Recursos Humanos
GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS: UMA VANTAGEM COMPETITIVA
po r Ant óni o S ara i v a , Bus i ne s s D e v e lo pm e nt Man a ge r – I S Q Aca d e my
António Saraiva
A Gestão Estratégica de Recursos Humanos não é uma chavão tão só aplicável a grandes Organizações. É uma necessidade de toda e qualquer Organização, pública ou privada, independentemente da sua dimensão. Nos últimos anos têm-se identificado e analisado algumas megatendências do Mercado: mudanças demográficas, alterações no poder económico mundial, aceleração urbanística, escassez de recursos e modificações climáticas e fortes avanços tecnológicos. A que se acrescenta mais recentemente o impacto de uma pandemia. E como se têm posicionado as Organizações neste contexto? Apresentam-se efetivamente como entidades
Julho . Agosto . 2021
(con)fiáveis e com soluções adequadas ao nível da liderança? Com uma nova estratégia de serviço ao Cliente de forte dinamismo? Com um investimento tecnológico signicativo que potencie a Inovação? E com preocupações multi-laterais (internacionalização) e multi-direcionais (soluções diversificadas e segmentadas)? E como têm preparado os seus profissionais neste novo contexto? Investir nas pessoas é, sem dúvida, o posicionamento estratégico mais adequado. Preparando-os para uma visão global de valor acrescentado, com propostas de rigor e qualidade e níveis relacionais que apostem numa comunicação robusta, transparente e credível. Mesmo com os desafios de uma pandemia ativa, isto tem de ser possível. Pensar estrategicamente a Gestão de Pessoas, envolve um diálogo constante. Diálogo interno às Organizações, mas com a Sociedade, e em particular com o Sistema Educativo. Durante anos teorizou-se e escreveu-se muito sobre Educação ao Longo da Vida. Mais do que nunca, agora, é o momento certo de ela se tornar muito mais operacional. Há setores altamente deficitários de mão de obra qualificada, incluindo setores-chave da Economia. A rápida transformação, as exigências de uma nova realidade, quer ao nível dos padrões de Consumo, como do desenvolvimento tecnológico, obrigam a que a Educação, nomeadamente de via profissionalizante, e a Formação sejam capazes de fornecer novos resultados. Um Sistema Educativo não alinhado com o contexto envolvente, uma Formação tradicionalista e desajustada podem comprometer respostas efetivas às tendências do Mercado, mas mais importante que isso, comprometem a qualificação que garantem empregos e, em complementaridade, uma Sociedade moderna e justa. Mas perante o quadro da Economia atual, mais ainda com o impacto de uma pandemia que continua sem estima-
Recursos Humanos . Kéramica . p.9