Ano LX • agosto/setembro • 2020 • n° 535
CARTA EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A
MENSAL
O Crucifixo milagroso e a bênção Urbi et Orbi do Papa pelo fim da Pandemia
Dia dedicado aos Padres página 19
Encontro Nacional - Fortaleza página 11
Índice Editorial
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Super-Região
ACESSE CARTA MENSAL SONORA:
Deus é bom, Deus é bom sempre!.................................................................... 2 Otimismo, esperança e humildade................................................................... 3 Tema do ano: Capítulo VI................................................................................4 Transfiguração do Senhor...............................................................................6 Tema do ano: Capítulo VII............................................................................... 7 São Jerônimo e a Sagrada Escritura...................................................................8 Os anjos.......................................................................................................9 A segunda visita do Pe. Caffarel ao Brasil..........................................................10 Fortaleza 2022 Encontro Nacional................................................................... 11
Igreja Católica
O Pilar do Pão............................................................................................... 13 Palavra do Papa ............................................................................................14 Natividade de Nossa Senhora......................................................................... 15
Raízes do Movimento
Aos Pais.......................................................................................................16 Paiternidade.................................................................................................18
Datas Comemorativas
Que todos os dias sejam dedicados aos padres..................................................19
Datas do Movimento
Significado da Vida do Casal Nancy e Pedro Moncau às ENS.............................. 20 Pe. Caffarel o Homem, antes do Profeta........................................................... 21 Feliz aniversário!...........................................................................................22
CNSE
Confinados, mas não parados.........................................................................23 Semeadores de equipes................................................................................. 24 A luz em nossa caminhada .............................................................................25 Equipistas na Espanha por um ano.................................................................. 26 Delivery missionário..................................................................................... 27
Partilha e PCE
Bendito Dever de Sentar-se........................................................................... 28 PCE que estimula e revigora nossa busca pela santidade.................................... 29
Formação
Dom do conselho......................................................................................... 30
Reflexão
Um vírus invisível: para nos humanizar e nos evangelizar.................................... 31
Contos e Reflexões
A mensagem do anel.....................................................................................32
no 535 agosto/ setembro 2020
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski - Imagens: (Capa: Web) Pixabay / Can Stock Photos \ Freepik \ Freeimages; Tiragem desta edição: 27.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3 o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
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Testemunho
EDITORIAL
Amigos equipistas! Desejamos muito encontrá-los com saúde e a certeza de que não estamos sozinhos, conforme Mt 8,24-26: Eis que no mar houve uma violenta tempestade... Jesus, porém, dormia. Então, os discípulos se aproximaram dizendo: “Senhor, Salva-nos! Estamos morrendo!” Jesus lhes disse: “Por que vocês são medrosos, tão fracos na fé? Muito bom poder levar a vocês, neste momento de tantas tribulações, artigos que mostram possibilidades para vivermos bem, em meio às dificuldades e com muita esperança! Como já nos disse D. Moacir, a esperança é a única que não morre... contrariando o que ouvimos e repetimos muitas vezes! Quem tem Deus, sempre terá esperança, pois DEUS É BOM, Deus é bom sempre! Vejamos quanta riqueza existe nos artigos dos CRP que trazem importantes reflexões... No Capítulo VI do tema do ano, entenderemos melhor que, ao recebermos a eucaristia, verdadeiramente recebemos a Vida Divina, que nos santifica, e no Capítulo VII, somos chamados a responder como ser casal santo nos dias de hoje e que a santidade é graça de Deus, por isso possível também a nós que somos imperfeitos... Tomar consciência dessas maravilhas é dar-nos a oportunidade de caminhar seguros para a santidade! Nesta edição, pedimos um olhar atento para datas, valores e cancelamento CM 535
das inscrições relativas ao Encontro Nacional de Fortaleza, que acontecerá em nova data, de 28/06 a 01/07/22. Vejam as informações de Rocivania e Júlio, coordenadores do encontro.
Caríssimos, aproveitem as possibilidades de formação cristã e equipista, através dos artigos escritos com muito carinho por nossos SCE e dos testemunhos inspiradores pela criatividade dos queridos irmãos. Recomendamos a leitura e lhes perguntamos, já experimentaram o delivery missionário? Deliciosamente originais, verdadeiros “mimos” que levam e trazem muita alegria e que podemos nos deixar contagiar! Aproveitem os subsídios para amarem mais nosso Movimento, conhecendo sua história e os que protagonizaram e trabalharam para que hoje tivéssemos uma estrutura muito bem organizada, ao ponto de sobreviver e se inovar sem medo de perder a essência proposta por Pe. Caffarel. Queremos parabenizar todos os padres e às famílias, que consigamos participar do sonho de Deus, fazendo do mundo “uma casa onde ninguém está sozinho, ninguém é indesejado, ninguém é excluído, como nos fala D. Moacir em seu artigo. Boa leitura! Débora e Marquinho CR Carta Mensal
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SUPER-REGIÃO
Deus é bom, Deus é bom sempre! É com esta certeza que desejo iniciar nossa conversa nesta Carta Mensal. O salmista nos convida “provai e vede como é bom o Senhor; é feliz quem nele confia.” (Salmo 34,9). Neste tempo de dificuldades, de angústias e de ansiedade decorrentes das diversas crises que atingem nossa nação (na política, na economia, na ética e na saúde), o Espírito que age em nós chama-nos a entendermos que, mesmo em meio às tempestades, o Senhor continua presente e convocando-nos a vencermos o medo e a inércia, pela fé e a esperança. Nós, conselheiros, acompanhantes e casais equipistas, acreditamos firmemente que Deus nos ama e, por isso, nunca nos abandona. Esta é a razão da fé e da esperança que nos acompanham e nos sustentam em tempos sombrios. Acreditamos que as tempestades podem tornar-se ocasiões para descobrirmos ou redescobrirmos a força da nossa fé e a convicção de nossa esperança! Que as tempestades podem ser oportunidade para exercermos nossa entreajuda, colocando-nos disponíveis para acolher as necessidades, as angústias, e as aflições dos irmãos e irmãs (de perto e de longe) e descobrir, em nós a força e a coragem, para irmos ao seu encontro (mesmo que virtualmente ou espiritualmente) com a escuta, com a intercessão, com uma palavra de ânimo e, onde for necessário, com uma contribuição material.
A entreajuda é fundamental para vencermos juntos esta tempestade! A entreajuda nos ajudará a encontrar um caminho de reencontro da unidade,da harmonia e da paz tanto em nossas famílias como no mundo. O Papa Francisco lembrava que todas as famílias (inclusive a nossa família equipista) são chamadas a participar do sonho de Deus, fazendo do mundo “uma casa onde ninguém está sozinho, ninguém é indesejado,ninguém é excluído (...), o que Deus quer é que ninguém esteja sozinho, ninguém seja indesejado, ninguém seja excluído” (Audiência Geral em 29-08-2018). A vivência do amor não nos permite aceitar que alguém esteja sozinho, indesejado ou excluído! Nossa inspiração é sempre o exemplo, o modelo,o testemunho e o auxílio de nossa amada padroeira das equipes: A Santa Virgem Maria, Nossa Senhora! Os meses de agosto e setembro nos oferecem preciosa reflexão sobre o ser e a missão de Maria através das celebrações litúrgicas que neles ocorrem. Fixemos nossos olhos em Maria como os marinheiros, no passado, o faziam na estrela-guia para encontrarem o caminho seguro no vasto oceano. Ela continua a brilhar diante de nós, chamando-nos, iluminando-nos e orientando-nos na realização de nossa vocação e missão de equipistas. D. Moacir Arantes SCE Super-Região
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Otimismo, esperança e humildade O otimismo nas horas de fraqueza, a esperança nas horas de dúvidas, a humildade na hora de algum tropeço e a fé em Deus quando sentirmos nossas energias definharem. Eis onde se encontra o segredo de enfrentarmos os desafios de cada dia com a certeza de que Deus caminha ao nosso lado. Os contratempos de cada dia, as dificuldades que tentam nossa paciência e nossa fé necessitam de uma vigilância constante e corajosa. Pois, se estamos com Deus, estamos também com a certeza de que ele nos ama e nos fortalece com os dons de que necessitamos a fim de não fraquejar, mas abraçar com todo o ardor a missão a nós confiada. Na sua convivência com seus seguidores, há um momento em que Jesus os vê um tanto tristes e oprimidos. Eles se encontravam em um lugar fechado por medo de terem que enfrentar a mesma sorte que ele havia sofrido: a condenação e a morte na cruz. Sem aviso algum os surpreende e entra na sala. E os saúda: “A paz esteja com vocês”. E acrescenta: “Não tenham medo, assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês. Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão
perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem serão retidos” (Jo 20,21-23). Não temos vivido dias fáceis e o desânimo e a tristeza também tem rondado nossas vidas, devemos ter confiança, fé que dias melhores estão por vir. Somos enviados por Ele de quem recebemos a força do Espírito Santo. Como diz o Papa Francisco: O sopro do Espírito Santo abre horizontes, desperta a criatividade, renova a fraternidade e torna este tempo, um tempo favorável do Senhor, onde não podemos nos conformar e contentar, mas podemos e devemos fazer mais e melhor! No mês de agosto as famílias se reúnem para celebrarem a semana da família, mais que nunca devemos aproveitar este tempo para refletir e orar por nossa família, a família de nossos amigos, a família dos que necessitam de nossa atenção e nossas orações. Aproveitamos para parabenizar todos os pais equipistas e todos os padres conselheiros espirituais pelo dia do Padre. Nosso carinho e orações. Um fraterno abraço a todos. Lu e Nelson CR Super-Região
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Tema do ano: Capítulo VI Eucaristia: Fonte de Santidade. Onde iríamos buscar a Santidade senão na sua fonte? A fonte começa com o grito de Jesus no alto da cruz: “Tenho sede”. Era sede de almas e de corações humanos que O atormentava. Esse grito foi um apelo à Comunhão – o último de tantos que Cristo dirigiu aos homens. O amor de Deus por nós apela para a unidade baseada na encarnação, unidade de todos os homens no Corpo e no Sangue de Cristo. Foi para selar esse amor por nós que Ele se deu
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na Sagrada Comunhão, para que pudéssemos ser um só na unidade de seu Corpo Místico. Quando recebemos a Eucaristia, recebemos verdadeiramente a Vida Divina! “EU VIVO, MAS JÁ NÃO SOU EU; É CRISTO QUE VIVE EM MIM” (Gl 2,20). E qual é o nosso merecimento? Apenas e tão somente pura dádiva do Todo-Poderoso que nos amou a ponto CM 535
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Devemos, pois, levar para a Mesa da Eucaristia o espírito do nosso ser, as cruzes suportadas com paciência, a crucificação do nosso egoísmo, a morte de nossa concupiscência e, inclusivamente, a nossa falta de merecimento para recebê-la. de querer unir-Se a nós pelos sagrados laços do Espírito. E poderíamos receber toda a Vida de Cristo, sem Lhe dar nada em troca? Se durante a nossa vida fôssemos sempre à Comunhão para receber a Vida Divina, sem deixar nada em troca, seríamos parasitas do seu Corpo Místico. Devemos, pois, levar para a Mesa da Eucaristia o espírito do nosso ser, as cruzes suportadas com paciência, a crucificação do nosso egoísmo, a morte de nossa concupiscência e, inclusivamente, a nossa falta de merecimento para recebê-la. O Espírito Santo atua em nós todas as vezes que, dignamente, recebemos os sacramentos - e aqui lembramos especialmente a Confissão e a Eucaristia que em nossa busca de Santidade nos fazem experimentar a grandeza do Senhor que nos ama e nos sustenta. O primeiro nos prepara, oferecendo o perdão cada vez que caímos no pecado, e a Eucaristia nos faz verdadeiramente UM com Cristo, validando a nossa oração e fecundando a nossa ação de modo que nada de mal possa entrar em nós para nos afastar de Deus.1 Finalmente, pelo bem da concretude, 1
citamos um testemunho velado por muitos anos e, mais tarde, relatado por Dona Nanci no livro O Sentido de uma Vida, na página 169, onde seu querido esposo Dr. Pedro Moncau escreveu logo após um Retiro: “...Sentir o meu eu isolado de tudo e de todos, e então subir, encontrar num élan a Fonte, Deus. Deus, meu criador que me sustenta, Jesus que veio no tempo elevar minha humanidade e alçá-la aos pés de Deus. Reencontrar Jesus, esse doce Jesus, mas também o Cristo-força, o Cristo-vida, verdade, no SS. Sacramento do Amor! E depois deste voo, do alto, olhar as coisas do meu dia a dia sob sua verdadeira luz. Um dia este voo será definitivo e me fixará na Eternidade” . Que,como ele,busquemos de tal modo a Eucaristia, que tenhamos vontade de “voar” e acreditar que um dia também nós estaremos na Eternidade! Flor e Celso CR Província Sul III
Baseado nas Reflexões sobre o Calvário e a Santa Missa, Fulton J. Sheen, Minha Biblioteca Católica.
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Transfiguração do Senhor Gente amiga, desejo encontrá-los na graça de Deus e com muita disposição no seguimento a Jesus. Que Maria os inspire a viver a santidade, não como uma façanha olímpica, mas, com o coração aberto à obra de Deus onde se fazem visíveis as maravilhas do Senhor... na família, no trabalho, nas provações e nos calvários da vida. O que nos une hoje é o mistério da Transfiguração. E é grande ousadia falarmos dele. Afinal,quem somos nós para adentrar essa realidade tão profunda, com a nossa limitada capacidade? Mas, eis que o próprio Jesus, através da Liturgia, nos atrai e nos coloca em contato pessoal com essa verdade. Vejamos onde ela acontece: no monte Tabor,lugar sagrado onde Jesus está na companhia de Pedro, Tiago e João.Lá,os três discípulos testemunham algo maravilhoso: Jesus emitindo um brilho muito intenso.Suas vestes tornaram-se tão brancas como ninguém na terra as poderia alvejar. E conversava com Moisés e Elias, profetas do Antigo Testamento, enquanto uma nuvem os encobria e da qual saía uma imponente voz: “Este é o meu Filho amado; a Ele ouvi.” Neste momento Jesus coloca diante dos discípulos algo capaz de sustentar a dura caminhada pela qual chegarão à vitória final! Foi como se dissesse a eles e hoje a todos nós: não tenham medo das contrariedades,dos desafios, dos sofrimentos,das perdas,das discórdias, dos desânimos... da Cruz. Assim, quando mais tarde os discípulos viram Jesus na condição de Servo, não esqueceram a sua condição divina.
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E nós já vivenciamos este “Tabor”? Tivemos momentos fortes de vida plena que jamais deixarão que abandonemos Jesus? Qual montanha devemos subir para nos encontrar com Cristo glorioso e ver o seu esplendor divino, que nos sustenta de modo constante? Como resposta temos o Movimento das ENS que nos faz vivê-los misticamente, provocando em nós essa experiência concreta. Pensemos nos Retiros que temos à disposição para um momento mais profundo com o Senhor, os Encontros Internacionais, os Nacionais, Reuniões de Equipe, Pontos Concretos de Esforço, Formações... tudo se torna “lugar teológico” onde podemos ouvir a voz do Pai: “ESCUTAI-O”. Enfim, os discípulos tiveram que descer do monte e retornar à normalidade que muito se assemelha a nossa realidade... dura, exigente e que depende do nosso SIM diário para irmos em frente, administrando nossas fragilidades que querem fazer que esqueçamos o Tabor. Vamos honrar o privilégio de zelar pelo carisma das ENS e por meio dele testemunhar a pessoa de Jesus no ambiente em que vivemos. Desejo a todos constantes lembranças do Tabor. Deus os abençoe!
Frei Levi Jones Botke SCE Província Sul III CM 535
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Tema do ano: Capítulo VII Ser casal santo hoje
“Não é salutar apresentar o amor conjugal como algo ‘mágico’ e perfeito – pois não existe casal perfeito –, como o fazem ‘certas fantasias consumistas’” (LT pag. 121). A imperfeição é inerente ao ser humano. Parece paradoxal o desejo de santidade e a imperfeição humana,talvez porque ao longo de nossas vidas termos tido a ideia de que a santidade está restrita a alguns poucos eleitos de Deus,e que a santidade é algo conquistável por nossos méritos, quando na verdade é graça,dom de Deus. O caminho de santidade começa por reconhecer nossas limitações ou imperfeições, um afastamento do pelagianismo, de acharmos que somos autossuficientes e perfeitos. Aquela mulher que estava debilitada e dificilmente conseguiria vencer a multidão e falar com Jesus estabeleceu uma meta e um caminho compatível com suas limitações: ao menos tocá-Lo. Ela foi até onde sua condição lhe permitia ir, o esforço e o desejo de chegar até Jesus foram tamanhos que foram percebidos por Ele. Ao tocá-Lo pensou que seu esforço não teria sido suficiente, no entanto Ele a percebeu, a acolheu e completou sua jornada dando-lhe a cura. “Ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada” (Mc 5,28). Em um mundo com tantas fragilidades que nos levam a pecar, parece-nos distante a ideia de santidade.O pensamento que os santos foram sem máculas,que fizeram esforços sobrenaturais e que por CM 535
isso foram agraciados com a santidade, aliado à consciência de nossas imperfeições, nos faz desistir de buscarmos a santidade, com a desculpa que não somos escolhidos para esse tão belo dom. Os apelos dos dias atuais nos anestesiam, tornando-nos indiferentes ao chamado de Deus.Para chegarmos à santidade basta que busquemos Jesus, deixando-nos ser moldados por seu amor, permitindo que Ele nos toque. Uma vez tocados tenderemos para santidade, cada um ao seu modo,cientes que não é algo que acontece subitamente,é um processo de conversão,de adesão a um estilo de vida, o de Jesus.Isso não significa isolar-se ou deixar os seus, pois acontece naturalmente, onde quer que estejamos. Para nós, casais, o matrimônio é um campo propício para buscar a santidade juntos. É fácil? Sem dúvida não! Por exigir de nós, a exemplo de Jesus,empatia com o próximo,que por vezes nos machuca,e um profundo relacionamento com Deus.As quedas virão! Porém com mais frequên cia virão as mãos estendidas de Jesus, que caminha ao nosso lado mostrando o caminho. “Mas,assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem” (1Pd 1,15).O Poderoso fez em nós maravilhas. Edna e Sebastião CR Província Norte
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São Jerônimo e a Sagrada Escritura Sofrônio Eusébio Jerônimo nasceu de abastada família cristã, em Estridão, na Dalmácia, entre 340-350. Ordenou-se sacerdote aos 38 anos. Com temperamento de fogo, muito sensível, era leal, austero e apaixonado, impetuoso e reto; vivia de jejum, trabalho, oração, vigílias. Estes dotes, a enorme erudição, as línguas que dominava, o amor a Cristo e à Igreja fizeram dele um escritor de primeira grandeza. Construiu mosteiros, albergues e escolas, onde explicava os clássicos, na direção de cenáculos e vida monástica. Passou-o também todo entregue à Sagrada Escritura, traduzindo e comentando-a a partir dos textos originais, consciente de que “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo”. Conservou até o fim da vida a penetração de espírito e o ardor combativo. Faleceu em 30 de setembro de 420. A Igreja nos convida no mês de setembro a dedicarmos a leitura espiritual da Palavra e encontrar nela grandes inspirações e aspirações para nossa vida conjugal e familiar e quem sabe presentear com uma Bíblia os amigos casais e nossos filhos também nas suas datas festivas e celebrativas, e até quando passam no vestibular seria ocasião de ovacionar nossos calouros com a Bíblia, para lhes dizer que a melhor ciência da vida espiritual se encontra nas páginas bíblicas. Que o mês da Bíblia seja o tempo de encontrar a água doce no coco verde: aí se esconde uma água que sacia.
Que sacia os casais que rezam a partir dela e promove um diálogo orante entre si: Deus e o casal. Nela se pode fazer verdadeira experiência de Amor como a samaritana, Zaqueu e os discípulos de Emaús. Deus deseja comunicar-se e nos conduzir à conversão. Que a Palavra ilumine a mente e a vontade e acenda o amor divino nos corações que ainda não amam bastante. Procurar valorizar a Palavra de Deus proclamada especialmente na liturgia: piedade, escuta, atenção redobrada e silêncio interior. Sabemos que a Palavra de Deus é a nossa regra de fé ao lado da Tradição, ao abri-la para ler e interpretar, devemos invocar o Espírito Santo, grande inspirador e intérprete destes escritos sagrados. Sintamos dentro de nós nascer um espírito missionário, pois muitos cristãos e, quem sabe, nossos equipistas, não conhecem a Boa Nova ou esperam que lhes seja anunciada de modo claro e persuasivo e possam sentir sua força. Rezemos em casal com as palavras do profeta Jeremias: “Suas palavras foram encontradas e eu as devorei; elas se tornaram minha delícia e a alegria do meu coração; porque seu nome, Senhor Deus, foi invocado sobre mim”. (Jr 15,16) São Jerônimo, Rogai por nós. Pe.Lucivaldo C.da Silva SCE Província Norte
* Obras consultadas: 1. Missal, Romano, p. 667; 2. Missal Cotidiano, p. 1754-1755; 3. Altaner-Stuiber. Patrologia, EP, 1995. p.394-404.
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Os anjos Da Lectio Divina vimos a importância da oração no dia a dia.A oração guarda uma dimensão essencial da vida cristã, é um exercício fundamental e deve ser vivido disciplinadamente. É um equívoco entender que orar é uma prática apenas para devotos. Os anjos são nossos protetores enviados por Deus e nos ajudam na oração. São João Paulo II nos exorta “a refletir sobre a figura e a função destes singulares príncipes da milícia celeste e a honrá-los com a oração”. O Catecismo da Igreja diz que “a existência dos anjos é uma verdade de fé”. O testemunho da Escritura a respeito é bastante claro (n.328).Nenhum católico pode negar a existência dos anjos.São criaturas pessoais e imortais,puramente espirituais, dotadas de inteligência e de vontade e superam em perfeição todas as criaturas visíveis (n.330). No dia 29 de setembro celebramos a festa dos três Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. A palavra “arcanjo” significa “anjo principal”, designando a importância da sua missão. Eles estão na presença de Deus, são “cheios” da sua luz e do fogo do seu amor e, por isso, são também “espíritos ao serviço de Deus, que lhes confia missões para o bem daqueles que devem herdar a salvação” (Hb 1,14). A terminação “El” significa “Deus”, revela a sua missão. São Miguel - O nome significa: “Quem como Deus”. São Miguel é o servo de Deus,que declarou guerra contra Satanás (Ap 12,7-9).É o anjo da humildade que nos ajuda na luta contra a soberba e
como anjo da fé nos fortalece em meio às provações.Deus o fez príncipe da milícia celeste e protetor da Igreja. São Gabriel - Significa “Força de Deus”, é o mensageiro de Deus por excelência que foi enviado para transmitir a boa nova da encarnação (Lc 1,28). São Rafael - Significa “Deus curou” ou “Medicina de Deus”. O Arcanjo Rafael tem a tarefa de cura, que vemos claramente no livro de Tobias. Todos nós temos grande necessidade de cura não somente das doenças físicas, mas também espirituais. A devoção se faz urgente, pois se vive em um tempo onde se perdeu o sentido do sagrado,do espiritual e do divino, sendo também resposta providencial de Deus às necessidades da humanidade. “Os anjos existem,são enviados pela Divina Providência,para que nos ajudem a alcançar a santidade de vida”,afirma São João Paulo II. Os Anjos da Guarda nos protegem e são encarregados de nos guardar e de nos levar à salvação (Hb 1,14). Nas orações não esqueçamos de invocar os anjos para ajudar na nossa vida para a santidade. Sonia e Eiyti CR Intercessores
* Pesquisados nos sites da Comunidade Shalon, Toca de Assis/Irmãs e Canção Nova. CM 535
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A segunda visita do Pe. Caffarel ao Brasil A segunda visita do Padre Caffarel ao Brasil foi realizada no período de outubro e novembro de 1962,cinco anos após a primeira. Naquele momento,encontrou 167 equipes em vez das 13 iniciais. Além disso,em 1960 o Brasil tinha passado a ser uma Região. Novamente havia uma intensa programação que previa,entre outros,uma Sessão de Formação de Quadros em Valinhos,a instalação do Setor de Campinas, uma visita ao Setor de Jaú e encontros com um grupo de SCE, os Casais Responsáveis dos Setores A e B de São Paulo e a equipe da Região recém-criada. Tudo correu muito bem com o Padre Caffarel, impressionando com seu olhar atento, sua firmeza nas colocações e a profunda espiritualidade que dele emanava. Mas engana-se quem acha que o Padre C affarel não aproveitaria as suas visitas para apontar também sérios problemas e deficiências detectadas e cobrar as respectivas medidas e correções.Foi o caso com as primeiras equipes lançadas no Brasil na cidade de São Paulo que precisavam de uma sacudida diante de um visível quadro de apatia e anemia por parte de vários casais. Faltava uma formação religiosa mais profunda, um melhor preparo dos Casais Piloto e maior presença e animação dos Casais Ligação. Caffarel cobrou principalmente que a entrada de novos casais nas equipes se daria por casais mais maduros. Àqueles menos preparados poderia ser oferecido inicialmente algo como os Círculos
Familiares de uma formação cristã primária com duração de mais ou menos um ano ou um ano e meio.Sabe-se que nem todas as equipes aceitaram as claras orientações e duras exigências colocadas pelo Padre Caffarel, preferindo o afastamento. Um dos pontos altos da visita foi a palestra proferida num encontro de Pilotos e Ligações no Colégio Santa Cruz em São Paulo, com o título “O Ideal (ou Espírito) das Equipes de Nossa Senhora”. Pergunta o Padre Caffarel na ocasião: seremos verdadeiros cristãos apenas por intermédio das Equipes de Nossa Senhora?”. E aponta para o perigo em se desviar das obrigações inerentes à pertença ao Movimento de seu espírito e ideal, criando-se pessoas com um simples sentimento de serem justos e puros em vez de verdadeiros cristãos...E o Sr.Francis Labitte, um dos membros do Centro Diretor em Paris que acompanhou o Padre Caffarel nesta visita, escreveu meses depois, na edição de março de 1963 da Carta Mensal, que “a multiplicação das equipes poderia levar ao risco de um certo enfraquecimento e ao declínio do vigor espiritual e que a qualidade era mais importante que o seu número”. Ambos tinham razão! Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil
* Fontes consultadas: 1. Carta Mensal, março de 1963; 2. Equipes de Nossa Senhora no Brasil, ensaio sobre seu histórico, de Nancy Cajado Moncau, 2000; 3. Palestras e Conferências do Padre Henri Caffarel, Pronunciamentos do Pe. Caffarel nas visitas ao Brasil, Vol. II, 2018.
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Fortaleza 2022 Encontro Nacional Alterações nas regras gerais sobre as inscrições em função do adiamento do IV Encontro Nacional Alterações: I – Data do Encontro: Fortaleza – CE, de 28 de junho a 01 de julho de 2022.
II – item 2 – Período das Inscrições:
2.2 – De 01 de fevereiro de 2020 até 28 de fevereiro de 2022.
III – item 4 – Valor da Inscrição:
4.1 – O valor da inscrição COM HOSPEDAGEM (por pessoa) será de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais). 4.2 – O valor da inscrição SEM HOSPEDAGEM (por pessoa) será de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais).
IV – item 5 – Parcelamento:
5.1 – Os inscritos poderão optar por parcelar o valor da Inscrição em 18 parcelas mensais. O vencimento da primeira ocorrerá em 31 de outubro CM 535
de 2020 e a última em 31 de março de 2022. 5.2 – O número de parcelas está limitado pelo mês em que se realiza a inscrição, de modo que o último pagamento ocorra até 31 de março de 2022.
V – item 6 – Forma de Pagamento:
Com base no novo valor da Inscrição (item 4), o sistema apura o saldo a pagar, que é calculado conforme fórmula abaixo, e está preparado para emitir os boletos referentes às parcelas mensais escolhidas pelo equipista. SALDO A PAGAR = NOVO VALOR VALOR JÁ PAGO. O valor correspondente à taxa de Inscrição (R$ 80,00) será incluído no vencimento da primeira parcela (R$ 40,00) e na segunda parcela (R$ 40,00), seja qual for o plano escolhido, desde que já não tenha sido pago.
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Atenção: A responsabilidade pela emissão dos boletos é dos inscritos. Havendo dificuldade, entrar em contato com o casal coordenador das inscrições, enviando e-mail através do site ensfortaleza2021.com.br Em função do Adiamento do Encontro, há 3 opções: 6.1 – CONFIRMAÇÃO da Inscrição – diz respeito ao equipista que já fez sua inscrição e está EFETIVADA ou se encontra na LISTA DE ESPERA. 6.2 – NOVA Inscrição. 6.3 – CANCELAMENTO da Inscrição – o equipista que optar pelo cancelamento deverá informar, no próprio sistema, os dados bancários solicitados para que possa ser feito o reembolso de acordo com as regras anteriormente estabelecidas.
VI – item 7 – O que está incluso no valor de uma Inscrição: 7.1.3 – Lanche: dia 28/06/22 – Abertura do Encontro. 7.1.4 – Almoço: dias 29 e 30/06/22 e 01/07/22. 7.1.5 – Lanche: 30/06/22 no local do evento. 7.1.6 – Translado: no dia 30/06/22 do local do evento até o local do ato público. 7.1.7 – Jantar: dia 28/06/22 no local do evento.
VII – item 8 – Desistências e Cancelamentos: 8.3 – O valor da taxa de Inscrição será devolvido para todos os equipistas que comunicarem sua desistência até 30
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de setembro de 2020. 8.3.1 – O valor da taxa de Inscrição NÃO será devolvido para os equipistas que comunicarem sua desistência a partir de 01 de outubro de 2020. 8.4 – Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 20 de junho de 2021, será devolvido integralmente o valor das parcelas pagas. 8.5 – Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 20 de setembro de 2021 será devolvido 70% (setenta por cento) do valor das parcelas pagas. 8.6 – Aos inscritos que comunicarem sua desistência até 20 de dezembro de 2021 será devolvido 50% (cinquenta por cento) do valor das parcelas pagas. 8.7 – A partir de 21 de dezembro de 2021, as devoluções por desistência/ cancelamento ficarão na dependência dos contratos assumidos para a realização do evento. Havendo reembolso, este ocorrerá após o fechamento das contas do Encontro.
IX – item 11 – Plano de Pagamento: SALDO A PAGAR = NOVO VALOR VALOR JÁ PAGO. O equipista poderá optar por parcelar o SALDO A PAGAR em até 18 parcelas, de acordo com o item 5 - Parcelamento acima. O valor da parcela não poderá ser inferior a R$ 30,00 (trinta reais). Observação: os demais itens não foram alterados. Rocivania e Júlio Coord. do IV Encontro Nacional das ENS Fortaleza 2022 CM 535
IGREJA CATÓLICA
O Pilar do Pão
Diretrizes Gerais da CNBB “Eram perseverantes... Na fração do pão e nas orações” (At 2, 42). O Pão é lembrado, nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, como o segundo Pilar que sustenta a casa dos discípulos-missionários. O Pão sempre foi um símbolo muito rico de significados para o cristianismo. O alimento se apresenta como a grande necessidade essencial de qualquer ser vivo. Para o povo de Israel, que vivia em regiões semidesérticas, pão se transformou em sinal de providência e, consequentemente, da presença de Deus em meio ao povo (Ex 16; Dt 8). Foi sob este alimento simbólico que Jesus instituiu a Eucaristia (Jo 6), alimento para a vida eterna. Os primeiros cristãos expressavam sua comunhão sobretudo com a Eucaristia, celebração da ceia pascal do Senhor (At 2,42). Ela fortalece a comunidade cristã e a torna testemunha do Evangelho. Na celebração eucarística se encontra uma síntese de tudo aquilo que somos chamados a viver: a comunidade se reúne (comunhão), aprende a se perdoar por causa de Deus (ato penitencial), se alegra (louvor), renova sua esperança, professa sua fé e comunga do alimento que nos conduz à vida eterna. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora sempre incentiva uma experiência profunda com Nosso Senhor a partir da Eucaristia, seja celebrada (missa dominical) ou adorada (adoração mensal). Essa atitude nos faz perceber que o agir não substitui a oração e que é dela que promanam a inspiração e força para seguirmos adiante. Isso impressiona algumas pessoas que pensam que antes de tudo CM 535
deveria vir a organização, planejamentos etc., mas na realidade esse ativismo arriscaria transformar o Movimento apenas numa sociedade de casais que buscam a felicidade, e a proposta das ENS passa por isso, mas não como objetivo direto. Os Pontos Concretos de Esforço são instrumentos pedagógicos que, gradualmente, inserem numa piedade frutuosa que nos faz perceber que a santidade só é alcançada pela comunhão com Deus e com o próximo, sobretudo a própria família, e ainda acima disso com o esposo/esposa. Amar é uma arte que exige disciplina, acostumar o coração ao que realmente importa (Sl 119,112). Gostaria de concluir citando a Encíclica Ecclesia de Eucaristia do Papa São João Paulo II: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: ‘Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo’ (Mt 28, 20); na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança”. Deus nos abençoe. Pe. Antonio Xavier Batista Eq. 101 C – Região BSB I Província Centro-Oeste
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IGREJA CATÓLICA
Palavra do Papa “Produzir muito fruto” Na homilia da quarta-feira da 5ª Semana da Páscoa, em 13/05, refletindo sobre o Evangelho (Jo 15,1-8), onde Jesus diz “Eu sou a videira e vós os ramos” e da necessidade de “produzir muito fruto”, o Papa Francisco nos esclarece sobre os “frutos”: “Qual é – me vem em mente dizer – a ‘necessidade’ que a árvore da videira tem dos ramos? É ter frutos. Qual é a ‘necessidade’ – digamos assim, com um pouco de audácia, qual é a ‘necessidade’ que Jesus tem de nós? O testemunho. Quando no Evangelho diz que nós somos luz, diz: ‘Sede luz, para que os homens vejam vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai’ (Mt 5,16), ou seja, a necessidade que Jesus tem de nós é do testemunho. Dar testemunho de seu nome, porque a fé, o Evangelho cresce pelo testemunho”. Testemunho! Está na nossa mística, bendito e profético Padre Caffarel! “A mística está baseada [...] no testemunho no lar, na equipe, no trabalho, na sociedade, enfim, no mundo.”1 Nós, equipistas, somos enviados ao mundo, impelidos pelo Espírito de Cristo, “para testemunhar esse amor”.2 “Outros casais se sentirão chamados para Cristo e o Sacramento do Matrimônio ao verem o exemplo dos lares cristãos que se amam verdadeiramente”.3 No contexto desse Evangelho, Francisco nos diz ser necessário “Permanecer
em Jesus para ter a seiva, a força, para ter a justificação, a gratuidade, para ter a fecundidade. E Ele permanece em nós para dar-nos a força do (dar) fruto (conf. Jo 15, 5), para dar-nos a força do testemunho com o qual a Igreja cresce.” Já nos inícios do Movimento,em 1945,o Espírito inspirava o Pe.Caffarel: “Amem-se: ubi caritas et amor,Deus ibi est. Sejam felizes: o Senhor espera essa louvação e os que rodeiam vocês esperam este testemunho.”4 Ele nos diz que somos chamados a ser “testemunhas de Deus”, vivendo “um amor que dá testemunho de Deus”5. Vejam a responsabilidade: “é do vosso amor conjugal, é do vosso lar que o mundo ateu, sem o suspeitar, espera um testemunho essencial”.6 E o Tema de Estudo deste ano nos desafia a ser “Casal Santo: Alegria da Igreja, Testemunho para o Mundo”. Somos preparados para dar testemunho. Estamos preparados para dar testemunho? A exigência é constante: “é preciso continuar a testemunhar o Senhor, para que aumente o número dos que O amam”.7 Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém-PA
*1. Vem e Segue-me – Unidade I, p. 6; 2. Idem – Unidade V, p. 6; 3. Guia das ENS, p. 29; 4. Pe. Caffarel – Centelhas da sua Mensagem, p. 16; 5. Idem, p. 30; 6. Pe. Caffarel, A Missão do Casal Cristão, p. 109; 7. Lectio Divina dos Dehonianos, 18/05/2020.
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IGREJA CATÓLICA
Natividade de Nossa Senhora Caríssimos casais das ENS, falar da natividade de Maria é falar de um acontecimento que passa a ter destaque como um dia de festa, no âmbito eclesial, a partir do século V da Era Cristã. Neste itinerário de fé e devoção é importante informar que a NATIVIDADE dela,enquanto festa litúrgica, está diretamente relacionada com a construção de uma basílica no século V no lugar da piscina de Betesda (Jo 5, 1ss). O porquê da construção neste lugar explica-se pela localização, perto do Templo, da casa de Ana e Joaquim (pais de Nossa Senhora) sustentada pela tradição da Igreja. De fato, hoje esta basílica é dedicada a Santa Ana1. Neste sentido, esta devoção é difundida no século VI no Oriente e, a partir do século VII, é introduzida no Ocidente pelo Papa Sérgio I2, na cidade de Roma, que a adorna com uma devota procissão, da Igreja de Santo Adriano, no Foro, até a Basílica liberiana, tornando-se muito popular na Idade Média.3 O Missal Romano é claro quando afirma que esta festa está ligada à vinda do Messias4. Para se entender este elo de ligação é importante inserir Nossa Senhora na história da salvação, como, sensatamente, fazem os evangelistas. Portanto, embora seja a festa da natividade de Maria, este acontecimento não é citado diretamente na liturgia. A visibilidade que é dada gira em torno do Filho de Deus. Desta forma, compreende-se Maria como colaboradora na história da salvação porque gera, no seu ventre, e dá à luz aquele que é o único capaz de salvar. Consoante José Carlos Pereira: “Se ela
deu à luz aquele que é a luz do mundo, não temos dúvidas de que ela também é uma personagem iluminada”.5 Para concluir, merece reflexão as palavras proferidas por Pe. Antônio Vieira no Sermão do nascimento da Mãe de Deus: Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para a Senhora da Saúde; perguntai aos pobres,dirão que nasce para Nossa Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados,dirão que nasce para Nossa Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados,dirão que nasce para Nossa Senhora da Consolação; perguntai aos tristes,dirão que nasce para Nossa Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados,dirão que nasce para Nossa Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória... E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...),dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus.6 Assim,conclui-se que Nossa Senhora,por ter sido agraciada por Deus conforme o anúncio do Anjo (Lc 1, 28) e fazer parte da economia da salvação, é reconhecida como a grande intercessora junto a Jesus, nosso Senhor. Viva o nascimento de Maria. Pe. Marcos Aurélio C. Lima SCE Setor Parintins-AM
Enzo LODI, Os Santos do Calendário Romano, p. 369; 2. José Carlos PEREIRA,Liturgia da Palavra II: reflexões para os domingos,solenidades,festas e memórias,p.447; 3. Cf.: Enzo LODI, ibid., loc. cit; 4. Cf.: Missal Romano, p.653; 5. José Carlos PEREIRA, ibid., loc. cit; 6. José Benedito ALVES, Os Santos de cada Dia, p. 508-509.
* 1.
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RAÍZES DO MOVIMENTO
Aos Pais Seríamos quase levados a lamentar, por vezes, que Deus, ao decidir sobre o modo de transmissão da vida, na espécie humana, não tivesse optado pela partenogênese! As crianças não ficariam assim desoladas por não terem pai. Ao passo que, nestes lares todos onde o pai se acha moralmente ausente, elas vêm a sofrer de perturbações mais ou menos graves... que o digam os psiquiatras! Pergunto a mim mesmo, com verdadeira apreensão, se não haveria, no nosso Movimento, um número ponderável de lares desta espécie, dedução a que chego ante as confidências que me são feitas por esposas e filhos já grandes. É tão fácil para o pai encontrar motivos que o tranquilizem. Um trabalho profissional arrasador, do qual volta à noite para o lar, tarde e esgotado, tornando-lhe insuportável o barulho das crianças e as suas incessantes perguntas... sem nenhuma consideração para este homem consciente de suas responsabilidades sociais! E o jornal, e as saídas à noite, e as viagens de fim de semana para ir à pesca, ou talvez para reuniões de apostolado... Vêm as férias, e é então a vez das crianças de se acharem ausentes. Se, por acaso, pais e filhos se acham reunidos, é raro ver-se um pai passeando sozinho com um de seus filhos. Suspeitam eles sequer dos dramas que, por vezes, torturam o coração ou a consciência de um adolescente? Quanta desolação acarreta esta abdicação do pai na alma da criança,
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mesmo quando a mãe tudo faz para compensá-la. Porquanto a ação do pai é insubstituível para o harmônico evolver de sua inteligência, de seu julgamento, de sua afetividade, de sua consciência, de sua vida religiosa; indispensável a uma “estruturação” equilibrada de sua personalidade humana e religiosa. É inegável que são muitos os chefes de família que têm a vida sobrecarregada. O que não impede que a criança tenha o direito imprescritível à ação educadora de seu pai. Penso, aliás, que ela é muito mais questão de amor, de disponibilidade do coração, de espírito alerta, do que de tempo. É mais questão de qualidade de presença, do que quantidade, se assim me posso exprimir. Porquanto conheço também pais grandemente absorvidos por suas responsabilidades profissionais, sociais ou apostólicas e, no entanto, maravilhosamente pais. Será preciso acrescentar que o pai é ele próprio o primeiro a ser beneficiado pelo cuidado que dedica à educação de seus filhos? Com efeito, o exercício consciencioso e cristão do ofício de pai é um meio excelente de progresso na renúncia e no amor. E é também o primeiro de todos os apostolados. Quando a Igreja ensina que o fim primário do casamento é a procriação, ela se refere sem dúvida à geração de filhos, mas muito mais à sua educação. CM 535
RAÍZES DO MOVIMENTO
Para terminar, convido-os a refletir sobre o texto singularmente evocado, de Roger Martin du Gard, que acabo de reler no número especial do Anneau d’Or: “O Pai”. “O que conheci eu, dele?... pôs-se a refletir. Uma função, a função paterna. Um governo, de direito divino, que ele exerceu sobre mim, sobre nós, no decorrer de trinta anos ininterruptos. Aliás, conscienciosamente rude e enérgico, embora para o bom motivo; apegado a nós como a um dever... Que conheci eu ainda? Um pontífice social, considerado e respeitado. Mas ele, ele, o ser que ele era quando se reencontrava sozinho na presença de si mesmo, quem era ele? Nada sei. Nunca expôs perante mim um pensamento, um sentimento, onde *
pudesse ver algo de íntimo, algo que tivesse sido realmente, profundamente dele, toda máscara retirada... E a meu respeito, que sabia ele? Menos ainda! Nada! Qualquer colega de escola, perdido de vista há quinze anos, saberia mais a meu respeito!... Quando nos encontrávamos frente a frente, havia aí o colóquio de dois homens do mesmo sangue, de mesma natureza e, entre estes dois homens,entre este pai e este filho,nenhuma linguagem para comunicar,nenhuma possibilidade de participação de ideias: dois estranhos!...” HENRI CAFFAREL Colaboração: Mª Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. Mãe de Deus e Nossa Piracicaba-SP
Editorial Padre Caffarel. Carta Mensal nº XI – 6 de setembro de 1963, pg 1.
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DATAS COMEMORATIVAS
Paiternidade O DNA da paternidade está na essência do criador. Ser Pai é obra divina! A Bíblia quando expõe inúmeras citações referentes à pessoa do Pai nos reforça que não se trata apenas de mais uma palavra, mas uma garantia de que temos alguém que pode nos dar segurança e confiança principalmente nos momentos difíceis, inerentes à nossa existência, nos quais necessitamos tanto do Pai do céu quanto do pai da Terra. O próprio filho de Deus, Jesus Cristo, contou com o apoio de Abba na transfiguração e no batismo. O mundo tenta esquecer o poder que a paternidade encerra, porém a base sólida da presença marcante e evidente do dom de ser pai refuta qualquer argumento que venha relativizar ou denegrir a definição da figura do Ser Pai. A figura do pai da Terra deve ser um reflexo do divino Pai do céu, o Pai eterno. Em João 14, 8-10, no diálogo de Jesus com Felipe, fica explícita a identidade paterna/filial que deve existir entre Pai e filhos. Felipe disse: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: há tanto tempo estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? (...). Quem O vê, vê o Pai que O enviou. Assim, ele e o Pai são um. Como é belo o filho ter o pai como inspiração! Jesus Cristo, filho adotivo de São José, com certeza o tinha como referência de pai na Terra. A palavra “peixe”, quando escrita em grego e em letras maiúsculas, significa:
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Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador. O peixe era um dos códigos secretos que identificava (entre si) os seguidores de Cristo, filhos de Deus Pai. “Filho de peixe, peixinho é”. Pura verdade! Os cristãos são filhos de Peixe. Os casais equipistas são, de fato, filhos de Peixe, prova inconteste são as alianças entrelaçadas no Peixe do símbolo das ENS. Pai é sempre pai! A maneira de sê-lo pode até mudar, mas a ternura e a plenitude da paternidade são imutáveis. Seus jeitos e trejeitos ninguém pode deixar de notar. Pai sério, às vezes carrancudo. Por fora, linha dura. Por dentro, coração amolecido. Pai calado, sisudo, agudo ou obtuso. O ser pai mora ali. Pai provedor, dá jeito em tudo... Pra tudo! Pai brincalhão, piadista, molecão, às vezes, parece um vôzão. Pai acomodado. Pai caridoso. Pai rezador. Pai da terra, dom do céu. Paiternidade é uma paternidade recheada de pai terno e eterno. Pai nosso que estais no céu, santificados sejam nossos pais!
Socorro e Carlinhos Eq. 04 - Setor Castanhal-PA CM 535
DATAS COMEMORATIVAS
Que todos os dias sejam dedicados aos padres Neste mês em que comemoramos o DIA DO PADRE, oficialmente em 4 de agosto, festa de São João Maria Vianney, perguntamos: como tem sido a nossa relação com os padres de nossa comunidade e com nosso SCE? Lembramos deles somente nos dias de missas e de reuniões? Nos outros dias buscamos SER PRESENÇA na vida deles? No dia mundial das vocações deste ano, o Papa Francisco falou a todos os sacerdotes: “Conheço a vossa fadiga, as solidões que às vezes tornam pesado o coração, o risco da monotonia que pouco a pouco apaga o fogo ardente da vocação, o fardo da incerteza e da precariedade dos nossos tempos, o medo do futuro. Coragem, não tenhais medo! Jesus está ao nosso lado e, se O reconhecermos como único Senhor da nossa vida, Ele estende-nos a mão e agarra-nos para nos salvar”. A palavra de Deus expressa em Lc 10,3334 nos apontava o caminho: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. Em nossa caminhada de fé vamos em busca de Deus, das Suas graças, da Sua bênção, mas não podemos ir sozinhos, precisamos levar outros conosco. A fé anda de mãos juntas com a caridade. Não é possível ter a maior fé do mundo se a caridade não caminhar junto dela. Por isso, a fé que temos em Deus eleva os nossos sentimentos de amor e caridade, de cuidado e responsabilidade, de solidariedade para com a dor, o sofrimento e a necessidade que o irmão tem. “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada” (Jo 5,7). CM 535
Pensemos que o sacerdote é gente como a gente, que chora e ri, que tem momentos de euforia e depressão, que tem virtudes e dificuldades, e que sempre precisa de ajuda. Perceber a necessidade do outro é um ato de amor. Muitas vezes nossos padres necessitam de coisas materiais. Porém, mais que presentes, eles precisam de uma presença amiga que os acolha nos momentos de fraqueza, que lhes ofereça um ombro amigo onde possam ser eles mesmos e não aquilo que imaginamos deles. Somos amigos a ponto d’ele ter confiança em nós para partilhar sua vida? Se os sacramentos da Ordem e do Matrimônio caminham juntos, temos que nos perguntar: o que eu tenho feito para levá-lo à santidade? Fazemos alguma coisa por ele ou deixamos que outros se ocupem disso? Nas equipes somos responsáveis pela santificação de quem Deus coloca próximo de nós? Assim, apenas um dia dedicado ao padre é muito pouco. Por isso, façamos um propósito de cuidar dos sacerdotes também nos outros 364 dias do ano, a fim de que eles falem a Deus dos homens e falem aos homens de Deus. Que a nossa presença e a nossa atenção possam fazê-los sentir-se amados em nossas famílias, equipes e comunidades, pois quem ama cuida. Estejamos certos de que para amar se exige atitude. Sejamos constantes na oração pela vocação de nossos padres. “Vai, e faze tu o mesmo” (Lc 10,37). Edna e Gilberto Jachstet Eq. 04B N. S. de Lourdes Londrina-PR
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DATAS DO MOVIMENTO
Significado da Vida do Casal Nancy e Pedro Moncau às ENS Considerando os testemunhos conhecidos das vidas de Nancy e Pedro Moncau no Brasil, todos nós equipistas podemos garantir,Deus os acolheu no Céu,ele em 17/08/1982 e ela em 15/08/2006, como santos e autênticos Intercessores no Reino de Deus. Isto para todos nós das ENS é uma proposta que,vivendo em plenitude nossa vocação à santidade de casais casados no Sacramento do Matrimônio, um dia também seremos santos. Eles são considerados por nós das ENS como “Pais do Movimento no Brasil”, visto que com amor a Deus e aos casais casados sacramentalmente buscaram e trouxeram da França o Movimento iniciado em 25 de fevereiro de 1939, denominado “Grupo Nossa Senhora de Todas as Alegrias” (1939-1947) (CM 532, p. 20), e trouxeram em 13 de maio de 1950 para o Brasil o já denominado “Equipes de Nossa Senhora”. Eles nos presentearam! É um tesouro para nossas vidas, uma plataforma que nós bem podemos denominar hoje no mundo moderno de “startup espiritual”, o Movimento de Espiritualidade Conjugal da Igreja Católica,reconhecido em definitivo pelo Vaticano em 26 de agosto de 2002, pelo Pontificium Consilium Pro Laicis - n. 1652/02/AIC-18. Movimento definido pelo Pe.Caffarel com muita sabedoria,seu objetivo essencial: “As ENS têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais, nem menos”. Ele também nos exortou: “A vida matrimonial é caminho de perfeição: ‘longe de ser um obstáculo à busca da perfeição cristã, o casamento cristão é
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para os casados o caminho que os conduz a ela...É importantíssimo proclamar que se trata de uma instituição divina, santa e santificante’ (1959, apresentação das ENS a João XXIII, em A Missão do Casal, p. 42). Pela nossa fé em Jesus Cristo e Sua Mãe e Nossa Mãe, Maria Santíssima, temos a certeza de que eles, o casal Nancy e Pedro Moncau, com o testemunho de sua vocação e missão e a pertença às ENS, animaram, conduziram e conduzirão muitos casais a viver o Reino de Deus aqui na terra, enfim “O matrimônio é a melhor garantia para o amor, é o lugar natural da felicidade e o caminho seguro para a santidade” (Pe. Caffarel). Vivamos nossa vocação e missão matrimonial pela nossa santidade! Nosso Tema de Estudo 2020 é muito formador, animador e fulgurante: “Casal Santo: Alegria da Igreja, Testemunho para o Mundo”. Caríssimos irmãos equipistas, que Nancy e Pedro Moncau intercedam a Deus por todos nós, equipistas do Brasil e do mundo inteiro, para que tenhamos força, coragem e amor, a fim de vivenciarmos em plenitude a pertença às ENS, exultando todo o legado deixado pelo testemunho do admirável casal, tão intensamente vividos aqui na morada dos homens, e assim, no tempo do Senhor, nos encontramos na morada eterna como santos. Fátima e Canêjo Eq. 03A N. S. da Glória. Belém-PA CM 535
DATAS DO MOVIMENTO
Pe. Caffarel o Homem, antes do Profeta Transcorria o ano de 1903, a Igreja Católica entra em estado de agitação interna com a morte do Papa Leão XIII em 20 de julho. Os olhos do mundo voltam-se a Roma, mais especificamente ao Vaticano, até a eleição do novo Papa Pio X em 04 de agosto. Em meio a estes acontecimentos, nasce em Lyon na França a 30 de julho o primogênito do casal Elisabeth e Ferdinand, o pequeno Henri. Três dias depois o menino é apresentado à comunidade cristã para receber o Sacramento do Batismo, conduzido pelo seu tio Padre Louis Venard na Basílica de Saint Martin d’Ainay, confirmando seu nome HENRI AUGUSTE MARIE CAFFAREL. Sua família abastada era muito unida entre todas as gerações, católica praticante, esteve sempre envolvida em muitas instituições de caridade de Lyon, o que resultou em muitos padres na família. Henri recebeu uma escolaridade clássica em colégio católico Marista. Na sua adolescência, entre 1914 e 1918, convive com os horrores da Primeira Guerra Mundial. Na sequência da sua formação, opta pela faculdade de Direito, mas após um ano interrompe seus estudos por problemas de saúde, seus médicos da época classificaram como “uma anemia e fadiga crônica”, sintomas estes que o acompanham por longos anos. Henri teve o despertar da sua vocação verdadeira, em março de 1923 após seu “Encontro com Cristo”. Para ele tudo fica claro e decide pela vida monástica, mas seu conselheiro espiritual o orienta para ingressar no seminário devido à sua frágil saúde. No seminário de Auberive sua CM 535
saúde permanece frágil e com cansaço persistente. Essa viria ser a ferida secreta de sua mãe, que aceitou como dádiva do céu sua vocação, mas sofreu durante anos pela condição de saúde do seu filho. Com muito esforço Henri consegue concluir seus estudos. Era véspera da Páscoa de 1930, dia 19 de abril, quando é ordenado padre. Três dias depois, na mesma basílica onde fora batizado, para júbilo de toda família presente, celebra sua primeira missa. Pe. Caffarel não teve oportunidade da vivência paroquial, pois foi logo designado para a Secretaria Geral da Juventude Operária Cristã. Três anos mais tarde, vem a oportunidade para desenvolver sua criatividade e oratória, quando é nomeado para a Secretaria Geral da Ação Católica como encarregado das relações da Igreja com o rádio e o cinema. Em 18/09/96, na cidade de Troussures, falece o conferencista, o pregador e escritor Pe. Henri Caffarel, deixando conosco seu grande legado através de suas belíssimas obras, que nos revelam que o amor é mais forte que a morte. Um homem de saúde frágil, mas com um perfil exigente, que impulsionou milhares de casais do mundo inteiro a viver na busca da vocação do amor. Nossa grande admiração e reverência a esse homem de Oração que foi arrebatado por Deus.
Pe. Caffarel, rogai por nós! Jaira e Vitor CRS B de Florianópolis Região SC II
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DATAS DO MOVIMENTO
Feliz aniversário! Estamos comemorando, neste ano, 70 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil! Parabéns para todos nós, afinal não é qualquer um que chega às Bodas de Vinho. Os vinhos ficam melhores quanto mais envelhecidos. Melhores e com vigor de mais de 4.500 equipes, e mais de 27.500 casais. Temos que comemorar quantas vezes? Até 700 vezes 70. Crescemos quantitativamente, e em qualidade? Na Carta Mensal em comemoração dos 25 anos das equipes no Brasil, o/a articulista indagou-nos: “Estaria satisfeito o nosso fundador, vendo os frutos depois de 25 anos de equipes no Brasil?”
ENS
Já na Carta Mensal em comemoração dos 50 anos, é o próprio fundador Padre Caffarel que nos indaga: “Uma equipe que não avança, recua é evidente”. Mais adiante nessa mesma Carta, Padre Caffarel nos coloca três pontos de reflexão: • Aprofundamento nos estudos dos nossos Estatutos; • Revisão da nossa Regra de Vida; • Pontualidade às reuniões. Aos 70 anos,penso que as indagações do Padre Caffarel continuam atuais,mostrando que ele sempre será um homem à frente do seu tempo.E o tempo é agora, exigindofoco e disciplina.Foco para buscar o essencial, Jesus Cristo. Foco para caminharmos juntos, no caminho da Santidade. “Nem mais, nem menos”. Disciplina, para cumprir de forma consciente o que o Movimento nos oferece. Só assim seremos verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo. Peçamos a nossa Mãe, na figura de Nossa Senhora de Fátima, que nos pastoreie rumo ao essencial, Jesus Cristo. Irmãos, dessa nossa terra de Santa Cruz, e na alegria do Ressuscitado, feliz aniversário! Donizeti da Silvia Eq. N. S. Madre de Deus Setor C - Mogi das Cruzes-SP
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CNSE
Confinados, mas não parados Frente a uma situação difícil, o que você faz: encara a vida e dá a volta por cima, ou desiste e nem olha para trás? A habilidade de superar as adversidades transformando-as em oportunidades, de mudança, torna-se então essencial para a saúde mental. A vida de todos mudou neste ano de 2020, não é mesmo? Somos equipistas há mais de 30 anos e para enfrentar esta pandemia, e por motivos familiares, fomos obrigados a “mudar” para nossa chácara, próximo de São José do Rio Preto-SP. Mas isso não nos deixou parados, muito pelo contrário. Além dos afazeres do dia a dia, temos assistido diversas lives enviadas pelos Coordenadores do Movimento. Como membros da Equipe 13, cuja padroeira é Nossa Senhora Menina e Mãe, estamos participando mensalmente de tudo o que nosso CRE nos propõe. Estamos na missão de Casal Piloto de uma equipe aqui da cidade e, mesmo nesta época de isolamento social, fazemos as Reuniões Mensais, via on line, com esses novos irmãos que o Movimento nos ofereceu. Como cristãos católicos, temos assistido a diversas missas, assim como participado de terços e outras orações. Desde 2012 fazemos parte das Comunidades Nossa Senhora da Esperança, colaborando primeiramente na Regional local e, desde o início do ano passado, fazendo parte do Colegiado Nacional, como responsáveis pela Voz da Esperança, informativo CM 535
trimestral destinado aos participantes das CNSE, revista esta semelhante à nossa querida Carta Mensal das ENS. E agora também com a ativação de nosso novo Site (www.cnse.org.br) Esta missão nos proporcionou contactar com pessoas dos quatro cantos do país; dedicarmos um tempo considerável na organização dos artigos a serem divulgados; no contato com novos amigos que fizemos tanto na Editora da revista como também nas Coordenadorias Regionais, além de conversas constantes com o Casal Coordenador Nacional do Movimento. Mas o que mais nos emociona e nos motiva neste trabalho é o esforço, a dedicação e a humildade que sentimos por parte das pessoas que nos enviam os artigos: são testemunhos de vida, trabalho, muita oração, colaboração, fraternidade, solidariedade, tudo isso com MUITO AMOR por parte das viúvas e pessoas sós, as protagonistas deste querido Movimento. Percebe-se claramente que para elas não existe o mundo do “eu”, pois o Movimento CNSE fez surgir o mundo do “nós”. Sabemos que muitos equipistas também colaboram com diversas atividades extra ENS: como vimos no EACRE deste ano, o mundo nos proporciona vários campos de atuação. Nós optamos pelas CNSE, o que muito nos orgulha e pelo que agradecemos diariamente a Deus. Ana Rita e Manoel Eq. 13 N. S. Menina e Mãe São José do Rio Preto-SP
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TESTEMUNHO
Semeadores de equipes O flagelo da pandemia do vírus que assola a humanidade neste primeiro quartel do século XXI abateu muitos equipistas em todo o Brasil e, em Manaus (Região Norte I), levou seis deles de volta ao Pai, em uma semana, no início de maio, incluindo um SCE e um casal da primeira hora, que deu grande contribuição à expansão do Movimento: Amazonilda e Gama, os Semeadores de Equipes. Ela com 81 anos e ele com 79, completariam 54 anos de matrimônio em 23 de maio. Engajados na paróquia Santuário de Aparecida, eram Missionários Redentoristas Oblatos – ultimamente serviam somente como Ministros da Eucaristia, por motivo de saúde. Ingressaram nas ENS em 03/08/1978 na Equipe 05, quando existia apenas o Setor Manaus, cujo Casal Responsável era Neuza e Antônio Martins, a quem sucederam, em 1988. Iniciavam uma histórica caminhada de dedicação e entrega às ENS, com amor e carinho. No Setor, em 1989, participaram da criação da Coordenação de Santarém-PA.
Amazonilda e Gama: chamego em Lourdes 2006
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Além do Setor foram também Casal Expansão, Piloto, Ligação e Informador. Sempre com alegria em servir. Com essa intensa atividade, semearam a mensagem do Padre Caffarel a dezenas de casais pelo imenso Amazonas, como em Itacoatiara (1996), Maués (1997), Iranduba (1998), Manacapuru (1999), além de muitas equipes em Manaus. Amazonilda e Gama tiveram a graça de participar de todos os encontros nacionais e internacionais, inclusive o mais recente, Fátima 2018. Eram membros da Associação dos Amigos do Padre Caffarel desde o início. Mas, talvez, a maior semeadura na conta positiva de vida deste casal tenha sido em sua própria família, a quem contagiava com esse amor às ENS. Como nos disse a sua filha equipista Jonilda, do Valdir, “minha irmã, dois tios, quatro primos e os netos participam das ENS”. Os mais jovens nas EJNS! Casais sempre com missões no Movimento: Ligação, Piloto, Acompanhador de EJNS e dois como Casal Setor. Essa grande família equipista, ligada por laços de sangue e amor, foi assunto na Carta Mensal 517 (junho e julho 2018), cuja bela foto republicamos aqui. Tivemos contato com este exemplar casal em nossa missão de Casal Pesquisador no Projeto ENS 70 anos e logo nosso coração sentiu a força daquele amor equipista, que agora vive em uma das moradas que o Pai tem reservadas para nós (João 14, 2). Rita e Fernando Eq. 05B N. S. de Guadalupe Belém-PA CM 535
TESTEMUNHO
A luz em nossa caminhada
Moramos no município de Maués-PA, na comunidade rural Santo Antônio do Mucajá,a 60 km da cidade.Quando vamos para as reuniões mensais de barco ou de deslizador para a cidade, sempre nos deparamos com algumas dificuldades, tais como o vento forte que agita os rios, nos causando medo. Mas nada disso nos faz desistir da participação dos eventos e das nossas reuniões, pois sabemos que esse é o melhor caminho para a santidade. Quando temos a reunião mensal, saímos na noite anterior para não nos atrasarmos e corrermos o risco de faltas à reunião. Acreditamos que é preciso ter esse sentimento de pertença ao Movimento, até porque Deus e Nossa Senhora nos presentaram com um convite vindo de Deus, e não será a logística que irá nos impedir de participar.Entendemos que não é fácil,mas acreditamos que a partir do momento que colocamos em prática os PCEs em nossa vida conjugal, tudo fica melhor. A oração conjugal abre o nosso dia e rezamos juntos! O Dever de Sentar-se, CM 535
tem o poder de reacender nosso relacionamento, pois saímos para o campo, sentamos em uma área verde com os pássaros cantando, e lá nos entregamos nas mãos de Nossa Senhora e fazemos as nossas orações e dialogamos... muito maravilhoso. Como é espetacular fazermos parte das ENS. Lutamos em busca da nossa santidade buscando através da nossa convivência dentro da família, fazendo a leitura da palavra,meditação e a regra de vida.Isso é essencial para termos uma boa convivência. E para nos fortalecermos ainda mais,participamos do retiro anual.Deixamos a família, os filhos, e vamos em busca de Jesus e Nossa Senhora porque sabemos que eles são o nosso alicerce. Assim, conhecer e vivenciar o carisma do Movimento estão sendo para nós como uma luz em nossa caminhada. Vilma e Jucicley Eq. 03 Setor Maués-AM Região Norte I
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TESTEMUNHO
Equipistas na Espanha por um ano Nossa história começou em 1997 quando nos conhecemos em aulas de espanhol. Éramos jovens, cheios de sonhos. Dentre eles, o de formar uma família e conhecer outras culturas. Nos casamos em julho de 2002 e, passados 5 anos de matrimônio, começamos a fazer parte das ENS. Hoje pertencemos à nossa amada Equipe Nossa Senhora Virgem do Silêncio em Campina Grande-PB. Já com dois filhos, em 2018 participamos da seleção de um mestrado em Direito para Universidade de Sevilha na Espanha. Fomos agraciados com a seleção de ambos. Faríamos o mesmo mestrado e seríamos colegas de classe, com a oportunidade de reviver um pouco dos momentos que éramos colegas de espanhol. Comentando nossos projetos com a equipe brasileira, nos demos conta da possibilidade de continuar nossa caminhada na ENS na Espanha. Sabendo da importância do movimento na vida familiar, individual e espiritual, iniciamos os contatos com equipistas espanhóis, via e-mail. E de maneira muito acolhedora e amável fomos recebidos pela equipe n° 129 de Sevilha. Antes de ir, passamos por momentos de muito estresse e expectativa, com vistos, documentação, etc. Ao chegarmos em Sevilha, também enfrentamos uma infinidade de burocracia, como aluguel, escola para os filhos, mas com a ajuda de Deus, da família, dos amigos equipistas, tudo foi
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resolvido. Os novos amigos equipistas espanhóis foram o nosso refúgio. Eles foram nossa família na Espanha. O carinho, o sorriso, as partilhas, os ensinamentos foram incríveis, parecia que nos conhecíamos há muitos anos. Até hoje contemplamos esses momentos em nossas lembranças e corações. As reuniões mensais eram uma bênção. Ainda que diferentes do formato que estávamos acostumados, eram igualmente preciosas, ricas em ensinamentos e de muito aprendizado para nós. Ali podíamos nos sentir à vontade com todos os casais e nosso dirigente espiritual. Participamos das missas das equipes, da abertura do ano, das reuniões de equipes mistas, além das reuniões informais, verdadeiros momentos para trocar experiências, rir muito e contemplar, em família, do prazer de viver em comunidade, diante do amor de Cristo e de Nossa Mãe Maria. O tempo que estivemos em Sevilha, de outubro de 2018 até dezembro de 2019, foi um dos momentos mais lindos de nossas vidas. Ali realizamos muitos sonhos. Só podemos agradecer a Deus e todos nossos amigos equipistas por serem parte de tamanha graça. Como é bom ser parte de uma família mundial, as Equipes de Nossa Senhora. Keyse e Pedro Eq. N. S. Virgem do Silêncio Campina Grande-PB CM 535
TESTEMUNHO
Delivery missionário Neste tempo de pandemia e a necessidade de isolamento social, passamos a refletir qual seria a necessidade da nossa equipe na atualidade? Inicialmente começou como uma brincadeira, porém descobrimos através dela um gesto de amor. No final do mês de março fizemos vários pães caseiros e resolvemos presentear nosso AE, demonstrando um gesto de carinho. Ao colocarmos uma foto do presente no grupo do whatsapp juntamente com o desenho de um conhecido delivery a coisa viralizou. Percebemos que aquele era o momento de demonstrar amor aos amigos de equipe e para isso contamos com a ajuda da nossa filha. Desde então perdemos a conta do número de entregas que foram feitas, mas sempre com os cuidados necessários para se evitar qualquer contágio viral. Essa ideia se espalhou por entre os membros da equipe e o mais interessante que sempre tem alguém fazendo algo de gostoso e partilhando entre os casais e conselheiro da equipe. Já foram feitos pães caseiro, queijadinha, pão de mel, manjar, banoffee e bolo de maracujá... Para manter o clima de expectativa de quem será o próximo presenteado,antes de proceder a entrega o casal que fará a surpresa posta no grupo uma foto com a pergunta: PARA QUEM SERÁ? A partir daí a expectativa e ansiedade tomam conta de todos esperando ser o escolhido. CM 535
Quando iniciamos com o “delivery missionário”, nome dado por nosso conselheiro, não imaginávamos a dimensão das demonstrações de carinho que haveria entre os membros da equipe. Hoje podemos dizer que essa brincadeira leva amor embalado para presente e uma oportunidade para ir ao encontro dos nossos irmãos de equipe. Muitas vezes, nos esquecemos que os relacionamentos humanos necessitam se espelhar no amor de Deus para que exista o amor verdadeiro neles. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve, enfim, se faz presença e faz a diferença. Quem ama se esforça para que o outro cresça e seja feliz. Comprometer-se e cuidar do outro é a forma mais autêntica de amar. Edna e Gilberto Jachstet Eq. 04B N. S. de Lourdes Londrina-PR
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PARTILHA E PCE
Bendito Dever de Sentar-se Neste ano estamos fazendo dez anos como equipistas de Nossa Senhora. E desde que entramos no Movimento, jamais deixamos de agradecer a Deus pelo convite que recebemos, e de ter tocado os nossos corações para darmos o nosso “SIM”. Fomos acolhidos por uma equipe que estava com 28 anos de fundação. Uma equipe madura que nos acolheu com muita alegria, e que sempre nos ensinou a prezar pela vivência do carisma e da mística do Movimento, e onde, com muita paciência, nos fez entender plenamente sobre a pertença e o exercício dos PCEs. Logo no começo de nossa caminhada encontramos barreiras para a vivência dos PCEs, mas, sempre firmes na oração e almejando crescer como cristãos, fomos em frente, e sempre apoiados pelos nossos irmãos equipistas. Por algum tempo, nossa maior dificuldade foi no Dever de Sentar-se. Era um verdadeiro “desenterrar defuntos”, e isso se transformava em uma barreira difícil de ser contornada. Entretanto, confiando na entreajuda muito bem vivida em nossa Equipe, partilhávamos essa situação e recebíamos a ajuda dos irmãos e do nosso SCE, quando muitos testemunhos eram dados a respeito. Isso tudo nos levou a entender que, para sermos fiéis ao Movimento, precisávamos atender devidamente à sua pedagogia e era necessário encontrarmos alternativas que nos levassem a um bom termo no momento daquele
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compromisso mensal tão importante para o casal. Então decidimos nos aprofundar mais na oração, pedindo ao Espírito Santo para nos fortalecer e nos conduzir totalmente durante aquele PCE. E tudo melhorou quando fizemos o Dever de Sentar-se em nosso segundo Retiro. A partir de então passamos a entender que esse PCE não é um tribunal de acusações, mas uma grande oportunidade para ajudar o casal a ter “um verdadeiro diálogo conjugal, sob o olhar do Senhor”, como nos ensina o nosso amado Padre Caffarel. Por isso a importância de nos prepararmos para esse momento com muita oração, para termos a certeza de que estamos a três, pois Deus estará conosco. Atualmente, temos aproveitado as orientações que nos sugere o Livro Tema, definimos juntos os outros assuntos que precisamos conversar, e, na presença de Deus, falamos sobre algum desentendimento, sobre os filhos, e sobre os nossos propósitos de melhorar a cada dia. E dessa forma conseguimos superar as dificuldades e a nos tornarmos verdadeiros conosco mesmos e com o nosso cônjuge, pois tudo precisa ser conversado para evitarmos silenciar sobre alguma coisa. Nosso documento sobre o Dever de Sentar-se nos afirma que “há silêncios inimigos do amor”. Concinha e Gláucio CRR Norte I Manaus-AM CM 535
PARTILHA E PCE
PCE que estimula e revigora nossa busca pela santidade O Dever de Sentar-se ganhou um papel fundamental na nossa vida de busca pela santidade quando compreendemos que não se tratava de uma simples “D.R.” e nem poderia ser substituído pelos diálogos do dia a dia, haja vista que sempre, desde a época do namoro, temos um diálogo bom e fluido. Esse PCE nos estimula e revigora a nossa busca pela santidade, rejuvenesce nosso matrimônio, nos alinha e reequilibra. Separamos um tempo especial para ele, sem termos as crianças em volta. É verdade que por vezes tivemos que cancelar no meio do caminho, por causa delas, mas também foi nos Deveres de Sentar-se que discernimos por tê-las. Registramos tudo em um caderno que é específico para isso... e como é bom, de vez em quando folhear e ver quanta história tem ali. É nesse PCE que realinhamos nossas vidas e projetamos o nosso futuro, os nossos planos para o mês subsequente. Iniciamos rezando e suplicando a presença do Espírito Santo, para que Ele nos conduza às palavras certas, mas sobretudo o coração, para bem escutarmos o outro e acolher com amor suas considerações e sentimentos. Após a oração, analisamos os planos propostos no mês anterior e avaliamos o que conseguimos fazer e o que fomos insuficientes. CM 535
Na sequência, passamos para pontos específicos do nosso relacionamento, analisando como vivemos esse mês, considerando: 1- Amizade e carinho entre nós: estou sabendo ser amigo? Estou demonstrando carinho? Estou sabendo te escutar? 2- Vida sexual: Ambos estão satisfeitos? O que podemos melhorar? 3- Vida social: Nos encontramos com outras pessoas? Estamos indo visitar os amigos ou recebendo eles em nossa casa? Indo ao encontro dos outros ou estamos apenas vivendo nossa vida em casa? 4- Vida familiar: Como está nosso relacionamento com os nossos filhos e com os nossos familiares próximos. 5- Vida econômica: Como estamos nos organizando? Estamos sendo controlados? Como podemos nos ajudar mutuamente? Por fim, fazemos nossas propostas e projetos para vivência do período até o próximo Dever de Sentar-se. Muitas vezes nos demos conta que precisávamos viajar, visitar um parente distante, economizar, ser mais paciente, acolher a ajuda do outro, buscar dar mais carinho, nos encontrarmos mais frequentemente no que diz respeito a nossa vida íntima. Somos apaixonados pelo Dever de Sentar-se e temos plena convicção de que este PCE salva, reaviva e rejuvenesce o nosso casamento. Andrea e Cleber Eq. N. S. Mãe de Deus Setor D – RS III
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FORMAÇÃO
Dom do conselho O Espírito Santo vem em socorro dos esposos para que possam discernir o que convém... O matrimônio é uma experiência vocacional, uma comunhão de toda a vida, que acarreta importantes implicações morais que envolvem simultaneamente a vida do esposo e da esposa. De modo que, neste campo, cada um precisa levar sempre em consideração que seu agir moral terá sempre implicações diretas na vida do outro, uma vez que são ‘uma só carne’. Para iluminar este agir, a fim de que seja fonte de realização mútua, não basta apenas a formação da consciência, mas se requer também a constante iluminação do Espírito Santo, com o dom do conselho. O Espírito Santo vem de encontro à consciência dos esposos, com o dom do conselho, para iluminar suas consciências para que o seu agir, mesmo na dimensão conjugal, seja sempre em vista da mútua santificação. São Boaventura afirma que o dom do conselho “atua como um sopro novo na consciência, sugerindo-lhe o que é lícito, o que corresponde ou convém mais à alma”. Em outras palavras, o Espírito Santo vem em socorro dos esposos para que possam discernir o que convém, o que é lícito à sua condição de cristãos, de filhos de Deus. Para que o matrimônio não se degenere numa experiência de rivalidade e de exploração indigna. Iluminados, pois, pelo dom do conselho os esposos cristãos poderão cada dia tomar consciência da sacralidade da
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sua união matrimonial e das circunstâncias que o envolvem. Mantendo-lhes os olhos abertos para reconhecer o valor e a dignidade do outro, ao qual é chamado a entregar-se sem reservas e sem interesses mesquinhos. Sem se deixar levar por uma postura mundana que procura reduzir a união conjugal a uma mera experiência de exploração de um pelo outro, na busca do prazer pelo prazer. Este sopro da consciência ajuda os esposos cristãos a compreenderem que um é cooperador da santificação do outro. Que ambos têm a missão de ajudar o outro a chegar ao céu, a ser santo. Que sua união matrimonial vivida num espírito de santidade, respeito mútuo, fidelidade, cuidado, amor e oblação, antecipa a experiência do céu. Gritando para o mundo que é possível ser feliz quando se doa a vida pelo bem e pela santificação do outro. Por fim, os esposos cristãos sabem que não podem orientar sua vida matrimonial movidos por suas vontades, pela moda ou por caprichos pessoais. Mas humildemente recorrem à iluminação interior que vem do Espírito Santo com o dom do conselho, para que possam orientar suas vidas, seu matrimônio, sua família segundo Deus, não segundo o que pensam os homens. Pe. Hélio Cordeiro E-mail: cordeiro-80@hotmail.com CM 535
REFLEXÃO
Um vírus invisível: para nos humanizar e nos evangelizar Pois é: pra quê? Isto compete a nós responder. Se nada soubermos responder, pelo menos temos que refletir para aprender a viver ou viver de modo diferente, linda mensagem do CORONAVÍRUS. Viver de modo diferente é sempre aprender a viver sendo “eternos aprendizes”. Nada, no acontecer de nossa vida, vem definitivo. Nada senão o amor, nem a própria vida, já que, para os que creem e os que dizem não crer mas são visceralmente marcados pela essência humana, há uma esperança de um lado de lá de plenitude de vida, de um eterno folgar e realização do amar sem terminar, sem dor e até sem esperança porque esta, um dia, vai cansar de esperar. É muita coisa para (des)aprender com o “reinado deste vírus”, que também não veio para ficar. Impressionante como todo mistério se nutre de coisas e causas pequenas. Nenhuma das últimas guerras parou o planeta. E esse ‘invisível” conseguiu parar. Tsunami algum abalou a economia mundial, e esse “hóspede invisível” está arrasando o sistema. Do dinheiro e do consumismo. Nada, nem os mais lindos eclipses do sol ou da lua, com seu nascer e seu se pôr, conseguiram questionar a desumanidade da vida que estamos levando. Será que há gente ainda crendo que o “invisível não existe”, ou não tem potência, e só conta no viver o que se compra, se vende, se toca e se amassa, se beija e se abraça? E que a perfeição do amor está no que não se vê, não se toca, não se fotografa? E se segue por aí... CM 535
Esse vírus pode humanizar o nosso eu, nosso nós, nosso conviver tantas vezes pegajoso demais (ou ausente e distante!) E pouco vital e libertador, de falsas alegrias e sem leveza. Esse vírus, com toda a sua carga de provação, dor, isolamento (que não pode ser simples solidão!). Até morte pode nos ensinar uma dimensão da vida humana que tanto a enfraqueceu: o saber afastar-se para saber se encontrar, o saber parar, a volta à experiência do deserto, tão presente na constante convivência de Deus com seu povo, seus profetas, seus enviados, sua gente e seu próprio filho, o homem de Nazaré. A riqueza de viver entre quatro paredes reconhecendo a força do que vem de dentro, do que amadurece por dentro, dando tempo ao essencial. Se há um lado “horrível nessa guerra invisível”, há um lado densamente “divino” que pode nos tornar mais humanos, mais gente, mais amorosos, mais encharcados de silêncio sem o qual não se canta, não se ouve. Não se ama o outro. Uma das práticas fecundas dessa pandemia está no cuidado em lavar as mãos, já que depois de milhares de anos não aprendemos a lavar os pés uns dos outros. Por que não lavar as mãos? Por isso, sejamos capazes de agradecer toda a força “evangelizadora” de um ser “invisível” e que nos humaniza. E humanizar já é evangelizar. Ó virus invisível, “que estranha potência a sua”! “Pois é: pra quê?” “para nos humanizar e nos evangelizar! Pe. Nereu de Castro Teixeira SCE Eq. N. S. de Fátima Setor BH C - Região Minas II
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CONTOS E REFLEXÕES
A mensagem do anel Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se confuso. Resolveu consultar os sábios do reino e disse-lhes: – Não sei por que me sinto estranho e preciso ter paz de espírito. Preciso de algo que me faça alegre quando estiver triste e que me faça triste quando estiver alegre. Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas condições: Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável. Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado. Quando TUDO estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais puder ser feito, aí o rei deve abrir o anel. O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu. Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim. O reino estava perdido, mas ainda podia recuperá-lo. Fugiu do reino para se salvar. O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros e o cavalo. Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos. Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício. Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei ainda pensa:
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– Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento de ler a mensagem… Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê a mensagem: “Isto também passará”. De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente, o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempo depois reúne seus exércitos e reconquista seu país. Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo,chora de tanta alegria e, de repente, se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem: “Isto também passará”. Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito. Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades, em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante que nos lembremos de que tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não. A ansiedade,frequentemente,não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo. Mas, em muitos momentos,precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse,e é na esfera dos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.
Autor desconhecido Colaboração Lázara e Edison Eq. 02A Região Goiás Centro Goiânia-GO CM 535
NOTÍCIAS
BODAS DE PRATA Rosiane e Deodato
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Eq. N. S. Rainha da Paz – Capanema – PA
maio 2020
BODAS DE OURO
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18 abril
agosto 2020
2020
Isa e Paulo
Fátima e Canêjo
Eq. N. S. Mãe do Desterro - Guapiaçu – SP
Eq. N. S. da Gloria - Belém – PA
JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES
18
Eq. N. S. da Luz
maio 2020
Castanhal – PA
VOLTA AO PAI Aragão da Rosa 16.5.2020 Eq. N. S. Rainha da Paz São Miguel do Guamá - PA
Geraldo da Graça 20.6.2020 Eq. N. S. da Coragem Belém – PA
Fred da Graça 27.5.2020 Eq. N. S. da Confiança Belém – PA
Padre Pedro Bodei 27.5.2020 SCE – Eq. N. S. de Guadalupe Castanhal – PA
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MEDITANDO EM EQUIPE
Vida conjugal eucarística rumo à santidade A Palavra de Deus - “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo.” Jo 6,51 - “O cálice de benção que abençoamos, não
é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? Já que há um único pão,nós,embora muitos,somos um só corpo,visto que todos participamosdesteúnicopão.”1Cor10,16-17
Reflexão - A Eucaristia é o sacramento do amor. Deus nos amou tanto que desejou permanecer conosco nos dando seu Corpo e Sangue. Ele está presente em nosso meio. Na hora mais extrema de Sua vida, Jesus instituiu a Eucaristia para ser nosso alimento no caminho que fazemos em busca da santidade. O Corpo e o Sangue de Jesus alimentam aqueles que buscam a santidade, sem esta presença eucarística nos tornamos fracos e debilitados. A Eucaristia é o santo sacrifício oferecido no altar para todos nós chamados a uma vida de perfeição em Deus. Sem a Eucaristia não poderíamos crescer em santidade. - Todo casal sabe dos muitos e variados desafios para ser santo no mundo de hoje. Deus, primeiro que nós, já conhecia esta realidade, mas mesmo assim nos chamou à santidade. A Eucaristia revela-se como
alimento para os desejosos de santidade, não para aqueles que pensam já ter encerrado o caminho, mas para quem busca fazer a vontade de Deus em sua vida. Comungar é assimilar a vida de Deus em nossas vidas, tornando-nos para o mundo de hoje sinais vivos da presença do Senhor. Uma vida que se tornou Eucaristia torna-se lugar da manifestação de Deus para o mundo e sinal profético de santidade. - Caro casal, como a vivência eucarística tem lhes ajudado a experimentar a santidade nas circunstâncias da vida atual? A vida no Movimento tem lhes aproximado da Eucaristia? Como tem sido seu processo de conversão, de rompimento com o pecado, para estar mais unido a Jesus Eucarístico e ligado a Ele? Por fim, que lugar a Eucaristia ocupa em sua vida?
Oração espontânea - Nesta oportunidade,quero lhes propor uma bela e profunda aventura: você pegará sua Bíblia no Evangelho de São João, capítulo 6 – Discurso sobre o Pão da Vida.Tendo caneta e papel em mãos, você escreverá todo o
capítulo 6, sem pressa e prestando atenção em todas as palavras. Após fazer isso, reze com este texto eucarístico, pois as palavras estarão presentes em sua mente.Comente com seu cônjuge como foi esta experiência.
Oração Litúrgica Senhor, que, neste admirável sacramento, nos deixastes o memorial de vossa paixão, concedei-nos a graça de venerar de tal modo os sagrados mistérios de vosso corpo e sangue, que possamos
experimentar sempre em nós o fruto de vossa redenção. Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo. R. Amém. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal
Trindade: um mistério de amor a três...
Frei Elionaldo Ecione e Silva
A exemplo da Santíssima Trindade o amor conjugal no sacramento do matrimônio é celebrado por três pessoas distintas: a noiva, o noivo e Deus, no seu infinito amor. O matrimônio tem uma configuração trinitária, pois não é um relacionamento fechado, onde um está voltado para o outro, mas os dois estão juntos voltados para Deus no mesmo amor e compromisso. Assim como Cristo amou a sua Igreja e se entregou por ela, os cônjuges devem se amar e se entregar um ao outro. Nós sabemos que a Trindade é a fonte de todo amor, que o amor vem de Deus e volta para Deus porque Deus é amor (1Jo 4,78). Desse modo, o casal reproduz em sua família o modelo trinitário do amor relacional dos Divinos Três, que é o principal fundamento da nossa vida cristã. Na Trindade temos o Amor, o Amado e o Amante. O Pai é fonte de toda divindade, isto é, a origem do Amor. O Filho é o Eterno Amado, e o amor do Pai e do Filho é o Espírito Santo, o Eterno Amante. Em outras palavras, o Espírito é amor do amor alteridade.Assim, também podemos dizer
que no matrimônio temos o amado e a amada e o amor, que os reúne e mantém, é o Amor trinitário de Deus. Por isso, nossas famílias devem ser casas da Trindade, casas do Amor, casas da comunhão, casas do perdão, casas da alegria e da paz. Ó Trindade! Fonte de amor e de bondade! Doação, acolhimento e reciprocidade, Graça, luz e verdade. Perfeita comunhão, plena liberdade! Profunda identificação e alteridade, Um só desejo e uma só vontade. Pericórese de amor, Ágape extasiador, Pessoas diferentes numa mesma natureza, Fonte de beleza e incomensurável riqueza. Brilho intenso, calor imenso, esplendor de verdade! Em Ti toda a humanidade encontra plenitude, Ó Senhor, ó Majestade, ó Santíssima Trindade.
Av. Paulista, 352 - cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br