Revista Poder | Edição 121

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CULTURA INC. POR LUÍS COSTA

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Em seu segundo filme, Daniela Thomas retrata contradições de elite intelectual dos anos 1990, entre os sonhos da liberdade e a dominação patriarcal

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exo, política e poder se entrelaçam na mesa de O Banquete, segundo longa de Daniela Thomas. “É um filme sobre a tragicomédia humana”, sentencia a diretora, que, depois de Vazante (2017), filme sobre patriarcado e opressão que se passa numa fazenda mineira do século 19, retrata agora dramas pessoais e tensões políticas num jantar da elite paulistana nos anos 1990. O filme se desenvolve em um único cenário: a sala de jantar de

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Nora, vivida pela atriz Drica Moraes. À mesa, um poderoso editor de uma revista comemora seu aniversário de casamento e vive a expectativa de ser preso naquela mesma noite, já que publicara uma cartadenúncia contra o então presidente do país. Em seu entorno, tipos irreverentes e desbocados. Com uma estrutura dramática entre o teatro e o cinema, O Banquete tem pouquíssimos cortes, com planos-sequência longos, sem intervalos ou correções. “Acho que

O Banquete é um híbrido das minhas vivências nos dois lugares, usando o que há de mais incrível na experiência do fazer teatral, que são os longos ensaios, o mastigar do texto, mas mantendo o tom naturalista da interpretação mais própria do cinema”, observa a diretora. À mesa estão personagens inspirados na literatura e em figuras que Daniela Thomas conheceu na sala de casa ainda criança, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Filha do cartunista Ziraldo, então editor de O Pasquim,


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