Concepções de arte pública e de museu na experiência da Unidade Experimental do Museu de Arte Modern

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INTRODUÇÃO Este trabalho tem o propósito de contribuir com a discussão sobre a potência educativa da arte pública e pretende participar dessa discussão a partir da investigação de ações artísticas participativas (PORTELLA, 2010) e das intervenções didáticas (LÉGER, 2012) ativadas por intermédio de programas públicos com cunho educativo em espaços urbanos, na década de 1970, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Tomamos como referência principal o programa educativo da Unidade Experimental (1969-1973), vinculada ao setor de Cursos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM Rio, que se constituiu como lugar de diálogo e espaço de criação participativa fundamental “na programação de atividades externas, cursos, exposições, conferências, debates, manifestações ambientais, plurissensoriais e interdisciplinares” (MOR IS, 1969). E, mais especificamente, como tentativa de transformação da concepção tradicional de conceitos de museu e de arte pública. Criada a partir da organização da sociedade civil, a Unidade Experimental foi empreendida por intelectuais e artistas como Frederico Morais, Cildo Meireles, Guilherme Vaz e Luiz Alphonsus. Além disso, obteve apoio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura e alinhou-se à trajetória educativa do MAM carioca no campo de artes3, estabelecendo uma relação singular com o museu e, consequentemente, com o espaço público. Em 1969, ano em que já havia assumido a coordenação de cursos do MAM Rio 4, Frederico Morais5 cria a Unidade Experimental (UE) em parceria com os artistas Cildo Meireles6, Guilherme Vaz7 e Luiz Alphonsus8, instalando-a na sala 12 do Bloco Escola do museu. Encarada como um laboratório de pesquisa de novas linguagens, a UE pretendia explorar e estimular ao máximo a capacidade lúdica “do ser humano”, como afirma Fernanda Lopes (2013, p.28). 3

O MAM Rio surgiu em 1948, como museu-escola. (PARRACHO, 2008, p.176-177). De acordo com Júlia Rebouças (2017, p.170), desde 1967, Morais trabalhava no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, além de manter sua coluna nos jornais, suas aulas de história da arte e sua atuação ativa em júris de salões e exposições. A convivência e as trocas de ideias que estabelecia com esses artistas marcava a maneira como sua produção interferia na sua atuação, transitando entre o papel do crítico, do artista e do curador, ao passo que mutuamente informava e modificava esse mesmo conjunto de práticas artísticas. Frederico Morais estabelecia e validava novos parâmetros para a criação em arte, forjando um campo discursivo e experimental de que tomam parte os artistas. 5 Frederico Morais (Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil,1936). Crítico de artes, Professor e Curador. 6 Cildo Meirelles (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1948). Artista multimídia. 7 Guilherme Vaz (Araguari, Minas Gerais, Brasil,1948 - 2018). Músico. 8 Luiz Alphonsus (Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil,1948). É fotógrafo, pintor, escultor e artista multimídia. 4


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REFERÊNCIAS

21min
pages 193-204

3.5 Curtir o MAM (1973

7min
pages 181-184

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

14min
pages 185-192

3.7 Atividade/Criatividade (1971

6min
pages 171-173

3.7 Circumambulatio (1972

6min
pages 174-180

3.6 O Curso Popular de Arte (1969 - 1972

1min
page 170

3.5 Domingos da Criação (1971

6min
pages 167-169

3.4 Plano-piloto da futura cidade lúdica

6min
pages 164-166

2.8 JAC - Jovem Arte Contemporânea (1973

9min
pages 144-150

2.7 Playgrounds (1969

7min
pages 134-143

3.3 Um laboratório de vanguarda

3min
pages 162-163

3. A UNIDADE EXPERIMENTAL

3min
pages 151-153

3.1 Histórico

14min
pages 154-160

2.6 Arte no Aterro: um mês de arte pública (1968

21min
pages 122-133

3.2 Objetivos

1min
page 161

2.4 Ações participativas: a virada neoconcreta

16min
pages 110-119

2.5 Intervenções Didáticas

4min
pages 120-121

2.3 O experimental em questão

4min
pages 108-109

2.1.1 O Governo Militar e o panorama cultural no Brasil

6min
pages 87-89

2.2 O Experimentalismo Neoconcreto

6min
pages 105-107

2.1.2 As Artes Plásticas e a Ditadura Civil-militar no Brasil

13min
pages 90-104

2.1 História pública e furor de arquivo

14min
pages 80-86

BRASILEIRO

1min
page 79

1.4 Sobre a definição de museu e a nova museologia

1hr
pages 43-72

1. CONCEPÇÕES DE ARTE PÚBLICA E DE MUSEU

2min
page 30

1.1 Arte pública

16min
pages 31-38

a arte popular

10min
pages 73-78

1.2 Arte pública contemporânea

2min
page 39

INTRODUÇÃO

22min
pages 18-29

1.3 Arte extramuros

5min
pages 40-42

5 “O museu levado ao povo”: A política cultural brasileira entre a arte de elite e

1min
page 11
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