Cenários Eólica 2021

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ISSN 2238-8648

Embora ainda sob efeitos da pandemia, o ano de 2021 já registra melhores resultados sobre o ano passado para o setor de energia eólica.

A potência cresceu 1,7 GW nos primeiros sete meses do ano, superando 19 GW de capacidade instalada, novos leilões contrataram mais 984 MW em eólicas e somente o BNDES já tinha liberado financiamento de R$ 1,8 bilhões até junho, mais de 75% de todo o valor contratado em 2020 (em operações do BNDES Finem).

Nesta edição do anuário Cenários Eólica reunimos um extrato dessas informações, que são permanentemente atualizadas no portal online cenariosenergia.com/eólica.

Cenários Petróleo é uma publicação anual da EDITORA BRASIL ENERGIA

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Nos capítulos Panorama, Cadeia Produtiva, Financiamento e Sustentabilidade estão retratadas as tendências do setor, o movimento dos agentes empreendedores e fornecedores, as linhas de crédito oferecidas e a comprovação de que a fonte eólica está entre as que melhor se encaixa nos objetivos de desenvolvimento sustentável.

A publicação traz também análises aprofundadas de especialistas do setor eólico e um guia de empresas atualizado e segmentado por área de atuação.

O anuário Cenários Eólica 2021 atende a parte dos leitores que ainda prezam pela experiência de folhear as páginas, seja no impresso em papel seja na plataforma flip digital, e funciona também como um retrato gravado da evolução de indicadores de referência, facilitando a visualização e a busca de informações históricas.

Para quem quer mais conteúdo sobre o setor, como descrição dos ativos, atualização permanente de dados, históricos, projeções e análises, recomendo uma assinatura do portal Cenários Eólica em cenariosenergia/eólica.

Aproveite a leitura e fique à vontade para enviar críticas e sugestões.

Rosely Maximo Editora Executiva rosely@brasilenergia.com.br

Elbia Gannoum

Energias renováveis e uma oportunidade para a transformação da sociedade brasileira

Eduardo Tobias Ruiz

Panorama da oferta de crédito para projetos eólicos em 2021

Felipe Gonçalves

Impacto das térmicas Inflexíveis para a Geração Eólica

GUIA DE EMPRESAS

Empresas e organizações por sua atividade principal, conforme orientação de cada empresa

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PANORAMA

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Rumo aos 30 GW

Projetos antecipados e crise hídrica impulsionam aumento da capacidade

A fonte eólica, puxada pelos altos investimentos de projetos para o mercado livre, deve fechar 2021 com 20,9 GW de capacidade instalada, segundo projeção da consultoria especializada ePowerbay feita a pedido de Cenários Eólica. A potência já chegava, em julho, a 19 GW.

A estimativa se baseia no banco de dados da consultoria, que até 24 de julho registrou a entrada em operação de 1.677 MW em 2021, referentes a 451 turbinas eólicas, e se complementa com a previsão da Superintendência de Fiscalização da Geração da Aneel, de que até o fim do ano mais 1.584 MW, de 413 turbinas, serão conectados ao SIN.

Esse ritmo de investimentos confirma a projeção otimista da Abeeólica, de o setor chegar a 30,2 GW de potência instalada em 2024, considerando-se apenas leilões já realizados no mercado regulado e contratos firmados no mercado livre. Se mantiver o mesmo patamar de nova capacidade instalada anual, a fonte chega no projetado com folga.

Apoia ainda mais esse otimismo no médio e longo prazo o fato de, em dezembro de 2020, a previsão da Aneel para 2021 ter sido mais conservadora, de apenas mais 2.231 MW de nova potência eólica. Muitos empre-

endedores estão adiantando obras no ano, incentivados pelo aperto na oferta de energia do país, que deve se agravar até dezembro por conta da crise hídrica.

LEILÕES

Depois de um ano de hiato, por conta da pandemia, em 2021 voltaram os leilões de energia nova (LEN). Em 8 de julho ocorreram os LEN A-3 e A-4 e em 30 de setembro é a vez do LEN A-5.

No A-3/A-4, foram cadastrados 66,9 GW de 1.841 projetos, sendo a fonte eólica a segunda a registrar mais, com 700 empreendimentos e 22,6 GW de potência. Da potência cadastrada total, 51,3% dos projetos do A-3 (767) foram habilitados para participar do leilão e do A-4, 52,4% (936).

Ao fim do certame, respectivamente, 33 projetos negociaram contratos do primeiro e 18 projetos do segundo leilão, que totalizam 547 MW e 437 MW. Isto representa 1,9% e 1,3% da potência habilitada nos leilões.

A fonte eólica – que teve 318 projetos habilitados no A-3 e 408 no A-4) – foi o destaque, apesar da baixa contratação no geral, em razão da sobrecontratação das distribuidoras (apenas três contrataram, Light, Celpa e Cemar). Da

PANORAMA

demanda total contratada de 183,3 MWm dos dois leilões, com capacidade instalada total de 984,7 MW dos projetos, a fonte ficou com 38% do total, ou 69,8 MW médios. Em capacidade instalada, os novos parques negociados envolvem 419,5 MW (251,7 MW do A-3 e 167,8 MW do A-4).

ESTRATÉGIA PARA O ACL

Os projetos eólicos vencedores demonstram a estratégia do setor voltada para o mercado livre de energia. Na média geral dos contratos, a estratégia foi firmar venda pouco acima do limite mínimo obrigatório de 30% da garantia física dos projetos, o que resultou em aproximadamente 33%. Dessa forma, a maior parte da energia dos parques (67%) se direcionará para o ACL.

Para começar, a Casa dos Ventos – empreendedora que mais cadastrou projetos nos leilões, com 2,7 GW de eólicos e 1,9 GW solares – viabilizou uma capacidade instalada de 134,9 MW de projetos eólicos, com energia negociada de apenas 32% dos 48,6 MW médios da garantia física, ou seja, 15,7 MW médios.

A empresa negociou no A-3 os projetos Ventos de Santa Luzia 12 a 17, em Boninal, na Bahia, com potência de 37,1 MW, garantia física de 12,3 MW médios. Também no A-3 negociou os Ventos de São Rafael 1 a 11, em Picuí, na Paraíba, com potência total de 66 MW e garantia física de 25,5 MWm. Já no A-4, foram negociados os Ventos de Santo Antônio 1, 4 a 8, em Antônio Gonçalves, na Bahia, com potência de 31,8 MW e garantia física de 10,8 MW médios.

Evolução da capacidade instalada (MW)

Também negociaram projetos nos leilões a Elawan, com o projeto Passagem (RN), de 52 MW (vencedor nos dois leilões), e a Oeste Energia, no A-3, com o projeto Oeste Seridó (RN), de 96,6 MW.

A estratégia de vender a garantia física mínima de 30% no leilão, para poder negociar o restante no mercado livre, foi seguida também pela Oeste Energia, que vendeu 30% dos 60,1 MW médios de garantia física do projeto. Já a Elawan, ao somar o mesmo projeto Passagem nos dois leilões, vendeu 75% da garantia física, ou seja, terá apenas 25% para o mercado livre.

Estudo da ePowerbay sobre os leilões A-3 e A-4 de 2021 registrou pequeno aumento na contratação das eólicas em relação aos últimos leilões A-4 de 2018 (33,4 MW médios) e 2019 (15,2 MW médios).

Os últimos leilões, segundo a consultoria, também apresentaram tarifas maiores. O A-3 de 2021, com R$ 148,58/ MWh, e o A-4, com R$ 150,70/MWh, foram bem superiores aos preços do A-4 de 2018 (R$ 67,6/MWh) e do A-4 de 2019 (R$ 90/MWh). Para o estudo, a tarifa superior reflete um pouco do risco de adequação à venda da geração em função da carga e não do consumo, como era em 2018 e 2019.

AUTOPRODUÇÃO

Além de usar os leilões regulados para tornar os projetos voltados ao ACL mais viáveis (os parques negociados no ACR também têm garantia de conexão ao SIN), o mercado tem utilizado outras estratégias em seus novos empreendimentos.

Uma delas é fazer com que grandes consumidores entrem em sociedades com os empreendedores na figura de autoprodutores de energia, para escapar dos encargos pagos por consumidores, sobretudo os voltados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

A opção tem sido adotada principalmente por indústrias e outras grandes empresas com unidades no Sudeste, onde os encargos são maiores, que estabelecem parcerias com empreendedores com parques eólicos no Nordeste.

Fonte: Abeeólica

As sociedades são principalmente por meio de participações minoritárias nos parques, quando os consumidores optam pela compra de ações ordinárias com direitos a votos nas sociedades de propósito específico (SPEs) criadas para gerir as usinas, o que ocorre a partir do início da operação. Essa modalidade de sociedade é a mais comum e tem sido adotada em projetos da Casa dos Ventos.

No parque Folha Larga Sul, em Campo Formoso, na Bahia, de 151,2 MW, que entrou em operação em 2020, esse novo modelo estreou no país, na sociedade com a mineradora Vale. A consumidora adquiriu ações ordinárias na SPE, que inclui um PPA de 23 anos.

A contratação nesse modelo também foi adotada para a venda de energia da fase 1 do parque Rio do Vento, de 504 MW, no Rio Grande do Norte, no qual foi assinado PPA com a Anglo American, em 2020, para 95 MW médios, e no começo de 2021 com a Braskem, para 50 MW médios, ambos com PPAs de 20 anos.

Já na outra opção de autoprodução, na qual o consumidor entra como sócio com participação igual ao do empreendedor logo no início do projeto, há exemplos na AES Brasil, em parceria com a química Unipar.

Em 2020, foi fechada a constituição de joint-venture 50/50 para controle compartilhado de parque de 155 MW do complexo eólico Tucano, na Bahia, em construção e com entrada em operação para o fim de 2022.

Pelo acordo entre as empresas, que incluiu a compra de 95% das ações ordinárias e 5% das preferen-

Matriz de Energia Elétrica (GW)

ciais pela Unipar, a produtora eletro intensiva garantiu 60 MW médios em um contrato de 20 anos. Do total investido no parque (R$ 625 milhões), 75% foram financiados por BNB e emissões de debêntures, e os 25% restantes divididos entre as empresas.

Fator de Capacidade Médio dos Parques no Brasil

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro 201228%25%23%25%28%27%34%41%44%42%34%38%

201333%36%31%24%25%26%30%43%46%47%47%36%

201435%30%24%22%22%36%43%50%48%50%41%40%

201540%32%26%23%35%36%40%52%47%49%39%39%

201623%32%32%37%36%41%48%49%52%51%48%41%

201738%32%27%35%36%44%51%53%61%56%46%41%

201838%26%24%30%39%47%53%56%59%48%45%36%

201941%24%25%26%37%50%48%60%57%56%49%46%

202025%27%19%28%34%45%51%58%58%48%44%46%

202144%31%31%36%41%45%51%

Fonte: ONS

Fonte: Aneel

* Inclui dados das usinas eólicas em operação e em testes liberados pela ANEEL

PANORAMA

MERCADO DE CAPITAIS

A participação cada vez maior do mercado de capitais também tem sido um destaque, por meio da emissão de debêntures incentivadas e green bonds. E a tendência, que começa a ser mais comum entre 2020 e 2021, é o uso dos recursos do mercado financeiro para projetos 100% contratados no ACL.

Esse perfil de estruturação dá mais liberdade na estruturação dos empreendedores, que na maioria das vezes optam por contratar parte dos projetos no mercado regulado, através dos leilões públicos, para dar financiabilidade aos empreendimentos.

Um exemplo ocorreu em janeiro de 2021 com a empreendedora Echoenergia, que emitiu seus primeiros green bonds relacionados totalmente para projeto 100% mercado livre, o cluster eólico Serra do Mel II, no Rio Grande do Norte, em um total R$ 142 milhões. Em setembro de 2020, também para projeto do ACL,

Contratação de energia eólica por leilão

a empresa havia emitido debêntures dos projetos Vila Piauí I e II, em Serra do Mel (RN), de R$ 87 milhões de reais, com vencimento em 2035.

GERAÇÕES RECORDES

O ano de 2021 já pode ser marcado como de recordes de geração para o setor. Pela primeira vez, no dia 22 de julho, a energia eólica abasteceu todo o Nordeste durante um dia inteiro, o que antes só havia ocorrido em horários específicos.

O recorde foi registrado pelo ONS, com geração média diária de 11.399 MW médios, o que representou 102% da demanda da região para o dia.

Antes disso, já havia sido batido um recorde em 21 de julho, com 11.094 MW médios e atendimento de 99,9% da demanda.

Evolução dos contratos no Mercado Livre

LER 2014769,1333,499,9144,00142,31

A-3 2014551,0274,596,8133,00130,05

A-5 2014926,0435,695,3137,00136,05

LFA 201590,042,370,2179,00177,47

2º LER 2015 548,2284,892,2213,00203,30

A-3 2015538,8252,194,3184,00181,09

A-4 201764,038,093,7276,00108,00

A-6 20171.386,6773,689,4276,0098,58

A-4 2018114,457,757,9255,0067,60

A-6 20181.250,7658,663,8227,0090,22

A-4 201995,250,230,4208,0079,99

A-6 20191.040,2480,028,2189,0098,97

A-3 2021251,7125,431,1198,00148,58

A-4 2021167,888,534,8198,00150,70

Fonte: CCEE

* Preços de acordo com os resultados dos leilões

* Valores consideram resultado original dos leilões, embora alguns contratos tenham sido desfeitos

Obs: Considera parques em operação, em teste e em construção

Fonte: Abeeólica

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Parques onshore

Os ventos fortes e constantes do Brasil justificam o crescimento da geração de energia por fonte eólica no país, que já se ultrapassa os 19 GW de potência instalada. Mais de 720 parques eólicos com 8.585 aerogeradores estão instalados em 12 estados, representando a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira (10,8%).

O subsistema do Nordeste, onde estão 80% dos parques, já alcançou o recorde de 94,4% de energia consumida pela fonte, com fator de capacidade (mede a produtividade dos ventos) de 71,14% e geração de 9.255,73 MWm (dados de agosto de 2020). O Brasil,

Parques em operação pelos estados

aliás, tem um fator de capacidade acima da média mundial – no mundo esse indicador foi de 34%, enquanto no Brasil a média foi de 40,6% em 2020.

No ranking dos estados com maior capacidade instalada, o Rio Grande do Norte segue na frente, com 5.575 MW (parques em operação e em teste), seguido pela Bahia, com 5.268 MW. Em terceiro está o Ceará, com 2.385 MW, quase empatado com o Piauí, que esse ano já tem 2.355 MW em operação.

Veja a seguir a relação de parques em operação, em construção e contratados de cada estado.

Potência total por UF (MW)

Usinas em operação BAHIA

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante

H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Nome da Conexão Trans.

Macaúbas Statkraft Bahia35,113,4Brotas de MacaúbasLER 2009Statkraft Alstom 2012Brotas de MacaúbasCHESF

Pedra Do Reino IEcho 130,010,8SobradinhoLER 2009EchoenergiaVestas 2013Salitre I COELBA

Novo HorizonteStatkraft Bahia30,111,0Brotas de MacaúbasLER 2009Statkraft Alstom 2012Brotas de MacaúbasCHESF

Seabra Statkraft Bahia30,111,3Brotas de MacaúbasLER 2009Statkraft Alstom 2012Brotas de MacaúbasCHESF

Serra Do Salto Alto Sertão I19,27,5Guanambi

Ilhéus Alto Sertão I11,25,0Igaporã

Candiba Alto Sertão I9,64,3Guanambi

Licinio de Almeida Alto Sertão I24,010,9Guanambi

Nossa Senhora ConceiçãoAlto Sertão I28,812,4Igaporã

Pajeu Do Vento Alto Sertão I25,611,8Caetité

Alvorada Alto Sertão I8,04,0Caetité

Igaporã Alto Sertão I30,414,0Igaporã

Planaltina Alto Sertão I27,212,3Caetité

Porto Seguro Alto Sertão I6,42,7Igaporã

Pindai

Pedra Branca 30,013,8Sento Sé

Caetité 1 Caetité30,013,0Caetité

Sete Gameleiras

Sao Pedro Do Lago

LER 2009BrookfieldGE 2012Igaporã IICHESF

LER 2009BrookfieldGE 2012Igaporã IICHESF

2009BrookfieldGE

2009BrookfieldGE

IICHESF

IICHESF

IICHESF

IICHESF

LER 2009BrookfieldGE 2012Igaporã IICHESF

LER 2009BrookfieldGE 2012Igaporã IICHESF

LER 2009BrookfieldGE 2012Igaporã IICHESF

LER 2009BrookfieldGE

30,013,5Sento Sé LFA 2010Brennand/CHESFVestas802013SobradinhoCHESF

Ventos Do NordesteAlto Sertão II23,510,1Caetité

Da Prata Alto Sertão II21,810,1Igaporã

Dos Araçás Alto Sertão II31,915,5Caetité

LER 2010 AES Tietê GE802014Igaporã IICHESF

LER 2010 AES Tietê GE802014Igaporã IICHESF

LER 2010

Pedra Do Reino IIIEcho 118,06,8SobradinhoLER

PANORAMA

Usinas em operação BAHIA (continuação)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor

da Torre (m)

Umburanas 01

Umburanas 02

Umburanas 03

Umburanas 10

Umburanas 09

Umburanas 11

Umburanas 13

Umburanas25,016,2Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas25,016,6Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas20,011,1Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas20,011,9Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas17,510,1Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas15,08,2Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas20,010,9Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas 15 Umburanas20,011,3Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas 16 Umburanas25,016,1Sento Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas7,54,8Sento

Umburanas 08

Umburanas20,013,3Sento

Sé MLEngie GE902019Ourolândia IIMacedo

Umburanas25,015,4Sento Sé MLEngie GE902018Ourolândia IIMacedo

Cristalândia I Cristalândia30,014,1 Brumado e Dom Basílio LFA 2015Enel Green PowerVestas 2017Brumado IIAfluente

Cristalândia II

Cristalândia III

Cristalândia30,015,2Brumado LFA 2015Enel Green PowerVestas802017Brumado IIAfluente

Cristalândia30,013,9Brumado LFA 2015Enel Green PowerVestas802017Brumado IIAfluente

Assuruá III Assuruá II12,55,9Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGE902018Irecê CHESF

Cenários Eólica 2021

Usinas em operação BAHIA (continuação)

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Nome da Conexão Trans.

Assuruá IV Assuruá II30,013,1Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGamesa782017Irecê CHESF

Capoeiras III Assuruá II27,511,6Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGE902018Irecê CHESF

Curral de Pedras IAssuruá II20,09,0Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGE902017Irecê CHESF

Curral de Pedras IIAssuruá II27,513,5Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGE902018Irecê CHESF

Diamante II Assuruá II17,57,7Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGE902017Irecê CHESF

Diamante III Assuruá II17,57,9Gentio do OuroLER 2014Omega EnergiaGE902018Irecê CHESF

Laranjeiras I Assuruá II27,511,7Xique-XiqueLER

da Bahia IICHESF

Delfina II Delfina28,013,6Campo FormosoLER 2014Enel Green PowerVestas802017Juazeiro da Bahia IICHESF

Delfina V Delfina28,013,6Campo FormosoLER

Green PowerVestas802017Juazeiro da Bahia IICHESF

Serra da Babilônia XI Serra da Babilônia 28,215,5Morro do Chapéu

Serra

Inhambú 2 Pindaí16,5 Pindaí ML FIP Multiestratégias (50%)/ Wobben (50%)

982018Morro do ChapéuCHESF

982018Morro do ChapéuCHESF

II CHESF

Delfina III Delfina28,016,6Campo FormosoMLEnel Green PowerVestas802017Juazeiro da Bahia IICHESF

Delfina IV Delfina8,04,2Campo FormosoMLEnel Green PowerVestas802017Juazeiro da Bahia IICHESF

Delfina VI Delfina30,018,1Campo FormosoMLEnel Green PowerVestas802017Juazeiro da Bahia IICHESF

Delfina VII Delfina30,018,1Campo FormosoMLEnel Green PowerVestas802017Juazeiro da Bahia IICHESF

do Chapéu IICHESF

Ventos de São Januário 01Folha Larga 133,618,8Campo Formoso A-4

2018 EDF EN Vestas1052020Senhor do Bonfim IICHESF

Ventos de São Januário 03Folha Larga 233,618,9Campo FormosoA-6 2018EDF EN Vestas1052020Senhor do Bonfim IICHESF

Ventos de São Januário 06Folha Larga 237,820,3Campo FormosoA-6 2018EDF EN Vestas1052020Senhor do Bonfim IICHESF

Ventos de São Januário 10Folha Larga 242,020,8Campo FormosoA-6 2018EDF EN Vestas1052020Senhor do Bonfim IICHESF

Ventos de São Januário 11Folha Larga 242,019,9Campo FormosoA-6 2018EDF EN Vestas1052020Senhor do Bonfim IICHESF

Ventos de São Januário

PANORAMA

Usinas em operação BAHIA (continuação)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor

Sé

Cenários Eólica 2021

H da Torre (m) Ano de Instalação (apto/teste) Nome da Conexão Trans.

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PANORAMA

Usinas em operação CEARÁ

Usinas em operação CEARÁ (continuação)

Nome da Conexão Trans. Ubatuba Pitombeiras12,66,0Aracati

2011Alupar

WEG1202016Aracati IIICHESF Goiabeira Pitombeiras23,111,8Aracati

2011Alupar WEG1202016Russas CHESF São Januário Fortim21,09,7Fortim

2011Alupar WEG1202016Aracati IIICHESF Ventos de HorizontePitombeiras16,88,7Aracati

2011Alupar WEG1202016Aracati IIICHESF Pitombeira Pitombeiras27,314,8Aracati

Senhora de FátimaFortim30,013,6Fortim

V Itarema21,09,1Itarema

Itarema I Itarema27,014,6Itarema

Bons Ventos Cacimbas 5Cacimbas21,09,7Ibiapina

Bons Ventos Cacimbas 7Cacimbas16,86,5Ubajara

Bons Ventos Cacimbas 4Cacimbas10,54,3Ibiapina

Bons Ventos Cacimbas 3Cacimbas14,76,0Ubajara

Bons Ventos Cacimbas 2Cacimbas23,110,1Ubajara

Pedra Cheirosa IIPedra Cheirosa23,113,0Itarema

Pedra Cheirosa Pedra Cheirosa25,214,5Itarema

IV Itarema21,09,7Itarema

Itarema IX Itarema30,013,2Itarema

A-5

A-5

2011FURNAS Acciona1202020Russas

EnergyAcciona1162015Acaraú IICHESF

A-3 2013Rio EnergyAcciona1002016Acaraú IICHESF

A-5 2013 (DEZ) Servtec WEG1202018Ibiapina IICHESF

A-5 2013 (DEZ) Servtec WEG 2018Ibiapina IICHESF

A-5 2013 (DEZ) Servtec WEG 2018Ibiapina IICHESF

A-5 2013 (DEZ) Servtec WEG242018Ibiapina IICHESF

A-5 2013 (DEZ) Servtec WEG1202018Ibiapina IICHESF

A-5 2013 (DEZ) CPFL RenováveisGamesa932017Icaraizinho

2016Acaraú

A-3 2014Rio EnergyAcciona

PANORAMA

Usinas em operação MARANHÃO

Usinas em operação PARAÍBA

Usinas em operação PERNAMBUCO

PANORAMA

Usinas em operação PIAUÍ

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Pedra do Sal 18,07,8Parnaíba

Porto do Delta Delta 230,817,8Parnaíba

Porto Das BarcasDelta 120,011,2Parnaíba

Porto Salgado Delta 120,07,8Parnaíba

Delta Do ParnaíbaDelta 130,014,2Parnaíba

Ano de Instalação (apto/teste)

Companhia Energética de Petrolina Wobben Windpower 2008

Nome da Conexão Trans.

2011Omega EnergiaGamesa802014Tabuleiros IIEDPI

2011Omega EnergiaGamesa 2014Tabuleiros IIEDPI

Lyon TransmisLyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de Santo AlbanoCaldeirão I29,712,4 Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom892017 Curral Novo do Piauí II

Caldeirão

Lyon Transmis-

sora de Energia Elétrica III

Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom892016 Curral Novo do Piauí Lyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de Santa Joana II Ventos de Santa Joana 30,014,8Simões LER 2013Cubico Gamesa782015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santo Onofre II 30,016,6Simões LER 2013Cubico Gamesa782015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santo Onofre I 30,016,2Simões LER 2013Cubico Gamesa782015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santa Joana VIII Ventos de Santa Joana 30,015,7Simões LER 2013Cubico Gamesa782015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santa Joana VI Ventos de Santa Joana 30,015,1Simões LER 2013Cubico Gamesa782015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santa Joana XIV Ventos de Santa Joana 30,014,9Simões LER 2013Cubico Gamesa782015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santa Joana XI Ventos de Santa Joana 29,616,0 Caldeirão Grande do Piauí LER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos CHESF Ventos de Santa Joana XVI Ventos de Santa Joana 28,917,4MarcolândiaLER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos CHESF Ventos de Santa Joana X Ventos de Santa Joana 29,616,0MarcolândiaLER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos CHESF Ventos de Santa Joana XIII Ventos de Santa Joana 29,616,0MarcolândiaLER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos CHESF Ventos de Santa Joana XII Ventos de Santa Joana 28,916,9 Caldeirão Grande do Piauí LER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos CHESF Ventos de Santa Joana XV Ventos de Santa Joana 28,916,2MarcolândiaLER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos CHESF Ventos de Santa Joana IX Ventos de Santa Joana 29,615,8MarcolândiaLER 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015Picos II CHESF Ventos de Santa Joana IV Ventos de Santa Joana 27,214,2Simões A-3 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015 São João do Piauí - Milagres Iracema Ventos de Santa Joana V Ventos de Santa Joana 28,915,7Simões A-3 2013 Contour Global (51%) / CHESF GE802015 São João do Piauí - Milagres Iracema

Cenários Eólica 2021

29,711,8

Usinas em operação PIAUÍ (continuação)

PANORAMA

Usinas em operação PIAUÍ (continuação)

Usinas em operação PARANÁ

Parque Complexo Pot. (MW)

Palmas

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

2,50,4Palmas MLCopel Wobben Windpower 1999

Usinas em operação RIO DE JANEIRO

Parque Complexo Pot. (MW)

Gargaú

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

28,17,3 São Francisco de Itabapoana PROINFAOmega EnergiaVestas 2010

Usinas em operação RIO GRANDE DO NORTE

Parque Complexo Pot. (MW)

Arizona 1

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Nome da Conexão Trans.

Nome da Conexão Trans.

Nome da Conexão Trans.

28,012,9Rio do FogoLFA 2010Força Eólica do BrasilGamesa782013ExtremozCOSERN

Calango 1 Calangos30,013,9Bodó

Calango 2 Calangos30,012,8Bodó

Calango 3 Calangos30,013,9Bodó

Calango 4 Calangos30,013,5Bodó

LFA 2010Força Eólica do BrasilGamesa782013Lagoa Nova IITAESA

LFA 2010Força Eólica do BrasilGamesa782013Lagoa Nova IITAESA

LFA 2010Força Eólica do BrasilGamesa782013Lagoa Nova IITAESA

do BrasilGamesa782013Lagoa

2010Força Eólica do BrasilGamesa782013Lagoa

PANORAMA

Usinas em operação RIO GRANDE DO NORTE (continuação)

2010EchoenergiaVestas 2012João CâmaraCOSERN

Farol 20,08,8São Bento do NorteLFA 2010Copel Vestas 2013João Câmara IIIETN

Eurus I Eurus 30,015,5João CâmaraLER 2010CPFL RenováveisGE82,52014João Câmara IIIETN

Eurus III Eurus 30,016,1João CâmaraLER 2010CPFL RenováveisGE82,52014João Câmara IIIETN

Asa Branca I Asa Branca27,012,1São Miguel do GostosoLFA 2010Copel Alstom892015João Câmara IIIETN

Asa Branca V Asa Branca32,013,7Parazinho

Asa Branca VIII Asa Branca32,011,5Parazinho

Eurus IV Eurus

Dreen Boa Vista

LFA 2010Contour GlobalGE

LFA 2010Contour GlobalGE

2013João Câmara IIIETN

2013João Câmara IIIETN

27,012,4 São Miguel do Gostoso e Touros LFA 2010Copel Alstom892015João Câmara IIIETN

14,05,2Pedra GrandeLFA 2010Copel Vestas

Asa Branca VII Asa Branca32,010,4Parazinho

Ventos De São MiguelRenascença30,014,5Parazinho

LFA 2010Contour GlobalGE

LFA 2010BrookfieldVestas

Renascenca I Renascença30,014,0Parazinho LFA 2010BrookfieldVestas

Renascenca II Renascença30,014,2Parazinho LFA 2010BrookfieldVestas

Asa Branca VI Asa Branca32,012,9João CâmaraLFA 2010Contour GlobalGE

Renascenca III Renascença30,014,1Parazinho LFA 2010BrookfieldVestas

Dreen Sao Bento Do Norte

Bento do NorteLFA 2010Copel Vestas

2013João Câmara IIIETN

2013João Câmara IIIETN

2013João Câmara IIIETN

2013João Câmara IIIETN

2013João Câmara IIIETN

2013João Câmara IIIETN

Câmara IIIETN

Câmara IIIETN

Asa Branca II Asa Branca27,011,9Parazinho LFA 2010Copel Alstom892015João Câmara IIIETN

Asa Branca III Asa Branca27,012,3 Parazinho e Touros LFA 2010Copel Alstom892015João Câmara IIIETN

Nova IITAESA

Serra De Santana IEcho 220,09,7Lagoa NovaLER 2010EchoenergiaGamesa952015Lagoa Nova IITAESA

Juremas Macacos16,17,6João

2010CPFL RenováveisSiemens

Macacos Macacos20,79,8João CâmaraLFA 2010CPFL RenováveisSiemens

Pedra Preta Macacos20,710,3João CâmaraLFA 2010CPFL RenováveisSiemens

Costa Branca Macacos20,79,8João

2010CPFL RenováveisSiemens

IIIETN

Câmara IIIETN

IIIETN

Câmara IIIETN

Usinas em operação RIO GRANDE DO NORTE (continuação)

29,716,0João CâmaraLER 2011Copel Alstom892015João Câmara IIIETN

Reduto São Miguel do Gostoso 27,014,4São Miguel do GostosoLER 2011Voltalia Acciona1202015Touros II CHESF

Santo Cristo São Miguel do Gostoso 27,015,3Touros LER 2011Voltalia Acciona1202015Touros II CHESF

Parque Eólico PeladoEcho 220,09,0Bodó LER 2011EchoenergiaGamesa 2015Lagoa Nova IITAESA

Parque Eólico LanchinhaEcho 228,0 Tenente Laurentino Cruz LER 2011EchoenergiaGamesa 2015Lagoa Nova IITAESA

SM (Santa Maria)

29,715,7João CâmaraLER 2011Copel Alstom892015João Câmara IIIETN

Riachão I Riachão29,7 Ceará-MirimML Queiroz Galvão Energia Alstom892015Extremoz IICHESF

Riachão II Riachão27,0 Ceará-MirimML Queiroz Galvão Energia Alstom892015Extremoz IICHESF

Riachão VI Riachão29,7 Ceará-MirimML Queiroz Galvão Energia Alstom892015Extremoz IICHESF

Riachão VII Riachão29,7 Ceará-MirimML Queiroz Galvão Energia Alstom892015

Riachão IV Riachão29,7 Ceará-MirimML Queiroz Galvão Energia Alstom892015Extremoz IICHESF

Cabeço Preto V Cabeço Preto II26,015,3João CâmaraA-5 2011Gestamp Vestas1102016João Câmara IIIETN

Morro Dos Ventos II 29,215,4João CâmaraA-5 2011CPFL RenováveisGE802015João Câmara IIIETN

Caiçara I Vamcruz27,013,5Serra do MelA-5 2011 CHESF (49%) / Voltalia (25,6%) / Encalso (25,4%)

Carcará 2 Areia Branca30,015,8Areia BrancaA-5 2011Voltalia

Terral Areia Branca30,017,5Areia BrancaA-5 2011Voltalia

Cabeço Preto VI Cabeço Preto II18,010,3João CâmaraA-5

Junco II Vamcruz24,013,3Serra do MelA-5

Acciona1202015Mossoró IICHESF

Acciona1202014Mossoró IICHESF

Acciona1202014Mossoró IICHESF

Baixa do Feijão IIIBaixa do Feijão30,014,2Jandaíra

Preto IIICabeço Preto II26,014,5João

Campo dos Ventos I Campo dos Ventos 25,213,6João

Ventos de Santo DimasSão Benedito29,417,2São

PANORAMA

Usinas em operação RIO GRANDE DO NORTE (continuação)

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Nome da Conexão Trans.

Ventos de São BeneditoSão Benedito29,416,8São Miguel do GostosoMLCPFL RenováveisGamesa932016João Câmara IIIETN

Ventos de São MartinhoSão Benedito14,78,5Touros MLCPFL RenováveisGamesa932016João Câmara IIIETN

Santa Úrsula São Benedito27,316,6Touros

RN 15 - Rio do Fogo

49,320,7Rio do FogoPROINFAForça Eólica do Brasil Wobben Windpower 2006

Santana I Calangos30,017,3Bodó A-3 2014Força Eólica do BrasilGamesa802016Lagoa Nova IICHESF

Santana II Calangos24,013,1Lagoa NovaA-3 2014Força Eólica do BrasilGamesa802016Lagoa Nova IICHESF

Umbuzeiros

32,911,9Jandaíra A-5

Ventos de Vila Ceará I (Vila Paraíba I) Ventos de Serra do Mel 1

do MelMLEchoenergiaVestas1202020Açu III Esperanza

31,217,8Serra do MelA-6 2017Voltalia Siemens Gamesa 1202020Açu III Esperanza

Vila Piauí I Echo 737,820,7Serra do MelMLEchoenergiaVestas1202020Açu III Esperanza

Ventos de Vila Ceará II (Vila Paraíba IV) Ventos de Serra do Mel 1

31,217,5Serra do MelA-6 2017Voltalia Siemens Gamesa 1202019Açu III Esperanza

Vila Piauí III Echo 642,023,6Serra do MelMLEchoenergiaVestas1202020Açu III Esperanza

Vila Ceará I Ventos da Serra do Mel 2

32,017,8Serra do MelA-6 2018Voltalia Gamesa1202020Açu III Esperanza

Usinas em operação RIO GRANDE DO NORTE (continuação)

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Nome da Conexão Trans.

Ventos de Vila Paraíba I (Vila Paraíba III) Ventos de Serra do Mel 1 34,718,7Serra do MelA-4 2017Voltalia Siemens Gamesa 1202020Açu III Esperanza

Ventos de Vila Paraíba II (Vila Paraíba II) Ventos de Serra do Mel 1 34,719,3Serra do MelA-4 2017Voltalia Siemens Gamesa 1202020Açu III Esperanza

São Fernando 1São Fernando76,237,2São Bento do NorteMLElecnor / Enerfin Nordex Acciona 1202020João Câmara IIIETAP

São Fernando 2São Fernando72,834,8São Bento do NorteA-6 2018Elecnor / Enerfin Nordex Acciona 1202020João Câmara IIIETAP

São Fernando 3São Fernando24,3 São Bento do NorteMLElecnor / Enerfin Nordex Acciona 1202020João Câmara IIIETAP

São Fernando 4São Fernando83,2 São Bento do NorteMLElecnor / Enerfin Nordex Acciona 1202020João Câmara IIIETAP

Vila Rio Grande do Norte IIEcho 337,821,1Serra do MelMLEchoenergiaVestas122,52020Açu III Esperanza

Vila Rio Grande do Norte IEcho 325,213,3Serra do MelMLEchoenergiaVestas122,52020Açu III

Vila Sergipe I Echo 337,821,5Serra do MelMLEchoenergiaVestas1202020Açu III

Vila Sergipe II Echo 637,821,2Serra do MelMLEchoenergiaVestas1202020Açu III

Vila Sergipe III Echo 616,89,1Serra do MelMLEchoenergiaVestas1202020Açu III

Vila Maranhão I Ventos da Serra do

Usinas em operação RIO GRANDE DO SUL

PANORAMA

Usinas em operação RIO GRANDE DO SUL (continuação)

Usinas em operação RIO GRANDE DO SUL (continuação)

2013 (DEZ) Atlantic Acciona1252017Marmeleiro IITSLE

Aura Mangueira XII Santa Vitória do Palmar 15,07,5Santa Vitória do Palmar A-5 2013 (DEZ) Atlantic Acciona1252017Marmeleiro IITSLE

Aura Mirim IV Santa Vitória do Palmar 15,07,5Santa Vitória do Palmar A-5 2013 (DEZ) Atlantic Acciona1202016Marmeleiro IITSLE

Aura Mangueira VI Santa Vitória do Palmar 27,013,2Santa Vitória do

Usinas em operação SANTA CATARINA

PANORAMA

Usinas em operação SERGIPE

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante

H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Barra Dos Coqueiros 34,510,5Barra dos CoqueirosLER 2009Statkraft Sinovel1052012

Usinas em construção BAHIA

Parque Complexo Pot. (MW)

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante

H da Torre (m)

Ano de Instalação (apto/teste)

Nome da Conexão Trans.

TJMME

Nome da Conexão Trans.

São Salvador Alto Sertão III18,911,3Riacho de SantanaMLRenova Alstom89sem previsãoIgaporã IIICHESF

Abil Alto Sertão III23,711,0Caetité

Tabua Alto Sertão III15,07,4Caetité

Angico Alto Sertão III8,13,9Igaporã

LER 2013Renova Alstom sem previsãoPindaí II CHESF

LER 2013Renova Alstom sem previsãoPindaí II

CHESF

LER 2013Renova Alstom sem previsãoIgaporã IIICHESF

Jabuticaba Alto Sertão III9,04,5Caetité LER 2013Renova Alstom sem previsãoPindaí II

CHESF

Taboquinha Alto Sertão III21,610,1Igaporã LER 2013Renova Alstom sem previsãoIgaporã IIICHESF

Folha de Serra Alto Sertão III21,09,7 Licínio de Almeida LER 2013Renova Alstom sem previsãoPindaí II

Jacaranda do CerradoAlto Sertão III21,09,5 Licínio de Almeida LER 2013Renova Alstom sem previsãoPindaí II

CHESF

CHESF

Acácia Alto Sertão III16,26,9Igaporã LER 2013Renova Alstom sem previsãoIgaporã IIICHESF

Vaqueta Alto Sertão III23,410,7Caetité LER 2013Renova Alstom sem previsãoPindaí II

Pau Santo

Quina

18,99,2Pindaí

10,85,2Caetité

Amescla Alto Sertão III13,5 Igaporã

LER 2014Renova

LER 2014Renova

CHESF

Alstom89sem previsãoPindaí II CHESF

Alstom89sem previsãoIgaporã IIICHESF

MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Angelim Alto Sertão III21,6 Caetité MLRenova

Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Barbatimão Alto Sertão III16,2 Igaporã MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Cedro Alto Sertão III12,0 Caetité MLRenova Alstom75sem previsãoIgaporã IIICHESF

Facheio Alto Sertão III16,5 Igaporã

Imburana MachoAlto Sertão III16,2 Igaporã

MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Jataí Alto Sertão III16,2 Igaporã MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Juazeiro Alto Sertão III18,9 Igaporã MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Sabiu Alto Sertão III13,5 Caetité MLRenova Alstom90sem previsãoIgaporã IIICHESF

Umbuzeiro Alto Sertão III18,9 Igaporã MLRenova Alstom89sem

Usinas em construção BAHIA (continuação)

Usinas em construção CEARÁ

Usinas em construção PARAÍBA

Lagoa 3

Lagoa 4

do Brasil Siemens Gamesa 842022Santa Luzia IINeoenergia

José do SabugiA-6 2017Força Eólica do Brasil Siemens Gamesa 842021Santa Luzia IINeoenergia

LuziaA-6 2017Força Eólica do Brasil Siemens Gamesa 842022Santa Luzia IINeoenergia

Santa Luzia e Areia de Baraúnas MLForça Eólica do Brasil Siemens Gamesa 842022Santa Luzia IINeoenergia Ventos de Arapuá

Ventos de Arapuá 1

Santa Luzia, Areia de Baraúnas e São Mamede

Areia de Baraúnas e São Mamede MLForça Eólica do Brasil Siemens Gamesa 842021Santa Luzia IINeoenergia

Eólica do Brasil Siemens Gamesa 842022Santa Luzia IINeoenergia Ventos de Arapuá 3

Usinas em construção PERNAMBUCO

Usinas em construção PIAUÍ

previsão São João do Piauí - Milagres Iracema

Santa Verônica 29,7 Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom89sem previsão São João do Piauí - Milagres Iracema

São Félix 29,7 Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom89sem previsão São João do Piauí - Milagres Iracema São Basílio 29,7 Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom89sem previsão São João do Piauí - Milagres Iracema Santo Anastácio 29,7 Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom89sem previsão São João do Piauí - Milagres Iracema

29,7 Caldeirão Grande do Piauí ML Queiroz Galvão Energia Alstom89sem previsão São João do Piauí - Milagres Iracema

Dom InocêncioMLForça Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A

InocêncioMLForça Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A

Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A

Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A

Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A

Usinas em construção RIO GRANDE DO NORTE

Usinas em construção RIO GRANDE DO NORTE (continuação)

Usinas em construção RIO GRANDE DO SUL

Parque

PANORAMA

Usinas contratadas BAHIA

Aura Caetité 01Tanque Novo29,411,1Tanque NovoA-6 2019Atlantic Vestas1232024Igaporã IIICHESF

Aura Caetité 02Tanque Novo29,412,9Tanque NovoA-6 2019Atlantic Vestas1232024Igaporã IIICHESF

Aura Caetité 03Tanque Novo29,411,2Tanque NovoA-6 2019Atlantic Vestas1232024Igaporã IIICHESF

Aura Caetité 04Tanque Novo21,29,0Tanque NovoA-6 2019Atlantic GE1262024Igaporã IIICHESF

Aura Tanque Novo 01Tanque Novo21,27,1Tanque NovoA-6 2019Atlantic GE1262024Igaporã IIICHESF

Aura Tanque Novo 02Tanque Novo15,96,2Caetité A-6 2019Atlantic GE1262024Igaporã

Aura

Usinas contratadas BAHIA (continuação)

PANORAMA

Usinas contratadas BAHIA (continuação)

Usinas contratadas CEARÁ

Usinas contratadas PARAÍBA

Usinas contratadas PERNAMBUCO

Usinas contratadas PIAUÍ

Garantia Física (MWmed) Município Contrato vigente Investidor Fabricante Lyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de São Crispim 46,2 Curral Novo do Piauí e Betânia do Piauí MLVotorantim EnergiaVestas1202022 Curral Novo do Piauí II

da Torre (m) Ano de Instalação (apto/teste) Nome da Conexão Trans. Lyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de São Ciro 37,8 Betânia do PiauíMLVotorantim EnergiaVestas1202022 Curral Novo do Piauí II

Novo do PiauíMLVotorantim EnergiaVestas1202022 Curral Novo do Piauí II Lyon Transmissora de Energia Elétrica III

do PiauíMLVotorantim EnergiaVestas1202022 Curral Novo do Piauí II Lyon Transmissora de Energia Elétrica III

de Lyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de São Roque 1 49,527,6Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Roque 2 49,525,8Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Roque 4 49,524,5Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Roque 8 49,526,4Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Caio 37,8 Paulistana e Betânia do Piauí MLVotorantim EnergiaVestas1202022 Curral Novo do Piauí II

Novo do PiauíMLVotorantim EnergiaVestas1202022 Curral Novo do Piauí II Lyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de Santa AlexanLyon Transmissora de Energia Elétrica III Ventos de São Roque 11 49,525,9Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Roque 16 49,523,1Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Roque 17 49,522,0Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Ventos de São Roque 18 49,524,7Dom InocêncioMLEnel Green PowerGE1012022Queimada Nova IISertaneja Oitis 1 Oitis 49,526,1Dom InocêncioA-4 2019Força Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A Oitis 10 Oitis 49,5 Dom InocêncioMLForça Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A Oitis 2 Oitis 27,5 Dom InocêncioMLForça Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A Oitis 8 Oitis 49,525,5Dom InocêncioA-4 2019Força Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova II Sertaneja de Eletricidade S.A Oitis 9 Oitis 49,5 Dom InocêncioMLForça Eólica do BrasilGE1262022Queimada Nova IISertaneja

PANORAMA

Usinas contratadas RIO GRANDE DO NORTE

Usinas contratadas RIO GRANDE DO NORTE (continuação)

PANORAMA

Parques offshore

O potencial do Brasil para geração de energia eólica no mar, segundo o Roadmap Eólica Offshore da EPE – estudo detalhado para balizar o planejamento de parques offshore – chega a 700 GW, em locais com até 50 metros de profundidade.

Embora ainda no papel, há projetos para geração de energia eólica offshore no país em licenciamento –em 2021, já são 23 com pedidos no Ibama, em sete estados – Bahia, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul -, num total de 46,6 GW de potência instalada.

No mundo, a capacidade eólica offshore chegou a 35 GW em 2021, e a estimativa da GWEC é que a produção eólica offshore global alcance 234 GW em 2030.

De acordo com as estatísticas da agência Irena, o Reino Unido mantém a liderança em parques marítimos instalados, com 10,4 GW, seguido pela China, com 9 GW e pela Alemanha, com 7,7 GW. No Reino Unido e na Alemanha foram aplicadas as turbinas de maior potência, com uma média de 6 e 5,6 MW respectivamente.

Veja os projetos em licenciamento no Ibama

n ÁGUAS CLARAS

Potência total: 3.000 MW

Localização: Capão da Canoa e e Xangri-lá (RS)

Proprietário: Força Eólica do Brasil

O Complexo Eólico Marítimo de Águas Claras está localizado no litoral dos municípios de Capão da Canoa e e Xangri-lá, vizinhos de Osório, região pioneira que recebeu o primeiro parque eólico onshore do país. Assim como os complexos de Jangada e Maravilha, ambos da Força Eólica (empresa controlada pela Neoenergia), Águas Claras é composto por quatro parques de 750 MW cada, com um total de 200 aerogeradores (potência unitária de 15 MW).

O parque será instalado a uma distância de 7,3 km da costa e em profundidade de 20 m, com torres de 155 m de altura e pás de 123 m .

n ALÍSIOS POTIGUARES

Potência total: 1.845 MW

Localização: Rio Grande do Norte

Proprietário: Bosford Participações

O complexo offshore Alísios Potiguares, de 1.845 MW, é o segundo maior da Bosford Participações em licenciamento no Ibama – a empresa tem projetos no Rio de Janeiro, Piauí e Rio Grande do Sul.

O empreendimento terá 123 aerogeradores de 15 MW cada, a ser instalado a 5 km da costa e em profundidade de 5 m. As torres terão 150 m de altura e pás de 118 m de comprimento.

O modelo dos aerogeradores será o mesmo programado para todos os parques da Bosford, o V236-15MW.

No mapa esquemático do Ibama, o parque Alísios Potiguares (RN-03) tem poligonal parcialmente sobreposta à poligonal definida em empreendimento com processo mais antigo.

n ARACATU I E ARACATU II

Potência total: 3.840 MW

Localização: Costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo

Proprietário: Equinor

Os parques eólicos offshore Aracatu I e Aracatu II, da norueguesa Equinor, têm juntos 3.840 MW de potência instalada, cada um com 1.920 MW, com potencial para ser elevado a aproximadamente 2,33 GW.

Aracatu I está localizado no litoral do Rio de Janeiro e Aracatu II entre Rio de Janeiro e Espírito Santo. A distância da costa até o início da área de desenvolvimento é de aproximadamente 20 km e a profundidade da água na área varia de 15 a 35 metros. A área total de desenvolvimento é de 1.173 km².

O projeto é composto por 320 aerogeradores (160 por parque), cada um com capacidade de 12 MW e montado em uma fundação Monopile, com altura do

cubo a 136 metros acima do nível do mar, pás de 110 metros e diâmetro do rotor de 220 metros.

Para cada parque eólico, estão previstas duas subestações offshore, em plataformas fixas do tipo jaqueta, utilizada para coletar a energia produzida e convertê-la em corrente contínua de alta tensão (HVDC) para exportar para a costa. A subestação offshore será conectada à uma subestação onshore, sendo um circuito para cada parque, através de cabos submarinos e subterrâneos HVDC. A subestação onshore será equipada para converter HVDC na corrente alternada de alta tensão (HVAC) necessária para a conexão à rede de transmissão.

Duas subestações da rede de transmissão são dedicadas ao ponto de interconexão. A proposta no projeto apresentado é conectar Aracatu I à subestação de Campos II (prevista para 2024) no estado do Rio de Janeiro, em um percurso de 71 km. Já Aracatu II seria conectado à Subestação do Rio Novo do Sul, no ES, com 62 km.

n ASA BRANCA I

Potência total: 720 MW

Localização: São Gonçalo do Amarante (CE)

Proprietário: Eólica Brasil

O projeto do complexo marítimo Asa Branca I, da empresa Eólica Brasil, será instalado no Porto de Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante (CE). A entrada em operação da primeira fase do parque está prevista para 2025, com 720 MW de capacidade nominal injetada no ponto de conexão à Rede Básica, através do seccionamento da LT 500 kV Acaraú III / Pecém II.

O arranjo do parque foi projetado em 5 linhas com 12 aerogeradores de 12 MW em cada linha, totalizando 60 torres. A distância entre as linhas é de 3 km e entre os aerogeradores de 420 m.

Projeto desenvolvido desde o início dos anos 2000, teve abertura do licenciamento ambiental no Ibama solicitado pelo empreendedor em 2004, mas o processo acabou sendo arquivado por falta de movimentação. Um novo processo de licenciamento junto ao órgão

ambiental foi iniciado pelo mesmo empreendedor em 2017. O projeto já conta com Despacho de Registro de Outorga (DRO), documento expedido pela Aneel que autoriza a produção de energia elétrica.

Em 2019 a Eólica Brasil alterou o projeto original, com a unificação dos nove parques eólicos em um único empreendimento, com ampliação da capacidade instalada de 400 MW para 720 MW.

n CAMOCIM

Potência total: 1.200 MW

Localização: Camocim (CE)

Proprietário: BI Energia

O Parque Eólico Offshore em Camocim, no Ceará, terá 1,2 GW de potência, distribuída em 100 aerogeradores de 12 MW cada, em torres de 150 m de altura e pás de 110 m. Ocupará uma área de 600 km² e conta com uma subestação eólica offshore e uma subestação elétrica de transição onshore.

O projeto é da BI Energia, sociedade entre o empresário Lúcio Bonfim e a italiana Imprese e Sviluppo. O investimento previsto é de R$ 14 bilhões.

A BI Energia recebeu autorização do Ibama, em agosto de 2020, para elaborar estudo de impacto ambiental.

n CAUCAIA

Potência total: 598 MW

Localização: Iparana (CE)

Proprietário: BI Energia

O projeto do Parque Offshore de Caucaia tem potência instalada de 598 MW, distribuída em 59 aerogeradores, dos quais 48 em mar aberto de 12 MW cada (totalizando 576 MW), e outros 11 com 2 MW de potência individual (22 MW no total) na extremidade de 11 molhes (estrutura costeira semelhante a um espigão) que serão construídos ao longo da costa de Caucaia.

O investimento previsto é de R$ 7 bilhões e o período de construção será de dois anos a partir da liberação das licenças.

PANORAMA

n JANGADA

Potência total: 3.000 MW

Localização: Amontada (CE)

Proprietário: Força Eólica

O Complexo Eólico Marítimo de Jangada, da Força, é composto por quatro parques de 750 MW cada, com um total de 200 aerogeradores (15 MW cada um), a serem instalados no município de Amontada.

Os investimentos no projeto são calculados em cerca de R$ 28,2 bilhões.

n MARAL

Potência total: 2.011,5 MW

Localização: Rio Grande do Norte

Proprietário: Ventos do Atlântico

O parque offshore Maral, a ser instalado no Rio Grande do Norte, terá 149 aerogeradores de 13,5 MW cada, totalizando 2.011,5 MW de potência instalada.

Será o segundo maior complexo marítimo do estado e o terceiro da Ventos do Atlântico, empresa da Ocean Winds, joint venture formada em 2019 por 50% EDP Renováveis e 50% Engie para atuação no setor eólico offshore.

Localizado a 17 km da costa e em profundidade de 11 metros, terá torres de 150 m de altura e pás de 118 m de comprimento.

n MARAVILHA

Potência total: 3.000 MW

Localização: Entre São João da Barra e Campos dos Goytacazes (RJ)

Proprietário: Força Eólica do Brasil

Assim como o parque offshore de Jangada, no Ceará, a Força Eólica tem projeto no Rio de Janeiro, o Complexo Eólico Maravilha, de 3 GW de potência, distribuídos por quatro parques de 750 MW cada. São 200 aerogeradores com potência unitária de 15 MW.

Os parques ficarão distantes 26 km da costa, instalados em profundidade de 20 m, com torres de 155 m e pás de 123 m.

n NOVA ENERGIA

Potência total: 3,4 MW

Localização: Bahia

Proprietário: Sowitec

O parque offshore Nova Energia, projeto da alemã Sowitec, é o menor em licenciamento no Ibama. Com apenas 3,4 MW, será instalado a uma distância de 200 m da costa da Bahia.

O empreendimento prevê a instalação de apenas um aerogerador do modelo SG 3.4-132, com torre de 132 m de altura e pá de 66 m de comprimento. Ficará localizado na extremidade de um píer turístico de 200 m de comprimento e seis m de largura, no bairro de Armação, em Salvador.

n PALMAS DO MAR

Potência total: 1.395 MW

Localização: Piauí

Proprietário: Bosford Participações

O parque Palmas do Mar, da Bosford Participações, terá 93 aerogeradores de 15 MW cada um, totalizando 1.395 MW de potência instalada.

O complexo ficará a 5,5 km da costa do Piauí, com torres de 150 m e pás de 118 m.

De acordo com o processo de licenciamento, os aerogeradores instalados serão do modelo V236-15MW.

n PEDRA GRANDE

Potência total: 624 MW

Localização: Rio Grande do Norte

Proprietário: Pedra Grande

O parque Pedra Grande, em processo de licenciamento, terá 624 MW, a partir da instalação de 52 aerogeradores de 12 MW cada. O empreendedor é a empresa Comércio de Energia Pedra Grande Offshore Eireli, estabelecida em Natal (RN) e criada em agosto de 2020 pela BI Energia.

Localizada no Rio Grande do Norte, a usina offshore terá torres de 150 m de altura e pás de 110 m de comprimento. O modelo do aerogerador é o Haliade-X, usado em todos os projetos da BI Energia no país.

n TRAMANDAÍ OFFSHORE

Potência total: 702 MW

Localização: Rio Grande do Sul

Proprietário: Ventos do Atlântico

O parque offshore Tramandaí Offshore, de 702 MW, terá 52 aerogeradores de 13,5 MW cada, do modelo NGT236. Será instalado a uma distância de 6 km da costa do Rio Grande do Sul, em profundidade de 11 m.

É o menor projeto em licenciamento no Ibama da Ventos do Atlântico, empresa da Ocean Winds, joint venture formada em 2019 por EDP Renováveis (50%) e Engie (50%) para atuação no setor eólico offshore.

Tramandaí Offshore terá torres de 150 m de altura e pás de 118 m de comprimento.

n VENTO TUPI

Potência total: 999 MW

Localização: Piauí

Proprietário: Ventos do Atlântico

O parque Vento Tupi, da empresa Ventos do Atlântico, a ser instalado na costa do Piauí, terá 74 aerogeradores de 13,5 MW cada, totalizando a potência de 999 MW.

Com torres de 150 m, pás de 118 m de comprimento e distância da costa de 14 km, o complexo ficará em profundidade de 10 m.

A Ventos do Atlântico Energia Eólica é uma empresa da Ocean Winds, joint venture formada em 2019 por 50% EDP Renováveis e 50% Engie para atuação no setor eólico offshore.

n VENTOS DO ATLÂNTICO

Potência total: 5.000 MW

Localização: Rio de Janeiro

Proprietário: Ventos do Atlântico

Um novo projeto está em licenciamento no Ibama para o Rio de Janeiro. De potência total de 5 GW, de propriedade da Ventos do Atlântico, o parque é composto por 371 aerogeradores de 13,5 MW cada, a ser instalado na costa do Rio de Janeiro a uma distância da costa de 12 km, em profundidade de 10 m.

As torres terão altura de 150 m e as pás comprimento de 118 m. Os aerogeradores adotados são do modelo NGT236.

O projeto é o segundo maior do país em licenciamento. A Ventos do Atlântico Energia Eólica é uma empresa da Ocean Winds, joint venture formada em 2019 por 50% EDP Renováveis e 50% Engie para atuação no setor eólico offshore.

n VENTOS DO SUL

Potência total: 6.507 MW

Localização: Rio Grande do Sul

Proprietário: Ventos do Atlântico

No Rio Grande do Sul ficará instalado o maior parque eólico offshore do Brasil, o projeto Ventos do Sul, de 6,5 GW, da Ventos do Atlântico. De propriedade da Ocean Winds, joint venture formada em 2019 por 50% EDP Renováveis e 50% Engie, a Ventos do Atlântico tem outros quatro parques eólicos marítimos em licenciamento no Ibama. O parque Ventos do Sul terá 482 aerogeradores, de 13,5 GW cada, do modelo NGT236. Ficará instalado a 21 km da costa, em profundidade de 24 m, com torres de 150 m de altura e pás de 118 m de comprimento.

n VENTOS FLUMINENSES

Potência total: 2.820 MW

Localização: Rio de Janeiro

Proprietário: Bosford Participações

Mais um parque offshore está nos projetos da Bosford Participações, desta vez no Rio de Janeiro. A empresa já tem projeto para um complexo no Piauí e está licenciando também o Ventos Fluminenses, de 2,8 GW.

PANORAMA

O projeto prevê a instalação de 188 aerogeradores de 15 MW cada, em profundidade de 50 m e a uma distância de 25 km da costa. O modelo do aerogerador será o V236-15MW. As torres terão 150 m de altura e as pás 118 m de comprimento.

n VENTOS LITORÂNEOS

Potência total: 1.245 MW

Localização: Rio Grande do Sul

Proprietário: Bosford Participações

O parque Ventos Litorâneos, da Bosford Participações, terá 1,245 GW e ficará instalado a 7,8 km da costa do Rio Grande do Sul, em profundidade de 25 m.

O projeto prevê a instalação de 83 aerogeradores de 15 MW cada, do modelo V236-15MW. As torres terão 150 m de altura e as pás 118 m de comprimento.

É o menor projeto em licenciamento da Bosford Participações, que tem outros três parques nos estados do Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

n VENTOS POTIGUAR

Potência total: 2.484 MW

Localização: Rio Grande do Norte

Proprietário: Internacional Energias

Maior parque offshore em licenciamento no Rio Grande do Norte, Ventos Potiguar, da empresa Internacional Energias, terá 2.484 MW de capacidade.

Instalado a 8,2 km da costa, terá 207 aerogeradores do tipo Haliade X, de 12 MW cada. As torres terão 138 m de altura e as pás 110 m de comprimento.

n VOTU WINDS

Potência total: 1.440 MW

Localização: Região entre Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy (ES)

Proprietário: Votu Winds

A empresa Votu Winds tem projeto de geração eólica offshore de 1,4 GW, dividido em três parques de 480 MW cada um, a serem instalados na costa entre o Porto

do Açu, no Rio de Janeiro, e o Porto Central, no Espírito Santo. A região se estende pelos municípios capixabas de Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy.

Os parques são compostos por 48 turbinas de 10 MW cada. Estão previstas turbinas SG 10.0-193 DD, da Siemens Gamesa, mas o uso de aerogeradores mais potentes também é considerado.

Os complexos ficarão a uma distância de 20 km da costa, em profundidade de 18 m, com torres de 150 m de altura e pás de 96,5 m de comprimento.

n BRAVO VENTO

Potência total: 1.155 MW

Localização: costa do Rio Grande do Sul

Proprietário: SPE Bravo Vento

A SPE Bravo Vento, do empresário João Amilcar Roehrs, tem projeto em licenciamento para a construção do parque eólico offshore de mesmo nome, com total de 1.155 MW a partir da instalação de 77 aerogeradores de 15 MW cada um.

O complexo ficará a apenas 1 km da costa do Rio Grande do Sul, em profundidade de 6 m.

A Hafentec Projetos Portuários, também de João Amilcar Roehrs, também faz parte da SPE.

n DRAGÃO DO MAR

Potência total: 1.216 MW

Localização: Costa de Acaraú (CE)

Proprietário: Qair Marine

A multinacional Qair do Brasil, com sede no Ceará, tem em projeto um complexo eólico offshore com capacidade de 1,2 GW, a ser instalado a 20 km da costa de Acaraú, no Ceará. Serão 128 aerogeradores, com potência unitária de 9,5 MW, do modelo MHI Vestas 174. As torres terão 100 m de altura e as pás 85 m de comprimento.

O parque eólico vai gerar energia para uma planta de eletrólise, também da Qair, com capacidade de 2.240 MW, para produção de Hidrogênio Verde de aproximadamente 296 mil ton./ano, localizada no Hub

de Hidrogênio Verde, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

O investimento estimado para o projeto é de US$ 6,95 bilhões, dos quais US$ 3,95 bilhões para a planta de produção de Hidrogênio verde e US$ 3 bilhões para o parque eólico offshore.

n VENTOS DO AÇU

Potência total: 2.160 MW

Localização: São João da Barra (RJ)

Proprietário: Prumo Logística

A Prumo Logística entrou com processo de licenciamento no Ibama para construção de um parque eólico offshore, a 20 km da costa do município de São

João da Barra, no Rio de Janeiro, onde está instalado o Porto do Açu.

O complexo Ventos do Açu terá 2,16 GW de potência total com 144 aerogeradores, dividido em 4 parques de 540 MW cada: Ventos do Açu 1, Ventos do Açu 2, Ventos do Açu 3 e Ventos do Açu 4. Cada parque terá 36 aerogeradores, de potência unitária de 15 MW, do modelo IEA Wind 15 MW. As torres terão 150 m de altura e as pás 120 m de comprimento. Os parques ficarão em profundidade que variam de 14 a 67 m.

Além da porção marinha, foram considerados dentro da área de estudo a passagem dos cabos submarinos de exportação de energia e transição terra-mar, subestação onshore e as Linhas de Transmissão em terra até a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) em Campos dos Goytacazes (RJ).

Complexos Eólicos Offshore - Licenciamento no Ibama

* Poligonal parcialmente sobreposta à poligonal definida em empreendimento com processo mais antigo (Referência: data do protocolo da FCA - Ficha de Caracterização da Atividade - no IBAMA).

** Aerogeradores a menos de 2.000 m de aerogeradores projetados em empreendimento com processo mais antigo (Referência: data do protocolo da FCA no IBAMA).

*** Termo de Referência (TR) emitido há mais de 2 (dois) anos.

PANORAMA EÓLICA NO MUNDO

Crescimento projetado

Mesmo com a pandemia, 93 GW são adicionados em 2020 e outros 469 GW devem entrar até 2025

Em meio a pandemia de Covid-19, 93 GW foram adicionados em energia eólica durante o ano de 2020, chegando a 743 GW em capacidade instalada. O número representa um crescimento de 53% em relação ao ano anterior, e já é considerado o melhor ano da história pelo GWEC (Global Wind Energy Council) em seu relatório anual, o Global Wind Report 2021. Do total instalado, 86,9 GW pertencem ao onshore, um aumento de 59% comparado a 2019; e 6,1 GW ao offshore, o segundo melhor ano para o setor Segundo o GWEC, 469,2 GW eólicos devem ser instalados mundialmente entre 2021 e 2025. Em terra, uma média de 79,8 GW devem ser instalados anualmente nos próximos cinco anos, enquanto os parques offshore começam em 11,2 GW e chegam a 23,9 GW no ano.

Em 2020, o Brasil se posiciona em sétimo lugar em termos de capacidade instalada total e em terceiro lugar no ranking de capacidade instalada onshore. Internacionalmente, a instalação de parques onshore deu um salto em 2020 em relação a anos anteriores, adicionando 86,9 GW no último ano, enquanto a média de 2016 a 2019 foi de 50,65 GW. Os maiores mercados de 2020 foram China, Estados Unidos, Brasil, Holanda e Alemanha. De acordo com o estudo, 23% das novas instalações no top 5 foram provenientes de leilões, licitações e Certificados Verdes (Green Certificates), contra 39% em 2019.

A pandemia não atrasou significativamente as obras em andamento dos parques onshore no Brasil, tanto que o país superou as expectativas do GWEC para as instalações no período. O conselho atribui esse ‘bônus’ a projetos desenvolvidos através de PPA privados, que se encontram em um crescente graças aos preços competitivos da fonte e da falta de leilões por parte do governo. O país representa 3% do mercado eólico onshore no mundo.

Como um todo, a América Latina não possui uma potência instalada offshore significativa, mas espera-se um salto começando ainda em 2020. Brasil, Chile, México, Argentina e Colômbia são os países esperados para compor o top 5 em instalações offshore na América Latina nos próximos cinco anos. Os crescentes PPA privados são tidos como grandes aliados nesse crescimento, além dos leilões já existentes.

Os cinco países que mais adicionaram potência eólica offshore em 2020 foram Reino Unido, China, Alemanha, Holanda e Bélgica, responsáveis por 32 dos 35 GW adicionados globalmente nesse segmento. Sozinha, a China representa 50% do mercado.

No novo relatório da GWEC, o Brasil se posiciona em sétimo lugar em termos de capacidade instalada total e em terceiro lugar no ranking de capacidade adicionada onshore.

Evolução da capacidade adicionada - 2011 a 2020 (GW)

Top 10 capacidade adicionada 2020

Fonte: GWEC * inclui eólicas onshore e offshore

Evolução da capacidade instalada - 2011 a 2020

Top 10 capacidade instalada 2020

Fonte: GWEC * inclui eólicas onshore e offshore

Fonte: GWEC

Fonte: GWEC

CADEIA PRODUTIVA