CAPÍTULO 9
Pólvora e armas
A Hispaniola estava ancorada um pouco distante do cais, e fomos até lá num escaler. Encostamos ao seu lado e, assim que pusemos o pé a bordo, fomos recebidos pelo imediato, o senhor Arrow, um velho marinheiro com brincos nas orelhas e um olhar vesgo. Ele e o barão pareciam se dar muito bem, mas logo reparei que o senhor Trelawney não gostava do capitão. Este era um homem de olhar afiado, que parecia sempre insatisfeito. Mal tínhamos descido para a cabine e um marinheiro já tinha nos seguido. — Senhor, o capitão Smollett quer falar com o senhor. — Sempre estou disponível para o capitão. Mande-o entrar — disse o barão. O capitão, que estava logo atrás do mensageiro, entrou imediatamente e fechou a porta atrás de si. — Bem, capitão Smollett, qual é o assunto? — Senhor — disse o capitão —, é melhor ser franco, mesmo com o risco de ofendê-lo. Não me agrada essa viagem e não gosto da tripulação nem do meu oficial.
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