CAPÍTULO 15 138
O homem da ilha
Da lateral do morro, que era escarpada e pedregosa, uma torrente de cascalho caiu, barulhenta, pelo meio das árvores. Olhei para aquela direção e vi uma figura saltar com grande rapidez por trás do tronco de um pinheiro. Não poderia dizer se era urso, homem ou macaco. Pareceu-me sombrio e desgrenhado, nada sabia além disso. Mas a nova aparição me aterrorizou e parei onde estava. Mesmo sabendo dos perigos que havia atrás de mim, preferi dar meia-volta em vez de enfrentar aquele ser desconhecido. Continuei olhando para trás com muita atenção enquanto me afastava dali. Logo a figura reapareceu. Tinha feito uma grande volta e cortado minha rota de fuga. Mesmo que eu estivesse descansado, não seria capaz de ser mais rápido que tal adversário. A criatura andava se escondendo como um animal no mato, mas nesse momento já tinha certeza de que era uma pessoa. Comecei a me lembrar do que tinha lido sobre canibais. Estava a ponto de pedir socorro, mas a lembrança da minha