CAPÍTULO 25
Abaixo a Jolly Roger
Mal eu tinha me acomodado no gurupés, a bujarrona panejou e se encheu de vento em outro bordo, com um estrondo como se fosse um tiro de canhão. Com a mudança de rumo, o navio tremeu em torno da sua quilha, mas, no momento seguinte, enquanto as outras velas ainda se enfunavam, a bujarrona panejou de volta e ficou pendurada indolente. Isso quase me jogou para dentro da água e, sem perder tempo, me arrastei pelo gurupés até cair de cabeça no convés. Estava a leste do castelo de proa, e a vela principal, que ainda estava enfunada, impedia que eu fosse visto do convés superior. As tábuas do convés, que não tinham sido esfregadas desde o motim, exibiam várias pegadas, e uma garrafa vazia, quebrada no gargalo, rolava para cima e para baixo. De repente a Hispaniola se virou de cara para o vento. As velas atrás de mim estalaram bem alto, o leme bateu de um lado para o outro. Todo o navio pareceu suspirar e se arrepiar. A retranca do mastro principal girou por cima do convés principal, os cabos gemendo nas roldanas, e pude ver a cena.
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