, já disponíveis, como explicou Nuno Oliveira, CEO da Gipsyy. Em conjunto com os seus parceiros, a Gipssy conta investir 3,5 milhões

de euros para aumentar a sua oferta de destinos, ambicionando ultrapassar os 1.250 destinos ainda em 2021. Em parceria com a Royal Express, uma empresa nacional com vasta experiência em transporte de passageiros de média e longa distância, a Gipsyy conta já com uma oferta para mais de 44 cidades portuguesas (Lisboa, Porto, Sintra, Cascais, Faro, Fátima, Albufeira, Coimbra) e muitas outras europeias, como Madrid, Sevilha, Zurique, Salamanca, Burgos, San Sebastián, Bordéus, Mâcon, Genebra, Lugano e Berna. 


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

El Corte Inglés junta-se à Nova SBE Executive Education para promover a transformação digital O processo de transformação digital do El Corte Inglés Portugal entra numa nova fase com a criação de uma Academia Digital em parceria com a Nova SBE Executive Education e dirigida aos colaboradores da empresa. É mais um passo no caminho de mudança que a empresa está empenhada em prosseguir para se modernizar e continuar a oferecer o melhor serviço aos clientes, seja qual for a plataforma. A primeira das iniciativas desenvolvidas no âmbito desta academia é um programa de formação desenhado em conjunto com a Nova SBE Executive Education que visa, ao longo de quase uma centena de horas, fornecer ferramentas e criar condições para que cada colaborador faça parte e contribua para a nova cultura digital da empresa. O primeiro grupo começou a for-

mar-se em maio e vai conhecer novos modelos de negócio, decisões centradas nos dados e nos clientes, marketing e vendas, logística e abastecimento na era digital, entre outros temas relacionados com o digital. As aulas serão dinamizadas por professores da Nova SBE e por colaboradores do El Corte Inglés envolvidos no processo de transformação. Esta transformação não se limita às tecnologias, implica mudança de mentalidade, de formas de trabalho e de organização, pelo que todos os colaboradores serão abrangidos por iniciativas desenvolvidas no âmbito desta academia digital, para que tenham um papel relevante nas mudanças. O objetivo é oferecer uma experiência personalizada ao cliente, tornando-a mais fiável e totalmente integrada, respondendo melhor e mais rápido às suas necessi-

dades, através de pontos de contacto omnicanais para um serviço em harmonia. Para isso, a transformação digital deve ser feita em todas as áreas, de forma profunda e coerente, com a melhoria dos processos de trabalho e uma maior integração das equipas. A Nova SBE Executive Education foi a parceira selecionada para esta formação pela qualidade do ensino enquanto escola de negócios e pelo trabalho desenvolvido no Nova SBE Digital Experience Lab e Nova SBE Co Inovation Lab. A Nova SBE é a mais prestigiada escola de economia e gestão em Portugal e uma das principais escolas de business da Europa, de acordo com a própria instituição. É a faculdade de ciências económicas, financeiras e de gestão da Universidade Nova de Lisboa. 

Reconhecimento facial é implementado no Aeroporto de Madrid A

AENA, juntamente com a Iberia, a Inetum e a Thales, participaram num projeto de implementação de reconhecimento facial no aeroporto de Barajas, Madrid. O projeto, que contou com o apoio do CDTI (Centro de Desenvolvimento Tecnológico Industrial), . O projeto permite a deteção biométrica de passageiros através da utilização de dispositivos móveis. Pretende aumentar a segurança e racionalizar e facilitar os processos no aeroporto num grande número de voos e destinos diferentes. Este consórcio irá realizar este projeto de I&D com o objetivo de procurar novas formas de operar no setor do transporte aéreo, a fim de cumprir as novas medidas de segurança sanitária implementadas em consequên-

cia da covid-19. O projeto agora em fase de teste-piloto permite a deteção biométrica de passageiros, graças à utilização de dispositivos móveis, o que melhorará a sua experiência de viagem no aeroporto, ao simplificar todo o processo e eliminar qualquer tipo de contacto físico, o que aumenta ainda mais a segurança em todos os procedimentos aeroportuários. A utilização desse equipamento móvel incorpora também o conceito de mobilidade, de modo a que um grande número de voos e destinos diferentes possa ser operado com um pequeno leque de dispositivos tecnológicos. Além disso, o sistema irá melhorar as capacidades de deteção, identificando um passageiro mesmo com uma

máscara protetora. Esta iniciativa recebeu o apoio do CDTI, através do programa de cooperação em I&D, contribuindo, assim, para a melhoria do nível tecnológico e a digitalização das empresas espanholas através do desenvolvimento de propostas baseadas na inovação. No âmbito deste projeto experimental de I&D, e de acordo com as novas medidas sanitárias e de segurança sem contacto, a plataforma de reconhecimento facial implementada no Aeroporto Adolfo Suarez Madrid-Barajas, servirá de cenário para o desenvolvimento das novas funcionalidades. Isto envolve a sua integração no processo de check-in único através de uma aplicação dedicada, assim como os controlos de segurança e embarque. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR JULHO DE 2021

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eventos eventos

“Formação e capitalização das empresas são as alavancas cruciais a acionar”, sustenta António Costa e Silva, sobre as prioridades do PRR O presidente da comissão de acompanhamento do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, António Costa Silva, considera que a “bazuca” aprovada no dia 17 de junho pela Comissão Europeia carrega boas oportunidades para o fortalecimento de tecido empresarial que opera em Portugal. O gestor participou num webinar sobre este tema organizado pela SRS Advogados, em colaboração com a CCILE, no dia 27 de maio, e apontou alguns dos fatores-chave para o bom aproveitamento do apoio que está a chegar.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

ortugal, o primeiro Estadomembro a entregar à Comissão Europeia a versão final do seu Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi também o primeiro a obter a aprovação de Bruxelas, no passado dia 17 de junho. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, veio a Lisboa nessa data dar a notícia: “O plano cumpre claramente os exigentes critérios que estabelecemos em conjunto. É ambicioso, mostra uma visão e acima de tudo ajudará a construir um futuro melhor para Portugal, para os portu-

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gueses e para a União Europeia.” Em causa estão os 16.600 milhões de subsídios e empréstimos da União Europeia a Portugal, que poderão começar a chegar este mês. Além de permitir à economia portuguesa recuperar da crise provocada pela pandemia, espera-se que estes fundos acelerem o crescimento do país, que quase estagnou nas últimas duas décadas. A SRS Advogados organizou um webinar sobre as oportunidades que este PRR viabiliza para as empresas, no passado dia 27 de maio, que contou com a participação de António Costa e Silva, o

presidente da comissão de acompanhamento do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência. António Costa e Silva lembra que a crise pandémica é só o topo do icebergue: “Estamos perante uma grave crise económica e social e a viver uma crise climática e ambiental sem precedentes. Temos que recuar décadas para encontrar quedas similares na magnitude do PIB e no desaparecimento de riqueza que o país registou. Temos mais de 430 mil desempregados inscritos nos centros de emprego e formação profissional. Temos mais de 27% das


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nossas empresas com capitais próprios negativos, o que significa que estão a lutar para sobreviver. Um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza, são cerca de dois milhões de pessoas.” O gestor frisa que nas últimas duas décadas Portugal não conseguiu crescer: “Nos últimos 20 anos, o nosso PIB per capita oscila entre os 30 a 40% abaixo da média europeia. A nossa economia está estagnada e não consegue criar riqueza de forma sustentada. A média de crescimento neste período é de 0,35%. Apesar dos avanços nestes 46 anos de democracia ainda somos um dos piores países da UE em termos de percentagem da população ativa que termina o ensino secundário. Isso é um constrangimento para o desenvolvimento económico do país.” Este retrato do país, “em vez de nos desanimar”, deve “transformar o país numa equipa de 10 milhões de pessoas, que, independentemente das suas diferenças, trabalhem com uma visão clara para superar os grandes desafios”, porque “temos condições para os superar”, sustenta o presidente da comissão de acompanhamento do PRR, referindo-se à “bazuca” europeia, um pacote total de mais de 750 mil milhões de euros, que se transformou nos vários pilares do PRR, a distribuir pelos Estados-membros.

empresas”, comenta. A primeira dificuldade é precisamente “articular os vários instrumentos ao nosso dispor e usá-los da melhor maneira, sem nunca esquecer que não podemos recuperar o país sem pôr as pessoas e as empresas no centro do plano de recuperação económica” Apostar nas pessoas significa “apostar nas competências e nas qualificações”. Costa e Silva advoga que “temos que identificar quais são os fatores cruciais, as alavancas em que temos que mexer para estimular o crescimento sustentado.” Além de preparar as pessoas, é preciso capitalizar as empresas, defende António Costa e Silva: “As nossas empresas têm dos mais baixos níveis de capital em média por trabalhador da UE e isto é absolutamente crítico. Vemos Em que vai consistir a “bazuca” para um deficiente funcionamento de toda a estrutura de capitalização, a banca Portugal O gestor fez as contas aos apoios comercial, o mercado de capitais, os europeus previstos, recordando que fundos de investimento, as sociedades para Portugal vêm “16.700 milhões capital de risco, o banco de fomento. de euros, dos quais diretamente para Toda esta galáxia de operadores tem as empresas são mais de cinco mil que ser reconfigurada e otimizada para milhões de euros”. Este valor soma-se atendermos ao problema magno que é aos financiamentos do Portugal 2020 o da capitalização das empresas. Não ainda em execução. “Ainda há mais de temos dinamismo no capital de risco 10 mil milhões de euros do PT 2020 a nem no investimento. Temos que ter executar nos próximos dois anos, sendo banca comercial saudável. Nos últimos 3.800 milhões destinados a empresas”, 20 anos são mais as empresas que saíobserva, acrescentando ainda o valor ram do que entraram no nosso mercado quadro financeiro plurianual, que do de capitais. Há um pilar importante está a caminho. “São mais de 30 mil no PRR relacionado com esta questão milhões de euros para o país e espero que temos que acionar.” que seja uma parte significativa para as Outro fator vital é o ecossistema de

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inovação, indica Costa e Silva: “Não podemos prosperar com um modelo de baixos salários. Temos que transformar a economia do país para ela se alinhar com o modelo de inovação tecnológico. O sistema científico e tecnológico trabalha e foi desenvolvido, mas apostamos pouco na ciência, apenas 1,4% do PIB. Teremos que chegar aos 3% ou mais nos próximos anos, o que é vital. Temos que pôr as empresas no centro desse ecossistema de inovação. Já há bons exemplos, mas temos que exponenciar esses casos e criar massa crítica no sistema empresarial, olhar para as pequenas, mas também para as médias empresas, que são a âncora e o sustentáculo promotor de desenvolvimento.” O gestor focou-se no exemplo do cluster da saúde para lembrar que podemos ser muito mais competitivos e dar cartas em áreas como os equipamentos médicos ou a produção de moléculas, que no passado chegámos a produzir. “Portugal pode ser uma fábrica da Europa dos medicamentos. Temos competências para isso”, diz. No campo da otimização das bases de dados do SNS (digitalização), também será uma oportunidade para as empresas de tecnologia. O quarto fator crítico para o desenvolvimento do país apontado por Costa e Silva é a gestão: “Temos excelentes gestores e empresários, mas a qualidade média da gestão deixa a desejar. O problema da produtividade portuguesa, que é 30% abaixo dos países mais JULHO DE 2021

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eventos eventos produtivos, tem a ver com a fraca qualidade da gestão. Este é um problema a que temos que atender. Espero que no âmbito do PRR consigamos fazê-lo.” No entanto a mais importante das reformas a fazer é a mental: “Temos que mudar os procedimentos e o nosso paradigma mental. Somos um povo muito individualista, que não trabalha em equipa, nem comunica e não tem capacidade de agregar vontades”. O PRR assenta numa lógica de colaboração: “Pretende-se apoiar e incentivar projetos colaborativos, que envolvam diversos stakeholders, nomeadamente clusters, como o do calçado, automóvel, entre outros”. O setor do calçado é uma exceção exemplar: “O setor teve um desenvolvimento espetacular, mede forças com Itália, já que agregou vontades e valor, através da sua associação empresarial e da criação de plataformas colaborativas, que foram vitais para desenvolver a massa crítica e para fazer a diferença.” O presidente do PRR empresas recordou que o plano aprovado por Bruxelas assenta em três pilares: “Vamos ter muitos recursos o problema é como os usaremos e que impacto terão na economia. O pilar da resiliência interessa muito às empresas. A capacitação e a inovação empresarial (mais de 2,9 mil milhões de euros) são fundamentais para apostar na industrialização da economia. Para a qualificação e competências estão previstos mais de 1.300 milhões de euros.” António Costa e Silva lembrou que o pacote destinado à habitação (mais de 2.700 milhões de euros) também influencia o setor da construção. Das outras áreas que vão poder beneficiar dos apoios europeus, o gestor destacou a florestal e a gestão hídrica, onde as empresas terão um papel decisivo: “O país tem que apostar numa espécie de internet do território para o monitorizar em tempo real. É importante usar todas as tecnologias para monitorizar o território em tempo real, detetar incêndios com avanço, como já se faz na agricultura, mas pode melhorar e desenvolver outras empre52 ACT UALIDAD€

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“A digitalização é o futuro e pode ter um efeito na economia que é 10 vezes mais rápido que a revolução industrial” sas na área da tecnologia, no domínio dos drones e sensores”. A transição energética (o segundo pilar) vai estar no centro das mudanças Só a descarbonização tem um pacote de mais de 700 milhões de euros. “Isso é muito importante para a indústria”, observa o gestor. O presidente da comissão de acompanhamento ao PRR considerou que o terceiro pilar, o da transição digital (Empresas 4.0) é muito importante. “A digitalização é o futuro e pode ter um efeito na economia que é 10 vezes mais rápido que a revolução industrial”, no sentido em que “muda cadeias de produção e organização do trabalho, modelos de negócio…”. A concluir, Costa e Silva declarou que a “esperança é a gramática da vida” e no atual contexto assenta na “criação de novos produtos nas empresas”. O gestor salienta que “a economia portuguesa tem criado muitos novos produtos (em 2017, foram 39), mas, por vezes, falham o marketing e a qualidade das políticas públicas”. No mesmo webinar, Sara Estima Martins, da SRS Advogados, detalhou

o valor que caberá a cada segmento dentro dos três pilares, nomeadamente os mais dirigidos às empresas: o pacote de 2.914 milhões de euros destinados à capacitação e inovação empresarial, o de 715 milhões de euros a investir na descarbonização da indústria, 145 milhões de euros a aplicar em projetos de bioeconomia sustentável e os 650 milhões de euros para a transição digital das empresas, que apoiará os trabalhadores (através de formação) e a integração da tecnologia nas empresas. A advogada concluiu a sua intervenção, sublinhando que “Portugal e Espanha têm um quadro muito favorável para o desenvolvimento de projetos transnacionais e para a promoção de uma dinâmica de um mercado ibérico em setores-chave e futuros”. Os dois países criaram um grupo de trabalho que elege potenciais áreas de cooperação: hidrogénio verde, proteção do ecossistema e resiliência, exploração de recursos minerais estratégicos, água e biodiversidade, cadeia de valor do veículo elétrico, redes 5G, centro ibérico de conetividade digital e empreendedorismo digital. Aos apoios concedidos em Portugal podem também candidatar-se empresas de origem espanhola estabelecidas em território português. Há ainda oportunidades de empresas portuguesas e espanholas concorrerem a projetos de investimento público. Por último, Luis Selfert Guincho, também da SRS, focou-se no investimento nas diferentes vertentes dos apoios europeus, de que o PRR é apenas uma parte, já que o Next Generation EU prevê reforços para diversos programas europeus, bem como para o quadro plurianual. Os novos fundos europeus 2020-2029 (cerca de 29.800 milhões de euros) vêm somar-se aos valores previstos no PRR, pelo que o desafio é aplicá-los em benefício da competitividade e da qualidade de vida do país. O advogado recordou que do atual quadro (Portugal 2020) faltam executar 10.400 milhões de euros até ao fim de 2023, estando ainda abertos 100 concursos. 


actualidad actualidade

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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Morgado do Quintão associa-se ao Projeto Matéria e à Salmarim para reconquistar o reconhecimento do vinho do Algarve

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Morgado do Quintão, emblemática adega Algarvia, associou-se ao chefe João Rodrigues, do restaurante Feitoria em Lisboa (uma estrela Michelin), para um evento pop-up único, integrado no Projecto Matéria, um projeto sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover produtores nacionais com boas práticas agrícolas e respeito pela natureza, como elementos fundamentais da cultura portuguesa. Nos dias 27 e 28 de junho, o “Dia no Produtor”, foi promovido um evento com “jantares inigualáveis nas

salinas algarvias de Castro Marim”. Aliando-se a Aitor Arregi– chefe do 30º melhor restaurante do mundo, o Elkano, localizado no País Basco –, João Rodrigues criou uma ementa inspirada em ingredientes sazonais do Algarve, harmonizada exclusivamente com os vinhos premiados do Morgado do Quintão, criados por Joana Maçanita. Este evento do “Dia no Produtor” decorreu na Salmarim, o projeto de flor-de-sal de Jorge Raiado, no Sotavento Algarvio. Os vinhos servidos na ocasião pretendiam revelar “os mais genuínos representantes do perfil algarvio. Vinhos que são produto do ato único de preservação e proteção do património algarvio do Morgado do Quintão, e a resposta das vinhas antigas à vinificação tradicional”, adianta a Morgado do Quintão. O Algarve, a região onde os fenícios trouxeram pela primeira vez castas antigas e técnicas de vinificação para a

Península Ibérica, por volta de 2000 AC, e onde, atualmente, a dedicação do Morgado do Quintão à revitalização das castas autóctones, como a Negra Mole e o Crato Branco, e métodos antigos, incluindo o envelhecimento dos vinhos em ânforas de barro, é a sua forma de compreender e destacar a complexidade da região algarvia. Cultivando vinhas velhas e recuperando castas autóctones através de baixa intervenção, em regime biológico, Filipe Caldas de Vasconcellos, que pertence à quinta geração de guardiões da propriedade, e a sua equipa abraçam esta missão de defender o meio ambiente rico e diversificado da região, através deste vinhos, que pretendem “mudar paradigmas, repensar preconceitos e mudar perspetivas, trabalhando para recuperar o reconhecimento dos vinhos da região e do seu futuro, tanto em Portugal como além-fronteiras”. 

Vale da Estrela torna-se a primeira queijaria em Portugal com a mais exigente certificação alimentar A Queijaria Vale da Estrela foi recentemente certificada por um dos referenciais mais exigentes a nível mundial de qualidade e segurança alimentar, a certificação BRC (British Retail Consortium). Com o compromisso de otimização contínua de processos e procurando visar a excelência na produção de um produto único como é o queijo da Serra da Estrela DOP, a queijaria passa a ser a primeira queijaria em Portugal certificada na sua produção de queijo e requeijão pela BRC, fortalecendo a nossa ambição de abertura a novos clientes e mercados internacionais. Para José Pedro Freitas, diretor Comercial

e de Marketing: “este é o resultado de um trabalho conjunto das diversas áreas da empresa que contribuíram para assegurar a implementação rigorosa de uma política de qualidade de elevada exigência que permitiu à Queijaria ser reconhecida pela BRCGS8, o mais elevado padrão de segurança alimentar, algo que estamos muito orgulhosos pelo reconhecimento e pelo reforço da garantia assegurada aos nossos clientes e parceiros que para além da seleção de um produto único como o Queijo da Serra da Estrela, estão a selecionar uma empresa com os mais elevados padrões no sistema interno de gestão de higiene e qualidade”.

A certificação BRC Global Standard for Food Safety estabeleceu uma série de padrões para ajudar as empresas a cumprir a legislação de segurança alimentar e fornecer diretrizes para o fabrico de produtos alimentares seguros e de qualidade. Estes padrões tornaram-se uma referência mundial de boas práticas na indústria alimentar. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

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vinos & Gourmet

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial hispanoportugués en enero-abril de 2021

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os datos estadísticos del comercio hispano portugués referentes al primer cuatrimestre del año reflejan una ligera recuperación del 16,4% respecto a igual periodo del año 2020. Las ventas españolas a Portugal registraron un incremento del 16,3% (6.140,8 millones de euros en 2020, frente a los actuales 7.141,3 millones) y las compras aumentaron el 16,8% (3.487,6 millones en 2020 frente a los 4.073,6 milloes actuales). A su vez el mes de abril comparativamente al mes anterior refleja una ligera quiebra tanto en las ventas como en las compras, del -1,3% y -2,2%, respectivamente. En este primer cuatrimestre se mantiene un saldo positivo favorable a España de 3.067,7 millones de euros y una tasa de cobertura del 175,3%.

Respecto a la distribución geográfica del comercio exterior español, que se recoge en los cuadros 2 y 3 tampoco se detectan alteraciones significativas respecto a los periodos anteriores. Portugal mantiene su posición de cuarto principal cliente de España con un peso relativo del 7,3% y la sétima posición entre los principales proveedores con un peso relativo del 4%. Se habrá de destacar que en este periodo las exportaciones españolas superan los 98.149,2 millones de euros y las importaciones los 102.708,9 millones. Francia y Alemania destacan como principales socios comerciales de España. En el caso del mercado galo la cifra de compras supera los 15.787,9 millones de euros y las ventas a España los 10.814,5 millones. Alemania fue el principal proveedor de España con una cifra que superó los

12.599,2 millones de euros y el segundo cliente con 11.067,2 millones. Otro mercado muy importante en el comercio exterior español es el italiano que en este periodo representó el 8% del comercio global español. Tampoco se detectan cambios significativas en la distribución sectorial del comercio hispano portugués. La relación de las principales partidas de la oferta española está encabezada por la partida 84-máquinas y aparatos mecánicos (569,1 millones de euros), seguido de la 87-vehículos automóviles, tractor (563,8 millones), y partida 85-aparatos y material eléctricos (474,5 millones). Se habrá de añadir asimismo las partida 39-mat. plásticas; sus manufacturas (454 millones) y la 27-combustibles, aceites minerales (380,3 millones). Este conjunto de cinco partidas representa el 34,2% de la oferta es-

Balanza

1. Balanza comercial España - Portugal en enero-abril 2021 VENTAS ESPAÑOLAS 21

COMPRAS ESPAÑOLAS 21

VENTAS COMPRAS Cober 21 % ESPAÑOLAS 20 ESPAÑOLAS 20

Saldo 20

Cober 20 %

ene

1 581 387,44

897 431,77

683 955,67

176,21

1 778 762,75

1 003 845,34

774 917,41

177,19

feb

1 571 724,32

1 009 320,52

562 403,80

155,72

1 724 629,55

1 005 714,30

718 915,25

171,48

mar

2 008 010,68

1 095 762,87

912 247,81

183,25

1 581 766,04

906 741,35

675 024,69

174,45

abr

1 980 168,47

1 071 108,28

909 060,18

184,87

1 055 661,19

571 257,22

484 403,97

184,80

may

1 336 168,90

598 908,11

737 260,79

223,10

jun

1 718 689,32

852 608,01

866 081,31

201,58

jul

1 814 995,51

994 977,75

820 017,76

182,42

ago

1 489 093,95

758 815,50

730 278,45

196,24

sep

1 825 809,88

1 005 194,80

820 615,08

181,64

oct

1 906 349,26

1 017 340,08

889 009,18

187,39

nov

1 870 842,64

1 049 345,10

821 497,54

178,29

dic

1 688 171,73

981 264,79

706 906,94

172,04

19 790 940,72

10 746 012,35

9 044 928,37

184,17

Total

7 141 290,89

4 073 623,44

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

56 ACT UALIDAD€

JULHO DE 2021

Saldo 21

3 067 667,46

175,31


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-abril 2021

pañola a su vecino Portugal. Por lo que a la demanda española se refiere, la lista está encabezada por la partida 87-vehículos automóviles, tractor (534,8 millones de euros), seguido de la partida 27-combustibles, aceites minerales (404,5 millones) la 39-Mat. Plásticas; sus manufacturas (301,2 millones), seguida de la 84-máquinas y aparatos mecánicos (282,8 millones) y la 72-fundicion, hierro y acero (238,4 millones). Estas cinco partidas suman más de 1.761,6 millones y representan el 43,2% de la demanda española a Portugal. En la oferta española por CC.AA. Cataluña, Madrid y Galicia, y por este orden, surgen a la cabeza de la lista de las ventas españolas y en conjunto suman más de 3.655,5 millones de euros, lo cual representa el 51% de la oferta española. En el sentido contrario, es decir en la demanda española, la lista está liderada por Madrid, seguido de Cataluña y en la tercera posición Galicia y en total suman 1.980,1 millones de euros (48% del total de las compras españolas a Portugal). 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-abril 2021 Orden Sector

Importe

1

001 Francia

15 787 913,73

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

534 773,52

2

004 Alemania

11 067 209,47

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

404 479,26

3

005 Italia

8 258 139,37

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

301 184,47

4

010 Portugal

7 141 290,89

4

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

282 839,21

5

006 Reino Unido

5 791 494,20

5

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

238 360,96

6

400 Estados Unidos

4 510 622,23

6

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

146 537,07

7

003 Países Bajos

3 615 005,30

7

73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO

136 774,89

8

017 Bélgica

3 263 667,01

8

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

135 243,29

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

9

720 China

3 171 896,27

10

204 Marruecos

2 938 003,76

11

060 Polonia

2 355 567,01

12

039 Suiza

1 902 171,47

13

052 Turquía

1 734 097,28

14

412 México

1 184 388,10

15

030 Suecia

1 021 795,59

16

061 República Checa

957 034,36

17

732 Japón

868 538,93

4 073 623,44

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-abril 2021 Orden Sector

Importe

1

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

569 089,49

2

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

563 827,23

3

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

474 473,62

18

038 Austria

19

009 Grecia

787 390,15

4

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

453 966,74

20

008 Dinamarca

764 598,38

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

380 302,35

77 970 645,64

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

347 640,57

98 149 198,76

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

207 584,21

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

8

15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA

200 107,11

9

73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO

187 866,41

SUBTOTAL TOTAL

849 822,14

133 973,72

TOTAL

3.Ranking principales países proveedores de España enero-abril 2021 Orden País

TOTAL

7 141 290,89

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

Importe

1

004 Alemania

2

001 Francia

10 814 483,19

3

720 China

10 197 900,90

6.Evolución del intercambio comercial enero-abril 2021

12 599 199,94

4

005 Italia

6 985 548,30

5

003 Países Bajos

4 805 565,86

6

400 Estados Unidos

4 671 020,77

7

010 Portugal

4 073 623,44

8

017 Bélgica

2 731 016,66 2 595 120,04

9

204 Marruecos

10

052 Turquía

2 553 784,20

11

006 Reino Unido

2 259 348,08

12

039 Suiza

2 169 975,84

13

060 Polonia

2 089 600,28

14

061 República Checa

1 574 713,09

15

288 Nigeria

1 446 444,49

16

412 México

1 407 897,70

7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-abril 2021 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 21

COMPRAS ESPAÑOLAS 21

17

075 Rusia

1 383 287,78

18

959 Países y territorios no determinados.Intraco.

1 309 480,29

19

664 India

1 282 479,20

Galicia

897 342,65

Galicia

622 426,25

20

508 Brasil

1 160 774,65

Andalucía

717 427,00

Andalucía

460 493,46

SUBTOTAL

78 111 264,70

Comunitat Valenciana

506 473,48

Comunitat Valenciana

317 736,19

Castilla-La Mancha

496 378,67

Castilla y León

262 098,46

TOTAL

102 708 912,84

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Cataluña

1 549 272,72

Madrid, Comunidad de

695 643,31

Madrid, Comunidad de

1 208 884,19

Cataluña

662 081,48

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

JULHO DE 2021

AC T UA L I DA D € 57


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas ropa formal para hombres

DP210501

Locais de 300 a 450 m2 idealmente com esplanada com prioridade em Lisboa nas zonas de Avenidas Novas, Parque das Naçoes e Chiado

OP210401

Licenciado/a em contabilidade, economia ou finanças, com 5 anos de experiência e fluente em espanhol e inglês

OP210101

Distribuidores de equipos de estética

DP201102

Fabricantes de máquinas zanjadoras

DP201101

Empresas españolas de ferreterías

DP201001

Empresas portuguesas para a venda dos seus serviços/produtos relacionados com a Gestão Documental de fornecedores, empresas contratadas e prestadores de serviços

DP200902

Empresas españolas fabricantes de productos sin gluten (galletas y tortas)

DP200901

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de roupa Empresas portuguesas produtoras de kiwis Empresas portuguesas de escorredores de louça e tábuas de madeira para cozinha Hotéis em Lisboa para comprar Motoristas perto da fornteira Salamanca-Portugal Empresas portuguesas de Automação, Robótica , Montagem Mecânica e Montagem Elétrica Fabricantes portugueses de equipamentos de proteção individual Empresas portuguesas distribuidoras de frutas

DE210603 DE210602 DE210601 OE210501 DE210501 DE210401 DE201102 DE201101

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

58 ACT UALIDAD€

JULHO DE 2021


oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

JULHO DE 2021

AC T UA L I DA D € 59


calendário fiscal calendario fiscal >

Julho Declaração a enviar/Obrigação

Prazo Imposto Até

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

12

IVA

Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em maio/2021

Contribuintes do regime normal mensal

12

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de junho/2021

Entidades empregadoras

12

IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a junho/2021

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

12

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em junho/2021

Sujeitos passivos do IVA

15

IRC/IRS/ IVA/Selo

IES /Declaração Anual, referente ao exercício de 2020

Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada

20

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em junho/2021

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a junho/2021

Entidades empregadoras

20

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em junho/2021

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 2º trimestre/2021

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IRS

1º Pagamento por conta do IRS 2021

Sujeitos passivos de IRS com rendimentos empresariais e profissionais

20

SELO

Envio da Declaração Mensal de Imposto do Selo (DMIS), referente a junho/2021

Sujeitos passivos que titulem atos, contratos, documento, títulos ou outros factos sujeitos a imposto do selo, ainda que dele isento

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em maio/2021

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2020 noutro Estado-membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

31

IRC

1º Pagamento por conta do IRC de 2021

Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil

31

IRC

1º Pagamento adicional por conta (derrama estadual) do exercício de 2021

Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000 €.

60 ACT UALIDAD€

JULHO DE 2021

No âmbito das medidas de flexibilização – Covid 19, a declaração pode ser enviada até ao dia 20 e o pagamento do IVA até ao dia 26

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

BE200147

M

BE200148

F

17/03/1992

BE200149

F

12/04/1995

BE200150

F

BE200151

F

BE200152

F

19/01/1992

BE200153

F

BE200154

Área de Atividade

ESPANHOL/ INGLÊS

ARTE / GRAFISMO E COMUNICAÇÃO

ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ PORTUGUÊS

ADVOCACIA

INGLÊS/ PORTUGUÊS

ADVOCACIA

01/12/1975

ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS

ADMINISTRAÇÃO/ LOGÍSTICA/ PRODUÇÃO/ ÁREA COMERCIAL

M

18/02/1993

ESPANHOL

ADVOCACIA

BE200155

F

23/10/1980

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

SECRETÁRIA DE DIREÇÃO / TESOURARIA

BE200156

M

ESPANHOL/ALEMÃO/INGLÊS/PORTUGUÊS/ITALIANO

COMERCIAL DE MÁQUINAS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL

BE200157

F

BE200158

F

06/03/1979

INGLÊS

ADVOCACIA

INGLÊS/ ESPANHOL/PORTUGUÊS

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS / COMÉRCIO EXTERNO MARKETING

BE200159

F

ESPANHOL/INGLÊS/PORTUGUÊS

BE200160

F

ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS

DESIGNER DIGITAL

BE200161

F

ESPANHOL/PORTUGUÊS/INGLÊS

Gestão de StockS / Logística / Transporte

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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novembro de 2014

ac t ua l i da d € 61


Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

SEAT Tarraco e-hybrid O terceiro modelo da SEAT eletrificado

É o primeiro Audi e o primeiro SUV da marca feito com base na plataforma elétrica MEB do grupo VW, estreada no ID.3. Tem os atributos conhecidos do ID.3, em termos estruturais, mas acrescenta a imagem Audi e um interior que se adivinha de melhor qualidade.

O

Fotos DR

maior SUV da Seat recebe agora uma versão híbrida Plug-in, possibilitando uma utilização exclusivamente elétrica a rondar os 50 km, mas evidenciando também uma assinalável dinâmica de condução, apoiada nos 245 cavalos de potência e nos 400 Nm de binário. O Tarraco é o terceiro modelo eletrificado da SEAT. A marca espanhola tem já as variantes híbridas plug-in do Leon e o Mii electric e visualmente o Tarraco e-HYBRID é praticamente idêntico às variantes equipadas apenas com motor de combustão. Este topo de gama da Seat, com um habitáculo espaçoso, é um SUV em completa sintonia com o tipo de veículo familiar de que os europeus mais gostam. Até aqui, o Tarraco estava disponível com motores a gasolina e a gasóleo, ambos sobreali62 ACT UALIDAD€

JULHO DE 2021

mentados e com 150 cavalos, mas o construtor espanhol anunciou que vai disponibilizar no mercado nacional a partir de junho uma versão híbrida plug-in (PHEV), o e-Hybrid, que promete ser mais potente, mais económica e, sobretudo, mais acessível para as empresas e

profissionais por conta própria. A principal característica do Tarraco PHEV é a sua capacidade de circular apoiado apenas no motor elétrico. A SEAT homologou 49 quilómetros em ciclo combinado, segundo a norma WLTP, o que equivale a 53 quilómetros em ciclo urba-


sector automóvil Setor automóvel

no. Para a maioria dos condutores que se desloquem em cidade ou nas proximidades, é possível circular durante grande parte do tempo à custa da bateria, cuja recarga custa apenas cerca de um euro se a operação for efetuada durante a noite e em tarifa bi-horária, para o que é necessário estar ligado 3,5 horas a uma tomada de 3,6 kW, o máximo que o Tarraco e-Hybrid aceita. O forte design interior mantém-se inalterado, com a sensação de espaço, segurança e de um elevado nível de qualidade. As dimensões globais do grande SUV garantem que a inclusão dos elementos da plataforma híbrida plug-in impeçam o sentido prático. Exclusivamente disponível com cinco lugares, o Seat Tarraco e-Hybrid

engloba uma bagageira de 610 litros, O sofisticado painel Digital Cockpit Seat completa os elementos que focam a atenção do condutor, garantindo toda a informação e os registos necessários, podendo ser configurado à medida das necessidades do condutor ou do tipo de viagem programada. Mantendo todas as características dos restantes Tarraco, a versão e-Hybrid associa um motor 1.4 TSI a gasolina com 150 cavalos e 250 Nm, a uma unidade elétrica com 115 cavalos e 330 Nm, alimentada por uma bateria com uma capacidade total de 13 kWh, cerca de 10 kWh úteis, o que lhe permite incrementar a potência conjunta para 245 cavalos e 400 Nm, para simultaneamente lhe assegurar a capacidade de percorrer

uma distância considerável em modo exclusivamente elétrico. Mas este SUV é mais eficiente em distâncias superiores utilizando o modo híbrido, em que recorre aos dois motores, especialmente se ativado o modo de condução s-Boost, que explora ao máximo os 245 cv. A velocidade máxima é de 205 km/h, com os 100 km/h a serem superados ao fim de 7,5 segundos, valores substancialmente mais entusiasmantes do que os reivindicados pela versão a gasolina (198 km/h e 9,5 segundos) ou pela diesel (196 km/h e 10,1 segundos). Com preços a partir de 47.678 euros, o Tarraco está, no entanto, disponível para empresas por 35 mil euros mais IVA.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

JULHO DE 2021

AC T UA L I DA D € 63


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural Livro

“O Futuro da Terra – Diálogos com o Papa Francisco Sobre Ecologia Integral”

As conversas entre o jornalista italiano Carlo Petrini, fundador do Movimento Slow Food e inspirador do movimento Terra Madre e o Papa Francisco sobre o futuro da vida no planeta Terra foram editadas em livro. “O Futuro da Terra – Diálogos com o Papa Francisco S o b r e Ecologia Integral” acaba de ser lançado em português pela Casa das Letras. A relação entre o chefe Jesuíta da I g r e j a Católica e um “agnóstico crente”, como o primeiro descreveu espirituosamente o último nasceu há cinco anos, quando através da sua segunda Encíclica Praise Be to You!, o Papa Francisco deu a conhecer ao mundo a sua visão de justiça social, baseada no respeito por todos os seres vivos, por uma economia justa que não agrave o declínio ambiental, a pobreza e a exclusão. Para a sua “encíclica social”, o Papa Francisco foi inspirado por cientistas, intelectuais e filósofos sobre os temas da sustentabilidade; um deles foi Carlo Petrini. Esse texto foi o ponto de partida para uma amizade entre o Papa Francisco e o jornalista, a quem o Papa pediu que fosse o seu guia neste projeto. Da colaboração de ambos, nasceu “ O Futuro da Terra”, um livro que apresenta três diálogos importantes e relevantes, orientados por cinco temas basilares: biodiversidade, economia, comunidade, migração e educação. “Estas conversas destinam-se às gerações mais novas para lhes permitir refletirem e organizarem ações coletivas pacíficas com vista a novos modelos de coexistência num ambiente ‘bom, limpo e justo’”.

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julho de 2021

Teatro

“A Casa de Bonecas”, de Ibsen, no Teatro da Trindade Considerado um dos mais importantes dramaturgos do teatro Moderno, Henrik Ibsen, tem em “ Uma Casa de Bonecas”, escrita em 1879, um dos seus textos fundamentais: “Esta é uma das mais importantes peças da história da literatura, unanimemente considerada como o texto que dá origem ao drama moderno. A ação acompanha a relação do casal Helmer, principalmente a ‘viagem’ interior que a mulher, Nora, percorre ao longo dos três atos e que a faz tomar consciência que a aparência da perfeição e da felicidade não são a perfeição e a felicidade.” A peça pode ser classificada como “feminista, psicológica, revolucionária”, entre outros adjetivos, mas talvez a forma mais simples de a descrever seja aquela que o próprio autor usou, dizendo que a escreveu: “não como uma peça de propaganda, mas sim de verdades universais sobre a identidade humana”. Este texto, em que nos podemos rever, regressa aos palcos portugueses, nomeadamente ao Teatro da Trindade INATEL, em Lisboa pela mão da companhia Lama Teatro. A encenação é de João de Brito: “Pegar num clássico é sempre meio caminho andado para nos simplificar a vida, enquanto encenadores, porque estruturalmente está tudo lá, já funciona por si. O texto é o motor de arranque e jogo dos atores, a ignição. A caixa de velocidades é orquestrada pela menina/senhora Nora Helmer, ao mesmo tempo que segue agarrada ao volante deste “automóvel” sem rodas... até decidir sair pelo tejadilho e voar. No banco do pendura temos a Criada e a Ama, que na nossa versão foram fundidas, numa figura omnipresente, mas não só. Dr. Rank, um dos poemas deste espetáculo, entra sempre para o banco de trás e analisa tudo o que se passa, até se tornar invisível. Kristine Linde vem como que mudar o óleo do motor, sendo um veículo para uma nova vida deste próprio veículo. Nils Krogstad, este espécie de ‘empregado da Cetelem’, tenta bloquear a marcha deste carro, mas acaba por sair da frente, porque escorrega no óleo velho que a Senhora Linde acabou de entornar, e ficam manchados de Amor. E, finalmente, reparamos, através do espelho retrovisor, em Torvald Helmer, preocupado com a chapa, com os riscos e as amolgadelas, mas não se apercebe que está para breve o embate final, sem direito ao milagre dos milagres.” Madalena Almeida e José Mata dão vida ao casal Helmer, acompanhados em palco pelos atores Bruno Bernardo, Diana Nicolau, Inês Ferreira da Silva e Luís Lobão. Até 31 de julho, de quarta a domingo, às 19h00, no Teatro da Trindade Inatel, em Lisboa

Exposições

Museu do Chiado inaugura Galeria Millennium bcp, com mostra coletiva “O Caminho para a Luz porque Passa pela Luz” é o título da exposição que inaugura a nova ala do Museu Nacional de Arte Contemporânea. A frase é retirada de um poema de 1980, de Alberto de Lacerda, caligrafado nesse


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mesmo ano pela pintora Vieira da Silva. O novo espaço no Museu Nacional de Arte Contemporânea, a Galeria Millennium bcp, aberto desde 21 de junho, acolhe “uma seleção de obras de arte moderna e contemporânea que despertam no espectador uma consciência sobre a experiência estética e o ato percetivo como construção cerebral”. Com curadoria de João Biscainho, a mostra desdobra-se em duas linhas de investigação: “Uma trabalha as diferentes formas de representação e composição espacial como estratégias de notação de espaços mentais, sonoros ou literários, mas também como protótipos da noção de realidade virtual. A outra expande as mais tradicionais linguagens da representação, a partir do conhecimento das neurociências, apresentando obras que induzem o espectador a determinados estados mentais ou sensações. Noutros casos, são os artistas e espectadores que consubstanciam as obras a partir da sua própria atividade elétrica cerebral como linguagem poética, sonora ou visual.” Além de Maria Helena Vieira da Silva, a mostra apresenta obras de Bernhard Leitner, Henrique Risques Pereira, Fernando Lemos, Jorge Pinheiro, Brion Gysin, Ian Sommerville, Silvestre Pestana, Paulo Bruscky, Char Davies, Varela Pécurto, Alvin Lucier, Hélder Rodrigues, Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Manuel D’Assumpção,

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Suzanne Dikker e Matthias Oostrik. O Museu do Chiado recorda que a relação mecenática da Fundação Millennium bcp com o MNAC é “única e inédita em Portugal”, já que “recuperando um espaço até há pouco tempo em ruínas, a Fundação Millennium bcp dota o museu de uma nova ala, aumentando o espaço expositivo deste museu nacional e contribuindo para a sua reafirmação na contemporaneidade”. O projeto expositivo parte “do diálogo entre as coleções do MNAC e do Millennium bcp, e de outras coleções nacionais e internacionais, públicas e privadas”, assumindo-se “como um laboratório”. A programação será da responsabilidade do MNAC, que apresentará curadorias internas e/ ou de curadores convidados, e contará sempre com o mecenato da Fundação Millennium bcp. Até 14 de novembro de 2021, no Museu do Chiado, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

“Água, uma exposição sem filtro” no Pavilhão do Conhecimento

Questionar o futuro da água é o caminho a seguir agora para que no futuro não termos que questionar como será o futuro sem ela, ou seja num contexto de escassez de água. A Península Ibérica vive com essa ameaça uma boa parte do ano, em várias das suas razões. Como recorda o Pavilhão do Conhecimento, na sinopse da mostra “Água – uma exposição sem filtro” é preciso olhar para o problema da água frontalmente: “Abrir a torneira e ter água potável é um gesto banal. Mas para mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo é apenas um desejo impossível. É urgente torná-lo realidade! “Água – uma exposição sem filtro” dá voz ao direito básico a água potável com a ajuda da ciência, da tecnologia e com o com-

promisso de todos nós. Num registo positivo, cativante e acima de tudo consciente, convida-nos a experimentar e a descobrir as múltiplas facetas da disponibilidade e uso deste bem essencial.” A exposição está dividida em quatro áreas temáticas: o presente com e sem acesso à água, o futuro sem mudanças nos consumos hídricos e um futuro com mudanças. Ao longo de 30 módulos pode ficar a saber quantos litros de água são precisos para lavar um carro, produzir uma t-shirt, pode conhecer Aysha, uma criança etíope, que carrega diariamente água às costas durante quilómetros. O visitante é convidado a sentir o mesmo, podendo percorrer até seis quilómetros numa passadeira, com um jerricã às costas. Há conselhos para melhorar os hábitos de consumo e poupar água. Produzida pelo Pavilhão do Conhecimento, esta exposição pedagógica surge no contexto da Década Internacional para a Ação – Água para o Desenvolvimento Sustentável e enquadra-se no Objetivo 6 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável: água e saneamento para todos até 2030. julho

de 2021

ac t ua l i da d € 65


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Statements Para pensar

“[A atividade económica registou uma] trajetória convergente [com os níveis prépandemia em abril e maio, com taxas de crescimento historicamente elevadas (...) No entanto, o INE lembra que, em geral, os indicadores de curto prazo ainda não atingiram em abril os níveis registados no mesmo período de 2019] e a atividade turística ainda se encontra longe dos resultados do período homólogo de 2019” Síntese do INE, “Nascer do Sol”, 21/6/21

“Nessa transição [energética], o setor da energia terá que enfrentar o desafio. Mas vocês também – indústrias, serviços, grandes e pequenas empresas –, todos terão um grande papel a desempenhar na aceleração da transição energética” Vera Pinto Pereira, presidente da EDP Comercial, que falava na conferência “EDP Business Summit 2021 – Leaders and Corporations committed to the Energy Transition”, onde se salientou ainda que medidas agregadas – contratos de longo prazo, medidas de eficiência e autoconsumo de energia produzida – “podem levar a poupanças de até 40% no consumo das empresas”, “Eco-Economia Online”, 17/6/21

“[As CBDC, ou moedas digitais, representam uma tendência imparável a nível global e que] nos próximos anos vai mudar as regras do jogo dos sistemas monetários que conhecemos atualmente, onde a procura pela convergência com os atuais sistemas de pagamento digitais será chave no sucesso da sua implementação e aceitação por parte do cidadão” Borja Ochoa, diretor-geral e responsável global de Serviços Financeiros da Minsait, na primeira edição da “Digital Coin & European Financial System Sevilha Virtual Summit”, uma cimeira que em junho em Espanha, onde foram debatidos temas relacionados com a segurança, regulação e outras questões relativas às moedas digitais, criptoativos e ao novo sistema financeiro, 17/6/21

“A sociedade caminha a passos largos para um mundo cada vez mais cashless, e a crescente evolução da moeda digital é um claro exemplo disso (...) [No entanto] o comportamento da bitcoin nas últimas semanas mostra o quanto inconstante é este novo mercado”

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Miguel Ferreira Simões, diretor de Sistemas Financeiros da Minsait em Portugal, no evento “Digital Coin & European Financial System Sevilha Virtual Summit”, considerando esta empresa serem mais viáveis os modelos de CBDC que propõem esquemas não extremos em termos de nível de intermediação, grau de descentralização ou utilização online e offline dos meios de pagamento, sem esquecer aspetos tão relevantes como a privacidade, 27/5/21 JULHO DE 2021




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