Revista Poder | Edição 107

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COZINHA DE PODER POR FERNANDA GRILO F O T O S G I O VA N N A B A L Z A N O

SERVIÇO

CO MPL ETO Juçara, açaí ou pupunha, não importa. Com sabor suave e poucas calorias, o palmito diz a que vem – da entrada à sobremesa

O

que chamamos de palmito é a parte comestível de algumas espécies de palmeira. As mais conhecidas são juçara, que é nativa da Mata Atlântica, açaí, cultivada na Amazônia, pupunha, que tem origem na Região Norte do país, mas também é muito cultivada no Sudeste, e real, originária da Austrália. A diferença? Basicamente, o tempo que levam para amadurecer e o sabor. O palmito-juçara e o açaí, por exemplo, demoram cerca de dez anos para ficar prontos para consumo, e o pupunha leva dois. De sabor mais adocicado, ele é o tipo comum nos supermercados e também o mais sustentável, pois permite o plantio e replantio em um curto período de tempo – além disso, sua árvore não morre ao ser cortada. A palmeira juçara, por exemplo, está ameaçada de extinção. Após anos de consumo desenfreado, ela hoje é protegida por lei. De maneira geral, palmito é saudável e pouco calórico: 100 gramas do alimento não chegam a contar 30 calorias. A nutricionista Cynthia Antonaccio, da consultoria Equilibrium, em São Paulo, recomenda: “Como o palmito em conserva tem muito sódio, melhor deixá-lo de molho antes de consumir”. Além disso, é bom tomar cuidado com a bactéria Clostridium botulinum, agente causador do botulismo, doença grave e potencialmente fatal que provoca paralisia muscular e pode atingir o diafragma, impedindo a respiração. Para evitar problemas, Cynthia aconselha cozinhar o palmito. “Antes de consumir, ferva o produto durante 15 minutos”, recomenda. n

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